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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ BRUNO SAMUEL GEQUELIN DANIELE RODRIGUES DOS SANTOS LEANDRO JOÁS RODRIGUES ROBERT JOSÉ MAZUR TRATAMENTO DE EFLUENTE INDUSTRIAL: VISITA TÉCNICA A RISOTOLÂNDIA CURITIBA 2019 BRUNO SAMUEL GEQUELIN DANIELE RODRIGUES DOS SANTOS LEANDRO JOÁS RODRIGUES ROBERT JOSÉ MAZUR TRATAMENTO DE EFLUENTE INDUSTRIAL: VISITA TÉCNICA A RISOTOLÂNDIA Estudo dirigido apresentado ao curso de Engenharia Civil como requisito avaliativo do 2º bimestre da disciplina de Saneamento. Professora Geni Portela. CURITIBA 2019 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 - PENEIRA E CAIXA DE GORDURA .................................................................. 7 FIGURA 2 - CHINCANAS ......................................................................................................... 8 FIGURA 3 - TANQUE DE EQUALIZAÇÃO ............................................................................ 9 FIGURA 4 - TANQUE DE AERAÇÃO ................................................................................... 11 FIGURA 5 - TANQUE DE AERAÇÃO II ................................................................................ 11 FIGURA 6 - DECANTADOR I ................................................................................................. 12 FIGURA 7 - DECANTADOR II............................................................................................... 13 FIGURA 8 - ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DA SANEPAR ....................................................... 14 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 5 2. TRATAMENTO DE ESGOTO ...................................................................... 6 2.1 Sistema de operação da estação de tratamento de esgoto .................. 6 2.1.1 Caixa de Gordura e Peneira Estática ............................................. 7 2.1.2 Chincanas ....................................................................................... 7 2.1.3 Tanque de Equalização .................................................................. 8 2.1.4 Tanque de Aeração ........................................................................ 9 2.1.5 Decantador ................................................................................... 12 2.1.6 Estação elevatória da Sanepar ..................................................... 13 3. CONCLUSÃO ............................................................................................ 15 4. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 16 5 1. INTRODUÇÃO Este relatório tem o objetivo de descrever o funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto da empresa Risotolândia Services de Alimentação, afim de promover a integração entre teoria e prática na disciplina de Saneamento (Esgotamento Sanitário). 6 2. TRATAMENTO DE ESGOTO A ABNT NBR 12209 norteia o projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário, a norma se aplica a: separação de sólidos por meios físicos, filtração biológica, lodos ativados e tratamento de lodo. A normas complementares são: • NBR 9648 - Estudo de concepção de sistema de esgoto sanitário – Procedimento; • NBR 9649 - Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário – Procedimento; • NBR 9800 - Critérios para lançamento de efluentes líquidos industriais no sistema coletor público de esgoto sanitário – Procedimento; • NBR 12207 - Projeto de interceptores de esgoto sanitário – Procedimento; • NBR 12208 - Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário – Procedimento. 2.1 Sistema de operação da estação de tratamento de esgoto O sistema de operação de tratamento da estação de efluentes da empresa consiste em um processo de lodo ativado que provoca o desenvolvimento de uma cultura biológica na forma de flocos em tanques de aeração alimentados pelo efluente a ser tratado. Nestes tanques, a aeração tem por finalidade proporcionar oxigênio aos microrganismos e evitar a deposição dos flocos bacterianos e os misturar homogeneamente ao efluente. Esta mistura é denominada licor. O oxigênio necessário ao crescimento biológico é introduzido no licor através de um sistema de aeração mecânica, por aeração superficial. O licor é enviado continuamente aos decantadores, destinados a separar o efluente tratado do lodo. O lodo é recirculado aos tanques de aeração afim de manter a concentração de microrganismos dentro de uma proporção ideal em relação a carga orgânica afluente. O sobrenadante do decantador é o efluente tratado (clarificado), é descartado na rede da SANEPAR. Neste sistema os tanques e acessórios tem as seguintes funções: 7 2.1.1 Caixa de Gordura e Peneira Estática A caixa de gordura tem a finalidade tem a finalidade de remoção de sólidos e gorduras. São avaliadas como baixa concentração (6mg/L), média concentração (13mg/L) e alta concentração (23mg/L). A ineficiência na remoção da e a falta de limpeza periódica pode trazer problemas como: obstrução dos coletores, aderência e acumulo, causando odores, perda da eficiência a aspecto desagradável. A peneira estática tem a finalidade de pré tratamento e remoção de sólidos grosseiros, finos ou fibrosos. Figura 1 - Peneira e Caixa de Gordura Fonte: Autores 2.1.2 Chincanas 8 Tem por fiinalidade de remoção de sólidos flutuantes e gordura que passarem pela caixa de gordura. Figura 2- Chincanas Fonte: Autores 2.1.3 Tanque de Equalização O tanque de equalização tem por finalidade: • Minimizar as variações de vazão do efluente, de tal modo que haja uma vazão relativamente constante para os tanques de aeração; • Eliminação ou diminuição dos efeitos causados por cargas bruscas de substancias inibidoras e com pH inferior e/ou superior aos ideais ao tratamento biológico que exige monitoramento constante do pH e para isso existe um pHmetro automático instalado para o controle continuo. 9 Figura 3 - Tanque de Equalização Fonte: Autores 2.1.4 Tanque de Aeração O tanque de areação tem por finalidade promover o desenvolvimento de uma colônia microbiológica (biomassa) a qual consumirá a matéria orgânica do efluente, a quantidade de biomassa é expressa como SSTA (sólidos em suspensão no tanque de aeração). Os processos aeróbios de tratamento dos efluentes são conduzidos por comunidades microbianas heterogêneas que estabelecem complexas inteirações ecológicas. A biomassa é constituída de diversas espécies microbianas, incluindo predominantemente bactérias, fungos e protozoários. A respiração aeróbia se baseia na presença de um doador de elétrons, no caso a matéria orgânica poluente e, de um receptor final de elétrons, o oxigênio. A grande diferença de potencial de oxirredução entre o receptor e o doador de elétrons permite que a moléculas orgânicas sejam oxidadas a CO2 com grande produção de ATP 10 (Adenosina trifosfato) dessa disponibilidadeenergética, decorre acentuado crescimento microbiano no processo aeróbio. No tratamento biológico aeróbio, os microrganismos, mediante processos oxidativos degradam as substancias orgânicas, que são assimiladas como “alimento” e fonte de energia. A remoção da poluição os compostos de carbono, no tratamento aeróbio emprega uma microflora altamente heterogênea (biomassa), que metaboliza as substancias orgânicas, originando produtos de metabolismo, CO2 e H20 As condições operacionais para o tratamento são: • 6<pH<8 • 10°C<T<40°C • 0,5 mg/L<02 dissolvido (normalmente fixa-se em 2,0) • Nutrientes: DBO5/N/P = 100/5/1 • Micronutrientes: Fe, Mn, Cu, Zn, etc. Os aeradores devem fornecer oxigênio ao licor, mantendo no tanque de aeração uma concentração adequada (1,5 – 2,0mgO/L) de oxigênio dissolvido, necessário ao metabolismo dos microrganismos aeróbios. 11 Figura 4 - Tanque de Aeração Fonte: Autores Figura 5 - Tanque de Aeração II Fonte: Autores 12 2.1.5 Decantador Os decantadores separam a biomassa que consumiu a matéria orgânica do efluente, a qual se sedimenta no fundo do decantador permitindo que o sobrenadante seja descartado como efluente tratado, já com sua carga reduzida e isento da biomassa. Figura 6- Decantador I Fonte: Autores 13 Figura 7- Decantador II Fonte: Autores 2.1.6 Estação elevatória da Sanepar Ao sair do decantador o efluente segue para uma estação elevatória da Sanepar situada nos fundos da empresa, para posterior tratamento na ETE da Sanepar. Lembrando que o efluente ao final do tratamento tem a aparência de água tratada, porém não está apta para consumo. 14 Figura 8 - Estação elevatória da Sanepar Fonte: Autores 15 3. CONCLUSÃO Por meio da visita técnica e leitura da NBR 12209 observamos que a empresa segue as especificações da norma. 16 4. REFERÊNCIAS ABNT NBR 12209, Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário, 1992. Risotolândia Services de Alimentos, Relatório técnico, março de 2019.