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1620214880420_PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA

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CURSO DE PEDAGOGIA
PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – SUPERVISÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO
EDUCACIONAL
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
GESTÃO DEMOCRÁTICA NA COMUNIDADE ESCOLAR
Jaqueline Pereira da Silva
RA 1948138
BAURU
2021
TEMA:Por uma escola democrática e eficaz
Situação Problema:
Participar da gestão democrática significa gerir a vida
coletivamente, e cabe a quem participa decidir o que importa
ser discutido, o que precisa ser objeto de regras e quais são
elas. Assim, participar não se resume a votar simplesmente,
envolve compromisso e decisão, trata-se de aprender a
participar. A intervenção mediadora dos educadores é
essencial para que todos aprendam a ouvir, falar, respeitar
opiniões, argumentar, rever suas posições, negociar. Além disso,
a própria metodologia educacional pode proporcionar situações
de aprendizagem que envolvam o protagonismo dos alunos e o
trabalho colaborativo e que propiciem o desenvolvimento de
atitudes e competências fundamentais para a participação
democrática.
JUSTIFICATIVA: O Contexto atual da educação bate sobre uma
escola preparada para proporcionar um ensino de qualidade,
respeitando a heterogeneidade e individualidade da comunidade
escolar. Uma escola que proporcione educação de qualidade
para todos, visto que todo ser humano, tem a capacidade de
aprender de acordo com seus interesses e seu ritmo. Nesse
sentido os gestores sabem que é necessário criar espaços de
diálogos e dedicar tempo às pessoas para qu e os projetos e as
questões do cotidiano da escola sejam cuidados por todos. A
Democracia não é apenas um sistema político ou uma forma
de organização do Estado. Uma sociedade democrática não é,
somente, aquela, na qual os governantes são eleitos pelo voto.
A democracia pressupõe uma possibilidade de participação do
conjunto dos membros da sociedade em todos os processos
que dizem respeito à vida cotidiana, ou seja, em casa, na
escola, no bairro, etc... Tendo em vista que o professor atua
como um facilitador da aprendizagem e a supervisão escolar
como mediador das relações e do bom desenvolvimento da
escola , é necessário proporcionar situações que possibilitem a
criança a explorar a sua autonomia os espaços físicos da
escola, sejam eles dentro ou fora da sala de aula interagindo
uns com os outros. Sendo assim esse projeto visa qualificar
o corpo docente, motivando a equipe e capacitando-a para
uma gestão democrática, assumindo seu papel educativo na
formação de um cidadão que sabe fazer, agir, ser e conviver
num mundo em constante transformação, desenvolvendo
estratégias associadas ao ato d e, promover a organização d o
espaço físico tornando este em um ambiente agradável e
atrativo com diversas propostas a fim de despertar o interesse
d as crianças para o desenvolvimento e comprometimento com
a escola , intervindo pedagogicamente nas ações de cuidado e
educação dos alunos.
Embasamento Teórico: A gestão democrática propõe uma
educação com relevante valor social, pois será a partir de
uma ação coletiva que as mudanças poderão acontecer
Para Bordignon (2005), gestão é o diálogo, como forma
superior de encontro das pessoas e solução dos conflitos.
Sua raiz etimológica possui uma dimensão diferente daquela
que nos é dada com a expressão de um comando frio, de uma
ordem autoritária ou de uma iniciativa tecnocrática. Portanto,
para uma educação democrática e eficaz emancipadora, cidadã,
é necessário que as comunidades escolar e local participem
efetivamente nos conselhos, com autonomia, para exercer seu
poder cidadão n a gestão das instituições públicas de educação.
O autor defende a ideia de que a gestão democrática dos
sistemas de ensino e das escolas públicas é hoje um dos
fundamentos da qualidade de educação, como exercício efetivo
da cidadania. Para ele, democracia e cidadania s e
fundamentam na autonomia, que é um dos maiores desafios
dos educadores. Ao abordar o tema em questão, Veiga (2004)
destaca que é necessário repensar a estrutura de poder da
escola, permitindo a prática da participação coletiva, que
evidencia a reciprocidade, a solidariedade e a autonomia,
anulando a dependência de órgãos intermediários que elaboram
políticas educacionais das quais a escola é mera executora.
Compreendendo então gestão democrática e sabendo que o
professor atua como um agente mediador das situações de
aprendizagem, este deve constantemente buscar
aperfeiçoamento em seus conhecimentos a fim d e proporcionar
estratégias de ensino, melhorando seu desempenho como
docente, e o processo de aprendizagem de seus educandos.
Para tanto é importante o papel do Orientador Pedagógico e
Supervisor em assistir ao grupo auxiliando-o na busca de
informações e materiais que venham complementar a formação
continuada da equipe docente. O papel da Supervisão escolar
como coordenação pedagógica na escola, ganha novas
dimensões, como afirma Ferreira (2003, p.179 ) “passando de
controlador e direcionador para estimulador do trabalho
docente”. Assim compreendida a Supervisão torna-se clara as
mudanças de paradigmas, quando antes normativo,
prescritivas, para tornar-se uma ação crítica reflexiva junto ao
professor.
Público-alvo: Corpo docente e comunidade Escolar.
OBJETIVO GERAL:
Melhorar o desempenho do corpo docente através de
informações que venham agora maiores conhecimentos
relacionados à prática e organização da participação coletiva da
comunidade escolar , bem como assistir ao grupo promovendo
interação entre a equipe e atribuindo para autonomia e
desenvolvimento da escola.
Objetivos específicos:
•Promover e coordenar reuniões com o propósito de aperfeiçoar o trabalho da
equipe.
•Fortalecer a autonomia do grupo. •Criar estratégias de organização dos espaços
físicos.
•Contribuir na formação continuada dos profissionais.
• Criação e consolidação de mecanismos e espaços de reuniões e tomadas
de decisões, com liberdade de palavra e voto para todos, com respeito a
divergências, com estímulo à criatividade e com destaque a participação das
famílias. •Acompanhar o processo de desenvolvimento dos alunos a partir das
diversas situações proporcionadas pela equipe docente em relação a sua
autonomia, bem como a interação entre eles. •Acompanhar o corpo docente
quanto à sua prática por meio das propostas de intervenção.
Percurso Metodológico:
•PRIMEIRA SEMANA:
O primeiro encontro ocorrerá na sala de reuniões com toda equipe escolar a
qual será preparada de maneira harmoniosa para receber o corpo docente ,
serão distribuídos blocos de anotações, canetas e pequenas caixas com
espelhos dentro para todos, assim poderão fazer as respectivas anotações a
respeito do assunto a ser discutido e logo participar de uma dinâmica em
grupo. Neste primeiro momento será apresentada a situação problema para
a equipe, através de um vídeo feito anteriormente, este será transmitido
através do equipamento de data show, o qual mostra a diferença, os
benefícios e a importância de ter uma Escola democrática, bem como toda a
realidade do cotidiano escolar. A partir daí abre -se um diálogo com a equipe
em uma roda de conversa para debater o assunto.
6 Logo após o grupo será convidado para a dinâmica do espelho: Hora
da brincadeira 1. Com os professores reunidos em círculo, será distribuído as
caixas, porém é necessário que mantenham as embalagens fechadas ainda.
O Coordenador ou supervisor deve conduzir a brincadeira e todos devem
seguir suas ordens. Depois que todos receberem suas caixas,o condutor
deve estimular a curiosidade do grupo, dizendo que que ali dentro da caixa
tem a imagem de uma pessoa essencial e muito valiosa para todos naquele
grupo. Em seguida serão chamadas algumas pessoas individualmente, à frente,
para abrir sua caixa e sem revelar o que há dentro dela ainda, perguntar a
cada educador sobre em terceira pessoa das principais qualidades, talentos,
propósito de vida que foi refletida no espelho. Todos ficarão surpresos ao tentar
adivinhar de quem a pessoa está falando e ao abrir sua própria caixa, terão
também a oportunidade de refletir sobre suas próprias competências,
habilidades e sonhos. Isso ajudará os docentes a refletir sobre seus
diferenciais, atributos e sua missão de vida, essa dinâmica estimula seu
processo de autoconhecimento e autocrítica. SEGUNDA SEMANA: O
segundo encontro se dará da seguinte forma: Na sala de reuniões será
apresentada à equipe uma palestra motivadora com o título: A Importância
da gestão democrática para as escolas, onde serão abordados assuntos que
vem ao encontro dos objetivos estabelecidos para este projeto. Trazendo uma
visão ampla e incentivadora para os docentes, fortalecendo assim o diálogo e
a troca de experiência entre os mesmos. Em seguida utilizando do recurso
de data show será apresentado o vídeo: LDB – Gestão Democrática e
Autonomia Pedagógica 2 https://www.youtube.com/watch?v=Zn hRS knp-c .
TERCEIRA SEMANA: O terceiro encontro acontecerá na
sala de reuniões dos professores, onde será formada uma
comissão organizadora que se dará da seguinte forma: A equipe
será dividida em grupos que terão a responsabilidade de analisar
a supervisão escolar em seu verdadeiro papel , abordando os
aspectos históricos e sua trajetória ao longo dos tempos. A partir
das informações recebidas através das palestras e vídeos, cada
grupo terá a oportunidade de traçar conjuntamente estratégias
associadas que estimulem a criatividade e a formação do espírito
crítico dos professores, ampliando a visão democrática e participativa
de todos que ali se encontram. QUARTA SEMANA: No quarto e
último encontro a equipe do corpo docente será encaminhada para
o espaço do pátio onde serão convidados a participarem de uma
dinâmica: (Dinâmica do barco). Serão necessárias apenas folhas
de papel brancas, e um cronômetro. Para iniciar o exercício, as
pessoas devem ser divididas em três grupos. Cada grupo deve
receber 10 folhas e o objetivo é fazer um barquinho do tamanho
de acordo com as informações que irão receber. Ao todo serão 10
minutos de dinâmica e a todo momento os grupos devem ser
monitorados por supervisores que avaliarão se eles estão ou não
seguindo as regras. Nos primeiros 3 minutos o grupo não poderá
se comunicar verbalmente, de forma nenhuma, deverá usar apenas
mímica e sua criatividade para entender e decidir como ou quem irá
fazer o barco. Nos próximos 3 minutos seguintes, apenas o líder
do grupo poderá falar e instruir sua equipe sobre como construir a
embarcação de papel, todos deverão ficar atentos aos seus
direcionamentos. Nos quatro últimos minutos, todos estão liberados
finalmente para se comunicar e precisam aproveitar o tempo para
alinhar os últimos detalhes e entregar a tarefa corretamente. Ao
final da dinâmica, os instrutores apresentaram seus relatórios sobre
os grupos e chamaram os líderes para apresentarem os seus projetos.
Este é o momento de decidir quem venceu a competição, entretanto,
mais importante até do que isso, o de ouvir sobre as dificuldades
enfrentadas e superadas, as estratégias e como o trabalho em
equipe foi importante. O ponto alto da dinâmica é a importância
da comunicação assertiva e da colaboração de todos para que as
metas e os objetivos do grupo sejam alcançados. Após isso será
oferecido um café colonial para todos da equipe escolar.
Recursos:
•Sala de reuniões.
•Aparelho de celular para gravação de vídeo.
•Equipamento de data show. Notebook.
•Caderno para registros.
•Bloco de anotações.
•Canetas.
•Folhas de ofício.
• Cartolinas.
• Papel pardo.
•Canetas hidro cor.
•Caixas de papelão.
• Cola e tesoura.
• Pequenos espelhos
● Cronograma:
Produto Final / Avaliação:
A avaliação será constante, após cada encontro realizado, serão
feitos os registros dos diálogos efetivados com a equipe docente
com relação às ideias, dúvidas e propostas discutidas , refletindo
em todo o trabalho que foi realizado, e a partir daí observar as
mudanças obtidas na vida escolar dos educandos, bem como em
todo o processo de desenvolvimento e aprendizagem dos mesmos,
comparando o desenvolvimento apresentado durante o projeto e os
resultados obtidos, identificando os pontos que requerem
9 ajustes, adaptações, pontos positivos e negativos, se esse
projeto agregou no ambiente escolar atingido os objetivos traçados no
início do mesmo. O produto final deste projeto se dará da
seguinte forma: Primeiramente ao iniciar o projeto pensou-se na
ideia de realizar um vídeo mostrando parte da situação problema
que desencadeou tal proposta. O vídeo foi realizado no âmbito
escolar mostrando a realidade do cotidiano, e os desafios atuais
da supervisão escolar. Também foram mostrados os avanços e as
transformações educacionais assim como novas descobertas
tecnológicas que se constitui em um agente de mudanças no
processo da formação de professores no contexto educacional
contribuindo para uma escola democrática. Portanto uma escola eficaz
e com democracia visa estabelecer uma dinâmica constante de
ação e reflexão em reciprocidade, para assim ter uma apropriação
crítica da prática e da teoria fazendo-as avançar, tendo
compreensão da realidade, clareza dos objetivos promovendo a
melhoria no processo ensino aprendizagem no resgate de valores
do desempenho do professor e toda escola.
REFERÊNCIAS:
ALBUQUERQUE, Cláudia Coelho Bomtempo. Preparados para a atuação
docente? Compreensão dos futuros educadores sobre ludicidade. 1ª Edição.
Curitiba: Appris, 2016.
ALVES, Eva Maria Siqueira. A Ludicidade e o ensino da Matemática: Uma prática
possível. 4ª Edição. Campinas: Papirus, 2007.
ANDRADE, Lucimary Bernabé Pedrosa de. Educação Infantil: Discurso, legislação
e práticas institucionais. São Paulo: Cultura, 2010.
BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Por amor e por força: Rotinas na educação
infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008.
CAMAGO, Daiana et al. Educar a criança do século XXI: Outro olhar, novas
possibilidades. Curitiba: InterSaberes, 2015.
CRAIDY, Carmem et al. Educação Infantil: Pra que te quero? Porto Alegre: Artmed,
2007.
COSTA, Marta Morais da. Literatura, Leitura e Aprendizagem. 2ª Edição. Curitiba:
IESDE, 2009.
FRANÇA, Sirlene Carvalho Rocha. Educação Lúdica. Irecê: Editora Itacaiúnas,
2016.
JESUS, Ana Cristina Alves de. Como aplicar jogos e brincadeiras na Educação
Infantil. Rio de Janeiro: Brasport, 2010.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Pioneira,
1994.
KRAMER, Sonia et al. Infância e Educação Infantil. 6ª Edição. Campinas: Papirus,
1999.
LORENZATO, Sérgio. Educação Infantil e percepção matemática. 1ª Edição.
Campinas: Autores Associados, 2017.
LOUZADA, Virgínia. A educação infantil no contexto das avaliações externas em
larga escala. 1ª Edição. Curitiba: Appris, 2017.
MIRANDA, Simão de. Oficina da ludicidade na escola. Campinas: Papirus, 2016.
Curitiba: InterSaberes, 2015.
OLIVEIRA, Rosiane Cristina Muniz de. Coordenação pedagógica na Educação
Infantil. 1ª Edição. Curitiba: Appris, 2015.
OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil: Fundamentos e
métodos. São Paulo: Cortez, 2013.
OSTETTO, Luciana E. et al. Educação Infantil: Saberes, fazeres e formação de
professores. Campinas: Papirus, 2008.

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