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Apostila - Auxiliar de Farmacia

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RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RN CURSOS & TREINAMENTOS 
CURSO: AUXILIAR DE FARMACIA 
 
CURSO: AUXILIAR DE FARMACIA E 
CLINICAS MEDICAS 
RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 2 
 
 
 
 
O QUE SE ENTENDE POR ATENDIMENTO? 
 
Atendimento vem da palavra atender que significa: 
„ * Ouvir atentamente; 
„ * Acolher; 
„ * Servir; 
„ * Receber com atenção. 
 
Um processo de atendimento começa com a identificação das necessidades e 
desejos dos clientes e passa por questões importantes como a comunicação 
da empresa, drogaria ou farmácia, a definição dos produtos oferecidos, a 
estrutura da loja, as formas de pagamento e a capacitação da equipe de 
vendas. Se todas as farmácias e drogarias oferecem um mix de produtos 
parecidos e serviços semelhantes, um dos fatores que vai diferenciar uma loja 
ou uma rede de farmácias e drogarias é o atendimento. 
 ATRIBUIÇÕES DO ATENDENTE 
 
„ * Conhecer as substâncias encontradas no mercado; 
 
„ * Conhecer o básico da fisiologia humana; 
 
„ * Buscar constante atualização; 
 
„ * Ser crítico quanto a utilização das drogas 
 
 
RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 3 
 
 
A ÉTICA NO ATENDIMENTO 
Quando o cliente entra na farmácia ou drogaria, ele está querendo solucionar 
um problema, um desejo ou uma necessidade. Quanto mais o atendente se 
empenhar em encontrar uma solução para esses anseios do cliente, mais ético 
ele será. 
Pensando nisso, colocamos alguns pontos importantes quanto á ética: 
 
1- O vendedor que prospera com ética não se interessa somente em vender 
(“quanto mais melhor”); 
2- O bom vendedor presta ajuda gratuita para que o cliente encontre os 
produtos e serviços certos para atender suas necessidades; 
 3- O vendedor ético promove um clima de confiança, honestidade e de 
relacionamento com o cliente, sendo a venda uma consequência do processo; 
 4- A orientação ética, é informar ao paciente através da real função dos 
medicamentos, sem fazer propagandas enganosas ou abusivas da boa-fé do 
usuário; 
 5- A farmácia deve estar atenta e comercializar produtos que têm credibilidade 
no mercado e registro na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); 
 6- No caso de dúvidas quanto à prescrição médica, é importante entrar em 
contato com o profissional prescrito quando necessário, para garantir a 
segurança e a eficácia do uso do medicamento; 
 7- Manter o sigilo profissional. Por meio da receita podemos descobrir o 
diagnóstico da doença do paciente. Como muitas doenças ainda são vistas com 
discriminação pela sociedade, o paciente pode se sentir constrangido; 
 8- Agir com naturalidade e ser em inúmeras outras situações, como a venda 
de contraceptivos, absorventes, preservativos e outros medicamentos que 
expõe a vida pessoal e moral do consumidor. 
 
 
 
 
 
RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 4 
 
 
COMO TRANQUILIZAR MEU CLIENTE? 
 
 * Devemos ficar atentos com nossa comunicação não-verbal, o tom de voz que 
usamos, a expressão facial, aparência e postura. Usar palavras adequadas 
como por favor, posso ajudá-lo, grato. Quando nos atentamos a esses fatores 
podemos evitar que os clientes se irritem. 
 * Quando o cliente fica nervoso por qualquer que seja o motivo, o atendente 
deve usar o bom senso e atendê-lo o mais prontamente possível. Manter a 
calma e ser gentil mesmo em momentos adversos são princípios importantes 
de serem seguidos, até mesmo para se desvencilhar de um cliente que gosta 
de atenção e quer ficar conversando no balcão. 
 * Mantenha a paciência e coloque o cliente em primeiro lugar, afinal seu 
trabalho gira todo em torno dele e para ele. 
* As pessoas gostam de serem tratadas com exclusividade, por isso, chame- 
as pelo nome; seja prestativo; busque superar as expectativas do cliente; olhe- 
o nos olhos e mantenha-se atento e interessado ao que ele diz e expressa, 
buscando prestar um atendimento humanizado; se chegar outro cliente peça 
que ele espere até que você termine de atender o primeiro; após o atendimento 
pergunte ao cliente se ele ficou satisfeito sempre que possível. 
* Resolva o problema do cliente mesmo que não seja sua responsabilidade; 
auxilie tanto os clientes quanto os colegas de trabalho; tenha iniciativa de 
sugerir melhorias e colocar ideias em ações; atenda os clientes com 
entusiasmo e vontade de ajudá-los; quando tiver que passar o cliente de um 
setor para outro, sempre explique antes para a pessoa do setor seguinte o 
problema do cliente. 
* Os clientes esperam soluções rápidas. Por isso devemos ter disposição para 
ajudar de imediato, aproveitando o impulso da compra. A competência 
operacional da empresa e do atendente é determinada pela velocidade do 
atendimento. Demonstre ao cliente que o tempo dele é valioso também para 
você; para resolver o problema, ouça o que ele está dizendo com atenção, sem 
interrompê-lo com conclusões precipitadas; envolva o cliente na solução do 
problema; diga ao cliente o motivo da demora se ele tiver que aguardar; se a 
solução depender de outras pessoas, certifique-se que elas darão retorno ao 
cliente assumindo a responsabilidade. 
„ * Devemos ser capazes de atender o cliente em qualquer solicitação ou, se 
precisar, saber com quem obter ajuda. Em seu tempo livre leia catálogos, 
manuais, bulas, revistas da área; use a linguagem do cliente; demonstre a ele 
que você tem domínio sobre o que está falando, transmitindo-lhe segurança e 
confiança; seja proativo oferecendo aos clientes alternativas para a solução de 
seus problemas. 
RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 5 
 
 
 
QUAIS OS PERFIS DE CLIENTES? 
Para um atendimento de qualidade, é imprescindível que se conheça os 
diversos “perfis” de clientes: 
1. Cliente preocupado com preço: vai dar indícios logo no início da 
conversa que o valor é fator determinante para a compra. Neste caso, abrir um 
parêntese e explicar as diversas formas de pagamento e possíveis 
parcelamentos vai deixá-lo mais calmo para ouvir as orientações do produto ou 
serviço que ele busca. A explicação deve ser bem clara, objetiva e em hipótese 
alguma o cliente deve confundir as opções de pagamento e crédito como algo 
sendo direcionado pelas possíveis condições financeiras dele, e sim facilidades 
ofertadas pela empresa para todos os seus clientes, pois é bem comum que o 
cliente se ofenda caso não seja explicado corretamente; 
2. Cliente apressado: geralmente é desconfiado e precisa ser tratado com 
cortesia, rapidez e as orientações devem ser bem claras e seguras; 
3. Cliente tímido: geralmente fica andando pela loja até ser abordado, logo, 
é necessário que o funcionário o aborde o quanto antes. Esse tipo de cliente 
geralmente possui um tom de voz muito baixo e é bastante discreto, o que 
remete que o profissional farmacêutico também aja com discrição, e que seja 
atencioso, mas nunca invasivo; 
4. Cliente agressivo: Gosta de exclusividade e geralmente discute por 
qualquer coisa. Ser paciente e colocar a equipe à disposição dele geralmente 
quebra a barreira da agressividade, onde, assim, a melhor forma de atendê-lo 
é evitar interrompê-lo e não dar a entender que ele esteja nervoso; 
5. Cliente detalhista: Precisa de detalhes sobre o produto ou serviço e 
geralmente não tem pressa. Para esse tipo de cliente é preciso que o 
funcionário seja objetivo, seguro, atencioso e claro nas explicações. 
6. Cliente bem-humorado: É bem comum e geralmente constrange o 
funcionário que o atende com suas piadas, geralmente de duplo sentido. É 
importante que o funcionário não dê importância às piadinhas, mas ao mesmo 
tempo não aja com arrogância e falta de paciência; 
7. Cliente “sabe tudo”: geralmente entra na loja após algumas consultas na 
internet e, consequentemente, exige explicações bastante seguras do 
profissional que se dispuser a atendê-lo, pois, a chance desse cliente 
questionar, ainda que sejasem muitos critérios, é grande; 
 
QUAIS OS PASSOS PARA UM ATENDIMENTO DE EXCELENCIA? 
ABORDAGEM 
RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 6 
 
 
A abordagem é o primeiro contato entre o profissional farmacêutico e o cliente, 
portanto o funcionário deve passar de imediato: simpatia, atenção e estabelecer 
uma relação de confiança, sem ser invasivo. Além disso, outros cuidados 
devem ser tomados, como: 
„ * Facilidade na identificação: o cliente precisa identificar facilmente se está 
sendo abordado pelo farmacêutico, balconista, atendente, gerente ou outro 
funcionário, pois caso ele comece a falar e só depois que descrever todos os 
sintomas for direcionado para o farmacêutico para orientá-lo, provavelmente ele 
ficará muito bravo por ter “perdido tempo” e ter de repetir toda história. Condutas 
muito simples impedem esse tipo de situação como o uso de crachá contendo 
função e nome de cada funcionário, e uniformes diferentes para tipo de 
funcionário; 
„ * A abordagem deve ser espontânea: caso a empresa tenha uma frase padrão 
para recepcionar o cliente, ela precisa ser dita de forma muito natural, sem 
parecer “mecanizado”; 
„ * Atenção ao que o cliente está dizendo: independentemente da função do 
funcionário, ele precisa, antes de qualquer coisa, saber ser um ouvinte atento. 
Quanto mais o cliente puder expor o que ele precisa, melhor será o 
entendimento para direcioná-lo ao produto ou serviço corretamente. 
DIAGNÓSTICO 
A ideia não é, em hipótese alguma, fazer um diagnóstico de uma possível 
patologia do cliente, mas sim a detecção das suas necessidades. Se a 
abordagem for bem feita, ficará fácil entender o que o cliente precisa, ainda 
mais quando ele busca por alguma orientação e não apenas um produto 
específico. Na fase de “diagnóstico”, o farmacêutico precisa identificar: 
 * Problemas Específicos: perceber quando o cliente menciona experiências 
negativas ou rejeições clínicas por determinados produtos é de extrema 
importância para que o funcionário não sugira produtos similares; 
* Produto ou Serviço: daí a importância de conhecer todo mix de serviços e 
produtos, suas categorias e subcategorias; 
 * Marcas: é importante perguntar para o cliente se ele tem preferência por 
alguma marca, pois quando o funcionário for, finalmente, sugerir produtos que 
atendam às suas necessidades, já terá feito uma triagem das marcas prediletas 
do cliente. Esse tipo de identificação é muito importante nas categorias de 
higiene e beleza; 
 
RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 7 
 
 
* Reformulação de Pedidos: quando o cliente terminar de dizer o que precisa, 
é de bom tom que o funcionário reformule o que foi dito, para que não haja 
dúvidas sobre as reais necessidades do cliente, resumindo o contexto da 
conversa. 
 
CONCEITOS BÁSICOS PARA A PRÁTICA DA FARMÁCIA. 
O primeiro esclarecimento que se faz necessário é diferenciar 
“fármaco” de “medicamento”. Fármaco é toda substância ativa 
farmacologicamente, ou seja, que promove um efeito farmacológico quando 
administrada a um organismo. É a substância pura, que irá ser a responsável 
pelo efeito. Já o termo “medicamento” é empregado para o produto 
farmacêutico final que contém um ou mais fármacos, além de várias outras 
substâncias com funções as mais diversas, mas que não contribuem para o 
efeito farmacológico. 
Para ficar clara a diferença, vamos citar um exemplo: uma das apresentações 
do medicamento Diovan® contém 14 comprimidos revestidos sulcados de 40 
mg de valsartano. Na composição desses comprimidos, encontramos 40 mg de 
valsartano, além de celulose microcristalina, crospovidona, dióxido de silício 
coloidal, estearato de magnésio, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, 
óxido de ferro vermelho, óxido de ferro amarelo e óxido de ferro preto. De todas 
as substâncias contidas no comprimido de Diovan, apenas o valsartano 
responde pelo efeito anti-hipertensivo. 
Todas as outras substâncias apresentam um papel secundário, sendo 
responsáveis por características da forma farmacêutica, no caso “comprimido”. 
Todas essas outras substâncias que não são apresentam efeito farmacológico 
e entram na composição apenas como conservantes, secantes, agregantes, 
agentes de revestimento, etc., são conhecidas como excipientes. No conjunto, 
o fármaco e os excipientes formam o “medicamento”. 
 
Portanto, fármaco é a substância ativa e medicamento é o produto final, que 
contém o fármaco, mas também contém todo um conjunto de excipientes, 
indispensáveis para a formulação do produto. 
Pois bem, se você já sabe a diferença entre fármaco e medicamento, vamos 
avançar no nosso aprendizado e conceituarmos outros termos muito utilizados 
no dia-a-dia da farmácia: “forma farmacêutica” e “via de administração”. 
RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 8 
 
 
Como já falamos, um fármaco precisa ser misturado com várias outras 
substâncias para chegar ao medicamento. No final da preparação do 
medicamento, o produto toma uma forma, a chamada “forma farmacêutica”. 
Forma farmacêutica é, portanto, a forma física que o medicamento adquire. 
Para facilitar a compreensão, vamos dividir as formas farmacêuticas em 
sólidas, semi-sólidas e líquidas. Os medicamentos nas formas farmacêuticas 
sólidas apresentam-se como um sólido, como no caso dos comprimidos, 
cápsulas, drágeas, pós, supositórios, pastilhas, óvulos, etc. Quando adquire 
uma forma farmacêutica semissólida, o medicamento apresenta-se num 
aspecto de gel ou geleia, como no caso dos cremes, pomadas, pastas, géis, 
geléias, etc. E as formas farmacêuticas líquidas são representadas pelas 
soluções, suspensões, xampus, enemas, colutórios, líquidos para injeção, etc. 
Agora que já sabemos o que é forma farmacêutica, vamos estudar as Vias de 
Administração 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
Via Oral: 
Os medicamentos são absorvidos pela mucosa do trato gastrointestinal. 
Vantagens: 
- Maior segurança, comodidade e economia; 
- Estabelecimento de esquemas terapêuticos fáceis de serem cumprido 
pelos paciente; 
- Absorção intestinal favorecida pela grande superfícies de vilosidade 
intestinal. 
Desvantagens: 
- Apresentação de efeitos adversos (náuseas, vômitos e diarreias), pela 
irritação da mucosa; 
- Variações do grau de absorção conforme: a) ação da enzima digestiva; 
b) plenitude ou não gástrica; c) tipo da formulação farmacêutica; d) pH. 
- Necessidade da cooperação do paciente. 
 
Fatores como outros medicamentos e a alimentação, afetam a forma de 
absorção dos medicamentos depois de sua ingestão oral. Assim, há alguns 
medicamentos que devem ser tomados com o estômago vazio, e há outros que 
devem ser ingeridos com o alimento ou simplesmente não podem ser tomados 
por via oral, pois serão inativados por enzimas digestivas. A absorção começa 
na boca e no estômago, mas ocorre principalmente no intestino delgado. 
RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 9 
 
 
Via Sublingual 
Os medicamentos são absorvidos pela mucosa oral. Vantagens: 
- Absorção rápida de substâncias hidrossolúveis; 
- Redução de bio transformação do princípio ativo do fígado, por atingir 
diretamente a circulação sistêmica. 
Desvantagens: 
- Imprópria para substâncias irritantes ou de sabores desagradáveis. 
O medicamento ingressa diretamente na circulação geral, sem passar através 
da parede intestinal e pelo fígado. 
Retal 
Os medicamentos são absorvidos pela mucosa retal. 
Vantagens: 
- Administração de medicamentos a pacientes inconscientes ou com 
náuseas e vômitos, particularmente em lactantes; 
-Redução da bio transformação do princípio ativo pelo fígado, por atingir 
diretamente a circulação sistêmica. 
Desvantagens: 
 
- Absorção irregular e incompleta; 
 
- Irritação da mucosa retal. 
 
Muitos medicamentos que são administrados por via oral podem ser 
administrados por via retal, em forma de supositório. Em razão do revestimento 
delgado e da abundante irrigação sanguínea do reto, o medicamento é 
rapidamenteabsorvido. 
 
VIA PARENTERAL 
 
As vias parenterais, não utilizam o tubo digestivo, e compreendem as 
acessadas por injeção (intravenosa, intramuscular, subcutânea, entre outras). 
RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 10 
 
 
Reconhecendo as diferenças entre fármaco, medicamento, forma farmacêutica 
e via de administração 
Para verificarmos se já sabemos diferenciar fármaco de medicamento, e forma 
farmacêutica de via de administração, vamos exercitar um pouco. 
O produto Rasilez® está disponível nas seguintes apresentações: 14 ou 28 
comprimidos revestidos para uso oral contendo 150 ou 300 mg de alisquireno 
e os excipientes celulose microcristalina, crospovidona, povidona, estearato de 
magnésio, dióxido de silício, macrogol, talco, hipromelose, dióxido de titânio, 
óxido de ferro vermelho e óxido de ferro preto. Qual o fármaco, o medicamento, 
a forma farmacêutica e a via de administração? Isso é muito fácil de reconhecer: 
- fármaco: alisquireno; 
- medicamento: Rasilez®; 
- forma farmacêutica: comprimidos revestidos; 
- via de administração: via oral. 
 
FARMACOLOGIA 
A Farmacologia é utilizada com os objetivos: 
Profilática: O medicamento tem ação preventiva contra doenças. Exemplo: As 
vacinas podem atuar na prevenção de doenças. 
Terapêutica: O medicamento tem ação curativa, pode curar a patologia. 
Exemplo: Os antibióticos têm ação terapêutica, curando as doenças. 
Paliativo: O medicamento tem capacidade de diminuir os sinais e sintomas da 
doença, mas não promove a cura. Exemplo: Os anti-hipertensivos diminuem a 
pressão arterial, mas não curam a hipertensão arterial; os antitérmicos e 
analgésicos diminuem a febre e a dor, porém não curam a patologia causadora 
dos sinais e sintomas. 
RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 11 
 
 
Diagnóstica: O medicamento auxilia no diagnóstico, elucidando exames 
radiográficos. Exemplo: Os contrastes são medicamentos que, associado aos 
exames radiográficos, auxiliam em diagnósticos de patologias As espécies 
principalmente vegetais possuem um rico arsenal de compostos químicos, 
sendo que muitos desses podem ser ativos como medicamentos, e, um dos 
fatores que contribui para a larga utilização de plantas para fins medicinais no 
Brasil é o grande número de espécies vegetais encontradas no país. Nos 
últimos anos, tem aumentado a aceitação da Fitoterapia no Brasil, resultando 
em crescimento da produção industrial dos laboratórios. Acredita-se que a flora 
mundial contenha 250 mil a 500 mil espécies, e, o Brasil contribui 
aproximadamente com 120 mil dessas espécies, entretanto, apenas cerca de 
10% da flora do nosso País tem sido estudada de modo cientifico, assim, a 
regulamentação da Biomedicina constitui um importante passo também para a 
pesquisa que pode levar às necessárias descobertas, e, produções de novos 
medicamentos, além da capacitação do profissional Biomédico para atuar em 
todos os níveis de atenção à saúde, integrando-se em programas de promoção, 
manutenção, prevenção, proteção, e, recuperação de saúde. 
NOÇÕES SOBRE FARMACOLOGIA DEFINIÇÕES: 
Medicamento: É toda a substância que, introduzida no organismo humano, vai 
preencher uma das seguintes finalidades: 
* Preventiva ou Profilática: quando evita o aparecimento de doenças ou 
reduz a gravidade da mesma. 
* Diagnóstica: localiza a área afetada. 
 
*Terapêutica: quando é usada no tratamento da doença. 
 
* Paliativa: quando diminui os sinais e sintomas da doença mas não 
promove a cura. 
Droga: É toda substância originada do reino animal e vegetal que poderá ser 
transformada em medicamento. 
Dose: É uma determinada quantidade de medicamento introduzida no 
organismo para produzir efeito terapêutico e promover alterações ou 
modificações das funções do organismo ou do metabolismo celular. 
Fórmula farmacêutica: é o conjunto de substâncias que compõem a forma 
pela qual os medicamentos são apresentados e possui os seguintes 
componentes: princípio ativo (agente químico), o corretivo (sabor, corantes, 
açúcares) e o veículo (dá volume, em forma de talco, pós). 
RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 12 
 
 
Forma farmacêutica: é a maneira física pela qual o medicamento se 
apresenta. Ex: Lasix comprimido, Binotal suspensão. 
Remédio: Todo meio usado com fim de prevenir ou de curar as doenças. 
Prescrição medicamentosa: é o documento ou a principal fonte de informações. 
Nela deve constar o nome do paciente, a data da prescrição, o registro e o 
nome do medicamento, a dose, a frequência e horário da administração e a 
assinatura e carimbo do profissional. Só poderá ser verbal em situação de 
emergência. 
Princípio Ativo: É a substância que existe na composição do medicamento, 
responsável por seu efeito terapêutico. Também pode ser chamado fármaco. 
Medicamentos Simples: Aqueles usados a partir de um único fármaco. Ex. 
Xarope de Vitamina C. 
Medicamento Composto: São aqueles preparados a partir de vários fármacos. 
Ex.: Comprimido de Ácido Salicílico+ Cafeína. 
Medicamento de Uso Externo: São aqueles aplicáveis na superfície do corpo 
ou nas mucosas. Ex.: Cremes, Xampus... 
Medicamentos de Uso Interno: São aqueles que se destinam à administração 
no interior do organismo por via bucal e pelas cavidades naturais (vagina, nariz, 
ânus, ouvidos, olhos etc.) 
Medicamentos de Manipulação: São aqueles preparados na própria farmácia, 
de acordo com normas e doses estabelecidas por farmacopeia ou formulários 
e com uma designação uniforme. 
Adição: Efeito combinado de dois fármacos. 
Efeito Adverso ou Indesejado: Ação diferente do efeito planejado. 
Potencialização: Efeito que ocorre quando um fármaco aumenta ou prolonga 
a ação de outro fármaco. 
Efeito Colateral: Efeito imprevisível que não está relacionado à principal ação 
do fármaco. 
Medicamentos Placebos: São substâncias ou preparações inativas, 
administradas para satisfazer a necessidade psicológica do paciente de tomar 
drogas. 
Medicamentos Homeopáticos: são preparados a partir de substâncias 
naturais provenientes dos reinos animal, vegetal e mineral, e não apenas 
plantas como muitos acreditam. 
RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 13 
 
 
Medicamento Fitoterápico: São medicamentos obtidos a partir de plantas 
medicinais. Eles são obtidos empregando-se exclusivamente derivados de 
droga vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e outros). 
Medicamento de Referência ou de Marca: Os laboratórios farmacêuticos 
investem anos em pesquisas para desenvolver medicamentos e, por isso, 
possuem a exclusividade sobre a comercialização da fórmula durante um 
determinado período, que pode chegar a 20 anos. Estes medicamentos são 
denominados de ―referência‖ ou ―de marca‖. Após a expiração da patente, 
há a liberação para produção de medicamentos genéricos e similares. 
Nome Fantasia ou Comercial: O nome de fantasia é aquele registrado e 
protegido internacionalmente e que identifica um medicamento como produto 
de uma determinada indústria. Um mesmo medicamento pode ser 
comercializado sob muitos nomes de fantasia. A expressão "nome de fantasia" 
nada tem a ver com as características químicas ou farmacológicas dos 
medicamentos. São criados mais em função de uma identificação comercial dos 
produtos. 
Medicamento Genérico: É aquele que contém o mesmo fármaco (princípio 
ativo), na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e 
com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência no país, 
apresentando a mesma segurança que o medicamento de referência no país. 
É mais barato porque os fabricantes de genéricos, ao produzirem 
medicamentos após ter terminado o período de proteção de patente dos 
originais, não precisam investir em pesquisas e refazer os estudos clínicos que 
dão cobertura aos efeitos colaterais, que são os custos inerentes à investigação 
e descoberta de novos medicamentos, visto que estes estudos já foram 
realizados para a aprovação do medicamento pela indústriaque primeiramente 
obtinha a patente. Assim, podem vender medicamentos genéricos com a 
mesma qualidade do original que detinha a patente a um preço mais baixo. Na 
embalagem dos genéricos deve estar escrito "Medicamento Genérico" dentro 
de uma tarja amarela. Como os genéricos não têm marca, o que você lê na 
embalagem é o princípio ativo do medicamento. 
Medicamento Similar: Cópia do medicamento de referência. Alguns itens, 
porém, podem ser diferentes, como dose ou indicação de administração, 
tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, 
excipientes e veículo, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou 
marca. Um medicamento referência vendido somente sob a forma de 
comprimido pode possuir um similar na forma líquida. Representados por meio 
de uma marca comercial própria, esses medicamentos são uma opção ao 
medicamento de marca. 
Exemplo: Nome genérico: Paracetamol Nome químico: 4-hidroxiacetanilida, p- 
acetilaminofenol, N-acetil-p-aminofenol Nome de fantasia: Tylenol 
RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 14 
 
 
 
AÇÃO DOS MEDICAMENTOS: 
 
Os medicamentos agem no organismo vivo sob várias maneiras, produzindo 
efeito ou ação. 
Ação Local: Aquele que exerce seu efeito no local da aplicação, sem passar 
pela corrente sanguínea (pomadas e colírios). 
Tipos de ação local: 
a) Antisséptico: Impede o desenvolvimento de micro-organismos. Ex: álcool 
iodado, clorexedina. 
b) Adstringente: Medicamento que contrai o tecido. Ex: loção para fechar 
os poros. 
c) Irritante: Medicamentos que irritam os tecidos. 
d) Paliativo: Aplicado no local para alívio da dor. 
e) Emoliente: Lubrifica e amolece o tecido. 
f) Anestésico: Paralisa as terminações nervosas sensoriais. 
 
QUAL O SIGNIFICADO DAS TARJAS DOS MEDICAMENTOS? 
Os medicamentos atuam e provocam alterações em diversos sistemas no 
organismo, desde os mais simples até os mais complexos. Portanto, são 
classificados conforme o grau de risco que o seu uso pode oferecer à saúde do 
paciente. Para essa classificação, foi adotado o critério de tarjas (faixas), que 
são facilmente identificadas nas embalagens dos medicamentos. Veja abaixo o 
significado de cada uma delas: 
Tarja vermelha sem retenção da receita 
Representa os medicamentos vendidos mediante a apresentação da receita, 
que não fica retida na farmácia. Esses medicamentos têm contraindicações e 
podem provocar efeitos colaterais graves. Na tarja vermelha está impressa a 
mensagem “venda sob prescrição médica”. 
Tarja vermelha com retenção da receita 
RN CURSOS & TREINAMENTOS Página 15 
 
 
Representa os medicamentos que necessitam de retenção da receita, 
conhecidos como medicamentos psicotrópicos. Por isso, na tarja vermelha está 
impresso “venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção 
de receita”. Só podem ser vendidos com receituário especial de cor branca. 
Tarja preta 
Representa os medicamentos que exercem ação sedativa ou que ativam o 
sistema nervoso central e que, portanto, também fazem parte dos chamados 
psicotrópicos. Por isso, a tarja preta vem com a inscrição “venda sob prescrição 
médica – o abuso deste medicamento pode causar dependência”. Tais 
medicamentos apenas podem ser vendidos com receituário especial de cor 
azul. 
 
Tarja amarela 
Representa os medicamentos genéricos e deve conter a inscrição 
“Medicamento Genérico”, na cor azul. 
Não tarjados 
Os não tarjados ou Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) apresentam 
poucos efeitos colaterais ou contraindicações, desde que usados corretamente 
e sem abusos, por isso podem ser dispensados sem a prescrição médica.