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TRABALHO ACADEMICO PROJETO AMBIENTAL TCC

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DE SOROCABA 
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
Silvana Cristina Torres de Siqueira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DE SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorocaba/SP 
2017 
 
 
Silvana Cristina Torres de Siqueira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DE SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como exigência parcial para 
obtenção do Diploma de Graduação em 
Administração, da Universidade de 
Sorocaba. 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Rafael Ângelo Bunhi 
Pinto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorocaba/SP 
2017 
 
 
 
Silvana Cristina Torres de Siqueira 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO AMBIENTAL 
 
A IMPORTÂNCIA DE SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado 
como requisito parcial para obtenção do 
Diploma de Graduação em Administração, 
da Universidade de Sorocaba. 
 
Aprovado em: ___/___/_____ 
 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
 
 
Prof. Dr. Rafael Ângelo Bunhi Pinto 
Universidade de Sorocaba 
 
 
 
Prof.Mª Sueli Sales de Almeida 
Universidade de Sorocaba 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pôr ter me concedido vida, 
saúde, força e sabedoria para realizar todos meus objetivos. 
Ao meu esposo Daniel, pelo carinho, dedicação e incentivo, aos meus filhos, 
Gustavo e Leonardo pela paciência durante minhas ausências e também por 
servirem de fonte inspiradora para meu crescimento como pessoa, e porque através 
da maternidade tenho me tornado um ser humano melhor. 
Não poderia esquecer também de agradecer aos meus pais, que sempre me 
apoiaram e incentivaram em meus estudos. A esta Universidade e ao seu corpo 
docente, em especial ao meu estimado Prof. Dr. Rafael Ângelo Bunhi Pinto por não 
ter medido esforços para me orientar na conclusão deste trabalho, em nenhum 
momento sequer negou sua ajuda e sempre acreditou que eu pudesse concluí-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Nos últimos anos, verifica-se um momento global voltado para as questões 
ambientais. Esse movimento tem envolvido a sociedade como um todo. A 
incorporação desse tema, dentro das organizações é uma realidade crescente e 
inevitável. A mudança de comportamento de toda a sociedade com a preocupação 
ambiental, as pressões exercidas pelos consumidores e órgãos regulamentadores e 
a necessidade do uso de novas tecnologias para produção, são alguns dos fortes 
argumentos para a implementação de sistemas de gestão ambiental. Nesse 
sentido, o objetivo deste trabalho é apontar as evidências que indicam essa 
importância do sistemas de Gestão Ambiental, quais as principais razões que levam 
as empresas a adotarem ferramentas de gestão ambiental, apontando alguns 
exemplos dessas ferramentas e como as organizações encaram as pressões sobre 
o tema de gestão ambiental. 
 
Palavras Chaves: Gestão Ambiental, Sustentabilidade, ISO 14000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1 – Diagrama do Sistema PDCA.....................................................................21 
Gráfico 1 – Principais razões para a adoção de medidas gerenciais associadas à 
gestão ambiental pelas indústrias..............................................................................24 
Gráfico 2 – Número de certificações ISO 14001 no Brasil entre os anos de 2001 a 
2012...........................................................................................................................25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
 
 
ONGs Organizações Não Governamentais 
ONU Organização das Nações Unidas 
SGA Sistemas de Gestão Ambiental 
ISO International Organization for Standardization 
CONAMA Conselho Nacional no Meio Ambiente 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
NBR Norma Brasileira 
PDCA Plan-Do-Check-Act 
CNI Confederação Nacional das Indústrias 
UNIDO Organização pelo Desenvolvimento Industrial das Nações Unidas 
PNUMA Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas 
PNMA Política Nacional do Meio Ambiente 
CF Constituição Federal 
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia 
WBCSD World Business Council for Sustainable Development 
CEBDS Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12 
2 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL ............................................................. 15 
2.1 Noções jurídicas sobre a questão ambiental e Licenciamento Ambiental . 19 
2.2 Modelo de implantação do Sistema de Gestão Ambiental ........................... 20 
2.3 Razões para implantação de Sistema de Gestão Ambiental Norma NBR ISO 
14001 ........................................................................................................................ 22 
3 MODELOS E FERRAMENTAS DE SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL ..... 27 
3.1 Produção Limpa e Produção mais Limpa ...................................................... 27 
3.2 Ecoeficiência .................................................................................................... 29 
3.3 Atuação Responsável ...................................................................................... 30 
3.4 Administração da Qualidade Ambiental Total (TQEM) ................................... 31 
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 33 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 36 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 37 
APÊNDICE – QUESTIONARIOS RESPONDIDOS .................................................. 40 
 
 
 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Esta pesquisa tem como tema a Gestão Ambiental, delimitando seu campo de 
estudo na Importância de Sistemas de Gestão Ambiental, avaliando sua 
aplicabilidade, tendo em vista a realidade brasileira, nos aspectos econômico, 
cultural e legal. 
Nos últimos anos, a questão ambiental se tornou uma grande preocupação 
social, repercutindo no meio empresarial, mudando a maneira de administrar das 
organizações e no gerenciamento, tanto das empresas como no Estado, pois são 
cada vez mais pressionados a oferecer produtos e serviços sem agressão ao meio 
ambiente natural. 
O termo “desenvolvimento sustentável” surgiu a partir do conceito de 
“ecodesenvolvimento”, proposto durante a primeira Conferência das Nações Unidas. 
E, em 1987, a comissão Brundtland, publicou um relatório inovador chamado: 
“Nosso futuro Comum”, que trouxe a definição desse conceito. “Desenvolvimento 
sustentável é aquele capaz de suprir as necessidades dos seres humanos da 
atualidade, sem comprometer a capacidade do planeta para atender as futuras 
gerações” (ONUBR, 2010). 
A Segunda Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, também conhecida como Eco-92, aconteceu no Rio de Janeiro, 
em 1992, onde se reuniram 178 países e propuseram várias convenções para tentar 
resolver a questão da exploração dos recursos naturais no mundo (ONUBR, 2010). 
Dessa Conferência, resultaram várias declarações sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, dentre elas o documento conhecido como Agenda 21, um dos 
mais importantes da área. 
 
A Agenda 21 foi um plano de ação desenvolvido para ser utilizado pela 
sociedade como um todo, buscando a sustentabilidade com o meio em que 
estão inseridas, de forma equilibrada, estimulando políticas que contribuampara a melhoria da qualidade de vida de todos (STADLER; MAIOLI, 2012, 
p.114). 
 
A partir daí, movidas pela demanda dos consumidores, das exigências do 
governo, que estabelece legislação para o assunto, da sociedade, na criação de 
organizações não-governamentais (ONGs), Selos Verdes e Certificações, há uma 
corrida para adequar os processos industriais, a fim de atender às novas 
13 
 
expectativas, bem como implementar os sistemas de gestão, adotando uma 
consciência ambientalmente correta. 
Então, aquela velha postura imediatista, anteriormente encarada nas 
questões ambientais, que era resolvida na tomada de decisões em curto prazo, 
conforme os problemas iam aparecendo, foi dando lugar a postura mais proativa, 
utilizando estratégias para a administração de resíduos e poluentes a longo prazo 
(KINLAW, 1997 apud HERMANNS, 2005, p. 14). 
Nesse contexto, surge o problema de pesquisa: Como o desenvolvimento de 
Sistemas de Gestão são encarados dentro das organizações da região de 
Sorocaba? Como obter resultados economicamente viáveis e competitivos e ao 
mesmo tempo contribuir com o meio ambiente, respeitando o equilíbrio ecológico? 
Com base nesses problemas, levantam-se as seguintes hipóteses: 
 - Criando Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), viáveis no sentido 
econômico, social, legal e ambiental, que sejam de fácil implementação, visando 
minimizar os riscos para a organização como um todo. Não somente atendendo aos 
regulamentos do licenciamento ambiental, mas também usufruindo estrategicamente 
dessa nova postura. 
 - Talvez a quebra de paradigma se faça necessária, pois essa nova postura 
precisa nascer dos valores da organização e fazer parte de sua cultura. 
- Um sistema de gestão ambiental consistente permite à empresa sair da 
passividade em que atua, somente como coadjuvante, e adotar um comportamento 
mais crítico, protagonizando suas ações com inciativas para a melhoria contínua do 
seu sistema. 
 - A busca pelas certificações, como a ISO 14.000, seria um segundo passo 
para que a organização consolide e demonstre a sociedade que efetivamente busca 
resultados mais eficientes e justos socialmente. 
Assim, o objetivo geral deste trabalho é analisar os fatores que levam as 
empresas a buscarem soluções para seus problemas ambientais e a 
sustentabilidade do seu negócio, bem como as consequências, dificuldades e 
benefícios desse controle. 
Como objetivos específicos, procura-se: 
a) Contextualizar historicamente o assunto em debate, a fim de apontar as 
evidências que indicam a importância de se apreciar a questão ambiental. 
14 
 
b) Buscar na teoria sobre o desenvolvimento sustentável, soluções e propor uma 
discussão sobre a relação entre o meio ambiente, sustentabilidade ambiental, 
viabilidade econômica e desejo de mudança. 
c) Debater sobre a possibilidade de uma harmonia entre o modo capitalista que 
produzimos e o meio ambiente, mostrando exemplos de medidas já utilizadas, 
promovendo uma reflexão sobre o desenvolvimento sustentável e verificar a 
implantação da Gestão Ambiental como ferramenta empresarial na busca de 
vantagens competitivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
2 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL 
 
A percepção de que os recursos naturais estão se esgotando rapidamente, a 
degradação do meio ambiente e a lenta capacidade de regeneração da natureza 
têm levado a sociedade a questionar a postura ambientalmente correta na produção 
das indústrias. Mas não é tarefa fácil controlar todas as situações que esse assunto 
envolve no mundo corporativo, principalmente diante do capitalismo competitivo no 
qual estamos inseridos. Desta maneira, conciliar a preservação ambiental e o 
crescimento econômico lucrativo, é o ponto chave para o sucesso das companhias. 
 A questão não é somente fazer uma coleta seletiva aqui, reflorestar ali e fazer 
a divulgação dessas ações, mas é preciso agir de maneira realmente a trazer 
benefícios para as gerações futuras. Encontrar o ponto de equilíbrio, desenvolvendo 
métodos eficazes, com baixo custo e que alcancem resultados positivos e 
satisfatórios. 
 O conceito de Gestão Ambiental não deve ser reduzido de forma exclusiva à 
conservação da natureza, sendo o conceito muito mais amplo. Implica numa 
participação conjunta de toda sociedade no propósito comum de conseguir um 
desenvolvimento sustentável. A Gestão Ambiental pretende reduzir a ação do ser 
humano nos diversos ecossistemas e elevar ao máximo as possibilidades de 
sobrevivência de todas as formas de vida (CURI, 2017). 
Podemos dizer que a Gestão Ambiental é um sistema de administração que 
visa à sustentabilidade. Desta maneira, a Gestão Ambiental é um conjunto de 
atividades operacionais e administrativas, que estão inter-relacionadas para resolver 
as questões ambientais, levando em conta a saúde, a segurança das pessoas e a 
proteção do meio ambiente, visando reduzir os impactos ambientais das atividades 
econômicas (BARBIERI, 2007, p. 152) 
 Assim, as organizações estão desenvolvendo cada vez mais práticas de 
gestão ambiental. Várias posturas estão sendo adotadas para se alcançar esses 
resultados. Primeiramente, é preciso definir a política ambiental da organização, e 
essa é uma tarefa da alta administração, pois se trata de um compromisso assumido 
perante a sociedade na qual toda a empresa se esforçará para cumpri-lo. 
Segundo Curi (2011), a partir dos anos de 1990, as exigências em relação ao 
meio ambiente mudaram. Somente prevenir e controlar a poluição já não era mais o 
suficiente. Era necessário desenvolver um sistema capaz de realizar uma Gestão 
16 
 
Ambiental efetiva. Dentro das organizações, o Sistema de Gestão Ambiental tem 
como objetivo principal minimizar os impactos negativos de suas atividades sobre a 
natureza. 
O Sistema de Gestão Ambiental é a parte de um sistema de gestão da 
empresa cujo foco central é o desenvolvimento e a implementação de sua política 
ambiental e o gerenciamento de seus aspectos ambientais (CALDAS, 2015, p.14). 
Seria a busca incessante de melhoria da qualidade ambiental dos serviços, 
produtos e do ambiente de trabalho da organização. 
Podemos usar como exemplo a Basf Brasil, uma empresa do ramo 
agroquímico, com mais de 100 anos de história no Brasil. Em seu portfólio de 
produtos, a empresa oferece desde químicos, plásticos, produtos de performance, 
produtos para agricultura, até petróleo e gás. A Basf se destaca por sua excelente 
Gestão Ambiental. A empresa possui uma estrutura sólida em que a 
sustentabilidade está firmemente integrada nos sistemas organizacionais, desde o 
planejamento estratégico até a sua implementação (BASF, 2017). 
A indústria assumiu um compromisso global com a proteção do clima de 
forma economicamente eficiente e ecologicamente eficaz. Trabalha com metas 
como redução de geração de resíduos, melhoria dos custos de energia e menor 
consumo de água por tonelada produzida. 
A Basf reduziu 37,2% das emissões de gases de efeito estufa no mundo, 
desde 2002 até 2016. Sua meta, até 2020, é reduzir 40%. Para isso, a empresa tem 
utilizado tecnologias eficientes para gerar vapor e eletricidade. O uso sustentável da 
água e a conservação dos recursos hídricos também são prioridades. 
Entre as ações realizadas pela empresa na América do Sul, destaca-se a 
parceria com a Prefeitura de Guaratinguetá e a Fundação Espaço ECO® para 
implementação do Programa Produtor de Água, que tem como objetivo aumentar a 
disponibilidade de água na Bacia Hidrográfica do Ribeirão de Guaratinguetá, por 
meio de práticas e manejos de conservação do solo, da recuperação das matas 
ciliares e da proteção dos remanescentes de vegetação nativa e nascentes (BASF, 
2017). 
Nesta estrutura, podemos destacar Conselhos e comitês criados 
especialmente para fazer a Gestão ambiental da empresa: 
 - Comitê de Sustentabilidade Corporativa: É o órgão de direçãocentral para o 
desenvolvimento sustentável dentro da Basf. Esse Comitê é composto por chefes de 
17 
 
operações, das divisões centrais e funcionais, e é presidido por um membro do 
conselho. O Comitê monitora a implementação estratégica, define metas e aprova 
documentos de posicionamentos das empresas do grupo sobre temas relacionados 
à sustentabilidade. 
 - Equipe de Núcleo de Sustentabilidade: Essa equipe apoia o Conselho de 
sustentabilidade, na gestão e execução das decisões, em cooperação com as 
comunidades de sustentabilidade. Sua tarefa principal é a gestão de iniciativas de 
sustentabilidade acordadas e o controle para alcançar os objetivos da empresa. 
- Comunidades de Sustentabilidade: Na forma de equipes inter-regionais, 
essas comunidades trabalham com desafios práticos na implementação da 
estratégia de sustentabilidade em seus negócios, garantindo a uniformidade e o 
compartilhamento de conhecimentos em todo o mundo. 
 - Conselho Consultivo de Stakeholders: Especialistas internacionais no 
campo da ciência, da sociedade civil e membros da diretoria executiva participam 
das reuniões ordinárias deste conselho. Seu objetivo é o diálogo permanente para 
desenvolver continuamente sua abordagem de sustentabilidade. 
 - Estratégia de Sustentabilidade: Essa equipe fornece serviços de consultoria 
de modo a avaliar as oportunidades de negócios e riscos, avaliar produtos e 
processos e apoiar o desenvolvimento de estratégias (BASF, 2017). 
Fica cada vez mais evidente a importância da consciência ambiental dentro 
das organizações e o SGA desempenha um papel fundamental para a construção 
de sua sustentabilidade. 
 A questão do desenvolvimento sustentável dentro das empresas tem se 
tornado preocupação vital para a manutenção dos negócios. 
Segundo Barbieri (2007 apud CURI) há uma diferenciação entre uma 
empresa inovadora e uma empresa sustentável. Sendo a primeira uma organização 
que insere novidades de qualquer tipo em seu processo e usufrui dos resultados 
esperados, já a segunda, é uma organização que visa o respeito ambiental, a 
eficiência nos processos e estimula a inclusão social, tudo ao mesmo tempo. 
Neste contexto, Barbieri (2007 apud CURI, 2010) afirma que surge o conceito 
de Organização Sustentável Inovadora, que é a organização que introduz novidades 
que atendam as múltiplas dimensões da sustentabilidade. As dimensões da 
sustentabilidade são: 
18 
 
 - Dimensão Social: Há uma preocupação com os impactos sociais que 
possam ocorrer devido às mudanças. Importa-se com a valorização e o respeito ao 
ser humano. 
 - Dimensão Ambiental: Preservação dos ecossistemas e equilíbrio ambiental. 
 - Dimensão Econômica: Alocar e gerenciar os recursos de forma mais 
eficiente para conservar os ganhos econômicos. 
Um belo exemplo brasileiro de sustentabilidade vem da maior fabricante de 
cosméticos e produtos de beleza e higiene pessoal: A Natura. A empresa oferece 
aos seus consumidores o refil para a reposição de produtos. A embalagem foi 
desenvolvida utilizando uma tecnologia verde, que tem em sua formulação o etanol 
da cana-de-açúcar como elemento principal, e o resultado é chamado de plástico 
verde, o qual é totalmente reciclável e não compromete as reservas esgotáveis do 
planeta, ao contrário dos produtos de origem petroquímica. 
As embalagens originais dos produtos podem ser reutilizadas por, no mínimo, 
5 vezes, para depois serem descartadas. Além da preocupação ambiental, o refil é 
em média 20% mais barato do que o produto regular. Desta maneira há também o 
respeito à economia dos seus clientes.(NATURA, 2017) 
A Natura também tem dados interessantes conquistados, como redução de 
33% da emissão de gases efeito estufa atingida em 2013 sob a meta estipulada em 
2007, e a emissão dos gases que não podem ser evitadas, são compensadas 
através da aquisição do crédito de carbono, que proporciona benefícios 
socioambientais, desde o ano de 2007. A empresa possui também fontes 
alternativas de energia, como carretas de transportes movidas a etanol, carros 
elétricos, triciclos e bicicletas para entrega dos seus produtos, parcerias firmadas 
com seus fornecedores logísticos. (NATURA, 2017) 
A empresa tem divulgado todas suas metas e resultados de sustentabilidade 
através de um documento público chamado "Pense Impacto Positivo - 
Sustentabilidade 2050", no qual reafirma diversos compromissos ambientais, sociais 
e econômicos. 
Fundamentalmente, queremos contribuir para que os princípios da 
Sustentabilidade sejam o alicerce de outras formas de se construir o 
ambiente empresarial e a sociedade como um todo, através de relações 
humanas entusiasmadas, com interações micro e macroeconômicas 
voltadas para a geração de impactos positivos no sentido econômico, social 
e ambiental (NATURA, 2014, p. 15). 
 
19 
 
 
No ano de 2015, A Natura recebeu o prêmio, conferido pela ONU “campeões 
da Terra”, que é a maior homenagem ambiental que a Organização das Nações 
Unidas pode conferir a indivíduos e organizações de destaque (ONUBR, 2015). 
O diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 
PNUMA, Achim Steiner, disse ao se referir ao prêmio conferido a Natura: 
 
O modelo de negócios da Natura é um exemplo brilhante de como a 
sustentabilidade e o empreendedorismo andam lado a lado. O trabalho da 
companhia para ter cadeias de fornecimento verdes, reduzir sua pegada de 
carbono e apoiar comunidades locais demonstra não só um compromisso 
admirável com o meio ambiente, mas também afirma o potencial de uma 
economia verde inclusiva (STEINER, 2015 apud ONUBR, 2015). 
 
O sucesso da Natura é uma inspiração e modelo para empresas de toda 
parte. Eles mostraram que padrões de consumo e produção sustentáveis não só são 
possíveis como beneficiam tanto a companhia como a comunidade. 
 
2.1 Noções jurídicas sobre a questão ambiental e Licenciamento Ambiental 
 
As questões jurídicas voltadas ao meio ambiente são encontradas na Carta 
Magna do país, conforme segue em seu artigo 225: 
 
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de 
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao 
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e de preservá-lo para 
as presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988). 
 
A legislação ambiental do Brasil, estabelece que crime ambiental é qualquer 
dano ou prejuízo causado ao meio ambiente e aos elementos que o compõe. A Lei 
nº 9605/98, disciplina as sanções administrativas e penais referentes as condutas e 
atividades prejudiciais ao meio ambiente, ou seja, todo aquele que comete um crime 
ambiental, seja contra fauna, flora, crimes de poluição, ordenamento urbano, 
patrimônio cultural ou outros, poderá ser passível de pena (COSTA, 2008). 
Conforme descreve Curi (2011), o Brasil utiliza instrumentos de comando e 
controle, que são um conjunto de regras que estabelecem a relação das empresas e 
do cidadão com a natureza. Seu objetivo é controlar o impacto de práticas negativas 
e evitar a degradação do meio ambiente. Os instrumentos de comando e controle 
20 
 
visam o gerenciamento da produção de poluentes por meio de penalidades impostas 
aos causadores da poluição, baseados em legislações nacionais ou locais. 
O licenciamento ambiental é um dos principais instrumentos da Política 
Nacional do Meio Ambiente - PNMA. Foi instituída pela Lei nº 6.938/81 e, nas 
últimas décadas, foi sendo ampliada em relação à sua configuração original. 
Atualmente, suas regras estão estabelecidas em várias outras normas de 
natureza infraconstitucional e por um conjunto de normas legais baseadas em 
Decretos Federais, leis Estaduais e Resoluções do Conselho Nacional do Meio 
Ambiente - CONAMA, além das diretrizes municipais em que a gestão ambiental 
está implantada (BRASÍLIA, 2004). 
O artigo 1º, inciso I, da Resolução CONAMA n° 237, de 19 de dezembro de 
1997, traz o seguinte conceito de licenciamentoambiental: 
 
Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia 
a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e 
atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou 
potencialmente poluidoras; ou aquelas que, sob qualquer forma, possam 
causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e 
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. 
 
2.2 Modelo de implantação do Sistema de Gestão Ambiental 
 
A Gestão Ambiental pode ser dividida em quatro partes: Planejamento, 
Execução, Verificação e Ação, formando um ciclo de melhoria contínua, também 
conhecido como PDCA (Plan-Do-Check-Act) (ABNT, 2015). 
O ciclo PDCA é provavelmente o mais conhecido conceito de gestão da 
qualidade. Seu conceito é bastante aplicado nos processos de gestão de melhoria 
contínua e foi amplamente disseminado por William Edward Deming. 
O Ciclo envolve as 4 etapas: 
Plan (Planejar): É o passo responsável pelo desenho do processo em que se 
quer aplicá-lo. Nesta fase, é preciso estabelecer os objetivos e os caminhos para 
alcançá-lo. 
Do (Executar): Executar o planejado, treinando os envolvidos e coletando os 
dados. 
Check (Verificar ou checar): Analisar e verificar o que foi coletado 
anteriormente. Nesta fase, são detectadas as possíveis falhas e erros do processo. 
21 
 
Act (Agir): Após atingir o objetivo, o PDCA inicia um novo ciclo. Nesta fase, 
são aprimoradas e corrigidas as falhas e, também, são definidos os planos de ação 
para o melhoramento da qualidade do processo. Há a busca de eficiência e eficácia. 
 
Figura 1. Representação do ciclo da melhoria contínua (PDCA) 
 
Fonte: ABNT, (2015) 
 
A certificação da Norma ISO14001 da ABNT (Associação Brasileira das 
Normas Técnicas), é a responsável por regulamentar o sistema, estabelecendo os 
requisitos de implementação e operação. Muitos mercados exigem produtos 
certificados ISO 14001, o que mostra que a questão ambiental não é mais uma 
forma de responder as exigências legais, mas sim um fator de competitividade e 
manutenção de seus mercados. 
 
A Conformidade do sistema de gestão da empresa com a norma ABNT 
NBR ISO 14001 garante a redução da carga de poluição gerada por essas 
organizações porque envolve a revisão de um processo produtivo visando à 
melhoria contínua do desempenho ambiental, controlando insumos e 
matérias-primas que representem desperdícios de recursos naturais. 
Certificar um Sistema de Gestão Ambiental significa comprovar junto ao 
mercado e a sociedade que a organização adota um conjunto de práticas 
destinadas a minimizar impactos que imponham riscos à preservação da 
biodiversidade (ABNT, 2017). 
 
Segundo a ABNT (2017), com isso, além de contribuir com o equilíbrio 
ambiental e a qualidade de vida da população, as organizações obtêm um 
considerável diferencial competitivo, fortalecendo sua ação no mercado. 
22 
 
O número de empresas que desenvolveram a gestão ambiental com base na 
Norma NBR ISO 14.001, vem aumentando a cada ano. Essa consciência ecológica 
abre caminhos para oportunidades e desenvolvimento do negócio. 
A norma NBR ISO 14001 estabelece um conjunto de requisitos necessários 
para que um SGA possibilite o desenvolvimento de políticas e objetivos de acordo 
com os aspectos legais e ambientais mais significativos. 
 
A NBR ISO 14001 apresenta, de forma genérica, instruções necessárias 
para o funcionamento de um SGA. Não existem orientações específicas 
para a forma como rotinas devem ser formuladas, implantadas ou 
gerenciadas e, portanto, é uma tarefa importante no processo de 
certificação a sua interpretação e adaptação à realidade da empresa. 
(OELREICH, 2004 apud OLIVEIRA; SERRA, 2010, p. 431). 
 
 O SGA que é implementado segundo a ISO 14001, permite à organização a 
obtenção de certificação, após auditoria por organismo certificador acreditado. Para 
muitas empresas, obter essa certificação é uma necessidade de mercado, pois 
demonstra seu comprometimento com práticas sustentáveis e padrões 
internacionais de gestão ambiental. 
 
2.3 Razões para implantação de Sistema de Gestão Ambiental Norma NBR ISO 
14001 
 
Os Sistemas de Gestão Ambiental são utilizados por empresas que buscam 
gerenciar suas responsabilidades ambientais de maneira sistemática, o que coopera 
para a sustentabilidade da organização. 
A necessidade de divulgar e verificar uma postura ambientalmente correta 
das indústrias fez nascer o sistema de avaliação de desempenho ambiental ISO 
14001, com suas normas na Gestão Ambiental, a qual tem por objetivo principal 
estabelecer critérios e padronização no Sistema de Gestão Ambiental-SGA 
(MAZZAROTTO; BERTÉ, 2013). 
 
Os principais benefícios obtidos com um SGA baseado na norma NBR ISO 
14001 são: redução de custos na contratação de seguros; aumento da 
atratividade perante investidores; facilidade de acesso a empréstimos; 
motivação dos colaboradores para atingirem metas e objetivos ambientais; 
influência positiva nos demais processos internos de gestão, melhoria do 
moral dos colaboradores e da imagem da empresa; aumento da demanda 
por bens e serviços; desenvolvimento de ações ambientais preventivas; 
redução do consumo de energia elétrica, óleo combustível, água e gás; 
23 
 
início ou ampliação das exportações; e maior confiabilidade na marca da 
empresa (OLIVEIRA; SERRA, 2010, p. 430). 
 
A Certificação da Norma ISO 14001, trata de uma norma com diretrizes 
básicas para o desenvolvimento de um sistema de gestão ambiental. Uma nova 
versão desta norma ocorreu em setembro de 2015. Dentre as principais mudanças 
da versão ISSO 14001 2004 para 2015, pode-se evidenciar as seguintes: (SGS, 
2017). 
 
 - Gestão Ambiental Estratégica: Há um novo requisito para compreender o 
contexto da organização ao identificar problemas internos e externos que estão 
relacionados com suas atividades e ao meio ambiente; 
 - Liderança: Responsabilidades específicas da alta administração para 
expressar sua liderança e seu compromisso com a gestão ambiental; 
 - Proteção Ambiental: A proteção do meio ambiente, prevenção da poluição e 
outros compromissos devem estar explícitas na política ambiental da empresa; 
 - Desempenho ambiental: O foco principal deve ser melhorar o desempenho 
relativo a gestão das questões ambientais, através de avaliação de desempenho e 
indicadores; 
 - Ciclo de vida: A organização precisará estender o controle e influência de 
seus impactos ambientais, desde a aquisição até o tratamento de resíduos. Não 
implica em controlar todo o ciclo de vida do produto, no entanto, precisará levar em 
consideração todos os estágios que podem ser controlados (SGS, 2017). 
Entre as razões que justificam a implantação de um SGA, conforme os 
fundamentos básicos apresentados pela norma ISO 14001, conforme Hermanns, 
(2015) estão: 
- Os recursos naturais são limitados e são afetados pelos processos 
decorrentes da utilização, exaustão e degradação nas atividades fabris; 
 - Os bens naturais, como a água e o ar, estão deixando de ser um bem grátis 
e de livre utilização; 
- O crescimento da população no mundo influencia fortemente nas 
consequências sobre o meio ambiente e os recursos naturais do planeta; 
- A legislação ambiental tem exigido cada vez mais cuidados e respeito ao 
meio ambiente exercendo de maneira coercitiva, através de sanções impostas para 
proteger o ambiente natural; 
24 
 
 - Pressões públicas cada vez mais exigentes quanto à responsabilidade 
ambiental das empresas; 
 - Os bancos e seguradoras dão vantagens competitivas às empresas 
economicamente responsáveis e, por outro lado, cobram taxas mais elevadas das 
empresas poluidoras; 
 - A sociedade e a comunidade local das empresas estão cada vez mais 
críticas com relação a poluição e aos danos causados ao meio ambiente por 
atividades industriais; 
- Compradores estão cada vez mais exigentes com produtos que sejam 
produzidosem condições ambientalmente responsáveis; 
- A imagem das empresas ambientalmente responsáveis é muito mais aceita 
por acionistas, consumidores e autoridades públicas. 
No gráfico 1, percebe-se que a maioria das indústrias brasileiras utilizam 
ações ambientais mais como uma resposta às regulamentações ambientais do que 
como uma postura flexível e proativa. 79% das indústrias declaram que adotam 
programas de gestão ambiental por causa da imagem e reputação no mercado, 78% 
por exigência do licenciamento e 67% por obrigação legal. 
 
Gráfico 1 - Principais fatores para a adoção de procedimentos de Gestão Ambiental 
 
 
Fonte: PRIA et al . apud (Sondagem Especial da CNI – Confederação Nacional das Indústrias - Ano 
2, n.1, maio de 2004) 
 
25 
 
Assim, quando se opta em implantar um SGA, as empresas recebem não 
apenas benefícios financeiros, como economia de insumos, redução de resíduos, 
aumento da eficiência de produção, mas também mitigam os riscos do não 
gerenciamento adequado de seus aspectos ambientais, como multas por 
descumprimentos de legislações, acidentes ambientais, passivos trabalhistas e, 
também, perdas de competitividade no mercado. 
Além desses aspectos apontados, outros ganhos podem ser considerados, 
como: maior valor agregado ao produto, oportunidade de novos negócios, e uma 
boa reputação ecologicamente correta. 
 
Gráfico 2 - Evolução de certificações ISO 14001 
 
Fonte: INMETRO, 2013 apud GOIS, E. H. B; BALTRUSCH, K. C. S. M. Panorama Nacional e Mundial 
da Norma ISO 14001. Rev. Brasileira de Iniciação Científica, Nº 02, 2015, p. 87. 
 
No primeiro ano da série da Norma ISO 14001, em 2001, no Brasil foram 
registradas apenas sete certificações. No entanto, esse número foi aumentando ano 
após ano, até atingir 2.191 certificações em 2012 (INMETRO, 2013 apud GOIS; 
BALTRUSCH, 2015, p. 85). 
 
As principais dificuldades da gestão de um SGA com base na norma NBR 
ISO 14001 são: resistência dos colaboradores em relação aos processos de 
auditoria interna e externa; aumento de custos, de um modo geral, para a 
empresa; e dificuldade de cumprimento de alguns requisitos da norma em 
função de constantes mudanças na legislação (OLIVEIRA; SERRA, 2010, p. 
430). 
26 
 
 
As organizações estão buscando adaptar-se às novas normas e leis 
ambientais para que consigam garantir sua sobrevivência no mercado. As decisões 
sobre qual estratégia usar para se adequar às necessidades de seus clientes e 
simultaneamente aos regulamentos, precisam ser pensadas de acordo com sua 
atividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
3 MODELOS E FERRAMENTAS DE SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL 
 
A seguir, são apresentados alguns modelos ou ferramentas para a 
implantação de um sistema de Gestão Ambiental. 
 
3.1 Produção Limpa e Produção mais Limpa 
 
Entre várias estratégias utilizadas nas organizações que possuem uma 
preocupação ambiental sustentável, destaca-se a denominada Produção Mais Limpa 
(P+L), que tem como intuito reaproveitar, minimizar ou reciclar, todos os resíduos 
que são gerados no processo produtivo industrial. Seu objetivo principal é o aumento 
da eficiência no uso das principais matérias-primas: Energia e água (BRÜGGER et 
al., 2011). 
A Produção Mais Limpa, derivou-se do conceito de Produção Limpa (PL), que 
é um programa desenvolvido pela Organização Não Governamental-ONG 
Greenpeace, entidade voltada a esse assunto, o qual visa um sistema produtivo 
saudável, preocupado com a preservação, limpeza e bem-estar do meio ambiente 
(BRÜGGER et al., 2011). 
Segundo Lerípio (2001 apud BRÜGGER et al., 2011), O conceito de 
Produção Limpa (PL) surgiu nos anos 80, época em que houve um despontamento 
global por parte de várias instituições governamentais e não governamentais, sobre 
a preocupação com o aspecto da relação entre as indústrias e o meio ambiente. O 
Greenpeace definiu algumas características que a organização limpa deve 
implementar em todo processo industrial, no qual a preocupação ambiental 
incorpore todas as fases do processo produtivo, tendo como foco principal a 
preocupação na geração de resíduos. 
Estas características foram descritas pela Fundação Vanzolini (1998 apud 
BRÜGGER et al., 2011, p. 1) 
 
- A auto-sustentabilidade de fontes renováveis de matéria-prima; 
- A redução no consumo de água e energia; 
- A prevenção da geração de resíduos tóxicos e perigosos na fonte de 
produção; 
- A reutilização e reaproveitamento de materiais por reciclagem de maneira 
atóxica e energia eficiente; 
- A geração de produtos de vida útil longa, seguros e atóxicos, para o 
homem e meio ambiente, cujos restos (incluindo embalagens) tenham 
reaproveitamento atóxico; 
28 
 
- A reciclagem (na planta industrial ou fora dela) de maneira atóxica como 
alternativa para as opções de manejo ambiental representadas por 
incineração e despejo em aterros. 
 
No entanto, utilizando-se da base conceitual do Greenpeace e da PL, 
desenvolveu-se uma proposta mais acessível sob a perspectiva de aplicabilidade 
junto às organizações produtivas. A Produção Mais Limpa (P+L). 
 
O conceito de Produção Mais Limpa, foi definido conjuntamente pela 
Organização pelo Desenvolvimento Industrial das Nações Unidas (UNIDO) 
e pelo Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (PNUMA) no início 
da década de 1990, como a aplicação contínua de uma estratégia ambiental 
preventiva integrada aos processos, produtos e serviços com o intuito de 
aumentar a ecoeficiência e reduzir os riscos à saúde e ao meio ambiente 
(BRASIL, 2017). 
 
A Metodologia da Produção Mais Limpa propõe aplicação de uma estratégia 
ambiental preventiva, que esteja integrada aos processos industriais para aumentar 
sua eficiência e minimizar os riscos para a sociedade e para o meio ambiente, além 
de reduzir os desperdícios e custos e, dessa maneira, alavancar o processo 
inovador da organização, visando sua competitividade e ganhos (WERNER; 
BACARJI; HALL, 2009). 
Essa estratégia está cada vez mais presente nas empresas preocupadas com 
a sustentabilidade do seu negócio e se torna uma ferramenta eficaz do SGA. 
Na aplicação da metodologia da Produção Mais Limpa, a questão ambiental 
vem sendo encarada como uma estratégia para a competitividade, pois através da 
redução do uso de água, matérias-primas e energia, bem como a eliminação ou 
redução dos resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas, torna-se 
possível sua adequação aos requisitos do desenvolvimento sustentável, numa 
condição essencialmente relacionada a ecoeficiência (HENRIQUES ; QUELHAS, 
2007 apud WERNER; BACARJI; HALL 2009 p. 12). 
Sem dúvida, a grande vantagem do uso das tecnologias limpa, encontra-se 
na possibilidade de reverter um custo de desperdício, o qual seria tratado como um 
problema e passa a ser uma vantagem, com ganhos de produtividade. 
As tecnologias limpas surgiram para substituir processos que são prejudiciais 
ao meio ambiente, utilizando tecnologias inovadoras para produzir a mesma 
quantidade de energia ou produtos, sem a degradação do meio ambiente. Alguns 
29 
 
exemplos são: Produção de energia eólica, solar, produção de biomassa, 
biocombustível, entre outras. 
 
3.2 Ecoeficiência 
 
É o modo de produzir bens e serviços utilizando menos recursos naturais e 
também gerando menos resíduos. 
A ecoeficiência baseia-se no pensamento de aproveitar ao máximo o 
potencial dos recursos e seu reaproveitamento, por meio, principalmente, do reuso e 
da reciclagem. A redução de materiais e energia por unidade de produto e/ou 
serviço, aumenta a competitividade da empresa podendo, também, criar valor, ao 
mesmo tempo em que reduz as agressões ao meio ambiente (BARBIERI, 2007 apud 
CURI, 2010 p. 33). 
 
O termo ecoeficiência foi introduzido em 1992 pelo World Business Council 
for Sustainable Development (WBCSD) – Conselho Mundial de Negócios 
para o Desenvolvimento Sustentável.,por meio da publicação do livro 
Changing Course, sendo endossado pela Conferência Rio-92, como uma 
forma das organizações implementarem a Agenda 21 no setor privado. 
Desde então, tem-se tornado sinônimo de uma filosofia de gerenciamento 
que leva à sustentabilidade, e como foi um conceito definido pelo próprio 
mundo dos negócios, está se popularizando muito rapidamente entre os 
executivos de todo o mundo (SCHMIDHEINY,1992 apud ECOEFICIENTES 
2017). 
 
Os princípios da Ecoeficiência estão baseados nas seguintes ações, 
conforme aponta Schmidheiny (1992 apud ECOEFICIENTES, 2017). 
a) Redução da intensidade de materiais; 
b) Redução da intensidade de energia; 
c) Redução da dispersão de substâncias tóxicas; 
d) Aumento da reciclabilidade dos seus materiais; 
e) Maximização do uso de recursos renováveis; 
f) Extensão da durabilidade dos produtos; 
g) Aumento da intensidade dos serviços. 
 
 
 
 
30 
 
3.3 Atuação Responsável 
 
Um exemplo de acordo voluntário privado unilateral é o Responsible Care, 
criado pela Canadiam Chemical Producers Association, em resposta à perda de 
confiança do público com relação à indústria química, ou Atuação Responsável. 
No Brasil, a ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química, é a 
responsável pela implementação desse programa, que é denominado Atuação 
Responsável - AR. 
O programa Atuação Responsável, de acordo com Barbieri (2007 apud CURI, 
2010 p. 35) baseia-se em seis componentes: Princípios diretivos; Códigos e práticas 
gerenciais; Comissões de lideranças empresariais; Conselhos comunitários 
consultivos; Avaliação de progresso; Difusão na cadeia produtiva. 
O código de conduta orienta as ações da empresa nas áreas de Saúde, 
Segurança e Meio Ambiente, recomendando uma abordagem de prevenção à 
poluição. 
 A implantação do Sistema de Gestão do Programa AR, oferece a empresa 
uma ferramenta que permite desenvolver de maneira objetiva os temas relacionados 
à saúde, segurança e ao meio ambiente, considerando seus processos, produtos, 
instalações e serviços. 
Conforme descrito no Manual Institucional do Programa Atuação 
Responsável, (2017). os requisitos do Sistema visam: 
 
Segurança de processo: Preservar a integridade das instalações e a 
confiança operacional 
Saúde: Prevenir a exposição de agentes químicos, fisícos, ergonômicos e 
biológicos. 
Meio Ambienta: Eliminar e/ou reduzir os impactos causados pelos produtos 
químicos no meio ambiente. 
Segurança do Trabalho: Proteger e prevenir contra acidentes de trabalho. 
Gestão de Produto: Avaliar e controlar riscos dos produtos de acordo com o 
Sistema Globalmente Harmonizado (GHS) e o Global Product Strategy 
( GPS). 
Segurança das Instalações: Proteger e prevenir contra ações intencionais. 
 
O programa ainda destaca em seu Manual Institucional do Programa Atuação 
Responsável (2017), benefícios para a empresa que o adota e para os seus 
funcionários, como por exemplo: Maior confiança na organização, demonstra 
inovação, aumenta a transparência da organização, reduz o risco de acidentes e os 
31 
 
impactos ambientais, protege as pessoas e conserva o meio ambiente. Além disso, 
o programa ainda destaca benefícios à comunidade local e toda a sociedade. Como 
exemplos podem ser mencionados: maior transparência, proteção global do meio 
ambiente e maior conteúdo de informação e garantia de um futuro sustentável. 
 
 
3.4 Administração da Qualidade Ambiental Total (TQEM) 
 
Atribui-se ao Global Environmental Management Initiative (GEMI), uma ONG 
criada em 1990 por grandes empresas multinacionais, tais como Coca-Cola, IBM, 
etc, o conceito de Total Quality Environmental Management (TQEM), que é uma 
ampliação dos conceitos de Qualidade Total, ou Total Quality Management (TQM) É 
compreendida num esforço contínuo de todos os integrantes da empresa e seus 
fornecedores em produzir e comercializar bens ou serviços que atendam as 
expectativas de seus clientes. 
Os elementos básicos da TQEM, segundo Barbieri (2007 apud CURI, 2010 p. 
131) são: Foco no cliente, qualidade como uma dimensão estratégica, processos 
com unidade de análise, participação de todos, trabalho em equipe, parcerias com 
clientes e fornecedores e melhoria continua. 
Conforme descreve Curi ( 2010), a eliminação dos desperdícios é o conceito 
central do TQM e do TQEM e, além dos desperdícios, tudo que possa causar 
problemas ambientais. Tanto o TQM, quanto o TQEM, utilizam o Ciclo PDCA na 
melhoria contínua, ou seja a empresa nunca pode parar e ficar satisfeita com os 
resultados. 
Para controlar os impactos de seus produtos e suas atividades com relação 
ao meio ambiente, as empresas utilizam ferramentas que facilitam esses controles. 
 Muitas não foram criadas para gestão ambiental, mas sim para a 
qualidade, mas, ainda assim são muito úteis para controlar falhas de processo 
(CURI, 2010, p. 133). 
Curi, (2010) menciona também algumas dessas ferramentas utilizadas nos 
modelos de Gestão Ambiental TQEM como, por exemplo: O Histograma, que é um 
gráfico de barras o qual ajuda a visualizar a frequência com que determinado 
comportamento se repete. Os Fluxogramas, que também são gráficos, porém 
descritos por meio de símbolos e setas, que ajudam entender como determinada 
32 
 
atividade se desenvolve passo a passo. Já o Diagrama de Pareto é um gráfico de 
barras que demonstra a frequência com que determinado fenômeno se repete, 
começando do fenômeno mais frequente para o mais esporádico, apurando se no 
final a relação conhecida como 80/20, foi constatada. 
Há ainda, segundo Curi (2010), o diagrama de Ishikawa, ferramenta muito útil 
quando se quer encontrar a causa de um problema. Geralmente, a maior parte dos 
problemas tem a ver com os 6 Ms da cadeia produtiva: Medição, Materiais, Mão de 
obra, Máquinas, Métodos e Meio Ambiente. O objetivo principal desta ferramenta é 
evitar o desperdício e garantir que as sobras sejam recicladas. Existe, ainda, o 
Diagrama de dispersão, um gráfico em que são representados dados de, 
geralmente, duas variáveis, no qual o conjunto dos dados permite analisar a relação 
entre as causas e efeitos dos fenômenos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
4 METODOLOGIA 
 
 
Referente à metodologia deste trabalho, quanto aos objetivos, foi 
desenvolvida a pesquisa exploratória, através de levantamento de informações e 
dados para compreender um determinado fenômeno. 
A pesquisa exploratória se restringe em definir objetivos e buscar mais 
informações sobre determinado assunto de estudo, descrevendo as relações 
existentes entre seus elementos, podendo ainda obter uma nova percepção sobre 
esse assunto e descobrir novas ideias. (CERVO, BERBIAN, SILVA, 2007, p. 63). 
 Quanto aos procedimentos, em um primeiro momento, utiliza-se da pesquisa 
bibliográfica e, posteriormente, do estudo de caso. 
A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências 
teóricas publicadas, quando a pesquisa bibliográfica é feita com o objetivo de 
recolher informações, e conhecimentos existentes de um determinado problema ao 
qual deseja obter resposta (CERVO, BERBIAN, SILVA, 2007, p. 63). 
Já o estudo de caso, na visão de Perovano (2016, p. 198), tem a finalidade de 
esclarecer sobre um ou mais componentes da pesquisa, a fim de explorar situações 
que correspondam aos fenômenos pesquisados. 
O estudo de caso foi realizado com duas empresas de Sorocaba-SP, as quais 
serão descritas como Empresa A e Empresa B. 
A empresa A é uma empresa japonesa do ramo têxtil, fabricante de 
componentes para vestuário, com cerca de 480 colaboradores, instalada em 
Sorocaba já há mais de 40 anos. A empresa B é uma empresa especializada em 
transportes e destinação de resíduos e efluentes industriais, também com mais de 
40 anos de existência. 
Na primeira questão do estudo, foi questionado sobre o que a empresa 
entende por Sistema de GestãoAmbiental. A empresa A afirma que o Sistema de 
Gestão Ambiental, em sua organização é o sistema responsável por gerenciar todos 
os aspectos ambientais, cumprir os requisitos legais e levantar oportunidades. Já a 
Empresa B afirma que o sistema de SGA, em sua organização, é a razão de sua 
existência, uma vez que o ramo de atividade de sua organização está totalmente 
34 
 
voltado para a gestão dos impactos das atividades produtivas das empresas e sem 
um SGA consistente, o negócio da companhia não haveria continuidade. 
Quando perguntado sobre as principais dificuldades enfrentadas pela 
organização na implantação do SGA, a empresa A apontou as dificuldades 
econômicas, pois para atender todos os requisitos legais existentes e , fazer o ciclo 
PDCA girar, é preciso fazer investimentos em novas tecnologias. A empresa B 
também apontou dificuldades econômicas, na manutenção do sistema, no entanto 
ressaltou duas outras observações interessantes, a primeira quanto as dificuldades 
em promover a motivação do colaborador de forma voluntária e consciente, de forma 
a praticar a sustentabilidade, sem ter aquele "Peso" da obrigatoriedade, e a 
segunda seria a cultura do consumidor , pois até que ponto o mercado estaria 
disposto a pagar pela qualidade ambiental, que é importante, porém encarece o 
resultado final do produto ou serviço? Importante mencionar que o ciclo PDCA citado 
pela empresa A, se refere ao método de gestão utilizado para controle da melhoria 
contínua, conforme mencionado no capítulo 2. 
Na pergunta referente como sua empresa contribui para a qualidade de vida 
da comunidade onde está inserida, para a empresa A existe em sua organização a 
preocupação com a comunidade, e uma de suas ações é doar parte de seus 
resíduos não contaminados para um órgão municipal que promove ações 
socioeducativas junto a comunidade, como geração de renda a um grupo de 
artesãos. No ponto de vista da empresa B, sua contribuição é com toda a sociedade, 
pois reduz o impacto causado ao meio ambiente e isso reflete em qualidade de vida. 
Quando se perguntou sobre a relação das melhorias propostas pelo SGA e a 
conservação do meio ambiente, ambas as empresas descreveram ações 
implantadas em sua organização, as quais se podem constatar através de números, 
a redução, reutilização e a reciclagem em seus processos. Também, para ambas as 
organizações, todos os ganhos econômicos obtidos através dessas ações 
realizadas, podem ser constatados através de indicativos e relatórios divulgados 
pela companhia. Para a empresa A , utilizar a imagem ambientalmente correta de 
sua organização tráz retornos financeiros para a companhia, pois muitos clientes 
estão preocupados em consumir produtos sustentáveis. No ponto de vista da 
empresa B, expor a imagem ambientalmente correta de sua organização, é 
praticamente obrigatório, pois suas ações precisam ser transparentes em 
35 
 
praticamente todos os atos, pois transparência traz confiança e confiança traz 
fidelização, conclui. 
Ambas as empresas concordam que, para manter os colaboradores 
engajados com a política ambiental da organização, é preciso investimento em 
treinamentos. É necessário que os colaboradores definitivamente compreendam a 
importância de suas práticas, para que, não somente o objetivo individual da 
companhia seja atingido, mas também para o bem estar geral da sociedade e das 
futuras gerações. 
E, por final, foi perguntado qual o modelo, ou ferramenta de gestão ambiental 
que a empresa adota em sua organização. Nesta questão a empresa A citou as 
mais utilizadas, como: Melhoria contínua, 5W2H, PDCA e diagrama de Ishikawa. A 
empresa B citou apenas que utiliza as praticas e requisitos inseridos na certificação 
ISO 14001. Vale ressaltar aqui que as ferramentas utilizadas pelas Empresas, A e B, 
foram citadas no capitulo 3, sobre Ferramentas e Modelos de Gestão Ambiental, 
com exceção da ferramenta 5W2H, também bastante difundida e utilizada, a qual 
contribui para a tomada de decisão em um plano de ação. A ferramenta utiliza 7 
questões, como aponta Nakagawa (2017): 
 
 - O que (What) deve ser feito? 
- Por que (Why) deve ser implementado? 
- Quem (Who) é o responsável pela ação? 
- Onde (Where) deve ser executado? 
- Quando (When) deve ser implementado? 
- Como (How) deve ser conduzido? 
 -Quanto (How much) vai custar a implementação? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O propósito deste trabalho foi evidenciar as motivações que levam as 
empresas a adotarem mecanismos de gestão ambiental em sua organização. O 
estudo permitiu contextualizar o Sistema de Gestão Ambiental ( SGA) e algumas de 
suas ferramentas. Também é possível constatar os instrumentos de pressões que 
são exercidas atualmente nas indústrias como legislações e exigências da 
sociedade com relação à postura ambientalmente correta das empresas. 
Foi realizado estudo de caso com duas empresas, as quais responderam 
perguntas sobre o assunto e expuseram seus pontos de vista com relação ao tema 
Gestão Ambiental. Ficou evidente que o assunto é cada vez mais relevante para o 
sucesso de qualquer organização e de conhecimento significativo das empresas 
estudadas. 
Lembrando-se do problema de pesquisa, que consta na introdução: Como o 
desenvolvimento de Sistemas de Gestão são encarados dentro das organizações da 
região de Sorocaba? Como obter resultados economicamente viáveis e competitivos 
e ao mesmo tempo contribuir com o meio ambiente, respeitando o equilíbrio 
ecológico? podemos observar neste trabalho que os Sistemas de Gestão Ambiental 
são indispensáveis como estratégia para a alta direção e comprovadamente são 
meios para adequação e controle dos impactos ambientais gerados no processo de 
produção. 
Quanto às hipóteses, confirmam-se todas as levantadas, como as questões 
sobre criação de Sistemas de Gestão Ambiental consistentes, adotando posturas 
proativas, saindo da passividade, procurando incorporar a sustentabilidade na 
cultura da empresa. Buscando alternativas criativas, de fácil implemetação e 
usufruiindo estrategicamente dessa nova postura. 
Ficou evidente também que a busca pelas certificações, principalmente a ISO 
14001, está cada vez mais presente nas organizações, apesar de argumentarem 
que adotam os programas de Gestão Ambiental por motivos de imagem positiva da 
empresa, exigências de licenciamento e regulamentações ambientais. 
 
 
 
 
37 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/70/d6/70d6f3c5-7e7e-4448-bf41-
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firmemente integrada em sistemas organizacionais e de gestão. Temos, 
portanto, criado estruturas para promover atividades de negócios sustentáveis - 
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CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Dispõe sobre licenciamento 
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sujeitas ao licenciamento; Estudos Ambientais, Estudo de Impacto Ambiental e 
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Relatório de Impacto Ambiental. Resolução n° 237, de 19 de dezembro de 1997. 
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40 
 
APÊNDICE – QUESTIONARIOS RESPONDIDOS 
 
 
EMPRESA “A” 
QUESTÕES: 
 
O que se entende por Sistema de Gestão Ambiental? 
Parte do sistema de gestão usado para gerenciar aspectos ambientais, cumprir 
requisitos legais e outros requisitos, e abordar riscos e oportunidades. 
Quais as principais dificuldades enfrentadas pela organização na implantação 
de um Sistema de Gestão Ambiental ( SGA)? 
As principais dificuldades nos dias atuais para manter ou implantar um sistema de 
gestão ambiental, são econômicos. 
Trabalhar a todo o momento para atender à leis já existentes e novas aplicáveis, 
requer muito investimento para adequações. 
Fazer o ciclo PDCA girar visando a melhoria continua na Gestão dos processos, 
também necessita de investimento em novas tecnologias. 
Como o SGA de sua empresa contribui para a qualidade de vida da 
comunidade em que está inserida? 
O SGA DA YKK promove doações de alguns resíduos não sigilosos e não perigosos 
(recicláveis) para uma divisão da prefeitura, o RESSIG. Varias empresas promovem 
a doação para essa divisão, a fim de ajudar a comunidade, artesãos, escolas com o 
reaproveitamento do material ou a utilização dos mesmos em atividades 
socioeducativas. 
Como podemos constatar a relação entre as melhorias nos processos 
produtivos da empresa, propostos pelo SGA ,e a conservação do meio 
ambiente? 
Redução no consumo de energia – aquisição de maquinas que consomem menos e 
tem maior produtividade 
Redução no consumo de água – aquisição de maquinas que consomem menos e 
tem maior produtividade 
Redução na geração de resíduos – melhor aproveitamento de matéria prima e 
reaproveitamento de perdas de matéria prima, gerando menos refugos. 
Ideias sustentáveis – reaproveitamento de óleos lubrificantes em alguns processos 
41 
 
Manutenção preventiva: ajustes, regulagens de máquinas – reduz o consumo de 
insumos e produtos químicos. 
 
Como podemos mensurar os ganhos econômicos obtidos pelas melhorias 
propostas pelo SGA? 
De acordo com tudo que disse acima, todas as ações reduzem o consumo de 
insumos e recursos, consequentemente de custos. 
Até que ponto é vantajoso para a empresa se expor e utilizar a imagem 
ambientalmente correta utilizada em seu SGA? 
Até o momento em que todas as exposições tragam bons negócios e clientes. 
Como é possível manter os colaboradores de sua empresa engajados com a 
política ambiental definida pela alta direção? 
Através da integração de novos colaboradores e reciclagem ambiental dos 
existentes. É importante que todos os colaboradores entendam a importância da sua 
participação nas ações de reciclagem, da redução de consumo de insumos, redução 
da geração de refugos, entre outros. Sem a compreensão e conhecimento desses 
assuntos, não existe engajamento. 
A empresa adota algum modelo / ferramenta de Gestão Ambiental? Qual o 
modelo utilizado? 
Utilizamos 5 W 2 H, PDCA, Ishikawa, melhoria continua, entre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
EMPRESA “B” 
QUESTÕES: 
O que se entende por Sistema de Gestão Ambiental?Para nós, o Sistema de Gestão ambiental é a própria razão de nossa existência, 
pois o nosso ramo de atividade é voltado para a gestão dos impactos das atividades 
produtivas das empresas e sem a nossa própria gestão ficaria inviável a prestação 
de serviços. 
Quais as principais dificuldades enfrentadas pela organização na implantação 
de um Sistema de Gestão Ambiental ( SGA)? 
A educação e cultura das pessoas e como motivar para que participem de forma 
voluntaria e consciente sem o ”peso” da obrigatoriedade. 
Os investimentos para implantação e manutenção. 
A dúvida de que o mercado está disposto a pagar por esta qualidade importante mas 
que encarece o produto / serviço final. 
Como o SGA de sua empresa contribui para a qualidade de vida da 
comunidade em que está inserida? 
Os controles exigidos colaboram de várias maneiras, minimizando o uso de recursos 
naturais , cultivando a otimização da reciclagem e isto reflete direto numa sociedade 
num todo. 
Como podemos constatar a relação entre as melhorias nos processos 
produtivos da empresa, propostos pelo SGA ,e a conservação do meio 
ambiente? 
Criando informações registradas e indicadores , exemplo: aumento no volume de 
recicláveis e diminuição do lixo gerado e enviado a aterro. 
Como podemos mensurar os ganhos econômicos obtidos pelas melhorias 
propostas pelo SGA? 
Criando informações registradas e indicadores. 
Até que ponto é vantajoso para a empresa se expor e utilizar a imagem 
ambientalmente correta utilizada em seu SGA? 
Investir com seriedade num SGA praticamente obriga a organização ser 
transparente e acessível em todos os seus atos. 
Transparência traz confiança e fidelização. 
 
43 
 
Como é possível manter os colaboradores de sua empresa engajados com a 
política ambiental definida pela alta direção? 
Investir em educação, consciência e treinamento. 
Entender que não existe cafezinho de graça e que a motivação financeira individual 
ou em grupo contribuiria para o sucesso do programa 
A empresa adota algum modelo / ferramenta de Gestão Ambiental? Qual o 
modelo utilizado? 
Utilizamos as praticas e requisitos inseridos na certificação da ISO 14001.