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Faculdade Comunitária de João Monlevade 
 
 
ELAINE APARECIDA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO: Um desafio para as Redes de 
Ensino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Monlevade 
2013 
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ELAINE APARECIDA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO: Um desafio para as Redes de 
Ensino 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
à Coordenação de Curso de Pedagogia da 
Rede Doctum do Instituto de Ensino Superior 
de João Monlevade como requisito parcial para 
a obtenção do título de Pedagogia. 
 
Professor Orientador: Silvania Passos Schitine 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Monlevade 
2013 
 
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ELAINE APARECIDA DOS SANTOS 
 
 
 
VIOLÊNCIA ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO: Um desafio para as Redes de 
Ensino 
 
 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso 
foi julgado e aprovado, como requisito 
parcial para a obtenção do título de 
Pedagogia da Rede Doctum, no 
Instituto de Ensino Superior de João 
Monlevade, em 2013. 
 
Valor total:________________________ 
 
 
 
João Monlevade, 18 de Novembro de 2013. 
 
 
Silvania Passos Schitine 
Orientador 
 
 
Prof.ª Eliane Aparecida de Souza 
Coordenadora de TCC 
 
 
 
 
 
COMISSÃO AVALIADORA 
____________________________________ 
____________________________________ 
____________________________________ 
 
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Dedico este trabalho aos meus pais pelo 
exemplo de coragem e persistência em 
suas metas. 
 
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AGRADECIMENTOS 
 
 
 Primeiramente, ao Senhor Jesus, autor e consumador da Fé. Pela fé que 
alcançamos aquilo que esperamos. A esperança que não se vê, mas temos a 
certeza, pela fé, o que almejamos, certamente alcançaremos, pois Deus que 
permitiu que isso acontecesse ao longo do tempo. Fé, esperança, coragem, força 
para continuar lutando, e, finalmente, chegamos ao término deste trabalho muito 
importante para nossa jornada. A concretização deste sonho, a conclusão do Curso 
de Pedagogia. 
 
 A minha orientadora Silvania Passos Schitine, pelo suporte, no pouco tempo que 
lhe coube, pelas suas correções e incentivos. 
 
 Agradeço a minha equipe de enfermagem do PA (Pronto Atendimento) que, muitas 
vezes, contribuiu para a realização do meu curso, compreendendo quando que eu 
tinha que sair mais cedo para ir para a faculdade, e os colegas foram sempre muito 
colaborativos. Valeu galera! Obrigada sempre! Deus abençoe a todos vocês. 
 
Ao meu irmão Emerson, e minha cunhada Míriam pelo incentivo e força para 
finalização do curso. 
 
A todos os professores do curso de pedagogia, pelos ensinamentos, dedicação aos 
colegas, a experiência desses mestres que transmitiram seus conhecimentos para 
que eu pudesse chegar ao final do curso trazendo lembranças e uma bagagem rica 
de conhecimentos. 
 
Agradeço a todos que direta e indiretamente fizeram parte da minha formação, o 
meu: muito obrigada! 
 
 
 
 
 
 
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“A violência, seja qual for a maneira como 
ela se manifesta, é sempre uma derrota”. 
(Jean-Paul Sartre) 
 
 
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RESUMO 
 
Violência escolar é um dos temas mais discutidos na mídia. Violência que saiu das 
ruas para a sala de aula. Acontece a todo o momento, no ambiente escolar: são 
cenas de alunos brigando entre si, agredindo professores, sucateando as escolas, 
destruindo os espaços escolares; pichações de paredes e muros, destruição de 
carteiras, roubos de equipamentos. São vários os tipos de violência: xingamentos 
pelas redes sociais, com o uso da internet: o cyberbulling; tráfico e uso de drogas; 
estupro; agressão física; dano moral; o bullyng, que são os insultos de grupos de 
colegas que tentam discriminar e colocar apelidos nas vítimas, intimidá-las e agredí-
las física ou verbalmente. Discutir as causas e as conseqüências não é tarefa 
simples, a violência sempre existiu, mas, ultimamente, tem tomado proporções 
maiores e mais graves. A briga entre colegas, hoje, geralmente, já se tornou caso de 
polícia. Atualmente, a violência escolar atinge a todas as classes sociais, ou seja, 
diferentes níveis sociais econômicos são atingidos por essa epidemia social. Este 
trabalho sobre violência escolar no ensino médio foi uma pesquisa bibliográfica que 
se centrou no público mais violento, alunos que apresentam comportamentos que 
fogem às normas da sociedade, de maneira que as conseqüências deixam 
professores inseguros e amedrontados, pais de alunos, também, se sentem 
inseguros em deixarem seus filhos na instituição escolar. Enfim, esse trabalho foi um 
levantamento da violência que chegou às escolas, e objetivou promover um retrato e 
uma reflexão sobre esse novo desafio da escola: a violência. 
 
Palavras-chave: violência escolar, violência entre adolescentes, violência e 
educação.
 
7 
 
ABSTRACT 
 
School violence is one of the most discussed topics in the media. Happens all the 
time, in the school environment: violence that left the streets to the classroom. Are 
scenes of students fighting each other, assaulting teachers, sucateando schools, 
destroying the school spaces: graffiti from walls and walls, destroying desks, 
equipment thefts. There are several types of violence: swearing by social networks, 
using the internet, the cyberbulling; trafficking and use of drugs; rape; physical 
aggression; moral damage; the bullyng, which are the insults of groups of colleagues 
who try to discriminate and putting nicknames on the victims, intimidate them and 
scare them physically or verbally. Discuss the causes and consequences is not a 
simple task, the violence has always existed, but, lately, has taken larger and more 
serious proportions. The fight between gentlemen, today, generally, has already 
become a police matter. Currently, the school violence reaches all social classes, i.e. 
different social economic levels are affected by this social epidemic. This work on 
school violence in high school is a bibliographical research that focuses on the 
audience more violent, are students who exhibit behaviors that run society's 
standards, so that the consequences left frightened and insecure teachers, students ' 
parents, too, feel insecure in leaving their children in the school institution. Anyway, 
this work is a survey of violence that arrived at schools, and aims to promote a 
picture and a reflection on this new challenge: school violence. 
 
Key words: school violence, violence among teenagers, violence and education.
8 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 09 
2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................... 12 
2.1 A VIOLÊNCIA NO SEU CONTEXTO HISTÓRICO ESCOLAR..................... 12 
2.2 Causas da Violência Escolar.......................................................................... 15 
2.2.1 Fator Família............................................................................................... 16 
2.2.2 Os Fatores Pessoais.................................................................................. 17 
2.2.3 Fatores sociais............................................................................................ 18 
2.2.4 Fatores Escolares....................................................................................... 19 
2.2.5 Drogas nas Escolas................................................................................. 20 
2.2.6 Meios de Comunicação............................................................................... 23 
2.3 TIPOS DE VIOLÊNCIA.................................................................................. 24 
2.3.1 Tipos de violência.......................................................................................26 
2.3.1.1 Consequências do Bullyng...................................................................... 26 
2.3.1.2 O Bullying e a Justiça Brasileira............................................................... 27 
2.3.1.3 Violência Pelo uso das Redes Sociais: Cyberbullyng é o Bullying no 
Cyberspace.......................................................................................................... 28 
2.4 CARACTERÍSTICAS DAS VÍTIMAS............................................................ 28 
2.5 AS CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA ESCOLAR.................................... 29 
2.6 PAPEL DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS..................................................... 29 
2.6.1 O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)......................................... 29 
2.6.2 O conselho Tutelar...................................................................................... 31 
2.6.3 O Papel da Família..................................................................................... 32 
2.6.3.4 Mudanças na Família Brasileira............................................................... 33 
2.6.4 Papel do Professor.................................................................................... 34 
2.7 VIOLÊNCIA E EDUCAÇÃO: FORMAS DE PREVENÇÃO........................... 35 
2.7.1 Como Prevenir a violência Escolar............................................................. 35 
2.7.2 Medidas de Proteção contra Violência Escolar em João Monlevade: 
Patrulha Escolar diminui violência entre alunos................................................... 36 
2.8 ALGUNS CASOS DE VIOLÊNCIA NO MEIO ESCOLAR............................ 37 
2.8.1 Violência escolar em MG coloca Itabira entre a mais violentas................ 37 
2.8.2 Sem segurança Escolar Fecha................................................................... 39 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 40 
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 42 
 
 
9 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A violência, que sempre esteve presente na sociedade, chegou às escolas. Hoje, a 
violência é uma realidade que se vivencia nos espaços escolares: pelas atitudes de 
indisciplina e rebeldia dos alunos, por atos cometidos na transgressão da ordem, 
das regras da vida em sociedade e da escola. 
 
Por ser a Violência nas Escolas um tema recente, e não ter tantos autores 
brasileiros refletindo, escrevendo sobre esse novo desafio social. Este trabalho, 
objetivando colaborar com a ampliação de material sobre o tema, adotou a 
estratégia bibliográfica e tem em seu cerne as seguintes questões: quais são os 
principais motivos que desencadeiam a violência escolar no ensino médio? Quais 
estratégias de prevenção e intervenção podem ser utilizadas para minimizar a 
violência escolar nesse nível de ensino? 
 
Para responder, ou refletir sobre essas questões, foi organizado um conjunto de 
autores brasileiros e estrangeiros, que orientaram as reflexões e permitiram traçar 
um retrato mais fidedigno do tema. Os autores pesquisados foram: Jadir Cirqueira 
de Souza, promotor da Justiça de Minas Gerais, 1ª edição de 2012 (Violência 
Escolar). Luiza Elena é psicóloga e Maria José Viana Marinho é pedagoga, são 
organizadoras do livro Violência e Educação (A Sociedade Criando Alternativas), 
edição de 2011. Isabel Fernández Garcia é professora do Instituto de Educação 
Secundária de Madrid - Espanha, edição de 2005 é autora do livro Prevenção da 
Violência e Solução de conflitos. Lélio Braga Calhau, promotor de justiça do 
Ministério Público de Minas Gerais, livro Bullying, o que você precisa saber, 3ª 
edição, ano 2011. Catherine Blaya, autora do livro Violência e Maus-Tratos, edição 
de 2006, é socióloga e docente do Instituto Universitário de Formação Professores, 
em França, Estatuto da Criança e do Adolescente Guilherme Freire de Melo 
Barros 7ª Edição, ano 2013 Graduado em Direito pela UFRJ, Ex-defensor Público do 
Estado do Espírito Santo, atualmente Procurador do Estado do Paraná. 
 
Foram utilizadas, também, pesquisas em sites, jornais e revistas para enriquecer o 
texto, além de noticiários recentes de acontecimentos diários sobre o assunto. 
10 
 
Enfim, o tema permitiu uma pesquisa muito rica e abrangente, trabalhando com a 
realidade do cotidiano escolar. 
 
 O objetivo dessa pesquisa foi aprofundar o estudo da violência no ambiente escolar, 
para isso analisou o contexto histórico-cultural da violência escolar no ensino médio, 
refletindo sobre seus fatores, consequências e possíveis alternativas de atuação. 
 
A pesquisa analisou os fatores geradores de violência no ambiente escolar entre 
adolescentes do ensino médio e apontou alternativas para minimizar os conflitos 
existentes, além um levantamento de alternativas para intervir e melhorar a 
permanência dos alunos nas escolas, evitando o fracasso escolar e a evasão nas 
escolas desse nível de ensino. 
 
A relação entre violência e educação no ambiente escolar devido, ao seu caráter 
subjetivo: fatores, causas e suas conseqüências, têm um caráter qualitativo. Assim, 
essa pesquisa é qualitativa, exploratória. A estratégia de pesquisa utilizada, como já 
mencionado, foi a bibliográfica, baseada na pesquisa teórica, em livros, revistas, 
para o aprofundamento melhor do tema da violência escolar. 
 
Baseados nos livros mencionados e na realidade que estamos vivenciando, é 
possível afirmar que a violência nas escolas é uma das principais preocupações da 
sociedade atual. Como sabemos, a violência atinge a vida e a integridade física, 
psicológica e moral das pessoas. São vários fatores que contribuem para o aumento 
da violência: nível sócio econômico baixo, fonte de estresse e de frustrações, 
famílias desestruturadas, alto consumo de drogas, aumento significativo da 
criminalidade envolvendo crianças e adolescentes, na depredação do patrimônio 
público; indisciplina e a falta de limites nos espaços escolares e nos ambientes 
familiares. 
 
É comum ouvirmos, ou até mesmo vivenciarmos caso de alunos que agridem 
professores, colegas e em alguns casos até profissionais da escola. São comuns 
também os casos de violência simbólica: como apelidos, chantagem, xingamentos 
pela internet. Assim, a escola acaba reproduzindo a violência que existe na 
sociedade. A situação da violência costuma estar associada ao comportamento de 
11 
 
ódio contra a própria escola, destruição dos espaços escolares, fazem pichações em 
seus muros, quebram os vidros, portas, arrombam os armários e furtam material 
pedagógico, equipamentos e a merenda escolar. 
 
O vandalismo da sociedade invade a escola, através de alunos sem limites, 
marcados pela miséria, rejeitados pelas famílias, sem autoestima e falta de 
perspectiva de uma vida melhor. Alguns aspectos acabam gerando a violência, 
como a injustiça social, a revolta, a dor do preconceito e a da falta de oportunidades. 
Em alguns casos, a falta de preparo dos gestores, professores e funcionários para 
tratarem, adequadamente, esses problemas no cotidiano escolar, que são atos de 
constantes indisciplinas e violência. 
 
È necessário discutir sobre o tema da violência, fazendo seminários, analisando os 
diferentes tipos de violência, descobrindo as suas causas. Essa deve ser uma ação 
coletiva, que reúna as famílias, comunidades e autoridades na busca de uma 
solução para amenizar os conflitos. 
 
Diante da situação de violência, o que fazer? Como enfrentar essa difícil realidade, 
que nos assombra e nos rodeia? São fatos evidentes que estão presentes nas 
manchetes de jornais, TV, internet e não estão apenas nas regiões locais, mas é um 
tema que repercute em vários lugares do mundo. A violência escolar não tem 
fronteira, é um problema global, em que estamos todos envolvidos direta e 
indiretamente. É um acontecimento de umasociedade que não sabe lidar com as 
diversidades de sua própria constituição multiculturalista. Além disso, é evidente que 
não estamos conseguindo dar conta de viver com a nova constituição de família e de 
valores que o mundo atual impôs. 
 
Enfim, esse trabalho de pesquisa, procurou compreender melhor esse tema e para 
isso, se organizou da seguinte forma: num primeiro momento faz um levantamento 
das principais pesquisas e resumo sobre o tema, procurando compreender, explicar 
melhor esse fenômeno: violência escolar; num segundo momento, nas 
considerações finais, faz uma reflexão sobre o tema e o aprendizado da pesquisa. 
 
 
12 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
2. 1 A VIOLÊNCIA NO SEU CONTEXTO HISTÓRICO ESCOLAR 
 
A violência escolar é o reflexo de uma sociedade formada por famílias 
desestruturadas, alto índice de desigualdade social, mundo individualista e 
capitalista. Parece ser o resultado de uma evolução da humanidade que caminha 
para a formação de um ser humano sem princípios, e sem amor ao próximo. Por 
isso, a violência escolar está cada vez mais ganhando espaço, o seu aumento, nos 
últimos anos, teve uma repercussão muito grande nas mídias, manchetes de jornais, 
televisão, internet, e está sendo um dos assuntos mais debatidos em âmbito 
nacional e internacional. 
 
Segundo Blaya (2006, p. 09) “o tema da violência em meio escolar faz parte das 
principais preocupações políticas, tanto ao nível das ações educativas como ao da 
repressão da delinquência". Este fenômeno vem crescendo sem limites e sem 
fronteiras, pais, educadores e autoridades se mobilizam e estão à procura de 
soluções. Os problemas encontrados decorrem de comportamentos conturbados, 
perturbadores, frustrações, preconceitos, ações repetitivas de agressividade. Uma 
delinqüência qualificada de adolescentes, marcadas pela injustiça e falta de 
perspectiva. Na maioria das vezes, a ausência de relações afetivas das famílias 
contribui para essa violência. 
 
O fenômeno da violência transcende a mera conduta individual e se 
converte em um processo interpessoal, por afetar pelo menos dois 
protagonistas: aquele que a exerce e aquele que a sofre. Uma análise um 
pouco mais complexa permite-nos distinguir também um terceiro afetado: 
quem a contempla sem poder ou sem querer evitá-la (FERNÁNDEZ, 2005, 
p. 25). 
 
Os fenômenos psicológicos se produzem dentro de estruturas sociais, que se 
caracterizam pelo fato de disporem de sistemas de comunicação e de distribuição de 
conhecimentos, afetos, emoções e valores, nos proporciona um enfoque adequado 
para compreender o nascimento e o desenvolvimento de fenômenos de violência 
13 
 
interpessoal, como resposta a experiências de socialização que, em vez de 
proporcionar aos indivíduos afetos positivos e modelos pessoais positivos oferecem 
chaves para a rivalidade a falta de solidariedade e o desafeto. 
 
 
O afeto, o amor e a empatia pessoal, como também o desatam, o desamor e a 
violência, nascem, vivem e crescem no ambiente da convivência diária, sujeita aos 
sistemas de comunicação e de intercâmbio que, em cada período histórico, são 
específicos da cultura e constituem os contextos do desenvolvimento: a criança e a 
educação (RODRIGO, 1994). 
 
A violência caminha pra um processo de evolução aonde podemos analisar que os 
atos de violência se propagam de condutas cada vez mais conflituosas e agressivas. 
Os incidentes de conflitos podem ser altamente estressantes, especialmente se um 
professor, um aluno ou os pais são envolvidos como agente de conflitos ou vítimas. 
 
As sensações de hostilidade, medo, rancor, defesa e outros sentimentos que geram 
as agressões dentro do meio escolar nos levam a realizar esta análise. De um modo 
geral somos todos envolvidos. Quando ocorrem atos de violência dentro da escola, é 
necessários tomar medidas de intervenção preventivas que ajudem as tarefas de 
educar. Trabalhar com os alunos, professores, gestão escolar, a família, pois muitas 
das vezes os conflitos não vêm somente da parte do aluno, muitos de nós também 
somos agentes de conflitos, temos valores éticos e morais diferentes dos outros. 
 
A sociedade mudou, a maneira de educar os filhos é bem diferente dos tempos dos 
avós, a sociedade é mais liberal, a moral e os bons costumes não são os mesmos. 
Cobrar da família a educação de seus filhos sem que eles mesmos não tenham uma 
base de princípios para ofertar seus filhos, se faz necessário trabalhar com as 
famílias a questão de valores. 
 
 
 
14 
 
Se confrontássemos com os problemas que os professores manifestavam há duas 
ou três décadas na educação, podemos verificar que os atos de violência 
progrediram para pior. 
 
 
Segundo Fernández (2005 p. 18), “deve-se entender que promover a convivência 
implica toda a comunidade educativa”. Não é tarefa exclusiva de alguns membros 
(orientador pedagógico, professor, diretor, membros da comissão de convivência), 
mas um produto que resulta de ações e valores compartilhados por todos, 
sustentados com a nossa prática e envolvidos no dia a dia. 
 
Segundo Blaya (2006, p.10), “indisciplina e tumulto, assédio, insultos e ameaças, 
extorsão, medo e ansiedade constituem, por vezes, o quotidiano de alunos e 
docentes, influenciando o clima social do estabelecimento de ensino”. O clima 
marcado por estes conflitos acabam tornando um ambiente tenso, gerando 
desconforto tanto para os alunos, quantos para os professores. A violência traz a 
insegurança e o receio de que algo terrível está prestes a acontecer. 
 
Nesse novo contexto, configurado de modo mais evidente, nos últimos 15 anos, tem 
se no centro da fotografia a instituição escolar fragilizada por sua pouca autonomia 
na ação de inibir os atos de violência. Seus maiores trunfos ainda continuam sendo 
a conscientização e o diálogo. Mas a realidade tem evidenciado que a escola tem 
perdido, pois os números revelam um crescimento cada vez maior de atos de 
Anos de 1950 Anos de 1990 
 
Falar sem autorização 
Mascar chiclete 
Fazer barulho 
Correr pelos corredores 
 Atravessar as filas 
 
 
 Drogas e álcool 
Armas de fogo e facas 
Perturbações indesejadas 
Suicídio 
 Violência em geral 
15 
 
violência no interior das escolas. Esses números aumentam, quando se tem o 
público e o nível de ensino definido: Ensino Médio. 
 
 
2. 2 Causas da violência escolar 
 
Uma análise das causas da agressividade deve levar em conta aqueles 
fatores de risco que os estudos sobre a violência da sociedade indicam 
como aspectos importantes para o desenvolvimento agressivo do indivíduo. 
Os elementos fora da escola que apesar de decisivos na formação dos 
traços de personalidade dos alunos, se mantêm longe da ação direta e 
controlada dos mecanismos internos da instituição escolar. São eles: 
contexto social, características familiares e meios de comunicação 
(FERNÁDEZ, 2005, p. 34). 
 
 A sociedade atual e a sua estrutura social, com grandes bolsões de pobreza e 
desemprego, favorecem contextos sociais em que é mais propício um ambiente de 
agressividade, delinqüência e atitudes antissociais. É verdade que a própria 
estrutura social e os seus princípios competitivos em firme contraste com uma 
precária oferta de emprego e de desenvolvimento pessoal do jovem propiciam 
atitudes violentas. 
 
A violência não afeta a todos por igual: são as crianças, as mulheres e os 
marginalizados quem mais sofrem suas seqüelas. Sua impotência de defesa pode 
ser objeto de rejeição, pobreza e agressões de toda espécie. 
 
Como adolescente, a criança maltratada, sem amor, desvinculada dos apegos e 
segurança que outras crianças possuem, se projetará em muitas ocasiões em 
condutas antissociais. 
 
Existe uma responsabilidade social de melhorar a qualidade de vida de nossos 
jovensem situação de risco e de desamparo. Essa responsabilidade deve ser 
compartilhada por diferentes instituições sociais, sendo a escola uma delas. 
Também outros âmbitos de desenvolvimento social e educativo, as características 
16 
 
dos ecossistemas onde residem os adolescentes, o status socioeconômico, o 
estresse social provocado pelo desemprego e alienação sócia l (MELENDRO, 1997). 
 
A escola se apresenta como andítodo para essa avalanche de fenômeno social, mas 
não é a única resposta para a problemática. O papel de modelo alternativo para as 
injustiças sociais, que poderá simbolizar a escola, se vê continuamente inibido pela 
realidade vital da criança em seu ambiente social e familiar. 
 
É a confluência de múltiplas ações (assistência social, assistência sanitária, juizado 
de menores, educadores de rua, etc.) combinadas com a tarefa da escola que 
poderiam minimizar as carências de nossas crianças. 
 
A escola não pode e tampouco tem a obrigação de assumir sozinha a 
responsabilidade de educar nossos jovens e menos ainda em um mundo onde a 
informações e os valores se ligam à mesma estrutura da sociedade. A seguir, os 
principais fatores motivadores da violência escolar. 
 
 
2.2.1 Fator familiar 
 
O fator familiar provocado pela nova configuração e conceito de família, muitas 
vezes, marcado pela ausência da família biológica, além da marca da ausência de 
impor limites dos pais na educação dos filhos, da pouca presença dos pais, ou 
mesmo interesse e participação na vida dos filhos, são fatores que contribuem para 
o aparecimento de distúrbios de comportamento, que, geralmente, levam à violência. 
 
Outro fator que demarcar o uso da violência é a influência que os adolescentes 
sofrem, através do convívio em ambiente familiar conflituoso, desestruturado, sem a 
presença do diálogo e do exemplo da paz. Muitas famílias desestruturadas utilizam 
de agressões físicas e verbais no ambiente familiar para a convivência diária, isso 
pode levar os filhos a atos violentos. Enfim, o adolescente não é bem assistido pela 
família, nem tem um bom exemplo. 
 
17 
 
Segundo Blaya (2006, p. 82), “os pais são os primeiros referentes da criança e 
servem de modelo em termos de comportamentos a adotar. Alguns fatores familiares 
são prenúncio de comportamentos perturbadores, e até violentos.” Quando a família 
não cumpre sua função social, negligencia seu papel, falta uma relação afetiva, 
nunca tem tempo para o diálogo. Não conhece os problemas dos adolescentes e 
não tem tempo para ouvi-los. O trabalho está sempre em primeiro lugar na vida dos 
pais. Isso tende a desencadear a fagulha da violência no espírito do jovem. 
 
Muitas vezes, a ausência de regras claras sobre o que se deve fazer ou meios 
demasiadamente autoritários para correção, falta de comunicação entre pais e filhos 
são igualmente fatores suscetíveis de gerar a violência. Segundo Blaya (2006, p. 
83), “a expressão conflitos familiares faz referência à importância das disputas no 
seio da família, aos insultos ou aos gritos.”. 
 
Para Blaya (2006, p. 83) um meio familiar superprotetor favorece a vitimização dos 
jovens. Assim, as famílias superprotetoras contribuem para a formação de crianças e 
adolescentes frágeis, com baixa autoestima, sem autonomia, que são alvos de 
perseguições e vítimas dos ataques violentos dos colegas, e das ações do bullying. 
O adolescente deve ter autonomia e autoestima, os pais devem educá-lo para 
desenvolver tais comportamentos; evitando a formação de um ser muito frágil, e, 
consequentemente, sem estrutura para se defender dos ataques de violência dos 
colegas. 
 
Portanto, a família pode ser um fator que promove ou não distúrbios de violência em 
seus entes familiares jovens. Isso depende das relações que se estabelecem em 
seu seio, ou seja, da presença ou ausência do diálogo, do respeito mútuo, do amor e 
mesmo de exemplos vividos. 
 
 
 2.2.2 Os fatores pessoais 
 
A criança pode apresentar riscos de desenvolver um comportamento inadequado ao 
mundo escolar, devido às complicações durante a gravidez da mãe. O uso de 
18 
 
substâncias tóxicas, álcool, drogas pode levar a criança a ter complicações ao 
nascer, baixo-peso ou nascimento prematuro. 
 
A criança pode desenvolver problemas de distúrbios de comportamento, agitação, 
estresse, ansiedade, hiperatividade, déficit de atenção, impulsividade, adoção de 
comportamentos violentos. 
 
No meio escolar, esses distúrbios de comportamentos tendem, no convívio com os 
pares e mesmo na pressão da necessidade de uso de um padrão de comportamento 
e aprendizagem a eclodirem, a se tornarem mais constantes. Aparece, então, a 
violência. Para se imporem, ou mesmo “chamarem a atenção” muitos adolescentes 
e jovens recorrerem à violência direta, física, ameaças, pancadas. O sexo feminino, 
por suas características físicas é mais susceptível de usar a violência indireta ou 
psicológica: boatos, insultos. 
 
 
 2.2.3 Fatores sociais 
 
Um dos fatores mais evidentes na influência de comportamentos de violência nos 
jovens e adolescentes é o fator social, pois o sujeito vivência no seu cotidiano social 
tantos exemplos de violência que acabam encarando tal modo de convivência como 
natural. Assim, 
 
“O fato de viver num bairro exposto à violência (o que está muitas vezes em 
ligação com o nível de pobreza), em que as armas ou as drogas são 
facilmente acessíveis, pode facilitar a passagem ao ato violento e os 
comportamentos de risco em crianças que estão expostas” (BLAYA, 2006, 
p. 84). 
 
Agregado ao fator social está o econômico, pois o jovem tem o desejo de ter todos 
os bens de consumos divulgados na mídia, não importando muito com a forma. Isso 
acaba aumentando a violência escolar, e evidenciando as desigualdades sociais. 
 
19 
 
Assim, os acessos mais fáceis para entrada de drogas e armas nos bairros de 
periferia, ou seja, a realidade das periferias. Falta de dinheiro e conforto, miséria, 
moradia não confortáveis são fontes de estresse e frustração, podendo criar 
comportamentos agressivos e de revolta. Outro aspecto que pode agravar esse 
comportamento é a ausência de um aparato de segurança pública, com viaturas, 
policiais e postos moveis. 
 
 
2.2.4 Fatores escolares 
 
“Se a escola é, em certa medida, o reflexo do seu ambiente exterior, ela pode 
contribuir para o fabrico da violência ou, pelo contrário, participar da proteção e 
segurança das pessoas que acolhe, tanto jovens como adultas” (BLAYA, 2006, p. 
85). 
 
A sala de aula é um contexto de maior influência sobre o clima geral do 
estabelecimento e a integração dos alunos. Ela pode ser um lugar de discriminações 
e humilhações cotidianas por parte dos alunos ou não, dependendo de como as 
relações se estabelecem nesse espaço. 
 
A escola e suas estruturas educacionais podem gerar conflitos, revoltas nos 
estudantes, o descontentamento com professores, gestores, funcionários e o 
sistema de ensino da escola. A escola também produz a violência. 
 
“É um caminho de mão dupla: a escola absorve a violência experimentada 
fora dela, em casa ou nas ruas e, também, gera outras práticas de 
violência que se estenderão aos demais ambientes sociais. Ora como 
vítima, ora como vilã, a escola, contrariando seus propósitos, enfrenta face 
a face os variados fenômenos da violência explícita ou velada” (VALLE; 
MATTOS, 2011, p. 33). 
 
 
Os fatores que contribuem para a violência podem ser de risco pessoal, familiar e 
social. A escola é um ambiente de socialização, importante para a formação da 
identidade da criança. Um ambiente onde não é trabalhado a socialização, e o 
20 
 
respeito, fica difícil saber lidar com as diferenças, o que acaba gerando a violência. 
Os alunos trazem para dentro da escola comportamentos que aprendem no 
ambiente exterior, e a violência vai se infiltrando no espaço escolar. 
 
2.2.5 Drogas nas escolas 
 
Outro fatorque alimenta violência nas escolas de Ensino Médio no Brasil é a 
presença das drogas e a dependência de alguns jovens: 
 
As drogas nas escolas têm atingido os adolescentes de maneira que 
estimulam ainda mais a violência. Os adolescentes e muitas crianças 
experimentam os primeiros cigarros e bebidas alcoólicas, normalmente 
subtraídos, fornecidos ou com a conivência dos próprios pais, parentes ou 
amigos. Por descuido, negligência ou de forma delituosa, milhares de 
famílias desavisadas constituem os primeiros locais e /ou condições de 
drogas (SOUZA, 2012, p. 160). 
 
Os adolescentes e as crianças recebem o contato com as drogas no seio familiar, 
muitos são filhos de pais usuário de drogas, muitas vezes também os pais trabalham 
fora, e as crianças e adolescentes ficam nas ruas sendo alvos de traficantes e 
colegas usuários. 
 
 Em recente pesquisa realizada pelo CEBRID (centro Brasileiro de Informações 
sobre Drogas Psicotrópicas), constatou-se que as crianças e os adolescentes nas 
ruas são extremamente vulneráveis às drogas, sobretudo quando perdem o vínculo 
com a família ou com a escola. Segundo a pesquisa, cerca de 72,5% das crianças e 
adolescentes que sobrevivem nas ruas das cidades utilizam ou têm contato direto 
com as drogas (SOUZA, 2012, p. 161). 
 
Se o uso das drogas tem início no seio da família, os pais tem corresponsabilidade 
no processo autodestrutivo do dependente químico. A falta de exemplo familiar, a 
aceitação de uso de drogas nos lares, a ausência de informações sobre a gravidade 
e as conseqüências das drogas, aliados ao afrouxamento dos limites familiares são 
apenas algumas das circunstâncias que concorrem para o avanço no mundo das 
drogas. Enfim, as condições inadequadas das famílias influenciam de maneira 
21 
 
decisiva e constituem, ao mesmo tempo, condição inicial para o ingresso no mundo 
das drogas. 
 
A partir do uso de bebidas alcoólicas e cigarros dentro das residências, em festas, 
entre amigos, inicia-se, gradativamente, o processo de destruição da família 
envolvida, sendo os reflexos do uso de drogas projetado diretamente no rendimento 
escolar dos possíveis usuários e futuros dependentes químicos. 
 
 Percebe-se que a droga, após a fixação no organismo humano, provoca uma 
dependência química, em seus diversos graus, começa com uma pequena dose, 
pode ser um uso aleatório ou contínuo, começa o processo de destruição da vida 
humana. Isso influencia a violência em âmbito escolar, na sociedade, e que vai 
culminar com a morte prematura ou internação psiquiátrica de muitos jovens em 
tenra idade, além do óbvio abandono escolar. 
 
 Além do uso, outro aspecto grave é que muitos jovens comercializam as drogas 
dentro do ambiente escolar, iniciando-se na prática de crimes com a compra e venda 
de drogas. Depois, passa-se para o processo de revenda e distribuição em demais 
locais públicos. Os adolescentes fazem o uso compartilhado de drogas, utilizando 
seringas e agulhas que causam dano à saúde, o contágio de doenças, os distúrbios 
de comportamento agressivo, propagando a violência e o desespero pelo uso de 
drogas. 
 O processo encontra-se num estágio complexo, de difícil solução e 
abrangente, pois mistura práticas de diversos crimes e degradação da 
saúde pública das crianças e adolescentes, principais vítimas das drogas, 
complexos diretos na educação (SOUZA, 2012, p. 163). 
 
 
 As vítimas das drogas abandonam suas casas, escolas e atividades próprias da 
idade ao entrarem no submundo do crime. De forma contínua, os adolescentes- 
dependentes químicos – na maioria das vezes iniciam a prática de atos infracionais, 
dos mais leves aos mais graves, motivados pela crescente necessidade de uso das 
drogas. Além disso, passam a sofrer seqüelas na sua saúde física e mental, 
22 
 
algumas vezes em caráter irreversível, inclusive com a morte prematura (SOUZA, 
2012, p. 163). 
 
 A situação é drástica do ponto de vista educacional, jurídico e social, no plano 
econômico, os vultuosos gastos com equipamentos policiais e o fortalecimento da 
repressão estatal provocam significativo desperdício de dinheiro público. São 
milhões de reais gastos com a repressão, quando de forma mais simples com uma 
educação de qualidade para os jovens e para as respectivas famílias, os problemas 
seriam combatidos com mais eficiência e objetividade (SOUZA, 2012, p. 163). 
 
Cada caso deve-se analisado com suas peculiaridades, cada um tem suas 
realidades, são diversidades de educação que os alunos trazem consigo a partir do 
ambiente em que eles vivem. E depois de identificados os problemas devem partir 
para o campo da solução com a realização de trabalho de atividades educativas, 
esportivas e culturais. Lembrando que uma mudança de comportamento não é do 
dia pra noite, mas necessita de investimentos diários. 
 
Os problemas que afetam na área da educação, especialmente com a evasão 
escolar constatam-se que a legislação vigente, especialmente o Código Penal e o 
ECA estabelecem diferentes tratamentos na tentativa de minimizar o uso e a 
dependência das drogas. 
 
Não é por falta de leis que se permite o crescente avanço do uso e do tráfico de 
substâncias entorpecentes. A disseminação do mal continua se propagando cada 
vez mais. Em relação aos tratamentos ministrados, constata-se no Brasil que apesar 
de alguns bons exemplos, ainda se busca a recuperação das crianças e dos 
adolescentes drogados, através da mera internação em clínicas e outras entidades 
religiosas. Não se busca a redução e/ ou solução do problema, a partir do 
necessário reforço técnico da saúde, apoio familiar e comunitário e da melhor 
qualidade da educação. 
 
A sociedade, o Estado, as famílias e as escolas não estabelecem programas 
públicos e privados eficientes para conter a disseminação das drogas nas escolas. 
 
23 
 
 Na verdade, o adolescente viciado é apenas, parte dos graves problemas 
sociais, econômicos, culturais e médicos que precisam ser detectados e 
corrigidos, a curto, médio e longo prazos, sendo que, da mesma forma, a 
escola apenas sente os reflexos diretos do ingresso das drogas no 
ambiente estudantil, especificamente no recrudescimento na violência 
escolar (SOUZA, 2012, p. 164). 
 
 
 Este problema que a cada dia vem se agravando cada vez mais é conseqüência 
das péssimas condições de vida do povo brasileiro e das ineficientes políticas 
públicas de repressão e prevenção são causas e/ou circunstâncias concorrentes que 
mantém altos índices de usuários de drogas dependentes químicos infanto-juvenis. 
 
 
2.2.6 Meios de comunicação 
 
 
Os meios de comunicação vêm sendo questionados como primeiro 
canalizador da informação. A violência televisiva é uma opção do próprio 
meio. A seleção de mensagens violentas ou a sua substituição por 
mensagens de índole menos agressiva e mais humana em última instância 
é uma decisão das próprias cadeias de televisão (FERNÁNDEZ, 2005, p. 
35). 
 
 
As crianças recebem o impacto dessas imagens de violência cotidiana diretamente, 
todos os dias e às escolas cabe somente à possibilidade de ajudá-los a discernir a 
mensagem da mídia e, sobretudo de criticar a informação comunicada por esse 
meio. As famílias não exercem nenhum tipo de censura ou orientação aos filhos do 
que podem ou não assistirem na televisão. 
 
Muitos dos estudos se concentram nos conteúdos e na frequência de imagens 
violentas que podem ser vistas no decurso de um dia pela TV. É precisamente nos 
espaços infantis que o maior número de atos violentos costuma ser exibido, o que é 
muito significativo. 
 
24 
 
A Mensagem da mídia, dos meios de comunicação, principalmente, da televisão, 
possibilita às crianças um contato com a violência crua, sem uma preocupação de 
como esse ser em formação irá processar aquela informação. Assim, a mídia atua 
na formação de nossas crianças e sobre a população em geral, impelindo-nos apensar que ela proporciona uma interpretação da realidade que aos olhos da 
audiência se apresenta como realidade global e objetiva. A televisão atua sobre a 
opinião pública (SÁNCHEZ MORO, 1996), como formadora de consciência, 
orientadora de conduta e deformadora da realidade (FERNÁNDEZ, 2005, p. 35). 
 
 
2.3 TIPOS DE VIOLÊNCIA 
 
A violência, hoje, vem crescendo de maneira muito rápida, saiu das ruas e chegam 
até a escola atingindo a todos de maneira geral. Atualmente, convivemos com uma 
sociedade violenta, em que os valores, a ética, o respeito já praticamente não são 
cultuados e nem praticados na sociedade jovem. Esses sem limites praticam atos de 
violência, um atentado direto, físico ou de danos morais contra uma pessoa cuja 
vida, saúde e integridade física ou liberdade individual corre perigo a partir da ação 
de outros. 
 
Foram realizadas várias pesquisas nas escolas, nessas se buscou perceber a 
diferença do conceito de violência dada pelo corpo docente e discente da instituição. 
Segundo Monteiro, o corpo docente explica assim: “entendemos a violência, 
enquanto ausência e desrespeito aos direitos do outro”. 
 
Para o corpo discente “violência representa agressão física simbolizada pelo 
estupro, brigas em família e também a falta de respeito entre as pessoas”. Enquanto 
que para o corpo docente a violência é vista como “descumprimento das leis e da 
falta de condições materiais da população, associando a violência à miséria, à 
exclusão social e ao desrespeito ao cidadão”. 
 
A violência para os alunos é vista de forma mais concreta e restrita aos atos que 
geram a violência, já os educadores conseguem ampliar o olhar sobre a violência e 
25 
 
apontar as possíveis causas desses atos e mesmo desenhar uma configuração de 
fatores que a podem gerar. 
 
A violência que as crianças, os adolescentes e jovens exercem, é antes de tudo, a 
que seu meio exerceu sobre eles (COLOMBIER et al., 1989). A criança reflete na 
escola as frustrações do seu cotidiano. 
 
 Violência contra o patrimônio - é a violência praticada contra a parte física da 
escola. “É contra a própria construção que se voltam os pré-adolescentes e 
os adolescentes, obrigados que são a passar neste local oito ou nove horas 
por dia”. 
 Violência doméstica - é a violência praticada por familiares ou pessoas 
ligadas diretamente ao convívio diário do adolescente. 
 Violência simbólica - É a violência que a escola exerce sobre o aluno quando 
o anula da capacidade de pensar e o torna um ser capaz de reproduzir. “A 
violência simbólica é a mais difícil de ser percebida, por que é exercida pela 
sociedade quando não lhes é capaz de encaminhar seus jovens para o 
desenvolvimento da criatividade e atividades de lazer, quando as escolas 
impõem conteúdos destituídos de interesse e de significado para a vida dos 
alunos, ou quando os estudantes à sua própria sorte, desvalorizando-os com 
palavras e atitudes desmerecimento. A violência simbólica também pode ser 
contra o professor quando este é agredido em seu trabalho pela indiferença e 
desinteresse do aluno (ABRAMOVAY; RUA, 2002, p. 335). 
 Violência física - “Brigar, bater, matar, suicidar, estuprar, roubar, assaltar, 
tiroteio, espancar, pancadaria, andar armado e, também participar das 
atividades das gangues” (ABRAMOVAY et al., 1999). 
 
Para Abramovay (1999), o motivo pelo qual os jovens aderem às gangues é a busca 
de respostas para suas necessidades humanas básicas, como o sentimento de 
pertencimento, uma maior identidade, autoestima e proteção, e a gangue parece ser 
uma solução para os seus problemas a curto prazo, assim, o infrator se sente 
protegido por um grupo no qual tem confiança. 
 
26 
 
Valores como solidariedade, humildade, companheirismo, respeito, tolerância são 
pouco estimulados nas práticas de convivência social, quer seja na família, na 
escola, no trabalho ou em locais de lazer. A inexistência dessas práticas dão lugar 
ao individualismo, à lei do mais forte, à necessidade de se levar vantagem em tudo, 
e daí a brutalidade e a intolerância (MONTEIRO, 2003) a influência das gangues que 
se aliam ao fracasso da família e da escola. A educação tolerante e permissiva não 
leva a ética na família. Os pais educam seus filhos e estes crescem achando que 
podem tudo. 
 
Assim, dentro do ambiente escolar, a formação das Ganges é uma estratégia que os 
adolescentes utilizam para se fortalecerem, e atacarem as vítimas, buscando 
autonomia, poder e intimidação das vítimas. Enfim, os alunos se acham 
autoconfiantes em atacar as vítimas, utilizando de agressões físicas, bullying e 
ameaças. 
 
 
2.3.1 O bullying no ambiente escolar 
 
Surgiu com um novo conceito no ambiente escolar para denominar a violência 
praticada entre os estudantes e mesmo entre esses e os educadores. O Bullying: é 
uma palavra inglesa, que, no português, remete à intimidação ou ameaça, refere-se 
a todas as formas de atitudes agressivas, intencionais, principalmente, repetidas que 
acontecem entre os estudantes. O termo é novo, relativamente, novo em nosso 
vocabulário, porém o problema existe há muito tempo. Ele sempre existiu, mas não 
era estudado. Somente na década de 1970 que começaram a ser realizadas 
pesquisas sobre o assunto. 
 
 
2.3.1.1 Consequências do bullying 
 
O bullying é uma realidade que vem crescendo cada vez mais nas escolas, tomando 
proporções mundiais, sem limites e sem fronteiras. Tem como consequências o 
fracasso escolar e a evasão. È uma prática terrível para todos os envolvidos, mas, 
27 
 
em especial para as vítimas. Nos casos mais graves, as vítimas podem até cometer 
o suicido ou atacar outras pessoas de forma violenta. 
 
Segundo Calhau (2011, p. 13), “O ambiente escolar com o bullying, perde muito. As 
situações constantes de agressões de bullying dispersam as pessoas e dividem a 
sala, pois, as “brincadeirinhas” são percebidas como formas muito diversas pelos 
envolvidos.”. 
 
Enfim, as conseqüências do bullying podem ser mais amenas ou mais graves, 
dependendo da ação ou mesmo do agressor ou do agredido. 
 
 
2.3.1.2 O bullying e a justiça brasileira 
 
As questões relacionadas às agressões do bullyIng confrontam com os direitos 
fundamentais previstos no art. 5 da Constituição Federal de 1988, devendo ser 
também por isso combatidas por todos os brasileiros, principalmente, no ambiente 
escolar que deve educar e em que os comportamentos alheios exercem mais 
influencia. 
 
Além da constituição Federal de 1988, o Código Civil, o Código Penal, O 
Código do Consumidor, entre outras leis, determinam a punição (cada um 
em sua área) de práticas de bullying, sendo que o assunto começou tímido 
nos tribunais, mas nos últimos cinco anos rompeu os obstáculos iniciais e 
decisões coibindo o bullying (nos mais diversos ambientes) começam a 
surgir, sinalizando que o Poder Judiciário não tolera tais condutas, punindo 
assim, os responsáveis. (CALHAU, 2011, p. 15). 
 
 
“Segundo a lei brasileira, aquele cidadão que, por ato ilícito, causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará-lo” (CALHAU, 2011, p. 15). Na questão do bullying, os pais 
devem orientar os filhos para que não sejam vítimas e, também, para que não se 
tornem agressores. Havendo dano causado por seus filhos menores, por atos do 
bullying, os pais devem indenizar a vítima, independentemente de culpa. Os atos do 
28 
 
bullying são atos ilícitos e devem ser combatidos com a ajuda da família, orientando 
a educação de seus filhos. 
 
2.3.1.3 Violência pelo uso das redes sociais: Cyberbullying é o bullyng no 
Cyberspace 
 
O bullying está sendo utilizado nas redes sociais na web, por meio da internet. O 
internauta aluno agride colegas, professores com xingamentos, apelidos, difamação, 
desmoralizando a imagem das pessoas. São fotos com montagens digitais, vídeos e 
mensagens negativas. Outra vitima desse ato são os professores, na verdade, sãocriados espaços virtuais com objetivo exclusivo de difamar os professores. 
 
Assim, O professor ou o aluno que sofre o cyberbulling não tem controle sobre o que 
é apresentado na rede tampouco sobre a identidade daqueles que o fazem, 
normalmente escondidos por trás de apelidos. Porém, felizmente, já estão surgindo 
leis e formas de descobrirem os infratores e de puni-los. 
 
 
2.4 CARACTERÍSTICAS DAS VÍTIMAS 
 
Segundo Calhau (2011, p. 23) se refere às características das vítimas da seguinte 
forma: “Elas são vistas pelo conjunto de respondentes como pessoas tímidas, 
inseguras e passivas, o que faz com que os agressores as considerem merecedoras 
das agressões dado seu comportamento frágil e inibido”. Esse é o protótipo, mas 
não é uma generalização. Muitas vezes os jovens que sofrem violência fogem a 
essas características, mesmo assim, sofrem com atos violentos por parte dos 
colegas. 
 
Muitas vezes, as vítimas são pessoas que apresentam alguma diferença em relação 
ao demais: um traço físico marcante uso de vestimentas diferentes, status 
socioeconômico superior ao dos demais colegas ou o inverso, alunos frágeis e com 
baixa autoestima. O fato de essas marcas provocarem a violência no ambiente 
29 
 
escolar mostra que, infelizmente, os nossos alunos não estão preparados para viver 
a diversidade e respeitar as diferenças. 
 
 
2.5 AS CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA ESCOLAR 
 
As conseqüências da violência interpessoal podem ser altamente nocivas para todos 
os agentes envolvidos. Para a vítima, pode converter-se em motivos de trauma 
psicológico, risco físico, causa de profunda ansiedade, infelicidade, problemas de 
personalidade e definitivamente uma infinidade de insatisfações e riscos 
desnecessários e lesivos para o desenvolvimento de qualquer indivíduo. 
(FERNÁNDEZ, 2005, p. 54). 
 
Podem ter implicações escolares, tais como o fracasso escolar e a pouca 
concentração, absenteísmo, sensação de enfermidade psicossomática causada pelo 
estresse que se manifesta no momento de ir para o colégio. 
 
Em um determinado estudo Olweus (1993) observou claramente que os 
adolescentes de 13 a 16 anos que haviam sido vitimizados mostravam grande 
probabilidade de depressão aos 23 anos e baixa-estima. 
 
A relação entre a violência e as aprendizagens foi objeto de inúmeras investigações 
e se verifica que o fato de ser exposto de forma regular a comportamentos violentos 
altera funções cognitivas como a memória, a concentração, as capacidades de 
abstração (SINGER et al., 1995). Para Blaya (2006, p. 90) assim, a recusa da escola 
é uma das conseqüências exibida por 14% por cento das vítimas, que apresentam 
igualmente distribuídas da conduta, juntamente com um déficit de atenção e com 
problemas de hiperatividade. Os agressores, os problemas também são importantes, 
com uma grande percentagem de alunos com insucesso escolar. As vítimas têm a 
tendência a faltar à escola para não enfrentar os seus agressores. 
 
 
2.6 PAPEL DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS 
 
30 
 
2.6.1 O Estatuto da criança e do adolescente (ECA) 
 
No Brasil, (...) com a entrada em vigor do ECA (Estatuto da Criança e do 
Adolescente), o país recebe uma das mais modernas legislações protetivas dos 
direitos infanto-juvenis, seguidamente copiada pelas mulheres, vítimas da violência 
domésticas, pelos portadores de necessidades especiais, índios, idosos etc. 
(SOUZA, 2012, p. 125). Assim, na lei, no discurso, os jovens brasileiros estão bem 
amparados contra a violência, mas de forma concreta isso não ocorre. 
 
Na prática do cotidiano escolar, muitos profissionais que estão direta ou 
indiretamente ligados a educação desconhecem as regras e os princípios do ECA. 
As universidades públicas e privadas não ensinam ou trabalham com o tema na sua 
plenitude. Nos cursos de Pedagogia, Psicologia, Assistência social, Direito se 
limitam a ensinar os fundamentos do ECA do Direito da família. Em algumas 
faculdades, o tema é totalmente desconhecido. O assunto é facultativo, e , quando 
obrigatório limita-se a algumas aulas que apenas trazem uma reprodução histórica, 
superficial e sem se aprofundar no conhecimento da lei e sua importância. 
 
A omissão dos professores é muito grande, muitas vezes não conhecem a 
legislação, ou simplesmente se mantém omissos, pois deixam de fazer o básico que 
é comunicar ao conselho tutelar a suspeita da existência de maus-tratos contra os 
alunos. O art. 245 do ECA pune o educador por esta omissão: 
 
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento 
de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de 
comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, 
envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou 
adolescente. Pena- multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se 
o dobro em caso de reincidência. 
 
 
Segundo BARROS (2013, p.26) “Os comportamentos proibitivos não se referem 
apenas aos pais, mas a quaisquer pessoas que tenham contato com a criança ou 
adolescente. A conduta negligente, por exemplo, pode ser exercida por um guardião, 
alguém que tenha uma criança ou adolescente sob seus cuidados em determinada 
31 
 
situação.” A discriminação pode ser por motivos de cor, religião, origem etc. O 
estatuto prevê sanções de natureza civil, como suspensão e a perda do poder 
familiar, penal e administrativa. 
 
Art. 5. Nenhuma Criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de 
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, 
punindo na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos 
direitos fundamentais. 
 
 
Segundo Barros (2013, p. 28) “As políticas públicas competem ao poder Executivo, 
governo federal, estadual e municipal devem agir de forma harmônica e coordenada 
para atender às necessidades da população, mormente à criança e ao adolescente, 
objeto de tutela do Estatuto”. 
 
Assim, o Brasil deixaria de ser o país de belas leis, para ser o país que efetivamente 
protege os seus jovens. Hoje, infelizmente, isso, ainda, não é uma realidade. As 
políticas públicas e o Estado não conseguem criar estratégias que coloquem em 
prática a lei, nem conseguem ter instituições fortes como: o Conselho Tutelar. 
 
 
2.6.2 O conselho tutelar 
 
O conselho Tutelar surgiu como um órgão público que objetivava proteger as 
crianças e adolescentes da violência social. Como se sabe: 
 
“a existência do Conselho Tutelar é nova no Brasil. A história colonial, 
imperial e republicana não registra formação e atuação similar, sendo que 
as funções de proteção/repressão eram direcionadas pelos Juizados de 
Menores e os programas de responsabilidade dos governos federal e 
estaduais” (SOUZA, 2012, p. 188). 
 
 
Somente em 1990 foi que o país conheceu o Conselho Tutelar na sua acepção 
democrática. Os próprios conselheiros tutelares ainda não conhecem a sua 
32 
 
importância e a grandeza de sua atuação e de suas funções tutelares. È um 
processo que ainda está em fase de crescimento, conhecimento sobre sua atuação 
para a realização da concretização, saber agir, como agir e solucionar os conflitos 
infanto-juvenis. 
 
O Conselho tutelar trabalha na esfera municipal desde que configurada a violação 
ou ameaça de direito das crianças e adolescentes, tem-se a situação de risco que 
permite a aplicação de medidas de proteção, e obrigatoriamente deve ser 
comunicado ao conselho tutelar. 
 
O conselho Tutelar trabalha com medidas de proteção quando os direitos das 
crianças ou jovens forem ameaçados ou violados, segundo as situações definidas 
no ECA no art. 98: 
 
Art. 98 As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis 
sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou 
violados: 
 
I - por ação ou omissão da sociedade ou do estado 
II – por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável 
III – em razão de suaconduta 
 
 
Devido à falta ou insuficiência das políticas publicas e dos programas municipais, os 
conselheiros tutelares acabam sendo responsáveis pela má qualidade ou 
insuficiência dos serviços públicos, os quais deveriam ser prestados e 
disponibilizados às famílias, principalmente, nas sensíveis áreas médica, 
educacional e de assistência social. 
 
2.6.3 O papel da família 
 
A família é o grupo social que oferece as condições de desenvolvimento da 
personalidade, identidade, valores éticos e morais, garantido uma educação 
baseadas em princípios. São vínculos estáveis com a própria família, parentes ou 
33 
 
adultos que cumpram o papel de ser referência da criança. A criança o adolescentes 
e desenvolve no dia a dia com a família e aprende (VALLE; MATTOS, 2011, p. 85). 
 
Os pais serão os primeiros mediadores das relações sociais da criança, pois desde 
pequenos é começa a construção da identidade da criança, ambientes violentos, 
conflituosos serão futuramente refletidos no ambiente escolar. As agressões entre 
pais, irmãos dentro da família faz com que a formação da criança e adolescente se 
tornar seres humanos agressivos e sem limites. 
 
A família deverá tomar medidas preventivas como monitoramento do uso da web 
pelos adolescentes. Acompanhar a educação dos filhos de forma intensa é uma 
ação que a família não pode prescindir. Resguardar o máximo possível à privacidade 
de informações pessoais, endereço, e-mail, redes sociais. 
 
O convívio familiar é fundamental para o ser humano, pois a família é o 
elemento básico da sociedade e o meio natural para o crescimento e o bem-
estar de todos os seus membros, em particular das crianças, conforme 
declara a Convenção das nações unidas sobre os direitos da Criança 
(VALLE; MATTOS, 2011 p. 85). 
 
 
2.6.3.1 Mudanças na família brasileira 
 
 Segundo VALLE e MATOS (2011, p. 89), as muitas e rápidas transformações sociais 
que a família tem absorvido neste milênio sugerem a necessidade de refletir sobre o 
movimento de organização que torna possível a conversão de arranjos familiares 
entre si. 
 
A identidade da família tornou-se mais flexível, liberal, os papéis ocupados por pais e 
mães dentro da família tornaram-se mais igualitários, pois a distinção entre os 
papéis rígidos desempenhados por eles diluiu-se e deu uma adequação de forma 
que ambos têm a mesma proporção de responsabilidades. Muitas vezes, as mães 
exercem o papel de pai, e vice- versa. A influência e o papel de outros parentes, 
como avós ou tios das crianças e adolescentes. 
34 
 
 
Além disso, nas famílias atuais, existem diferentes estruturas: pais separados, 
mulheres ou homens que criam sozinhos ou seus filhos, casais homossexuais, 
crianças educadas por avós, tios, entre outros. O desejo é de preparar as crianças 
para o mundo, e, assim, a família precisa interagir de perto com os demais 
ambientes que se ligam à criança, especialmente a escola, onde a criança passa 
grande parte do tempo. 
 
Muito mudou as atitudes dos brasileiros com relação à sexualidade, à moral e à 
família, contribuindo com as expectativas de vencer a violência simbólica, 
considerando que as pessoas estão mais tolerantes em relação a assuntos muito 
relevantes. Uma preocupação não cedeu, a violência física tem piorado, assim 
como a criminalidade, fatos que estão sendo associado, correta ou incorretamente, 
ao tráfico de drogas e aos usuários. É preciso investigar os diversos perigos que 
rondam e interferem no relacionamento familiar, alguns muito claros, como as 
drogas, outros passam, às vezes, despercebidos como famílias desestruturadas, 
pais ausentes, falta de diálogo, criação super protetora, princípios centrados no ter e 
não no ser, ausência de limites definidos para os filhos. (VALLE; MATTOS, 2011, p. 
91). 
 
 
2.6.3.4 O papel do professor 
 
O professor deve ficar atento ao que deve estar acontecendo no âmbito da sala de 
aula, pois muitos professores não estão preparados para lidar com as situações de 
violência e com o novo modelo de jovem que a sociedade está produzindo, além do 
bullying nas suas diversas formas que ele é disseminado. Conhecer os programas e 
as políticas da escola são estratégias essenciais para o seu trabalho, como forma de 
contribuir na prevenção e combate do bullying. 
 
O papel do professor é conhecer o aluno como um todo, observando todas os seus 
comportamentos, buscando diálogo entre os alunos, fazendo reuniões com os pais, 
buscando a participação juntamente com a família na busca de idéias e soluções 
35 
 
para amenizar as causas e as conseqüências dos conflitos que geram a violência 
escolar. 
 
Nem todos os professores estão preparados para lidar com vários tipos de violência 
que vão surgindo ao longo do tempo, é preciso estudar sobre os assuntos, 
progressivamente, as escolas se aprofundam estudos sobre o tema e estão 
buscando as soluções dos conflitos. Assim, o professor tem a responsabilidade de 
estar atualizado a respeito do tema. Participar de seminários, congressos, fóruns 
que debatem sobre o assunto, pois ele é o agente de frente para o combate da 
violência na escola. 
 
 
2.7 VIOLÊNCIA E EDUCAÇÃO: FORMAS DE PREVENÇÃO 
 
2.7.1 Como prevenir a violência escolar 
 
Como se pode comprovar pela vivencia no ambiente escolar, eliminar as práticas de 
violência em todas as suas nuances da escola, exige: 
 
(...) Em suas diferentes etapas é imprescindível planejamento, existe 
vontade política dos governantes e das demais autoridades da área da 
educação para que a pedagogia do sucesso seja traduzida em políticas 
públicas educacionais definidas na existência democrática, compartilhada e 
com objetivos claramente definidos no âmbito estatal e comunitário 
(SOUZA, 2012, p. 232). 
 
A pedagogia de sucesso e suas implicações numa sistematização de ações de um 
planejamento de ensino organizado, preparado pelo professor, transmissão do 
conhecimento, como verificação e correção da aprendizagem. A pedagogia deve 
conhecer seu aluno com um todo, dentro e fora da sala de aula. Conhecer a 
realidade em que vive este aluno. Sua família, origem, sua formação. 
 
Segundo Souza (2012, p. 231), “a instituição de ensino deve possuir o respectivo 
projeto político pedagógico atualizado e compatível com as necessidades dos 
alunos, e jamais um documento meramente burocrático”. 
36 
 
 
 A escola deverá trabalhar numa perspectiva que irá desenvolver um trabalho de 
intervenção com um diagnóstico preciso de todos os problemas e obstáculos que 
deverão ser enfrentados no ano letivo, sempre voltados para atender as 
necessidades do corpo discente. 
 
 De acordo com Souza (2012, p. 163), "a escola de sucesso deve ser protegida 
pelas políticas públicas educacionais específicas, de acordo com sua realidade 
local”. As autoridades deverão contribuir com uma assistência que garantam 
qualidade para o progresso do ensino e diminuição dos atos de violência. 
 
A falta de estrutura familiar é uma das causas do contato direto com as drogas, pais 
que trabalham e ocupam com trabalho um tempo excessivo, esquecem-se de 
orientar seus filhos, falta diálogo, e, muitas vezes, acham que simplesmente 
colocarem seus filhos na escola é suficiente. A escola é que fica responsável pela 
educação e o compromisso de proteger seus filhos de todo o mal. 
 
A escola não consegue trabalhar sozinha no combate da violência escolar, pois para 
amenizar esses conflitos, o trabalho deve ser em conjunto com aluno, família, 
escola, rede de atendimento à criança e ao adolescente, técnicos (Psicólogos, 
Pedagogos, Assistentes sociais, Sociólogos, Advogados) e Governos. 
 
 
2.7.2 Medidas de proteção contra violência escolar em João Monlevade: 
patrulha escolar diminui violência entre alunos. 
 
 Desde fevereiro de 2013, uma equipe de patrulha escolar Polícia Militar está 
atuando em 26 escolas de João Monlevade. A equipe,composta pelo sargento 
Edmilson Garcia e a soldado Márcia realiza rondas de segunda a sexta, e também 
acompanha os alunos e professores em viagens e excursões promovidas pelas 
escolas. 
 
 Este trabalho da Patrulha Escolar em nossa cidade João Monlevade, tem sido 
parceiros para combater a violência escolar, diminuir conflitos. A polícia pode e 
37 
 
dever ser parceira da sociedade. O trabalho da Patrulha Escolar tem sido muito 
eficiente e imprescindível para manter o ambiente escolar mais seguro. 
 
 A patrulha Escolar tem recebido ligações diretamente dos pais dos alunos, isso 
demonstra cumplicidade. A Patrulha escolar tem sido parceira, os policiais se 
tornaram amigos dos alunos e de seus familiares. Mesmo assim, em João 
Monlevade a violência se faz presente. São várias ocorrência, brigas, agressões 
físicas, verbais, bullying, depredações contra o patrimônio, pichações nos muros das 
escolas. Enfim, os tipos de violência se fazem presente, também, nas escolas de 
nossa cidade. 
 
Para amenizar estes conflitos, foi planejada uma ação conjunta entre pais, alunos, 
escolas, professores, autoridades, governantes na busca de diminuir a violência. Em 
João Monlevade, essa parceria e as medidas de proteção, como no caso da 
Patrulha Escolar, têm surtido efeitos muito positivos, mostrando que é possível 
ameninar o problema. Em função de sua natureza complexa, reduzir a violência 
exige consistência e formas variadas de intervenção para sua redução e prevenção. 
 
 
2.8 ALGUNS CASOS DE VIOLÊNCIA NO MEIO ESCOLAR 
 
2.8.1 Violência escolar no estado de Minas Gerais- levantamento coloca Itabira 
entre as mais violentas no meio escolar. 
 
Um levantamento sobre os municípios mineiros onde há mais violência no meio 
escolar coloca Itabira no quarto lugar de um ranking de 29 cidades com mais de 100 
mil habitantes em Minas Gerais. Os dados oficiais são do Censo Escolar elaborado 
pelo Ministério da Educação e tem por base o ano de 2011. O mapeamento foi 
realizado com base no paralelo das ocorrências registradas pela Polícia militar, 
dentro e fora do âmbito de instituições das redes particular, municipal. Estadual e 
federal, com o número de estudantes de cada cidade. 
 
Esta notícia foi publicada no jornal Estado de Minas, artigos da internet, revistas, 
demonstram que a violência está bem próxima de nós, e não apenas se reflete nas 
38 
 
capitais, mas, também, dentro das cidades do interior. Itabira uma cidade de mais 
ou menos com 100mil habitantes revela altos índices de violência, uma cidade que 
fica a 45 km de João Monlevade. 
 
 A violência escolar não tem limites, não tem fronteira um mal que vem se 
disseminando desde pequenos locais, zonas rurais, distritos, capitais, estados e 
mundialmente. Este tipo de violência atinge todas as escolas de maneira geral, as 
ocorrências registradas pela Polícia Militar, dentro e fora do âmbito de instituições 
das redes particular, municipal, estadual e federal. 
 
Em Itabira, educadores confirmam que a situação da violência é um mal que têm 
atingido toda a sociedade e não somente o âmbito escolar. “Violência é da 
Sociedade”. Precisa-se trabalhar a sociedade em si. É realmente uma situação 
preocupante, temos que trabalhar isto. A situação deve ser revertida com um 
trabalho entre o Poder Público e a sociedade. 
 
A relação de atos de violência são ameaças, danos ao patrimônio, atritos verbais, 
bullying, cyberbulling, lesões corporais. Um acontecimento na cidade de Juiz de 
Fora: uma briga entre alunos chamou atenção, quando a diretoria de uma escola 
municipal precisou chamar a polícia para conter um estudante de 11anos. De acordo 
com a instituição, o garoto agrediu colegas e funcionários e por isso foi necessário 
pedir a presença da PM. A mãe do menino, uma faxineira de 43 anos, ficou 
revoltada com a atitude da escola. “Tem cabimento uma diretoria chamar a polícia 
para uma criança de 11 anos de idade?” Indagou. A diretoria rebateu as acusações: 
“a escola não é depósito de crianças e as famílias têm se omitido de suas 
responsabilidades com elas”. 
 
Educação, disciplina, vem de berço, a família continua omissa, transferindo a 
responsabilidade para a escola. Psicólogos e pedagogos apontam a educação 
recebida em casa como uma das causas da violência. Os pais são muito 
permissíveis em relação ao comportamento dos filhos ou muito agressivos. De 
acordo com especialistas, a falta de valores familiares seria um dos motivos da 
violência. A falta de limites por parte dos pais que não conseguem dominar as 
agressões de seus filhos, e esses se refletem na violência do ambiente escolar. 
39 
 
2.8.2 Sem segurança, escola fecha 
 
A violência é uma preocupação de todos. Este noticiário extraído do jornal: O Tempo 
- Contagem, edição de setembro de 2013. 
 
Quem chegava à porta da Escola Municipal Ápio Cardoso, no bairro Nova 
Contagem, em Contagem, na região metropolitana da capital, se depara com aviso: 
“Devido a motivos de segurança, as aulas estão suspensas por tempo 
indeterminado”. O aviso foi fixado pela instituição que convive com problemas de 
violência contra alunos, professores e funcionários. 
 
 A situação se agravou quando jovens começaram invadir aulas, jogar pedras e 
depredar o prédio da escola. Esta triste realidade que amedronta os espaços 
escolares fecha as portas das escolas e não podem de maneira alguma de abater os 
educadores. Eles que de realizam um trabalho de construção de cidadão, é 
necessário buscar ajuda dos governantes, autoridades, para busca de solução. 
 
Em tempos, nos quais os índices de violência são altos para os padrões atuais, 
vivemos experiências de medo, irracionalidade e perda de controle, sentimentos tão 
contrários a ideia de paz. Exemplos disso são situações como briga nas escolas, 
vandalismo, consumo de drogas ou agressão a professores e alunos. 
 
Podem-se apontar alguns aspectos relacionados a isso, como educadores não 
capacitados para lidar com a situação, problemas de gestão e de liderança escolar. 
A escola é um lugar de busca de conhecimento produzido pela humanidade e 
compartilhado para as novas gerações. Dessa maneira, serve como espaço para o 
exercício da cidadania e para alcançar este objetivo, a instituição deve ser 
acolhedora, inclusiva e segura. 
 
A escola é um ambiente mais propício para o aprendizado de valores que norteiam 
uma sociedade pacífica como: o respeito, ética e justiça. Por isso, ela não pode 
fechar as portas, deixar que o vandalismo acabe com o trabalho da escola na 
formação de cidadãos de bens. A violência é um comportamento que deve ser 
trabalhado e revisto por todos. 
40 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Este trabalho sobre a violência escolar no ambiente escolar do ensino médio teve 
como questões norteadoras: quais são os principais motivos que desencadeiam a 
violência escolar no ensino médio? Quais estratégias de prevenção e intervenção 
podem ser utilizadas para minimizar a violência escolar nesse nível de ensino? 
Assim, o objetivo dessa pesquisa foi: aprofundar o estudo sobre a violência no 
ambiente escolar. 
 
Para responder a essas questões, esse trabalhou, utilizou como metodologia de 
trabalho a pesquisa bibliográfica em livros de autores renomados, consultas em 
sites, jornais e revistas para enriquecer o texto, além de noticiários recentes de 
acontecimentos diários sobre o assunto. Enfim, o tema permitiu uma pesquisa muito 
rica e abrangente, trabalhando com a realidade do cotidiano escolar. 
 
Diante dessas questões e desses recursos utilizados, e do caráter qualitativo do 
tema, foi possível chegar às seguintes conclusões: 
 
Primeiro, a violência não tem fronteiras, ela chega a todos os locais e a todas as 
escolas, em diferentes formas e, através de diferentes estratégias. A escola e seus 
profissionais precisam estar preparados para lidar com esse novo, velho fenômeno 
social.A segunda conclusão refere-se aos motivos que levam os jovens a cometerem atos 
de violência simbólica ou física contra outra pessoa, a pesquisa contribuiu para a 
compreensão do tema, mostrando que não é um único fator: desestruturação das 
famílias, despreparo das escolas, violência na sociedade, atuação da mídia, o uso 
de drogas, mas sim uma configuração de fatores que pode ou não levar o jovem a 
cometer atos de violência. 
 
Com relação à atuação para a prevenção dos atos de violência na escola, também, 
foi possível perceber que não são ações isoladas que irão vencer esse novo desafio 
social. A pesquisa revelou que o Brasil possui leis e órgãos de proteção e prevenção 
41 
 
à violência aos jovens, mas que esses não têm funcionado, deixando os jovens, as 
escolas e as famílias desprotegidas. Por outro lado, o trabalho mostra que ações 
que envolvam mais de um setor social: família, escola e polícia militar, por exemplo, 
como a patrulha escolar em João Monlevade, podem contribuir e muito para 
amenizar o problema. 
 
A pesquisa, também, discutiu e revelou que os educadores se mostram 
despreparados e indefesos diante da violência no espaço escolar, esse fenômeno 
sempre existiu, mas, atualmente, ganhou contornos diferentes que assustam e 
amedrontam os professores, sendo necessário um trabalho de formação e apoio 
para que os mesmos possam lidar de forma mais tranqüila e saudável com a 
questão. 
 
Enfim, o tema não se esgota nessa pesquisa, pois a violência escolar tomou uma 
repercussão tão grande, que, hoje, é um tema comum nas mídias, acrescentando à 
discussão um novo terno: o bullying. A existência do bullying nas escolas tem sido 
abordada e investigada muito intensamente nos últimos anos. O assunto é mundial. 
A preocupação com a violência no ambiente escolar é de toda a sociedade, pois a 
escola é, ainda, a referência para a construção da cidadania e de valores de boa 
convivência social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
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