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BIOLOGIA DA ESPÉCIE ANATOMIA OSTEOLÓGICA PSITACÍDEOS Úmero Ulna Rádio Crânio Escápula Vértebras torácicas Costelas Osso coxal Vértebras caudais Osso pigóstilo Fíbula Fêmur Tíbia Patela Falanges Falanges Quilha ssos do metacarpo Clavícula Vértebras cervicais Penas secundárias da asa Penas de contorno Costelas Quilha Hastes das penas Penas primárias da asa Rádio Falanges Clavícula Coracóide Úmero Ulna SemiologiaSemiologia de aves Idade/ sexo Comportamento tradicional com o tutor e possíveis mudanças Alimentação; tipo, quantidade, frequência... Fezes e urina? Aspectos? Mudanças? Ambiente Frequência da higienização do recinto? Quais produtos utilizados? Muda de penas- qual a frequência? Postura? Quando? Contactantes? Queixa principal? Histórico de doenças anteriores? Tamanho do recinto? Tipo de gaiola? Local da gaiola na casa. Muito vento? Muito Quente? Tipo de comedouro e bebedouro ? Qualidade da água fornecida? Banho de sol? Quando foi a última pesagem? Vem perdendo peso? SemiologiaSemiologia de aves BIOLOGIA DA ESPÉCIE Espécie/ Anatomia Comportamento do animal. Modo de defesa e ataque do animal. Hábitos do animal. Valores fisiológicos da espécie em questão. Zoonoses e antropozoonoses Técnicas de contenção para a espécie abordada (muda de espécie para espécie) Antes de iniciar o exame semiológico, deve-se conhecer as características da ave atendida. Temos que levar em consideração as particularidades de cada família. 1.ANAMNESE Primeiro: inspeção do animal à distância (postura física, comportamento, locomoção, conformação óssea... Segundo: inspeção da gaiola Terceiro: contenção Observar e coletar dados da gaiola, recinto ou ambiente onde o animal vive ( se a consulta for domiciliar). Atenção para higiene da gaiola, dos comedouros e bebedouros, situação da gaiola (galvanizada?). Presença de brinquedos? Contato com metal? O animal vive com outros contactantes? Ninho? Poleiros. Qualidade do poleiros. Alimentação. Fresca? Têm odor azedo? Ração? Sementes? O Alimento fica o dia todo disponível? Excretas? Qual o aspecto? POSTURA E ASPECTO DO EMPENAMENTO? CAUDA PENDENTE? PESCOÇO INCLINADO E A CABEÇA BAIXA? OPISTÓTONO? RESPIRAÇÃO (DISPNEIA? RUÍDOS? BICO ABERTO?) COMPORTAMENTO (TRANQUILO? AGRESSIVO?) "SONOLÊNCIA" OU APATIA NEUROLÓGICO ( ATENTO A SITUAÇÃO? REATIVO? ) VOCALIZAÇÃO? CAUDA CAÍDA ( É UM SINAL DE DISPNEIA)? REGURGITAÇÃO? LETARGIA? SINAIS DE AUTOMOTILAÇÃO? PENAS ERIÇADAS? PÁLPEBRAS CAÍDAS E COLORAÇÃO PERIORBITAL ESCURA? REDUÇÃO OU AUSÊNCIA DA INGESTÃO DE ALIMENTOS? POLIDIPSIA/POLIÚRIA? AVE NO CHÃO DA GAIOLA? ATENÇÃO: Antes da conter o animal, atenção para os detalhes da inspeção à distância (IAD) da ave. OBSERVAR: Tudo antes de realizar a contenção do animal. SemiologiaSemiologia de aves 2.INSPEÇÃO DA GAIOLA A contenção deve respeitar os métodos de defesa da ave ( bico, garras...) Caixa de contenção Puçá Luvas de couro ou raspa Toalha Venda Apenas 1 côndilo occipital Podem utilizar bicos, garras e esporão ( dependendo da espécie) Cuidado para não pressionar com os dedos a região dos globos oculares. Não se deve comprimir o esterno em NENHUMA CIRCUNSTÂNCIA. NUNCA conter a ave pelo pescoço deixando a cabeça livre, pois a ave poderá bicar; além disso, a contenção poderá lesionar os anéis cartilaginosos da traqueia e sufocar a ave. INSTRUMENTOS O uso de toalhas pode ser um forte aliado na consulta de aves. Deve-se utilizar a toalha de modo que aborde a maior parte do corpo da mesma e que tampe, momentaneamente, a visão da ave. Com uma mão, segura-se a cabeça e pescoço da ave, de modo que tenha o controle do bico. Com a outra mão livre, realiza-se a contenção do restante do corpo. NÃO CONTER APENAS PELA CABEÇA ! DESLOCAMENTO CERVICAL. SemiologiaSemiologia de aves 3. CONTENÇÃO Com a outra mão, ofertar apoio para o corpo e segurar os membros pélvicos. SemiologiaSemiologia de aves 3. CONTENÇÃO Re fe rê nc ia : A ve s CR A M : C en tr o de Re ab ili ta çã o de A ni m ai s M ar in ho s Segurar a cabeça da ave por trás. Não apertar os olhos com os dedos. Ter o controle da cabeça e bico. Na maioria das aves, tanto o bico como os "pés' representam perigo e é necessário atenção especial a esses dois locais. Em algumas aves de rapina (coruja, gavião, falcão, águia), as garras são mais perigosas e devem, inicialmente, ser controladas, logo em seguida é necessário segurar a cabeça. https://cram.org.org/ ASPECTO DAS PENAS? CLOACA SUJA? FALHAS NA PLUMAGEM? Olhos- protusos ou profundos, blefarite ou conjuntivite? Cavidade oral- coloração, presença de lesões e secreção em coana, estomatites? Bico - crescimento excessivo? Narinas- tamanho simétrico e/ou presença de secreções? "Ouvido"- existe aumento de volume na área? Secreção? Auscultação pulmonar e cardíaca. Ausculta de sacos aéreos Membros alterações de movimentação? Aumento de volume? Crescimento excessivo de unhas? Penas e pele Coloração, lesões e prolapso? Glândula uropigiana Aferição de temperatura CABEÇA Membrana íntegra? MEMBROS CLOACA PRESENÇA DE PARASITAS? ESCORE NUTRICIONAL? SemiologiaSemiologia de aves EXAME FÍSICO Exame físico detalhado em... AVES OLHOS E NARINAS SEM SECREÇÕES? ATENÇÃO Utilizar estetoscópio neonatal e/ou pediátrico, facilita a auscultação de sacos aéreos. ID. o osso esterno ou quilha p/ a avaliação de musculatura peitoral Animal muito magro! 1- Artelhos 2- Tarsometatarso 3- Tbiotarso 4- Fíbula 5- Fêmur 6- Púbis 7- Ísquio 8- Íleo 9- Pigóstilo 10- Vértebras caudais 11- Vértebras torácicas 12- Vértebras cervicais 13- Processo uncinado da costela 14- Costela esternal SemiologiaSemiologia de aves EXAME FÍSICO Anatomia osteológica... Escore corporal em... AVES Condição ideal! Animal muito gordo! a) Quilha ou osso esterno b) Musculatura peitoral c) O esterno 15- Esterno 16- Coracóide 17- Fúrcula 18- Escápula 19- Úmero 20- Rádio 21- Ulna 22- Ossos carpais 23- 1º dígito 24- Metacarpo 25- 2º dígito 26- 3º dígito 27- Maxila superior 28- Maxila inferior 29- Sinsacro CÉREBRO PULMÃO OVÁRIOS RIM OVIDUTO CLOACA INTESTINO DELGADO PÂNCREAS PROVENTRÍCULO (QUÍMICO) CORAÇÃO INGLÚVIO/PAPO ESÔFAGO TRAQUÉIA MOELA (MECÂNICO) FÍGADO BAÇO CECOS SemiologiaSemiologia de aves EXAME FÍSICO Anatomia interna de uma galinha... Posicionamento correto para exame radiográfico. Condição ideal! B. Posicionamento laterolateral A. Posicionamento ventrodorsal Re fe rê nc ia : S EM IO LO G IA V ET ER IN Á RI A - F EI TO SA ATENÇÃO FAZER A AVALIAÇÃO DO COMPRIMENTO DE ASAS. Busca ativa por fraturas "canhão de pena" e/ou ectoparasitas. https://cram.org.org/ Vias de acesso venoso: veia jugular direita, metatársica medial e ulnar. Aves: Tubo com a tampa verde, de heparina, ou tubo de citrato (tampa azul) As aves apresentam cerca de 10% do seu peso vivo em volume de sangue, logo o que podemos colher é apenas 8% a 10% do volume total de um paciente saudável, ou seja, podemos colher 0,8 -1% do peso vivo do paciente. Com esse material, poderemos obter análises bioquímicas da função renal (ácido úrico) e função hepática (AST), assim como a análise do hemograma. Radiografia Coproparasitológico Lavados traqueais Cultura e antibiograma Biópsias Necrópsia (em caso de óbito) EXAMES DE SANGUE E BIOQUÍMICOS Conforme a espécie da ave, existem vários locais para coleta de sangue. Principais locais de coleta: TUBOS DE AMOSTRA SANGUÍNEA PARA HEMATOLOGIA E BIOQUÍMICA EXAMES DE IMAGEM Parâmetros SemiologiaSemiologia de aves EXAME COMPLEMENTARES ATENÇÃO O esôfago corre ao lado da jugular e não deve ser afetado durante a coleta de sangue. Espécie FR(mpm) Peso(g) Glicose(mg/dL) Amazona aestiva 15-45 361-485220-350 Melopsittacus undulatus 60-75 30-110 ------------ Trichoglossus haematodus --------- ---------- 200-400 Agapornis ficheri 50-60 42-48 200-400 Nymphicus hollandicus 40-50 80-90 200-450 Preferência pela musculatura peitoral para aplicação de medicações IM Exemplo da anatomia radiográfica de um psitacídeo (vista lateral) PUBIS ÚMEROESCÁPULA TIBIOTARSO FÊMUR COSTELA (ESTERNAL CARACOIDE CLAVÍCULA APÓFISE TRANSVERSA DAS VERTEBRAS IIM A G E M : C L ÍN IC A D E A N IM A IS E X Ó T IC O S L A C E J E P S O N SemiologiaSemiologia de aves EXAME COMPLEMENTARES SIRINGE BAÇO TRAQUEIA Exemplo da anatomia radiográfica de um psitacídeo (VD) MOELA PROVENTRÍCULO COSTELA ESTERNO IIMAGEM: CLÍNICA DE ANIMAIS EXÓTICOS LACE JEPSON SemiologiaSemiologia de aves EXAME COMPLEMENTARES CLAVÍCULA ÚMERO CORAÇÃO CINTURA CARDIOEPÁTICA FÍGADO SACO AÉREO ABDOMINAL CAUDAL ÁREA DOS SACOS AÉREOS, TORÁCICO CAUDAL E ABDOMINAL SemiologiaSemiologia REFERÊNCIASREFERÊNCIAS I L V A , J e a n C a r l o s R a m o s . T r a t a d o d e a n i m a i s s e l v a g e n s - m e d i c i n a v e t e r i n á r i a . E d i t o r a R o c a , 2 0 0 7 . J E P S O N , L a n c e . C l í n i c a d e a n i m a i s e x ó t i c o s : r e f e r ê n c i a r á p i d a . E l s e v i e r H e a l t h S c i e n c e s , 2 0 1 1 . F O R D , R i c h a r d B . ; M A Z Z A F E R R O , E l i s a . K i r k & B i s t n e r ' s M a n u a l d e P r o c e d i m e n t o s V e t e r i n á r i o s e T r a t a m e n t o s d e E m e r g ê n c i a . E l s e v i e r B r a s i l , 2 0 1 3 . Q U E I R Ó S , P e d r o F i l i p e d e O l i v e i r a . M e d i c i n a v e t e r i n á r i a d e a v e s e x ó t i c a s d e c o m p a n h i a e d e Z o o . 2 0 1 1 . S C H M I D T , E . M . S . e t a l . P a t o l o g i a c l í n i c a e m a v e s d e p r o d u ç ã o – u m a f e r r a m e n t a p a r a m o n i t o r a r a s a n i d a d e a v í c o l a – r e v i s ã o . A r c h i v e s o f V e t e r i n a r y S c i e n c e , v . 1 2 , n . 3 , 2 0 0 7 . F E R R E I R A , J o a n a M a r i a P e r e i r a e t a l . M e d i c i n a d e A v e s S e l v a g e n s - A b o r d a g e m s i s t e m á t i c a a o p a c i e n t e n e u r o l ó g i c o . 2 0 2 0 . D E L E Ó N , R i c a r d o M . O l m o s . M e d i c i n a a n i m a l e n l a B a j a E d a d M e d i a H i s p á n i c a y s u r e l a c i ó n c o n l a m e d i c i n a h u m a n a : a v e s , p e r r o s y c a b a l l o s . A n u a r i o d e e s t u d i o s m e d i e v a l e s , v . 4 3 , n . 1 , p . 1 9 9 - 2 4 2 , 2 0 1 3 . F E I T O S A , M A R Y M A R C O N D E S . S e m i o l o g i a d o S i s t e m a N e r v o s o d e P e q u e n o s A n i m a i s . S e m i o l o g i a V e t e r i n á r i a A a r t e d o d i a g n ó s t i c o : c ã e s , g a t o s , e q u i n o s , r u m i n a n t e s e s i l v e s t r e s . S ã o P a u l o : R o c a , p . 4 5 1 - 5 0 5 , 2 0 0 4 . S I L V A , J e a n C a r l o s R a m o s . T r a t a d o d e a n i m a i s s e l v a g e n s - m e d i c i n a v e t e r i n á r i a . E d i t o r a R o c a , 2 0 0 7 . de aves