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Curso PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO AVANÇADO Teste ATIVIDADE 2 (A2) • Pergunta 1 1 em 1 pontos O ISS (ou ISSQN) está previsto no art. 156, III, da CF e na LC n.º 116/2003, os quais dispõem ser o Município o sujeito ativo competente para a instituição do imposto. A incidência do ISSQN se dá sobre o serviço prestado por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, de serviços constantes da lista anexa à LC n.º 116/2003. SABBAG, E. Direito tributário essencial. - 6. ed. rev., atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2018 (adaptado). Excluem-se das hipóteses de incidência do ISSQN as seguintes condições: I. Serviços tributados pelo ICMS. II. Serviços prestados no exterior em sua integralidade III. Produção de software customizado e personalizado. IV. Aluguel de bens móveis e imóveis. V. Atividade mista com predominância de serviços puros. É correto o que se afirma apenas em: Resposta Selecionada: I, II e IV. Resposta Correta: I, II e IV. Comentário da resposta: Resposta correta. Não estão compreendidas no fato gerador do ISS, dentre outras, as seguintes prestações de serviços: de transporte interestadual e intermunicipal, e de comunicação (incidência de ICMS); para o exterior; e locações de bens móveis ou imóveis. Quando há produção de um software customizado conforme as peculiaridades exigidas por um cliente é considerada sujeita ao ISS e nos casos das denominadas atividades mistas, isto é, sobre os serviços puros, haverá também a incidência do ISS. • Pergunta 2 1 em 1 pontos A Construtora ABC prestou serviços de execução de obras hidráulicas em determinado município brasileiro em que o Código Tributário Municipal define alíquota de 5% de ISSQN para este tipo de serviço e a exclusão da base de cálculo os valores dos materiais fornecidos pelo prestador, conforme Lei Complementar nº 116/03. Sabe-se que o preço da empreitada global foi de R$130.000,00, no qual está incluso R$50.000,00 em materiais aplicados (tubos, conexões e materiais afins) e o valor de R$20.000,00 referente à subempreitada e já tributado pelo ISSQN. Considerando somente essas informações, o valor de ISSQN a ser pago pela Construtora ABC será de Resposta Selecionada: R$3.000,00. Resposta Correta: R$3.000,00. Comentário da resposta: Resposta correta. Do valor da empreitada global, que é a base de cálculo do ISSQN, deverá ser excluído o valor referente aos materiais fornecidos pelo prestador e o valor da subempreitada já tributado. Assim, a base de cálculo será: R$130.000,00 - R$70.000,00 = R$60.000,00. Aplicando-se a alíquota do ISSQN do município, tem-se um imposto a recolher de: R$60.000,00 x 5% = R$3.000,00. • Pergunta 3 1 em 1 pontos Francisco Borges, residente e domiciliado no estado do Tocantins, faleceu em 1º de janeiro de 2021, deixando como patrimônio os seguintes bens, avaliados nesta data, para a esposa e o único filho (23 anos): - Terreno em área rural no valor venal de R$80.000,00; - Depósito em conta corrente em moeda nacional, já líquido de dívidas, no valor de R$5.000,00; - Seguro de Vida, no valor de R$100.000,00; - Uma casa em área urbana, avaliada em R$150.000,00, em que a esposa e o filho residem. Para cálculo do ITCMD, o Código Tributário do Tocantins dispõe das seguintes informações: - O imposto é isento se o herdeiro ou legatário receber quinhão ou legado cujo valor seja igual ou inferior a R$25.000,00 e na transmissão de seguro de vida (art. 55, I e VI). - A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos, ou o valor dos títulos ou créditos, transmitidos ou doados; considera-se valor venal o valor do bem na data da avaliação (art. 60). - A base de cálculo é reduzida em 50% quando há a transmissão de direito real de habitação (art. 60). - No art. 61 são definidas as alíquotas, de acordo com a base de cálculo: I – 2%, quando superior a R$25.000,00 e até R$100.000,00; II – 4%, quando superior a R$100.000,00 e até R$500.000,00; III – 6%, quando superior a R$500.000,00 e até R$2.000.000,00; e IV – 8%, quando superior a R$2.000.000,00. Considerando somente essas informações, o valor do ITCMD a ser recolhido nesta operação para o Estado do Tocantins será de: Resposta Selecionada: R$6.400,00. Resposta Correta: R$6.400,00. Comentário da resposta: Resposta correta. Correto! A base de cálculo para fins de apuração do ITCMD deve considerar o que diz a legislação em caso. Com base no Código Tributário do Tocantins, comporá a base de cálculo do ITCMD: R$80.000,00 + R$5.000,00 + R$75.000,00 (redução da base de cálculo quando há transferência de direito real de habitação). Assim, a base de cálculo será R$160.000,00 que, após aplicação da alíquota de 4%, tem-se um ITCMD a recolher de R$6.400,00. • Pergunta 4 1 em 1 pontos Suponha que uma pessoa jurídica brasileira seja detentora de um imóvel e queira transferi-lo com a máxima economia tributária. Tal patrimônio será capitalizado em uma offshore, um tipo de empresa domiciliada em um território exterior onde, licitamente, é possível obter economia tributária. O poder acionário ficará com a antiga proprietária do bem brasileiro. Com base na operação, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. . Como já se pode depreender, nessa transferência patrimonial não há incidência do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) de competência municipal. PORQUE II. Nessa modalidade de operação não há tributação em face da imunidade prevista em casos que bens imóveis são transmitidos para fins de integralização de capital, conforme o art. 156, § 2°, I da Constituição Federal. CREPALDI, S. Planejamento tributário: teoria e prática. - 3. ed. - São Paulo: Atlas, 2019 (adaptada) A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. Resposta Selecionada: As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Resposta Correta: As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Comentário da resposta: Resposta correta. Correto! Uma pessoa jurídica, ao transmitir um bem imóvel para ser capitalizado em outra pessoa jurídica, isto é, como integralização de capital, ainda que para uma offshore, terá garantida a imunidade tributária constitucional do ITBI (CF 88, art. 156, § 2°, I). • Pergunta 5 1 em 1 pontos João Lucas é proprietário de três imóveis localizados no município de Pereira, a saber: b. Um terreno em área rural, cujo valor venal é de R$30.000,00; c. Uma residência em área urbana, financiada pelo Sistema Financeiro de Habitação, cujo valor do financiamento é de R$100.000,00 e a UFIP (Unidade Fiscal de Pereira) é de 60.000; e d. Uma área construída para aluguel em área urbana, cujo valor venal é de R$50.000,00. João Lucas deseja vender e transmitir todos esses bens a terceiros. O município de Pereira determina em seu Código Tributário que a base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens e que as alíquotas praticadas são as seguintes: I - transmissões de imóveis urbanos: 2,0%; II - transmissões de imóveis rurais: 3,0%; e III - transmissões do Sistema Financeiro da Habitação, sobre o valor financiado, quando inferior a 85.000 (oitenta e cinco mil) UFIP: 0,5%. Considerando somente as informações apresentadas, quanto será recolhido a título de ITBI ao município de Pereira pelos adquirentes ou pelo transmitente? Resposta Selecionada: R$2.400,00. Resposta Correta: R$2.400,00. Comentário da resposta: Resposta correta. Correto! a) R$30.000,00 x 3% = R$900,00; b) R$100.000,00 x 0,5% = R$500,00; c) R$50.000,00 x 2,0% = R$1.000,00. Total do ITBI = R$2.400,00 • Pergunta 6 1 em 1 pontos Em regra, compete ao Município do estabelecimento prestador de serviçoso recolhimento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Contudo, a Lei Complementar nº 116/03 apresenta, no seu art. 3º, exceções a esta regra, definindo que o ISS é devido no local: Resposta Selecionada: onde o serviço é prestado. Resposta Correta: onde o serviço é prestado. Comentário da resposta: Resposta correta. Como exceção, caso se trate de um dos serviços constantes do artigo 3º, incisos I a XXV da Lei Complementar nº 116/2003, o ISS será devido ao Município em que o serviço for realizado (conhecido como Município do Tomador dos serviços). Alguns exemplos são determinados serviços contratados por planos de saúde, hospitais e seguradoras. • Pergunta 7 1 em 1 pontos Bernardo, residente e domiciliado no Estado A, é detentor de ações representativas do capital social da Alfa S/A, com sede no Estado B. Bernardo decide, então, doar parte dessa participação acionária a seu filho, Pedro, domiciliado no Estado C. A respeito do Estado para o qual deverá ser recolhido o imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) incidente nessa operação, marque a alternativa correta Resposta Selecionada: O Estado competente para exigir o imposto na operação em análise é o Estado A, onde tem domicílio o doador. Resposta Correta: O Estado competente para exigir o imposto na operação em análise é o Estado A, onde tem domicílio o doador. Comentário da resposta: Resposta correta. Correto! No caso de bens móveis ou títulos transmitidos por doação, o Estado competente para cobrar o tributo é aquele em que está domiciliado o doador. • Pergunta 8 1 em 1 pontos A Telle Marketing Ltda é uma empresa brasileira que presta serviços de agenciamento de publicidade e propaganda (10.08) no Brasil e no exterior sendo, assim, contribuinte do ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza). A respeito da regra matriz de incidência e recolhimento do ISSQN e a situação hipotética da empresa citada, assinale a opção correta: Resposta Selecionada: O ISSQN não incide sobre a exportação dos serviços da empresa para países estrangeiros. Resposta Correta: O ISSQN não incide sobre a exportação dos serviços da empresa para países estrangeiros. Comentário da resposta: Resposta correta. Correto! O ISSQN não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País. Contudo, incide sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País (Lei Complementar nº 116/03, art. 1º, §1º e art. 2º, I). • Pergunta 9 1 em 1 pontos A competência para a instituição do ITCMD (Imposto sobre transmissão Causa Mortis e Doação) é dos Estados e do Distrito Federal, conforme o art. 155 da CF de 1988. Contudo, antes da CF de 1988, o imposto causa mortis e o imposto de transmissão inter vivos estavam sob a mesma competência de modo conjunto e aglutinado. Após a promulgação da Carta Magna de 1988, houve uma bipartição da competência. SABBAG, E. Direito tributário essencial. - 6. ed. rev., atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2018 (adaptado). A respeito, é correto afirmar que Resposta Selecionada: Aos Estados coube a competência sobre a transmissão não onerosa de bens móveis ou imóveis e aos Municípios a competência sobre a transmissão inter vivos e as de caráter oneroso de bens imóveis. Resposta Correta: Aos Estados coube a competência sobre a transmissão não onerosa de bens móveis ou imóveis e aos Municípios a competência sobre a transmissão inter vivos e as de caráter oneroso de bens imóveis. Comentário da resposta: Resposta correta. Muito bem! Quando na transmissão de bens imóveis, ou de direitos relacionados a ele (como por exemplo o usufruto), é importante atentar para o fato dela ser onerosa ou não pois, sendo onerosa, o imposto devido será o imposto municipal ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis) e não onerosa compete o imposto estadual ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação). • Pergunta 10 1 em 1 pontos O Planejamento Tributário no contexto familiar é fundamental para uma economia tributária elisiva. Nas sucessões, doações e transmissões onerosas de bens móveis ou de direitos reais há que se considerar o aspecto da incidência tributária do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis). Considere que, hipoteticamente, um casal precisa realizar partilha de um único imóvel de propriedade deles e que estes são casados pelo regime de comunhão universal de bens. Em relação à incidência do ITBI, é correto afirmar que: Resposta Selecionada: não sofre incidência, pois não há transferências de patrimônio. Resposta Correta: não sofre incidência, pois não há transferências de patrimônio. Comentário da resposta: Resposta correta. Correto! Na partilha, como o bem imóvel já pertence ao casal, não há transferência de bens imóveis ou de direitos reais nem de cessão de direitos relacionados ao imóvel. Portanto, não há incidência do ITBI nesta operação.