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Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 1 de 9 UNIÃO PIONEIRA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – UPIS DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA Disciplina de Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos II AULA PRÁTICA – ESTUDO DOS OSSOS DA CABEÇA Os ossos que compõem o esqueleto da cabeça são classificados quanto à forma em planos e irregulares. Dessa forma, observa-se que apresentam duas lâminas de tecido ósseo compacto (lâminas externa e interna) separadas por tecido ósseo esponjoso, denominado de díploe. Podem ser separados em dois grupos, ossos do crânio e ossos da face. Os ossos do crânio formam uma cavidade, a cavidade craniana (a qual aloja o encéfalo). Os ossos do crânio são os occipitais, esfenóides, pterigóides, temporais, parietais, frontais, etmóides, e o vômer. Ossos da face formam as cavidades nasal, órbita óssea e cavidade da boca. Os ossos da face são os nasais, incisivos, maxilares, mandibulares, palatinos, lacrimais, zigomático, o rostral (sui.) e aparelho hióide. Agora passemos a estudar a anatomia dos ossos do esqueleto da cabeça: inicialmente vamos novamente identificar os ossos do esqueleto da cabeça: conforme FIGURA 1: maxilar (4); frontal (6); lacrimal (3); zigomático (5); nasal (1); incisivo (2); parietal (7); temporal (8); occipital (9) e mandíbula (21) FIGURA 1 – Esqueleto da cabeça (vista lateral esquerda). FONTE: POPESKO (1997). conforme FIGURA 2: nasal (8); maxilar (10); frontal (1); occipital (4); temporal (3); parietal (2); palatino (12); esfenóide (5); pterigóide (13); etmóide (6); incisivo (9); mandíbula (14); e vômer (11) Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 2 de 9 UNIÃO PIONEIRA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – UPIS DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA Disciplina de Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos II FIGURA 2 – Esqueleto da cabeça (vista da secção sagital). FONTE: POPESKO. (1997). conforme FIGURA 3: occipital (4); esfenóide (20); frontal (2); pterigóide (25); palatino (30); e vômer (26) FIGURA 3 – Esqueleto da cabeça (vista ventral). FONTE: POPESKO (1997). Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 3 de 9 UNIÃO PIONEIRA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – UPIS DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA Disciplina de Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos II conforme FIGURA 4: o osso hióide e suas subdivisões – ossos estilo-hióide (2); epi-hióide (3); cerato-hióide (4); tíreo-hióide (5) e basi-hióide (7) FIGURA 4 – Osso hióide. FONTE: POPESKO (1997). 1 VISTA DORSAL a superfície dorsal do esqueleto da cabeça é formada pelos ossos par, no sentido caudorostral, parietal (1), frontal (6), lacrimal (11), zigomático (12), nasal (14) , maxilar (15) e, incisivo (16) – vide FIGURA 5 identifique o processo cornual (5) – projeção ponteaguda em sentido lateral que se origina do angula caudolateral do osso frontal (constitui a base óssea do corno) – vide FIGURA 5 identifique o forame supra-orbital (7) – orifício situado na porção média do osso frontal próximo a borda lateral do osso (o forame supra-orbital continua-se para o interior do osso frontal através do canal supra-orbital (23), canal que se abre na órbita óssea e que dá passagem a veia supra-orbital) – vide FIGURAS 5 identifique o seio paranasal frontal (19,20,21 e 22) – cavidade óssea formada no interior do osso frontal – vide FIGURAS 5 2 VISTA LATERAL a face lateral do esqueleto da cabeça está constituído pelos ossos maxilar, incisivo, zigomático, lacrimal, mandíbula e nasal identifique o processo zigomático do osso frontal (17) – projeção laminar do osso frontal que destaca da borda lateral caudalmente à órbita óssea e que se dirige cranioventralmente – FIGURA 6 identifique o órbita óssea (41) – principal acidente da vista lateral a qual corresponde a cavidade onde está situado o olho – vide FIGURA 6 a órbita óssea possui um formato afunilado e suas paredes são incompletas – vide FIGURA 6 a órbita óssea é formada por uma parte óssea constituída pelos ossos frontal, lacrimal, zigomático, esfenóide, temporal e palatino – vide FIGURA 6 há três aberturas em nível da porção caudal da parede medial da órbita óssea: o forame orbitorredondo (14) (orifício largo situado no ápice da órbita – dá passagem aos nervos oftálmico e maxilar e à vasos sangüíneos); canal óptico (12) (orifício situado dorsorostralmente ao forame orbitorredondo – dá passagem ao nervo óptico), forame etmoidal (11) (orifício situado dorsalmente ao canal óptico – vide FIGURA 7 ao nível do osso lacrimal encontra-se um orifício, o forame lacrimal (2) (abertura para o ducto nasolacrimal) – vide FIGURA 7 ao nível da parede dorsal da órbita encontra-se uma ligeira depressão, a fossa da glândula lacrimal (35) (aloja a glândula lacrimal) – vide FIGURA 7 Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 4 de 9 UNIÃO PIONEIRA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – UPIS DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA Disciplina de Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos II FIGURA 5 – Esqueleto da cabeça (vista dorsal). FONTE: POPESKO (1997). FIGURA 6 – Esqueleto da cabeça (vista lateral). FONTE: POPESKO (1997). 43 44 45 Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 5 de 9 UNIÃO PIONEIRA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – UPIS DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA Disciplina de Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos II FIGURA 7 – Esqueleto da cabeça (vista lateral – arco zigomático seccionado). FONTE: POPESKO (1997). ao nível da transição das paredes medial e lateral da órbita encontra-se um orifício, a abertura orbital do canal supra-orbital (10) – vide FIGURA 7 o assoalho da órbita é incompleta e apresenta uma expansão globosa e oca, a bula lacrimal (4) (formada pelos ossos maxilar e lacrimal – vide FIGURA 7 a parede lateral da órbita é incompleta, sendo apenas formada pelo processo zigomático do osso frontal (17), já descrito anteriormente, e o processo frontal do osso zigomático (12) – projeção óssea do osso zigomático que origina-se da borda dorsocaudal e que se dirige dorsocaudalmente – vide FIGURA 6 ao nível da porção média há uma elevação linear, a crista facial (43) a qual termina rostralmente em uma elevação rugosa ao nível do 3º dente pré-molar superior, o túber facial (42) – vide FIGURA 6 identifique rostralmente ao túber facial, ao nível do 1º dente pré-molar superior, um orifício, o forame infra-orbital (3) (dá passagem ao nervo infra-orbital, ramo do nervo maxilar, e a artéria e veia infra-orbital) – vide FIGURA 6 Identifique no osso maxilar os alvéolos dentários para os dentes pré-molares e molares superiores no interior do osso maxilar encontra-se o seio paranasal maxilar identifique originando-se caudalmente do osso zigomático uma projeção laminar, o processo temporal do osso zigomático (13), o qual se une com o processo zigomático do osso temporal (23) (projeção laminar que origina-se da porção escamosa do osso temporal e que se dirige rostralmente) para formaro arco zigomático (14) – vide FIGURA 6 identifique em nível do osso lacrimal (porção rostrodorsal da órbita óssea) uma escavação, a fossa do saco lacrimal (10) (aloja o saco lacrimal – dilatação caudal do ducto nasolacrimal, ducto que conecta o saco lacrimal com a cavidade nasal) vide FIGURA 6 identifique no osso mandíbula as suas porções, corpo da mandíbula (44) (porção longitudinal e horizontal que projeta caudorostralmente) e ramo da mandíbula (37) (porção vertical e perpendicular ao corpo que se projeta ventrodorsalmente) – vide FIGURA 6 identifique marcando a transição entre o corpo e ramo da mandíbula, o ângulo da mandíbula (38) – vide FIGURA 6 na borda dorsal do corpo da mandíbula identifique a margem alveolar (onde se encontra os alvéolos dentários para os dentes incisivos, pré-molares e molares inferiores) e a borda interalveolar (porção da borda dorsal compreendida entre os alvéolos dentários dos dentes incisivos e pré-molares a qual não apresenta alvéolos dentários) identifique na face lateral do corpo da mandíbula próximo a extremidade rostral três orifícios, os forames mentonianos (36) (dão passagem aos nervos e vasos mentuais) – vide FIGURA 6 no ramo da mandíbula, em sua extremidade dorsal e l ivre, identifique a incisura mandibular (45) (escavação que separa a extremidade dorsal em duas metades “processos”, o processo coronóide (39) – corresponde a metade rostral – e o processo condilar (40) – corresponde a metade caudal) – vide FIGURA 6 no processo coronóide insere-se o músculo temporal 35 Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 6 de 9 UNIÃO PIONEIRA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – UPIS DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA Disciplina de Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos II na face lateral do ramo da mandíbula há áreas rugosas – local para inserção do músculo masséter face medial do ramo da mandíbula há um orifício, o forame da mandíbula (15) (abertura caudal do canal mandibular – canal situado no interior do corpo e ramo da mandíbula que se abre rostralmente nos forames mentonianos, o qual dá passagem aos vasos e nervos alveolares mandibulares) – vide FIGURA 2 3 VISTA CAUDAL a superfície caudal é formada pelos ossos occipitais, parietais, temporais e frontais identifique a protuberância occipital externa (4) – saliência rugosa situada medianamente no osso parietal (bovinos) ou no osso occipital (pequenos ruminantes) – local onde se insere o ligamento da nuca – vide FIGURA 8 identifique o forame magno (24) (dá passagem à medula espinhal) – abertura mediana e ampla situada em nível do osso occipital – vide FIGURA 8 identifique o côndilo do occipital (8) (elevação ovóide situada lateralmente ao forame magno) e o processo paracondilar (9) (saliência ponteaguda dirigida ventralmente situada lateralmente ao côndilo do occipital) – vide FIGURA 8 FIGURA 8 – Esqueleto da cabeça (vista caudal). FONTE: POPESKO (1997). 4 VISTA VENTRAL o estudo da vista ventral será realizado no sentido rostrocaudal identifique o palato duro – formação óssea onde se apóia a mucosa do teto da boca, a qual é constituída pelos processos palatinos dos ossos incisivos (25) (lâmina óssea que se projetam do corpo do osso incisivo, as quais dirigem caudalmente e que forma a porção rostral do palato duro), processos palatinos do osso maxilar (8’) (lâmina óssea horizontal do osso maxilar que forma a porção média do palato duro) e pelas lâminas horizontais do palatino (9) (lâmina óssea horizontal do osso palatino que forma a porção caudal do palato duro) – vide FIGURA 10 identifique a fissura interincisiva (26) (dá passagem o ducto incisivo) – fenda situada medianamente em nível do terço rostral dos corpos dos ossos incisivos; e fenda palatina (27) – fenda situada entre o corpo do osso incisivo e o processo palatino do osso incisivo – vide FIGURA 10 identifique os forame palatino maior (28) (dá passagem à artéria, veia e nervo palatinas maior) –orifício situa-se na lâmina horizontal do palatino – vide FIGURA 10 identifique a fossa pterigopalatina (34) (cavidade situada imediatamente caudalmente ao palato ósseo) – vide FIGURA 9 Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 7 de 9 UNIÃO PIONEIRA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – UPIS DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA Disciplina de Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos II na porção rostral da fossa pterigopalatina, identifique o forame palatino caudal (27) (orifício situado em nível do osso palatino na face rostromedial da fossa pterigopalatina – dá passagem à artéria, veia e nervo palatinos maior), forame esfenopalatino (28) (maior e mais dorsal dos orifícios da fossa pterigopalatina – dá passagem à artéria e veia esfenopalatinas e nervo nasal caudal, estruturas anatômicas que acessam a cavidade nasal através deste forame) e forame maxilar (29) (orifício estreito situado na face laterorostral da fossa pterigopalatina entre a bula lacrimal e o ossospalatino – dá passagem à artéria, veia e nervos infra-orbitais, estruturas que dirigem pelo canal infra-orbital – vida FIGURA 9 identifique as porções do osso temporal: parte escamosa (área pontilhada com nº 35) (porção mais dorsal que forma a parede ventromedial da fossa temporal (19) – extensa depressão da face lateral do esqueleto da cabeça – vide FIGURA 7), parte timpânica (área pontilhada com nº 36) (situada ventralmente à parte escamosa, interposta entre a parte escamosa e o osso occipital) e parte petrosa (37) (é a porção menor e mais medial das três, sendo que a sua maior parte é somente visível pelo interior da cavidade craniana e, constitui a base óssea de sustentação dos componentes da orelha interna) – vide FIGURA 9 identifique na parte escamosa do osso temporal, o processo zigomático do osso temporal (já identificado no item 16 do tópico 2), o tubérculo articular (13) (área lisa, ovóide e convexa situada na face ventral da raiz do processo zigomático do osso temporal – articula-se com o processo condilar da mandíbula), a fossa mandibular (38) (depressão transversal pouco profunda caudal ao tubérculo articular), o processo retroarticular (14) (elevação óssea na raiz do processo zigomático do osso temporal caudal à fossa mandibular), e o forame retroarticular (12) (orifício caudal ao processo retroarticular – dá passagem a importantes vasos (veias emissárias do encéfalo → veias que drenam a cavidade craniana) – vide FIGURA 9 identifique na parte timpânica do osso temporal, a bolha timpânica (16) (dilatação bulbosa do osso temporal caudomedialmente ao processo retroarticular), o meato acústico externo (39) (canal cilíndrico disposto lateralmente à bolha timpânica e caudalmente ao forame retroarticular) e o poro acústico externo (9) (abertura lateral do meato) – vide FIGURA 9 identifique na parte petrosa do osso temporal, o processo mastóide (40) (pequena área situada caudalmente ao meato acústico externo e rostralmente processo paracondilar do osso occipital) e o processo estilóide (10) (pequena projeção cilíndrica situado rostrolaterlamente a bolha timpânica) – vide FIGURA 9 identifique o forame estilomastóide (orifício situado entre a bolha timpânica e o meato acústico externo, e caudolateralmente ao processo estilóide – dá passagem ao N. facial) identifique a porções do osso esfenóide, osso basiesfenóide (20) (porção situada rostralmente ao osso occipital) e osso pré-esfenóide (porção recoberta pelo osso vômer) – vide FIGURA 9 no osso occipital, identifique,o tubérculo muscular (8) (elevação rugosa situada próximo à transição com o osso basi-esfenóide) – vide FIGURA 9 identifique o forame oval (15) (orifício situado laterorostral ao tubérculo muscular do osso occipital e rostralmente à bolha timpânica) – dá passagem ao nervo mandibular → ramo do nervo trigêmio (V par de nervo craniano), que emerge da cavidade craniana a partir deste forame) – vide FIGURA 9 identifique entre a bolha timpânica e osso occipital, o forame jugular (11) (abertura ampla que dá passagem aos nervos glossofaríngico, vago e acessório, IX, X e XI pares de nervos cranianos) – vide FIGURA 9 entre o côndilo e processo paracondilar do osso occipital, identifique, os canais do nervo hipoglosso (orifícios que dão passagem ao nervo hipoglosso – XII para de nervo craniano). Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 8 de 9 UNIÃO PIONEIRA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – UPIS DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA Disciplina de Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos II FIGURA 9 – Esqueleto da cabeça (vista ventral). FONTE: POPESKO (1997). 34 35 36 37 38 39 40 Prof. MSc. Cristiano Rosa de Moura Página 9 de 9 UNIÃO PIONEIRA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL – UPIS DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA Disciplina de Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos II FIGURA 10 – Esqueleto da cabeça (vista ventral). FONTE: POPESKO (1997). 25 26 27 28