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Fichamento 3 - FLH0643 - História da América Colonial - Rodrigo Neto - 9318629

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
FLH0643 - HISTÓRIA DA AMÉRICA COLONIAL
Horacio Gutiérrez
Primeiro Semestre 2021
Noturno
Atividade: Fichamento 3
Tópicos abordados: Aulas 8 e 9
Textos abordados: 
(1) BAKEWELL, Peter. A mineração na América espanhola colonial. Em: BETHELL, Leslie. História da América Latina: A América Latina colonial. São Paulo: Edusp, 1997. v. II, cap. 3, p. 99-150;
(2) FLORESCANO, Enrique. A formação e a estrutura econômica da Hacienda na Nova Espanha. Em: BETHELL, Leslie. História da América Latina: A América Latina colonial. São Paulo: Edusp, 1997. v. II, cap.4, p. 151-186.
(3) MÖRNER, Magnus. A economia e a sociedade rural da América do Sul espanhola no período colonial.. Em: BETHELL, Leslie. História da América Latina: A América Latina colonial. São Paulo: Edusp, 1997. v. II, cap.5, p. 187-217.
Aluno: Rodrigo Spinola Costa Neto
Nº USP: 9318629
A presente produção acadêmica tem por objetivo promover um fichamento acerca dos temas debatidos e estudados nas Aulas 8 e 9 do curso HISTÓRIA DA AMÉRICA COLONIAL I(FLH 0643) e dos textos destacados no cabeçalho enunciante deste. Com o intuito de fazer uma abordagem relevante acerca dos primeiros tópicos, dividir-se-á estruturalmente essa atividade em quatro (4) partes totais: A Mineração na América Colonial (1), que buscará transmitir em caráter abrangente as principais caracteŕisticas desta atividade e seus impactos ante a sociedade que ali se estruturava; subsequente, se encontra a seção destinada ao estudo da A Agricultura e a Pecuária na América Colonial (2), que visará estabelecer as características gerais desta atividade e o sistemas de trabalhos com ela envolvidos; a terceira parte, de forma a complementar a anterior, A Distribuição de Terras na América Colonial (3), abordando nesta mudanças significativas nas relações de propriedade em comparação aos Impérios Pré-Colombianos; e, por fim, uma seção destinada para abordar o tema As Relações de Trabalho na América Colonial (4).
Levando os pontos aqui destacados em consideração, a produção deste visa mais que realizar um fichamento de temas, mas também apresentar um compilado de visões historiográficas que foram abordadas ao longo do ensino na disciplina em questão. Serão expostas, em caráter comparativo, diferentes aspectos de transição, permanência e estruturantes das atividades econômicas desenvolvidas durante o período colonial nas Américas, tendo enfoque na América Espanhola.. Cabe ressaltar então que, mais que um fichamento, esse excerto apresenta-se como uma compilação sintética de tópicos. Inicia-se.
A Mineração na América Colonial
Para a dissertação desta seção, se faz necessário levar em conta a apresentação e discussão transcorrida na Aula 8 da respectiva disciplina, e também o texto (1) de Bakewell (1997).
A Mineração, entre os séculos XVI e XVII, foi a principal atividade econômica de enfoque da Coroa Espanhola e Colonos em seus domínios na América; se enquadrando, aqui, como o principal interesse do Estado em relação à sua colônia no Novo Mundo. A atividade exploratória introduziu no Sistema Colonial Hispânico mudanças estruturais para se administrar e fiscalizar a exploração e o escoamento da produção de ouro e prata, principais minérios explorados; por exemplo, construção de estradas e cobrança de impostos. Para esta seção, focar-se-á em três (3) principais tópicos, a serem respectivamente explorados: Principais regiões mineradoras (a); como se deu a participação do Estado neste processo (b), e, as relações de trabalho que se desenvolveram a partir da atividade (c). 
Dentre as principais regiões mineradoras, destacam-se aqui as que seguem: na Meso-América: Zacatecas, Guanajuato e San Luis Potosí, todas no atual México; e na Área Andina: Potosí, sendo esta a principal e mais produtiva das minas, Oruro, Huancavelica, cuja exploração se concentrou em minérios de mercúrio, e, Popayán, nos atuais Estados atuais de Bolívia, Peru e Colômbia. Nestas regiões, com exceção de Huancavelica, como citado anteriormente, o principal minério explorado foi a prata.
Para aprofundar o estudo acerca desta atividade econômica, se faz importante entender como se deu a participação da Coroa Espanhola na exploração de metais preciosos em sua Colônia Americana. A exploração era uma atividade majoritariamente privada; o Estado concedia o direito à prospecção mineral mediante a cobranças de impostos, sendo o principal deste a quinta, que consistiu-se na retenção de 20% de produção à Coroa. O Estado teve controle exclusivo de uma mina exploradora, a de Huancavelica, uma vez que o mercúrio era estratégico por ser um insumo essencial para a extração de demais metais, como a prata e o ouro; este monopólio era sob a produção e revenda. Além disso, a Coroa também fazia o controle sobre a mão de obra nas regiões mineradoras, através das diferentes formas de trabalho a serem exploradas neste documento.
A Agricultura e a Pecuária na América Colonial
Para a dissertação desta seção, se faz necessário levar em conta a apresentação e discussão transcorrida na Aula 9 da respectiva disciplina, tal qual os textos (2) e (3) apontados no cabeçalho desta produção, de Florescano (1997) e Mörner (1997).
É extremamente importante, no estudo deste tema, ressaltar o fato que a Agricultura e a Pecuária, com o avanço da colonização, promoveram mudanças e transformações substanciais no entendimento que as populações nativas tinham acerca de ambas atividades. A comercialidade passa a tomar lugar da subsistência e a produção voltava-se para a exportação. Explica-se abaixo as principais mudanças relacionadas à cada atividade.
Sobre a agricultura, a introdução de novos gêneros é um dos destaques, para além do milho e batata já cultivados, inicia-se a produção de trigo, fumo, cacau, cana, entre outros. Além disso, a introdução de novas técnicas e ferramentas, como o arado. Mas a mudança mais relevante está na finalidade da agricultura. Já durante o período da América Espanhola, a agricultura era, inicialmente (séc. XVI) voltada aos esforços da mineração, uma atividade para abastecimento. Porém, a partir do XVII passa a se tornar atividade central na balança comercial, voltada à exportação ao mercado internacional.
Por outro lado, a Pecuária introduziu novas espécies ao território Americano, como gado, cavalos, porcos, ovelhas, etc. Esta atividade, por ser mais expansiva que a agricultura, necessitou de uma área muito maior para a circulação e pastagem dos animais. A principal revolução parte na questão do transporte de pessoas, cargas, alimentos, e demais produtos. Promoveu-se, então, uma modificação da infraestrutura física das colônias, com a construção de estradas, portos, cidades e feiras. Outro destaque que pode se observar é a concentração de poder local (político, econômico e militar) que os Grandes Proprietários de fazendas, agrícolas e pecuárias, passaram a ter, gerando o desenvolvimento de oligarquias monopólicas de poder local.
A Distribuição de Terras na América Colonial 
Para a dissertação desta seção, se faz necessário levar em conta a apresentação e discussão transcorrida na Aula 9 da respectiva disciplina, tal qual os textos (2) e (3) apontados no cabeçalho desta produção, de Florescano (1997) e Mörner (1997).
Para o estudo deste tópico, é importante recordar-se de que a propriedade, na lógica dos impérios nativos indígenas, era de caráter coletivo, sendo o “conceito” de propriedade privada introduzido a partir dos primeiros anos de colonização. Esse conceito, ao ser aplicado à terra, é uma das principais mudanças estruturantes na agropecuária americana. Esse processo levou a uma divergência grande com a população nativa, causando conflitos entre as partes.
A partir da segunda metade do séc. XVI, com a maior parte da área americana já conquistada, inicia-se a distribuição das terras aos colonos. O uso da terra e sua exploração (seja agrícola, pecuária ou mineral) era em benefício ao colono, mas também à Coroa, através dacobrança de impostos.
A manutenção da coletividade da terra para grupos indígenas se deu com a construção do conceito de Pueblos. Os pueblos eram basicamente regiões demarcadas para a utilização coletiva deste espaço pela população nativa. Aos poucos, essas áreas foram cada vez mais reduzidas, e quase extintas em algumas regiões. 
As Relações de Trabalho na América Colonial
Para a dissertação desta seção, se faz necessário levar em conta a apresentação e discussão transcorrida na Aula 8 da respectiva disciplina, e também o texto (1) de Bakewell (1997).
Apresenta-se então, tal tema, como último tópico deste fichamento, uma vez que as relações de trabalho a seguir expostas são comuns à mineração e à agricultura. Dentre as formas de trabalho, configuram-se sete (7) como as principais. Para efeitos de síntese, concentrar-se-á no entendimento da: Encomienda, Escravidão indígena, Repartimiento e no Trabalho assalariado livre sujeito a servidão por dívida.
A Encomienda foi, na verdade, um sistema de concessão de terras da Coroa a particulares em suas colônias no Novo Mundo; o que incluía não só o espaço territorial do lote, porém como qualquer nativo que ali habitava. A população indígena estava então sob “posse” do Encomendero, sendo assim escravizada por este. Essa relação esbarrou em questões de poder e foi encerrada devido ao temor da Coroa de perder sua autoridade, uma vez que os encomenderos estavam com uma concentração de poder militar e econômico elevada.
Como fruto desta relação de Encomienda, a manutenção da escravidão indígena ainda persistiria por algumas décadas. Em meados do século XVI, por motivos evangelizadores e outros, é proibida, porém ainda exercida na ilegalidade nos anos que se seguiram. A exceção a esta norma se enquadrou a nativos antropófagos, porém, observou-se que uma elevação no registro deste tipo de indígena com intuito exclusivamente escravocrata.
A terceira relação de trabalho estudada será o Repartimiento, adaptação do sistema indígena conhecido como Mita. Essa relação era exercida sob controle do Estado. O repartimiento consistiu-se em uma forma de trabalho indígena compulsório, rotativo e temporário, porém assalariado. Seu declínio se deu a partir da retração da população indígena. Além disso, as áreas mineradoras necessitavam de mão de obra especializada, o que dificultava uma vez que o trabalho era temporário. 
E por fim, o trabalho assalariado livre sujeito a servidão por dívida. Este modelo se estruturou na raiz da sociedade colonial e independente, perdurando até a primeira metade do séc. XX. Essa relação se deu a partir de uma atividade assalariada porém não condizente com as necessidades do trabalhador. A desigualdade entre os custos de subsistência e salário destes trabalhadores provocou um número gritante de endividamentos, levando a inúmeras pessoas à condição de servidão; ou seja, uma relação forçada de dependência.
Deste modo, enquadra-se os principais mecanismos de relação de trabalho que se estruturaram na sociedade colonial na América Espanhola.

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