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0 UNIVERSIDADE RURAL DA AMAZONIA CURSO DE PEDAGOGIA DALBA MOTA DOS SANTOS MARIDALVA SEVERINO DIAS A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO ENSINO- APRENDIZAGEM NA ESCOLA, NO MUNICÍPIO DE CAPANEMA - PA CAPANEMA-PA 2015 0 DALBA MOTA DOS SANTOS MARIDALVA SEVERINO DIAS A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO ENSINO- APRENDIZAGEM NA ESCOLA, NO MUNICÍPIO DE CAPANEMA – PA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito avaliativo da disciplina Orientação de Trabalho de Conclusão, à Universidade Federal Rural da Amazônia UFRA, Campus Capanema, para a obtenção de grau em Pedagogia. Orientadora: Profª. Drª. Luciane Cristina Paschoal Martins CAPANEMA-PA 2015 1 DALBA MOTA DOS SANTOS MARIDALVA SEVERINO DIAS A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO ENSINO- APRENDIZAGEM NA ESCOLA, NO MUNICÍPIO DE CAPANEMA – PA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Pedagogia da Universidade Federal Rural da Amazônia como requisito para obtenção do grau de Licenciatura em Pedagogia. APROVADA EM : ____/____/______ NOTA: ___________ BANCA EXAMINADORA: _____________________________________________________ (Orientadora) _____________________________________________________ _____________________________________________________ 2 Santos, Dalba Mota dos A importância da participação da família no ensino – aprendizagem na escola, no município de Capanema – Pa / Dalba Mota dos Santos, Maridalva Severino Dias. – Capanema, PA, 2015. 44 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) – Plano Nacional de Formação de Professores, Universidade Federal Rural da Amazônia, 2015. Orientadora: Luciane Cristina Paschoal Martins 1. Família e Escola - relação 2. Ensino Aprendizagem 4. Criança - desenvolvimento integral I. Dias, Maridalva Severino II. Martins, Luciane Cristina Paschoal, Orient. III. Título CDD – 371.192 3 Dedicamos este trabalho a Deus e a todos aqueles que amamos, pois foram imprescindíveis para essa vitória tão almejada. 4 AGRADECIMENTO Agradecemos a Deus pela bênção de chegarmos à conclusão deste curso, atingindo um novo patamar nos nossos ideais de vida. Aos nossos pais, irmãos e amigos, por todo apoio material, moral e afetivo e outros tantos que seriam impossíveis de se descrever nesses agradecimentos. A todos que direta e indiretamente nos ajudaram, de todo o nosso coração, muito obrigada! 5 Sem sonhos a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar tentando do que errar por se omitir. (Augusto Cury, 2004) 6 RESUMO Este trabalho apresenta uma análise a respeito da participação da família no contexto escolar, atribuindo à cada membro da comunidade escolar suas contribuições para que haja um ensino envolvente, onde a escola seja a porta de abertura para outras instituições e com ela possa adquirir meios para superar qualquer entrave social que venha dificultar o processo de ensino-aprendizagem das crianças. Objetivou-se com esta análise, estudar a participação da família no processo de aquisição da aprendizagem nos alunos do Ensino Fundamental no município de Capanema, no Estado do Pará e no município de Santa Luzia do Pará. Justifica-se pela necessidade da participação da família no processo educativo de ensino aprendizagem do educando, uma vez que a ausência da família nesse processo tem causado impacto negativo no desenvolvimento cognitivo psicológico e afetivo do aluno. A metodologia utilizada para a pesquisa foi a abordagem qualitativa, na qual pretendeu-se constatar que a relação escola e família é imprescindível, para o desenvolvimento integral da criança. Foi analisada a importância da educação escolar; a função da escola e da família; a participação da família na escola; a relação entre família e escola além das possibilidades de integração escola e família. Entende-se que uma é o complemento da outra, família e escola devem estar sempre num diálogo intenso, pois é o alicerce para todos, independente de raça, cor, credo, profissão. Palavras-chave: Família; escola; aquisição da aprendizagem; desenvolvimento integral da criança. 7 ABSTRACT This paper presents an analysis about the family involvement in the school context , assigning to each member of the school community contributions so that there is an engaging teaching , where the school is opening the door to other institutions and it can acquire the means to overcome any social obstacle that may hinder the process of teaching and learning of children. The objective of this analysis , study the family participation in the learning acquisition process in the elementary school students in the municipality of Capanema in the state of Pará and Santa Luzia of the Pará . It is justified by the necessity of family participation in the educational process of the student's learning education since the absence of the family in this process has caused a negative impact on the psychological and cognitive affective student. The methodology used for the research was the qualitative approach, which was intended to verify that the school relationship and family is essential for the integral development of the child. The importance of education was analyzed; the function of the school and the family; family participation in school; the relationship between family and school in addition to the integration of school and family possibilities. It is understood that one is the complement of the other, family and school should always be in an intense dialogue as it is the foundation for all, regardless of race, color, creed , profession Keywords: Family; school; acquisition of learning; child's integral development. 8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 09 2. OBJETIVOS................................................................................................... 11 2.1. Objetivo Geral...................................................................................... 11 2.2. Objetivos Específicos........................................................................... 11 2.3. Justificativa........................................................................................... 11 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................... 12 3.1. A importância da família na aprendizagem.......................................... 12 3.2. O papel da família na educação.......................................................... 14 3.3. O papel da escola na educação.......................................................... 164. METODOLOGIA............................................................................................ 21 4.1. Abordagem metodológica.................................................................... 21 4.2. Técnicas para coleta de dados............................................................ 22 4.3. Participantes da pesquisa.................................................................... 23 4.3.1. As famílias...................................................................................... 23 4.3.2. As escolas...................................................................................... 24 4.3.3. As professoras participantes.......................................................... 24 5. ANÁLISE DOS DADOS................................................................................. 24 5.1. A importância da educação escolar..................................................... 24 5.2. Função da escola................................................................................. 25 5.3. Função da família................................................................................. 27 5.4. Participação da família na escola....................................................... 29 5.5. Relação entre escola e família............................................................. 32 5.6. Possibilidades de integração entre família e escola............................ 35 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 36 7. REFERÊNCIAS.............................................................................................. 37 8. ANEXO........................................................................................................... 39 9 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como pretensão fazer uma análise do relacionamento entre família e escola, já que atualmente o ensino nessas instituições tem sido o centro das diversas discussões acerca da necessidade de se melhorar cada vez mais a qualidade do ensino dentro desse campo educacional, uma vez que, elas são responsavéis pela construção desse processo ensino-aprendizagem e objetivam o sucesso escolar. Partindo dessa afirmativa, a escola tem procurado de uma forma ou de outra se adaptar às mudanças sócio-educacionais, o que é de suma importância nos nossos dias para uma maior eficiência na educação e no ensino das crianças. Porém, acredita-se que a escola necessite de parcerias para encaminhar o ensino de qualidade e buscar a excelência educacional. Desse modo, é necessário enfatizar um das mais importantes parceiras da escola nesta caminhada, a família, seu papel e responsabilidades enquanto instituição, como a mesma pode e deve interagir em prol de um objetivo comum: a aprendizagem de seus filhos. A presente pesquisa, desse modo, aborda a necessidade da participação da família no processo educativo de ensino aprendizagem do educando, uma vez que a ausência dela nesse processo tem causado impacto negativo no desenvolvimento cognitivo, psicológico e afetivo do aluno. Para tanto, mais do que nunca há uma grande necessidade da escola estar em perfeita sintonia com a família, uma vez que ela é uma instituição que deve complementar a família e juntas se tornarem lugares agradáveis para a convivência dos educandos. A escola não deveria “viver” sem a participação da família e nem a família deveria “viver” sem a escola. Apesar da ausência da família, uma depende da outra na tentativa de alcançar o maior desempenho do educando, tanto no desenvolvimento psicológico, cognitivo e afetivo de educando (LEITE; GOMES, 2012). Vale ressaltar que os pais/família devem estar cada vez mais atentos aos filhos, ao que eles falam e fazem, às suas atividades e ao seu comportamento. Infelizmente não é o que vem acontecendo no âmbito escolar. É claro, que apesar das dificuldades, a escola também precisa estar atenta aos acontecimentos que circundam esse ambiente, pois os alunos se comunicam de várias formas, muitas vezes por meio de sua ausência ou rebeldia. Seu afastamento, recolhimento, choro, silêncio e outras 10 vezes gritos, zanga por pequenas coisas, reações violentas, fugas, notas baixas na escola, mudanças na maneira de se vestir, nos gestos e atividades, são reflexos dessas formas de comunicação. (LEITE; GOMES, 2012). Os pais precisam perceber os filhos, pois muitas vezes, através do comportamento estão querendo dizer alguma coisa a eles. E esses, na inércia ou na correria do dia-a-dia, não ficam atentos aos pequenos, mas importantíssimos detalhes. Muitas vezes os educandos estão tentando pedir ajuda e, mesmo achando que o filho/educando, ultimamente parece “meio estranho”, muitos pais consideram isso como algo normal, “coisa de adolescente”, que é uma fase e que “vai passar”. Tudo isso precisa ser observado, pois estes sinais podem dizer muito de problemas que precisam ser solucionados como: inadequação, dificuldade nas disciplinas, com os colegas, professores e outras causas. (LEITE; GOMES, 2012). Destarte é neste momento que entra a parceria família/escola. Uma conversa franca entre docentes e pais em reuniões simples, organizadas, onde é permitido aos pais falarem e opinarem é relevante, na tentativa de entender melhor os filhos/educandos. A construção dessa parceria deveria partir dos docentes, visando a proximidade dos pais/família na escola, para que a família esteja cada vez mais preocupada em ajudar seu filhos/educandos (LEITE, GOMES, 2012). Logo, faz-se necessário uma conscientização muito grande para que todos se sintam envolvidos neste processo continuo de educar os filhos. Mas não é só responsabilidade de família e escola, a sociedade também tem responsabilidade na educação desses educandos, dessa nova geração (LEITE, GOMES, 2012). Assim, os educandos precisam sentir que pertencem ao um grupo família, pois a família é a base de qualquer ser, não se refere aqui, somente família de sangue, mas também às famílias constituídas através de laços afetivos. Pois, família no sentido mais amplo, é um conjunto de pessoas que se reúnem pelo desejo de estarem juntos, de construírem algo e de se completarem (LEITE, GOMES, 2012). E através dessas relações que as pessoas podem se tornar mais humanas, aprendendo a viver o jogo da afetividade de modo mais adequado. Percebe-se, dessa forma que muito tem sido transferido da família para a escola. Diz-se das funções que deveriam ser discutidas em família como: educação sexual, definições políticas, formação religiosa, entre outros. Com isso a escola vai abandonando o seu foco e a família perde a função. Além disso, a escola não deve 11 ser só um lugar de aprendizagem, mas também um campo de ação no qual haverá continuidade da vida afetiva (LEITE, GOMES, 2012). A escola também precisa conscientizar-se a respeito dos problemas do mundo globalizado como: degradação ambiental, desvalorização de grupos menos favorecidos socialmente e economicamente. (LEITE, GOMES, 2012). Reforçamos ainda a necessidade de se estudar a relação afetiva da família/escola para o desenvolvimento escolar dos educandos e ressaltamos a importância de se dar continuidade a essas discussões, pois este não é um trabalho pronto e acabado, mas é uma contribuição para que outras discussões sejam realizadas e dessa forma, se possa diminuir as distâncias entre seus pares. 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo geral Estudar a participação da família no processo de aquisição da aprendizagem nos alunos do Ensino Fundamental no município de Capanema-PA. 2.2. Objetivos específicos: Analisar a participação da famíliano processo de ensino aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental; Investigar a relação entre a escola e a família; Discutir possibilidades para melhorar a integração entre escola e família. 2.3. Justificativa A presente pesquisa justifica-se pela necessidade da participação da família no processo educativo de ensino aprendizagem do educando, uma vez a ausência da família nesse processo tem causado impacto negativo no desenvolvimento cognitivo psicológico e afetivo do aluno. Mais do que nunca há uma grande necessidade da escola estar em perfeita sintonia com a família uma vez que a escola é uma instituição que deve complementar 12 a família e juntos tornarem um lugar agradável para a convivência dos nossos educandos. A vida em sociedade pressupõe a criação e o cumprimento de regras e preceitos capazes de nortear as relações, possibilitar o diálogo, a cooperação e a troca entre membros deste grupo social. A escola, por sua vez, também precisa de regras e normas orientadoras do seu funcionamento e da convivência entre os diferentes elementos que nela atuam. Nesse sentido, as normas deixam de assumir a característica de instrumentos de castração e, passam a ser compreendidas como condição necessária ao convívio social. Neste modelo, o disciplinador é aquele que educa, oferece parâmetros e estabelece limites (REGO, 1996, p. 23). A família deve estar alerta aos mínimos sinais de necessidade dos filhos, caso contrário os mesmos podem apresentar problemas relacionados a vida escolar. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1. A importância da família na aprendizagem Atualmente, o ensino tem sido o centro das diversas discussões acerca da necessidade de se melhorar cada vez mais sua qualidade dentro das instituições educacionais, uma vez que elas são responsavéis pela construção do processo ensino – aprendizagem que objetiva o sucesso escolar. Desse modo, a escola tem procurado se adaptar às mudanças sócio- educacionais, o que é de suma importância nos nossos dias, para uma maior eficiência na educação e no ensino das crianças. Porém, acredita-se que a escola necessite de parcerias para encaminhar o ensino de qualidade e buscar a excelência educacional. E, “É dentro de casa, na socialização familiar, que um filho adquire, aprende e absorve a disciplina para, num futuro próximo, ter saúde social [...]” segundo (TIBA, 1996, p.178). Sabe-se que uma boa educação vinda do seio familiar dará ao educando uma formação bem fundamentada e também irá contribuir para que o mesmo possua um bom desenvolvimento e um comportamento produtivo mediante ao mundo que o cerca é o que afirma (TIBA, 1996, p.179). Pensando na importância que a família possui na formação do educando, Osório (1996) afirma que: 13 [...] a família não é uma expressão passível de conceituação, mas tão somente de descrições; ou seja; é possível descrever as várias estruturas ou modalidades assumidas pela família através dos tempos, mas não defini- la ou encontrar algum elemento comum a todas as formas com que se apresenta este agrupamento humano (OSÓRIO, 1996, p.14). Dessa maneira, pode-se dizer que a família tem o dever de auxiliar na formação da identidade, individualidade e autonomia da pessoa e que esse processo acontece no cotidiano da criança, por meio de atenção, carinho e dedicação encontrada no convívio com seus pais, e essa relação virá suprir as suas necessidades segundo (OSÓRIO, 1996). Sobre essa afirmativa Osório (1996, p.12) diz que “[...] a família continua sendo percebida como a viga mestra de qualquer realinhamento no processo evolutivo do ser humano”. Em suma, a família tem uma função imprescindível na vida de seus filhos, pois é nela que acontece a desenvoltura de suas habilidades, ensinamentos, entre outros valores criados para o convívio em sociedade. Segundo Durkheim apud Brandão (2004, p.41), A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objetivo suscitar e desenvolver, na criança, certos números de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pala sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial que a criança particularmente se destine. Desta forma, cabe a família como primeira instituição cuidar da formação da criança de forma constante e consciente, sem desculpas, pois o processo de formação da pessoa começa no seio da família desde o nascimento da criança, pois de acordo com Yaegashi (2007, p. 46): A influência da família no desenvolvimento da criança é um fato indiscutível. A atmosfera que rodeia a criança será uma variável decisiva em seu progresso. Especialmente quando a criança apresenta dificuldades de aprendizagem, os pais devem provê-la de suporte emocional, informação e conselhos, se desejarem que ela tenha uma recordação de sua infância como um período feliz e frutífero. Sabendo da importância da família e do convívio familiar, o ECA estatuto da Criança e do Adolescente, vem assegurar a elas, por meio da Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990 em seu artigo 4º o dever da família dizendo que: 14 É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, a alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Mediante a lei se é possível constatar que a sociedade como um todo tem o dever de contribuir para a formação da criança e do adolescente, mas como vimos, na citação acima a família é citada como a primeira instituição responsável em oferecer todos esses direitos à criança, pois ela é uma base indispensável na inserção, socialização e na formação de todos. 3.2. O papel da família na educação A falta de participação da família no processo ensino-aprendizagem faz com que os educandos percam a motivação no seu desenvolvimento educacional. Neste sentido é necessário enfatizar alguns importantes parceiros da escola nesta caminhada, como a família no que se refere ao papel e responsabilidades dessa instituição, e como a mesma pode e deve interagir em prol de um objetivo comum: a aprendizagem de seus filhos. Segundo Penteado (2006), trazer a família para participar do processo ensino aprendizagem do educando tem uma grande importância no planejamento e na execução do plano em sala de aula. O mesmo fala que a afinidade família-escola não considerado apenas os filhos-alunos, mas todos os componentes que fazem parte desse processo: família, professores e comunidades em geral. As mudanças de hábitos a escola tinha apenas o papel de ensinar, porém ganhou também o encargo de instruir para a vida, ficando aos pais apenas a missão de cobrar e criticar a mesma, esquecendo de que eles enquanto pais possuem atributos indispensáveis para que seus filhos tenham sucesso na vida afetiva e profissional. Tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo; no entanto, a família tem as suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto, ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo (PAROLIN, 2005, p.99). A família é e sempre será a base fundamental para toda a vida social, a mesma possui a capacidade de criar estímulos que são importantíssimos para o ser humano 15 na aquisição do conhecimento, por meio da sua sensibilidade,carinho, amor, atenção e etc. Daí o motivo de muitos professores acreditar que o apoio familiar e o acompanhamento dela no ambiente escolar contribui para o sucesso escolar do aluno, uma vez que a motivação familiar, são reforços positivos na aprendizagem e um ambiente familiar com pouca interação no motivam as crianças a desenvolverem suas habilidades e aptidões e tendem a influenciar de forma negativa causando desinteresse e desmotivação. De acordo com Varani e Silva (2010, p.511), “a relação da família-escola: implicações no desempenho escolar dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental”, desse modo ressaltam os principais objetivos da participação que a família tem durante esse processo de ensino aprendizagem dos alunos na escola. E as dificuldades que elas encontram em acompanhar esse processo educativo. As autoras dizem que a participação dos pais nesse trajeto de conhecimento ajuda no sucesso da vida dos educandos quanto no desenvolvimento das práticas da escola, a participação dos pais acaba tem uma certa implicação sobre o sistema de ensino por causa das cobranças mais adiante do projeto pedagógicos. Hoje, a maioria dos pais buscam e tem informação em relação a esse conteúdo e as suas opiniões acabam causando um certo conflito já os pais que não tem entendimento sobre isso a sua participação não irá fazer nem uma diferencia pela falta de conhecimento são essas aplicações na escola que precisam se dialogada para que sejam resolvidas a escola tem anseio de apresenta o projeto pedagógico político por conta das informações. Mas a família tem um papel fundamental na educação dos alunos, pois são delas que tem os primeiros contatos de ensinamentos de seus valores e esse acompanhamento deve ser praticado nas escolas seja em atividades sócia educativas, serviços de apoio ou custo financeiro. Segundo Varani e Silva, “as famílias nesse processo são vistas como incentivadoras de produtividade nas instituições, já o distanciamento acaba causando a desvalorização do ensino”. Então, a importância da relação da família com escola tanto quanto a instituição, educação, a família e alunos tenham um laço afetivo, assim alunos, pais e escola estarão mais associado ao um bom rendimento educacional. A família dever cumprir o seu papel enquanto família na escola a sua presença é vista como um incentivo a mais ao educando e essa concepção que a família trará atrito 16 com as suas opiniões precisam se revista por que o envolvimento da família também trará benefícios ao sistema educacional. Conforme Varani e Silva (2010), a escola precisa estar atenta às famílias de cada educando porque tanto quanto a família dever participar do processo e ensino aprendizagem a escola tem que também estar interligada não só com a família, mas com a comunidade buscando saber sobre os seus valores e interesses sociais proporcionado projeto, eventos e oficinas educativas onde envolver pais e comunidades, assim as famílias estarão mais associadas a escola. A família precisa estar mas disponibilizada para a educação dos seus filhos para que os mesmo possam presenciar as dificuldades que eles encontram dentro e fora de sala de aula as diferencias sociais como a desigualdade social acaba causando certas transformações, e é nelas que muitos educandos abandonam a escola por sofrerem preconceitos, frustrações, e nesse momento que a participação da família ajuda para ele não deixe a escola, estar presente dando apoio mostrando os seus valores independente de sua classe social. De acordo com as pesquisadoras, a desigualdade social e o que mais afeta famílias de baixa classe isso acaba causando o fracasso escolar que segundo as autoras “as desigualdades sociais, inerentes à nova ordem social, passaram a ser justificadas pelas desigualdades raciais pessoais ou culturais, sem colocar em xeque a tose da existência de igualdade de oportunidades” (VARANI; SILVA, 2010, p. 517). 3.3. Papel da escola na educação A função da escola modificou-se e tem modificado no decorrer dos tempos, pois ela, por ser um fruto do meio social, vai se modificando e se moldando de acordo com as necessidades e transformações do homem e da sociedade. Durkheim (apud BRANDÃO, 2004, p. 26) diz que a escola é a instituição onde a educação cria situações próprias para o seu exercício, produz métodos, estabelece suas regras e tempos, e constitui executores especializados. É quando aparecem a escola, o aluno e o professor. Com a evolução da sociedade e dos conhecimentos exigidos por ela, a escola passa a se preocupar também com os assuntos não relacionados de forma direta com o seu espaço e adquirir funções que eram de total obrigação dos pais, uma vez que essa falta de formação familiar afeta de forma direta 17 no relacionamento do aluno e escola, aluno e construção do aprendizado. E no que se refere ao papel da escola, Libâneo (2004, p. 53-54) apresenta cinco objetivos a serem alcançados pela escola no cumprimento da sua função: 1. Promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais dos alunos (processos mentais, estratégias de aprendizagem, competências do pensar, pensamento crítico), por meio dos conteúdos escolares. 2. Promover as condições para o fortalecimento da subjetividade e da identidade cultural dos alunos, incluindo o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade, da imaginação. 3. Preparar para o trabalho e para a sociedade tecnológica e comunicacional [...] 4. Formar para a cidadania crítica, isto é, formar um cidadão trabalhador capaz de interferir criticamente na realidade para transformá-la e não apenas formar para o mercado de trabalho. 5. Desenvolver a formação para valores éticos, isto é, formação de qualidades morais, traços de caráter, atitudes, convicções humanistas e humanitárias. Desta forma, vê-se que a escola deve oferecer ao aluno uma educação que lhe propicie condições de ser um cidadão crítico e participativo no ambiente em que está inserido, pois a educação não pode e nem deve ser uma mera transmissão de conhecimentos, ela deve transformar e formar as pessoas para a vida, capazes de entender o mundo que o cerca. Assim sendo, a escola é uma instituição cujo papel incluem proporcionar meios através do seu ensino que venham desenvolver as capacidades cognitivas, afetivas, físicas do aluno de forma que esses possam ter uma dinâmica e um equilíbrio no contato com as outras instituições e possam fazer parte delas respeitando as normas impostas para uma boa convivência e ao mesmo tempo participem de forma ativa e critica na mesma. Desde o século passado, sabendo que as dificuldades de aprendizagem e de comportamento vêm crescendo assustadoramente nas escolas, muitos pesquisadores têm direcionado as suas pesquisas para este tema, enfocando a importância da família na aprendizagem escolar. Os resultados obtidos deixam claro que a família tem uma influência muito grande no desempenho escolar dos filhos, podendo intervir no sentido de motivar os alunos para frequentarem a escola, bem como auxiliá-los no desenvolvimento de suas competências e habilidades, através de um relacionamento amigável com os colegas e professores (FUNAYAMA, 2005, p. 79). Partindo do que foi citado acima observamos que a interação família e escola tem sido o centro das diversas discussões acerca da necessidade de melhorar cada vez mais a qualidade do ensino nas instituições educacionais onde essas células 18 sociais criadas pelo homem, cada uma com seus respectivos e distinto papeis possuem fundamental importância. Uma vez que é na família que nos são apresentada os valores morais e sociais nos quaissão indispensáveis para o crescimento e amadurecimento incondicional e a escola por nos preparar para a vida profissional e social. Weil (2004, p. 61) enfatiza que: Antigamente, a instrução dos filhos era dever exclusivo da família. Mas a vida foi se complicando e o conjunto dos conhecimentos a serem adquiridos por uma pessoa também se estendeu indefinidamente. O resultado disto é que a escola tomou, aos poucos, o encargo de instruir as crianças e os adolescentes. A partir do que foi citado acima se é possível compreender a importância que a escola adquiriu tanto para a criança, quanto para a família ao formar esta parceria e assim obter essa função valiosa. No entanto com as mudanças advindas de uma sociedade globalizada, essa parceria assim como alguns papeis e valores encontram- se modificados ou perdidos na correria do dia a dia. Vasconcellos (1956, p.63) diz que, as relações entre escola e família tem se modificado muito nas ultimas décadas. Neste período, como vimos, a escola mudou, a família mudou, e, sobretudo, a sociedade mudou. Santos (2009, p. 24) ao falar sobre essas transformações afirma que: Os avanços do modo capitalista de produção, a divisão social do trabalho atingiu seu ponto mais alto e produziu consequências nos lares, principalmente na redução significativa a relevância do agrupamento familiar, assim que as pessoas ganharam importância no espaço exterior a casa. A educação deixou de ser responsabilidade dos pais e passou a ser de responsabilidade dos poderes públicos constituídos. Percebia-se que os conhecimentos relativos à educação tornavam-se cada vez mais especializados e sofisticados. A família não podia educar pelo fato de a educação ter se tornado assunto do Estado e por não serem tão capazes quanto os professores, imbuídos que eram dos saberes científico. (SANTOS, 2011, p. 24). A partir dessas observações, essas mudanças de hábitos sobrecarregaram a escola que tinha apenas o papel de ensinar os alunos, ela ganhou também o encargo de instruir para a vida, ficando aos pais apenas a missão de cobrar e criticar a mesma, esquecendo de que eles enquanto pais possuem atributos indispensáveis para que seus filhos tenham sucesso na vida afetiva e profissional. Tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo; no entanto, a família tem as suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa mesma 19 instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto, ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo (PAROLIN, 2005, p.99). E no que se diz respeito a educação, o educador e os pais, são grandes parceiros na formação de estímulos, uma vez que se o educando não tiver o apoio familiar no ambiente escolar, logo o mesmo perdera o interesse pelo aprender, pela escola e aos demais profissionais de educação. Baseado na importância dessa interação Rios (2009. p.43) afirma que: A escola é um espaço essencialmente de fonte de formação e socialização. Esses seus compromissos podem ser concretizados e garantidos, na medida em que a escola construir momentos significativos para o educando de interação entre as experiências escolares e não escolares. Não podemos restringir a participação dos familiares apenas nas reuniões escolares, festas comemorativas, mas abrir uma interlocução dinâmica e constante no cotidiano do educando entre esses dois espaços de produção de conhecimento. Assim sendo, este escrito evidencia a necessidade de que ambos os lados exerça sua função e ao mesmo tempo criem laços de ligação que vão muito mais além de participações isoladas em datas festivas e reuniões. É necessária uma participação que vá da atividade para casa ao acompanhamento do dia a dia da criança no ambiente escolar, assim como a escola também deverá estar aberta para a concretização deste laço e para a realidade das famílias que a ela pertencem, pais e professores devem criar entre si momentos de diálogos, para que assim possam se fazer perguntas, procurar respostas e assim tentar entender as dificuldades da criança em seu desenvolvimento, que só poderá ser concretizado por meio da parceria dos mesmo no processo educativo, pois a escola e a família, ambas instituições são responsáveis pelo desenvolvimento das crianças. Partindo desse contexto, Dessen e Polonia (2007, p. 27) dizem que: É importante ressaltar que a família e a escola são ambientes de desenvolvimento e aprendizagem humana que podem funcionar como propulsores ou inibidores dele. Estudar as relações em cada contexto e entre eles constitui fonte importante de informação, na medida em que permite identificar aspectos ou condições que geram conflitos e ruídos nas comunicações e, conseqüentemente, nos padrões de colaboração entre eles. Nesta direção, é importante observar como a escola e, especificamente, os professores empregam as experiências que os alunos têm em casa. Face à leitura, é muito importante que a escola conheça e saiba como utilizar as experiências de casa para gerir as competências imprescindíveis ao letramento. A interpretação de textos ou a escrita podem ser estimuladas 20 pelos conhecimentos oriundos de outros contextos, servindo de auxílio à aprendizagem formal. Rios (2009, P.43) diz ainda que: É necessário, para promover uma relação construtiva entre escola e família ter atenção quanto ao tipo de comunidade que a escola está servindo. Conhecer a escolaridade e o nível socioeconômico das famílias ajuda a planejar as intervenções propicias para a interação destas com a escola. Mesmo reconhecendo que esta mediação faça parte da atividade do cotidiano da escola, ainda não foi possível sensibilizar a família enquanto a sua importância no comprimento deste dever, tornando assim notável a presença reduzida dos pais ou responsáveis em eventos importantíssimos para se tratar sobre a educação do aluno. Sabe-se que criar e educar filhos na atualidade não é uma tarefa fácil, contudo, enquanto maior for à integração família e escola, mais significativo serão os resultados, uma vez que, assim, será possível entender melhor as situações vivenciadas no ambiente escolar, lembrando sempre, que entre esses dois espaços de relação e desenvolvimento está a criança, que vive e circula entre ambas, e necessita que a família potencialize seu espaço escolar e que a escola abra espaço para que por meio de um trabalho coletivo, fortalecendo o processo de ensino- aprendizagem, promova um ensino de qualidade. A escola, hoje, não pode viver isolada, achando que todos cumprem o seu papel. A escola, antes, é o espaço problematizador, criador, mediador. Ela está mais próxima da família que estabelece como parceria, dividindo responsabilidades (PAIVA, 2002, p.9). Pensando na importância dessa interação o PNE (Plano Nacional de Educação), por meio da aprovação da lei nº 10.172/2001 determina a implantação de conselhos escolares e entre outras formas de participação da comunidade escolar no qual fazem parte dela também a família de seus respectivos alunos. Enquanto que o MEC Ministério da Educação instituiu o dia 24 de abril como o Dia Nacional da Família na Escola, no qual todas as escolas do país lançam o convite aos pais de seus discentes para participarem das suas atividades educativas, dando aos pais a oportunidade de conhecer a escola e seu funcionamento, bem como mostrar a eles a sua importância para uma boa educação através do ensino colaborativo entre a escola e os pais onde os alunos são os principais beneficiados 21 nessa relação de troca de conhecimentos. Tiba (2002,p.183) diz que se houver uma parceria entre família e escola, se as duas partes falarem a mesma linguagem e apresentarem valores semelhantes, a criança aprenderá sem grandes conflitos. Para Varani e Silva (2010), o papel da Escola na Educação é promover uma boa educação onde o educando possa obter conhecimento em diferentes relações, que futuramente em sua vida servirá como um instrumento para que se torne um cidadão digno na sociedade. De acordo com as autoras, o fracasso escolar geralmente é causado pela ausência da família no processo educativo sendo que o modo de vida de cada educando acaba tendo uma pequena influência nesse fracasso pelo fato do desapresso por colegas de classe, pois é nessa hora que o laço afetivo família, aluno e escola precisam estar interligados para que não venha a ter problemas na escola e na família. É preciso que a família esteja acompanhando esse processo educativo de seus filhos juntamente com a escola para que os alunos se sintam seguros com a presença dos seus pais, enquanto a escola deve estar associada a família e a comunidade, retrato social em que eles estarão inseridos. Essa relação se vincula à vida social e aos problemas comunitários, assim a interação escola-família- comunidade estarão interligadas tornando-os cidadãos que veem os problemas sociais e críticos na sociedade (VARANI; SILVA, 2010). Portanto, a relação Escola-Família é essencial que a parceria desses dois membros para que sejam cultivados em diálogo, uma parceria e colaboração no ensino. O sistema educacional precisa ter uma escola com uma boa estrutura, onde os alunos se sintam a vontade com professores qualificados formados para trabalhar, onde o mesmo se sinta prestigiado naquele espaço, a prática pedagógica trabalhe com diferentes problemas encontrados dentro da sala de aula e principalmente a realidade do aluno, e se cada um fizer o seu papel de responsabilidade escolar-família e comunidade o educando se sentirá mais positivo, prestativo, incentivado nos seus estudos, pois afetividade da família durante esse processo de aprendizagem é fundamental para o sucesso na vida profissional do discente (VARANI; SILVA, 2010). 22 4. METODOLOGIA 4.1. Abordagem metodológica A metodologia utilizada para a pesquisa foi a abordagem qualitativa, na qual pretende-se constatar que a relação escola e família é imprescindível, pois a família como espaço de orientação, construção de identidade e de indivíduos devem promover juntamente com a escola uma parceria, afim de contribuir no desenvolvimento integral da criança. Assim sendo, a pesquisa qualitativa tem como objetivo principal interpretar o fenômeno que observa, com base na observação e na compreensão de seu significado (MARCONI; LAKATOS, 2003). De acordo com Marconi e Lakatos (2003), através da pesquisa qualitativa o pesquisador tem algumas opções de aplicação para a coleta de dados seja em módulo de formulário, questionário, entrevista e outros, pois ela é baseada em experiências onde você analisa e observa os fatos. O uso dessa abordagem proporciona ao pesquisador uma série de descrições sobre o contexto, porque nesses estudos, ele pode acabar descobrindo além do que imaginava do que seria a realidade. 4.2. Técnicas para coleta de dados A técnica usada nesta pesquisa para a coleta dos dados foi o questionário semiestruturado que Marconi e Lakatos (2003), diz ser: um dos instrumentos mediadores para a coleta de dados da pesquisa, em que o pesquisador formula perguntas que devem ser respondidas por escrito sem que seja preciso a presença física do entrevistador. A importância da aplicação dessa técnica é obter respostas dentro dos determinados objetivos. Segundo as autoras, essa técnica tem as suas vantagens e desvantagens por que envolve uma série de acontecimentos como: obter maior número de dados, atingir maior número de pessoas, respostas mais claras e precisas, liberdade nas respostas e entre outras, que levara a coleta de dados vantagens que favoreceram a pesquisa e as desvantagens e às vezes por ter um grande número de respostas, não podem ser aplicadas a pessoas analfabetas por conta da assinatura, na leitura de todas as perguntas, antes de responder, pois pode uma questão influenciar a outra, por isso é 23 muito importante o pesquisador esclarecer sobre o que o entrevistado irá responder para que não ocorra desentendimento durante a aplicação do questionário. De acordo com Macorni e Lakatos (2003), a elaboração do questionário é necessário para que se foque no objetivo da pesquisa, para não criar um longo questionário, porque isso pode causar estresse nos participantes e durante a elaboração de perguntas é preciso ver quais dos dois tipos será colocado aos participantes, as perguntas abertas ou as fechadas esses tipos de perguntas facilitam o trabalho do pesquisador por que as respostas serão justamente para a conclusão do o objetivo da pesquisa. Procuramos aplicar essa técnica em nossa pesquisa porque, além das observações dos fatos, tivemos um contato direto com as famílias em relação ao acompanhamento do desenvolvimento estudantil dos seus filhos nas escolas. Para a coleta de dados foi feito dois questionários como perguntas voltadas a família na participação do processo de ensino aprendizagem e professores. Os professores participantes responderam um questionário (ANEXO 1) sobre o dever o acompanhamento da família durante o ensino aprendizagem na escola e o que a mesma poderia fazer com que haja uma aproximação da família na escola. O questionário tem no mínimo 5 (cinco) questões subjetivas para os professores responderem. Os pais dos alunos responderam um questionário (ANEXO 2) sobre a sua participação na escola durante o processo de ensino aprendizagem dos seus filhos e o que eles pensam sobre as responsabilidades da escola, com 10 (dez) questões objetivas. 4.3. Participantes da pesquisa Esta pesquisa foi realizada em duas escolas de Ensino Fundamental. Uma, a Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental, localizada no Bairro São José, S/n na cidade de Capanema, no estado do Pará. A outra é a Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental de Santa Luzia do Pará, BR 316 da Pará/Maranhão. Participaram desta pesquisa dez famílias e três professores. 24 4.3.1. As famílias Das dez famílias participantes da pesquisa, cinco são da zona urbana do município de Capanema e cinco famílias da zona urbana de Santa Luzia do Pará. Todas participaram conscientemente de que se tratava de uma pesquisa que intuía conhecer a realidade da participação da família no ambiente escolar, e se essa participação contribuía para a aprendizagem dos alunos envolvidos nesse processo. 4.3.2. As escolas Segundos dados do PPP (Projeto Político Pedagógico) da escola da zona urbana de Capanema, seu objetivo é desenvolver suas ações educativas, pautadas na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), no regimento municipal, com o intuito de contribuir para a melhoria do ensino. Da escola de Santa Luzia do Pará, a proposta pedagógica leva em conta a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9.394/96 a Constituição Brasileira, o estatuto da criança e do adolescente ECA, e os parâmetros curriculares Nacionais – PCNs. A metodologia de ensino adotada pela escola supracitada está baseada na proposta sócio-construtivista, cujo objetivo é levar a criança a construir o seu próprio conhecimento através da exploração do seu corpo, dos objetos, do espaço onde está inserida e das relações com o outro. 4.3.3. As professorasparticipantes Das três professoras envolvidas nesta pesquisa, duas cursam o último ano de Pedagogia na UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia) e trabalham na área da educação a mais de 10 anos e uma cursa pedagogia pela UNOPAR (Universidade do Norte do Paraná) e trabalha a pelo menos seis anos na área da educação. 25 5. ANÁLISE DOS DADOS 5.1. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR A questão 01, do questionário feito para os pais pergunta sobre a educação escolar, se a mesma é considerada importante para eles. Figura 1 – Você considera a educação escolar importante? Como pode ser notado no gráfico acima, a maioria dos pais disse que a educação escolar é muito importante para seus filhos, considerando que é a partir dessa educação que eles terão um futuro não tão distante de sucesso, onde estarão capacitados para o mercado de trabalho e para a vida social. A minoria, disse que a educação escolar é pouco importante, pois devido o lugar onde moram ter pouco estudo é o suficiente já que a maioria deles vão continuar naquele espaço e dificilmente vão concluir os estudos. 5.2. FUNÇÃO DA ESCOLA A segunda pergunta direcionada aos pais foi questionar sobre a função da escola, no sentido de saber se esses conhecem qual é a função da instituição em que eles colocam seus filhos. 0% 20% 80% Educação Escolar IMPORTANTE POUCO IMPORTANTE MUITO IMPORTANTE 26 FIGURA 2 - Para você, qual é a função da escola? No gráfico, percebe-se que a maioria dos pais percebe a escola como um espaço para aprendizagem mecanicista, onde só se aprende ler, escrever e fazer cálculos e ensinar ao educando uma profissão... Mas, a família também é conhecedora de que a escola vem mudando a sua forma de atuar, privilegiando o aluno, antes do saber, oferecendo dignidade, através de conversas, apoio, palestras, ensinando-os a conviver com outras pessoas e principalmente ensinando-o a conhecer e fazer valer os seus direitos e deveres no exercício da cidadania. De acordo com Durkheim apud Brandão (1991, p. 26), com a evolução da sociedade e dos conhecimentos exigidos por ela, a escola passa a se preocupar também com os assuntos não relacionados de forma direta com o seu espaço e adquirir funções que eram de total obrigação dos pais, uma vez que essa falta de formação familiar afeta de forma direta no relacionamento do aluno e escola, aluno e construção do aprendizado. Isso é relevante e preocupante, pois a escola como demonstrado por Durkheim (1991), já se encontra num outro viés de conduta e os cinco itens do questionário estão incutidos nessa função escolar, que é cuidar do aluno, ensinar a ler, escrever e a fazer cálculos, ensinar uma profissão, conviver com as outras pessoas, ensinar o exercício da cidadania, valores, logo que a escola deve ser a porta de saída para todas as outras portas. 30% 60% 10% 0% 0% 0% Função da Escola Cuidar das crianças Ensinar a ler, escrever e fazer cálculos Ensinar uma profissão Ensinar a conviver com outras pessoas Ensinar o exercício da cidadania outra 27 A escola tem um papel fundamental, a construção da identidade e da autonomia de cada aluno. 5.3. FUNÇÃO DA FAMÍLIA A terceira pergunta feita aos pais sobre a função da família na educação de seus filhos teve um dado interessante: Figura 3 - Para você, qual é a função da família na educação? De acordo com o gráfico, ficou assim distribuída 30% dos pais escolheram que a função da família na educação é cuidar das crianças; 30% escolheu ensinar a conviver com outras pessoas; 30% ensinar o exercício da cidadania, e 10% disse que é ensinar a ler, escrever e a fazer cálculos. Com esses dados, pode-se concluir que a família está trabalhando a questão dos valores, cuidando dos seus filhos, ensinando a serem cidadãos e a conviver com as outras pessoas. O que leva a entender que a família coloca a questão do letramento como responsabilidade somente da escola. Sua função é essa e ela sabe disso, mas não está se colocando como co-responsável pelo letramento de seus queridos e amados filhos. 30% 10% 0% 30% 30% 0% Para você qual a função da família na educação cuidar das crianças ensinar a ler, escrever e a fazer cálculos ensinar uma profissão ensinar a conviver com outras pessoas ensinar o exercício da cidadania outra 0% 0% 28 Tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo; no entanto, a família tem as suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto, ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo (PAROLIN, 2005, p.99). A família é e sempre será a base fundamental para toda a vida social, a mesma possui a capacidade de criar estímulos que são importantíssimos para o ser humano na aquisição do conhecimento, por meio da sua sensibilidade, carinho, amor, e atenção. As professoras entrevistadas colocam que é dentro da família que começa os cuidados e a educação dos alunos e que é na escola que vai acontecer essa continuação. A P1 afirma que “A educação começa em casa com a família, que tem que cuidar e educar seus filhos”. A P2 responde algo similar, afirmando que “A educação começa na família, a responsabilidade do professor é dar continuidade ao desenvolvimento educativo do aluno”. O que poderia estar correto se escola e família trabalhassem isoladamente. Na realidade, a família e a escola devem trabalhar unidas para a formação integral do aluno, onde ele possa estar sendo acompanhado dentro dessas instituições como um todo, família ajudando a escola e escola ajudando a família nesse desenvolvimento, assim como afirma Funayama (2005, p.79). De acordo com a autora: Desde o século passado, sabendo que as dificuldades de aprendizagem e de comportamento vêm crescendo assustadoramente nas escolas, muitos pesquisadores têm direcionado as suas pesquisas para este tema, enfocando a importância da família na aprendizagem escolar. Os resultados obtidos deixam claro que a família tem uma influência muito grande no desempenho escolar dos filhos, podendo intervir no sentido de motivar os alunos para frequentarem a escola, bem como auxiliá-los no desenvolvimento de suas competências e habilidades, através de um relacionamento amigável com os colegas e professores. (FUNAYAMA, 2005, p. 79). Dessa forma, é imprescindível o envolvimento entre família e escola para um melhor relacionamento e desenvolvimento do aluno nessa participação. 5.4. PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA As questões 4, 5, 8, 9 feitas aos pais sobre família na escola trazem dados muito importantes para a compreensão da participação da família na escola. 29 Figura 4 – Como você avalia a participação de seu filho na escola? De acordo com o gráfico, 70% dos pais avaliam a participação como boa; 20% avaliam como regular, e 10% avaliam a participação de seu filho na escola ruim. Se o que se vê no gráfico é que a maioria dos pais avalia a participação de seu filho na escola como boa é porque a escola vem desenvolvendo atividades que geram participação, disposição, reconhecimento, mas existem as exigências. 20% dos pais consideram a participação do filho na escola regular por falta de conhecimento sobre as práticas da escola ou pela pouca participação na escola de uma forma geral, ou a escola está deixando a desejar em algunspontos que precisam ser esclarecidos pela comunidade escolar, pois são hipóteses que levam à reflexão por parte do corpo técnico. Já 10% dos pais considera a participação do filho ruim. É preciso rever os conceitos, analisar, atuar, analisar de novo e avaliar. Deve ser criado um plano de intervenção o mais rápido possível, pois se não for diminuído esse percentual negativo, significa que a escola está caminhando para o fim. 70% 20% 10% Como você avalia a participação de seu filho na escola? boa regular ruim 30 Figura 5 – Você vai à escola com qual frequência? A maioria vem sempre à escola pra saber se está tudo bem e que verificam as tarefas de casa e que sua participação na escola pode melhorar o desenvolvimento do filho. Os que acham a participação dos filhos regular só vão às reuniões quando chamados, não tem paciência, e acreditam que se forem à escola o que mudará em seus filhos é só o comportamento. Os que acham a participação dos filhos ruim, não costumam comparecer nas reuniões, pois não acham importantes, para eles é uma perda de tempo, não têm tempo para acompanhar os alunos e que dizem que pouco mudaria seus filhos se estivessem dentro da escola. Portanto, a relação Escola-Família é essencial que a parceria desses dois membros para que sejam cultivados em diálogo, uma parceria e colaboração no ensino. O sistema educacional precisa ter uma escola com uma boa estrutura, onde os alunos se sintam a vontade com professores qualificados formados para trabalhar, onde o mesmo se sinta prestigiado naquele espaço, a prática pedagógica trabalhe com diferentes problemas encontrados dentro da sala de aula e principalmente a realidade do aluno, e se cada um fizer o seu papel de responsabilidade escolar-família e comunidade o educando se sentirá mais positivo, prestativo, incentivado nos seus estudos, pois afetividade da família durante esse processo de aprendizagem é fundamental para o sucesso na vida profissional do discente (VARANI; SILVA, 2010). A questão 08 vem questionar dos pais se esses estão fazendo o acompanhamento do estudo de seus filhos. 20% 10% 40% 30% 0% Você vai à escola com qual frequência Não costumo ir porque não acho importante Só vou se as notas estiverem baixas Vou sempre que posso, pra saber se está tudo bem Vou às reuniões quando sou chamado outro 31 Figura 6 – questão 8 – Como você tem acompanhado o estudo de seu filho Nota-se de acordo com o gráfico, que 60% dos pais verificam as tarefas de casa; 20% não tem tempo para acompanhar seus filhos; 10% não tem paciência; e 10% ajudam a estudar as lições. Embora a família esteja acompanhando seus filhos, ainda é muito alto o percentual de pais que não estão comprometidos com a educação de seus filhos, pode-se dessa forma fazer uma retomada do gráfico 4, onde foi constatado que 30% dos pais acham a participação dos filhos na escola regular ou ruim. Não é coincidência também, que 30% dos pais responderam que não tem tempo pra acompanhar os seus filhos e/ou não tem paciência. Inferimos que há de se fazer um planejamento onde se possa atrair esses pais para as reuniões, no sentido de analisar onde está o problema para que 30% dos pais dos alunos têm uma visão negativa da escola, mudem essa concepção e dessa forma como parceiros da escola, os 30% de seus filhos comecem a participar efetivamente do processo ensino-aprendizagem, que vem sendo condicionado somente pelas práticas educacionais e pedagógicas da escola. Outra discussão se propôs na questão 09, onde os pais foram indagados sobre se eles consideram que a sua participação junto à escola pode melhorar o desempenho e a aprendizagem de seu filho (a). 20% 10% 60% 10% Como você tem acompanhado o estudo de seu filho Não tenho tempo para acompanhar Não tenho paciência Verifico a tarefa de casa Ajudo a estudar as lições 32 Figura 7 – Você considera que sua participação junto à escola pode melhorar o desempenho e a aprendizagem de seu filho? O gráfico mostra que 80% dos pais acreditam que sim, que sua participação pode melhorar o desempenho e a aprendizagem do filho; 10% acreditam também, mas são muito cautelosos na resposta, sim, mas só o comportamento. Ora, se o pai tem certeza que sua presença na escola pode mudar um pouco o seu filho, cabe a ele se quer que essa mudança aconteça. Se o filho mudar o comportamento, pode ser exatamente o que ele precisa mudar para começar a entender que ele também faz parte desse conhecimento, que a sua história está ali dentro e que ele pode recomeçar, não de onde parou, mas de onde percebeu. Outros 10% disseram que sim, mas pouco... A porcentagem está mais na dúvida do que na atitude. Os pais precisam se reconhecer participantes da construção de seus filhos e acreditar numa parceria entre família e escola, pois a escola recebe, cuida, oferece subsídios par que a criança ou jovem se reconheça um cidadão sócio histórico e faça de suas vivências o alicerce de seu próprio futuro. 5.5. RELAÇÃO ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA No questionário dos pais observa-se nas respostas 06, 07 e 10 as seguintes respostas. 80% 10% 10% 0% você considera que a sua participação junto à escola pode melhorar o desempenho e a aprendizagem de seu filho? Sim, acredito Só o comportamento pouco não 0% 33 Figura 8 – Como você avalia o diálogo entre a escola de seu filho com a família? O gráfico mostra a satisfação de 70% dos pais, e a insatisfação de 30% desses. Ninguém achou o diálogo ruim. Mas voltamos a discutir esses 30% que vem sendo citados nos gráficos anteriores. Percebe-se que a escola precisa conversar e encontrar meios para ganhar esses 30% de insatisfeitos. Se não está tendo diálogo, tem que se criar encontros para serem discutidas as causas desse afastamento de diálogo entre escola e família. A questão 07 que será discutida a seguir tenta minimizar esse mal estar questionando aos pais se esses são bem recebidos na instituição. Questão 07 – Como você é recebido quando vai à escola? Essa questão vem mostrar que 50% dos pais são bem recebidos e 50% muito bem recebidos na escola. Nunca foram maltratados e nem tratados com indiferença. Assim fica subentendido que o que a família quer é que a escola seja a âncora dessa junção tão sonhada pela escola, mas vista ainda como a escola que pune, que se prendia nos erros e não nos acertos. Se errasse era censurado, se fizesse diferente era desordeiro. Hoje a escola mudou e a família precisa ter essa certeza de que família e escolas estão juntas num mesmo objetivo, mas isso precisa estar claro para a primeira e segunda instituição. Na próxima questão, faz-se um levantamento do que a família sugere que a escola ofereça, para que a mesma se sinta parte desse todo, o ensino aprendizagem das crianças. 70% 30% 0% Como você avalia o diálogo entre a escola de seu filho com a família bom regular ruim 34 Figura 10 – Na sua opinião, que atividades poderiam ser desenvolvidas para melhorar a interação entre a escola e a família? Vê-se dessa forma que o diálogo entre família e escola está surtindo efeito, que é bom, que a família está sendo bem recebida nas instituições, mas que poderia acontecer mais reuniões de pais para que a escola informe sobre como anda a frequência e o rendimento do aluno, 70% dos pais escolheram essa opção. 20% disseram que esses encontros poderiam ser realizados para que houvesse trocas de experiências e que se expandisse esses encontros com palestras e oficinas.Concordando com esse pequeno grupo e baseado na importância dessa interação Rios e Zoé (2009. p.43), afirmam que: A escola é um espaço essencialmente de fonte de formação e socialização. Esses seus compromissos podem ser concretizados e garantidos, na medida em que a escola construir momentos significativos para o educando de interação entre as experiências escolares e não escolares. Não podemos restringir a participação dos familiares apenas nas reuniões escolares, festas comemorativas, mas abrir uma interlocução dinâmica e constante no cotidiano do educando entre esses dois espaços de produção de conhecimento. 70%0% 0% 20% 10% Na sua opinião, que atividades poderiam ser desenvolvidas para melhorar a integração entre escola e família ? Reuniões de pais para informar sobre a frequência e o rendimento dos alunos Reuniões para discutir o Projeto Político Pedagógico da escola Reuniões para comemorar datas especiais (Dia das mães; Festa Junina; Natal...) Encontros para tocas de experiências, palestras e oficinas Outras 35 Assim sendo, este escrito evidencia a necessidade de que ambos os lados exerça sua função e ao mesmo tempo criem laços de amizade que vai muito mais além do que em participações isoladas ou em datas festivas e reuniões. 5.6. POSSIBILIDADES DE INTEGRAÇÃO ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA Nas questões 03, 04, e 05 feitas às professoras, pode-se perceber que há concordância entre as professoras de que a escola precisa estimular a participação familiar na vida de seus filhos com: eventos mensais; encontros com motivação; para que pais e professores possam entrar num diálogo mais profundo no intuito de diminuir essa lacuna entre escola e família. Todas acreditam que convocando os pais para jornadas pedagógicas e atividades práticas que buscam articular, experiências e saberes, as famílias participariam mais da vida escolar de seus filhos. Todas elas concordam que precisam ser mais participativas e compreensivas em relação ao tratamento família e escola, conforme respostas abaixo: “A escola precisa elaborar atividades propostas para que esses pais possam participar da vida dos seus filhos na escola como; eventos mensais; encontros com motivação, momentos que possam ser especiais, que eles se sintam importantes dentro do ambiente escolar” (P1). “mais atividades pedagógicas envolvendo as famílias, mais interesse por parte da família” (P2). “ocorram encontros entre professores e pais, um bom diálogo... uma solução para os problemas que a escola enfrenta com os alunos e família isso ajudaria muito” (P3). (na íntegra) Essas propostas vêm confirmar o que fora exposto acima, de que é unindo família e escola que se terá um retorno mais eficiente em relação ao ensino- aprendizagem que se quer e que se busca para as crianças. Para isso é necessário que a família e a escola exerçam verdadeiramente os seus papeis enquanto instituições que privilegiam o afeto, o amor, a esperança de um futuro melhor para todos, sem exceção. 36 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo é o resultado de uma pesquisa realizado com o objetivo de analisar a relação família e escola no que concerne ao ensino aprendizagem das crianças. Foi gratificante, pois se utilizando da pesquisa qualitativa, além dos fundamentos teóricos para embasá-lo, aproximou a teoria da prática, onde se pode observar que a escola não deve funcionar separadamente da família e que a família não pode atribuir à escola responsabilidades que são suas. O que se deve fazer, conforme o que se estudou é aliar essas práticas, onde a escola precise da família e vice-versa. A criança tende a seguir aquilo que observa e considera certo. Mas tende a escolher aquilo que é mais fácil, o que pode ser um perigo, pois nem tudo o que é fácil é lícito. Nem tudo o que é lícito é fácil. O ideal é que se tenha discernimento e conhecimento para fazer as escolhas certas. Falar de família e escola parece ser fácil, pois todos nós vimos de uma família e ingressamos em outra que é a escola, onde vai ser colocado em prática todos os valores, medos, sonhos, em cheque, às claras. A família te prepara para a vida, assim como a escola te mostra como é a vida e te oferece recursos para bem vivê-la. Nossos objetivos, portanto, foram alcançados, pois estudamos a participação da família no processo de aquisição da aprendizagem dos alunos da Encola Municipal de Ensino Fundamental e Infantil no município de Capanema-PA, bem como analisamos sua participação nesse processo e discutimos possibilidades para melhorar a integração entre escola e família. A partir das análises compreendemos a grande importância da participação familiar dentro da escola, auxiliando, sendo parceira e acrescentando à vida de seus filhos um novo olhar, de união e solidariedade para com o próximo, visto na própria relação entre as instituições. Dessa forma, entende-se que uma é o complemento da outra, família e escola devem estar sempre num diálogo intenso, pois é o alicerce para todos, independente de raça, cor, credo, profissão. Os bons e os maus tiveram exemplos nas duas instituições. As duas oferecem dois caminhos, mas a escolha é individual. 37 REFERÊNCIAS AQUINO, Júlio Groppa. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1996. BRANDÃO, Carlos R. O que é educação. 16º.ed. São Paulo: Brasiliense, 2004. BRASIL, Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Brasília, DF, 1990 DURKHEIM, Émile. Educação e sociologia. 11ª Ed. São Paulo: Melhoramentos, 1978. ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990 artigo 4º. FUNAYAMA, Carolina Araújo Rodrigues. Problemas de Aprendizagem: Enfoque Multidisciplinar. Campinas, SP: Editora Alínea, 122 p. 2ª edição. 2005. MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria - Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. - São Paulo : Atlas 2003. LEITE, Eliane Gonçalves. GOMES, Haydê Morgana Gonzaga. O papel da família e da escola na aprendizagem escolar: Uma análise na Escola Municipal José Teobaldo de Azevedo no Município de Limoeiro-PE. UVA (Universidade Vale do Acaraú). 2012. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da escola: teoria e pártica. 5 ed. Goiania, GO: Alternativa, 2004. PAIVA, Sâmara do Nascimento Salvador Lourenço. Educação dos pais e educação da escola . São Paulo: Mundo Jovem, n. 1 nº 123, fevereiro 2002. PAROLIN, Isabel. Professores formadores: a relação entre a família, a escola e a aprendizagem. Curitiba: Positivo, 2005. PIAGET.Jean. Para onde vai a educação. 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Alunos de classes especiais e suafamília: Algumas reflexões. In: MARQUEZINE, M.C.; ALMEIDA, M.A.; família. In: MASINI, E.F.S. (Org.). A pessoa com deficiência visual: Um livro para educadores. São Paulo: Vetor, 2007. p. 175-205. VARANI, Adriana; SILVA, Daiana Cristina. A relação família-escola: implicações no desempenho escolar dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. R. bras. Est. pedag., Brasília, v. 91, n. 229 , p. 511-527, set./dez. 2010. WEIL, Eric, A compreensão do nosso tempo: ética, política, filosofia. Edições Loyola. São Paulo. 2004. VYGOTSKI L.SA. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 39 ANEXO 40 ANEXO I QUESTIONARIO DE ENTREVISTA PARA PROFESSOR 1. Para você, quais são as responsabilidades da família na educação dos seus filhos? Justifique ( ) cuidar ( ) educar ( )cuidar e educar ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ________________________________________. 2. Como você avalia o diálogo entre a escola e a família dos seus alunos? Justifique. ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________- 3. Em sua opinião, que atividades poderiam ser desenvolvidas para melhorar a integração entre a escola e a família? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ______________________________________________________. 4. O que a gestão e coordenação escolar deveriam fazer para aproximar a família da escola? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ________________________________________. 41 5. Como o seu papel como educadora poderia ajudar para que haja a participação da família na escola? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ _______________________________________________________ 42 ANEXO II QUESTIONARIO DE ENTREVISTA COM OS PAIS 1. Você considera a educação escolar importante? ( ) importante ( )muito importante ( ) e pouco importante 2. Para você, qual é a função da escola? ( ) cuidar das crianças ( ) Ensinar a ler, escrever e a fazer cálculos. ( ) Ensinar uma profissão ( ) Ensinar a conviver com outras pessoas ( ) Ensinar o exercício da cidadania ( ) outra _____________________ 3. Para você, qual é a função da família na educação? ( ) cuidar das crianças ( ) Ensinar a ler, escrever e a fazer cálculos. ( ) Ensinar uma profissão ( ) Ensinar a conviver com outras pessoas ( ) Ensinar o exercício da cidadania ( ) outra _____________________ 4. Como você avalia a participação de seu filho na escola? ( ) boa ( ) regular ( ) ruim 5. Você vai à escola com qual frequência? ( ) não costumo ir, porque não acho importante ( ) Só vou se as notas estiverem baixas ( ) Vou sempre que posso, para saber se está tudo bem ( ) Vou nas reuniões, quando sou chamado ( ) outro _____________________ 43 6. Como você avalia o diálogo entre a escola do seu filho com a familia? ( ) bom ( ) regular ( ) ruim 7. Como você é recebido quando vai à escola? ( ) muito bem ( ) bem ( ) mal ( ) com indiferença 8. Como você tem acompanhado o estudo do seu (a) filho(a)? ( ) Não tenho tempo para acompanhar ( ) Não tenho paciência ( ) Verifico a “tarefa de casa” ( ) Ajudo a estudar as lições 9. Você considera que a sua participação junto à escola pode melhorar o desempenho e a aprendizagem de seu(ua) filho(a)? ( ) sim, acredito ( ) só o comportamento ( ) pouco ( ) não 10. Na sua opinião, que atividades poderiam ser desenvolvidas para melhorar a integração entre a escola e a família? ( ) Reuniões de pais para informar sobre a frequência e rendimento dos alunos ( ) Reuniões para informar e discutir sobre o Projeto Político Pedagógico da escola. ( ) Reuniões para comemorar datas especiais (dia das mães, natal, festa junina) ( ) Encontros para trocas de experiências, palestras e oficinas ( ) outras ___________________________________ 44 ANEXO III Capanema, _____ de ___________________ de 2015. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Presado (a) professor (a), familiar e/ou responsável, Estamos realizando uma pesquisa com a finalidade de conhecer e analisar as ações que realizamos na escola para envolver a família no processo de escolarização das crianças. Caso você autorize a participação nesta pesquisa, você precisará responder um questionário, com dez perguntas. Garantimos que os dados pessoais serão omitiodos para garantir a preservação de sua identidade. As graduandas Maridalva Severino e Dalba Mota dos Santos são responsáveis por este projeto de pesquisa. Gostaríamos muito de contar com a sua participação neste trabalho. _________________________________________________________________. Pelo presente Termo de Consentimento, declaro que fui informado. (a). 1. Dos objetivos e procedimentos desta pesquisa, de forma clara e detalhada. 2. Da segurança de que nenhuma pessoa será identificada e que se manterá o caráter confidencial e anônimo das informações. 3. De que as informações reunidas serão usadas, unicamente para fins desta pesquisa. __________________________________. Assinatura do (a) participante