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Sinais Vitais+ Curativo +Glicemia Capilar + Adm de medicamentos

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Bruno Cessar | Disciplina: Semiologia
SINAIS VITAIS
aNTROPOMETRIA 
Na antropometria descreveremos a altura e o peso do paciente. É importante descrever as alterações de peso do paciente se vem ganhando ou pendendo o peso de quanto em quanto tempo. 
É importante, também, perguntar ao paciente se é uma alteração voluntaria ou não 
 
É importante analisar a circunferência abdominal para que se possa medir possíveis risco cardiovasculares.
PRESSÃO ARTERIAL 
Conseguir colocar o manguito de forma confortável no braço do paciente. 
Importante atentar-se para alguns detalhes como: se o paciente se alimentou recentemente, se o paciente está com a bexiga cheia, mas principalmente se ele fez uso de cafeína e/ou cigarro nos últimos 30 min. 
· A artéria braquial na altura do coração
· Posição do paciente: paciente sentado, com as pernas descruzadas e encostado na cadeira 
· Verificar os 2 braços (pois a diferença entre os dois braços deve estar dando até 10mmHg, pode haver algum problema caso essa diferença seja maior.)
FREQUÊNCIA CARDIACA
Importante verificar por 1 minuto. Caso a verificação for por 1 minuto é bom evitar a verificação pela carótida pois pode deixar o paciente hipotenso e causar até um desmaio.
FREQUÊNCIA CARDIACA 
É necessário “enganar” o paciente pois ao perceber o paciente pode alterar a sua frequência respiratória, por isso é bom verificar o pulso nesse momento. 
GLICEMIA CAPILAR 
A monitorização da glicemia capilar diariamente por indivíduos com DM1 de qualquer faixa etária traz grandes benefícios, por diminuir o risco de complicações agudas, tais como cetoacidose e hipoglicemia, e por permitir que o paciente entenda os determinantes de sua glicemia ao correlacionar os resultados glicêmicos em tempo real com a ingestão de alimentos ou com a prática de atividade física, por exemplo. Desse modo, a automonitorização favorece estratégias a fim de tratar ou evitar glicemias fora do alvo, modificar a razão insulina/carboidrato, otimizando a contagem de carboidratos, ou ajustar o fator de sensibilidade, propiciando uma correção eficaz da hiperglicemia, além de possibilitar ajustes da insulina basal, seja no esquema de múltiplas doses de insulina, seja na bomba de infusão
Estudos demonstram que o mínimo seriam quatro medidas ao dia, sempre antes das refeições principais, ao deitar e, idealmente, antes e 2 horas depois das refeições para ajuste da insulina bolus (portanto, um total de seis vezes ao dia), havendo pelo menos uma vez por mês uma medida de madrugada (entre 3 e 4 horas) (D). Vale ressaltar que o paciente deve ser instruído a efetuar medição também em situações especiais, como antes e depois de um exercício intenso, para ajustes da insulina e da ingestão de carboidratos, aumentando a frequência da medição em período de doenças, a fim de prevenir crises hiperglicêmicas, especialmente em crianças
TECNICA DE CALÇAR LUVAS
1. Retirar anéis, pulseiras e relógio; 
2. Realizar a higienização das mãos; 
3. Abrir a embalagem das luvas sem contaminá-las, tocando apenas a parte externa do pacote; 
4. Levantar a luva a ser calçada com a mão oposta, fazendo uma pinça com o polegar e indicador, e tocando somente na parte inferior da dobra do punho; 
5. Calçar a luva com a palma da mão voltada para cima e os dedos unidos, mantendo a distância do campo estéril, do próprio corpo e de qualquer fonte de contaminação; 
6. Colocar os dedos da mão enluvada (exceto o polegar) na parte interna da dobra do punho da segunda luva, expondo sua abertura; 
7. Colocar a outra mão na abertura com a palma da mão voltada para cima; 
8. Desfazer a dobra do punho com os dedos unidos e tocando somente na parte interna da dobra do punho; 
9. Ajustar as luvas 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
Fármaco: substância química conhecida e de estrutura química definida datada de propriedade farmacológica. Sinônimo de principio ativo. 
Medicamento: produto farmacêutico (substância química) uma forma farmacêutica que contem fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos. Capaz de promover no organismo ação preventiva, curativa, paliativa ou diagnostica. 
A administração em si é a aplicação de fármacos no organismo através de uma das vias possíveis de acordo com a proposta terapêutica. Objetivo é um resultado diferente do apresentado no início.
Finalidades:
· Preventiva. Ex: Vacina 
· Paliativa. Ex: analgésico e antitérmico
· Curativa. Ex: antibiótico
· Substitutiva. Ex: Insulina
Tipo de ação:
· Local
Agem no local de aplicação 
· Sistêmica
Certezas 
1. Usuário certo 
2. Dose certa 
3. Medicamento certo 
4. Hora certa 
5. Via certa 
6. Anotação certo 
7. Orientação ao paciente 
8. Compatibilidade medicamentosa 
9. Direito de recusa 
Apresentação:
Solida: preferida pelas indústrias farmacêuticas 
Liquida: facilita a deglutição em pessoas mais sensíveis como crianças e idosos 
Semissólida: escolhida para produtos de uso tópico 
Via de administração:
· Tópica
· Enteral 
· Parental 
Via Oral 
É a mais conveniente e geralmente a mais segura e menos dispendiosa. A mais utilizada frequentemente. 
Alimento e outros medicamentos no trato digestivo podem afetar a quantidade e a rapidez com o que é absorvido.
Outras vias de administração são necessárias quando a via oral não pode ser utilizada. Por exemplo: quando a pessoa não pode tomar nada pela boca. Quando o medicamento é mal ou irregular absorvido pelo trato digestivo. Quando o medicamento precisa ser de ação rápida ou de dose muito elevada. 
Vias injetáveis 
A administração por injetáveis (administração parenteral) inclui as seguintes vias:
· Subcutânea (sob a pele) - 45º 
· Intramuscular- 90º 
· Intravenosa – 25º 
· Intratecal (ao redor da medula espinhal) - 
As duas medicações mais comuns são os anticoagulantes e heparina os subcutâneos. (é muito utilizado para medicamento proteico, aplicar 2,5 cm de distância do umbigo e fazer rodizio do local de aplicação)
A intradérmica é bem superficial aplicado de 10 a 15º, mais aplicado em testes alérgicos 
A intramuscular é preferível para a via subcutânea quando são necessárias maiores quantidades de um produto farmacêutico, o comprimento e o calibre da agulha deverão ser escolhidos considerando massa muscular e o tipo de medicamento a ser plicado. No deltoide ate 2ml e nos demais músculos ate 5ml. Introduz a agulha aspira um pouco para observar se não vem sangue porque não é o ideal atingir algum vaso. 
A endovenosa é a maneira mais indicada de disponibilizar uma dose precisa por todo o corpo de forma rápida e bem controlada. A administração de soluções irritantes que causariam dor ou danificariam os tecidos se fossem administrados por injeção subcutânea ou intramuscular. Uma injeção intravenosa pode ser 
Escolher o local de punção da região mais distal para a mais proximal, quando houver necessidade de inserções posterior. Realiza a troca de curativo a cada 72h ou se estiver molhado, sujo ou garroteando a região. Retirar cateter venoso na presença de obstrução, flebite, inflamação, hematoma, sinais flogístico (sinal de inflamação).
Terapia infusional: 
1. Conhecimento sobre o paciente: checar a prescrição, revisar informações técnicas, checar se os aditivos e/ou medicações a serem 
2. Reunir material necessário: diluente, medicação prescrita, seringa + agulha: aspirar medicação prescrita (jamais colocar na bancada de diluição mais de um produto evitando dessa forma que ocorra erros e trocas de medicamentos)
3. Preparo e administração: confira a prescrição + uma vez, lave as mãos, limpe a área de trabalho e lave as mãos. Remova o plástico protetor ou frasco solução, prepare o rotulo da solução conforme a prescrição (anotando data, hora...), ao colocar o rotulo no frasco lembre-se que ao pendurar..., realizar a antissepsia com álcool 70% e abra os frascos ou ampolas, aspire com seringa 
Terapia infusional
· Bolus ou Push: administração rápida em até 1 minuto 
· Infusão lenta (como recomendado/ 1ml por min)
· Infusão rápida (1 a 30 min)
· Infusão lenta e continua: (> 60 min initerruptamente)· Administração intermitente (não continua por exemplo de 6 em 6h)
Diluição de medicamentos 
As informações sobre diluição de medicamentos no dia a dia não estão disponíveis de forma simples e pratica é necessário protocolo de diluição de medicamentos. 
Exemplo:
· Nome: Keflin
· Apresentação: 1gr + água destilada 4 ml 
· Reconstituição: Próprio diluente (AD)
· Diluente/volume: água destilada 10 ml
· Tempo mínimo de infusão: 1 min 
· Forma de administração: seringa 
Equivalências: 
1ml= 20 gotas = 60 microgotas
1microgota/minuto= 1ml/hora
1mg= 1000mcg = 1000x10³. ²
Temperatura ambiente em nosso estado é muito elevada, recomenda-se, portanto, manter as áreas de armazenamento de medicamentos climatizadas (22 a 25º C), com controle diário de registo de temperatura. A temperatura ideal de armazenamento de medicamento em geladeira é de 2 a 8ºC. o mesmo princípio ativo, quando produzido por diferentes fabricantes poderá apresentar condições diferentes de armazenamento. 
Quando for necessária a administração simultânea de dois medicamentos injetáveis deve verificar a compatibilidade. Caso incompatíveis preparar cada um separadamente, entre a admisntraçao do primeiro e do segundo administrar 10 a 20 ml de água destilada e somente em seguida o outro medicamento. 
Não se recomenda a administração simultânea de medicamentos com hemoderivados e hemocomponentes. 
É necessário notificar a Gerencia de riscos (formulário amarelo) caso ocorra mudança de coloração e formação de precipitado durante a aplicação do medicamento. Importante ressaltar, também, que somente comprimidos que apresentam sulcos poderão ser partidos. 
Medicamentos de liberação prolongada não poderão ser triturados, quebrados ou divididos. 
Caso necessário armazenar o medicamento após a reconstituição e/ou diluição utilize etiqueta com no mínimo as seguintes informações: 
· Nome do medicamento 
· Responsável pela manipulação (nome e numero do registro do profissional)
· Data
· Hora 
· Diluente 
É necessário notificar sempre que ocorra reações adversas para que se possa permitir a identificação de reações adversar não detectadas durante a fase de pré-comercializaçao do medicamento. Toda suspeita de reação adversa a qualquer medicamento, em especial aquelas que causaram a internação do paciente ou prolongaram reações graves devem ser notificados. 
Os profissionais de saúde são os principais atores na vigilância pós comercialização. 
Feridas e curatvos 
A pele é uma estrutura altamente especializada e multifuncional, considerada o maior órgão do corpo humano. 
Ferida: lesão do tecido em decorrência de um trauma mecânico, físico ou térmico ou que se desenvolva a partir de uma condição patológica ou fisiológica. 
As lesões podem ser classificadas por: 
· Causa 
· Grau de contaminação 
· Tipo de tecido 
Quanto a causa se subdividem em:
· Cirúrgicas:
Provocadas intencionalmente, mediante: incisão- quando não há perda de tecido e as bordas são geralmente fechadas por sutura; excisão- quando há remoção de uma área de pele; punção- quando resultam de procedimentos terapêuticos diagnósticos. 
· Traumáticas: 
Provocadas acidentalmente por agente: mecânico- contenção, perfuração ou corte; químico- iodo, cosméticos, ácido sulfúrico, etc; físico- frio, calor ou radiação. 
· Ulcerativas 
Feridas escavadas, circunscritas na pele, resultante de traumatismo ou doenças relacionadas ao suprimento sanguíneo. Representam uma categoria de feridas que incluem ulceras por pressão, de estase venosa, arteriais e diabéticas. 
Quanto ao grau de contaminação se dividem em: 
· Limpa: em condições assépticas, sem microrganismos 
· Limpa contaminada: tempo inferior a 6h entre o trauma e o atendimento, sem contaminação significativa. 
· Contaminada: tempo maior de 6h entre o trauma e o atendimento, sem sinais de infecção 
· Infectada: com presença de agente infeccioso no local e com evidencia de intensa reação inflamatória e destruição de tecidos, podendo conter pus. 
Quanto ao tipo de tecido: 
· Tecido de granulação: evermelhado e de aspectos úmidos, compostos por vasos sanguíneos recém-formados, cuja presença indica uma progressão em direção a cicatrização.
· Tecido de epitelização: novo tecido róseo ou brilhante, que se desenvolve a partir das bordas, o como “ilhas” na superfície da lesão. 
· Tecido necrótico: a necrose é o resultado da morte celular, com consequente perda da função orgânica e do metabolismo celular de forma irreversível, tendo como características um tecido de coloração preta, marrom ou acastanhada, que adere ao leito ou as bordas da ferida e pode se tornar mais endurecido ou amolecido, dependendo de sua natureza: 
· Esfacelo, necrose de liquefação ou liquefativa 
· Escara ou necrose coagulativa 
· Tecido macerado
Esfacelo: sua aparecia é de um tecido fibrinoso, de consistência amolecida, com coloração amarelada, marrom, acinzentada ou acastanhada, que pode estar aderido firme ou frouxamente à ferida. Composto por bactérias, leucócitos, fragmentos celulares, exsudato, fibrina, elastina e colágeno. 
Escara: tem como principal causa a isquemia. O tecido desvitalizado apresenta-se solido, opaco, turvo, seco e com coloração que vai do amarelo-pálido ao preto. 
Tecido macerado: tecido esbranquiçado, que surge nas bordas da lesão, das pregas cutâneas e das fistulas quando há excesso de umidade da ferida por aumento da exsudação. 
Tipos de ulceras: 
· Venosas
Causadas por uma disfunção nas válvulas venosas o uma bomba muscular da panturrilha inadequada. Em ambos os casos, o sangue não é suficientemente retornado para o coração. Isto leva a uma maior pressão venosa, que pode causa edema. Além disso, o aumento o nível de fluido entre as células pode resultar em morte celular, levando a ulceras. É por isso que a terapia de compressão é uma parte essencial do tratamento de ulceras venosas. 
Características:
· Localizadas na área frontal da perna 
· Formato irregular 
· Pulso pedioso normal 
· Pigmentação de cor castanha na área da pele periulceral.
· Arteriais: 
Causadas por fornecimento insuficiente de sangue para a perna ou pés devido à arteriosclerose. A redução do suprimento de oxigênio e nutrientes para as células pode resultar na morte do tecido, que, por sua vez, leva a úlceras. É importante notar que as úlceras arteriais de perna não devem ser tratadas com a terapia de compressão.
Características: 
· Localizadas na área de tornozelo e nos pés 
· Forma bastante regular 
· Pele puriulceral atrofiada e pálida 
· Pulso ausente 
· Edema 
· Pelo ausente devido lesão dos anexos da pele 
· Alteração de temperatura do órgão lesado 
· Mista:
Presença de lesão venosa e arterial associadas. 
· Neuropáticas: 
Presença de lesão em terminações nervosas periféricas, principalmente em membros inferiores. 
Fisiologia da cicatrização; 
A cicatrização representa uma complexa sequência de eventos coordenados e desencadeados pelo organismo, que objetivam reconstruir estruturalmente e funcionalmente o tecido comprometido em sua maior plenitude. As feridas cicatrizam por diferentes mecanismos, a depender de suas condições: 
· Cicatrização por primeira intenção: ocorre em feridas realizadas de maneira asséptica, com um mínimo de destruição tecidual e que são fechadas adequadamente (sutura), cicatrizando com pouca reação tecidual. O tecido de granulação não é visível. 
· Cicatrização por segunda intenção: acontece nas feridas nas quais as bordas não foram aproximadas, com perda excessiva de tecido, com a presença ou não de infecção. As feridas são deixadas abertas e se fecharão por contração e epitelização. 
· Cicatrização por terceira intenção; designa a aproximação das margens da ferida após o tratamento aberto inicial. Ocorre principalmente quando da existência de infecção, que deve ser tratada primeiramente, para então ser suturada posteriormente. 
Fatores que interferem na cicatrização:
São inúmeros como psicossocial: estresse, ansiedade, depressão; perfusão e oxigenação; tabagismo; doenças crônicas; diabetes, HAS; aporte nutricional e hidratação; infecção;edema; medicamentos; idade; obesidade; extensão e localização da ferida; mobilidade do paciente; estado imunológico; presença de corpos estranhos. 
Fases de cicatrização: 
1. Fase inflamatória; compreende os momentos hemostasia e vasodilatação para promoção da quimiotaxia 
2. Fase proliferativa: compreende os momentos: eptelização, angiogênese, formação de tecido de granulação e depois de colágeno. 
3. Fase de maturação ou remodelamento: compreende o momento de deposição de colágeno de maneira organizada. 
Fase inflamatória: inicia-se momento da lesão e a resposta inflamatória dura cerca de três duas. O sangue traz consigo plaquetas hemácias e fibrina, formando um coagulo que serve de barreira impermeabilizante contra contaminação. A lesão leva a liberação local de serotonina, histamina e bradicinina, com consequente vasodilatação que levam aos sinais flogisticos de rubor e calor. A permeabilidade vascular aumentada propicia a exsudação plasmática e a passagem de elementos celulares, dentre eles, neutrófilos e monócitos, que são os primeiros a chegarem no sitio da lesão. Estas células tem importante papel de desbridamento, isto é, realizam fagocitose de partículas antigênicas e corpos estranhos. 
Fase proliferativa: possui três eventos importantes: 
1. Neo-angiogênese: formação de novos vãos sanguíneos para manutenção da cicatrização da ferida; 
2. Fibroplasia: células mesenquimais são atraídas para o local de inflamação e são transformadas em fibroblastos, que tem função primordial da síntese de colágeno, proteína responsável pela força tênsil da cicatrização. 
3. Epitelização: as células epiteliais migram, a partir das bordas, induzindo a contração e a neoepiteliação da ferida e, assim, reduzindo a sua superfície. 
Fase de maturação: nessa fase a ferida sofre um processo de contração, reduzindo a quantidade e tamanho da cicatriz desordenada e a remodelação da ferida tem inicio durante a 3º semana e caracteriza-se por um aumento da resistência, sem aumento da quantidade de colágeno. Há um equilíbrio de produção e destruição das fibras de colágeno, por ação da colagenase. 
Complicações da cicatrização: 
· Hemorragia: pode ser externa ou interna 
· Infecção: uma ferida é infectada se material purulento drenar dela, mesmo se uma cultura não seja obtida ou tenha resultado negativo; 
· Deiscência: separação total ou parcial das camadas da ferida; 
· Evisceração: protrusão de órgãos e vísceras através a abertura de uma ferida; 
· Fistula: passagem anormal entre dois órgãos ou entre um órgão e o exterior do corpo. 
Para escolher um curativo adequado é essencial uma avaliação criteriosa da ferida. Para tanto, é necessário leva em consideração as evidencias clinicas observadas: 
· Estadiamento da lesão 
· Extensão/dimensão da lesão 
· Aspectos da área adjacente à lesão 
· Características do exsudato 
· Características do leito da lesão 
· Dor 
· Resposta ao tratamento 
Os curativos são uma forma de tratamento de feridas e sua escola depende de fatores extrínsecos e intrínsecos que servem para os seguintes propósitos: proteger uma ferida de contaminação. Ajudar na hemostasia, promover a cicatrização por absorver a drenagem e promover desbridamento, suporta ou forma uma tala para o local da ferida, promover o isolamento térmico da superfície da ferida, fornecer um ambiente úmido, proteger o cliente de ver a ferida. 
A manutenção de um ambiente local fisiológico é o objetivo do tratamento eficaz de feridas. Para que seja mantido um ambiente saudável, os seguintes princípios devem ser associados: 
· Prevenir e tratar infecções
· Limpar ferida
· Remover tecido não viáveis 
· Tratar o exsudato 
· Manter a ferida em ambiente úmido 
· Proteger a ferida 
Desbridamento: É a remoção de tecido necrótico não viável para livrar a ulcera de infecção, permitir a visualização do leito da ferida, e fornecer uma base limpa necessária pra cicatrização. Incluem métodos: 
Mecânicos, autoliticos (hidrogel, AGE, hidrocoloide), químico (papaína, colagenase), cirúrgico. 
Em incisões cirúrgicas o curativo deve ser mantido ocluso e seco por 24h a 48h após a cirurgia. Por outro lado, a manutenção do meio úmido em feridas de cicatrização por segunda intenção tem as seguintes vantagens: 
· Prevenir a desidratação do tecido que leva a morte 
· Acelerar a angiogênese 
· Estimular a eptelização e a formação do tecido de granulação
· Facilitar a remoção do tecido necrótico e da fibrina 
· Servir de barreira protetora contra microrganismos 
· Promover diminuição da dor
· Evitar a perda excessiva de líquidos 
· Evitar traumas na troca de curativos 
Coberturas é todo material, substancia ou produto que se aplica sobre uma ferida, formando uma barreira física, com capacidade de proteção e regeneração celular. 
· Ácidos graxos essenciais (AGE)
Composição: óleo vegetal composto de acido linoleico, acido caprilico, acido capricho, vitamina A, E e lectina de soja. 
Indicações: lesões abertas não infectadas, profilaxia de ulceras de pressão.
Modo de usar: limpar a lesão com SF0, 9%, aplicar topicamente o AGE e ocluir com cobertura secundaria. 
Frequência de troca: toda vez que estiver saturado ou, no máximo, a cada 24 horas. 
· Alginato de cálcio 
Composição; derivados de algas marinhas marrom 
Indicação: feridas com exsudação abundante (exsudato moderado à alto) com ou sem infecção, feridas cavitarias, pé diabético, ulceras por pressão, queimaduras de 2º grau; feridas sanguinolentas. 
Aplicação: proceder a limpeza da ferida conforme técnica universal; secar a pele adjacente a lesão; aplicar diretamente sobre o leito da ferida; ocluir com curativo secundário estéril. 
Frequência de troca: em medi a cada 24 horas. 
· Hidrogel 
Composição: formado com polímeros (PVPA) e contem alto teor de água que permite um auto desbridamento; na presença de exsudato forma um gel úmido e fresco. 
Indicações: feridas com exsudação baixa a moderada; no tratamento de queimaduras; na remoção de crostas e tecidos desvitalizados; promove o desbridamento autolitico e não danifica o tecido de granulação. 
Aplicação: aplique o hidrogel de forma que não ultrapasse as bordas da lesão; associar sempre a coberturas secundárias oclusivas ou gaze
Frequência de troca: ferida infectada: no máximo a cada 24h; necrose: no máximo a cada 72h. 
· Hidrocoloide 
Composição: camada interna (gelatina, pectina e carboximetilcelulose sódica.), camada externa (espuma de poliuretano)
Indicação: feridas limpas, com média e pequena quantidade de exsudato; prevenção de ulceras por pressão; queimaduras de segundo grau. 
Frequência de troca: pode ficar ate 7 dias. Quando houver necrose, remover com menos dias. 
Modo de usar: limpe e seque a pele peri-ferida; retire o papel de revestimento interno; fixe o curativo abrangendo a lesão e pelo 3cm da pele circunjacente; pode ser cortado conforme necessidade. 
· Carvão ativado
Composição: trata-se de carvão ativado. É bactericida e desodorizante. 
Indicação: ferida fétida, infectadas ou com grande quantidade de exsudato. 
Aplicação: aplicar o curativo sobre a ferida; ocluir com cobertura secundaria estéril. 
Frequência de troca: em media com 48 a 72 horas. Quando reduzir o exsudato e o odor, e houver granulação da ferida, substituir o carvão ativado por outro tipo de curativo que promova a manutenção do meio úmido. Pode permanecer ate 7 dias. 
· Colagenase 
Mecanismo de ação: atua seletivamente, degradando o colágeno nativo e provocando a necrolise. É pouco efetiva em grandes áreas necróticas. 
Indicação: ferida com tecido desvitalizado. 
· Sulfadiazina de prata 
Mecanismo de ação: prata (1%): confere características bactericidas imediatas e bacteriostáticas residuais, provoca precipitação proteica e age diretamente na membrana citoplasmática bacteriana. 
Indicações: tratamento de queimadura (recomendada a sua utilização nos primeiros dias de tratamento da queimadura, enquanto há presença de tecido necrótico ou infecção) ou ferida que necessite de ação antibacteriana. 
· Bota de Unna 
Composição: bandagem de algodão puro ou misto impregnada comoxido de zinco, glicerina, óleo de castor ou mineral. 
Mecanismo de ação: auxilia na cicatrização por meio da compressão, facilita o retorno venoso, evita o edema e auxilia na redução do exsudato. 
Indicação: ulceras venosas de MMII 
Aplicação: aplicar preferencialmente pela manhã, solicitar o cliente que eleve o membro afetado por, no mínimo 15 minutos antes do procedimento ou sempre na presença de edema; avaliar a ferida e a necessidade de outra cobertura primaria; realizar o curativo; iniciar o enfaixamento da bandagem pelos artelhos, aplicando progressivamente ate a tuberosidade tibial. 
Frequência de troca: após 1º colocação, avaliação em 24 ou 48 horas e 1º troca em 4 dias. Após controle do exsudato, permanecer ate 7 dias. Trocar cobertura secundaria sempre que necessário. 
· Curativo a vácuo 
 Feridas provocadas por acidentes, queimaduras ou diabetes são cobertas pelas esponjas e envolvidas com plásticos adesivos. Um tubo ligado a rede de vácuo faz uma sucção constante. Essa drenagem impede infeções e promove a multiplicação de vasos e a regeneração do tecido. 
Contra indicação: fistulas, cavidades do copo, o tecido necrosado em escara, osteomielite, feridas neoplásicas, feridas hemorrágicas. 
· Oxigenoterapia hiperbárica 
É um método terapêutico no qual o paciente, no interior de uma câmara hiperbárica, é submetido a uma pressão duas ou até três vezes maior que a pressão atmosférica ao nível do mar, respirando oxigênio puro a 100%. O método provoca um aumento da quantidade de oxigênio transportada pelo sangue 20 vezes maior que o volume que circula em indivíduos respirando ao nível do mar. 
Princípio para realização de curativos: 
· Interação profissional- paciente 
· Dados sobre antecedentes alérgicos 
· Informar ao paciente sobre o procedimento, sobre a aparência e sobre a evolução da ferida 
· Escolher um horário apropriado, de preferencia longe das refeições 
· Assegurar privacidade durante a realização do curativo 
· Organizar materiais 
· Remoção dos curativos e adesivos com SF0, 9% 
· Trocar de luvas do 1º para 2º tempo 
· Descartar a pinça de remoção 
· Avaliar ferida e paciente 
· Protocolos de prevenção e tratamento 
A técnica para a realização do curativo inclui os seguintes procedimentos:
1. Higienizar as mãos 
2. Reunir o material necessário na bandeja 
3. Identificar o paciente, conferindo pulseira de identificação 
4. Orientar o paciente quanto ao procedimento a ser realizado, chamando-o pelo nome 
5. Proporcionar privacidade ao paciente 
6. Higienizar novamente as mãos 
7. Manter precaução padrão ou calçar as luvas de procedimentos na presença de exsudato no leitor da ferida 
8. Fixar o saco plástico com fita adesiva em plano inferior ao material limpo 
9. Abrir o pacote de curativo, usando técnica asséptica, tocando apenas na face externa do campo.
10. Expor o cabo de uma das pinças, pegando-a pela ponta com o auxílio do campo, tocando-o somente na face externa. Com uso desta pinça, dispor as demais com os cabos voltados para a borda do campo. 
11. Colocar gazes suficientes para o procedimento sobre o campo
12. Realizar a desinfeção do frasco de soro fisiológico morno com: álcool 70% no local em que será inserida a agulha 40x12
13. Remover o curativo com auxílio da pinça anatômica com dente e coloca-lo no saco, desprezando a seguir a pinça na borda do campo, afastar das demais pinças
14. Umedecer com soro fisiológico as gazes que estão em contato direto com a ferida antes de removê-las, porque a umidade minimiza a dor e o traumatismo da pele e ou o tecido de granulação em feridas abertas 
15. Observar os aspectos e as condições da ferida. 
16. Organizar a unidade do paciente 
17. Desprezar material conforme rotina 
18. Retirar as luvas (quando forem utilizadas)
19. higienizar as mãos
20. registrar o procedimento no prontuário, descrevendo a presença ou não de exsudato ou características, aspectos do leito da ferida, condições da pele, evolução da ferida e as reações do paciente à terapêutica 
Jejum ou pré prandial
65 a 100
Pós prandial
80 a 126
ao deitar/na madrugada
80 a 100/ 65 a 100
Técnica limpa 
agua corrente e gaze nao esteril 
luva de procedimento 
Técnica esteril 
solução fisiologica e gaze esteril 
luvas de procedimento/cirurgica 
local: domicilio 
local: hospital/ambulatorio 
IMC= P/h²

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