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Introdução ao Planejamento Tributário

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introdução
Introdução
Olá, seja muito bem-vindo(a) à unidade de ensino que trata da introdução ao planejamento
tributário. Nesta unidade você terá uma ótima oportunidade de conhecer e aplicar alguns conceitos
tributários que irão melhorar a sua vida pro�ssional de tal maneira que fará de você um(a)
pro�ssional de destaque no mercado de trabalho. Importantes são os temas que você irá
acompanhar em nossa unidade de ensino, como destaques temos o imposto simpli�cado ou
SIMPLES; o crédito tributário; os tributos federais sobre a folha de pagamento das empresas e
�nalizamos com a não cumulatividade do PIS e das COFINS. Os objetivos propostos passam por
interpretar as normas contábeis e a legislação tributária, bem como, sua estruturação, bases
conceituais e ainda calcular e contabilizar esses fatos descritos.
INTRODUÇÃO AO INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTOPLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO
Me. Armindo Aparecido Evangelista
INICIAR
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Convidamos você a estar junto conosco nessa jornada que será um grande avanço em sua vida
acadêmica, pessoal  e pro�ssional.
Vamos lá, sucesso e bons estudos!
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Antes de comentar algo sobre o Simples precisamos lembrar que ele foi criado para facilitar a vida
das micro e pequenas empresas brasileiras que representam noventa e sete por cento do total de
empresas abertas no País, com uma grande participação na criação do Produto Interno Bruto (PIB)
e também são responsáveis por gerarem um grande número efetivo de lotação nos postos de
trabalho. Assim, o Simples vem ao encontro de facilitar e simpli�car a vida dessas empresas no
aspecto tributário, ou seja, ao invés dessas empresas terem a carga tributária existente na
legislação, passam a ter uma forma uni�cada e contribuem diretamente para todos os órgãos
�scalizadores que cuidam do IRPJ, IPI, CSLL, PIS, COFINS, ICMS, ISS e a CPP (contribuição patronal
previdenciária).
Base Legal
O Simples Nacional é um regime especial uni�cado de arrecadação de tributos e contribuições
devidos pelo CGSN (Comitê Gestor do Simples Nacional) que é formado por representantes da
União, Estados, Municípios e Distrito Federal e está vinculado ao Ministério da Fazenda.
Para efeito do Simples Nacional, uma microempresa pode arrecadar por ano até o montante de
R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) de receita bruta e no caso de empresa de pequeno
porte o montante deve �car entre R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) até o montante de
R$4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
O valor da receita bruta a ser considerada na apuração do Simples Nacional deve ser fruto das
operações de venda de bens e serviços e das vendas de serviços prestados excluído destas o valor
de descontos incondicionais concedidos e o valor das possíveis vendas canceladas no período ano-
calendário.
Se a microempresa e/ou empresa de pequeno porte se enquadrar nos limites de receita bruta
mencionados, ela poderá exercer a opção do modelo Simples Nacional. Sobre a empresa fazer a
opção ao modelo existe também aquelas empresas que estão proibidas ou vedadas de optarem
por esse modelo simpli�cado, eis algumas delas: empresas que produzem e vendem cigarros,
armas de fogo, munições, bebidas alcoólicas; aquelas que importam ou fabricam veículos e
motocicletas; as micro e pequenas vinícolas, destilarias e cervejarias. Entre diversas outras
encontradas na Lei Complementar 123/2006.
Sobre as alíquotas, elas precisam ser coletadas nos anexos I ao V da LC 123/2006, vejamos aqui
alguns exemplos de alíquotas e parcelas a deduzir do cálculo dos tributos. Para ilustrar vamos �xar
os valores de receita bruta dos últimos doze meses entre R$180.000,01 até R$360.000,00 que se
refere à segunda faixa de valores dos anexos I ao V e identi�car as respectivas alíquotas e parcelas
a deduzir.
Imposto Simpli�cado - SIMPLESImposto Simpli�cado - SIMPLES
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Tabela 4.1 – Alíquotas e Tabelas dos anexos I ao V do Simples Nacional
Fonte: Elaborada pelo autor (2019).
Para se obter a porcentagem a ser aplicada pela receita bruta do referido mês de recolhimento do
tributo, deve-se usar a fórmula a seguir:
Outro aspecto a comentar está relacionado com o recolhimento do tributo, ele precisa ser feito até
o último dia da primeira quinzena do mês subsequente. E ainda, sobre a documentação �scal e
contábil, as microempresas e empresas de pequeno porte precisam emitir documento �scal de
venda e prestação de serviços e ademais manter em perfeita ordem e guardar os documentos que
corroboram os respectivos cálculos dos tributos e obrigações acessórias.
Objetivos e/ou Destinação
O maior objetivo do Simples, Supersimples ou Simples Nacional é o de proporcionar às micro e
pequenas empresas uma vantagem competitiva no âmbito administrativo, operacional e de gestão
para que elas possam concorrer (na medida do possível) nas licitações públicas, ter o acesso à
inovação, possuir uma desenvoltura cientí�ca e tecnológica para uma concorrência internacional e
assim exportarem seus produtos, terem maior facilidade nas relações trabalhistas, melhorarem as
condições de acesso aos créditos e �nanciamentos mais baratos, por �m, deixarem esses
empresários em uma melhor condição para que eles consigam, de fato, focar para a operação e
solução dos seus negócios.
Situação-Problema – prática (cálculo e contabilização)
A Comercial de Doces Saborear é uma microempresa e teve sua receita bruta conforme consta na
tabela a seguir. Com essas informações calcule o valor do recolhimento dos tributos (Simples
Nacional) em julho de 2019.
Anexo Setor Alíquota Parcela a deduzir
I Comércio 7,30% R$5.940,00
II Indústria 7,80% R$5.940,00
III Locação de bens móveis 11,20% R$9.360,00
IV Construção de imóveis 9,00% R$8.100,00
V Representação comercial 18,00% R$4.500,00
Quadro 4.1 – Fórmula de calcular o percentual do tributo (Simples Nacional)
Fonte: Adaptado de Brasil (2006).
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Tabela 4.2 – Receita bruta últimos 14 meses
Fonte: Elaborada pelo autor (2019).
Para a apuração do tributo devido em julho de 2019, deve-se somar a receita bruta dos 12 meses
anteriores a esse, ou seja, de julho de 2018 até o mês de junho de 2019. Vamos lá:
Receita bruta = (R$14.700,00 + R$15.100,00 + R$23.500,00 + R$12.900,00 + R$13.900,00 +
R$25.100,00 + R$14.300,00 + R$23.300,00 + R$25.500,00 + R$22.800,00 + R$23.900,00 + R$24.100,00)
= R $239.100,00 .
Como é uma empresa do comércio usamos a tabela anexo I e aplicamos a alíquota de 7,30% e a
parcela a deduzir de R$5.940,00.
Vamos ao cálculo:
Percentual de Tributo = 
Logo, o percentual do tributo será: 0,048156838 ou 4,81568 que deverá ser multiplicado pelo valor
da receita bruta de julho de 2019, ou seja,
Tributo = 
Contabilizando no mês de julho de 2019, �cará:
Débito: Despesa com Tributos Simples Nacional....................R$1.213,55
Crédito: Tributos Simples Nacional a Recolher........................R$1.213,55
Contabilizando o respectivo pagamento em agosto de 2019:
Débito: Tributos Simples Nacional a Recolher.........................R$1.213,55
Crédito: Bancos Conta Movimento............................................R$1.213,55
praticar
Vamos Praticar
Mês/ano Valor Mês/ano Valor
Jun/18 R$14.800,00 Jan/19 R$14.300,00
Jul/18 R$14.700,00 Fev/19 R$23.300,00
Ago/18 R$15.100,00 Mar/19 R$25,500,00
Set/18 R$23.500,00 Abr/19 R$22.800,00
Out/18 R$12.900,00Maio/19 R$23.900,00
Nov/18 R$13.900,00 Jun/19 R$24.100,00
Dez/18 R$25.100,00 Jul/19 R$25.200,00
\frac{\text {R$} 239.100,00 \times 0,073 (-) \text {R$}
                        5.940,00}{\text {R$} 239.100,00}
\text{R$} 25.200,00 \times 0,048156838 = \text{R$} 1.213,55
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Conforme o material de apoio, assinale aquela alternativa que se encontra de acordo com as normas
gerais das microempresas e empresas de pequeno porte:
a) O cumprimento de obrigações trabalhistas e opcionalmente as obrigações previdenciárias.
b) Nenhum acesso ao crédito e ao mercado, não existe preferência nas aquisições de bens e
serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão no que diz
respeito às microempresas e empresas de pequeno porte.
c) Inexistência do cumprimento das obrigações acessórias trabalhistas e previdenciárias.
d) Mediante regime único de arrecadação do Simples Nacional, a apuração e recolhimento dos
tributos da União fazem parte das normas gerais, mas os Estados, Distrito Federal e Municípios
estão fora dessa arrecadação uni�cada.
e) O recolhimento dos tributos sobre as vendas de mercadorias.
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O crédito tributário nada mais é do que o direito do Governo de exigir o tributo do sujeito passivo
que, realizando o fato gerador, dá origem à obrigação tributária, ou seja, observe que é como uma
relação de compra e venda. Quem vende tem o direito de receber e quem compra tem a obrigação
de pagar. Nesse contexto, o sujeito ativo que é o Governo, é quem tem o direito de arrecadar o
tributo ou o crédito tributário, e o sujeito passivo, nesse caso, o Contribuinte, arca com a obrigação
tributária a pagar.
Base Legal
Na relação de crédito e obrigação tributária, sempre existem os dois lados, ou seja, um deve pagar
e o outro deve receber, e para tanto, tudo precisa ser comprovado, e para dar suporte à relação,
títulos e documentos formam a base de sustentação dessa relação. Na legislação existe a �gura
chamada de “lançamento”, que é um ato administrativo que retrata via documento a existência da
dívida ou obrigação tributária.
Conforme o artigo 142 do Código Tributário Nacional “lançamento é um ato de concretização da lei
tributária efetuado pela autoridade administrativa competente para arrecadar e �scalizar o tributo”
(BRASIL, 1966, on-line). Ou seja, tem como função destacar os elementos do crédito e da obrigação
tributária, identi�cando o fato jurídico, o sujeito passivo, o sujeito ativo, a base de cálculo, a
alíquota e o valor do tributo envolvido na operação.
Assim, o lançamento é o start para que o Governo torne conhecida a existência da obrigação
tributária e possa, então, cobrá-la. Existem três formas de modalidades de lançamento: de ofício,
por declaração e por homologação.
Lançamento de ofício – é o caso onde o Governo, que é o sujeito ativo, pratica todos os
atos do lançamento, identi�cando a ocorrência do fato e também o sujeito passivo,
estabelecendo a alíquota, base de cálculo e valor do tributos, ou seja, o contribuinte que
é o sujeito passivo, não participa. Caso típico é o Imposto Predial e Territorial Urbano
(IPTU).
Lançamento por declaração – é o caso onde o Governo não dispõe de todas as
informações pertinentes para a devida cobrança do tributo, e assim o sujeito passivo
(contribuinte) precisa ajudar no preenchimento de algumas informações que somente
ele dispõe e, aí sim, o tributo será cobrado. Um caso aqui seria o Imposto Sobre Serviços
(ISS).
Lançamento por homologação – também conhecido como autolançamento – é o caso
onde o sujeito passivo (contribuinte) faz tudo sozinho, identi�ca a necessidade de pagar o
tributo, apura a base de cálculo, reconhece a alíquota  a ser utilizada, apura o valor a ser
pago, faz o preenchimento da guia de recolhimento e ainda precisa guardar toda a
documentação comprobatória pois o sujeito ativo (Governo) irá receber, analisar, e
O Crédito TributárioO Crédito Tributário
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homologar tudo que foi realizado pelo contribuinte. Exemplo clássico por homologação é
o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
1. Lançamento de ofício – é o caso onde o Governo, que é o sujeito ativo, pratica todos os
atos do lançamento, identi�cando a ocorrência do fato e também o sujeito passivo,
estabelecendo a alíquota, base de cálculo e valor do tributos, ou seja, o contribuinte que
é o sujeito passivo, não participa. Caso típico é o Imposto Predial e Territorial Urbano
(IPTU).
2. Lançamento por declaração – é o caso onde o Governo não dispõe de todas as
informações pertinentes para a devida cobrança do tributo, e assim o sujeito passivo
(contribuinte) precisa ajudar no preenchimento de algumas informações que somente
ele dispõe e, aí sim, o tributo será cobrado. Um caso aqui seria o Imposto Sobre Serviços
(ISS).
3. Lançamento por homologação – também conhecido como autolançamento – é o caso
onde o sujeito passivo (contribuinte) faz tudo sozinho, identi�ca a necessidade de pagar o
tributo, apura a base de cálculo, reconhece a alíquota  a ser utilizada, apura o valor a ser
pago, faz o preenchimento da guia de recolhimento e ainda precisa guardar toda a
documentação comprobatória pois o sujeito ativo (Governo) irá receber, analisar, e
homologar tudo que foi realizado pelo contribuinte. Exemplo clássico por homologação é
o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
Vale dizer que, no caso de lançamento por homologação, o Governo tem até cinco anos para
averiguar e pedir alguma explicação pormenorizada sobre os valores apurados e pagos pelo sujeito
passivo.
O Código Tributário Nacional traz algumas situações que podem extinguir o crédito tributário, são
elas: a suspensão da exigibilidade, a extinção e exclusão do crédito tributário.
No caso da suspensão da exigibilidade o crédito continua a existir mas não será cobrado pelo
Governo, o contribuinte pode ainda retirar sua CND (Certidão Negativa de Débitos) que será obtida
como certidão positiva com efeitos de negativa pois irá acusar a existência do crédito, mas que, no
momento, não será exigida. As hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário,
segundo o CTN - Art. 151 são as seguintes:
I. Moratória;
II. O depósito do seu montante integral;
III. As declarações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo
administrativo;
IV. A concessão de medida liminar em mandado de segurança;
V. A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada em outras espécies de ação
judicial;
VI. O parcelamento. (BRASIL, 1966, on-line).
A extinção do crédito tributário somente poderá ocorrer nas hipóteses previstas no CTN em seu
artigo 156, e elas são as seguintes:
I. O pagamento;
II. A compensação;
III. A transação;
IV. A remissão;
V. A prescrição e a decadência;
VI. A conversão de depósito em renda; entre outras. (BRASIL, 1966, on-line).
Já a exclusão do crédito tributário ocorre quando não se permite o surgimento do crédito em uma
situação em que ele deveria acontecer, e nesses casos temos a isenção e a anistia, sendo que a
isenção é uma exceção da lei tributária e a anistia é um perdão concedido pelo Governo.
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Objetivo e Concepções
O crédito tributário reforça a existência de um valor de direito a receber pelo Governo (sujeito ativo)
por parte do contribuinte (sujeito passivo) com a existência de um valor a pagar ou a obrigação
tributária. Essa obrigação é gerada no momento em que um fato gerador é utilizado. O lançamento
é o ato administrativo que valida o reconhecimentodo crédito tributário, bem como a obrigação
tributária e ele usa todas as referências necessárias em sua formação como de�nição do sujeito
passivo, de�nição do sujeito ativo, a sua base de cálculo, a sua alíquota e obviamente o valor do
tributo.
Situação-Problema – prática (cálculo e contabilização)
A empresa Inspiração em 1 de junho de 2019 fez uma aplicação �nanceira no Banco Show no
montante de R$ 100.000,00. A rentabilidade oferecida na operação foi de 2,5% ao mês. Sobre a
rentabilidade incorrerá o imposto de renda na fonte de 15,0% e imposto sobre operação �nanceira
de 35,0% caso o resgate ocorra antes de 30 dias da data da aplicação. Devido uma situação
emergencial no dia 27 de junho de 2019 aconteceu o respectivo resgate.
Vamos aos respectivos cálculos:
i. Rendimento sobre aplicação = R$ 100.000,00 X 0,025 = R$ 2.500,00.
ii. IRRF sobre rendimento = R$ 2.500,00 X 0,15 = R$ 375,00.
iii. IOF sobre rendimento = R$ 2.500,00 X 0,35 = R$ 875,00.
Vamos para a contabilização:
No dia 1 de junho de 2019
Débito: Aplicação �nanceira Banco Show.........................R$100.000,00
Crédito: Banco conta movimento – Banco Show...............R$100.000,00
No dia 27 de junho de 2019
Débito: Banco conta movimento – Banco Show..................R$101.250,00
Débito: IRRF (a recuperar – AC) .........................................R$375,00
Débito: Despesa com IOF....................................................R$875,00
Crédito: Aplicação �nanceira Banco Show ..........................R$100.000,00
Crédito: Receita sobre aplicação �nanceira .........................R$2.500,00
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).
praticar
Vamos Praticar
De acordo com o material de apoio, leia e classi�que os tributos a seguir com as suas respectivas formas
de lançamento:
I - imposto sobre propriedade de veículos automotores; II - imposto sobre produtos industrializados; III -
imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços; IV - imposto sobre transmissão de bens intervivos.
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a) Por declaração; por homologação; de ofício; de ofício.
b) De ofício; por declaração; por homologação; por declaração.
c) Por homologação; por homologação; por declaração; de ofício.
d) Por declaração; de ofício; de ofício; por homologação.
e) De ofício; por homologação; por homologação; por declaração.
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Este tópico vai tratar dos tributos federais sobre a folha de pagamento de salários dos funcionários
como o imposto de renda retido na  fonte, o INSS, o fundo de garantia e o PASEP, e, segundo
Ribeiro (2009, p. 133) a folha de pagamento de salário dos funcionários é “o documento no qual são
relacionados os nomes dos empregados com cargo, a função ou serviço prestado, o valor bruto
dos salários, os descontos, o valor das quotas de salário-família e o valor líquido que cada um tem
a receber”.
A legislação previdenciária estabelece entre diversos assuntos que, na folha de pagamento, deve
existir uma segregação de categorias dos trabalhadores, seja como empregado, trabalhador avulso,
contribuinte individual, ou a categoria em que melhor se enquadrar o empregado como Segurado
da Previdência Social.
IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física
Toda pessoa física está sujeita à submissão do imposto de renda, e para que ocorra essa tributação
basta que durante o ano a pessoa física receba algum rendimento, seja ele proveniente de salários,
aplicações �nanceiras, entre outros. Aqui vamos comentar sobre o imposto de renda proveniente
dos salários, que segundo a Receita Federal é uma forma de rendimento.
Para ser justa, a Receita Federal estabelece uma tabela progressiva de rendimento dos funcionários
onde teoricamente aquela pessoa física que ganha um salário menor tem uma alíquota de
tributação menor e à medida que o valor de rendimento aumenta, a alíquota acompanha essa
evolução, detalhe importante é que a Receita Federal junto com o Governo Federal são os
responsáveis por atualizar todos os valores e alíquotas quando julgam pertinente, veja a tabela
usada em 2019:
Tributos da Folha de PagamentoTributos da Folha de Pagamento
(Federal)(Federal)
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Tabela 4.3 – Tabela progressiva do IRPF
Fonte: Receita Federal (2019).
No caso de salário mensal, o empregador é o responsável por fazer a retenção do imposto devido
por cada pessoa física (que seja seu funcionário) e posteriormente repassar o valor dessa retenção
aos cofres públicos, conforme calendário tributário.
O empregador deve fazer o cálculo mensal considerando algumas premissas como: somar todos
os rendimentos provenientes de salários, grati�cações e horas extras trabalhadas; subtrair a
contribuição previdenciária e também os valores de dependentes e pensão alimentícia (se houver),
e do resultado aplicar os valores constantes da tabela 4.3 para chegar no valor de retenção do
imposto de renda da pessoa física.
Toda pessoa física tem a liberdade (se houver oportunidade) de trabalhar em mais de um
estabelecimento de qualquer natureza ao mesmo tempo, tendo registro em carteira de trabalho,
sendo trabalhador avulso ou com contrato. E ao �nal do ano terá acumulado rendimento de
salários de fontes pagadoras distintas – e aí, o que fazer? Não se preocupe, pois a Receita Federal
no início do ano subsequente vai abrir o sistema de Declaração do Imposto de Renda da Pessoa
Física, que nada mais é que uma prestação de contas da pessoa física, então o contribuinte terá a
chance de declarar todos os seus rendimentos, bem como suas despesas, sua evolução ou declínio
patrimonial, tudo do exercício anterior e por �m irá a apurar a questão de restituir o imposto, caso
tenha retido um valor maior do que o cálculo mostrou que deve no ano anterior ou pagar imposto
caso o cálculo tenha mostrado um valor maior do que aquele retido pelas empresas e assim terá a
sua situação com a Receita Federal regularizada.
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
O Instituto Nacional de Seguro Social existe desde 1990 como resultado da fusão entre os extintos
INPS e IAPAS que foram o instituto nacional e o instituto de administração �nanceira da previdência
social. Assim, o INSS é uma prestadora de serviço público de previdência responsável em gerir os
recursos destinados a aposentadoria dos brasileiros e a manutenção dos vários serviços de
assistência social existentes no País.
Suas fontes de recursos são provenientes das contribuições devidas pelos empregadores e
empregados das empresas e também dos trabalhadores autônomos e temporários, entre outros.
Para a Previdência, como também é chamado o INSS, a empresa é quem assume o risco da
atividade econômica com �nalidade lucrativa ou não, e assim tem uma alíquota patronal de 20,0%
sobre o total da folha de pagamento de salários da empresa. Além disso, a empresa ou o
empregador arca com encargos sobre a folha de pagamento que são destinados à manutenção dos
serviços de assistência social, também conhecido como contribuições a terceiros que envolvem o
salário-educação, o Incra, alguns fundos de setores especí�cos e as empresas do Sistema “S”.
Vamos conhecer um pouco sobre essas empresas que fazem parte da destinação das
contribuições:
Valor de Rendimento Alíquota % Parcela a deduzir em R$
Até R$1.903,98 isento nada
De R$1.903,99 até R$2.826,65 7,50 R$142,80
De R$2.826,66 até R$3.751,05 15,00 R$354,80
De R$3.751,06 até R$4,664,68 22,50 R$636,13
Acima de R$4.664,69 27,50 R$869,36
Valor por dependente R$189,59
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Salário-educação – tem como �nalidade o �nanciamento do ensinofundamental dos empregados e
de seus �lhos (até 14 anos).
INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - tem como �nalidade prestar serviço
social, incentivar a atividade produtora, promover aprendizagem, realizar estudos voltados para o
meio rural e fomentar a economia das pequenas propriedades.
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – tem como �nalidade a organização e
administração das escolas de aprendizagem industrial.
SESI - Serviço Social da Indústria – tem como �nalidade a organização e administração das escolas
de aprendizagem industrial e ainda melhorar as condições de nutrição, higiene, habitação e
assistência ao trabalhador nas atividades culturais e educacionais.
SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – tem como �nalidade a educação
pro�ssional aberta para todos da sociedade, voltada para as atividades de organização,
administração, difusão e aperfeiçoamento do ensino comercial.
SESC - Serviço Social do Comércio – tem como �nalidade promover o bem-estar social dos
comerciários e seus familiares com a propagação de atividades socioeducativas e culturais.
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - tem como �nalidade apoiar o
desenvolvimento dos pequenos negócios com programas e políticas nas áreas industrial,
comercial, de serviços e de tecnologia.
Estes são alguns exemplos e existem outros, mas cada um tem uma parcela percentual na folha de
pagamento de salário das empresas.
Sobre a contribuição do empregado, esta deve ser retida diretamente pelo empregador
(contribuinte responsável) e este, na sequência, repassa aos cofres públicos. Existe uma tabela de
contribuição ao INSS que deve ser acompanhada pelo empregador para calcular e efetuar a
retenção da contribuição da parte do empregado, vejamos a tabela 4.4:
Tabela 4.4 – Tabela de contribuição do INSS
Fonte: INSS (2019).
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
Com o objetivo de proteger o trabalhador, na década de 1960 foi criado o Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS), assim o empregador mensalmente incorre no encargo 8% (oito por cento)
sobre o valor da folha de pagamento dos salários.
Para controle, cada empregado tem uma conta individual aberta na Caixa Econômica Federal, que é
o banco do Governo responsável por angariar todos os recebimentos e pagamentos desse encargo.
O fundo de garantia mensalmente recebe os depósitos, juros e uma atualização monetária por um
índice de in�ação o�cial disponibilizado pelo governo.
Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e
trabalhador avulso, a partir de 1º de janeiro de 2019
Salário de contribuição em reais
Alíquota para cálculo e recolhimento do
INSS
Até R$1.751,81 8,0%
De R$1.751,82 até R$2.919,72 9,0%
De R$2.919,73 até R$5.893,45 11,0%
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Por ser uma conta individual, existem algumas ocasiões em que o trabalhador pode movimentar a
conta, vejamos:
Quando ocorre a demissão sem justa causa;
Na ocasião de sua aposentadoria;
No caso de falecimento do trabalhador;
Quando o trabalhador ou seu dependente for portador do vírus HIV;
Utilização na compra da casa própria;
Em caso de pagamento ou amortização da prestação do sistema �nanceiro de habitação;
Permanência de conta sem depósitos por três anos ininterruptos; entre outras ocasiões.
Importante dizer que o empregador no momento em que optar pela demissão sem justa causa de
qualquer um dos seus empregados terá de arcar com uma multa de 50% (cinquenta por cento) do
saldo existente na conta vinculada do FGTS do trabalhador, sendo essa multa repartida da seguinte
maneira: 40% (quarenta por cento) se destinará ao trabalhador e os outros 10% (dez por cento)
caberão ao Governo. Essa medida vem ao encontro de proteger ainda mais os trabalhadores, pois
aumenta o valor das verbas rescisórias e as empresas terão de recorrer a mais recursos no
momento de escolha da demissão.
PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público
O PASEP a partir da promulgação da Constituição Federal em 5 de outubro de 1988 foi uni�cado
com o PIS (Programa de Integração Social) e ambos têm o objetivo de integrar o trabalhador na vida
e no desenvolvimento das empresas.
Existem dois momentos da contribuição PASEP, um antes e outro após a promulgação da
constituição, ou seja, o trabalhador que até 4 de outubro de 1988 já possuía sua conta aberta
permaneceu recebendo anualmente o equivalente aos juros sobre o seu respectivo saldo. A partir
de 5 de outubro, as contas deixaram de receber depósitos, assim aquele trabalhador que teve sua
conta aberta a partir dessa data não tem mais esse direito de receber os juros, pelo simples fato de
não haver mais os depósitos regulares. E ainda, o empregado com carteira assinada tem direito
anualmente a um abono equivalente a um salário mínimo desde que receba mensalmente até dois
salários mínimos.
A contribuição para o PASEP sobre a folha de pagamento mensal é algo da �lantropia, ou seja, recai
sobre as fundações e entidades sem �ns lucrativos como templos, partidos políticos, condomínios,
cooperativas, instituições de educação, sindicatos, serviço social autônomo, conselhos de
pro�ssões regulamentadas, entre outras.
O seu cálculo como contribuição deve ser feito com a aplicação de 1% (hum por cento) sobre o
total da folha de pagamento mensal dos seus empregados, vale lembrar que as entidades descritas
que não tiverem empregados estão desobrigadas do recolhimento da contribuição do PASEP.
Situação-Problema – prática (cálculo e contabilização)
A Empresa Exemplo apresenta sua folha de pagamento dos funcionários no mês de outubro de
2019 a seguir:
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Tabela 4.5 – Folha de pagamento de outubro de 2019 da Empresa Exemplo
Fonte: Chieregato et al. (2018, p. 176).
Contabilizando a folha de pagamento do mês de outubro de 2019:
1- Adiantamento de salários
Débito – Adiantamento a funcionário.............................R$100.000
Crédito – Banco conta movimento.................................R$100.000
2- Folha de pagamento e encargos
Débito – Despesa de salário da produção.........................R$200.000
Débito – Despesa INSS patronal da produção..................R$55.600
Débito – Despesa FGTS patronal da produção.................R$16.000
Débito – Despesa de salário da administração.................R$50.000
Débito – Despesa INSS patronal da administração..................R$13.900
Débito – Despesa FGTS patronal da administração.................R$4.000
Somatória dos Débitos....................................................R$339.500
Crédito - Adiantamento a funcionário.................................R$100.000
Crédito – Salários a pagar..................................................R$120.000
Crédito – INSS a Recolher (R$23.000 + R$69.500) ..........R$92.500
Crédito – FGTS a Recolher ................................................R$20.000
Crédito – IRRF a Recolher .................................................R$7.000
Valores hipotéticos Produção Administração Total
Salários e demais proventos R$200.000 R$50.000 R$250.000
(-) Desconto previdenciário dos
empregados
(R$18.000) (R$5.000) (R$23.000)
(-) Desconto IRRF dos empregados (R$3.000) (R$4.000) (R$7.000)
= Salário líquido sem os descontos R$179.000 R$41.000 R$220.000
(-) Adiantamento salarial 40% (R$80.000) (R$20.000) (R$100.000)
= Saldo de salário a pagar R$99.000 R$21.000 R$120.000
Encargos sociais da Empresa
Exemplo
Contribuição patronal INSS 27,8%
dos salários
R$55.600 R$13.900 R$69.500
FGTS 8,0% dos salários R$16.000 R$4.000 R$20.000
= Total das contribuições
patronais
R$71.600 R$17.900 R$89.500
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Somatória dos Créditos....................................................R$339.500
3- Contabilizando a quitação dos salários e encargos da folha em novembro de 2019:
Débito – Salários a pagar..............................................R$120.000
Débito – INSS a Recolher ................................ ...........R$92.500
Débito – FGTS a Recolher ...........................................R$20.000
Débito – IRRF a Recolher .............................................R$7.000
Crédito – Banco conta movimento.................................R$239.500
praticar
Vamos Praticar
A empresa Sempre Verde elaborou a folha de pagamento de seus funcionários no mês de julho de 2019 e
totalizou R$ 58.000,00, a alíquota da previdência social totaliza 39% (trinta e nove por cento) englobando os
11% da parte dos funcionários, mais 8% de FGTS e outros 20% de INSS patronal. A contabilização dos
encargos previdenciários da empresa Sempre Verde deve ser, de acordo com o livro-diário:
a) Despesa com Previdência
a Contribuições a Recolher.......................................................R$22.620,00
b) Despesa com Salários
a Contribuições a Recolher.......................................................R$6.380,00
c) Despesa com Previdência
a Contribuições a Recolher.......................................................R$11.600,00
d) Despesa com Salários
a Contribuições a Recolher.......................................................R$58.000,00
e) Despesa com Previdência
a Contribuições a Recolher.......................................................R$16.240,00
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A não cumulatividade é um regime de valor agregado de débitos e créditos em contrapartida nas
operações de compra e venda, onde o vendedor transfere ao comprador os créditos de PIS e da
COFINS por ocasião da venda. Por sua vez, esse comprador ao revender o produto ou a mercadoria
credita-se pela entrada e debita-se pela saída dos bens. A diferença entre os créditos e débitos de
PIS e da COFINS resulta em um saldo credor ou devedor, se o saldo for credor, a empresa poderá
compensar com os débitos apurados nos meses subsequentes, porém, se o saldo for devedor, a
empresa terá de pagar no mês subsequente às contribuições devidas.
Assim, a não cumulatividade permite a dedução de créditos de contribuições calculadas sobre o
valor das aquisições das mercadorias, insumos e outros bens de serviços especi�cados na
legislação.
Base legal
Primeiramente, deve-se comentar que os efeitos bené�cos que se esperavam com a não
cumulatividade do PIS e da COFINS foram anulados por consequência do aumento das alíquotas de
ambos, pois o PIS passou de 0,65% para 1,65% e a COFINS passou de 3,0% para 7,6%. E não foi
somente isso, aumentou também as restrições impostas no que diz respeito ao direito ao crédito
dessas contribuições, pode-se citar o parcelamento do crédito presumido sobre os estoques e a
vedação de crédito referente ao valor dos bens ou pagamento de serviços adquiridos de pessoas
físicas. Vale dizer ainda que a não cumulatividade alterou as regras de responsabilidade da
retenção na fonte, com recolhimento no período quinzenal, maior controle, aumento do custo com
a administração das contribuições e das obrigações acessórias.
O artigo 2º da Lei n. 9.718/98 menciona que a empresa poderá descontar créditos calculados em
relação a:
Bens adquiridos para revenda;
Energia elétrica consumida nas dependências da fábrica;
Despesas �nanceiras oriundas de empréstimos e �nanciamentos;
Bens recebidos em devolução cuja receita tenha incorporado faturamento de mês
anterior;
Bens e serviços usados como insumos na fabricação de outros bens e serviços destinados
à venda ou prestação de serviços. Entre outros. (BRASIL, 1998, on-line).
A partir daqui, vamos comentar sobre os elementos tido como fundamentais do PIS e da COFINS
como o fato gerador, a base de cálculo, a alíquota e o contribuinte.
O fato gerador é o faturamento mensal das empresas ou a receita considerada realizada e
obviamente passível de registro pela contabilidade, descontada dela serão as receitas provenientes
Não Cumulatividade do PIS/PASEPNão Cumulatividade do PIS/PASEP
e da COFINSe da COFINS
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da exportação de mercadorias e serviços prestados para pessoa física ou jurídica domiciliada no
exterior.
A base de cálculo das contribuições é o total das receitas do mês e compreende a receita bruta da
venda de bens nas operações da empresa e prestação de serviços em geral. Importante dizer que
não integram a base de cálculo da contribuição para o PIS e a COFINS as receitas oriundas da venda
de bens do ativo não circulante (móveis ou imóveis), as vendas canceladas, as receitas de ganhos
na avaliação do ativo e passivo e também as receitas reconhecidas pela construção e recuperação
da infraestrutura.
As alíquotas aplicadas sobre a base de cálculo apurada das contribuições do PIS e da COFINS são
de 1,65% e 7,60% respectivamente.
Os contribuintes são as empresas que têm o lucro real como regime de apuração tributária com
exceção às empresas dos setores de cooperativa, securitização, planos de saúde, serviços de
vigilância e transporte de valores e ainda as instituições �nanceiras.
Objetivos e/ou Destinação
O objetivo da não cumulatividade do PIS e da COFINS vem ao encontro de termos uma tributação
sobre o valor agregado do produto ao longo do seu tempo entre os responsáveis por sua
confecção, ou seja, empresa A e empresa B, onde a empresa A vende insumo para empresa B e
esta por sua vez manipula esse insumo e em seguida o revende. Com base na escrituração contábil
serão calculados os créditos e débitos das contribuições no período e a devida prestação de contas
com os cofres públicos.
Situação-Problema – prática (cálculo e contabilização)
A empresa Sensação no mês de junho de 2019 obteve uma receita bruta de venda de mercadorias
no valor de R$ 950.000,00 e outros R$ 150.000,00 de receita com prestação de serviços. Sua
contabilidade também registrou que no período houve um gasto de R$ 320.000,00 com a aquisição
de insumos adquiridos externamente e ainda sua área operacional consumiu R$ 35.000,00 com
energia elétrica.
Agora deve-se apurar os valores de débitos e créditos do PIS e da COFINS:
Apurando o débito:
Receita bruta de venda de mercadorias .....................R$ 950.000,00
Receita de prestação de serviços ...............................R$ 150.000,00
Total da base de cálculo ..............................................R$ 1.100,000,00
(1)  Alíquota do PIS (1,65%) ...................................R$ 18.150,00
(2)  Alíquota da COFINS (7,6%) ..............................R$ 83.600,00
Total de débito das contribuições ............................R$ 101.750,00
Apurando o crédito:
Aquisição de insumos ..................................................R$ 320.000,00
Despesas com energia elétrica.....................................R$ 35.000,00
Total da base de cálculo ...............................................R$ 355.000,00
(3)  Alíquota do PIS (1,65%) ....................................R$ 5.857,50
(4)  Alíquota da COFINS (7,6%) ...............................R$ 26.980,00
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Total de crédito das contribuições ............................R$ 32.837,50
Apurando os valores a recolher:
Débito do PIS...............................................R$ 18.150,00
Crédito do PIS...............................................R$ 5.857,50
Valor do PIS a recolher...............................R$ 12.292,50
Débito da COFINS.........................................R$ 83.600,00
Crédito da COFINS........................................R$26.980,00
Valor da COFINS a recolher........................R$ 56.620,00
Vamos agora contabilizar todos os fatos:
Item (1):
Débito: PIS sobre faturamento (Despesa)..........R$ 18.150,00
Crédito: PIS a Recolher .....................................R$ 18.150,00
Item (2):
Débito: COFINS sobre faturamento (Despesa)..R$ 83.600,00
Crédito: COFINS a Recolher .............................R$ 83.600,00
Item (3):
Débito: PIS a Recuperar.......................................R$ 5.857,50
Crédito: Estoque de mercadorias ........................R$ 5.280,00
Crédito: PIS crédito de energia elétrica.................R$ 577,50
Item (4):
Débito: COFINS a Recuperar................................R$ 26.980,00
Crédito: Estoque de mercadorias ..........................R$ 24.320,00
Crédito: COFINS crédito de energia elétrica..........R$ 2.660,00
No encontro de contas a Recuperar versus a Recolher temos:
Débito: PIS a Recolher ............................................. R$ 5.857,50
Crédito: PIS a Recuperar.......................................... R$ 5.857,50
e
Débito: COFINS a Recolher ....................................R$ 26.980,00
Crédito: COFINS a Recuperar..................................R$ 26.980,00
Por ocasião do pagamento das contribuições:
Débito: PIS a Recolher ........................................... R$ 12.292,50
Débito: COFINS a Recolher ....................................R$ 56.620,00
Crédito: Banco conta movimento.............................R$ 68.912,50
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praticar
Vamos Praticar
A Cia. Melodia adquiriu no mês de maio de 2019 um lote de mercadorias para revenda no valor de R$
550.000,00, ela está sujeita ao PIS e COFINS com as alíquotas de 1,65% e 7,6% respectivamente no regime
não cumulativo. Durante o mesmo mês de maio de 2019 a Cia. Melodia obteve R$ 1.500,000,00 como
receita bruta vendendo todas as mercadorias adquiridas no período, assim calcule e responda qual a
alternativa que contempla os valores de PIS e COFINS a recolher:
a) PIS R$24.750,00 e COFINS R$114.000,00
b) PIS R$9.705,00 e COFINS R$24.750,00
c) PIS R$41.800,00 e COFINS R$114.000,00
d) PIS R$550.000,00 e COFINS R$1.500.000,00
e) PIS R$15.675,00 e COFINS R$72.200,00
ref l ita
Re�ita
O Simples Nacional é uma forma de tributação muito vantajosa para a maioria
das empresas, mas em outros casos a opção pelo lucro real ou até mesmo o
presumido se vale de outras vantagens, então sempre que estiver diante de uma
situação questionável sobre qual a melhor forma de tributação, re�ita e
responda com certeza absoluta somente após efetuar as várias análises sobre a
economia tributária mais apropriada e adequada, isso é planejamento
tributário.
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).
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indi cações
Material Complementar
L I VRO
Manual de Contabilidade Tributária
Paulo Henrique Pêgas
Editora: Atlas
ISBN: 978-85-99960-83-7
Comentário: Obra de grande valia e utilidade para estudantes e
pro�ssionais interessados em entender e dominar o funcionamento e
aplicação prática da contabilidade tributária.
F I LME
Um sonho de liberdade
Ano: 1994
Comentário: O �lme conta a trajetória de um pro�ssional contador
que foi preso injustamente, a�nal de contas, nenhum preso está preso
por uma causa justa, sempre existem dois lados da história e não é por
isso que indicamos. A escolha está no uso das habilidades pro�ssionais
em prol de benefícios imensuráveis.
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conclus ão
Conclusão
Ao concluir esta unidade você conseguiu ter uma maior clareza dos itens destacados como o
imposto simpli�cado; o crédito tributário; os tributos federais sobre a folha de pagamento e a não
cumulatividade do PIS e das COFINS. Isso demonstrou que os objetivos propostos de interpretar as
normas contábeis e a legislação tributária foram alcançados. As atividades reforçam a
aplicabilidade dos tópicos e são questionadoras, ou seja, após a leitura tem um teste a ser feito
como exercício de �xação de conteúdo para memorizar cada tópico. Por �m, com tudo isso pode-
se dizer que a matéria tratada foi de profundo saber e aproveitamento na vida pessoal, acadêmica
e pro�ssional.
re f erências
Referências Bibliográ�cas
AMORIM, V. O. Manual Prático de Contabilidade Fisco Tributária e Ajustes Contábeis e Fiscais .
São Paulo: IOB, 2016.
BRASIL. Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966 . Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em:
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm >.  Acesso em: 1 jul. 2019.
BRASIL. Lei n. 9.718, de 27 de novembro de 1998 . Altera a Legislação Tributária Federal. Disponìvel
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9718.htm >. Acesso em: 1 jul. 2019.
BRASIL. Lei complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006 . Institui o Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis n. 8.212 e 8.213, ambas
de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n.
5.452, de 1º de maio de 1943, da Lei n. 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar n.
63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis n. 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de
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CHIEREGATO, R. et al. Manual de Contabilidade Tributária : textos e testes com as respostas. 14.
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FABRETTI, L. C. Contabilidade Tributária . 11. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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RIBEIRO, O. M. Contabilidade Intermediária . 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9718.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm
https://www.inss.gov.br/
http://receita.economia.gov.br/
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