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Tutelas Provisórias no Direito Processual

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INTRODUÇÃO 
 
Tutela→ reposta do judiciário (jurisdicional), visando atender a uma reposta do 
jurisdicionado. Nesse ínterim, divide-se em provisória e definitiva, a última se refere a 
sentença. 
3 tipos de tutelas: Declaratória, constitutiva (modificação da relação jurídica – divórcio) 
e condenatória. 
 
~TUTELAS PROVISÓRIAS~ 
 
1. Ondas renovatórias do direito processual: 
i. Acesso a jurisdição: movimento necessário a concessão da assistência 
judiciária àquelas pessoas que dela necessitam; 
ii. Tratamento e defesa dos direitos transindividuais: especificamente aos 
direitos difusos; 
iii. Efetividade da justiça: o qual se insere o instituto das tutelas provisória, 
afinal sem uma providência adotada pelo magistrado, mesmo em tempo 
que o processo ainda tenha que tramitar, se algumas providências não 
foram feitas de modo a assegurar o resultado prático, ao final do processo, 
aquela demanda estará fadada à inocuidade. 
 
2. Expressa na atual sistemática: É um conjunto de tutelas diferenciadas, 
atendendo circunstâncias especificas do jurisdicionado. 
 
3. Podem ser postuladas na fase de conhecimento e de execução (cumprimento 
de sentença e execução de título extrajudicial) 
 
4. Necessidade do requerimento da parte 
 
5. Espécies: de urgência e evidência. 
 
i. Urgência (art. 294): as modalidades de urgência (antecipava e cautelar) 
podem ser pleiteadas de modo antecedente ou incidental. 
 
Antecipada: tem natureza satisfativa, pois entregam/ antecipam algo (objeto ou 
prestação) que só seriam entregues no final do processo com a sentença de mérito. Ex.: 
guarda provisória. 
Cautelar: tem natureza acessória, pois visam assegura, proteger, acautelar o objeto ou 
pretensão para que não venha perecer ao longo do trâmite do processo. 
 
ii. Evidência (art. 311): modalidade de tutela provisória que só tem razão de 
ser nas hipóteses do art. 311. 
6. Panorama atual da tutela provisória: 
i. CPC atual trata de maneira mais sistemática e não formam um processo 
autônomo, não tem processo cautelar, apenas da tutela cautelar inserida 
dentro do processo de conhecimento ou de execução. 
 
ii. Todas as tutelas constituem espécies do mesmo gênero: Esse tratamento 
comum se justiça em razão de diversos pontos em comum, mesmo sendo 
diferenciadas entre satisfativas e cautelares e na urgência ou evidência. 
 
iii. CPC 1973: antes tinha procedimento cautelar autônomo, não existe mais 
atualmente. 
7. Conceito 
Espécies de tutela diferenciada, em que a cognição do juiz não é exauriente, mas sumária 
(superficial) realizada em caráter provisório, que satisfaz antecipadamente ou assegura 
uma ou mais pretensões formuladas que podem ser deferidas em situação de urgência ou 
evidência. 
8. Efetividade do processo e a tutela de provisória: Está ligada a terceira onda 
renovatória, a fim de garantir a eficácia (resultado útil) do provimento principal 
que só viria com a sentença de mérito, tem a redistribuição do ônus da demora do 
processo (que, em regra, é suportado pelo autor). 
Art. 5º, XXXV, CF - a lei não excluirá da apreciação do 
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
Princípio da inafastabilidade da jurisdição e do acesso à justiça. 
9. Classificações 
 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em 
urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar 
ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente 
ou incidental. 
 
i. Quanto a fundamentação: 
a) Urgência – art. 300, caput – requisitos perigo de prejuízo irreparável ou difícil 
reparação - satisfativa ou protetiva. 
 
b) Evidência: sempre satisfativa, apenas as hipóteses do art. 311. Não precisa 
demonstrar perigo. 
ii. Quanto a natureza: 
a) Relacionada com a urgência (demora): 
Antecipada: natureza satisfativa - antecipa os efeitos ou objeto que seriam 
concedidos definitivamente ao final com a sentença (após cognição ampla). 
 
Cautelar: natureza acessória/ assecurativa/ protetiva – medida para proteger 
e preservar o objeto ou direito da parte. 
 Ex.: demanda para discutir a posse do imóvel, mas tem medo de que a outra 
parte possa vender, nesse caso, pede a tutela para fechar a matrícula, evitando 
que o imóvel seja vendido. 
 
b) Quanto ao momento de propositura – sem processo autônomo! 
a) Antecedente: A tutela antecedente é formulada antes do pedido principal. Só 
cabem nas tutelas de urgência. 
Nesse caso, a petição é apenas sobre a tutela de urgência e os fatos narrados são só sobre 
isso. Após, o juiz abre prazo para emendar a inicial: 
 
Na cautelar – prazo de 30 dias para aditar (emendar) para a petição inicial, a parte inclui 
os outros pedidos. 
 Ex.: não tinha os documentos, foi necessário primeiro pedir para que a Prefeitura 
entregasse. Depois, abriu-se prazo para emendar a petição e colocar os pedidos. 
 
Na antecipava – prazo de 15 dias. 
 
b) Incidental: é formulado sempre após ou em conjunto com o pedido principal. 
 
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter 
incidental independe do pagamento de custas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. Características 
 
i. Tutelas provisórias e limares (liminar – início) 
Liminar é algo que acontece no início de algo, assim, embora, possa ter uma tutela 
provisória concedida liminarmente (antes do comparecimento do réu – “ab início” – antes 
de citado o réu, inalditera part) as duas expressões (liminar e tutela) não são sinônimas. 
Tutelas concedidas liminarmente: 
a) Urgência – art. 300, § 2ª 
b) Evidência – art. 311, II e III. 
ii. Sumariedade 
a) Extensão: qualquer matéria pode ser objeto de uma tutela. 
b) Profundidade: grau de certeza do magistrado é de uma cognição superficial. 
iii. Provisoriedade – art. 296, caput. 
a) Pode ser modificado ou revogada a qualquer tempo desde que haja alteração 
fática que justifique a modificação. 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na 
pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser 
revogada ou modificada. 
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a 
tutela provisória conservará a eficácia durante o 
período de suspensão do processo. 
Tutela 
provisória 
Urgência 
Evidência 
(natureza 
satisfativa) 
Antecipada 
(satisfativa) 
 
Cautelar 
(acessória) 
Hipóteses 
art. 311 
Incidental ou 
antecedente 
Incidental 
 
iv. Tutela provisória antecipada não é julgamento antecipado do mérito. 
O julgamento antecipado de mérito é apreciação definitiva do mérito, está proferindo 
uma sentença. 
A tutela provisória está apenas antecipando algo para ter o resultado útil do processo. 
v. Poder geral de cautela – art. 297, caput. 
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que 
considerar adequadas para efetivação da tutela provisória. 
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará 
as normas referentes ao cumprimento provisório da 
sentença, no que couber. 
 
a) O juiz pode conceder tutela diferente da que foi pedida – não tem adstrição, 
diante do princípio da fungibilidade. 
 
b) Pode determinar toda e qualquer providência necessária para concretização/ 
efetivação da medida. 
vi. Competência 
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da 
causa e, quando antecedente, ao juízo competente para 
conhecer do pedido principal. 
 Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação 
de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela 
provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente 
para apreciar o mérito. 
A tutela dever ser feita no juízo que é competente para o pedido principal. 
11. Cognição superficial: análise preliminar, focada em um juízo de probabilidade, 
que deve verificar a presença de verossimilhança entre os fatos alegados pelo 
autor e as provas anexados por ele. 
 
Assim, a tutela provisória sempre tem que ser substituída pelo provimento definitivo. 
12. Motivação do Juiz 
Art. 298. Nadecisão que conceder, negar, modificar 
ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu 
convencimento de modo claro e preciso. 
 
~TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA – PANORAMA GERAL~ 
 
1. Requerimento da parte: princípio dispositivo/demanda. 
 
2. Não tem previsão expressa no CPC de concessão de tutela de ofício: mas havia 
um projeto. 
Há possibilidade de concessão de tutela de urgência de ofício? 
 - Para direitos disponíveis, não é. 
 - Para interesse indisponível, é possível, excepcionalmente. 
 
3. Pode ser requerida em qualquer fase: antes do ajuizamento até depois do 
trânsito em julgado. 
 
4. Competência 
a) Regra geral – art. 299, CPC. 
Tutela formulada em caráter antecedente, esse pedido deve ser feito ao juízo que tem 
competência da causa principal. 
Tutela em caráter incidental (feito depois da inicial) esse pedido deve ser feito no juízo 
onde a causa já está tramitando. 
b) Questão de recurso: Não é necessário o recurso tenha subido, basta a interposição. 
Se já houve decisão do órgão “a quo”, o pedido da tutela deve ser encaminhado ao órgão 
“ad quem”. 
c) Juízo incompetente: casos de extrema urgência um juízo incompetente pode 
proferir a tutela e remeter o processo ao juízo competente imediatamente. Os 
efeitos da tutela serão conservados (decisão não é invalidade automaticamente) 
até que outra seja proferida pelo juízo competente, que irá validar ou não a 
decisão. 
** é mais complicado para tutela de evidência, pois, não é com base em urgência. 
Art. 64, CPC A incompetência, absoluta ou relativa, 
será alegada como questão preliminar de contestação. 
§ 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em 
qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser 
declarada de ofício. § 2º Após manifestação da parte 
contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de 
incompetência. § 3º Caso a alegação de 
incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos 
ao juízo competente. 
§ 4º Salvo decisão judicial em sentido contrário, 
conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo 
juízo incompetente até que outra seja proferida, se for 
o caso, pelo juízo competente. 
 
5. Requisitos 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando 
houver elementos que evidenciem a probabilidade 
do direito e o perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo. 
 
i. Fumaça do bom direito – fumus boni juris 
a) Elementos que evidenciem a probabilidade do direito: não da realidade. 
b) Cognição superficial: convencer de que as alegações são verossímeis, com base 
no princípio da proporcionalidade. 
Este princípio aduz e leciona que uma liminar será deferida sempre que existir a “fumaça 
do bom direito”, ou seja, um indício forte de veracidade do alegado na inicial. Não há a 
necessidade de provar a existência do direito, bastando a mera suposição de 
verossimilhança. 
 
ii. Perigo da demora – periculum in mora 
a) Perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. 
b) Cognição superficial: receio fundado de que se não for concedida o dano será 
irreparável e não certeza. 
c) Pode decorrer de ação ou omissão da parte contrária. 
Sempre que ficar configurado que o perigo da demora pode gerar algum prejuízo, deve-
se deferir liminarmente o pedido, já que a decisão se realizada de forma tardia gera algum 
prejuízo. 
iii. Não irreversibilidade 
Art. 300, § 3º- A tutela de urgência de natureza 
antecipada não será concedida quando houver perigo 
de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
a) Reversibilidade ao “Statu quo ante”: como é possível rever a tutela, é 
necessário que as partes possam voltar ao estado anterior, sempre envolto no 
princípio da proporcionalidade para analisar as consequências ou desproporções 
da medida. 
b) A irreversibilidade não é do provimento (deferimento da tutela, pois ele é 
reversível), mas dos efeitos por ela produzidos. 
 
c) Hipótese do § 1º art. 300, CPC e sua ressalva: Possível determinar ao conceder 
a tutela uma caução. Seria uma contracautela, garantia para eventuais danos. 
Art. 300, § 1 o Para a concessão da tutela de urgência, 
o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou 
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra 
parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser 
dispensada se a parte economicamente 
hipossuficiente não puder oferecê-la. 
6. Pode ser concedida liminarmente: 
Art. 300, § 2º A tutela de urgência pode ser 
concedida liminarmente ou após justificação 
prévia. 
a) Liminar: antes do réu ser citado. 
b) Audiência de justificação prévia: consiste quando o juiz está verificando a 
urgência e diante de dúvida, a fim de evitar o perecimento do direito do autor, 
concede ao autor a possibilidade de justificar (oportunidade ao autor que 
demonstre que em relação ao tutela estão todos os requisitos, afinal nem sempre 
é possível demonstrar apenas por documentos, necessário testemunhas). 
Advém do procedimento especial para as ações de reintegração de posse de força nova, 
mas é um procedimento antigo e como se trata de tutela diferente. Assim, pode ser aplicar 
as tutelas genéricas – cautelar ou antecipada. 
 
7. Responsabilidade civil do requerente: Quem pede a tutela, assume o risco. 
Art. 302. Independentemente da reparação por danos 
processual, a parte responde pelo prejuízo que a 
efetivação da tutela de urgência causar à parte 
adversa, se: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
II - Obtida liminarmente a tutela em caráter 
antecedente, não fornecer os meios necessários para a 
citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; 
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em 
qualquer hipótese legal; 
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou 
prescrição da pretensão do autor. 
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos 
autos em que a medida tiver sido concedida, sempre 
que possível. 
 
i. Responsabilidade objetiva: se a tutela ocasionar danos que devem ser 
comprovados e demonstrados em sua extensão. 
ii. Possibilidade de cumulação com dano processual: caso de litigância de má-fé 
Art. 79, CPC. Responde por perdas e danos aquele 
que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente. 
 
~TUTELA PROVISÓRIA DE EVIDÊNCIA – PANORAMA GERAL~ 
 
1. SEMPRE incidental: só poder ser feita depois do pedido inicial. 
 
2. Pode ser concedida com outros fundamentos diferentes da urgência: não 
precisa ter a fumaça do bom direito e perigo da demora. 
 
3. Ônus da demora: não há risco/ perigo a ser afastado, mas sim situações em que 
não é razoável que o autor suporte o ônus da demora. Assim, muitas vezes vai ser 
deferida para repelir atos protelatórios do réu. 
 
4. Permite que o juiz antecipe uma medida satisfativa: transferindo para o réu o 
ônus da demora. 
Lembra a tutela antecipada, mas a antecipada precisa demonstrar a urgência (fumaça e 
perigo). 
5. Rol taxativo e não cumulativo– art. 311, CPC. 
6. Natureza satisfativa: antecipa algo que seria só concedido com a sentença de 
mérito. 
7. Cognição sumária e caráter provisório: as 4 hipóteses podem ser revogadas ou 
modificadas a qualquer tempo. 
8. Sempre tem que ser substituída pelo provimento definitivo. 
9. Requisitos e hipóteses: 
i. Requerimento da parte: igual a urgência, ainda mais porque não existe 
prejuízo. 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, 
independentemente da demonstração de perigo de 
dano ou de risco ao resultado útil do processo, 
quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou 
o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas 
apenas documentalmente e houver tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou em súmula 
vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em 
prova documental adequada do contrato de depósito, 
caso em que será decretada a ordem de entrega do 
objeto custodiado, sob cominação de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com provadocumental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz 
de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o 
juiz poderá decidir liminarmente. 
ii. Inciso I – sancionar atitude abusiva + redistribuição do ônus. 
É concedido quando, durante o processo, o réu se comporta de modo a protelar o 
julgamento (depende do comportamento do réu). 
Tem caráter repressivo, visando sancionar atitude abusiva (má-fé, abuso da parte) 
iii. Inciso II – forte grau de probabilidade que o direito venha a ser reconhecido 
É a genuína evidência, assim como no inciso IV. 
ENUNCIADO 48 da 1ª Jornada de Direito Processual 
– É admissível a tutela provisória da evidência, 
prevista no art. 311, II, do CPC, também em casos de 
tese firmada em repercussão geral ou em súmulas 
dos tribunais superiores. 
± do Julgamento antecipado – Concedida a tutela, o processo continuará tramitando 
normalmente, pois pressupõe a necessidade de prosseguimento do feito. 
iv. Inciso III – pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do 
contrato de depósito. 
Quanto a depositária não quer devolver a coisa e a retenção é indevida. 
CPC 73 → previa ação de depósito como procedimento especial, cujo objetivo era a 
restituição de coisa dada em depósito, instrução com prova literal do contrato. 
Tutela de evidência com fundamento. 
O conteúdo é específico para entrega de coisa em depósito, se deferido, sob pena de 
multa. 
Pedido reipersecutório: reivindica um bem e/ou direito que a ele pertence, mas que não 
está estabelecido em seu próprio patrimônio. 
v. Inciso IV – fatos constitutivos suficientemente documentados + réu não 
oponha prova capaz de gerar dúvida. 
Critério de proporcionalidade: inverter o ônus da demora processual. 
Qual a utilidade dessa tutela? Por qual motivo o juiz não promove julgamento antecipado? 
R: Nessa hipótese a parte contrária que está pleiteando a tutela, por meio do seu 
contraditório. 
 
10. Sem previsão na tutela de evidência 
i. Risco de irreversibilidade? Na evidência não há dispositivo equivalente ao da 
urgência. Tutela de evidência funda-se = Maior grau de certeza + elevada 
probabilidade de direito. 
ii. Responsabilidade civil: não há previsão, pois o CPC do estabeleceu para a 
tutela antecipada ou cautelar (art. 302, CPC). 
Obs.: Possibilidade se houver dano comprovado da parte contrária em razão da 
efetivação da medida. 
 
11. Momento para a concessão da tutela 
i. Liminarmente: hipóteses do inciso II e II – art. 311 combinado com art.9, II, 
CPC, mas sempre de modo incidental. 
ADI 5.492 – violação do princípio do contraditório: devido ser possível ser 
concedida liminarmente. 
ii. Tutela de evidência pode ser concedida em grau de recurso e na sentença de 
primeiro grau. 
iii. Decisão que concede ou não tutela de evidência: em regra é a decisão 
interlocutória, pode ser confirmada ou revogada na sentença. 
Concedida na sentença produzirá efeito suspensivo. 
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. § 1º 
Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a 
produzir efeitos imediatamente após a sua publicação 
a sentença que: V - confirma, concede ou revoga 
tutela provisória; 
 
~TUTELAS PROVISÓRIAS: ANTECEDENTES E INCIDENTAIS~ 
 
Diz sobre o momento que é formulada a pretensão para concessão da tutela provisória. 
 
~TUTELA INCIDENTAL~ 
 
1. Conceito: Quando a tutela é protocola após a petição com os pleitos principais 
foram feitos OU mesmo junto na petição inicial, após todos os pedidos e 
documento necessário para o deslinde do feito, pedem também a tutela. 
 
Art. 308, § 1o O pedido principal pode ser formulado 
conjuntamente com o pedido de tutela cautelar. 
 
 
2. Cabimento: aplicam-se as tutelas de urgência, tanto de natureza antecipada 
(satisfativa), como de natureza cautelar (conservativa). Assim, como é a única que 
se aplica nas tutelas de evidência. 
 
3. Podem ser deferidas liminarmente: tanto a tutela de urgência, como de 
evidência (apenas nos incisos II e III do art.311, CPC) 
 
4. Se a tutela é concedida na fase de sentença é incidental. 
Verificar se a apelação tem ou não efeito suspensivo → Havendo efeito suspensivo, o juiz 
pode conceder a tutela provisória outrora pedida ou reforçá-la para a decisão ter efeitos 
enquanto a sentença ou acordão estão sem produzir os seus efeitos devido a suspensão. 
 
~TUTELA ANTECEDENTE~ 
 
1. Conceito: É a tutela realizada antes de protocolar o pedido inicial. Uma petição 
focada na formulação dos motivos/razões necessários para a concessão daquela 
tutela (medida extrema), bem como, evidencia qual é a relação da tutela de 
urgência com o pleito principal. 
Ex.: não ter os documentos necessário em vista da urgência. 
2. Aplica-se apenas na tutela de urgência (cautelares e antecipada). Não cabe 
nas de evidência! 
 
3. Necessidade do aditamento da petição ou apresentação do pedido: é 
necessário um complemento a petição, isto é, complementá-la com o objeto 
principal, afinal era focada apenas na tutela, mesmo se a tutela for indeferida. 
 
4. Competência – art. 299, CPC: tem que ser no juízo que é competente para o 
pleito principal. 
 
a) Absoluta: prejudica também o julgamento da tutela antecedente, cabe remessa 
de ofício ao juiz competente. 
 
Juiz pode conceder tutela mesmo que absolutamente incompetente → 
situações de extremíssima urgência, em que o juiz incompetente pode 
conceder a tutela, no qual os efeitos se conservaram até o juiz competente 
analisá-la, a teor do art. 64, §4, CPC. 
 
b) Relativa: cabe ao réu suscita em contestação ou no seu primeiro momento, 
caso contrário, há prorrogação de competência, assim, o juiz incompetente 
torna-se competente. 
 
i. Tutela antecipada antecedente: a contestação só é apresentada depois de 
formulado o pedido principal. Assim, só pode suscitar a incompetência 
relativa nesse momento. 
 
ii. Tutela cautelar antecedente: o réu será citado para, em 5 dias, contestar o 
pedido cautelar, momento em que a incompetência relativa deve ser feita pelo 
réu na primeira oportunidade, sob pena de prorrogação. 
 
c) Mais de um juiz competente para o pedido principal: o ajuizamento do pedido 
de tutela provisória antecedente gera prevenção daquele juízo que conheceu 
primeiro, isto é, o pedido principal deve ser feito no juízo prevento. 
 
5. Forma processo único, independente de for cautelar ou antecipado: não 
formam mais processos distintos igual o CPC/73. 
 
6. Custas devem ser pagas desde o início, com o pedido antecedente. 
 
~ PROCEDIMENTO DA TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA em caráter 
ANTECEDENTE~ 
 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea 
à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao 
requerimento da tutela antecipada e à indicação do 
pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito 
que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao 
resultado útil do processo. 
§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput 
deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a 
complementação de sua argumentação, a juntada de novos 
documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 
15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz 
fixar; 
II - o réu será citado e intimado para a audiência de 
conciliação ou de mediação na forma do art. 334; 
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação 
será contado na forma do art. 335. 
§ 2 o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso 
I do § 1 o deste artigo, o processo será extinto sem 
resolução do mérito. 
§ 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1 o deste 
artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de 
novas custas processuais. 
§ 4o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, 
o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar 
em consideração o pedidode tutela final. 
§ 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que 
pretende valer-se do benefício previsto no caput deste 
artigo. – 
É sobre a estabilidade, tem que deixar claro na petição, se quer que essa tutela seja 
estável ou não. 
§ 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão 
de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a 
emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena 
de ser indeferida e de o processo ser extinto sem 
resolução de mérito. 
 
1. Deferida: 
a) Autor → Aditamento, formular o pedido principal em 15 dias, pode ser fixado 
prazo maior, mas não menor. 
 
b) Réu → com o deferimento da tutela o réu é citado e intimado dessa decisão, 
momento em que começa fluir o prazo para o apresentar o recurso cabível 
(Agravo de instrumento). 
Só apresenta a contestação após o aditamento da inicial – art. 335, CPC. 
Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, 
no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: 
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última 
sessão de conciliação, quando qualquer parte não 
comparecer ou, comparecendo, não houver 
autocomposição 
 
2. Estabilidade da tutela – inovação, tentativa de solucionar mais rapidamente o 
conflito. Apenas para a tutela antecipada antecedente. 
Obs.: Aditado a petição tem seguimento do processo e há manutenção da eficácia 
da medida que se conserva ao longo do processo até a sentença de mérito, aplicando 
a regra do art. 296, CPC e não estabilidade, pois a tutela pode ser mudada ou revista. 
A conduta do autor e do réu interfere no processo e sobre a estabilidade da tutela, mesmo 
após de deferida a tutela. 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 
303, torna-se estável se da decisão que a conceder não 
for interposto o respectivo recurso. – Não é impugnação 
ou contestação. 
 § 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto. 
– Sem resolução de mérito. 
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o 
intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada 
estabilizada nos termos do caput. 
§ 3 o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto 
não revista, reformada ou invalidada por decisão de 
mérito proferida na ação de que trata o § 2o . 
- Exceção da coisa julgada. 
§ 4 o Qualquer das partes poderá requerer o 
desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, 
para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o 
, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida. 
§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela 
antecipada, previsto no § 2 o deste artigo, extingue-se após 
2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que 
extinguiu o processo, nos termos do § 1o . 
 § 6 o A decisão que concede a tutela não fará coisa 
julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só 
será afastada por decisão que a revir, reformar ou 
invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das 
partes, nos termos do § 2 o deste artigo. 
 
a) Requisitos da estabilização 
petição da tutela antecipada antecedente, nos termos do art. 303, com pedido escrito e 
expresso do benefício do art. 303, §5, §4 + sem recurso (art. 304, caput) - sem 
impugnação do réu ao pedido inicial + autor não pode aditar a petição (do contrário, 
segue a regra do art. 296, CPC). 
 
- Obs.: inércia de ambas as partes. 
**Super obs.: Logo, é interessante o juiz colocar prazo maior no aditamento do que 15d, 
pois o prazo de aditamento e de apresentação do recurso cabível corre 
concomitantemente, assim, como prazo maior é possível que autor verifique se foi 
interposto recurso ou não. 
i. Interposto recurso: nesse caso, o autor deve aditar, pois não terá possível 
a estabilização da tutela. 
STJ: Apenas com a interposição de agravo de 
instrumento é possível impedir a estabilização de tutela 
provisória. Ao julgar o REsp nº 1.797.365-RS, em 
03/10/2019, a 1ª Turma do STJ. – O recurso seria o agravo 
de instrumento mesmo, mas não tem precedente judicial. 
 Não tem o pode por si só suspender o processo principal, a 
não ser que o desembargador relator conceda, desde que 
haja pedido da parte, a suspensão do pedido principal. 
 
ii. Não interposto: o autor não deve aditar. 
 
3. Autor não aditou, o processo será extinto sem resolução de mérito (art. 303, 
§ 1ª), hipóteses: 
 
a) Sem aditamento e sem recurso: a tutela antecipada se torna estável – combinação 
do art. 304 com o art. 303, §5ª, CPC. 
 
b) Interposição de recurso, mas sem aditamento: o processo será extinto, inclusive a 
medida de urgência e prejudicado será o recurso e a tutela, pois o mérito foi 
extinto. 
 
4. Alteração da estabilização da tutela – art. 304, §2, CPC - apenas por meio de 
decisão de mérito proferida em outra demanda, para desconstituir aquela 
tutela. 
 
a) Prazo decadência: 2 anos a partir da ciência de extinção do processo e do trânsito 
em julgado, para entrar com outra demanda. 
Ex.: réu entrar com recurso, pois não foi devidamente citado. Nesse caso, o prazo conta 
do trânsito em julgado. 
b) Conversão em decisão definitiva: passados os 2 anos. 
 
5. Caso de litisconsorte: 
a) Unitário: o agravo de instrumento de um aproveita os demais. 
b) Simples: sentença é independente, o A.I é independente em relação aos demais. 
 
6. Estabilidade da tutela contra fazenda pública: é possível, de acordo com 
analogia à: 
Sumula 339, STJ: É cabível ação monitória contra a 
Fazenda Pública. 
7. Pode ser concedida liminarmente – art. 300,§2ª 
~ PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR REQUERIDA em caráter 
ANTECEDENTE~ 
 
1. Procedimento: 
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de 
tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu 
fundamento, a exposição sumária do direito que se 
objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo. 
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere 
o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto 
no art. 303. – Princípio da fungibilidade, cabe 
inversamente. 
 
2. Pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia– art. 300,§2ª 
3. Diferença entre a tutela cautelar e antecipada antecedente: 
 
i. Cautelar não tem a possibilidade de estabilização : envolve a 
perseguição da sentença de mérito, mas para que o resultado do processo seja 
útil, pede-se a sempre a conservação do objeto. 
 
ii. Resposta do réu: Prazo para o réu impugnar o pedido da tutela 
cautelar é de 5 dias, enquanto na antecipada é do prazo do recurso 
cabível: quanto a contestação do pedido principal é igual – 15 dias da 
audiência de conciliação mediação (art. 334, art. 308) 
 
** Se for pedido principal cumulado com a tutela (art. 308, §1ª), o réu oferece 
contestação apenas em relação ao pedido da tutela, pois é somente 5 dias. 
 
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) 
dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende 
produzir. – Refere-se impugnar apenas o pedido de tutela 
cautelar. 
 
- Não contestado: considera-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor e 
fim do processo. 
- Contestado: seguimento como procedimento comum. 
 
Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados 
pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como 
ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) 
dias. 
Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, 
observar-se-á o procedimento comum. 
** Falha: é necessário o aditamento do autor em 30 dias, mesmo se o autor não contestar. 
-Prazo em dobro: MP e pessoa jurídica de direito público. 
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro 
para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua 
intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o 
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de 
direito público gozarãode prazo em dobro para todas as 
suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a 
partir da intimação pessoal. 
a) Prazo de 30 dias para aditar o pedido de medida cautelar ou formular o pedido 
principal, começa a contar a partir da efetivação da tutela e não da sentença que o 
juiz concedeu o pedido. 
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal 
terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) 
dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em 
que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo 
do adiantamento de novas custas processuais. 
§ 1o O pedido principal pode ser formulado 
conjuntamente com o pedido de tutela cautelar. 
§ 2o A causa de pedir poderá ser aditada no momento 
de formulação do pedido principal. 
§ 3 o Apresentado o pedido principal, as partes serão 
intimadas para a audiência de conciliação ou de 
mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou 
pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu 
§ 4o Não havendo autocomposição, o prazo para 
contestação será contado na forma do art. 335. 
 
4. Custas: As custas já foram antecipadas, então no aditamento não é necessário 
pagá-las de novo, salvo se com o pedido principal aumentar, caso que terá que 
complementá-las. 
5. A eficácia da tutela cautelar sempre será provisória (art. 296 c/c 309). 
 
a) Fim da eficácia da tutela 
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter 
antecedente, se: 
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal; 
II - Não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias; 
- Às vezes não depende só de atos do autor, mas do Ofício de justiça, força judicial, força 
do BACENJUD. 
Contudo, nesse inciso, os empecilhos são provocados pelo autor, ex., a pessoa, se não for 
beneficiária da justiça gratuita, se ela não pagar as custas, o oficial de justiça não irá agir 
ou não tem BACENJUD. 
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal 
formulado pelo autor ou extinguir o processo sem 
resolução de mérito. 
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia 
da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, 
salvo sob novo fundamento. 
 
6. Indeferimento da tutela e o pedido principal: 
 
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a 
que a parte formule o pedido principal, nem influi no 
julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for 
o reconhecimento de decadência ou de prescrição. 
*obs.: também não influencia da tutela antecipada, quando feita antecedentemente. 
1. Tutelas inominadas e nominadas 
 
a) Inominadas: tutelas em gerais que não tem um motivo específico para formulação. 
b) Nominadas – art. 301 
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar 
pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, 
arrolamento de bens, registro de protesto contra 
alienação de bem e qualquer outra medida idônea 
para asseguração do direito. 
 
i. Arresto: tem como objetivo preservar bens do devedor como garantia de 
futura penhora quando há ameaça de dilapidação do patrimônio, tornando o 
réu insolvente. 
Não se confunde com arresto cautelar – art. 830 – que se trata dos incidentes de execução. 
Ex.: autor entra com uma ação de conhecimento e percebe que o réu está desafazendo de 
seus bens para quando chegar ao cumprimento de sentença ele esteja insolvente. 
ii. Sequestro: bloqueio de bens determinados e específicos, discutidos em 
processo judicial, que correm o risco de perecer ou de danificar. 
Ex.: discussão a titularidade de obras de arte ou bens infungíveis (não é possível 
substituir), relíquia de família. 
 
iii. Arrolamento: promover a enumeração de bens que o autor ainda não 
conhece. Tem como objetivo permitir ao interessado conhecer quanto e quais 
são -sempre objetiva uma universalidade: um patrimônio, uma herança. 
 
 
iv. Registro de protesto contra alienação de bens: pleiteia, no começo da 
demanda, um cautelar para realizar o protesto na matrícula de determinado 
imóvel ou ao DETRAN etc. 
Objetiva o conhecimento “erga omines”, evitar que a parte se torne insolvente, bem 
como, se terceiro adquirir o objeto sob protesto corre o risco de perdê-lo se a demanda 
for procedente.