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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR-PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - SP Processo nº … TELEFONIA CELULAR S/A, já qualificada nos autos, por seu advogado e procurador, que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 105, II, “b”, da Constituição Federal c/c o art. 1027, II, “a”, do Código de Processo Civil, interpor: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA contra acórdão denegatório às fls. …, proferido pelo juízo a quo , no julgamento do Mandado de Segurança Preventivo. Requer a intimação do recorrido para, querendo, apresentar contrarrazões, nos termos do art. 1.028, § 2º, c/c o art. 183, caput, ambos do Código de Processo Civil. Ademais, requer que o recurso seja remetido ao STJ, independente de juízo de admissibilidade, conforme art. 1.028, § 3º, do Código de Processo Civil. Termos em que, pede deferimento. Local .../ Data … Advogado (a) … / OAB/UF nº … RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO Origem: Tribunal Regional de Justiça do Estado de São Paulo - SP Processo nº: ... Recorrente: Telefonia Celular S/A Recorrido: ... Egrégio Tribunal! Colenda Turma! Nobres julgadores! I. DO CABIMENTO Nos termos do art. 105, II, “b”, da Constituição Federal, é cabível ao STJ julgar, em Recurso Ordinário, os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais dos Estados, quando denegatória a decisão. II. DA TEMPESTIVIDADE Sabe-se que conforme art. 1.003, caput, § 5º, do Código de Processo Civil, o recurso é tempestivo tendo em vista sua interposição no prazo de 15 dias úteis. III. DOS FATOS A Telefonia Celular S/A, sediada na Capital do Estado de São Paulo, onde opera serviços de telefonia móvel, impetrou Mandado de Segurança preventivo, perante o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, visando a não ser constrangida ao pagamento de ICMS sobre o valor cobrado de seus assinantes a título de habilitação do aparelho móvel celular, baseando-se no Convênio ICMS no 69/98, que dispõe a esse respeito. O acórdão recentemente proferido pelo Tribunal denegou a ordem, alegando que o legislador ordinário pode definir prestação de serviços de comunicação, para efeitos tributários, e o Secretário de Estado da Fazenda, executor da política tributária e financeira do Estado, pode determinar a imposição tributária em relação ao fato gerador estabelecido no Convênio ICMS no 69/98. Além disso a definição de serviços de telecomunicações (art. 60, Lei no 9.472/97) não impede a compreensão da habilitação como uma de suas modalidades, se o respectivo serviço é justamente o conjunto de atividades que possibilitam a respectiva oferta. Ademais, não há razão para não se dar à habilitação o tratamento tributário dos serviços de comunicação a ela relacionados. Desse modo, não restou outra alternativa a não ser a interposição deste recurso, para que não ocorra a incidência do ICMS sobre a taxa de habilitação dos aparelhos móveis celulares. III. DAS RAZÕES RECURSAIS Sabe-se que a habilitação de celular não é fato gerador de ICMS, haja vista que os serviços de comunicação só enquadram-se em fato gerador quando um terceiro, mediante prestação de serviço onerosa, mantém interlocutores em contato ou se a atividade preliminar ao serviço de comunicação ocorrer por telefone móvel, ou seja, sem que ocorra o serviço de comunicação em si, segundo a súmula 350 do STJ. Além disso, nota-se que houve decadência, nos termos do art. 173, I, do Código Tributário Nacional. Ressalta-se que houve a condenação de honoráios de sucumbencia, todavia, não pe devida, tendo em vista a aplicação do art. 25, da Lei 12.016/09. IV. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer, a Vossa Excelência: 1. A reforma da decisão; 2. Que o relator no STJ dê provimento ao recurso, tendo em vista a contradição ao Súmula do STJ e art. 932, V, “a”, do Código de Processo Civil; 3. A condenação do recorrido ao ressarcimento das custas processuais, haja vista a cobrança indevida, nos termos do art. 25, da Lei 12.016/09. Nestes termos, pede deferimento. Local .../Data … Advogado (a) … / OAB/UF n° ...