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PI 4 - História e Geografia-Parcial (1)

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
ANA CAROLINA GUEDES FERNANDES DE SOUSA 
LARISSA TEODORA FRANÇA EBRAM 
LILIAN DE OLIVEIRA RAMALHO 
VANESSA GOMES DA SILVA 
 
 
Imersão histórico-cultural: 
Conhecendo a evolução da Cidade através da Perspectiva do 
Parque Vicentina Aranha 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jacareí 
2020 
 
Vídeo do Projeto Integrador: 
< > 
 
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
Imersão histórico-cultural: 
Conhecendo a evolução da Cidade através da Perspectiva do 
Parque Vicentina Aranha 
 
 
 
Relatório Técnico - Científico apresentado 
na disciplina Projeto Integrador para o 
curso de Licenciatura em Pedagogia da 
Fundação Universidade Virtual de São 
Paulo (Univesp). 
Tutor: Celso Bortolini Junior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jacareí 
2020 
 
 
EBRAM, Larissa Teodora França; RAMALHO, Lilian de Oliveira; SILVA, 
Vanessa Gomes da; SOUSA, Ana Carolina Guedes Fernandes de. 
Conhecendo a evolução da Cidade através da Perspectiva do Parque Vicentina 
Aranha. 45 Folhas. Relatório Técnico-Científico (Pedagogia) – Universidade 
Virtual do Estado de São Paulo. Mediador: Celso Bortolini Junior. Polo Jacareí, 
2020. 
 
RESUMO 
 
Foi realizada uma pesquisa virtual através de documentos oficiais e com 
professores especialistas sobre as propostas de ensino da cidade de São José 
dos Campos. Após um grande levantamento de informações relevantes a 
respeito das dificuldades enfrentadas pelos alunos sobre a história de sua 
cidade, um grupo de alunas da Universidade Virtual do Estado de São Paulo 
mobilizou-se na busca de alternativas que os auxiliassem, utilizando recursos 
visuais e tecnológicos. Movidas pela curiosidade, buscaram diferentes 
caminhos que conduzam os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental em uma 
imersão na história de sua cidade através do Parque Vicentina Aranha, ao 
entendimento dos processos históricos que lhe trouxeram o desenvolvimento 
local, através de um recurso visual que promova interação e aprendizagem. 
Portanto, foi elaborada uma proposta pedagógica através de uma vídeo-aula 
que proporcione a imersão em um contexto geo-histórico desde a fundação do 
então Sanatório Vicentina Aranha na cidade, passando pelos principais 
momentos históricos e respectivas mudanças e avanços ocorridos, até os dias 
atuais. 
 
Palavras-Chave: Parque. Histórico. Desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
EBRAM, Larissa Teodora França; RAMALHO, Lilian de Oliveira; SILVA, 
Vanessa Gomes da; SOUSA, Ana Carolina Guedes Fernandes de. 
Conhecendo a evolução da Cidade através da Perspectiva do Parque 
Vicentina Aranha. 45 Folhas. Relatório Técnico-Científico (Pedagogia) – 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Mediador: Celso Bortolini Junior. 
Polo Jacareí, 2020. 
 
ABSTRATC 
 
A virtual search was carried out through official documents and with specialist 
teachers on the teaching proposals of the city of São José dos Campos. After a 
large survey of relevant information regarding the difficulties faced by students 
on the history of their city, a group of students from the Virtual University of the 
State of São Paulo mobilized themselves in the search for alternatives that 
would help them, using visual and technological resources. Driven by curiosity, 
they sought different paths that would lead students in the 5th year of 
elementary school to immerse themselves in the history of their city through 
Park Vicentina Aranha, to understand the historical processes that brought 
them local development, through a visual resource that promotes interaction 
and learning. Therefore, a pedagogical proposal was elaborated through a 
video class that provides immersion in a geo-historical context since the 
foundation of the then Sanatorium Vicentina Aranha in the city, going through 
the main historical moments and the respective changes and advances that 
have taken place, up to the present day. 
 
Keywords: Park. Historic. Development.
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO 1 
2. DESENVOLVIMENTO 1 
2.1. PROBLEMA E OBJETIVOS 1 
2.1.2. Objetivo Geral 2 
2.1.3. Objetivos Específicos 2 
2.3. Fundamentação teórica 3 
2.3.1. A Visão Socioconstrutivista no Ensino Fundamental 5 
2.3.2. Desenvolvimento intelectual e processos cognitivos da 
aprendizagem 5 
2.3.3. O ensino na área de Ciências Humanas 6 
2.3.4. O ensino de Geografia no Ensino Fundamental 8 
2.3.5. O que é História? 9 
2.3.6. A História na Escola 11 
2.3.7. O estudo de História no Ensino Fundamental 13 
2.3.8 Tecnologia da Informação e Comunicação 15 
2.3.9 Aplicação das disciplinas estudadas 17 
2.4. Metodologia 17 
3. RESULTADOS 18 
3.1. Protótipo inicial 18 
4. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS 21 
REFERÊNCIAS 21 
ANEXOS 23 
Anexo A 23 
Anexo B 24 
Anexo C 25 
APÊNDICES 29 
Apêndice A 29 
Apêndice B 30 
Apêndice C 31 
Apêndice D 33 
 
 
1 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
A pesquisa do Projeto Integrador realizada pelas estudantes da 
Universidade Univesp tem foco no Plano de Ensino para o 5º ano do Ensino 
Fundamental do ano vigente 2020, nas áreas do conhecimento de História e 
Geografia, da Prefeitura de São José dos Campos. Este documento faz parte 
do Projeto Pedagógico de uma unidade escolar da cidade, fundamentado pela 
Base Nacional Comum Curricular. 
Tendo em vista a contemplação das Unidades Temáticas, Habilidades e 
Objetos de Conhecimento propostos nesses documentos, foi observada a 
importância de uma imersão cultural nas diversas fases por que a cidade 
passou, desde sua fundação, que a fizeram passar de cidade agrária à 
estância sanatorial, desenvolvendo-se depois para polo tecnológico e capital do 
Vale do Paraíba. 
Nesse contexto ocorreram grandes mudanças geográficas na estrutura, 
expansão e ocupação do território do município, além da grande migração de 
pessoas em busca de tratamento de saúde, melhores condições de vida e 
emprego. Este trabalho apresenta um estudo sobre algumas mudanças que 
levaram ao desenvolvimento desta cidade, de forma a despertar o interesse e 
curiosidade dos alunos para atividades que envolvam a interação política, 
cultural e social. 
O estudo da população local possibilita uma abordagem interdisciplinar e 
que permeia diversas áreas do conhecimento. Estudando a geografia 
populacional, é possível identificar e analisar alguns fenômenos e compreender 
como eles afetam as relações da sociedade em sua complexidade, nos 
diversos grupos populacionais. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1. PROBLEMA E OBJETIVOS 
Durante a pesquisa realizada com alguns professores na cidade de São 
José dos Campos, destacaram-se alguns pontos importantes no processo de 
formação de jovens cidadãos. A preocupação com a história da cidade é bem 
evidente nos currículos escolares, principalmente em escolas da rede 
2 
 
 
municipal, porém, há certa dificuldade dos alunos conseguirem visualizar de 
maneira lúdica como era a cidade em meados do século XIX e início do século 
XX. Nas atividades propostas pelos professores no dia a dia, essas crianças 
acabam por não obter êxito nos objetivos propostos, pois não desenvolvem de 
maneira satisfatória a capacidade de atenção, o raciocínio abstrato e a 
criatividade. 
Com essa problemática em mente surgiram algumas perguntas: Como 
desenvolver uma aula lúdica para essa faixa etária com a temática do 
desenvolvimento da cidade? Que métodos podem ser utilizados no 
desenvolvimento dessas atividades que despertem o interesse e estimulem a 
participação integral dos alunos? Como aplicar as áreas de conhecimento que 
estão previstas na BNCC, contemplando a formação integral dessas crianças? 
2.1.2. Objetivo Geral 
Desenvolver a capacidade dos estudantes de registrar a história da 
cidade da qual vivem em outra perspectiva, ou seja, considerando outras 
culturas, tradições, memórias. Para auxiliar nesse processo será utilizada a 
Fase Sanatorial que marcou a cidade, com foco no ParqueVicentina Aranha, 
durante o século XX. 
2.1.3. Objetivos Específicos 
● Analisar os dados coletados através de pesquisas com professores do 
5º ano. 
● Realizar uma sequência didática através do plano de ensino construído 
para o 1º semestre. 
● Construir uma aula em vídeo. 
● Documentar os resultados. 
 
2.2. Justificativa 
O ensino de Geografia e História enfrenta o desafio de desenvolver 
atividades que resultem em aprendizagem significativa, onde grande parte dos 
alunos apresenta dificuldades durante toda a escolarização pela falta de 
interesse nessas disciplinas, pois por muitas vezes não se veem representados 
nos conteúdos abordados nas aulas. O contexto atual da educação é bastante 
complexo e exige um ensino mais didático e focado na prática interdisciplinar 
3 
 
 
com conhecimentos integrados, no ensino como uma prática social dinâmica e 
subjetiva, no tempo e espaço como um produto social e histórico. 
Partindo do lugar do aluno, o estudo geográfico propicia o pensamento 
crítico com autonomia, ao compreender as relações estabelecidas entre o 
homem e o seu meio. Segundo o socioconstrutivismo, o aluno é sujeito ativo 
em seu processo de aquisição do conhecimento e compreende a realidade 
através de sua historicidade. O tempo é elemento articulador da história e o 
conhecimento histórico se dá na relação do presente com o passado. 
Ao trabalhar o lugar do aluno é possível abordar a representação social 
do local objeto de estudo, onde a paisagem revela as relações de produção de 
uma sociedade, a familiaridade, a afetividade, a identidade, como aponta 
Cavalcanti (2015), esse estudo deve ser resultado de um processo histórico, 
situado em um determinado local. O estudo da cidade é de importância 
fundamental para a compreensão contemporânea do espaço habitado, que 
exige uma abordagem interdisciplinar e envolve o desenvolvimento de uma 
série de habilidades e capacidades por parte do aluno. Na BNCC o estudo da 
cidade se revela como conteúdo que perpassa os assuntos abordados em 
todos os anos do Ensino Fundamental de forma transversal, pois é o lugar 
onde acontecem as vivências do aluno, onde ele se vê representado, sujeito 
cultural e social construindo sua identidade. 
2.3. Fundamentação teórica 
Desde o início da formação das sociedades existem questões 
relacionadas à população, como a organização dos grupos, suas necessidades 
essenciais e a possibilidade de sobrevivência e desenvolvimento. Os estudos 
da demografia e de registros populacionais apontam para a necessidade de 
administrar e otimizar o uso dos recursos. As análises sobre crescimento e 
distribuição espacial ganharam grande importância nos estudos geográficos, 
bem como as ações da humanidade exercidas sobre a natureza, com relação à 
produção e consumo, sendo a natureza uma provedora de recursos. 
Surge uma sociedade transformada em estatística, segundo Moreira 
(2006), classificada por idade, sexo, critérios para o mercado de trabalho e mão 
de obra. Mas, para além das estatísticas, o estudo populacional revela um 
4 
 
 
contexto histórico e geográfico, bem como as dinâmicas demográficas que 
contribuem para o desenvolvimento social, aliado à cultura e política local. 
Após a Revolução Industrial, no século XIX, ocorreram profundas 
mudanças na sociedade, envolvendo as esferas política, social e cultural, com 
a transformação na forma de trabalho, de produção e consumo da época, uma 
modificação na ocupação territorial e adensamento dos grandes centros. As 
relações de mercado são importantes para compreender as migrações, busca 
de oportunidades de trabalho e melhores condições de vida. A sociedade 
passa então por mudanças significativas, evolução e avanços tecnológicos, na 
comunicação, nos meios de transporte, mudança da economia e expansão 
capitalista, “com a evolução do sistema econômico e das cidades, a população 
foi adquirindo importância nas análises técnico-científico-sociais” (ARAÚJO, 
2016, p. 20). 
No aspecto político todas as ações em diversas áreas, como economia, 
educação, saúde, meio ambiente, partem de uma necessidade de determinada 
área, segundo Verriére (1991, p.19), é “um conjunto coordenado e combinado 
de decisões, visando atingir um determinado objetivo”, ações estas que afetam 
as condições da população de maneira geral, a dinâmica das cidades, a 
agricultura e a indústria. Araújo (2016) menciona as questões ideológicas que 
podem influenciar os interesses dos grupos que detêm o poder, historicamente 
foi visto que essas questões interferem na dinâmica demográfica e podem 
afetar as políticas populacionais. 
O movimento de população de outros territórios fez aumentar taxa de 
migração para a região do Vale do Paraíba, todo o Estado de São Paulo entre 
1850 e 1900 se tornou região de oportunidades com a atividade cafeeira, com 
migrantes vindos principalmente de Minas Gerais e região Nordestina. Os 
fatores econômicos e a busca por melhor qualidade de vida foram os principais 
impulsionadores da migração interna, além de crises econômicas, desemprego 
e precarização do trabalho no campo. 
O crescimento populacional gerou aumento da demanda de alimentos, 
serviços de saúde, educação, transporte, energia e emprego. O perfil das 
populações se reconfigura como consequência do desenvolvimento de 
indústrias, modificando os serviços de saúde e alimentação, colaborando para 
o crescimento populacional nas regiões mais desenvolvidas. 
5 
 
 
 
2.3.1. A Visão Socioconstrutivista no Ensino Fundamental 
A premissa da educação Socioconstrutivista é a de um sujeito que 
constrói seus conhecimentos, por meio de um ensino prático, experimental, 
partindo do saber do aluno, com encaminhamentos que ganham consistência 
conforme esse conhecimento é discutido, compreendido em suas vivências e 
fundamentado pela sua leitura de mundo. Segundo Castellar (2010), essa 
perspectiva concebe o ensino como uma intervenção intencional, em uma 
relação consciente e ativa com o objeto de conhecimento, num desafio que 
leve o aluno a desejar conhecê-lo. O aluno é sujeito ativo nesse processo de 
desenvolvimento intelectual, afetivo e social. 
Dessa maneira o professor atua como mediador ao favorecer os 
confrontos entre seu aluno e o objeto de conhecimento, com o desafio de 
desenvolver atividades em sala de aula que considerem todas as culturas, ao 
trazer questionamentos, dúvidas e fenômenos que afetaram ou ainda afetam 
as pessoas em épocas passadas e no presente. As temáticas relativas ao 
conhecimento histórico propiciam ao aluno uma atuação de forma consciente, 
tendo acesso a uma linguagem adequada e que contempla a diversidade 
existente, de valores, significados e de ritmos de aprendizagem. 
 
2.3.2. Desenvolvimento intelectual e processos cognitivos da 
aprendizagem 
De acordo com Coll (2007), as crianças do ensino fundamental são 
capazes de adquirir e de organizar seus conhecimentos de forma elaborada, ao 
constituir sistemas de relações semânticas mais familiares, quando 
interessadas por algum tema específico. Uma capacidade para elaborar 
representações mentais, esquemas de conhecimentos como roteiros, cenas ou 
histórias. 
É um processo duplamente construtivo que começa com uma 
representação, uma interpretação e um armazenamento das 
informações segundo certas pautas cognitivas e que acaba com uma 
reconstrução ativa e interpretativa do armazenado na memória. 
(COLL, et al., 2007, p.241) 
 
6 
 
 
Os avanços cognitivos mais estruturais que permitem uma série de 
inferências e de raciocínios difíceis de serem elaborados pelas crianças mais 
novas, pode depender de suas capacidades lógicas, princípios lógicos que 
regem sua compreensão do mundo e a organização de suas lembranças, e 
isso depende em grande medida da capacidade de interpretação que a criança 
tem das informações. Em crianças maiores, a partir dos 10 anos, há maior 
envolvimento em discussõescomplexas e argumentadas sobre algum tema de 
interesse, a “idade da razão, que as distancia da forma de pensar mais intuitiva 
e mais subjetiva das crianças menores” (ibid, p.244). 
Uma mudança cognitiva, mas que repercute também nas atitudes e no 
comportamento em geral e na compreensão de temas mais complexos, ao 
entender as intenções das outras pessoas elas podem estar mais atentas ao 
que lhes interessa. Na idade do autoconceito, entre 8 e 12 anos, em que as 
relações interpessoais e as comparações com outras crianças tornam-se 
predominantes, como espelho da imagem que obtemos de nos mesmos na 
vida e nas trocas sociais, é possível observar os avanços que ocorrem na 
compreensão das relações interpessoais, da trama e dos sistemas sociais. 
O trabalho pedagógico para esta idade deve ser elaborado observando a 
capacidade para a adoção de perspectivas, a capacidade crescente para se 
pôr no lugar das pessoas que passam por elas para imaginá-las, ou a si 
mesmo, nas referidas situações, o desenvolvimento das noções sociais, a 
compreensão do orgulho e da culpa a partir de esquemas elaborados em torno 
de situações parecidas em um nível de abstração maior (ibid, p.271). Há 
importantes avanços na empatia, isto é, na capacidade para perceber a 
emoção que alguém está experimentando e para participar de sua vivência, de 
suas emoções, de seus sentimentos e se colocar dentro deles, 
[...] para se pôr, simultaneamente, em vários pontos de vista ou 
perspectivas; para compreender as emoções dos demais (inclusive 
as contraditórias), e para experimentar uma vivência empática tanto 
diante de situações concretas referentes a emoções cada vez mais 
complexas quanto, já́ no final dessa etapa, diante de situações de 
caráter mais geral e mais abstratas (COLL, et al., 2007, p. 272). 
 
2.3.3. O ensino na área de Ciências Humanas 
A Base Nacional Comum Curricular estabelece o ensino de História e 
Geografia de forma contextualizada com as noções de tempo e espaço, por 
meio de diferentes linguagens, de forma a contribuir para que os alunos 
7 
 
 
desenvolvam a cognição e o raciocínio espaço-temporal, como condição para 
que compreenda, interprete e avalie os significados das ações realizadas no 
passado ou no presente, o que o torna responsável tanto pelo saber produzido 
quanto pelo controle dos fenômenos naturais e históricos dos quais é agente. 
Apresenta a ideia de que o homem produz o espaço em que vive, 
favorecendo a compreensão, pelos alunos, dos tempos sociais e da natureza e 
de suas relações com os espaços em uma leitura geo-história, com 
abordagens históricas, sociológicas e espaciais (geográficas) simultâneas. 
O ensino de Geografia e História, ao estimular os alunos a 
desenvolver uma melhor compreensão do mundo, não só favorece o 
desenvolvimento autônomo de cada indivíduo, como também os torna 
aptos a uma intervenção mais responsável no mundo em que vivem 
(BRASIL, 2017, p 353). 
 
Em um estímulo da formação ética, do sentido de responsabilidade e da 
valoração dos direitos humanos, fortalecendo valores sociais com respeito ao 
ambiente e à própria coletividade, os estudos de Ciências Humanas visam à 
formação de alunos intelectualmente capazes, que reflitam sobre questões 
sociais, éticas e políticas, bem como sua atuação na comunidade e seu papel 
na sociedade. 
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental a troca de experiências 
estimula o pensamento criativo e crítico e potencializa descobertas, através das 
trocas de conhecimentos e escuta, procedimentos fundamentais na 
compreensão de si, de seus grupos e suas relações com o ambiente e com o 
mundo que os cerca de forma significativa. Os alunos já são capazes de 
observar e compreender o espaço biográfico, que se relaciona com as 
experiências dos alunos em seus lugares de vivência. 
Os conceitos de tempo e de espaço trabalhados na História e Geografia 
devem ser pensados articuladamente como um processo, uma construção 
social, que se associa à memória e às identidades sociais dos sujeitos, em 
diferentes contextos socioculturais. Valorizar as memórias do passado 
vivenciadas em diferentes lugares ampliando a compreensão de mundo na 
relação com contextos políticos, econômicos e culturais para formar cidadãos 
ativos, democráticos e solidários. 
No decorrer do Ensino Fundamental, os alunos devem compreender e 
estabelecer as interações entre sociedade e meio físico natural, considerando o 
8 
 
 
tempo e períodos históricos, a produção do espaço geográfico em diferentes 
sociedades e épocas, com abordagens socioeconômicas dos processos 
produtivos, nas relações de trabalho, na geração de emprego e a urbanização, 
para que os alunos compreendam as mudanças que ocorreram e os processos 
históricos, sociais e étnico-raciais. A aplicação dos conhecimentos da 
Geografia está relacionada ao exercício da cidadania, a compreensão do 
contexto pelos processos socioeconômicos e culturais que resultaram na 
desigualdade social para a construção da criticidade, fator fundamental de 
autonomia para a vida fora da escola. 
2.3.4. O ensino de Geografia no Ensino Fundamental 
A proposta do ensino de Geografia é transformar os conteúdos em 
questionamentos, trazer as dúvidas para o objeto do conhecimento de forma a 
compreender os fenômenos que afetaram a sociedade em épocas passadas e 
ainda afetam no presente, ou deixaram marcas importantes no decorrer do 
tempo. O estudo de lugar, paisagem e espaço, partindo do lugar que o aluno 
conhece, as relações com este espaço e as pessoas que fazem parte dele em 
uma abordagem das configurações político-administrativas, considerando as 
características da cidade e do campo. 
Com base nos objetivos norteadores do ensino de Geografia, espera-se 
que o aluno desenvolva habilidades e que se perceba como sujeito ativo na 
sociedade, compreendendo suas responsabilidades sociais, a diversidade 
cultural e econômica de que é composta uma sociedade, que reconheça o 
espaço onde vive, suas características e sua função na sociedade. Deve 
também reconhecer que a paisagem atual representa uma herança das 
relações estabelecidas anteriormente, entre a natureza e a sociedade, pessoas 
e lugares, condições de vida, história e identidade. 
A Geografia proposta nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 
1997) oferece instrumentos para compreender a realidade social, como as 
diferentes sociedades interagem com a natureza na construção de seu espaço, 
conhecer as múltiplas relações que se estabelecem e perceber as marcas do 
passado no presente. A capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos, 
9 
 
 
como conhecimentos teóricos, o saber fazer prático, valores, percepções, 
avaliações e estimativas, são habilidades desenvolvidas a partir de trabalhos 
interdisciplinares, que requer do professor uma aproximação das demais 
disciplinas. 
É importante que o aluno compreenda que o espaço geográfico não 
pode ser definido sem o tempo, as motivações e transformações que levaram à 
expansão do lugar e a criação de unidades administrativas, toda evolução da 
ocupação do espaço é histórica e geográfica. Um estudo da realidade local 
ampliado e comparativo, leva à percepção das diferenças e semelhanças no 
ritmo de transformação das comunidades em diferentes espaços. Para isso os 
recursos que mais permitem a aproximação com o real são as imagens, fotos 
aéreas e imagens de satélite. 
2.3.5 O que é História? 
O maior objetivo da História é proporcionar ao aluno uma melhor 
compreensão da sociedade em que está inserido, para poder entender seu 
papel como ser social e cultural. Entende-se também que a História traz 
consigo a identidade individual, coletiva, nacional, mundial a todos que por ela 
se aproximam. 
Como diz Cícero do Orador, “A História [...] é a testemunha dos tempos, 
a luz da verdade, a vida da memória, a mestra da vida, a anunciadora da 
Antiguidade (...) Ignorar o que aconteceu antesde termos nascido equivale a 
ser sempre criança”. (RÓNAI, 1985, p.439) 
A história é uma forma de conhecimento que estuda o ser humano e 
suas relações sociais ao longo do tempo. Tem como finalidade descobrir como 
viviam, os costumes que os envolviam, a organização da vida e as influências 
que sofriam, procurando identificar mudanças e permanências nas instituições 
políticas, na economia, nas ideias, nos costumes, etc. Na História pode-se 
encontrar a própria identidade, pois as experiências do passado são 
experiências humanas que se assemelham muito em diversos aspectos da vida 
das pessoas na atualidade. Após tomar ciência das experiências do passado, a 
compreensão do mundo em que se vive torna-se mais fácil, e essa 
compreensão é o que faz possível uma ação humana mais consciente e 
transformadora. 
10 
 
 
O problema da utilidade da História, no sentido ‘pragmático’ da 
palavra ‘útil’ não se confunde com o da sua legitimidade, 
propriamente intelectual. O da utilidade só pode, aliás, vir em 
segundo lugar: não é verdade que para agir avisadamente é 
necessário, primeiro compreender? Mas sob essa pena de só dar 
meia resposta às sugestões mais imperiosas de senso comum, tal 
problema não pode também iludir-se. (BLOCH, 1970, p.17) 
A História quando compreendida é algo fascinante. É reviver o passado 
em épocas distintas, reviver tempos jamais imaginados. É trazer à tona 
emoções e sentimentos vividos pelos antepassados, é realmente algo 
fascinante o que a história desperta. A História permite consultar as memórias, 
pois pode ser usada para lembrar das coisas como elas eram e as comparar 
com as atuais. Através delas é possível perceber as mudanças que ocorreram, 
mas também aquilo que permaneceu, como por exemplo um edifício antigo, 
que faz lembrar de um passado distante, pois suas características da época 
estão impressas em sua construção, apesar de estar ocupando um espaço no 
presente. Ela pode ser entendida como estudo do ser humano em sociedade 
ao longo do tempo. O papel do historiador é indicar mudanças e permanências, 
relacionar eventos, instituições e processos do passado a seus respectivos 
contextos históricos. 
Entender as transformações que ocorreram no passado elucida o 
presente, traz conhecimento para orientar nosso futuro. De acordo com 
Vasconcelos (2012), durante muito tempo, em especial nas décadas de 1960 e 
1970, para inovar em um texto Histórico era necessário destacar os aspectos 
quantitativos se apoiando em estatísticas para analisar variações em grandes 
intervalos de tempo dando enfoque à estrutura da sociedade estudada. Com 
isso era considerado o que era importante no passado, sendo a estrutura por 
meio se conferia a devida importância aos eventos históricos. 
Ao final da década de 1970 percebeu-se que esta história que estava 
sendo considerada, se distanciava do leitor comum. Porém, nas últimas 
décadas, desenvolve-se uma vertente dos estudos históricos chamada de 
História Cultural, onde é privilegiado o cotidiano das pessoas que viveram no 
passado, produzindo através de pesquisa com objetos reduzidos, como uma 
cidade, uma pequena vila, ou uma fábrica, ganhando uma pesquisa com mais 
profundidade, ampliando o olhar a determinado tema. 
11 
 
 
Ora, fazer micro história ou História do cotidiano não significa se 
interessar por qualquer objeto somente porque este pertence ao 
passado. Essa é a atitude de um colecionador de antiguidades, não 
de um verdadeiro historiador. A vida de um moleiro, uma pequena 
comunidade, uma fábrica ou uma família imigrante são relevantes 
para a História na medida em que esses objetos se articulem com 
uma estrutura que lhes confira significado. (VASCONCELOS, 2012, 
P.55) 
 
2.3.6 A História na Escola 
A Pedagogia tradicional é um modelo no qual os alunos são vistos como 
sujeitos passivos neste processo de ensino-aprendizagem. A ênfase do 
processo está em decorar aquilo que o professor dita e a compreensão real 
dos conteúdos é deixada de lado, onde a escola na perspectiva tradicional, é 
um local produtor de homogeneidade, onde os alunos que lá convivem perdem 
sua criatividade individual. 
As principais características de uma pedagogia tradicional em História 
são a organização do espaço da sala de aula com carteiras enfileiradas, onde a 
atenção do aluno esteja ao seu professor, indicando o local de destaque e ativo 
do professor neste processo de ensino-aprendizagem. Dos alunos espera-se 
disciplina, silêncio e sua atenção ao que seu professor lhe transmite, sempre 
anotando tudo o que seja importante neste depósito de conhecimento. Às 
vezes neste trajeto a História vira sinônimo de tabelas, onde se relaciona datas 
a eventos e locais, usando a estratégia de memorização para uma eventual 
aprovação nas avaliações, sempre dispondo de respostas objetivas, sem 
análises, comparações, reflexões e discussões, sem compreender o que lhe foi 
apresentado. 
A história contemporânea visa romper essa barreira imposta pelo 
tradicional, tanto no campo historiográfico, quanto no pedagógico. Nessa visão, 
o alvo é a contemplação de novos objetos além da política, como na economia, 
os costumes, a condição feminina, o cotidiano, etc. Ao mesmo tempo, antigos 
objetos são vistos de uma nova ótica. Onde se valoriza os aspectos culturais 
de uma região, de um povo, sem romantizar, mas dando a devida e real 
importância. A pedagogia tradicional sendo superada, onde a memorização 
12 
 
 
perde espaço para atividades que levam a reflexão e debate à compreensão 
dos conteúdos. 
A mudança de visão só acontece quando o papel central do processo 
passa a ser o aluno, e o professor se torna o mediador. O papel do professor é 
fazer com que os conteúdos se tornem significativos para a vida do aluno, onde 
ele deve ser estimulado a compreender o passado, compará-lo com o presente 
e estabelecer uma relação para poder compreender não somente o contexto 
histórico apresentado, mas também poder entender os dias atuais e a 
sociedade em que vive. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino em História nos 
informa: 
Espera-se que, ao longo do ensino fundamental, os alunos 
gradativamente possam ler e compreender sua realidade, posicionar-
se, fazer escolhas e agir criteriosamente. Nesse sentido, os alunos 
deverão ser capazes de: 
Identificar o próprio grupo de convívio e as relações que estabelecem 
com outros tempos e espaços [...] conhecer e respeitar o modo de 
vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos e espaços, em 
suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, 
reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles [...] valorizar o 
patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo-a 
como um direito dos povos e indivíduos e como um elemento de 
fortalecimento da democracia.(BRASIL, 1997, p.33) 
 
Os recursos devem despertar o prazer da descoberta, através de 
documentos que expressem clareza, trazendo proximidade do aluno com 
vestígios do passado. Além de documentos de época, o professor também 
dispõe de textos de historiadores, reportagens de jornais, e revistas históricas, 
sempre sob um olhar de um historiador contemporâneo. 
O professor dispõe de vários recursos para trazer aos alunos o prazer da 
descoberta que tenham proximidade do aluno com o passado, vejamos a 
seguir alguns tipos de fontes históricas: 
Documentos 
oficiais 
São aqueles expedidos por órgãos públicos ou por entidades 
particulares com o aval do Estado, isto inclui procurações, 
certidões, despachos, leis, etc. Cartas oficiais, são aquelas 
endereçadas a autoridades políticas, informando sobre 
questões de interesse do Estado 
Cartas 
pessoais 
 São cartas escritas com assuntos particulares, que na maioria 
dos casos, tratam de questões existenciais. 
13 
 
 
Textos 
jornalísticos 
 Textos com o objetivo comum de informar o leitor, 
telespectador ou ouvinte sobre algum acontecimento oufato. O 
texto jornalístico é valorizado pela sua subjetividade, pois o 
historiador busca compreender não somente os fatos, mas 
também os sentimentos e os valores das pessoas do passado. 
Textos 
literários 
Os textos literários apresentam aspectos subjetivos, que podem 
ser questionados por meio da comparação com outros tipos de 
fontes. Estes textos foram produzidos em determinado contexto 
ao qual pode-se ajudar a conhecer esse contexto em uma ótica 
que o documento oficial não permite. 
Imagens Imagens que ilustram os contextos nos materiais didáticos. A 
imagem possibilita “ver” com os olhos dos personagens do 
passado, lembrando sempre que as imagens não são neutras, 
elas mostram a visão do artista, como ele interpretou a cena. 
Filmes e 
documentários 
 É também um tipo especial de imagem que possui movimento. 
Também não é neutra, pois é carregada da visão do cineasta e 
a visão realçada pelo mesmo. 
Depoimentos 
orais 
Pessoa mais velhas que viveram momentos históricos podem 
falar sobre o que vivenciaram e oferecer a todos através dos 
seus relatos, uma descrição mais vívida sobre o passado. O 
depoimento dá vida aos fatos, mas o texto didático oferece uma 
oportunidade de instância crítica da memória. 
Fonte: OLIVEIRA, 2015. 
 
2.3.7. O estudo de História no Ensino Fundamental 
A compreensão das relações que se estabelecem entre os diferentes 
grupos nos diversos tempos e espaços é o primeiro objetivo do conhecimento 
histórico, essencial para que o aluno se aproprie de uma visão consciente da 
sociedade. O conhecimento de fontes históricas, mapas, ilustrações, gravuras, 
documentos oficiais e imagens fazem parte da construção do conhecimento 
histórico, de forma a fazer com que o aluno encontre sentido no que estuda e 
compreenda os processos históricos. 
O estudo de História busca explicar tanto as uniformidades e as 
regularidades das formações sociais quanto as rupturas e diferenças no 
14 
 
 
embate das relações humanas, um conjunto de comportamentos interligados, 
em um “exercício de problematização da vida social, que identifica as relações 
sociais, percebe as diferenças e semelhanças, conflitos e contradições, 
igualdades e desigualdades existentes nas sociedades” (KARNAL, 2005, p.44), 
comparando problemáticas atuais a outros momentos da história, de forma que 
o aluno se posicione de maneira crítica no seu presente. 
A percepção da diversidade de sujeitos históricos mostra a 
complexidade do estudo de História e Geografia, traz a indagação do lugar que 
o indivíduo ocupa e como são construídas as identidades sociais, de acordo 
com os Parâmetros Curriculares Nacionais para História e Geografia, 
O sujeito histórico pode ser entendido, por sua vez, como sendo os 
agentes de ação social, que se tornam significativos para estudos 
históricos escolhidos com fins didáticos, sendo eles indivíduos, 
grupos ou classes sociais [...] que atuam em grupo ou isoladamente, 
e produzem para si ou para uma coletividade. (BRASIL, 1997, p.29) 
 
O trabalho com linha do tempo é um importante recurso para o 
desenvolvimento da noção de tempo histórico, noções de permanência e 
mudança, continuidade e descontinuidade, tempo e espaço, passado e 
presente, para isso faz-se necessária a prática do estudo interdisciplinar, pois a 
aprendizagem demanda interação com outras disciplinas do currículo escolar, 
onde as diferentes linguagens dinamizam o aprendizado. Leva o aluno a 
perceber as diversas temporalidades no decorrer da história, as formas de 
organização social e seus conflitos, fenômenos sociais e ideologias 
diferenciadas. 
Lima (2011) aponta que, ao ter contato com registros visuais, o aluno 
tem possibilidade de refletir sobre a época estudada ao reconhecer as 
permanências e mudanças ocorridas. No final do primeiro ciclo do Ensino 
Fundamental, o aluno irá se aprofundar no estudo da ocupação territorial e sua 
organização, centrada nos principais grupos formadores da sociedade. A 
análise dessas fontes visuais permite ao aluno compreender o modo de viver 
de uma sociedade, perceber alguns aspectos que não estariam tão claros 
apenas nos escritos. 
15 
 
 
 
2.3.8 Tecnologia da Informação e Comunicação 
Diante da revolução na era da informática, o mundo se transforma, os 
impactos são vistos em diversas áreas. A educação está inserida nas 
mudanças que ocorreram nos últimos anos, a tecnologia está cada dia mais 
dentro da sala de aula, auxiliando os professores e levando a aprendizagem de 
forma inovadora através de equipamentos tecnológicos através de projetos que 
integram a educação e tecnologia. As Tecnologias da Informação e 
Comunicação, conhecidas como TIC’s, são consideradas como sinônimo das 
tecnologias da informação, elas dizem respeito a diversos recursos 
tecnológicos de comunicar e informar por meio das funções de equipamentos 
hardware (computadores, notebooks, tablet´s, celulares) softwares, aplicativos 
e telecomunicações (projetores, lousas interativas). 
TIC consistem em TI bem como quaisquer formas de transmissão de 
informações e correspondem a todas as tecnologias que interferem e 
mediam os processos informacionais e comunicativos dos seres. 
Ainda, podem ser entendidas como um conjunto de recursos 
tecnológicos integrados entre si, que proporcionam por meio das 
funções de software e telecomunicações, a automação e 
comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica e de 
ensino e aprendizagem. (OLIVEIRA, 2015, p.78) 
 
Com as mudanças no ensino, os aparatos tecnológicos têm 
desempenhado um papel de mais peso na sala de aula. Os professores têm a 
cada dia se deparado com uma gama de recursos para trazer aos alunos aulas 
mais atrativas e que contemplem a construção do conhecimento e envolva a 
todos no processo. A Tecnologia está no dia a dia dos alunos e se beneficiar 
deste recurso é a tentativa de envolver o aprendizado em algo que instigue o 
aluno a participar. A forma de ensinar e aprender pode contemplar o uso 
dessas tecnologias, como por exemplo a internet, que traz uma diversidade de 
informações, mídias e softwares que auxiliam nessa aprendizagem. 
Há diversas dificuldades quando se tenta incorporar as TIC’s no 
processo de ensino, pois o professor tem ainda o papel de destaque no 
processo de ensino-aprendizagem, sendo o detentor de todo conhecimento. No 
ensino através das tecnologias, o papel do professor é de interventor dessa 
nova tecnologia, dando total suporte para o uso responsável e adequado. 
É um desafio ainda não superado a implantação de TIC numa 
perspectiva transformadora trazendo a devida melhoria no ensino e 
16 
 
 
aprendizagem nas escolas. É importante que os professores estejam abertos 
para mudar sua forma de conceber e pôr em prática o ensino, utilizando de 
várias ferramentas que as novas tecnologias disponibilizam. Para Imbérnom 
(2010, p.36): 
Para que o uso das TIC signifique uma transformação educativa que 
se transforme em melhora, muitas coisas terão que mudar. Muitas 
estão nas mãos dos próprios professores, que terão que redesenhar 
seu papel e sua responsabilidade na escola atual. Mas outras tantas 
escapam de seu controle e se inscrevem na esfera da direção da 
escola, da administração e da própria sociedade. 
 
O computador, a princípio, tem um papel de pesquisa e de criação, mas 
ainda são muito limitados os recursos que podem ser explorados na sala de 
aula. As TIC’s possibilitam a adequação do contexto e as situações do 
processo de aprendizagem às diversidades em sala de aula (OLIVEIRA, 2015). 
As escolas devem utilizar todos recursos de informática e comunicação como 
novos meios de aprendizado, explorando todos os aspectos do currículo. 
As tecnologias permitem aos alunos as diversas maneiras de se 
construírem seus saberes, através da comunicação e interação com um mundo 
plural em que através de diversas trocas de experiência, os alunos entrem em 
contato com diferentesculturas, sem limitações geográficas, permitindo ter 
contato sem sair da escola. Desta maneira as tecnologias têm o papel de 
impulsionar os recursos de uma forma dinâmica, principalmente quando bem 
exploradas pelos educadores e educandos, permitindo a melhoria das práticas 
pedagógicas. 
É necessário aliar as tecnologias como novos métodos a serem 
implantados, é necessário que haja reflexão de como essas tecnologias 
tenham um lugar de importância no processo de ensino-aprendizagem, já que 
a tecnologia está inserida no aluno, fazer uso deste conhecimento para tornar a 
educação inovadora e atrativa, é entender que os conhecimentos que os 
alunos trazem consigo precisam ser valorizados e sejam considerados 
instrumento do conhecimento. 
A utilização adequada destas tecnologias estimula a capacidade de 
desenvolver estratégias de buscas; critérios de escolha e habilidades 
de processamento de informação, não só a programação de 
trabalhos. Em correlação a comunicação, induz o desenvolvimento de 
competências sociais, a capacidade de comunicar efetiva e 
coerentemente, a qualidade da apresentação escrita das ideias, 
permitindo a autonomia e a criatividade. (OLIVEIRA, 2015, p.84) 
 
17 
 
 
É evidente que as utilizações das tecnologias são benéficas em todas as 
áreas, inclusive na educação, área em que a atuação da tecnologia deve ser 
bem planejada, bem empregada e amplamente utilizada, pois é através da 
educação que se forma cidadãos, preparando-os para a vida e para a 
sociedade tecnológica dos dias de hoje. 
2.3.9 Aplicação das disciplinas estudadas 
Durante todo o processo de pesquisa foram utilizados os conceitos 
abordados em Sociologia da Educação e Teorias da aprendizagem, que 
abordam a função social da escola e a sociedade, o direito à educação 
democrática e à igualdade, o desenvolvimento intelectual e processos de 
aquisição do conhecimento e aprendizagem, além das relações e interações 
sociais. 
Debruçadas sobre a Base Nacional Comum Curricular, foram 
aprofundados os conceitos concernentes ao estudo de História e Geografia, os 
objetivos e as habilidades projetadas durante o processo de aprendizagem na 
primeira etapa do Ensino Fundamental. Também foi objeto de estudo as 
abordagens de Didática e Metodologias Ativas, buscando métodos de ensino 
eficazes e atrativos ao público alvo deste trabalho. As Tecnologias de 
Informação e Comunicação foram norteadoras ao desenvolvimento da 
sequência didática abordada. 
 
2.4. Metodologia 
 A partir das pesquisas realizadas com professores da área, o problema 
identificado foi a dificuldade de aprendizagem dos conceitos abordados nas 
disciplinas de História e Geografia, pela falta de atratividade das matérias, pois 
os alunos não se veem representados ali. 
Como proposta de amenizar este problema, foi desenvolvida uma 
sequência didática com três aulas e abordagens diferentes, de maneira 
interdisciplinar. A primeira aula com abordagem na sala de leitura, utilizando o 
recurso do projetor, será apresentado um vídeo de um conto de terror gravado 
no Parque Vicentina Aranha, baseado em narrativas reais de pessoas que 
viveram a realidade do Sanatório de forma lúdica com uso de recursos visuais 
que darão maior visibilidade ao momento histórico narrado. 
18 
 
 
Em uma segunda aula a proposta é utilizar a sala de informática para 
pesquisar no aplicativo Google Maps imagens aéreas do local, abordando a 
distribuição geográfica no entorno do Parque - com uma leitura cartográfica da 
região central da cidade, o planejamento da ocupação urbana no período, 
localizando outros sanatórios da época, discorrendo sobre as avenidas largas 
que promoviam um distanciamento entre as pessoas sãs e os locais de 
tratamento. As crianças poderão verificar a localização estratégica do parque, 
em lugar alto e arejado, tendo na época o banhado como vista. 
Finalizando a terceira aula com a escrita de um breve texto no caderno 
sobre os pontos mais marcantes da fase sanatorial, nesta importante fase na 
história do desenvolvimento político, crescimento populacional e 
acontecimentos sociais vinculados à população tuberculosa. Os alunos 
poderão apresentar os resultados de suas pesquisas, compartilhando e 
debatendo com os colegas suas descobertas sobre a cidade. 
3. RESULTADOS 
3.1. Protótipo inicial 
 
19 
 
 
20 
 
 
21 
 
 
 
 
4. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS 
 
REFERÊNCIAS 
ARAÚJO, W. M.; TAVEIRA, B. D. A.; FOGAÇA, T. K. Geografia da 
população. Curitiba. Editora Saberes, 2016. 
 
BOTH, I. J. Avaliação planejada, aprendizagem consentida: é ensinando 
que se avalia, é avaliando que se ensina. 2. Ed. Curitiba: InterSaberes, 2017. 
 
BLOCH, M. Introdução à História. Mira-Sintra: Europa-América, 1970. 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares 
nacionais: história, geografia / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: 
MEC/SEF, 1997. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: 
MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/> 
Acesso em: 30 de abril de 2020. 
 
BRASIL, Ministério da Educação, (1997). Parâmetros Curriculares Nacionais 
para o Ensino Fundamental. Brasília, MEC/SEF. 
 
CASTELLAR, S. (Org.). Educação geográfica: teorias e práticas docentes. 
São Paulo. Editora Contexto, 2010. 
 
CAVALCANTI, L. S. A geografia escolar e a cidade: ensaios sobre o ensino 
de geografia para a vida urbana cotidiana. Campinas. Editora Papirus, 2015. 
 
22 
 
 
COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. Desenvolvimento Psicológico e 
Educação - Psicologia Evolutiva Volume 1. 2.Ed. Porto Alegre. Artmed 
Editora, 2007. 
 
IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança 
e a incerteza. 7. Ed. São Paulo: Cortez, 2010. 
 
IGLESIAS, E. Reflexões sobre o que fazer da história oral no mundo rural. 
DADOS - Revista de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, Vol. 27, n.. 1. 1984. 
 
KARNAL, L. (Org.) História na sala de aula. Conceitos, práticas e propostas. 
São Paulo. Editora Contexto, 2005. 
 
LIMA, M. Porta aberta: história e geografia, 2º ano. São Paulo. Editora FTD, 
2011. 
 
MOREIRA, R. Para onde vai o pensamento geográfico? Por uma 
epistemologia crítica. São Paulo. Editora Contexto, 2006. 
 
OLIVEIRA, c. Tic´s na Educação: A utilização das tecnologias da 
informação e comunicação na aprendizagem do aluno. 2015 Disponível em 
<http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/view/11019> 
acesso em 18 abril 2020. 
 
RÓNAI, P. Dicionário universal de citações. São Paulo: Círculo do Livro, 
1985 
 
VASCONCELOS, J. A. Metodologia do ensino de história. Curitiba, Ed. 
Intersaberes, 2012. 
 
VERRIÉRE, J. As políticas de população. 2. ed. Rio de Janeiro. Editora 
Bertrand Brasil, 1991. 
http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/view/11019
23 
 
 
ANEXOS 
Anexo A 
 
 
 
24 
 
 
Anexo B 
 
 
25 
 
 
Anexo C 
PLANO DE ENSINO – HISTÓRIA 
5º ANO 
1
º 
e
 2
º 
B
IM
E
S
T
R
E
S
 
UNIDADES 
TEMÁTICAS 
HABILIDADES/CRITÉRIOS 
DE AVALIAÇÃO 
OBJETOS DE 
CONHECIMENTO 
ESTRATÉGIAS 
E RECURSOS 
DIDÁTICOS 
Povos e 
Culturas: 
Meu lugar 
no mundo e 
meu grupo 
social 
(EF05HI01) Identificar os 
processos de formação das 
culturas e dos povos, 
relacionando-os com o 
espaço geográfico 
ocupado. 
 
(EF05HI03) Analisar o 
papel das culturas e das 
religiões na composição 
identitária dos povos 
antigos. 
 
(EF05HI04) Associar a 
noção de cidadania com os 
princípios de respeito à 
diversidade, à pluralidade e 
aos direitos humanos. 
 
(EF05HI05) Associar o 
conceito de cidadania à 
conquista de direitos dos 
povos e das sociedades, 
compreendendo-o como 
conquista histórica. 
Cidadania, 
diversidade 
cultural e respeito 
às diferenças 
sociais, culturais e 
históricas. 
Contação de 
História; 
 
Data Show; 
 
Aula 
Expositiva; 
 
Registro. 
 
 
 
Registros da 
História: 
Linguagens 
e culturas 
(EF05HI06) Comparar o 
uso de diferenteslinguagens e tecnologias no 
processo de comunicação e 
avaliar os significados 
sociais, políticos e culturais 
atribuídos a elas. 
 
(EF05HI07) Identificar os 
processos de produção, 
hierarquização e difusão 
dos marcos de memória e 
discutir a presença e/ou a 
ausência de diferentes 
grupos que compõem a 
sociedade na nomeação 
desses marcos de 
As tradições orais 
e a valorização da 
memória; 
 
Os patrimônios 
materiais e 
imateriais da 
humanidade. 
26 
 
 
memória. 
 
(EF05HI09) Comparar 
pontos de vista sobre temas 
que impactam a vida 
cotidiana no tempo 
presente, por meio do 
acesso a diferentes fontes, 
incluindo orais. Os 
patrimônios materiais e 
imateriais da humanidade. 
 
(EF05HI10) Inventariar os 
patrimônios materiais e 
imateriais da humanidade e 
analisar mudanças e 
permanências desses 
patrimônios ao longo do 
tempo. 
Fonte: BNCC – Ministério da Educação, 2017. 
PLANO DE ENSINO – GEOGRAFIA 
5º ANO 
1
º 
e
 2
º 
B
IM
E
S
T
R
E
S
 
UNIDADES 
TEMÁTICAS 
HABILIDADES/CRITÉRI
OS DE AVALIAÇÃO 
OBJETOS DE 
CONHECIMEN
TO 
ESTRATÉGI
AS E 
RECURSOS 
DIDÁTICOS 
O Sujeito e o 
seu Lugar no 
Mundo 
(EF05GE01) Descrever 
e analisar dinâmicas 
populacionais na 
Unidade da Federação 
em que vive, 
estabelecendo relações 
entre migrações e 
condições de 
infraestrutura. 
Diferenças étnico-raciais 
e étnico-culturais e 
desigualdades sociais. 
 
(EF05GE02) Identificar 
diferenças étnico-raciais 
e étnico-culturais e 
desigualdades sociais 
entre grupos em 
diferentes territórios. 
Dinâmica 
populacional. 
 
Diferenças 
étnico-raciais e 
étnico-culturais 
e desigualdades 
sociais. 
Contação de 
História; 
 
Data Show; 
 
Aula 
Expositiva; 
 
Registro. 
 
 
 
 
Conexões e 
Escalas 
(EF05GE03) Identificar 
as formas e funções das 
cidades e analisar as 
 Território, 
redes e 
urbanização. 
27 
 
 
mudanças sociais, 
econômicas e 
ambientais provocadas 
pelo seu crescimento. 
 
(EF05GE04) 
Reconhecer as 
características da cidade 
e analisar as interações 
entre a cidade e o 
campo e entre cidades 
na rede urbana. 
 Mundo do 
Trabalho 
(EF05GE05) Identificar e 
comparar as mudanças 
dos tipos de trabalho e 
desenvolvimento 
tecnológico na 
agropecuária, na 
indústria, no comércio e 
nos serviços. 
 
(EF05GE06) Identificar e 
comparar 
transformações dos 
meios de transporte e de 
comunicação. 
 
(EF05GE07) Identificar 
os diferentes tipos de 
energia utilizados na 
produção industrial, 
agrícola e extrativa e no 
cotidiano das 
populações. 
Trabalho e 
inovação 
tecnológica. 
 Formas de 
Representaç
ão e 
Pensamento 
Espacial 
(EF05GE08) Analisar 
transformações de 
paisagens nas cidades, 
comparando sequência 
de fotografias, 
fotografias aéreas e 
imagens de satélite de 
épocas diferentes. 
Representação das 
cidades e do espaço 
urbano. 
 
(EF05GE09) 
Estabelecer conexões e 
hierarquias entre 
diferentes cidades, 
Mapas e 
imagens de 
satélite. 
 
Representação 
das cidades e 
do espaço 
urbano. 
28 
 
 
utilizando mapas 
temáticos e 
representações gráficas. 
 Natureza, 
Ambientes e 
Qualidade de 
Vida 
(EF05GE10) 
Reconhecer e comparar 
atributos da qualidade 
ambiental e algumas 
formas de poluição dos 
cursos de água e dos 
oceanos (esgotos, 
efluentes industriais, 
marés negras etc.). 
Diferentes tipos de 
poluição. 
 
(EF05GE11). Identificar 
e descrever problemas 
ambientais que ocorrem 
no entorno da escola e 
da residência (lixões, 
indústrias poluentes, 
destruição do patrimônio 
histórico etc.), propondo 
soluções (inclusive 
tecnológicas) para esses 
problemas. Gestão 
pública da qualidade de 
vida. 
 
(EF05GE12) Identificar 
órgãos do poder público 
e canais de participação 
social responsáveis por 
buscar soluções para a 
melhoria da qualidade 
de vida (em áreas como 
meio ambiente, 
mobilidade, moradia e 
direito à cidade) e 
discutir as propostas 
implementadas por 
esses órgãos que 
afetam a comunidade 
em que vive. 
Qualidade 
ambiental. 
 
Diferentes tipos 
de poluição. 
 
Gestão pública 
da qualidade de 
vida. 
Fonte: BNCC – Ministério da Educação, 2017. 
 
 
29 
 
 
APÊNDICES 
Apêndice A 
Entrevista com Professores do 5º ano, História e Geografia 
Nome: Diego Alvares Garcia 
Escola que atua: Instituto São José 
Onde se formou para se tornar professor (a)? 
Universidade de São Paulo - USP 
Fez pós ao longo do caminho? Possui alguma outra especialização? 
Não. 
Diante do conteúdo programático para se trabalhar com o 5º ano nas 
disciplinas de História e Geografia, qual a sua maior dificuldade? 
A falta de pensamento abstrato nessa faixa etária, que dificulta imaginar o 
passado e lugares distantes. 
Dentro dessas disciplinas, o estudo que propõe é fragmentado ou as atividades 
são interdisciplinares? 
São interdisciplinares entre si, com alguma conexão com as demais áreas do 
conhecimento. 
Você costuma adaptar o conteúdo a realidade do aluno? 
Dentro do possível. 
Há uma defasagem grande, de modo geral, sobre essas disciplinas quando 
elas chegam no 5º ano? 
Não, pois o currículo dessas disciplinas no Ensino Fundamental I é muito 
introdutório, não havendo grandes problemas. 
Qual é o seu método avaliativo? 
Provas escritas, trabalhos em grupo, tarefas individuais 
Tem algo que gostaria de implementar nas suas aulas que por algum motivo 
ainda não foi possível? 
Desenvolvimento de atividades de análise da política são muito complicadas, 
pois a intervenção externa no trabalho do educador impede as iniciativas mais 
inovadoras. 
30 
 
 
Quais as expectativas de aprendizagem (feedback) que os alunos trazem a 
você professor (a) sobre o que eles irão aprender na disciplina de História e 
Geografia? 
Pensam na continuidade do quarto ano. Mesmo aqueles que não se recordam 
de conteúdos específicos do ano anterior entendem que se trata do estudo do 
passado e tem limitada compreensão do significado da Geografia. 
Qual o conhecimento que os alunos trazem da história de São José dos 
Campos? Ou eles chegam no 5º ano sem ter nenhuma base sobre o assunto? 
(EX: As mudanças ao longo do processo histórico como a política, prédios 
históricos, pontos turísticos, etc.) 
Existe um conhecimento muito limitado e heterogêneo, alguns alunos 
conhecem bastante dos lugares e histórias importantes, outros nunca ouviram 
falar. 
 
Apêndice B 
Entrevista com Professores do 5º ano, História e Geografia 
Nome: Marina Gomes Pimentel Bertges 
Escola que atua: EMEF Profª Martha Abib Castanho 
Onde se formou para se tornar professor (a)? 
Fiz Magistério no CEFAM e Pedagogia na Unip. 
Fez pós ao longo do caminho? Possui alguma outra especialização? 
Fiz pós em Educação Especial. Também fiz o curso do Profa. 
Diante do conteúdo programático para se trabalhar com o 5º ano nas 
disciplinas de História e Geografia, qual a sua maior dificuldade? 
Relembrar os conteúdos (já que não gosto muito da matéria) para poder 
ensinar os alunos da melhor forma. 
Dentro dessas disciplinas, o estudo que propõe é fragmentado ou as atividades 
são interdisciplinares? 
De ambos os modos. Gosto de propor atividades interdisciplinares, porém tem 
hora que precisa ser fragmentado. 
Você costuma adaptar o conteúdo a realidade do aluno? 
Alguns sim nem todos. 
31 
 
 
Há uma defasagem grande, de modo geral, sobre essas disciplinas quando 
elas chegam no 5º ano? 
Digo que há uma defasagem, porém tem aluno que tem um bom 
conhecimento. Vai muito de aluno para aluno. 
Qual é o seu método avaliativo? 
Não avalio apenas pela avaliação bimestral, mas também pela participação em 
sala. 
Tem algo que gostaria de implementar nas suas aulas que por algum motivo 
ainda não foi possível? 
Na atual escola não temos sala de informática, que seria muito bom para uma 
dinâmica usando esse tipo de recurso. Seria bem interessante também um 
laboratório de Ciências. 
Quais as expectativas de aprendizagem (feedback) que os alunos trazem a 
você professor (a)sobre o que eles irão aprender na disciplina de História e 
Geografia? 
Nesse ano tivemos poucos conteúdos nas disciplinas, por conta da pandemia. 
Mas eles se demonstravam bastantes interessados pelo conteúdo, nas 
explicações dadas. Gostavam de aulas mais dinâmicas e de menos conteúdos 
escritos. A maioria não deixa de fazer as atividades propostas e textos que 
muitas vezes acabo passando na lousa. 
Qual o conhecimento que os alunos trazem da história de São José dos 
Campos? Ou eles chegam no 5º ano sem ter nenhuma base sobre o assunto? 
(EX: As mudanças ao longo do processo histórico como a política, prédios 
históricos, pontos turísticos, etc.) 
No conteúdo do 4º ano, de acordo com a Matriz Curricular, eles aprendem 
durante todo o ano letivo a história de São José dos Campos, bem como as 
questões da divisão geográfica dos municípios e bairros. Aprendem os pontos 
turísticos, patrimônios históricos, etc. Acredito que esse conteúdo os alunos já 
conseguiram dominar. Podendo então dar continuidade aos conteúdos do 5º 
ano. 
 
Apêndice C 
Entrevista com Professores do 5º ano, História e Geografia 
Nome: Lilian Regiane Vieira da Fonseca. 
Escola que atua: EMEF “Profª Martha Abib Castanho” São José dos 
Campos/SP. 
32 
 
 
Onde se formou para se tornar professor (a)? 
EEPSG “Monteiro Lobato” –Taubaté/SP. 
Fez pós ao longo do caminho? SIM. Possui alguma outra especialização? 
Psicopedagogia e Educação Especial. 
Diante do conteúdo programático para se trabalhar com o 5º ano nas 
disciplinas de História e Geografia, qual a sua maior dificuldade? 
Encontrar recursos didáticos que tornem a aula mais atrativa. 
Dentro dessas disciplinas, o estudo que propõe é fragmentado ou as atividades 
são interdisciplinares? 
Interdisciplinares. 
Você costuma adaptar o conteúdo a realidade do aluno? 
Sim. 
Há uma defasagem grande, de modo geral, sobre essas disciplinas quando 
elas chegam no 5º ano? 
Não percebo isso, pois trata-se de uma matriz curricular espiral e evolutiva. 
Qual é o seu método avaliativo? 
Avaliação Formativa. 
Tem algo que gostaria de implementar nas suas aulas que por algum motivo 
ainda não foi possível? 
Sim, uso das Tecnologias Digitais (audiovisuais). 
Quais as expectativas de aprendizagem (feedback) que os alunos trazem a 
você professor (a) sobre o que eles irão aprender na disciplina de História e 
Geografia? 
Vejo que ainda sentem dificuldades em articular os conhecimentos do entorno, 
somente quando a proposta desperta a curiosidade é que sentem-se 
desafiados. 
Qual o conhecimento que os alunos trazem da história de São José dos 
Campos? Ou eles chegam no 5º ano sem ter nenhuma base sobre o assunto? 
(EX: As mudanças ao longo do processo histórico como a política, prédios 
históricos, pontos turísticos, etc.). 
Embora conheçam os patrimônios culturais, a maioria não questiona sobre a 
história e os processos de mudança. 
33 
 
 
Apêndice D 
SEQUÊNCIA DIDÁTICA 
IDENTIFICAÇÃO 
 
Professoras: Ana Carolina Guedes Fernandes de Sousa 
 Larissa Teodora França Ebram 
 Lilian de Oliveira Ramalho 
 Vanessa Gomes da Silva 
 
Área de estudo: História e Geografia no Ensino Fundamental – Anos Iniciais. 
Série: 5º ano 
Período de realização: 150 minutos – 3 horas/aula 
 
Introdução 
O ensino de História e Geografia nos anos iniciais de acordo com a 
BNCC objetiva uma contribuição melhor na formação do aluno/cidadão crítico e 
consciente. O conhecimento sobre a cultura do lugar de onde moram é sempre 
um ponto favorável na formação das crianças, com o intuito de ajudá-las a 
melhorar o ambiente em que vivem. 
A BNCC oferece também uma melhor contribuição na formação do 
professor. Portanto, essa sequência didática traz algumas estratégias 
pedagógicas diversificadas que podem reduzir a angústia na busca de práticas 
interativas e inovadoras. 
O ato de ensinar é um desafio aos profissionais docentes que 
necessitam de metodologias que permitam incentivar a participação e 
proporcionar a aprendizagem dos conteúdos ministrados (Moran, 2015). 
 
Objetivos 
Objetivo Geral 
O objetivo maior desta sequência didática é desenvolver a capacidade 
dos estudantes de registrar a história da cidade da qual vivem em outra 
perspectiva, ou seja, considerando outras culturas, tradições, memórias. 
 
34 
 
 
Objetivos Específicos 
5. Escrever quais foram os pontos mais marcantes da história da Fase 
Sanatorial de São José dos Campos. 
6. Ilustrar a Fase Sanatorial em forma de um conto. 
7. Registrar quais foram as mudanças durante os anos durante e após a 
fase, em seus aspectos físicos e sociais. 
8. Comparar o sanatório durante os anos. 
9. Localizar geograficamente o sanatório. 
10. Avaliar o progresso formativo após a realização da sequência. 
 
MÓDULOS DIDÁTICOS 
 
Módulo I 
 
O início da sequência didática será através do vídeo: Conto de Terror sobre o 
Parque Vicentina Aranha. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=5OnNjHLcmV4>. 
 
Módulo II 
Sanatório Vicentina Aranha 
 Foi criado pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo 
para acolher e internar pessoas com tuberculose e atendia os doentes que 
vinham de várias regiões do Estado, a Irmandade já tratava e cuidava de 
diversos doentes como os que tinham Lepra, Tuberculose e outras doenças 
relacionadas a condições precárias na capital em São Paulo. O Sanatório 
Vicentina Aranha era um dos maiores centros de tratamento da Tuberculose na 
América Latina, primeiro Sanatório de São José dos Campos e um dos 
primeiros do país. 
 Quem teve a intenção primária de construir o Sanatório foi Vicentina de 
Queiroz Aranha, esposa do senador Olavo Egídio, por ver e entender a 
necessidade de um local para tratar os pacientes tuberculosos. Porém D. 
Vicentina chegou a falecer em 1916, mas sua ideia prosseguiu mesmo após a 
sua morte e o Sanatório começou a ser construído em 1918 pelo escritório 
https://www.youtube.com/watch?v=5OnNjHLcmV4
35 
 
 
técnico Francisco de Paula Ramos de Azevedo & CIA. O local para construção 
foi escolhido devido ao clima que a cidade oferecia e a chácara que foi 
escolhida para a construção do Sanatório Vicentina Aranha também era 
bastante arborizado, o que muito favorecia o tratamento da doença. 
 O Sanatório teve como funcionários membros da Igreja Católica, um 
padre de destaque da época foi o Pe. Rodolfo Komorek que nasceu na Polônia, 
veio para o Sanatório em 1940, com sintomas da tuberculose, ajudava os 
doentes com palavras de conforto e sempre era chamado para conceder 
extrema unção na hora da morte. 
Em vida, Padre Rodolfo tinha carinho e zelo pelos pobres, idosos e 
doentes. Mesmo muito doente, precisando repousar e se alimentar, 
ele ia ao Vicentina Aranha atender os doentes, visitava um ou dois 
doentes e dava a eles a extrema unção, consolo de Deus para a 
pessoa fragilizada. Todo esse amor e cuidado que ele tinha com as 
pessoas fez com que a população de São José ficasse devota a ele o 
nomeando de “Padre Santo”. Quando faleceu, os carros com caixa de 
som, típico da época, percorreram a cidade inteira por dois dias 
dizendo “O Padre Santo morreu”. Alberto Gobbo In Pelas trilhas do 
Vicentina Aranha – Bruna Batista; Kaori Iwamoto. 
 
 O Sanatório foi construído utilizando uma área de 488.000 m2, com mais 
de um edifício, o que fez dele um hospital pavilhonar, havia edificações 
principais, edificações de apoio e anexos como capela, logo mais foram 
construídos o necrotério e residência interna dos médicos. 
 Conforme a cura para a doença foi surgindo a partir de descobertas de 
medicamentos, a procura por tratamento no Sanatório também foi diminuindo, 
a Santa Casa começou a vender os loteamentos, para sanar algumas dívidas, 
foi urbanizado e hoje são moradias ao entorno do parque, em 1990 o Sanatório 
Vicentina Aranha tornou-se um hospital Geriátrico, por decisão da Santa Casa. 
Em 1996 foipreservado pela Lei Municipal nº 4.928/96, considerado setor de 
preservação e tombado em 25 de julho de 2001, quando deixou de ser 
administrado pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo em 2004, logo em 
2006 foi adquirido pela Prefeitura Municipal de São José dos Campos. 
 O Sanatório tornou-se um parque que atualmente ocupa uma área de 
84.500m2, o restante da parte que era ocupado pelo Sanatório com 80% de 
36 
 
 
área verde, pista para caminhadas, pavilhões do Sanatório que são de 
preservação ambiental e histórica da cidade, onde a prefeitura promove a 
recuperação das edificações com obras de restauração e manutenção. O 
parque apresenta diversas atrações culturais, ambientais, laser, educação e 
atividades físicas, bastante procuradas pelos moradores da cidade e também 
como atração turística. 
 
Módulo III 
 
A importância da Fase Sanatorial para o desenvolvimento social da 
cidade de São José dos Campos 
 O Vale do Paraíba na primeira metade do século XX viveu um cenário 
onde muitos portadores de tuberculose vieram em busca de tratamento, isso 
ocorreu entre os anos 1920 e 1950, nesse período do final do século XIX até a 
década de 1950 o Vale do Paraíba estava em processo de industrialização e 
urbanização, a cidade de São José dos Campos nessa época tinha menos que 
20 mil habitantes, vivia da produção de café, algodão e a agropecuária sem 
muitas perspectivas. Foram criados na cidade de São José dos Campos, 
diversos sanatórios para o tratamento desses pacientes que migravam para a 
região devido ao clima que favorecia o tratamento da doença, devido ao fluxo 
de pacientes na cidade de São José dos Campos a cidade foi dividida em 
zonas: residencial, comercial, industrial e sanatorial. Para um importante e 
renomado médico da cidade Dr. Ruy Dória, dizia que a cidade não precisava 
de máquinas, mais sim de doentes, essa era a “indústria” da cidade. O 
Sanatório Ruy Dória tinha o maior número de internados comparado com 
outros da cidade, haviam alguns leitos gratuitos, mas a maioria deles era leitos 
particulares. 
 Antes mesmo da criação dos Sanatórios, pacientes já migravam para 
cidade devido ao clima, para tentar a cura da doença e se alojavam em 
pensões, casas particulares e até hotéis, contudo as condições para o 
tratamento da doença ainda eram bastante precárias e a falta de profissionais 
da saúde era grande. Houve na primeira década de 1900 uma intenção de se 
criar Sanatórios para o tratamento desses doentes que migravam para a 
cidade, sabendo das incapacidades das pensões e precariedade para o 
37 
 
 
tratamento, contudo essa primeira proposta foi negada e não conseguiram dar 
início a construção dos Sanatórios, a cidade já aceitava a condição de estação 
para o tratamento da doença, apesar de existirem pensamentos contrários e 
correntes que eram contra essa condição e que estimulavam a industrialização, 
formou-se uma comissão que originou a Resolução de 4 de maio de 1920, a 
qual cedia terrenos e isenção de impostos para a instalação de indústrias no 
município. 
 Em 1918 houve a construção do primeiro Sanatório em São José dos 
Campos, o Sanatório Vicentina Aranha no Vale do Paraíba e a inauguração do 
mesmo em 1924, a Estância Climatérica inicia-se em 1935 e prolonga-se até 
1950, essa Estância foi criada devido ao caráter climático da cidade, que muito 
favorecia o tratamento da doença, além dos Sanatórios em São José dos 
Campos, em Campos do Jordão, cidade situada a 83,6 km de distância, 
também haviam outros Sanatórios. No ano de 1932 a 1940 a cidade foi 
passando por uma expansão demográfica, e a estrutura que era antes isolada 
para o sanatório começa a ser desmontada passando a ter habitações comuns 
na região também, assim que a diminuição por morte de tuberculose foi sendo 
conquistada com o avanço dos medicamentos. 
 Com a criação de estradas que ligavam São José dos Campos, Campos 
do Jordão e Sul de Minas e as estradas Rio de Janeiro – São Paulo, facilitou 
ainda mais o acesso de pessoas a cidade, com esse maior fluxo de pessoas a 
infraestrutura da cidade precisou ser aprimorada e foi o que contribuiu muito 
para o desenvolvimento da cidade. A Estância Climatérica foi fundamental para 
o desenvolvimento urbano da cidade, pois a partir deles começou a haver 
pavimentação nas ruas, tratamento de esgoto, luz, água, que até então eram 
precários antes dos Sanatórios. A fase Sanatorial desenvolveu uma economia 
voltada para a rede de serviços relacionados a cura da tuberculose, até mesmo 
o comércio funerário se tornou um negócio atrativo em São José dos Campos, 
uma vez que a taxa de mortalidade era alta por conta da doença. 
 Como em meados da década de 1950 houve um aumento de habitações 
comuns e diminuição das áreas senatoriais, ocorreu também um avanço na 
urbanização e desenvolvimento tecnológico, com a chegada do Centro Técnico 
Aeroespacial (CTA) e Instituto Técnico Aeronáutico (ITA), o surgimento de 
indústrias, como a Embraer, General Motors (GM), Jhonson & Jhonson, 
38 
 
 
Alpargatas, etc., o que fez com que houvesse um maior desenvolvimento 
regional. 
 Muitos moradores da cidade não concordavam com a criação de 
Sanatórios e incentivavam as indústrias, porque tinham um certo receio de que 
a cidade fosse tomada por pacientes tuberculosos. Com o passar do tempo 
houve uma adaptação entre a população sadia e a enferma, pois os doentes 
que estavam em tratamento continuavam trabalhando e exercendo suas 
profissões, muitos deles tinham formação técnica e alguns se mantinham com 
seus próprios negócios. Entre o tempo de tratamento da doença e seus 
afazeres diários os pacientes também encontravam um tempo para sair, se 
divertir em barzinhos da cidade e nas praças, sempre com as devidas 
precauções para evitar a contaminação de outros com a doença, nessa época 
conta-se também diversos casos amorosos que surgiram nesse período, entre 
enfermeiros, pacientes. 
 Além do Sanatório Vicentina Aranha inaugurado em 1924, teve também 
o Vila Samaritana 1928, Ruy Dória 1934, Maria Imaculada 1935, Ezra 1936, 
Adhemar de Barros 1941, São José 1946 e Antoninho da Rocha Marmo 1952. 
O Sanatório Vila Samaritana foi o primeiro a atender e dar assistência aos 
tuberculosos mais pobres, era administrado por uma instituição evangélica e 
permitia aos pacientes o convívio com seus familiares. Em 1967 o Sanatório foi 
desapropriado e deu espaço para a construção do Colégio UNIVAP, 
atualmente o Sanatório é preservado dentro do Colégio. 
 
Módulo IV 
Sugestão para atividade prática. 
Pedir que os alunos registrem no caderno quais foram os pontos mais 
marcantes da história da Fase Sanatorial de São José dos Campos e, depois 
socializem com o grupo as experiências. 
 
FORMA DE AVALIAÇÃO DOS ALUNOS 
 
A avaliação formativa é aquela que procura acompanhar o processo de 
aprender dos alunos, porém não se pode permitir que o objetivo principal da 
39 
 
 
avaliação seja apenas identificar o quanto o aluno sabe e com que 
profundidade apreendeu os conteúdos, em vez disso, deve-se assegurar e 
verificar quais foram os caminhos que levaram esses alunos ao conhecimento. 
Como todo processo avaliativo precisa ser claro, ao término dessa 
sequência didática, os alunos precisam conseguir formar opiniões a respeito do 
processo histórico da Fase Sanatorial. Os alunos serão avaliados desde o 
início do projeto: leitura colaborativa, leitura compartilhada e registro das 
mudanças físicas e sociais do sanatório. 
Importante: Leitura Colaborativa: Quando a professora lê e vai fazendo 
pausas (perguntas aos alunos) e Leitura Compartilhada: Quando todos os 
alunos têm a possibilidade de ler. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BATISTA, B.; IWAMOTO, K. Pelas trilhas do Vicentina Aranha - Projeto 
Experimental (Graduação em Comunicação Social com habilitação em 
Jornalismo) - Universidade de Taubaté, Departamento de Comunicação Social, 
2015.BOTH, I. J. Avaliação planejada, aprendizagem consentida. É ensinando 
que se avalia, é avaliando que se ensina. 2 edições. Curitiba: InterSaberes, 
2017. 
 
FERREIRA, V. P. A importância do Sanatório Vicentina Aranha para o 
desenvolvimento da cidade de São José dos Campos na primeira metade 
do século XX. Disponível em: < 
http://www.camarasjc.sp.gov.br/promemoria/wp-content/uploads/2019/03/TCC-
Vit%C3%B3ria-Unitau.pdf > 
 
PAPALI, M. A.; ZANETTI, V. Fase Sanatorial de São José dos Campos: 
Espaço e Doença Vol. IV. 2010. Disponível em: 
<http://www.camarasjc.sp.gov.br/promemoria/wp-
content/uploads/2018/07/Volume-IV-Fase-Sanatorial-de-S%C3%A3o-
Jos%C3%A9-dos-Campos-Espa%C3%A7o-e-Doen%C3%A7a-.pdf> 
 
Fundação Cultural Cassiano Ricardo. Sanatório Vicentina Aranha. 2009 
<http://www.fccr.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=332
:sanatorio-vicentina-aranha-&catid=134:bens-preservados&Itemid=159> 
 
ZANETTI, V.; PINHEIRO, S. A. G. As representações sociais da 
tuberculose na segunda metade do século XIX. Disponível em: < 
http://www.camarasjc.sp.gov.br/promemoria/wp-content/uploads/2016/08/As-
representa%C3%A7%C3%B5es-sociais-da-tuberculose-na-segunda-metade-
do-seculo-XIX.pdf > 
http://www.camarasjc.sp.gov.br/promemoria/wp-content/uploads/2019/03/TCC-Vit%C3%B3ria-Unitau.pdf
http://www.camarasjc.sp.gov.br/promemoria/wp-content/uploads/2019/03/TCC-Vit%C3%B3ria-Unitau.pdf
http://www.camarasjc.sp.gov.br/promemoria/wp-content/uploads/2018/07/Volume-IV-Fase-Sanatorial-de-S%C3%A3o-Jos%C3%A9-dos-Campos-Espa%C3%A7o-e-Doen%C3%A7a-.pdf
http://www.camarasjc.sp.gov.br/promemoria/wp-content/uploads/2018/07/Volume-IV-Fase-Sanatorial-de-S%C3%A3o-Jos%C3%A9-dos-Campos-Espa%C3%A7o-e-Doen%C3%A7a-.pdf
http://www.camarasjc.sp.gov.br/promemoria/wp-content/uploads/2018/07/Volume-IV-Fase-Sanatorial-de-S%C3%A3o-Jos%C3%A9-dos-Campos-Espa%C3%A7o-e-Doen%C3%A7a-.pdf
http://www.fccr.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=332:sanatorio-vicentina-aranha-&catid=134:bens-preservados&Itemid=159
http://www.fccr.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=332:sanatorio-vicentina-aranha-&catid=134:bens-preservados&Itemid=159
http://www.camarasjc.sp.gov.br/promemoria/wp-content/uploads/2016/08/As-representa%C3%A7%C3%B5es-sociais-da-tuberculose-na-segunda-metade-do-seculo-XIX.pdf
http://www.camarasjc.sp.gov.br/promemoria/wp-content/uploads/2016/08/As-representa%C3%A7%C3%B5es-sociais-da-tuberculose-na-segunda-metade-do-seculo-XIX.pdf
http://www.camarasjc.sp.gov.br/promemoria/wp-content/uploads/2016/08/As-representa%C3%A7%C3%B5es-sociais-da-tuberculose-na-segunda-metade-do-seculo-XIX.pdf
40 
 
 
 
ZANETTI, V.; SILVA, M. H. A. da; PINHEIRO, S. A. G. Preconceito e 
economia: Breve estudo sobre o tuberculoso em São José dos Campos e 
Campos do Jordão na primeira metade do século XX. Disponível em: < 
http://www.encontro2016.sp.anpuh.org/resources/anais/48/1471370952_ARQU
IVO_BreveestudosobreotuberculosoemSaoJosedosCamposeCamposdoJordao
naprimeirametadedoseculoXX.pdf > 
 
ZANETTI, V.; VIANNA, P. C.; PAPALI, M. A. Memória da fase sanatorial em 
São José dos Campos e Campos de Jordão (1920-1960). Disponível em: < 
http://www.encontro2016.sp.anpuh.org/resources/anais/48/1467767483_ARQU
IVO_MemoriadafasesanatorialemSaoJosedosCamposeCamposdoJordaoanpuh
.pdf > 
 
http://www.encontro2016.sp.anpuh.org/resources/anais/48/1471370952_ARQUIVO_BreveestudosobreotuberculosoemSaoJosedosCamposeCamposdoJordaonaprimeirametadedoseculoXX.pdf
http://www.encontro2016.sp.anpuh.org/resources/anais/48/1471370952_ARQUIVO_BreveestudosobreotuberculosoemSaoJosedosCamposeCamposdoJordaonaprimeirametadedoseculoXX.pdf
http://www.encontro2016.sp.anpuh.org/resources/anais/48/1471370952_ARQUIVO_BreveestudosobreotuberculosoemSaoJosedosCamposeCamposdoJordaonaprimeirametadedoseculoXX.pdf
http://www.encontro2016.sp.anpuh.org/resources/anais/48/1467767483_ARQUIVO_MemoriadafasesanatorialemSaoJosedosCamposeCamposdoJordaoanpuh.pdf
http://www.encontro2016.sp.anpuh.org/resources/anais/48/1467767483_ARQUIVO_MemoriadafasesanatorialemSaoJosedosCamposeCamposdoJordaoanpuh.pdf
http://www.encontro2016.sp.anpuh.org/resources/anais/48/1467767483_ARQUIVO_MemoriadafasesanatorialemSaoJosedosCamposeCamposdoJordaoanpuh.pdf

Mais conteúdos dessa disciplina