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FACULDADE UNYLEYA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA PORTFÓLIO ACADÊMICO EDUCAÇÃO INCLUSIVA ELIDIANE DIAS MOLINAR Campo Grande-MS 2019 2 FACULDADE UNYLEYA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA E SUAS PRÁTICAS NA REDE REGULAR DE ENSINO Portfólio Acadêmico apresentado para a Faculdade Unyleya de modo a atender a Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015 na atividade de Projetos e Práticas Educacionais I. Campo Grande-MS 2019 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 04 ......................................................................................................................... 05 2. DIÁRIO DE LEITURA .................................................................................. 06 2.1 História da Educação Especial ................................................................... 07 ......................................................................................................................... 08 2.2 História da Educação inclusiva no Brasil .................................................... 09 ......................................................................................................................... 10 ......................................................................................................................... 11 ......................................................................................................................... 12 2.3 A educação inclusiva nas escolas de ensino regular ................................. 13 ......................................................................................................................... 14 ......................................................................................................................... 15 3. DIÁRIO DE PESQUISA PRIMEIRO DIA DE OBSERVAÇÃO ..................... 15 ......................................................................................................................... ......................................................................................................................... SEGUNDO DIA DE OBSERVAÇÃO................................................................ 23 ......................................................................................................................... 24 TERCEIRO DIA DE OBSERVAÇÃO ............................................................... 25 ......................................................................................................................... 26 ......................................................................................................................... 27 ......................................................................................................................... 28 4. ANEXOS ...................................................................................................... 29 ......................................................................................................................... ......................................................................................................................... ......................................................................................................................... ......................................................................................................................... ......................................................................................................................... ......................................................................................................................... ......................................................................................................................... ......................................................................................................................... ......................................................................................................................... ......................................................................................................................... 43 5. CONLUSÃO ................................................................................................. 44 ......................................................................................................................... 45 ......................................................................................................................... 46 ......................................................................................................................... 47 6. REFERÊNCIAS ............................................................................................ 48 4 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho de portifólio tem como objetivo, analisar a temática da educação inclusiva no contexto da educação básica, posicionando-se de forma crítica e reflexiva. Estou cursando o 3° semestre de 2019, com a determinação de concluir o Curso de Pedagogia. Nestes dias de pesquisa analisando o material que me foi disponibilizado pela disciplina de educação inclusiva e através de pesquisas na internet pude perceber que um dos caminhos com relação ao ensino formal a ser seguido é a “Educação Especial”, que tem o seguimento aprofundado no atendimento as pessoas com deficiência em situações especializadas ou em instituições que participam de programas de inclusão. E a instituição que me acolheu para realizar este trabalho sobre a educação inclusiva foi a escola Estadual Arcy Eudociak, localizada no bairro Tijuca 2 aqui na minha cidade. Escolhi esta escola porque me identifico muito com aquele ambiente escolar. E também porque ao cursar o curso do Normal Médio em 2009, tive o prazer de conhecer a professora Rosa Maria que era uma de nossas professoras que dava a disciplina de Filosofia da educação quando ainda estava cursando o Norma lMédio. Nesta época então ficamos muito amigas e no desenrolar do modulo da disciplina, um belo dia ela comentou que precisaria se ausentar da sala de aula por dois dias por conta de motivos pessoais e precisava de alguém que a substitui- se para dar aula nesta escola onde ela trabalha até hoje, só para passar o conteúdo programático, que já estaria pronto para passar na lousa para os alunos resolverem pois quando ela retorna-se ela iria fazer a correção. E como nos duas tínhamos muita afinidade uma com a outra, num belo dia ela me perguntou se eu não poderia substituí-la esses dois dias, confesso que me deu um frio na barriga e um pouco de medo, pois se tratavam de alunos do 1°ano do ensino médio daquela escola. Imagina só, eu uma simples aluna do Normal Médio que na época estava trabalhando em um Ceinf, e estava realizando o curso justamente para continuar na área da educação infantil como auxiliar da professora na sala de aula para crianças da pré-escola pensa, substituir uma professora do ensino médio? Que responsabilidade? Mas logo em seguida ela me acalmou e disse que não seria tão difícil tendo em vista que aquela turma era bem mais comportada 5 do que o 2° e 3° ano, ufa! Respirei aliviada, ela me disse que explicaria o motivo para seus alunos o porquê que tinha que se ausentar por esses dois dias, mais que uma amiga iria substituí-la. E mais disse que seria uma grande oportunidade de experiência profissional para mim, pois sempre deixei bem claro para ela que meu sonho era cursar pedagogia para se tornar uma futura docente na área de educação infantil. Olha só como esse mundo dá voltas, agora estou justamente novamente naquela escola realizandoum trabalho para dar continuidade a minha futura formação docente, pena que na sala de aula que ela trabalha não tinha alunos especiais e o horário que me foi disponibilizado para realizar a pesquisa não batia com o período que ela dava aula. Mas tenho fé em Deus e a convicção que com a realização desse trabalho, vou conseguir alcançar meu objetivo que é entender e compreender melhor sobre esse mundo da educação inclusiva e as demais grades curriculares para poder concluir minha faculdade de pedagogia e realizar o meu sonho de lecionar para as crianças da pré-escola e séries iniciais. 6 2 DIÁRIO DE LEITURA 2.1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL Na antiguidade as crianças deficientes ou fora dos padrões aceitáveis eram eliminadas ou abandonadas a própria sorte. Neste período o corpo deveria ser perfeito para ser utilizado na guerra ou para a arte. Na idade média eles eram eleitos de Deus recebendo proteção ou tidos como pecadores ou ainda possuídos por demônios sofrendo segregação. Já no século 18, as pessoas com deficiência eram isoladas com precariedade de cuidados e ausência de atendimentos, neste século eles acreditavam que a deficiência associada ao olcutismo e ao mitícismo, e com o Iluminismo veio a “Racionalidade e a Cientificidade” ou seja, é o inicio das explicações médicos-cientistas, como Rosseau por exemplo ele começou a abrir as mentes das pessoas para as coisas que até então não tinham explicações. Foi então apenas no século XIX que alguns cientistas, como Phillip Pinel, começaram a dar um caráter científico e pontual para as deficiências. Além de Pinel, Down, Itard, Esquirol, dentre outros, passaram a descrever, cientificamente a questão da deficiência física e intelectual ,e a etiologia de cada deficiência, em uma perspectiva clínica. Contudo,observamos um retrocesso no começo do século XX, quando os governos nazistas exterminaram milhares de pessoas com deficiência. Porém ao longo dos anos vinheram-se se aprimorando os estudos das ciências na idade contemporânea como a contribuição do estudo por exemplo da “Síndrome de Down”. A Síndrome de Down constitui um arquétipo de distúrbio genético relacionado à deficiência mental, sendo descrita como uma forma específica de deficiência mental associada com certas características físicas. Embora tenha sido reconhecida desde 1866 por John Langdon Down, a referida síndrome só teve a sua causa esclarecida apenas em 1959, quando o cientista francês Gerome Lejeune e colaboradores verificaram a sua associação com a presença de cromossoma 21 adicional. Dados recentes do Projeto Genoma Humano, mostram que o cromossomo 21 é o menor dos autossomos com cerca de 225 genes, o que pode explicar os efeitos fenotípicos menos importantes nesta síndrome que em outras trissomias dos cromossomos autossomos. 7 A presença tripla da banda cromossômica 21 q22 é considerada crítica para a manifestação do Fenótipo Down, incluindo o retardamento mental. O portador da Síndrome de Down apresenta características fenotípicas que incluem deficiência mental, severos problemas periodentais e malformações cardíacas. Aproximadamente 40% dos indivíduos com síndrome de Down possuem defeitos nas válvulas atrioventriculares. A pessoa com síndrome de Down possui dificuldades de adaptação social: atraso no desenvolvimento mental (de leve a moderado) e motor; e crescimento físico lento, cessando numa idade mais precoce. Assim como a síndrome down continua a ser estudada até os dais de hoje, muitas outras doenças já descobertas também continuam a ser estudas para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, para que os profissionais da saúde e educação saibam como lidar com as especificidades dessas doenças, como por exemplo o autismo, (TGD) transtorno global do desenvolvimento, retardo mental entre outros. È de suma importância que estes profissionais tenham conhecimento sobre essas doenças para poder desenvolver um bom trabalho para que essas pessoas desenvolvam seus aspectos cognitivos, motor e físico. 8 2.2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL Deixando um pouco de lado as explicações científicas, a Educação inclusiva surge no Brasil com os intuitos imperiais cujo público alvo era os surdos e cegos (Bezerra & Souza,2012). Com sua conseqüente expansão no final do sec.xx, estimuladas pela transformações geradas pelos movimentos sociais, aos poucos passou a ser incorporada no sistema educacional regular de ensino, produzindo uma reflexão acerca da integração dos alunos com alguma deficiência. De acordo com COLL, PALACIOS e MARCHESI, (2004,p.15) “O conceito de necessidades educativas especiais e a ênfase na importância de que a escola se adapte à diversidade de seus alunos foi expressão dessas novas realidades”. Até então o termo deficiência estava ligado ao inatismo, com poucas possibilidades de intervenção educativa e de mudança. A partir da década 1960, o foco passa ser direcionado para a necessidade de modificação das instituições sociais e escolares, de forma que elas passassem a atender a diferentes pessoas e crianças e suas necessidades educativas especiais. Mais tarde a partir da década de 1970, com o surgimento da proposta de integração que alunos com deficiência passaram a frequentar as classes comuns das escolas. Os avanços nos estudos da Psicologia e Pedagogia demonstravam as possibilidades educacionais desses alunos. Contudo, ainda predominava a atitude social da educação como reabilitação, considerado o novo paradigma educacional. Os alunos com deficiência ainda vivenciavam a marginalização no sistema educacional, uma vez que as escolas não ofereciam as condições necessárias para que os alunos com deficiência alcançassem o sucesso na escola regular. A dita integração caracterizava-se, apenas, pela inserção física desses alunos na rede comum de ensino. Os alunos só eram considerados integrados quando conseguiam se adaptar à classe comum da forma como ela se apresentava, sem que houvessem adequações no sistema educacional já estabelecido. Ou seja, era a pessoa com deficiência que precisava “se encaixar” naquela classe, dita comum, e não a escola se adequar às necessidades daquela pessoa. Verifica-se outra vez, a coexistência das atitudes de educação/reabilitação e de marginalização no contexto educacional. 9 Já na década de 1990, o conceito de necessidade educacional especial foi ampliado, abrangendo não só as crianças e jovens com deficiência, mas, também, as com altas habilidades/superdotadas, crianças em situação de rua, de populações remotas ou nômades, de minorias étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginalizados. A Declaração de Salamanca(1994), um dos documentos mais importantes da história sobre os direitos à Educação, e que garantiu muitos direitos as pessoas com deficiência e,trouxe um novo conceito, o de “educação para todos”. Foi entre as décadas de 1980 e 1990 que teve início a proposta de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais em uma perspectiva inovadora em relação à proposta de integração da década anterior. Nessa nova proposta, os sistemas educacionais passam a ser responsáveis por criar condições para promover uma educação de qualidade para todos, adequando sua estrutura física e curricular para atender às necessidades de cada aluno. Ou seja, há uma quebra de paradigma, uma vez que não é mais o aluno que tem que se adequar à escola comum, e, sim, a escola deve atender às necessidades educacionais de cada aluno. No Brasil a primeira escola especial a ser fundada foi o Instituto Benjamin Constant para cegos (1854) no Rio de Janeiro. A Apae surge na década de 70, onde se proliferou a classe de crianças especiais. Nesta épocavisava-se a integração de pessoas em ambientes menos restritivos possível. A defesa da educação geral e do PNE cresce cada vez mais e os serviços de atendimento especial sofrem uma ampliação significativa na década de 70, sempre sob o argumento da educação como fator que contribui para o aumento da produtividade, como alavanca do progresso e do desenvolvimento do país. Essa tendência, presente nas primeiras iniciativas oficiais, com a criação de oficinas no interior das instituições, chega aos anos 70 com a implantação de várias propostas de preparação para o trabalho nas instituições especializadas. Tais principais vias propostas passam a ser vistas como a de integração das pessoas portadoras de necessidades especiais à sociedade. A educação especial é também contemplada no Plano Setorial de Educação e Cultura 1972/74. Este incorporou por intermédio do projeto prioritário n.º 35, a educação especial no rol das prioridades do País. Este projeto deu origem em 1973, ao CENESP - Centro Nacional de Educação Especial, primeiro órgão federal, ligado 10 diretamente à Secretaria Geral do Ministério da Educação e Cultura - MEC. Até então, a educação especial contava com ações desenvolvidas pelo Ministério da Educação e Cultura, no âmbito da educação geral. Segundo Jannuzzi (1992), por ocasião da criação do CENESP, utilizava-se o argumento de que para cada dólar dispensado em educação especial, havia a possibilidade de um lucro de 40 dólares, pois que liberava para o trabalho não só o "excepcional", o portadador de necessidades especiais, mas a família que cuidava dele (Jannuzzi, p. 63, 1992). Assim, o CENESP, foi criado com a responsabilidade de planejar e promover o desenvolvimento de programas de prevenção, educação e assistência do PNE (portadador de necessidades especias), passa a elaborar planos nacionais, visando à expansão e melhoria dos serviços de educação especial no Brasil. Entre eles citamos o plano de ação para o triênio 77/79, que elegeu como meta prioritária a organização e o desenvolvimento de serviços especializados de estimulação precoce de educandos com problemas de aprendizagem. A ampliação dos serviços educacionais, neste período, contou com apoio financeiro previsto para construção e adaptação das instituições de ensino regular e para criação de serviços estaduais de educação especial. Grande parte dos recursos liberados atendia também às entidades e instituições particulares. Isso significou priorizar as instituições privadas, as ONG'S, que atendem, em sua maioria, parte da população com casos mais graves de "deficiência". Essas, não só são pioneiras no atendimento especial, como também, são as que ainda hoje atuam, de forma majoritária. Em 1986, o CENESP foi transformado na Secretaria de Educação Especial - SEESP. A educação especial torna-se novamente estrutura básica do MEC e mantém basicamente a mesma prioridade do CENESP: ampliação de oportunidades educacionais ao PNE. Com a criação da SEESP, ganha força o movimento de integração do PNE no sistema regular de ensino, iniciado na década de 70 e já referendado pela LDB 4024/61. Até o ano de 1987, tínhamos 159.325 em atendimento. Isso significa que no período de 1974 - 1987 (13 anos), o número de PNEs atendidos aumentou em apenas 60.061 alunos, ou seja, aproximadamente 60%. Considerando que o MEC trabalha com a hipótese de que 10% da população do Brasil possuem alguma deficiência e que, em 1997, essa população somava 49.7 milhões, estavam sendo atendidos apenas 3% dos PNEs. Nesse período, o setor público também é apontado 11 como responsável pelos serviços oferecidos, seja na criação de programas ou no subsídio às entidades particulares e ONGs. Na Constituição (1988), esses direitos não só foram mantidos, como entendidos como sendo dever do Estado e da família, no seu art. 205. Temos ainda no Estatuto da Criança e do Adolescente, no seu art. 54 e 66, de forma mais específica, assegurando o direito à educação, em que se faz referência as pessoas com Necessidades Educacionais Especiais e seus direitos, não só a educação, como também ao trabalho. 12 2.3 A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NAS ESCOLAS DE ENSINO REGULAR A história da educação especial é cheia de idas e voltas para a inclusão social do deficiente, porém podem-se ver grandes mudanças ocorridas durante toda vivência do homem. O mundo passou por diversas fases na forma de tratamento ao deficiente, de abandonados ou mortos, a grandes avanços nos estudos das deficiências físicas e intelectuais para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, até a sua inclusão social no mundo atual. Foram vários estudiosos que colaboraram na integração dos deficientes ao meio social e a educação, e seu desenvolvimento. Um dos pioneiros, sempre lembrado como “o pai da Educação Especial”, foi o médico Jean Marc Gaspard Itard. Ele ficou conhecido por ter elaborado o primeiro programa sistemático de Educação Especial, e por ter tido a experiência na recuperação e na tentativa de educabilidade do menino Vitor de Aveyron, “o menino selvagem”. Vitor vivia na selva em meio aos animais, e não falava e nem tinha um comportamento de um ser humano, pois, por ser abandonado na mata teve contato somente com os animais, seguindo assim seus hábitos de vida. Essa experiência foi um marco na história da Educação Especial, pois depois disso foram desenvolvidos vários programas para a inclusão e desenvolvimento dos deficientes no mundo. Foram criadas várias instituições e hospitais para atendimento dos deficientes ao redor do mundo, e no Brasil demorou um pouco mais, vindo a ser implantado a partir do século XIX no então governo imperial. E nos dias atuais como incluir verdadeiramente de fato essas pessoas portadoras de necessidades especiais? De nada adianta colocar as crianças PNEs dentro de uma sala de aula do ensino regular, se a deixarmos segregadas como acontece infelizmente em algumas instituições de ensino onde elas ficam excluídas ou vegetando num canto da sala. As pessoas com deficiência física e intelectual precisam e tem que se sentirem valorizadas, se sentirem importantes e capazes como os demais alunos considerados normais. Cada um possui seus limites até os ditos normais, também possuem suas limitações. Então em hipótese alguma, jamais o professor deve enfatizar a limitações das pessoas e, sim lhes mostrar que são 13 capazes de evoluir sempre, que cada conquista não é o ponto final, é apenas o começo para buscar cada vez mais estímulos para que elas progridam continuamente. Por exemplo, se um aluno com deficiência física severa consegue mover apenas um dedinho, é através desse dedinho que o professor vai buscar a sua compreensão para ensinar aquilo que ele pretende ensinar. E como isso pode ser aplicado? Através da pedagogia do movimento. Por exemplo nos enquanto educadores devemos levar essa criança a se movimentar de alguma maneira dentro ou fora da sala de aula é claro dentro das suas limitações, isso fará com que gradativamente essa criança adquira aquisições motoras que axiliam e muito na aprendizagem. E isso é possível através da psicomotricidade trabalhando as habilidades motoras como: coordenação, esquema corporal, lateralidade, orientação e estruturação espaço- temporal, ritmo, percepção e muitas outras. Se alfabetizarmos também, através do movimento principalmente as crianças PNEs, que necessitam de um olhar mais diferenciado para que elas através da psicomotricidade, possam desenvolver suas capacidades motoras que são limitadas, limitações essas que são físicas e cognitivas, pois já foi comprovado com veemência através de estudos científicos que a psicomotricidade é fundamental para o desenvolvimento de qualquer ser humano, inclusive para ajudaras crianças PNEs a superarem seus limites e se desenvolverem cognitivamente e fisicamente. É nítido que não é nada fácil construir uma escola inclusiva, pois muitas escolas ainda apenas integram os alunos especiais, mais isso não é ser uma escola inclusiva, a inclusão requer muito mais que isso, a verdadeira inclusão só acontece quando se consegue remover todas as barreiras, preconceitos, medos e comodismo. Essas escolas tem que acabar com esse sistema paternalista de assistencialismo de que essas crianças tem que ser tratadas como incapazes ou limitadas. Um verdadeiro educador jamais enfatiza o fracasso do seu aluno ou fica indiferente a ele, ao contrario ele deve sempre se empenhar e buscar novos conhecimentos para ajudar o aluno. Não que isso seja fácil, que ser professor da educação especial é moleza, mas um bom professor não fica só esperando a ajuda do poder publico que muitas vezes não vem ou até mesmo é insuficiente para as diversidades de crianças PNEs.Um bom professor busca capacitação nessa área para poder trazer conhecimento e usa-los a favor de seus alunos para que eles possam se desenvolver plenamente como os demais alunos. 14 Muitos professores se espelham no exemplo de Vygotsky que é também referência em estudos acerca do processo de ensino, aprendizagem, avaliação e desenvolvimento de pessoas com deficiência. Para ele, a criança com deficiência não é menos desenvolvida do que uma criança dita normal, ela apenas aprende e se desenvolve de forma diferente das demais crianças. O autor propôs, na área da deficiência, a lei da compensação, como forma de transpor as dificuldades ocasionadas pela deficiência. “A singularidade do desenvolvimento da pessoa com deficiência está nos efeitos positivos da deficiência, ou seja, nos caminhos encontrados para a superação do déficit” (VYGOTSKY, 1993 apud MARQUES, 2001,p.85). Segundo Marques (2001, p. 89) Vygotsky critica psicólogos e educadores, cuja preocupação está em avaliar o que a criança com deficiência não consegue fazer. Para ele, essencial é considerar o que ela é capaz de fazer com apoios e condições pedagógicas adequadas. Diante dessa abordagem, a avaliação da aprendizagem desempenha papel fundamental, uma vez que esta poderá indicar quais os apoios que a pessoa com deficiência necessita para transpor suas dificuldades e aprender, bem como para demonstrar, continuamente quais os aspectos que possam estar interferindo no processo ensino-aprendizagem. Em suma a construção de uma escola inclusiva não depende só do professor ir atrás do conhecimento e aplica-la na sala de aula, o sucesso de uma escola inclusiva só acontece por completo quando outros atores entram em cena, quando á participação e a integração de todos os envolvidos no processo educacional como os docentes, direção e orientação, pais, alunos e poder público todos estejam empenhados e comunidade em geral para que a educação inclusiva aconteça realmente de fato. 15 3. DIÁRIO DE PESQUISA PRIMEIRO DIA DE OBSERVAÇÃO A pesquisa proposta por esse portifólio foi realizada com a professora Solange de Souza Marques que é a professora do AEE (Atendimento Educacional Especializado) do 3º ano do ensino médio, onde acompanha o os alunos especiais Jessias da Silva Feitosa e Caroline Oliveira Camargo de Arruda,da rede estadual de ensino, ela já acompanha os alunos a dois anos, mas atua na educação especial a 4 anos. Sua sala de aula é composta por 30 alunos, sendo que esses 2 alunos necessitam de uma atenção especializada por apresentarem deficiência intelectual e autismo como é o caso do aluno Jessias. E o Cid. da aluna Caroline é o (Cid.F80) que significa: Transtornos do desenvolvimento psicológico, que é a classificação médica e psicológica para os comprometimentos ou atrasos no desenvolvimento estreitamente ligadas à maturação biológica do sistema nervoso central na infância. E o outro Cid dela é o (Cid.F70) Retardo mental leve e menção de ausência ou de comprometimento mínimo do comportamento. Porém pude perceber neste primeiro dia de observação que os dois alunos apesar de suas limitações são alunos bem calmos e que segundo a professora Solange eles quase sempre conseguem fazer as atividades de sala de aula logicamente que adaptada para que eles sejam capazes de fazer. Breve relato sobre o aspecto físico e histórico da escola e acesso ao PPP. Infraestrutura da escola: Instalação de recursos para o funcionamento da escola Alimentação escolar para os alunos Água filtrada Água da rede pública Energia da rede pública Fossa Lixo destinado à coleta periódica Acesso à Internet Banda larga 16 Instalação de ensino 11 salas de aulas 110 funcionários Sala de diretoria Sala de professores Laboratório de informática Quadra de esportes coberta Quadra de esportes descoberta Cozinha Banheiro dentro do prédio Sala de secretaria Despensa Pátio coberto Pátio descoberto Histórico Escolar A escola Aracy Edociaky com sede no bairro Tijuca 2,situada á Rua Maracantis,nº696, Campo grande MS, foi autorizada a funcionar o Ensino de 1º primeiro grau, nos termos do parecer nº 625/86 do CEE/MS pelo então secretario de educação Profº idenor Machado. O funcionamento do ensino médio se deu a partir do ano de 1999,com a publicação no diário oficial de 22/04/99. A escola Aracy Eudociaky foi criada através do decreto nº 1529 de 14 de maio de 1987, autorizou o funcionamento do 1º grau. O processo de reconhecimento normatizado através das deliberações nº 679/84 e 307/82. Os quadros curriculares operacionalizados pelo órgão competente, os quadros curriculares do ensino de 1º grau (1ª a 4ª series) a partir de1987 (5ª e 8ª series). Foram aprovados pelo órgão competente, os quadros curriculares do ensino de 1º grau (1ª a 4ª serie), analisado pela agencia Regional de Educação. O voto relator da para aprovação foi do Conselheiro Antonio Carlos do Nascimento Osório e foi aprovado por unanimidade em sessão plenária de 02 de julho de 1992. O funcionamento do Ensino Médio foi aprovado na gestão de do Secretario de educação Pedro Cesar Kemp Gonçalves e no governo do senhor Wilson Barbosa Martins. Esta escola tem como patrono a Professora Aracy Eudociak.Teve como diretoras as professoras: Maria de Lurdes Pontes de Mesquita, Sonia Del Rei Piccoli, 17 Silvia Fragroso de Oliveira, Renata Cristina Alves Duarte e,atualmente Gisele Maria Bacanelli. Apresentação do Projeto Político Pedagógico O PPP desta escola foi elaborado com a participação de todos os segmentos do Colegiado Escolar e tem como meta atingir os diversos objetivos propostos. A escola visa assegurar aos educandos um ensino de qualidade, possibilitando o acesso e a permanência dos mesmos na escola, tornando cidadãos críticos com oportunidades iguais. Com relação aos valores a escola visa propiciar a todos oportunidades iguais com o compromisso onde cada um contribua no limite de sua participação para o melhor desempenho das atividades escolares. Os objetivos estão relacionados á oportunização ao ensino de qualidade garantindo o acesso, a permanência, a apropriação do conhecimento e a formação da cidadania, fundamentados nas necessidades dos educandos e na sugestão da comunidade e o segmento escolar. A proposta pedagógica da escola Aray Eudociak esta voltada especificamente para a qualidade de ensino aprendizagem de nossos alunos e nela constam desde o histórico da escola como também os aspectos físicos, público alvo, objetivos gerais e específicos, organização curricular, os fundamentos por área de conhecimento do Ensino Fundamental e por disciplina no Ensino médio.A proposta pedagógica desta escola esta baseada nos princípios da Educação Nacional, na proposta Pedagógica da SED e nos parâmetros do Ensino Fundamental e Médio. Pensando no próprio educando a proposta pedagógica visa buscar novos rumos para a educação nesta realidade escolar que sempre voltada a necessidade de participação também da comunidade externa, sendo que esta é parte integrada do processo de ensino de aprendizagem. As ações educativas realizadas geralmente propiciam ao educando a participação efetiva assegurando que ele esteja motivado e esteja inserido no processo de organização e execução das atividades, de acordo com as orientações da Secretaria de Estado de Educação, com o referencial curricular e as legislações vigentes. Faz-se referencia ao perfil do corpo docente e técnico administrativo atuante que é parte integrante e essencial nesse processo para que todos as ações contidas 18 nas propostas tenham êxito. A proposta enfatiza a metodologia e os objetivos a serem a atingidos, como também, as formas de acompanhamento e avaliação educativa. A proposta pedagógica tem por objetivo a tornar nossos alunos aptos a exercer a sua cidadania sempre de acordo com os princípios éticos e morais de nossa sociedade. Missão A missão da escola Aracy Eudociak é assegurar aos educandos um ensino de qualidade, possibilitando o acesso e a permanência dos mesmos na escola, tornando-os cidadãos críticos com oportunidades iguais. Visão Oportunizar um ensino de qualidade garantindo o acesso e a permanência e apropriação do conhecimento e a formação da cidadania, fundamentados nas necessidades dos educandos e na sugestão da comunidade e o segmento escolar. Valores Com relação aos valores, a escola visa propiciar oportunizar direitos iguais a todos com o compromisso onde cada um contribua no limite de sua participação para o melhor funcionamento das atividades escolares inclusive para os alunos especiais que a escola atende. 1º TEMPO DE AULA Neste primeiro tempo de aula a professora regente da disciplina de português relatou que para se trabalhar com esses alunos deve-se ter uma visão especial voltada para suas atitudes, práticas e desenvolvimento, pois devem estar inseridos no ensino regular e não ser tratados de forma diferenciada dos ditos normais. Porém devem ser analisados de acordo com suas limitações, uma vez que cada um tem uma deficiência diferente. Para ela torna-se se difícil por não ter tempo de dedicar-se mais para seus alunos especiais, pois tem que dar conta do resto da turma e também por falta de capacitação na área, não tendo conhecimento adequado de como desenvolver atividades para ajudar os alunos especiais no seu desenvolvimento. Por isso que ela conta sempre com a ajuda da professora do AEE (Atendimento Educacional Especializado) a professora Solange que procura 19 sempre adequar as atividades propostas em sala de aula de modo que os alunos especiais consigam acompanhar o que esta sendo aplicado na sala de aula. Assim as duas trabalham simultaneamente durante as atividades de classe e assim o conteúdo pode ser estudado e aplicado, e os alunos especiais também podem desenvolver as suas atividades e avaliações como os demais alunos, mas é claro sempre com o auxilio da professora do AEE que sempre adapta o conteúdo a realidade dos alunos especiais para que eles consigam desenvolver as atividades conforme as suas capacidades cognitivas. Então neste primeiro tempo a professora regente de Português Ana Paula Brito Batista, propôs para a turma uma produção de texto sobre o tema “A sociedade não precisa ser assim!” Quais os desafios que a escola pode enfrentar para realizar as diversas formas de violência contra as mulheres? Em seguida ela explanou um pouco sobre o assunto e pediu para que os alunos desenvolvessem um texto o tema proposto. Logicamente que este assunto era muito complexo para os alunos especiais, então a professora Solange aplicou uma atividade mais fácil eles tiveram que fazer “Leitura e Interpretação de Tirinhas”. Enquanto os alunos especiais desenvolviam atividade pude perceber que o Jessias apesar de suas limitações físicas ele é bem mais interessado para desenvolver as atividades na sala de aula, porém um pouco ansioso e agitado. Já a Caroline é bem mais calma, porém na maioria das vezes preguiçosa para ler e para desenvolver as atividades. A professora Solange me relatou que ela sempre foi assim bem pouco interessada para desenvolver as atividades. Enquanto os alunos especiais terminavam de fazer a atividade, a professora do AEE registrava em seu diário de bordo a atividade dada a eles. Esse diário de Bordo é um documento pessoal da professora Solange onde ela registra todas as atividades dada aos alunos especiais, que depois serve de base para a (TAE) Técnica de Atendimento Especializado que no caso aqui é a Juliana Vasconcelos de Moraes que se encontra de licença maternidade no momento. Que geralmente utiliza esse diário de Bordo da professora Solange para supervisionar e fazer possíveis correções em algumas falhas que ela possa vir encontrar durante todos os bimestres do ano. E enquanto ela não volta quem assumiu esse posto temporariamente de (TAE) foi a Maria Rita de castro que é a Técnica de Atendimento Especializado do 2º ano do Ensino Médio. 20 2º TEMPO DE AULA No segundo tempo de aula a professora Dannila Pereira Escarton que é a professora regente da disciplina de Geografia, que na aula passada havia explicado o conteúdo sobre as Três Américas existente no mapa Mundi, nesta aula ela propôs uma atividade de “Identificação das três Américas” com o auxilio do livro de geografia e os alunos deveriam fazer a leitura da pag.191para poder identificar a America Central, América do Norte e América do Sul, os alunos tinham que pintar as Américas com as cores correspondentes do mapa. Os alunos especiais também participaram dessa atividade onde a professora Solange os auxiliavam com a leitura para melhor compreensão deles sobre o assunto para que eles pudessem ser capazes de identificar as cores correspondentes de cada América no mapa Mundi. 3º TEMPO DE AULA No 3º terceiro tempo de aula, o professor Flavio De Souza Arantes que é o professor regente de Matemática da turma, continuou a correção dos exercícios de potenciação da aula passada. E a professora Solange continuou a ajudar o Jessias e a Caroline com o exercício de geografia, pois devido as limitações cognitivas deles esses conteúdos como potenciação e geometria analítica são muitos complexos para eles. 4º TEMPO DE AULA No quarto tempo de aula o professor Adriano da Silva Carlos que é o professor regente de física deu aula sobre “Associação em Serie” Figura 1- Associação em serie. Fonte da imagem:<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/associacao-resistores.htm Em seguida ele desenhou no quadro um circuito elétrico e explicou como se da o processo de associação em serie e aplicou exercícios para calcular a resistência equivalente entre o ponto A e ponto B da associação em série. https://brasilescola.uol.com.br/fisica/associacao-resistores.htm 21 A professora Solange do AEE acompanhou a explicação do professor juntamente com os alunos especiais, e depois registrou a informação no seu diário de bordo e pediu para que o Jessias e a Caroline também copiassem a explicação também. Mas como já havia dito antes, estes cálculos são muitos complexos para os dois, a professora Solange propôs uma atividade Adaptada para os dois alunos especiais sobre o conteúdo e pediu para o professor Adriano ajuda-la na elaboração de um exercício mais fácil para os alunos especiais. Foi então que os dois montaram no Word um circuito elétrico bem fácil de ser compreendidopor eles, onde existiam 4 dispositivos elétricos e duas tomadas, ai o professor explicou o conteúdo de forma mais simples e pediu para que eles fizessem a ligação dos dispositivos corretos na tomada. . Através dessa inteiração do professor de física com os alunos especiais Jessias e Caroline, eu percebi que apesar dele nunca ter tido uma oportunidade de fazer uma capacitação adequada para dar aula para a educação inclusiva, por amor a profissão e dedicação aos alunos segundo a professora Solange ele sempre teve boa vontade e colabora sempre na aprendizagem dos alunos especiais. Confesso que essa dedicação dele me inspirou bastante, pois de todos os professores ele era o que mais interagia com os alunos e o que mais brincava com eles também inclusive com os alunos especiais para quebrar o gelo da aula. 5º TEMPO DE AULA No quinto tempo de aula a professora Dannila retorna a sala de aula para a correção do exercício de geografia proposto no segundo tempo de aula, então ela pediu para que os alunos terminassem o exercício do mapa. Em seguida ela pediu para que o Jessias e a Caroline trouxessem o caderno para que ela corrigisse, porém somente o Jessias acertou o exercício, pois a Caroline não conseguiu identificar corretamente a localização das Américas e pintar com as corres correspondentes, então a professora Dannila a chamou na mesa e a orientou mais uma vez para que desta vez ela acerta-se o exercício. Pois a professora Dannila disse que não adiantaria nada dizer que estava bom só para agradar a Caroline, ao contrario ela como professora deve estimular os alunos especiais a se esforçarem para desenvolver as atividades corretamente, ainda mais a Caroline que devido a sua limitação cognitiva por ser muito lenta quase não se esforça para aprender, que não devemos aceitar as 22 coisas de qualquer jeito só porque são alunos especiais, pois eles tem que sair do ensino médio com uma noção básica de geografia e das demais matérias do Ensino Médio. 23 3.1 SEGUNDO DIA DE OBSERVAÇÃO 1º TEMPO DE AULA (obs.neste dia o aluno Jessias faltou a aula) Neste primeiro tempo de aula do dia 20/08/2019, o professor Adriano continuou com a explicação dos exercícios sobre Associação em Serie só que bem mais difícil e passou mais exercícios para que os alunos resolvessem. Em seguida juntamente com a professora Solange do AEE o professor Adriano foi fazer a correção do circuito distribuidor bem simples que eles haviam montado para o Jessias e Caroline, porém foi corrigido só o da Caroline porque o Jessias havia faltado. Mas infelizmente a Caroline errou o primeiro exercício ligando um dos dispositivos que não precisava ser ligado direto na tomada, então o professor e a professora Solange explicaram novamente como funcionava aquele circuito simples e deu mais um exercício para ela tentar resolver sozinha, ai sim desta vez ela compreendeu e acertou fazer a ligação dos dispositivos certos, e foi elogiada pelos dois professores. 2º E 3º TEMPO DE AULA Nesta aula a professora Margarete Vilhalba que é a professora regente de História começou a aula recolhendo o trabalho dos alunos cujo tema era “”Primavera Arabe” na sequência a professora discutiu um pouco mais sobre o assunto com os alunos e pediu para eles copiarem os exercícios da pag.180 referente ao assunto para a fixação do conteúdo. Enquanto a professora debatia o assunto com outros alunos Caroline prestou bastante atenção embora percebi que ela não conseguia entender muito sobre o que estava sendo falado, esta atividade não precisou ser adaptada pois a Caroline recebeu ajuda da professora Solange para responder os exercícios pois ela assim como o Jessias tinha dificuldade para ler e responder alguns exercícios. 4º TEMPO DE AULA Novamente o professor Adriano de Fisíca retornou a sala de aula para dar continuidade a aula, agora com a correção dos exercícios, corrigiu um por um e tirou todas as duvidas dos alunos. Já a Caroline ficou só desenhando na aula dele pois já havia terminado o seu exercício no primeiro tempo de aula. 5º TEMPO DE AULA 24 No quinto tempo de aula o professor Robson de Farias que é o professor regente de Filosofia aplicou uma avaliação sobre “Os filósofos pré-socráticos: concepções do universo”. Já a prova da Caroline foi adaptada pelo professor de Filosofia e pela professora Solange, onde eles redigiram duas colunas enumeradas uma com as obras dos filósofos e a outra com os nomes deles para que a Caroline conseguisse fazer a relação correta entre a obra e dono da obra. Neste segundo dia de observação já estava um pouco mai familiarizada com a professora Solange e com os alunos especiais. E resolvi por a mão na massa e ajudei a Caroline a realizar a prova, lógico com a autorização do professor Robson e da professora Solange. 25 3.2 DIA DE OBSERVAÇÃO 1º TEMPO DE AULA A primeira aula do dia foi com o professor Vitor Antonio Ruffo, que é o professor regente de química onde ele passou um conteúdo sobre “Isometria Óptica”. E explicou o assunto para os alunos, porém pude perceber novamente por se tratar de um assunto bem complexo que envolve formulas, os alunos especias, Jessias e Caroline ficaram bem confusos e não entenderam a explicação do professor. Entretanto como nas outras disciplinas na próxima aula o professor Vitor e a professora Solange me relataram que iriam explicar a matéria de uma maneira mais fácil e trariam uma atividade adaptada para os dois fazerem. 2º TEMPO DE AULA O segundo tempo de aula foi com o professor Thiago Pinheiro Bueno de educação física que levou os alunos para as quadras da escola e deu atividade livre, na quadra coberta as meninas jogaram vôlei e na quadra ao ar livre os meninos jogaram futebol. Mas observei que a Caroline e o Jessias ficaram de fora num canto da quadra só observando não tinham nenhum tipo de inteiração com os outros alunos. Perguntei para a professora de AEE porque eles não estavam participando das atividades físicas e ela me respondeu dizendo que eles sempre foram assim nunca participavam das atividades de recreação em grupos. Constatei então pela primeira vez que desta vez a professora Solange deixou a desejar, pois ela como professora do AEE deveria incentivar os alunos a participarem das atividades. E mais ao questionar também o professor Thiago o porquê deles nunca participarem das atividades ele me respondeu ironicamente, pra que? Se eles nunca fazem nada mesmo. Fiquei chocada com a resposta do professor, pude perceber pelo tom de voz e sua postura profissional que o professor Thiago não se importava com os alunos especiais, e que apesar de nunca ter tido também capacitação profissional para trabalhar com eles, faltou força de vontade e humanidade da parte dele para interagir com esses alunos. 3º TEMPO DE AULA O professor Vitor de química voltou para a sala e deu continuidade na aula de Isometria Óptica passando no quadro, agora o assunto de “Substancia 26 Ópticamente Ativa”. Explicou sobre o conteúdo para todos os alunos, e em seguida a professora Solange pediu para que o professor Vitor explicasse o assunto de uma forma mais simples para os alunos especiais. Então como naquele dia era o meu ultimo dia de observação e eu já estava ainda mais familiarizada com os professores e os alunos especiais resolvi ajudar a professora com a atividade adaptada que ela e o professor Vitor tinham desenvolvido para ilustrar a explicação do professor. Ele e a professora deram uma folha para o Jessias e a Caroline com o desenho de dois pares de mãose pediu primeiro para que eles colorissem da cor que eles quisessem, em seguida pediu para que eles recortassem os pares de mãos e colassem uma em cima da outra para ver como ficava. Então o professor fechou a explicação da substancia opticamente ativa para os alunos especiais explicando para eles, que as nossas duas mãos são espelhos uma da outra que embora sejam parecidas são diferentes uma da outra, porque quando colocamos uma sobre a outra nossos dedos ficam de lados opostos, e é basicamente o que uma substancia opticamente ativa faz embora pareçam iguais quando expostas umas as outras ficam de lados opostos, e para que eles entendessem melhor, ele pegou os desenhos das mãos recortadas e coladas uma sobre a outra, e perguntou para mim se a posição das das mãos e dos dedos estavam iguais ou diferentes uma das outras, e eu respondi que sim que estavam de lados opostos. Para fechar de vez a explicação da substancia Ópticamente Ativa, ele respondeu isso mesmo Elidiane, para comprovar isso quero vocês todos façam como esta aqui no desenho do Jessias e da Caroline, coloquem as suas mãos uma em cima a outra, e conclui, viu só como ficou igual ao desenho pois como já havia explicado antes quando colocamos uma sobre a outra as mão e os dedos ficam de lados opostos, assim acontece quando as substâncias Ópticamente Ativas ficam expostas umas as outras, também ficam de lados opostos causando reações químicas diferentes. 4º TEMPO DE AULA Nesta aula a professora Fernanda Andréa Cardoso que é a professora regente de Artes começou a aula pedindo para os alunos formarem um grande 27 circulo na sala da de aula, para que eles continuassem a apresentação dos trabalhos de artes das aulas passadas. Essa atividade se deu da seguinte maneira nas aulas passadas a professoras disponibilizou varias obras de artistas plásticos e pintores famosos e pediu para cada um dos alunos escolherem uma obra e pesquisar sobre ela para trazerem nas próximas aulas para realizarem um grande seminário onde todos pudessem explicar o porquê escolheram aquela obra e o que ela representava para a sociedade. O aluno Jessias escolheu a Monaliza e neste dia ao ser questionado pela professora o porquê dele ter escolhido aquela figura, ele respondeu que a achou muito bonita e que seu artista escolhido era Leonardo Da Vince um pintor muito famoso e uma das figuras mais importantes da época do Renascimento – movimento de ordem artística, cultural e científica que ocorreu na Europa na passagem da Idade Média para a Idade Moderna (séculos XIV, XV e XVI). Já aluna Caroline tinha faltado na aula passada, porém a professora Fernanda explicou do que se tratava o seminário e pediu pra que ela escolhesse uma figura, ela escolheu uma figura bem curiosa que se tratava de um ferro de passar do inicio do século 19 cheio de pregos na base, então a professora pediu para ela enquanto dava continuidade no seminário para ela fazer a pesquisar na sala de informática sobre o que se tratava aquela figura que ela havia escolhido, que ao final da aula ela iria pedir para ela falar sobre a figura que ela tinha escolhido. Então a professora do AEE e eu fomos a sala de informática ajudar a Caroline na pesquisa, embora a Caroline tenha as suas limitações cognitivas com relação a acesso de internet ela domina um pouco o acesso a internet, só não sabia digitar muito bem, porem conseguiu desenvolver a pesquisa e extrair a principal informação do texto. Com o meu auxilio e da professora Solange que a ajudou a resumir o assunto. Em suma ao termino da aula de artes ao ser questionada pela professora Fernanda sobre o porquê de ter escolhido aquela figura e o que ela significava, ela respondeu embora muito envergonhada pegou o seu resumo e foi para o meio da sala e mesmo gaguejando conseguiu explicar que se travava da Obra de Cadeau De Manray uma das obras mais emblemáticas do Dadaismo, um período onde se dava “resignificado as coisas já existentes” como havia feito https://brasilescola.uol.com.br/historiag/renascimento.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiag/renascimento.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiag/renascimento.htm https://www.google.com/url?q=https://brasilescola.uol.com.br/historiag/idade-media.htm&sa=U&ved=0ahUKEwiUuoa2ncnZAhWM0VMKHRPKBIUQFggEMAA&client=internal-uds-cse&cx=010178560479257371445:gul7c3empfo&usg=AOvVaw1brAyhBX3M7aExlrIXCN9u https://www.google.com/url?q=https://brasilescola.uol.com.br/historiag/idade-moderna.htm&sa=U&ved=0ahUKEwja8KDBncnZAhWM2VMKHVGaCDMQFggEMAA&client=internal-uds-cse&cx=010178560479257371445:gul7c3empfo&usg=AOvVaw0ArJQQKqoXRzldK9Xe_4AL 28 Cadeu que pegou um ferro de 1921e mandou soldar pregos na base do ferro, que consequentemente não serviria mais para passar, ou seja, teria que se achar outra utilidade a esse objeto que era usado no dia a dia doméstico. Depois que a Caroline explicou sobre o assunto todos bateram palmas para ela que ficou muito feliz. E a professora Fernanda acrescentou, que o Dadaísmo nada mais foi que um período histórico do inicio do século 19, onde as pessoas pegavam coisas que não tinham mais utilidade e transformavam em outras coisas úteis, ou seja, de uma certa maneira eles reciclavam os objetos e transformavam em outra coisa que pudesse ter outra utilidade. 5º Tempo de aula Neste ultimo tempo de aula a professora Ana Rúbia que é a professora regente de Inglês aplicou uma prova que caiu pronomes e tradução de texto, mas como já havia relatado ao longo desse trabalho estes tipos de atividades complexas, e se tratando especialmente da matéria de inglês os alunos especiais não conseguem acompanhar de igual para igual com os outros alunos devido suas limitações cognitivas por isso que todos os professores juntamente com a professora Solange sempre aplicam uma atividade adaptada, ou seja, mais simples para o Jessias e Caroline. E como já havia combinado com a profª Solange a professora Ana trouxe uma atividade adaptada para o Jessias e Caroline fazer, que foi uma prova Interpretação e Compreensão de Tirinha. “ATIVIDADE DE INGLÊS INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO TIRINHA DO 3º DO ENSINO MÉDIO”. Então novamente resolvi ajudar os alunos especiais com o auxilio da professora Solange e de um dicionário de inglês para português. 29 4. ANEXOS E ATIVIDADES E FOTOS DA INSTITUIÇÃO ESCOLHIDA Leia o texto abaixo para responder as próximas 6 (seis) questões: Figura 2 -Atividade de inglês Fonte da imagem: <http://aprenderlinguas.com.br/gocomics-tirinhas-em-ingles-e-espanhol/ 1ª) Qual o gênero do texto? a) Cartoon b) Fable c) Poem d) Comic strip e) Magazine cover 2ª) No primeiro quadrinho, Jon apresenta três personagens da sua história. Identifique esses personagens. a) A house, a dog and a cat. b) A time, a house and a cat. c) A man, a dog and a cat. d) A man, a dog and house. e) A man, a house and a dog. 3ª) A característica do homem apresentada na tirinha no segundo balão é a) gordo. b) feliz. c) triste. d) magro. e) alto. 4ª) The personage who ate breakfast was a) the man. b) the woman. c) the dog. d) the house. e) the cat. 5ª) O humor está presente no texto porque a) o gato achou a história contada pelo seu dono familiar. b) o gato percebeu que o cachorro ficou sem comer. c) o homem ficou revoltado com a atitude do gato. d) o cachorro ficou sem entender nada que seu dono falou. http://aprenderlinguas.com.br/gocomics-tirinhas-em-ingles-e-espanhol/ 30 e) a família do homem resolveu comprar chinelos. 6ª) Associe as palavras do texto com suas respectivas traduções: (A) slippers ( ) homem (B) house ( ) manhã (C) with ( ) gordo (D) man ( ) chinelos (E)fat ( ) com (F) morning ( ) casa A sequência que completa corretamente os parênteses acima é a) D / F / A / E / C / B b) D / F / E / A / C / B c) B / F / E / A / D / C d) F / D / E / A / C / B e) C / B / E / A / D / F OBS: essa atividade foi dada na aula de inglês da professora Ana no ultimo dia de pesquisa. 31 Figura 3- Entrada da Escola Aracy Eudociak Fonte da imagem: Autora 32 Figuras 4 e 5- Estacionamento da escola Aracy Edociak com rampas de acesso para cadeirantes Fonte das imagens: Autora 33 Figura 6-Rampas de acesso das quadras da escola. Fonte da imagem: Autora 34 Figura 7-Rampa de acesso para as demais salas de aula da escola. Fonte da imagem: Autora 35 Figura 7-Banheiro especial único bem espaçoso e com barras de seguranças Fonte da imagem: Autora 36 Figura 8-Rampa de acesso aos bebedouros da escola bem localizada no centro do pátio da escola de fácil acesso para todos. Fonte da imagem: Autora Figura 9- foto ampliada dos bebedouros Fonte da imagem: Autora 37 Figura 10-Rampinha de acesso a sala de aula obs: todas as salas possuem elas. Figura: 11-ampliação da rampinha de acesso a sala de aula. Fonte da imagem: Autora 38 Figura 12-Atividade adaptada da aula de física do dia 20/08/2019 que o professor Adriano e a professora Solange deram para a Aluna Caroline. Fonte da imagem: Autora 39 Figura 13-Atividade adaptada de Química do dia 21/0/9 do profº Vitor Fonte da imagem: Autora 40 Figura 14-Exercício de História dado pela profª Margarete no 2º dia de pesquisa. Fonte da imagem: Autora 41 Figura 15-2ª parte do exercício de história. Fonte da imagem: Autora 42 Figura 16-Conteúdo dado pelo profº Adriano de Física no 2° dia de aula,sobre Associação em Serie . Fonte da imagem: Autora 43 Figura 17- Atividade adaptada da aula de português ”Leitura e Interpretação de Tirinhas” esta atividade foi proposta no 1º dia de observação da Educação inclusiva. Fonte da imagem: Autora 44 5. CONCLUSÃO Ao termino deste trabalho sobre a educação inclusiva pude concluir que a mesma se encontra marcada por diversas transformações e necessidades ao longo de sua história, e que devem ser analisadas e principalmente melhoradas, pois configura-se ainda um grande desafio para a maioria das escolas do ensino regular, como por exemplo a questão da abordagem das questões educacionais com relação a educação inclusiva entorno da contribuição de diferentes disciplinas para que ensinamentos de diferentes campos do conhecimento no sentido de esclarecer e orientar os educandos em relação a uma pratica pedagógica que atenda a diversidade da escola. Esse tipo de prática pedagógica vem enfatizar e mostrar a importância de se discutir o currículo escolar e os muitos desafios que tange a inclusão, não somente no ambiente escolar mas também na sociedade que vivemos, inclusive os meios nos quais estão inseridas pessoas com algum tipo de deficiência ou necessidade especial. O ambiente escolar possibilita os alunos a terem outra visão de mundo, como as convivências e experiências que os fazem adquirir assim mais conhecimento. Portal motivo a escola contribui positivamente na vida desses alunos os inserindo na realidade do ensino regular. No entanto escola ainda se depara com um outro grande desafio que é a verdadeira inclusão desses alunos, pois não é apenas inclui-los fisicamente como muitas instituições fazem os deixando-os em um canto da sala, sem dar atenção e o estimulo que eles tanto precisam para se desenvolverem plenamente. E foi justamente o que percebi nestes dias de observação sobre a educação inclusiva, na escola onde realizei minha pesquisa apesar de ser bem equipada e com uma acessibilidade boa porque foi reformada recentemente a 2 anos. Na escola Aracy Eudociaki, embora a maioria dos professores não tenham capacitação para lidar com a educação especial, muitos deles se esforçam para trabalhar em conjunto com a professora Solange do AEE, o único momento que deixou um pouco a desejar foi a aula de educação física, onde os alunos especiais sempre ficam isolados num canto da quadra sem terem nenhum um tipo de inteiração com os outros alunos. Fiquei bastante desapontada coma professora Solange quando 45 perguntei o porquê ocorria isso, e ela me respondeu com uma voz bem natural “eles são assim mesmo” notei pela1ª vez que faltou interesse por parte dela em interagir com os alunos nesta aula, afinal de contas ela é a professora do AEE, e deveria acompanhar os alunos especiais em todas as atividades inclusive de educação física, os auxiliando e incentivando a participarem das aulas para perderem o medo de se machucarem, pois as suas limitações não eram físicas e sim cognitivas. Em vez disso ela, foi para a sala de informática navegar na internet quando deveria cumprir com a sua obrigação que era acompanhar os alunos especiais. Outro ponto negativo foi o desinteresse do professor Thiago que também nunca fez questão de incentivar os alunos Jessias e Caroline a participar das aulas de educação física, quando o questionei a respeito disso também, ele e me respondeu com um ar de deboche, “Pra que? Se eles nunca fazem nada mesmo”. Fiquei extremamente chocada com a falta de profissionalismo dele, mas isso não me impediu de tentar amenizar aquela situação, procurei o secretario da escola e pedi para que ele me arranjasse uma bola de vôlei e chamei os alunos especiais para brincar de três cortes, e eles ficaram muito felizes por conta disso, e eu mais ainda por ter proporcionado uma alegria para eles naquele dia. Sei que a educação inclusiva no ensino regular não é nada fácil, que há falta de insumos e principalmente capacitação para todos os professores. Mas não custa nada ter um pouco de boa vontade e tentar desenvolver um trabalho com amor e dedicação para com esses alunos também, que necessitam tanto de carinho e atenção quanto os demais alunos “ditos normais”, afinal de contas um bom professor além de garantir a aquisição de uma boa aprendizagem também trabalha o lado afetivo de seus alunos como fizerem a maioria dos professores que observei durante a minha pesquisa. Diante desta triste constatação, ficou evidênciado que ainda existe um certo descasso desses alunos especiais até por parte da escola que em vez de tentar fazer alguma coisa para mudar essa realidade, marcara essas situações em vez de resolver o problema. Penso que a direção, orientadores e coordenadores pedagógicos deveriam propor estratégias juntamente com o corpo docente da escola para melhorar e combater esse tipo de atitude por parte de alguns professores e de colegas de sala também, e não ficar só esperando pelo os professores. Pois esse tipo de atitude acaba refletindo no distanciamento dos alunos especiais no ambiente escolar, por conta de profissionais que em vez de promover a 46 integração e socialização reforçam o preconceito contra esses alunos que tem direto também a uma educação mais justa e igualitária, como todos os demais alunos da rede regular de ensino. Para isso, todos os profissionais da educação devem criar estratégias para que as demais crianças consigam aprender e conviver com as diferenças, aprendendo então a aceitar o diferente, sabendo então que tanto na escola, quanto na sociedadedeve-se acolher esses alunos, proporcionando educação de qualidade, visando não somente a vida escolar mas também a inserção desses alunos no mercado de trabalho, bem como na sociedade em que vivemos. Por meio da inclusão esses alunos, começam a desenvolver a sua capacidade, bem como o processo de socialização, se preparando a novos desafios, lutando para que haja um mundo melhor sem discriminação pelas diferenças. Segundo Mantoan (2003), “a inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças”. Sendo assim a escola deve ter espaço para atender todas as diversidades, sabendo que cada aluno tem suas individualidades e singularidades, ou seja, tem suas características que o diferencia do outro colega , nas quais se evidenciam ao longo da vida escolar. Por isso todas as diferenças devem ser respeitadas e levadas em consideração no processo ensino-aprendizagem, como também no contexto de convívio social. Para que a inclusão aconteça de fato, faz se necessário uma reestruturação do currículo escolar, com a capacitação do professor para que haja de forma adequada com estes alunos contribuindo de forma positiva ao desenvolvimento de cada um. Porém delegar ao professor toda a responsabilidade de promover a inclusão dos alunos com necessidades especiais é um erro, pois a adoção dessa postura é deveria ser de toda a estrutura da escola. A formação dos professores para o trabalho em equipe, o conhecimento sobre o currículo e as possíveis adaptações curriculares cabíveis as necessidades dos alunos, o conhecimento do conteúdo, metodologia de ensino e as possibilidades de reflexão sobre ações realizadas na sala de aula são questões a serem trabalhadas por toda a equipe escolar, e não somente pelo professor que recebe o aluno especial. As instituições educacionais devem frizar que o processo de inclusão não deve acontecer somente em um ambiente escolar, mas sim também na vida em sociedade, dando-hes direito também a inserção no mercado de trabalho e no 47 convívio social como um todo. Desde a mudança da constituição brasileira, as leis também se adaptaram dedicando-se as pessoas com deficiência. Porém, a princípio essas leis previam somente o bem estar desses alunos, com o passar do tempo essa situação foi evoluindo passando a priorizar todos os aspectos desses indivíduos. Em primeiro momento a inclusão era somente na rede privada posteriormente foi aderida nas redes públicas de ensino. Hoje finalmente se fala e pratica a inclusão escolar, n o qual esses alunos com necessidades especiais são inseridos obrigatoriamente n a rede regular de ensino, tanto no ensino público como no ensino particular . A inclusão escolar no espaço de ensino regular é importantissíma para o desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo, social e psicológico das crianças com necessidades especiais. Contudo, isso só foi possível graças as conquistas que foram sendo feitas ao longo da historia da educação inclusiva como, o artigo 208 Inciso III da CF/88 que garante “Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. A legislação brasileira (L D B E N. 939 4/96) que busca “Garantir que a inclusão escolar, permitindo que as crianças que apresentam algum tipo de necessidade especial possam se socializar, desenvolver suas capacidades físicas, motoras, cognitivas, afetivas e emocionais”. A declaração de “Salamanca (1994)”. A “Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência, aprovada pela a ONU em 2006, entre outros”. Portanto, apesar de todas essas conquistas ainda há um longo caminho a percorrer para que realmente de fato todas as escolas, tanto particulares como a de ensino regular apresentem um ensino inclusivo de excelência, mas isso depende de todos nós, professores, gestão escolar, familiares comunidade em geral, e claro que também de recursos do poder público com o fomento de políticas públicas que invistam e garantam o direito de um ensino de qualidade para todos inclusive na educação especial. 48 6. REFERÊNCIAS : A inclusão da educação especial e sua história, 2017. Disponivel em:< https://institutoitard.com.br/a-inclusao-da-educacao-especial-e-sua-historia/>. Acesso em: 15 de setembro de 2019. Diferentes doenças e seus conceitos. Disponivel em:< http://www.mpgo.mp.br/portalweb/hp/41/docs/diferentes_deficiencias_e_seus_concei tos.pdf/>. Acesso em: 16 de setembro de 2019. História da educação especial no Brasil, 2012. Disponivel em:<https://portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/estetica/historia-da-educacao- especial-no-brasil/15055/.> Acesso em:18 de setembro de 2019. Marcos Legais da educação infantil inclusiva, 2016. Disponivel em:< https://www.diversa.org.br/artigos/marcos-legais-da-educacao-infantil-inclusiva/>. Acesso em: 19 de setembro de 2019. Conheça o histórico da legislação sobre a inclusão atualizado set. 2019. Disponivel em:<https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/conheca-o-historico-da- legislacao-sobre-inclusao/>. Acesso em: 20 de setembro de 2019. LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394 Completa, Interativa e Atualizada. Disponivel em: <https://www.cpt.com.br/ldb/lei-de-diretrizes-e-bases-da- educacao-completa-interativa-e-atualizada/>. Acesso em: 19 de setembro de 2019. Art. 208, inc. III da Constituição Federal de 88. Disponivel em:<https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10649909/inciso-iii-do-artigo-208-da- constituicao-federal-de-1988/>. Acesso em: 21 de setembro de 2019. ONU lembra 10 anos de convenção dos direitos das pessoas com deficiência. Disponivel em :<https://nacoesunidas.org/onu-lembra-10-anos-de-convencao-dos- direitos-das-pessoas-com-deficiencia/>. Acesso em: 20 de setembro de 2019. https://institutoitard.com.br/a-inclusao-da-educacao-especial-e-sua-historia/%3e.%20Acesso http://www.mpgo.mp.br/portalweb/hp/41/docs/diferentes_deficiencias_e_seus_conceitos.pdf/ http://www.mpgo.mp.br/portalweb/hp/41/docs/diferentes_deficiencias_e_seus_conceitos.pdf/ https://portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/estetica/historia-da-educacao-especial-no-brasil/15055/ https://portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/estetica/historia-da-educacao-especial-no-brasil/15055/ https://www.diversa.org.br/artigos/marcos-legais-da-educacao-infantil-inclusiva/%3e.%20Acesso https://www.diversa.org.br/artigos/marcos-legais-da-educacao-infantil-inclusiva/%3e.%20Acesso https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/conheca-o-historico-da-legislacao-sobre-inclusao https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/conheca-o-historico-da-legislacao-sobre-inclusao https://www.cpt.com.br/ldb/lei-de-diretrizes-e-bases-da-educacao-completa-interativa-e-atualizada https://www.cpt.com.br/ldb/lei-de-diretrizes-e-bases-da-educacao-completa-interativa-e-atualizada https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10649909/inciso-iii-do-artigo-208-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10649909/inciso-iii-do-artigo-208-da-constituicao-federal-de-1988 https://nacoesunidas.org/onu-lembra-10-anos-de-convencao-dos-direitos-das-pessoas-com-deficiencia/ https://nacoesunidas.org/onu-lembra-10-anos-de-convencao-dos-direitos-das-pessoas-com-deficiencia/ 49 TROCOLI, Edla. BONFATTI, Sabrina. Educação Inclusiva. Brasilia/DF: ED. Alumnus,1º Edição, 2018.