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Caren Andressa 
Medicina- UniFG 
2019.2 
HABILIDADES MEDICAS II 
EXAME FISICO DO TORAX 
O limite superior do tórax é o manubio 
esternal e o inferior o apêndice xinfoide. 
Alguns conceitos tem que estar claros na 
mente como : arcos costais, espaços 
intercostais, entre outros. O primeiro arco 
costal, ou costela não eé palpável uma vez 
que ele se encontra atrás da clavícula, 
começa-se contar a partir da segunda que 
se encontra lateralmente ao ângulo de 
lowis. 
Dentro da cavidade torácica, se encontra os 
pulmões, as pleuras, o coração e grandes 
vasos. 
 
Os pulmões são divididos em lobos , inferior 
médio e superior (direito) e inferior e 
superior (esquerdo). 
LINHAS TORACICAS 
 Primeira linha toracica traçada no 
centro do esterno, chamada de 
linha médio-esternal. 
 As linhas laterais a médio-esternal 
são as linhas esternais. 
 As que se originam no meio da 
clavícula são as hemiclaviculares. 
 Na parede lateral são traçadas 3 
linhas: linha axilar anterior,linha 
axilar posterior e linha axilar media. 
 Na parede posterior, o tórax é 
dividido pelas linhas: 
 Linhas escapulares 
 Linhas espondilineas 
 
 
 
REGIOES DO TORAX 
 Regiao supraclavicular 
 Região clavicular 
 Região infraclavicular 
 Região mamaria 
 Região inframamaria 
 Entre outras. 
SEMIOTECNICA 
 Inspeçao, palpação, percussão e 
asculta; 
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 Paciente deve se sentar em uma 
banqueta ou no próprio leito , se 
não puder ficar sentado a posição 
é deitado. 
 O medico fica em pe; 
 O paciente tem que ficar desnudo 
naegião examinada. 
INSPEÇAO 
 Se divide em 2 : estática e 
dinâmica. 
 Avalia-se o estado da pele, a parede 
torácica 
 A inspeção estática consiste em: 
 Forma do tórax 
 Presença de abaulamentos 
 A dinâmica consiste: 
 Ritmo respiratório 
 Frequência 
 Amplitude 
 Expansibilidade dos 
pulmões 
INSPEÇAO ESTATICA 
FORMAS DO TORAX 
 Torax chato ou plano: 
 Reduzido diâmetro antero-
posterior. 
 Escapulas sobressaem; 
 Comum em longelineos. 
 Torax barril ou tonel: 
 Aumento do diâmetro 
antero-posterior. 
 Tórax mais curto 
 Comum em enfisema 
pulmonar. 
 Torax infundibuliforme: 
 Escavado; 
 Depressão mais ou 
menos acentuada na 
região do terço inferior 
do esterno e região 
epigástrica. 
 Torax carniciforme: 
 Conhecido também 
como peito de pomba. 
 Esterno provoca 
saliência. 
 Torax cifoescoliotico: 
 Decorre da 
combinação de uma 
alteração cifótica, com 
desvio lateral da 
coluna vertebral 
(escoliose) 
 Torax cifótico: coluna 
dorsal curvada. 
 Tórax escoliotico: desvio 
lateral do segmento da 
coluna vertebral. 
 Torax cônico: parte inferior 
extremamente alargada. 
 
 Avalia-se ainda pele e suas 
alterações: coloração, grau de 
hidratação, lesões (ulcerações, 
bolhas, pústulas, pápulas 
[paracoccidioidomicose], 
tubérculos [tuberculose e 
sarcoidose], nódulos, urticária 
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[alergia] e abcessos). Cianose e 
palidez. 
 Circulação colateral. 
 Presença de cicatrizes; 
 Presença de edema; 
 Alterações osseas e articulares 
 Abaulamento e depressões: 
 SINAL DE LEMOS TORRES é 
caracterizado pelo 
abaulamento dos espaços 
intercostais durante a 
expiração → DERRAME 
PLEURAL. 
 Rosário raquítico e sulcos de 
Harrison são deformidades 
bilaterais, quase sempre 
simétricas. O rosário raquítico 
é uma série de pequenas 
saliências ósseas que surgem 
na união das costelas com as 
cartilagens esternais. Os sulcos 
de Harrison são depressões 
lineares das costelas inferiores 
dependentes de contracções 
diafragmáticas 
particularmente poderosas 
sobre costelas normais. 
INSPEÇAO DINAMICA 
Analisa-se o padrão respiratório, 
frequência, ritmo e expansibilidade do 
pulmão. 
TIPO RESPIRATORIO 
 observa-se atentamente a 
movimentação do tórax e do abdome, 
com o objetivo de reconhecer em que 
regiões os movimentos são mais 
amplos. 
 2 tipos de respiração: 
toracicoabdominal e e costal 
superior. 
 Mulheres : costal superior, 
com predomínio dos músculos 
acessórios. 
 Homens: respiração 
toracicoabdominal. 
FREQUENCIA 
 Eupneico : 12 a 20 rpm. 
 Recém-nascido : 40 a 45 rpm. 
 Taquipneico ( valores acimas do 
normal) 
 Bradipneico ( valores abaixo dos 
normais) 
 Apneia : parada respiratória. 
AMPLITUDE 
 Classifica- se em respiração 
profunda e superficial. 
RITMO RESPIRATORIO 
 é necessário observar durante, no 
mínimo, dois minutos a sequência, 
a forma e a amplitude das incursões 
respiratórias. 
 Respiraçao dispneica: movimentos 
respiratórios amplos e rapidos 
 Platpneia: dificuldade para 
respirar em posição ereta. 
 Ortopneia : dificuldade 
para respirar deitada. 
 Trepopneia: facilidade de 
respirar em decúbito 
lateral. 
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 Respiração de cheyne Stokes: 
também chamado de dispneia 
periódica, aumento progressivo das 
incursões respiratórias, seguido por 
um decréscimo progressivo até uma 
breve pausa. Ocorre devido a variações 
da tensão de oxigênio e CO2 no 
sangue.. 
 **Respiração dispneica - 
respiração superficial – Apneia – 
respiração aumentando de amplitude 
– respiração diminuindo de amplitude. 
 
 Respiraçao de biot: 
caracteriza- se por períodos de apneia 
que interrompem a sequencia das 
incursões respiratórias. Apresenta 
amplitude variável. Ex : meningite 
 
 Respiraçao de kusmaul: 
Inspirações profundas seguidas de 
pausas-expirações curtas também 
seguidas de pausa. Compõe-se de 4 
fases: 1) Inspirações ruidosas, 
gradativamente mais amplas, 
alternadas com inspirações rápidas e 
de pequenas amplitude; 2) Apneia em 
inspiração; 3) Expirações ruidosas e 4) 
Apneia em expiração. Motivo : 
acidose, principalmente diabética. 
 
 Respiraçao suspirosa: série de 
movimentos inspiratórios de 
amplitude crescente seguidos de 
expiração breve e rápida. Ou, os 
movimentos respiratórios normais 
são interrompidos por “suspiros” 
isolados ou agrupados. Traduz 
tensão emocional e ansiedade 
(psicogênica). 
 
 
 
 
 
TIRAGEM 
 durante a inspiração em condições 
normais, os espaços intercostais 
deprimem-se ligeiramente. Se 
ocorrer obstrução brônquica, o 
parênquima correspondente 
àquele brônquio entra em colapso e 
a pressão negativa daquela área 
torna-se ainda maior, provocando a 
retração dos espaços intercostais. 
Pode ser: difusa ou localizada, isto 
é, supraclavicular, infraclavicular, 
intercostal ou epigástrica. 
 Indica a presença de dificuldade de 
expansão pulmonar 
EXPANSIBILIDADE DOS PULMOES 
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 Pode ser avaliado pela 
inspeção,mas o melhor método eé 
o palpatório. 
PALPAÇAO 
 Investiga-se 3 parametros: 
 Expansibilidade; 
 Estrutura da parede 
torácica. 
 Mobilidade e frêmito 
toracovocal. 
SENSIBILIDADE 
 Avalia-se com a mao espalmada a 
sensibilidade profunda e superficial 
e dor em todo o tórax. 
TEMPERATURA 
 Com o dorso das mãos , avalia-se a 
temperatura cutânea. 
EDEMA E EFISEMA CUTANEO 
 Edema (sinal precoce de obstrução 
da VCS) e enfisema (pneumotórax 
hipertensivo) subcutâneos são mais 
bem observados nas fossas 
supraclaviculares e espaços 
intercostais. 
EXPANSIBILIDADE DOS PULMOES 
 Avalia-se separadamente a 
expansibilidade do ápice e da base 
dos pumoes. 
 O examinador se poe por tras do 
paciente ; 
 Pede ao paciente respire fundo; 
 Apice: é pesquisada com as mãos 
espalmadas, de modo que as 
bordas internas toquem a base do 
pescoço, os polegares apoiem-se na 
coluna vertebral e os demais dedos 
nas fossas supraclaviculares. 
 Base: apoiam-se os polegares nas 
linhas paravertebrais, enquanto os 
outros dedos recobrem os últimos 
arcos costais. ( 9 ou 10 polegar vai 
ta próximo) 
 A expansibilidade no ápice é menor. 
 O que a mão move indica o graude 
extensibilidade dos lobos inferiores 
do pulmão. 
 A diminuição da expansibilidade 
pode ser unilateral e bilateral. 
FREMITO TORACOVOCAL 
 Vibraçoes percebidas na parede 
torácica quando o examinado emite 
algum som. 
 È feito simultaneamente; 
 Pede ao paciente que fale o numero 
33; 
 A medida que o paciente fala o 
examinador vai deslocando sua 
mao de modo a pecorrer toda a 
parede torácica. 
 Mais fraco em mulheres; 
 Maior nitidez é notado no ápice 
direito e bases. 
 Aumento= pneumonias 
 Diminuição ou desaparecimento = 
derrame pleural 
 
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PERCUSSAO 
 Deve-se pedir para o paciente 
cruzar os braços ou colocalos na 
cabeça; 
 Deve-se percutir primeiro o lado 
posterior; 
 Percute-se regiões simétricas com 
mesma intensidade; 
 Regiões assimétricas com 
intensidade diferentes. 
 De cima para baixo; 
 
Quatro tonalidades são obtidas: 
 Som claro pulmonar: áreas 
de projeção dos pulmões 
- O som obtido pela percussão do 
pulmão normal é claro, atimpânico, 
daí a denominação SOM CLARO 
PULMONAR. Em casos de afecções 
broncopulmonares, há alteração da 
distribuição de ar no interior do tórax 
e o som obtido muda. 
 Som timpânico: espaço de 
Traube 
 Som submaciço: na região 
inferior do esterno 
 Som maciço: na região 
inframamária direita 
(macicez hepática) e na 
região precordial. 
Alteraçoes da percussão do tórax: 
 Hipersonoridade pulmonar: 
som mais claro e mais 
intenso. Indica aumento do 
ar nos alvéolos. 
 Submacicez e macicez , 
causas mais comuns 
derrames pleurais 
 Som timpânico, indica ar 
aprisionados nas pleuras 
(pneumotórax). 
AUSCULTA 
 Realizar com o paciente sem 
roupa; 
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 Preferencialmente paciente 
sentado; 
 
 Pede-se ao paciente para respirar 
um pouco mais profundo com os 
lábios entreabertos. 
 
LOCAIS DE AUSCULTA 
 
TIPOS DE SONS 
 Respiraçao brônquica: Corresponde 
ao som traqueal audível na zona de 
projeção de brônquios de maior 
calibre, na face anterior do tórax, 
nas proximidades do esterno. 
Diferencia-se pelo componente 
expiratório mais intenso. (INSP ≤ 
EXP) 
**2º espaço intercostal 
 Som broncovesicular: soma-se as 
características da respiração 
brônquica com o murmúrio. Insp= 
exp. É auscultado na região 
periférica dos pulmões OU na 
região esternal superior, na 
interescapulovertebral direita e no 
nível da 3ª e 4ª vértebras dorsais. 
 Respiração murmúrio vesicular: A 
inspiração é mais intensa que a 
expiração. A ausculta ocorre em 
quase todo o tórax.

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