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Resumo Semiologia do Respiratório

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@yaasmin.luiza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A linha axilar anterior se origina da prega 
anterior da axila, enquanto a linha axilar 
posterior se origina da prega homônima. 
Equidistante dessas duas linhas, na face lateral, 
temos a linha axilar média. A linha escapular tem 
origem no ângulo inferior da escápula. Já as 
linhas horizontais são traçadas de acordo com os 
espaços intercostais. 
 
 Pode-se utilizar a técnica de se encontrar o 
ângulo esternal (de Louis) e dele seguir 
lateralmente a fim de encontrar o segundo espaço 
intercostal. Para contar os espaços intercostais 
recomenda-se que se afaste do esterno, dado que 
nessa região as costelas ficam muito próximas, 
dificultando a localização dos espaços intercostais. 
 
 
 
 
 
 
 
 Retirar a camisa. 
 Não avisar para o paciente que vai avaliar sua 
frequência respiratória. 
 Sons audíveis que não necessitam de ausculta 
para serem percebidos. 
 
 corresponde à uma avaliação do 
tórax do paciente desconsiderando os movimentos 
respiratórios do mesmo. Deve-se examinar a forma do 
tórax e suas anomalias congênitas ou adquiridas, 
localizadas ou difusas, simétricas ou não. 
 
 Tipo torácico: a morfologia do tórax varia 
conforme o biótipo do paciente (normolíneo, 
brevilíneo e longilíneo). O reconhecimento do 
biótipo é útil por ter uma cerca correlação do 
aparelho respiratório. 
 
Tipo torácico normal (A): apresenta uma pequena 
convexidade anteriormente com um dorso mais 
plano. 
 
Tipo torácico globoso (B): presença de abaulamento 
na região anterior, aumentando o diâmetro 
anteroposterior do tórax. É um tipo de padrão 
morfológico normal para idosos mas que pode 
º
Linhas da Parede Torácica 
Inspeção 
 
 @yaasmin.luiza 
representar uma patologia como enfisema ou asma. 
Também conhecido com tórax em tonel. 
Tipo torácico infundibuliforme (C): presença de 
depressão na região epigástrica (inferior ao processo 
xifoide), ou seja, no ângulo de Charpy. É também 
chamado de tórax de sapateiro. Em geral, esta 
deformidade é de natureza congênita. 
 
Tipo torácico cariniforme (D): é também chamado de 
peito de pombo, em que o esterno mostra-se mais 
protruso e evidente. É comum no raquitismo. 
 
Escoliose (E): consiste em um desvio lateral da coluna 
vertebral. Deve ser anotado o sentido da convexidade 
da escoliose. 
 
Cifose (F): o tórax cifótico tem como característica 
principal a curvatura acentuada da coluna dorsal. 
 
Gibosidade (G): é um tipo de cifose bastante 
acentuada em que a musculatura dorsal apresenta um 
aspecto grosseiro, determinando corcundas. 
 
 
 
 Pele: coloração (destacando cianose ou palidez), 
presença de lesões elementares, grau de 
hidratação, etc., sempre correlacionando com as 
doenças pulmonares. 
 Mamas: formas das mamas (simetria), posição dos 
mamilos com relação à linha hemiclavicular 
(verificar simetria), presença de secreções, etc. 
 Presença de nódulos visíveis: alguns nódulos 
podem ser característicos de sarcoidose ou 
tuberculose. 
 Musculatura: avaliar a hipertrofia, atrofia, 
simetria. A contratura da musculatura 
paravertebral torácica unilateral constitui o sinal 
de Ramond, que denuncia o comprometimento 
pleural inflamatório homolateral. O sinal de 
Lemos Torres, caracterizado pelo abaulamento 
dos espaços intercostais durante a expiração, é 
sinal fidedigno de derrame pleural. 
 Vasos (circulação colateral): avaliar a presença de 
vasos evidentes na parede do tórax bem como 
examinar o trajeto do fluxo deste vaso: 
craniocaudal ou caudal-cranial. Circulações 
colaterais resultam de um obstáculo próximo à 
desembocadura da veia ázigos na veia cava 
superior. Classicamente são descritos três tipos 
principais de circulação colateral torácica: 
 Abaulamentos (difusos ou localizados): avaliar 
abaulamentos ósseos ou musculares. 
 Retrações: aspecto de pele afundada. 
 Deformidades localizadas: existência de 
deformidades variadas, comparando-se um 
hemitórax com o outro. 
 Por meio da inspeção estática, podemos observar 
se o paciente utiliza musculatura acessória para 
respirar, como retração intercostal, de fúrcula 
esternal e supraclavicular. 
 Na inspeção dinâmica avalia-se a ventilação do 
paciente por meio do padrão respiratório, 
observando de onde vem o esforço ventilatório (se 
torácico, abdominal ou misto). O padrão 
predominante e considerado normal é o torácico 
quando o paciente está de pé ou sentado, mas em 
decúbito dorsal, tende a ser abdominal. 
 Verifica-se a musculatura utilizada para a 
respiração, dado que é importante averiguar o uso 
de musculatura acessória, nos casos de esforço 
 
 @yaasmin.luiza 
respiratório (paciente dispneico). Pacientes nessa 
situação tendem a adotar a técnica de ponto de 
ancoragem, no qual se apoiam na borda do leito, 
com as mãos apoiadas e se inclinando para a 
frente, a fim de liberar os músculos acessórios. 
 observam-se os movimentos 
respiratórios, suas características e alterações. 
 
 Expansibilidade: é avaliada observando a 
expansão da caixa torácica com a entrada de ar 
durante a inspiração. 
 Frequência respiratória: deve ser observado o 
ritmo respiratório do paciente. Geralmente, o 
tempo de inspiração é semelhante ao da 
expiração, apresentando um pequeno intervalo 
entre ambos. Em suma, o ritmo respiratório pode 
ser normal ou anormal. 
 Tipo respiratório: para o reconhecimento do tipo 
respiratório, observa-se atentamente a 
movimentação do tórax e do abdome, com o 
objetivo de reconhecer em que regiões os 
movimentos são mais amplos. 
 
 Em pessoas sadias, na posição de pé ou sentada, 
tanto no sexo masculino como no feminino, 
predomina a respiração torácica ou costal, 
caracterizada pela movimentação 
predominantemente da caixa torácica. Na posição 
deitada, também em ambos os sexos, a respiração 
é predominantemente diafragmática, 
prevalecendo a movimentação da metade inferior 
do tórax e do andar superior do abdome. 
 
 Presença de tiragem: durante a inspiração ou 
condições de normalidade, os espaços intercostais 
deprimem-se ligeiramente. Se ocorrer obstrução 
brônquica, o parênquima correspondente àquele 
brônquio entra em colapso e a pressão negativa 
daquela área torna-se ainda maior, provocando 
assim a retração dos espaços intercostais, 
fenômeno conhecido como tiragem. A tiragem 
pode ser difusa ou localizada (supraclavicular, 
infraclavicular, intercostal ou epigástrica). Essas 
áreas retráteis caracterizam a impossibilidade de 
o pulmão acompanhar o movimento expansivo da 
caixa torácica, devido à atelectasia subjacente. 
 
Bradipneia: respiração mais profunda e com pausas 
maiores. 
 Taquipneia: respiração rápida e superficial. • 
Respiração suspirosa: mantém as características da 
respiração normal, com alguns momentos de 
respiração mais profunda. 
Respiração obstrutiva: expiração prolongada. 
Respiração de Cheyne-Stokes: aumento gradativo da 
profundidade até um certo limite, seguindo-se com 
um período de apneia. 
Respiração de Kusmall: ocorre uma taquipneia 
profunda, sendo semelhante àquela após um exercício 
físico. É comum como resposta a uma acidose 
metabólica, dado que o corpo tende a equilibrar a 
acidose com a eliminação de dióxido de carbono. 
Respiração de Biot: não possui padrão, uma vez que é 
característica de pacientes que sofreram lesão no 
centro de respiração do bulbo, não havendo um 
controle do ritmo respiratório. 
 
 
 
 
 Sensibilidade da parede torácica: testando a 
sensibilidade realizando estímulos dolorosos no 
paciente. A sensibilidade superficial e profunda, a 
dor provocada e espontânea ou qualquer outra 
manifestação dolorosa relatada pelo paciente 
devem ser avaliadas pela palpação. 
 
 Tonicidade muscular: avaliação do 
comportamento muscular do tórax do paciente: 
hipotonia, hipertonia, atrofia, etc. 
 
 Elasticidade: a elasticidade é pesquisada com a 
manobra de Lasègue: nesta o examinador se 
posiciona obliquamente ou lateralmente ao corpo 
do paciente e executa compressão forte 
preferencialmentenas regiões infraclaviculares, 
podendo ser também nas regiões mamárias, 
Palpação 
 
 @yaasmin.luiza 
hipocôndrios e infra-escapulares. A mão 
predominante, direita, no caso dos destros, é a que 
aperta e a esquerda (não dominante) serve de 
aposição para não deslocar o paciente. 
 
 Expansibilidade: a expansibilidade é abordada em 
duas regiões do tórax e dos pulmões: 
 (1) a expansibilidade dos ápices pulmonares é 
pesquisada com ambas as mãos espalmadas, de modo 
que as bordas internas toquem a base do pescoço, os 
polegares apoiem-se paralelamente à coluna vertebral 
(e se toquem) e os demais dedos nas fossas 
supraclaviculares; 
(2) para avaliar a expansibilidade das bases 
pulmonares, apoiam-se os polegares em contato rente 
às linhas paravertebrais, enquanto os outros dedos 
recobrem os últimos arcos costais, abaixo do ângulo 
inferior da escápula. Em ambas as manobras, o 
médico deve ficar atrás do paciente que está em 
posição sentada, respirando profundamente e 
pausadamente. O grau da expansibilidade é estimado 
a partir do deslocamento dos polegares do 
pesquisador. 
 
 
 
 Frêmito toracovocal (FTV): representa a sensação 
tátil da transmissão da onda mecânica da voz, 
originada nas cordas vocais durante a fonação, 
veiculada pela coluna aérea através da traqueia, 
parênquima pulmonar, pleura, parede e 
superfície do tórax. Em outras palavras, 
corresponde às vibrações das cordas vocais 
transmitidas à parede torácica. A sensação tátil 
será percebida com a face palmar inferior. Os 
dedos da mão e a face superior palmar deverão 
ficar suspensos no ar para não abafar a vibração 
tátil. 
 Habitualmente o frêmito toracovocal é um pouco 
mais intenso do lado direito devido à disposição 
anatômica do brônquio fonte direito o qual é mais 
verticalizado e está mais perto da traqueia. Pede-
se, então, para o paciente falar palavras ricas em 
consoantes, como “trinta e três”. A técnica deve ser 
feita alternadamente em cada hemitórax, 
seguindo a linha médio-esternal de cima para 
baixo. 
 De um modo geral, pode-se dizer que as afecções 
pleurais são “antipáticas” ao FTV. Nas 
condensações pulmonares, desde que os 
brônquios estejam permeáveis, o FTV torna-se 
mais nítido. Em atelectasias, o FTV está diminuído. 
 Outras estruturas: deve-se avaliar afecções 
conferidas a propósito da inspeção por meio, 
agora da palpação: mamas, pulsações visíveis, 
abaulamentos, nódulos, edema. 
 
 
 
 
 
 
 
 A técnica básica da percussão é a seguinte: com o 
dedo médio (plessímetro) da mão esquerda, deve-
se apoiar a região em que se quer percutir; com o 
dedo médio da mão direita (plexor), deve-se 
realizar batidas de intensidade média ou 
moderadamente forte sobre o dedo médio 
esquerdo repousado. O movimento da mão que 
percute é de flexão e extensão do punho, nunca 
envolvendo a articulação do cotovelo e muito 
menos, a do ombro. Deve-se percutir 
comparativamente e simetricamente as várias 
regiões do tórax. Um pequeno intervalo entre 
Percussão 
 
 @yaasmin.luiza 
duas batidas vai permitir melhor avaliação do 
som e das vibrações. 
 
 
 Quatro tonalidades de som são obtidas: 
 
Som claro pulmonar, som claro atimpânico ou 
sonoridade pulmonar nas áreas de projeção dos 
pulmões (maior parte do tórax). É um som 
intermediário entre o maciço e timpânico. 
 
Som claro timpânico no espaço de Traube. É um som 
semelhante à percussão de uma bexiga cheia de ar. 
Acompanha-se de sensação de elasticidade. 
 
Som submaciço na região inferior do esterno (região 
em que a língula pulmonar encobre o ventrículo 
esquerdo). 
 
Som maciço na região infra-mamária direita (macicez 
hepática) e na região precordial. 
 
 
 
 As principais alterações da percussão são: 
 
Hipersonoridade pulmonar: significa que o som da 
percussão está mais claro e mais intenso. 
Hipersonoridade indica aumento de ar nos alvéolos 
pulmonares. Causa: Enfisema pulmonar e asma. 
 
Submacicez e macicez: indicam diminuição ou 
desaparecimento da sonoridade pulmonar e indicam 
redução ou inexistência de ar no interior do alvéolo. 
Causas: derrames pleurais, condensação pulmonar 
(pneumonia, tuberculose, neoplasias). 
 
Som timpânico: indica ar aprisionado no espaço 
pleural (pneumotórax), uma grande cavidade 
intrapulmonar (caverna tuberculosa) ou a presença 
de uma víscera abdominal no interior do tórax 
(hérnia diafragmática). 
 
 
 
 
 De início, o examinador deve colocar-se atrás do 
paciente, que não deve estar em posição ereta, 
sem forçar movimentos da cabeça ou do tronco. O 
paciente deve estar com o tórax despido e respirar 
pausadamente e profundamente, com a boca 
entreaberta, sem fazer ruído. Somente depois de 
uma longa prática, ouvindo-se as variações do 
murmúrio respiratório normal, é que se pode, 
com segurança, identificar os ruídos anormais. 
Auscultam-se as regiões de ambos hemitórax 
simetricamente. 
 
 Os sons pleuropulmonares são os seguintes: 
 
Sons respiratórios normais: 
 
Som traqueal e respiração brônquica: o som traqueal, 
audível na região de projeção da traqueia, no pescoço 
e na região esternal, origina-se na passagem do ar 
através da fenda glótica e na própria traqueia. O 
inspiratório consiste em um ruído soproso, mais ou 
menos rude, após o qual há um curto intervalo 
silencioso que o separa da expiração, em que o som é 
um pouco mais forte e prolongado. A respiração 
brônquica muito se assemelha ao som traqueal, dela 
se diferenciando apenas por ter o componente 
expiratório menos intenso. 
 
Ausculta 
 
 @yaasmin.luiza 
Murmúrio vesicular: produzido pela turbulência 
normal do ar circulante ao chocar-se contra as 
saliências das bifurcações brônquicas, ao passar por 
cavidades de tamanhos diferentes, tais como 
bronquíolos para alvéolos, e vice-versa. O 
componente inspiratório é mais intenso, mais 
duradouro e de tonalidade mais alta em relação ao 
componente expiratório, que por sua vez, é mais 
fraco, de duração mais curta e de tonalidade mais 
baixa (o componente expiratório tende a estar 
aumentado na asma brônquica e no enfisema, 
traduzindo a dificuldade de saída do ar). Não se 
percebe, diferentemente do que ocorre na respiração 
traqueal, um intervalo silencioso entre as duas fases 
da respiração. Quando se compara o murmúrio 
vesicular com a respiração brônquica, o primeiro é 
mais fraco e mais suave. Ausculta-se o murmúrio 
vesicular em quase todo o tórax, com exceção apenas 
das regiões esternal superior, interescápulo-vertebral 
direita e ao nível da 3a e 4a vértebras torácicas. 
Nestas áreas, ouve-se a respiração broncovesicular. A 
diminuição do murmúrio vesicular pode resultar de 
numerosas causas, entre as quais se ressaltam: 
presença de ar (pneumotórax), líquido (hidrotórax) 
ou tecido sólido (espessamento pleural) na cavidade 
pleural; enfisema pulmonar; obstrução das vias aéreas 
superiores (espasmo ou edema de glote, obstrução da 
traqueia); oclusão parcial ou total dos brônquios ou 
bronquíolos. Quando normais, relata-se: murmúrios 
vesiculares presentes e audíveis em ambos hemitórax. 
Ele pode, entretanto, estar aumentado, diminuído ou 
inexistente. 
 
Respiração broncovesicular: somam-se aqui, as 
características da respiração brônquica com as do 
murmúrio vesicular. Deste modo, a intensidade da 
duração da inspiração e da expiração tem igual 
magnitude. 
 
 
 
 
Sons ou ruídos anormais descontínuos: os sons anormais 
descontínuos são representados pelos estertores, que são 
ruídos audíveis na inspiração ou na expiração, 
superpondo-se aos sons respiratórios normais. 
 
Ruídos estertores finos ou crepitantes: ocorrem no final da 
inspiração, têm frequência alta, isto é, são agudos, e 
duração curta. Não se modificam com a tosse ou com a 
posição do paciente. Predominam mais na base. Podem ser 
comparados ao ruído produzido pelo atrito de um 
punhado de cabelos junto ao ouvido ou ao som percebido 
ao se fechar ou abrir um fecho tipo velcro. Aceita-se 
atualmente que os estertores finos são produzidos pela 
abertura sequencial dasvias respiratórias (dos alvéolos, 
principalmente) com presença de líquido ou exsudato no 
parênquima pulmonar ou por alteração no tecido de 
suporte das paredes brônquicas. Os estertores finos são 
audíveis nos casos de pneumonia, tuberculose e 
insuficiência cardíaca. 
 
Ruídos estertores grossos (bolhosos ou subcrepitantes): 
tem frequência menor (são mais graves) e maior duração 
que os finos. Sofrem nítida alteração com a tosse e com a 
posição do doente (inclusive, podem ser abolidos). Podem 
ser ouvidos em todas as regiões do tórax. Diferentemente 
dos estertores finos (que só ocorrem do meio para o final 
da inspiração), os ruídos bolhosos são audíveis durante o 
início da inspiração e durante toda a expiração. Parecem 
ter origem na abertura e fechamento de vias aéreas 
contendo secreção viscosa e espessa, bem como pelo 
afrouxamento da estrutura de suporte das paredes 
brônquicas. Os ruídos bolhosos são audíveis nas 
bronquites (quando disseminados) e nas bronquiectasias 
(quando bem localizados). 
 
 
 @yaasmin.luiza 
Sons ou ruídos anormais contínuos: são representados 
pelos roncos, sibilos e estridor e tendem a apresentar-se 
ao longo de todo ciclo respiratório. 
 
Roncos e Sibilos: os roncos são constituídos por sons 
graves, portanto, de baixa frequência. Os sibilos são 
constituídos por sons agudos, formados por ondas de alta 
frequência, semelhante a um miado suave de gato. 
Originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do 
conteúdo gasoso quando há estreitamento destes ductos, 
seja por espasmo ou edema da parede ou presença de 
secreção aderida a ela, como ocorre na asma brônquica, 
nas bronquites, nas bronquiectasias e nas obstruções 
localizadas. Aparecem na inspiração como na expiração, 
mas predominam nesta última. São fugazes, multáveis, 
surgindo e desaparecendo em curto período de tempo. A 
sibilância pode estar presente na asma, bronquiectasias, 
DPOCs e traqueobronquite aguda. 
 
Estridor: som produzido pela semi-obstrução da laringe 
ou da traqueia. 
 
Sopros: presença de sopro brando é normal na ausculta 
de certas regiões (7a vértebra cervical posteriormente, 
traqueia, região inter-escapular). Toda via, ocorre em 
certas situações patológicas, quando, por exemplo, o 
pulmão perde sua textura normal, como nas pneumonias 
bacterianas e nos pneumotórax hipertensivos. 
 
Atrito pleural: em condições normais, os dois folhetos da 
pleura deslizam um sobre o outro sem produzir som 
algum. Nos casos de pleurite, por se recobrirem de 
exsudato, passam a produzir um ruído irregular, 
descontínuo, mais intenso na inspiração, com frequência 
comparada ao ranger de couro atritado. 
 
Ausculta da voz: para completar o exame físico dos 
pulmões, auscultam-se a voz nitidamente pronunciada e 
a voz cochichada. Para isto, o paciente vai pronunciando 
as palavras “trinta e três” enquanto o examinador 
percorre o tórax com o estetoscópio, comparando regiões 
homólogas, tal como fez no exame do FTV usando a mão. 
Os sons produzidos pela voz na parede torácica 
constituem o que se chama ressonância vocal, que em 
condições normais, tanto na voz falada como na 
cochichada, constitui-se de sons incompreensíveis, isto é, 
não se distinguem as sílabas que formam as palavras. Isto 
ocorre porque o parênquima pulmonar normal não 
absorve muito componentes sonoros, mas quando está 
consolidado (pneumonias, infarto pulmonar), a 
transmissão é facilitada. Toda vez que houver 
condensação pulmonar (inflamatória, neoplásica ou 
pericavitária), há aumento da ressonância vocal ou 
broncofonia. Ao contrário, na atelectasia, no 
espessamento pleural e nos derrames, ocorre diminuição 
da broncofonia. A ressonância vocal pode estar, portanto: 
 
Normal (não audível) 
 
Diminuída 
 
Aumentada: pode constituir três variantes: (1) 
broncofonia, em que ausculta-se a voz sem nitidez; (2) 
pectorilóquia fônica, em que ausculta-se a voz 
nitidamente; (3) pectorilóquia afônica, em que ausculta-
se a voz mesmo se cochichada. 
 
Egofonia é uma forma especial de broncofonia de 
qualidade nasalada e metálica, comparada ao balido de 
cabra. 
Aparece na parte superior dos derrames pleurais.

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