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Faculdade Santo Agostinho- FSA Curso: Bacharelado em Nutrição Disciplina: Bioquímica dos Alimentos Prof: Joelma Abreu Bioquímica da Carne 1 Acadêmicas: Maria da Cruz; Maria da Conceição; Nilmara Lima; Nayane; Rossana Madeira; Samira. 2 INTRODUÇÃO As exigências dos consumidores esta cada vez maior por produtos de qualidade estão mobilizando os produtos e a indústria da carne a adequarem seus sistemas de produção (Koohmaraie, 1995). A carne bovina e um alimento extremamente nutritivo. Ela tem elevada densidade energética e nutricional, o que facilita o balanceamento das dietas. Melhora a absorção de minerais (Fe e Zn) e contribui com ácidos graxos essenciais e de ação metabólica ômega -3 ( Maruyama, 1997). 3 Fatores responsáveis pela maciez da carne 4 Característica sensorial da fibra muscular As fibras são células longas, estreitas, multinucleadas, que podem estender-se de uma extremidade para a outra do músculo, alcançando aproximadamente 10 a 100 mm de diâmetro. Os diâmetros das fibras musculares diferem de um músculo para outro e entre espécies, raças e sexos e tendem a aumentar com idade, plano de nutrição, atividade física e pela administração de hormonais. 5 Os atributos mais importantes para textura da carne FATORES ANTE-MORTEM FATORES POST- MORTEM Idade; Sexo; Nutrição; Exercício; Estresse antes do abate; Presença do tecido conjuntivo; Espessura; Comprimento do sarcômero. Estimulação elétrica; Rigor- mortis; Esfriamento da carcaça; Maturação; Método e temperatura de cozimento; pH. 6 Mecanismo de amaciamento da carne 7 DEGRADAÇÃO de proteínas mio fibrilares A degradação de proteínas mio fibrilares causa um enfraquecimento da estrutura muscular, levando ao amaciamento da carne e são resultantes da ativação de um sistema proteolítico enzimático. As maiores estruturas do citoesqueleto são degradadas quando a carne é amaciada: A junção da linha Z; A junção da linha Z e M; Filamentos elásticos. 8 Titina e nebulina Titina ou conectina é uma grande proteína crucial para a organização do sarcômero, que contém ao longo de seu comprimento, sítios de ligações para outras proteínas do sarcômero, e sua região terminal tem sido reportada por se ligar a miosina. A degradação de ambas, titina e nebulina é uma razão para o aumento na fragilidade de miofibrilas na região e está ligada a uma maior diminuição na dureza que ocorre entre 24 e 27 horas post mortem. 9 Cortes de carnes e cocção 10 Classificação da carne magra e gorda CARNE MAGRA CARNE GORDA Lagarto; Filé mignon; Coxão mole ou chã de dentro; Coxão duro ou chã de fora; Patinho; Alcatra; Maninho de alcatra; Músculo. Picanha; Fraldinha; Acém; Capa de filé; Filé de costela; Contrafilé; Ponta de agulha; Braço, pá ou paleta; Aba de filé; Pescoço. 11 Conservação da carne O método mais utilizado para prolongar a vida útil da carne é o emprego da refrigeração. A carne fresca deve ser mantido ás baixas temperaturas de refrigeração, que começa com o esfriamento de carcaças logo após o abate, e continua no transporte, manipulação e exposição de cortes para venda e no armazenamento destes cortes na geladeira do consumidor. A maioria dos produtos cárneos processados também se manipulam a baixas temperaturas de refrigeração, do momento final de sua elaboração até o consumo. 12 Alterações das enzimas no período post mortem As alterações post-mortem em músculos triturados na fase de pré-rigor têm particular interesse no processamento da carne imediatamente após o abate, tendo em vista as vantagens econômicas e tecnológicas do processo. Os músculos em pré-rigor apresentam alta capacidade emulsionante e alta capacidade de retenção de água. A trituração promove uma aceleração da hidrólise do ATP e da glicólise. Vários fatores determinam a velocidade da queda do pH, o início e duração do rigor-mortis e as propriedades da carne: estresse causado por fatores ambientais como temperatura, umidade, luz, espaço, ruído, e por fatores intrínsecos. 13 Condições ótimas de atuação das enzimas proteolíticas Inibidores protéicos de enzimas proteolíticas desempenham importantes papéis fisiológicos. Entre esses estão as ser pinas, inibidores de serino - proteinases, e as cistatinas, inibidores de cisteíno-proteinases. Em ambos os casos, os inibidores funcionam como “falsos substratos”, sendo reconhecidos e clivados pelas enzimas, que ficam “aprisionadas” num complexo com o inibidor. O pH no músculo de bovinos, ovinos e suínos podem chegar a menos de 5,8 após 24 horas post mortem, indicando que as atividades de ambas enzimas podem ser muito pequenas nesse período. 14 Estimulação elétrica de carcaças no amaciamento da carde A estimulação elétrica é feita usulamente para aumentar o amaciamento,a parti da ativação de algumas enzimas proteolíticas endógenas. Promove um aumento na degradação de proteínas do citoesqueleto como titina e nebulina no periodo post mortem. A estimulação elétrica produz redução rápida do Ph, no momento em que os valores de temperatura se encontram próximos a in vivo, promovendo mudanças significativas na maciez. 15 Considerações Finais O amaciamento da carne é um processo que merece grande atenção dos pesquisadores, pois hoje tem crescido muito a exigências dos consumidores por pesquisadores, primeiramente, tem que tentar entender todo esse processo bioquímico no qual estão envolvidas a ativação de enzimas proteolíticas e a degradação das proteínas mio fibrilares, para depois atuarem na área de produção animal com qualidade. Portanto, mais estudos devem ser conduzidos com o objetivo de se determinar á forma de ação das enzimas proteolíticas. referências BOLEMAN, S.J.; BOLEMAN, S.L.; BIDNER, T.D. et al. Effects of post mortem time of calcium chloride injection on beef tenderness and drip, cooking ant total loss. Meat Science, v. 39, p. 35-41, 1995. BOEHM, M. L.; KENDALL, T. L.; THOMPSON, V. F. et al. Changes in thecalpains and calpastatin during postmortem storage of bovine muscle. Journal of Animal BOWLING, R.A., DUTSON, T.R.; SMITH, G.C. et al. Effects of cryogenic chilling on beef carcass grade, shrinkage and palatability characteristics. Meat Science, v. 21, p. 67-72, 1987. BUSCH, W.A., GOLL, D.E.; PARRISH, F.C. JR. et al. Molecular properties ofpostmortem muscle. Isometric tension development and decline in bovine, porcine and rabbit muscl. 17 18