Prévia do material em texto
PEDAGOGIA INTEGRADA – DISCURSIVAS 1- Apoiando-se no livro texto, escreva um texto (com aproximadamente 10 linhas) destacando as idéias de Meirieu sobre o eixo “docência”. Docência – considerada ponto central do processo formativo da licenciatura em Pedagogia, sua ação é exercida na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, no Ensino Médio de modalidade Normal e nos cursos de Educação Profissional, caracterizando-se na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. O trabalho pedagógico dar-se-á em espaços escolares e não escolares. Tal como Freire, ao desempenhar o papel de professor, Meirieu logo observou existir na escola a “reprodução das condições de exclusão em alunos destituídos de instrumentos linguísticos e de estímulos intelectuais familiares e a ausência de ferramentas necessárias para que eles encontrassem algum sentido na apropriação dos conhecimentos” (CRUZ, 2011, p. 27-28). Enfrentou fortes críticas a respeito de suas convicções e condutas em prol da aprendizagem relacionada às práticas sociais e à formação da cidadania consciente e responsável. Ainda como nas concepções freireanas, Meirieu assegura que, para se autoformar, é necessário que o professor reflita sobre suas aquisições, condição de base para a autocrítica e a criatividade na promoção de transformação. Em suas obras, ao contrário de culpabilizar o professor pelas mazelas da educação, enfatiza sua “desoneração parcial”. Segundo Cruz (2011, p. 14), “mostra-se pesquisador familiarizado com o cotidiano docente, conhecedor de seus anseios e de suas aflições, bem como de suas angústias e sentimento de impotência diante do aluno que insiste em resistir ao seu projeto pedagógico”. Meirieu diz saber que, afetados e envolvidos no mal-estar da profissão, muitos professores sentemse impotentes, frustrados e desencorajados a prosseguir em suas condutas e convicções. Afirma que não devem abandonar a “esperança de que ‘alguma coisa’ importante possa acontecer, um dia, em sua classe”. “‘Alguma coisa’ que emerja desse ‘não-sei-o-quê’ ou desse ‘quase-nada’ que – no amor ou onde quer que seja – como explica Vladimir Jankélévitch (1981), sempre faz ‘toda a diferença’” (MEIRIEU, 2006, p.12). O autor reforça a ideia de que o professor é um informante privilegiado na sala de aula, mas não o único. Os alunos também aprendem muito uns com os outros, em nível escolar e social, desde que as habilidades interpessoais e sociais sejam ensinadas; eles melhoram seu aproveitamento escolar e desenvolvem importantes habilidades para a vida toda. (APOSTILA PG 72) A respeito da ação docente, Meirieu destaca a importância de o professor estimular no aluno o desejo de saber, ou seja, atribuir valor ao objeto a ser aprendido ou ensinado. Para isso, deve desenvolver competências de aprendizagem no aluno, articulando objetivos e conteúdos de ensino com as condições metodológicas de sua assimilação; deve fazer uso de boas estratégias de aprendizagem.Portanto, o professor, profissional da aprendizagem, deve mediar as relações de seus alunos com aquilo que justifica sua presença, hoje obrigatória, na escola. 2- Partindo dessa premissa descreva as ideias de Freire (Pedagogia da Autonomia), ao criticar o que ele chama de “Pedagogia Bancária” e Pedagogia libertadora” Em Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa (1996), Freire mostra que o sistema educativo não tem correspondido às necessidades dos menos favorecidos. Para ele, educar é construir, é libertar o ser humano das cadeias do determinismo neoliberal; é “ensinar a pensar certo”, é um “ato comunicante, coparticipado”, de modo algum produto de uma mente “burocratizada”. Numa sequência de definições sobre o ato de educar, para o autor, educar não é domesticar, ação voltada essencialmente à transferência de conhecimentos. É conscientização, é testemunho de vida;de I é compreensão de que a vontade de saber exige reflexão crítica e prática. O professor que “castra” a curiosidade da criança, impondo-lhe a memorização mecânica do ensino dos conteúdos, tolhe sua liberdade, sua capacidade de aventurar-se; a autonomia, a dignidade e a identidade do educando têm de ser respeitadas. Ainda, diz o estudioso, a educação deve ser dialógica, para que possa estabelecer a comunicação da aprendizagem, impregnada de sentimentos e emoções, desejos e sonhos. Sua pedagogia é fundada no respeito à dignidade e à autonomia do aluno, é voltada às práticas de humanização. Pedagogia do Oprimido: Freire a chama de ‘Educação Bancária”, o qual considera apenas o professor como sujeito e o aluno é o depósito, receptor de conteúdos que devem ser memorizados mecanicamentesem dialogicidade. O educador é o único que sabe, ensina, manda, é a autoridade, enquanto que o aluno ouve, obedece, fazem o que são mandados.... Pedagogia da Autonomia: Para Freire educar é construir, é libertar o ser humano das cadeias do determinismo neoliberal. É ensinar a pensar certo, é um ato comunicante, participado. A educação deve ser dialógica para que possa estabelecer a comunicação da aprendizagem, impregnada de sentimentos emoções m desejos e sonhos. Sua pedagogia é fundada no respeito á dignidade e a autonomia do aluno, é voltada as práticas de humanização. 3- Para o estudioso Frances Meirieu o professor é um informante privilegiado na sala de aula, mas não o único. Os alunos também aprendem muito uns com os outros em nível escolar e social, desde que as habilidades interpessoais e sociais sejam ensinadas; eles melhoram seu aproveitamento escolar e desenvolvem importantes habilidades para a vida toda. Enfatizando a importância destes dois sujeitos no processo de aprendizagem Meirieu aborda o ‘momento pedagógico’ e a ‘solicitude pedagógica’ Escreva um pequeno texto ( em torno de 10 linhas) sobre esses conceitos de Meirieu. Momento pedagógico: Meirieu deixou muito claro o significado que atribui ao momento pedagógico: considerando-se que só posso atuar com o aluno a partir de sua permissão; esse momento seria aquele em que o professor descobre que o aluno diante dele lhe escapa, não aprende, não compreende, não possui o desejo de aprender. O que fazer? O professor não pode abrir mão de seu projeto de ensinar, mas deve recuar e tentar encontrar esse outro, buscar as possibilidades de entrar em diálogo, em interação com esse aluno. Esse momento seria aquele em que o professor percebe um aluno concreto, um aluno que lhe impõe um recuo, mas que não significa renúncia, nem impossibilidade pedagógica. É o mediador que impede que os erros sejam vistos como negativos e o fracasso seja considerado insuperável. Nos momentos de aprendizagem, em que todos podem se expor com liberdade, ele deve ter a ação que incentiva, orienta e acompanha os processos de aprendizagem e a avaliação do desempenho dos alunos. Solicitude Pedagógica: A solicitude se expressa na vontade de conhecer o outro, em envolver cada aluno.O autor defende a solicitude em relação a infância, uma solicitude impregnada de inquietude, na qual ocorre a preocupação com o destino do outro e ao mesmo tempo o estímulo para que ele também se apodere de seu destino. Meirieu reforça a ideia de que o professor é um informante privilegiado na sala de aula, mas não o único. Os alunos também aprendem muito uns com os outros, em nível escolar e social, desde que as habilidades interpessoais e sociais sejam ensinadas; eles melhoram o aproveitamento escolar e desenvolvem importantes habilidades para a vida toda. 3 A- PINÓQUIO AS AVESSAS - DESACORDO COM A CONCEPÇÃO DE PEDAGOGIARELACIONAL Segundo Becker (2001) o modelo pedagógico diretivo embasa-se na epistemologia empirista, a criança não sabe nada e depende totalmente do contato exterior, o professor só ensina e o aluno aprende. Na pedagogia não diretiva; epistemologia inatista o aluno aprende por si só (genética) o professor não deve intervir na sua aprendizagem, Já o modelo pedagógico relacional apoia-se nas concepções piagetianas, as quais concebem a criança produto de sua carga genética e da ação do meio. Nesse pressuposto teórico, o professor compreende o aluno com uma história de conhecimento já percorrida e que construirá seu conhecimento se agir e problematizar sua ação. Assim, a aprendizagem se concretiza por meio da relação que o aluno estabelece com o objeto a ser conhecido. O professor age intencionalmente e acredita que o conhecimento do aluno é ponto de partida para a evolução de sua aprendizagem e que é capaz de aprender sempre. Na relação de sala de aula, estabelece-se a superação da disciplina policialesca, na figura autoritária do professor, e do dogmatismo do conteúdo a ser cumprido sem interiorização reflexiva e crítica. Trata-se de construir disciplina intelectual e regras de convivência, criando um ambiente fecundo de aprendizagem e de conhecimentos novos. 3 B Leia o texto a seguir e responda a questão abaixo: "Bem vindo à Escola da Ponte Era preciso repensar a escola, pô-la em causa. A que existia não funcionava, os professores precisavam mais de interrogações do que de certezas.. Partindo de tais pressupostos, escreva um texto com 10 linhas aproximadamente, respondendo as seguintes perguntas: A) em qual modelo epistemológico fundamenta-se tal escola? explique-o conceitualmente. B) Em termos pedagógicos, qual é o papel do professor nessa abordagem? O modelo epistemológico dessa escola é o modelo pedagógico relacional. Esse modelo pedagógico apoia-se nas concepções piagetianas, as quais concebem a criança produto de sua carga genética e da ação do meio. Nesse pressuposto teórico, o professor compreende o aluno com uma história de conhecimento já percorrida e que construirá seu conhecimento se agir e problematizar sua ação. Assim, a aprendizagem se concretiza por meio da relação que o aluno estabelece com o objeto a ser conhecido. O professor age intencionalmente e acredita que o conhecimento do aluno é ponto de partida para a evolução de sua aprendizagem e que é capaz de aprender sempre. Na relação de sala de aula, estabelece-se a superação da disciplina policialesca, na figura autoritária do professor, e do dogmatismo do conteúdo a ser cumprido sem interiorização reflexiva e crítica. Trata-se de construir disciplina intelectual e regras de convivência, criando um ambiente fecundo de aprendizagem e de conhecimentos novos 4-Leia o excerto do Referencial Curricular Nacional para a educação infantil e responda a seguinte questão: A rotina representa, também, a estrutura sobre a qual será organizada o tempo didática, ou seja, o tempo de trabalho educativo realizado com as crianças . A rotina deve envolver os cuidados, as brincadeiras e as situações de aprendizagens orientadas. A apresentação de novos conteúdos as crianças requer sempre as mais diferentes estruturas didáticas (...) Estas estruturas didáticas contem múltiplas estratégias que podem ser agrupadas em três grandes modalidades de organização do tempo : atividades permanentes, sequencia de atividades e projetos de trabalho. MEC. SEF. Referencial Curricular Nacional para a educação infantil, vol.1,1998,p 46. Segundo Meirieu ( 1998)para que gerência de aprendizagem se efetive é necessário que o professor concentre suas ações nas dimensões: relação pedagógica , caminho didático e estratégias de aprendizagem. Escreva um texto com cerca de dez linhas explicando as dimensões apresentadas pelo autor. Na gerência da sala de aula, a relação pedagógica supõe o enigma que cria o desejo e busca os pontos que permitem a mediação, embasado no tripé educando, educador e saber mediador. As atividades e os agrupamentos dos alunos devem ser bem planejados pelo professor, já que os alunos também aprendem uns com os outros, em nível escolar e social. No caminho didático, o professor deve utilizar diferentes metodologias se quiser que todos os alunos aprendam; precisa trabalhar com grupos que conjuguem homogeneidade e heterogeneidade. O caminho didático por ele adotado está diretamente relacionado com sua facilidade de se organizar metodologicamente, munindo-se de materiais, recursos e dispositivos que promovam a aprendizagem. Deve envolver “capacidade de alternar diferentes métodos ao longo do tempo”, “organizar tempos de trabalhos individuais” e implantar “grupos de necessidade”. Ainda, é essencial implantar estratégias pedagógicas que favoreçam a compreensão e a elaboração dos conceitos trabalhados em sala de aula. A ação docente requer conhecimentos que levem a atingir dois tipos de objetivos de competência e de capacidade. Nas palavras de Meirieu, deve-se delimitar o espaço, definindo claramente os objetivos comuns, estruturando o tempo, delimitando as etapas, explicitando, para cada atividade, os modos de funcionamento, sempre com as instruções mais claras possíveis, ocupar o espaço organizando o trabalho com os alunos: cada atividade é apresentada com as limitações que impõe e com as possibilidades que abre. Pode-se, então, examinar a melhor maneira de operar em função de experiências anteriores. [E finalmente,] encontram-se os meios para levá- la a bom termo, com o risco de tatear por algum tempo: não é preciso abandonar de imediato um método com o qual não se adapta, sob pena de jamais descobrir o que ele pode proporcionar. 5- À medida que as sociedades avançavam em seus estágios de desenvolvimento foi se exigindo da escola novas configurações em seus espaços, em seus sistemas, em seus modos de ensinar até chegar a estrutura que você conhece hoje. Assim “ a ciência e a escola são levadas a substituir o papel da religião e da igreja nos processos de socialização. (...) A escola começa a ser entendida como “templo do saber”, e a função do professor como um apostolado (BARRETTO, 2010,p289) Pensando na importância que é atribuída a escola e embasado(a) no estudo da disciplina apresente um pequeno texto (em torno de dez linhas) com sua compreensão a respeito do papel da escola no desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. Apesar de alguns pais defenderem a ideia de ensinar os filhos em casa, A despeito de um ou outro posicionamento, sabe-se que a escola é o espaço de transição entre a família e o mundo. No contexto familiar, a criança é tida como a figura mais importante da casa, amada incondicionalmente e tratada de forma especial, seus desejos e necessidades são prontamente atendidos e é poupada de experiências de dor e contrariedade para que não se sinta frustrada. A Escola é constituída de regras de conduta a serem cumpridas por todos os alunos; há horários para entrada, saída e intervalo para o lanche e não é permitido se ausentar da sala de aula quando simplesmente der vontade. Há um rol de atividades a serem realizadas, mesmo a contragosto de quem deve desenvolvê-las. Na escola existe, ainda, a convivência compulsória entre iguais e diferentes, na qual o aluno se vê envolto em conflitos que, por vezes, emergem em circunstâncias as mais corriqueiras e afloram, principalmente, quando ele percebe que perdeu a exclusividade.Aprenderá, portanto, a se enxergar como parte de uma situação coletiva e a negociar se quiseralcançar bons resultados em suas pretensões, o que contribuirá para seu amadurecimento emocional. Nesse sentido, o ambiente escolar deixa de ser mero espaço de aprendizagem formal e se torna palco de frustrações, realizações, encontros, disputas, competitividade e dificuldades de relações interpessoais É lá que, com a ajuda dos professores e pais, o sujeito vai se constituindo ser pensante, questionador. A escola poderá conservar isso, despertando em seus alunos potenciais criativos, curiosidades e talentos, e minimizar todas as formas de expressão da subjetividade da criança, contribuindo para a formação do adulto consciente de si e do mundo ao seu redor. 6-Freire expressa o desejo de mudança que ainda hoje é perseguido. O desejo de mudança proferido por Freire mostra-se vivo ainda hoje em muitos estudiosos e educadores que sonham com uma educação de qualidade para todos, no sentido de tomada de consciência que os fará buscar novas possibilidades. Enquanto isso não ocorrer, como afirma Freire, sem a problematização da realidade, das práticas políticas, sociais e escolares, parece difícil que ocorra a superação da consciência ingênua e do senso comum que caracterizam os saberes escolares. Afinal, como afirma: “ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo. Freire enfatiza a importância de o educador ser coerente com o sonho democrático, algo que exige o respeito a seus alunos e a recusa de se utilizar de recursos que os manipulem em seu pensar e fazer; ao contrário, o professor deve estimulá-los a abraçar a disciplina intelectual. O autor afirma que a educação deve estar centrada no educando, e não no educador. O aluno deve ser o senhor de sua própria aprendizagem. Repudia toda espécie de discriminação e demonstra sua intenção de revolucionar a história.. 7-Características do eixo Gestão: O eixo gestão compreende a atuação do pedagogo na gestão das instituições, planejando, executando, acompanhando e avaliando projetos e programas educacionais e em processos educativos, na organização e no funcionamento de sistemas e de instituições de ensino. Na visão de Ferreira (2006, p. 1352), o termo “gestão” se refere à tomada de decisão e à organização, à direção e se aplica à gestão da educação, exprimindo “a responsabilidade pela ‘direção’ e pela garantia de qualidade da educação e do processo educacional em todos os níveis do ensino e da escola”. Vale salientar que, na escola, ao ter de tomar decisões na condução do processo educativo, o professor está exercendo a gestão do ensino, a gestão da classe, a gestão das relações, a gestão do processo de aquisição do conhecimento. Na visão da autora, é ele quem, na prática, gere o processo de aprendizagem dos alunos quando, por exemplo, decide coletivamente o projeto político-pedagógico da escola, elabora o plano de ensino das disciplinas, dos conteúdos, das atividades necessárias para a efetivação do processo pedagógico, dos procedimentos de avaliação e do tempo para a sua realização. Por meio de tomada de decisões, é o professor/gestor responsável pela formação da cidadania de seus alunos. Assim, afirma Ferreira (2006, p. 1353), a tomada de decisão é consequência de um processo complexo que se constrói por meio de etapas sucessivas e exige consciência da necessidade de decidir, advinda dos problemas que se apresentam e que demandam solução. O processo de decisão coletiva tem se mostrado interessante e de bons resultados “no confronto de argumentos diferentes que se constroem no próprio processo coletivo de consciência do problema em questão”. 8-Leia um trecho da resposta que os chefes indígenas deram aos governantes, muitos anos atrás, nos Estados Unidos, agradecendo e recusando a oferta de escola dos brancos para os índios: A educação se dá de várias formas e em diversos lugares; pessoas ensinam e aprendem ao mesmo tempo e o tempo todo. É por meio da educação que a humanidade vem ensinando aos mais jovens as formas de produzir e distribuir seu alimento, os rituais de adoração a seus deuses, os comportamentos aceitos na convivência com seu grupo. Enfim, é pela educação que as mais diferentes sociedades transmitem sua cultura às novas gerações. Não existe forma única nem um único modelo de educação segundo Brandão (1995), a educação não necessariamente vem só da escola, pode-se adquirir educação do meio em que se vive, no trabalho, da necessidade, experiências de pessoas mais velhas pára os mais novos. Pessoas ensinam e aprende o tempo todo, na convivência familiar, nos movimentos sociais, organizações da sociedade e nas manifestações culturais segundo os índios a educação aprendida pelos brancos não eram uteis dentro de suas culturas, pois sua cultura em maneiras de viver era de sobrevivência. A educação dos brancos não era a mesma dos índios, pois eles tinham seus costumes e lutavam pela sua sobrevivência. A educação é, por suas origens, seus objetivos e funções um fenômeno social, estando relacionada ao contexto politico, econômico, científico e cultural de uma sociedade historicamente determinada. De tal conceito, pode-se dizer que a educação é um processo constante na historia de todas as sociedades, ela não é a mesma em todos os tempos e lugares. A educação é portanto um processo social que se enquadra numa concepção determinada de mundo a qual determina os fins a serem atingidos pelo ato educativo, em consonância com as ideias dominantes numa dada sociedade, a educação tem sido utilizada no sentido de dar suporte ideológico, constituindo- se ao mesmo tempo num elemento produtivo. 9- Produção de conhecimento na formação do pedagogo Ao lado da concepção de docência e gestão, a de conhecimento completa o tripé no qual se sustenta o curso de Pedagogia. Segundo o Dicionário Online de Português, a pesquisa tem a ver “com a descoberta de novos conhecimentos em vários domínios, principalmente, no âmbito científico”. E ampliando tal conceituação, Marques (2006, p. 95) considera que “pesquisar é buscar um centro de incidência, uma concentração, um polo preciso das muitas variações ou modulações de saberes que se irradiam a partir de um mesmo ponto”. Segundo Paulo Freire (1996, p. 16): Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo, educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. Para analisar a contribuição desse terceiro eixo, você pode considerar a produção de conhecimentos como meta do professor, que se coloca na postura de quem interroga sua própria ação, bem como a ação dos alunos para a efetivação da aprendizagem. Assim, segundo Esteban e Zaccur (2002), a pesquisa associada ao aprofundamento teórico torna-se relevante à medida que busca responder a questionamentos que se encontram em constante renovação e que valorizam o diálogo entre o pesquisador-acadêmico e o professor-pesquisador para que se efetive o conhecimento crítico acerca de uma determinada realidade.