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VIGILÂNCIA SANITÁRIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DISCIPLINA HIGIENE Profª. MsC. Clarisse Vasconcelos de Azevedo Mestranda Suanam Tavares Fortaleza - CE 2023 UM POUCO DE HISTÓRIA… Industrialização: pessoas começaram a viver em aglomerados, originando cidades, a humanidade não tinha o conhecimento de como as doenças aconteciam, mas já sofriam com a peste, cólera, varíola, febre tifoide e outras doenças. VIDA NO CAMPO VIDA NA CIDADE UM POUCO DE HISTÓRIA… • VIDA NA CIDADE Percebeu-se existência de seres microscópicos que não podiam ser vistos a olho nu, responsáveis pela deterioração dos alimentos e, consequentemente, causa de algumas doenças Louis Pasteur – pasteurização leite e vinho Robert Koch – M. tuberculosis (bacilo de Koch) V. cholerae UM POUCO DE HISTÓRIA… UM POUCO DE HISTÓRIA… • Mesmo sem saber como funcionavam os processos de contaminação e transmissão das doenças, as pessoas começaram a perceber que a água, a sujeira e os alimentos poderiam ser responsáveis por essas doenças. John Snow • O Brasil passou a fazer parte das rotas comerciais; intensificou-se o fluxo de embarcações e a circulação de passageiros; • Aumentando a necessidade de controle sanitário para evitar as doenças epidêmicas e para criar condições de aceitação dos produtos brasileiros no mercado internacional. 1808 - Chegada da família real: desencadeou mudanças relacionadas com as necessidades de aumentar a produção, defender a terra e cuidar da saúde da população. BRASIL – MARCOS HISTÓRICOS BRASIL – MARCOS HISTÓRICOS 1904 – Revolta da vacina: revolta da população contra as ações arbritarias (força repressiva) que determinava vacinação obrigatoria contra variola; 1917 – Reforma do Porto de Santos: saneamento no porto de Santos, esta reforma não foi pensada para a coletividade e sim por questoes financeiras, alinhando-se a logica do capital “país pestilento e das mazelas” OSWALDO CRUZ Em que contexto surgiu a vigilância sanitária no Brasil? • Evitar a propagação de doenças nos agrupamentos urbanos; • Fiscalizar embarcações, cemitérios e comercio de alimentos; • Regulamentar o exercício da profissão; • Estado passa a ter controle – poder de policia sanitária BRASIL – MARCOS HISTÓRICOS 1988 – Constituição Federal: Art. 1º - III - a dignidade da pessoa humana; Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação SAÚDE É DIREITO GARANTIDO PELA CONSTITUÇÃO! DIREITO CONSTITUCIONAL • LOS 8080/90 • Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. • § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação LOS 8080/90 – “Lei do SUS” –Art. 6º. Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde - SUS: –I- a execução de ações: •a) de vigilância sanitária; •b) de vigilância epidemiológica; •c) de saúde do trabalhador; •d) de assistência integral, inclusive farmacêutica. – III - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde. VIGILANCIA EM SAUDE A vigilância está relacionada às práticas de atenção e promoção da saúde dos cidadãos e aos mecanismos adotados para prevenção de doenças. Integra diversas áreas de conhecimento. A vigilância se distribui entre: ✓ Epidemiológica; ✓ Ambiental; ✓ Sanitária; ✓ Saúde do trabalhador O QUE É VIGILANCIA SANITARIA? LOS 8080/90 – “Lei do SUS” Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: • I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e • II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde O QUE É VIGILANCIA SANITARIA? LOS 8080/90 – “Lei do SUS” Portanto.. ✓ Direito fundamental do cidadão; ✓ Conjunto de ações para controlar riscos; ✓ O estabelecimento de normas para proteção da saúde; ✓ A busca por disponibilidade, segurança e qualidade de produtos e serviços; ✓ Preocupação com o meio ambiente. Talidomida - 1960 Acidente radioativo 1987 Caruaru/PE 1996 Medicamentos falsificados - 1998 AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITARIA (ANVISA) LEI 9782/99 - Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e dá outras providências. Competências: • Autorizar ou proibir a produção, circulação e comercialização de produtos por meio de inspeções, registros e notificações; • Conceder ou cancelar autorizações de funcionamento para estabelecimentos de interesse a saúde; • Estabelecer normas e padrões que devem ser adotados em todo país; • Fiscalizar quando o risco a saúde pode afetar o pais ou completar a ação dos estados e municípios; • Monitorar propaganda, verificando a qualidade das mensagens publicitarias para evitar o consumo indiscriminado que coloque em risco á saúde do cidadão; • Verificar o risco sanitário de embarcações, aeronaves, produtos e matérias primas de saúde que entram no pais pelos portos, aeroportos e fronteiras. AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITARIA (ANVISA) Em que se baseia? • Ações continuas de identificação, monitoramento, avaliação dos riscos sanitários e intervenção – tomada de decisão Qual a sua função? • Promoção e prevenção a saúde dos indivíduos, dos trabalhadores nos locais de trabalho e do meio ambiente. PARA QUE? Avaliar a Qualidade de Produtos, Serviços e Condições de Trabalho ✓Avaliar – observar, analisar e julgar quanto ao risco que possa oferecer à vida e à saúde de usuários, consumidores ou comunidade – Tomada de decisão. ✓Avaliação de Estrutura – condições físicas, organizacionais, equipamentos e recursos humanos; ✓Avaliação de Processo – atividades desenvolvidas nas relações de produção em geral e, no caso de serviços de saúde, entre trabalhadores e usuários; ✓Avaliação de Resultado – obtenção das características desejáveis dos produtos ou serviços e do meio ambiente e do trabalho – atribuídas ao cuidado com o consumidor ou tecnologia introduzida. ÁREAS DE ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA • Nos locais de produção, transporte e comercialização de alimentos Bares, restaurantes, mercados, frutarias, açougues, peixarias, frigoríficos, indústrias e rotulagem de alimentos, transportadoras, embaladoras, importadoras, exportadoras e armazenadoras de alimentos, etc. • Nos locais de produção, distribuição, comercialização de medicamentos, produtos de interesse para a saúde Farmácias, drogarias, perfumarias, saneantes, produtos de higiene, produtos hospitalares (indústria, comércio e rotulagem) importadora, exportadora, distribuidora, transportadora, armazenadora de medicamentos, cosméticos e saneantes ÁREAS DE ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA • Nos locais de serviços de saúde Hospitais, clínicas médicas e odontológicas, laboratórios, asilos, presídios, profissionais de saúde, etc.. • No meio ambiente, controla a qualidade da água, ar, solo, saneamento básico, calamidades publicas, transporte de produtos perigosos, monitora os ambientes que causam danos à saúde, entre outros. ÁREAS DE ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA • Nos ambientes e processos do trabalho/saúde do trabalhador Identificação e intervenção dos locais de trabalho das pessoascomo lojas, fábricas, transportes, escritórios, etc. • Na pós-comercialização Investiga situações que envolvem reações adversas a medicamentos, sangue e produtos para saúde, intoxicação por produtos químicos, etc. ÁREAS DE ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA • Nos projetos de arquitetura Analisa projetos de construção, reforma, adaptação ou ampliação no que interfere na saúde das pessoas, em residências, hospitais, clínicas, fábricas, escolas, etc. • Em locais públicos, Shoppings, cinemas, clubes, óticas, postos da gasolina, estádios, piscinas, escolas, cemitérios, salões de beleza, portos, aeroportos, áreas de fronteira, entre outros. • Comercialização e controle de fuminegenos RESUMINDO… Produtos: ✓Alimentos , Medicamentos, Saneantes, Cosméticos e outros; (produção e comercialização) Serviços: ✓De Saúde ( hospitais, laboratórios, centro de saúde, clínicas e ambulatórios, etc.); ✓De Interesse à Saúde (salão de beleza, cerâmica, marmorarias, borracharia, piercing ou tatuagem, posto de gasolina, etc); Meio Ambiente: ✓ Meio Natural, Construído e Ambiente de Trabalho; CARACTERISTICAS Regulação sanitária em favor dos interesses da saúde – conflitos com o setor econômico; Situações reais que se apresentam para decisões e que nem sempre estão emolduradas na leis especificas – poder discricionário; Abordagem interdisciplinar, intersetorial, articulação quanto à participação da população e representantes da sociedade civil. • A qualidade do alimento que chega à sua mesa, do remédio ou vacina que seu filho toma, do estabelecimento que sua família frequenta, dos artigos eu entram no país, dos produtos e serviços que você consome no dia a dia depende de ações de vigilância sanitária Vigilância sanitária Conjunto de A Ç Õ E S Capaz de: Eliminar Diminuir Prevenir Intervir nos problemas sanitários decorrentes de: Meio ambiente Prod. E circulação de bens. Prestação de serviços de interesse a saúde. Riscos a saúde Abrangendo o controle de: Bens de consumo Prestação de serviços Como a VISA se faz perceber? • Poder de policia administrativa: inspeção e fiscalização; • Julgamento de irregularidades • Aplicação de sanções; • Atividades: autorizativas – licenciamento, autorização e registro de produtos. COMO FAZ? I- Atribuição educativa ✓Informa e orienta – setor regulado e a população (hábitos de saúde, compra de serviços e prevenção de doenças) – Material educativo, palestras, cursos etc II- Atribuição normativa e regulatória ✓Cria normas e padrões sanitários para a produção, fabricação, transporte, armazenagem, distribuição e comercialização de produtos, além disso, para o funcionamento de serviços; ✓Fiscaliza o cumprimento das normas e pune os infratores - Legislações e Roteiros Específicos O QUE FAZ? Inspeções Sanitárias: ✓Inspeções programadas ✓Atendimento às denúncias/reclamações; ✓Articulação de parcerias com demais setores da Secretaria de Saúde e com demais órgãos afins; Monitoramento de Produtos: ✓Coleta de amostra de produtos; ✓Estabelecer parcerias com laboratórios; ✓Definição de uma rede complementar de laboratórios; O QUE FAZ? Investigação e Notificação: ✓Articulação de parcerias com demais vigilâncias e setores da Secretaria (p. ex. Assistência); Educação e Comunicação em VISA: ✓Elaboração do material educativo; ✓Desenvolvimento de ações educativas destinadas às Equipes Saúde da Família; ✓Implementação das parcerias com instituições de ensino, entidades de classe, ONGs, etc INSPEÇÃO SANITARIA • Ação desenvolvida pelo fiscal sanitário, com objetivo de avaliar os estabelecimentos, serviços de saúde, produtos, condições ambientais e de trabalho, na área de abrangência da VISA; • Verifica se estes estabelecimentos encontram-se em conformidade com requisitos técnicos e documentais estabelecidos em normas legais e regulamentos. IMPORTANCIA • Promove controle sanitário dos produtos, serviços e ambiente, estabelece regras a serem cumpridas, avalia as condições higiênicas e tecnológicas; • Contribui para a garantia da segurança dos produtos, serviços e ambientes • Portanto, previne contra danos à saúde e promove a saúde da população. MONITORAMENTO DE PRODUTOS ➢Ação programática desenvolvida de forma sistemática, com o objetivo de proceder ao acompanhamento, avaliação e controle da qualidade, bem como, dimensionar riscos e resultados, em relação à produtos e quaisquer situações de risco, de interesse da Vigilância Sanitária; ➢Exemplos: monitoramento da qualidade da água para consumo humano, monitoramento alimentos etc. INVESTIGAÇÃO E NOTIFICAÇÃO • Conjunto de ações destinadas a investigar as causas de disseminação de doenças ou de aparecimento de transtornos que afetam a saúde de indivíduos ou grupos populacionais, visando, a partir desse conhecimento, à aplicação de medidas que possam reduzir ou eliminar os fatores determinantes. EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO O cidadão tem o direito de ser informado sobre os riscos sanitários; A educação, informação e comunicação em saúde - responsabilidade ética da saúde pública; A informação e o seu aprendizado gera a possibilidade de escolha e de tomada de decisão pela sociedade e/ou setor regulado. COMO A VISA SE ORGANIZA? INTERFACES Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS); - controla serviços e produtos; Conselhos de Saúde Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS); Conselho de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS); Parcerias: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), SEMA, Defesa do consumidor... entre outros. O QUE CADA VISA FAZ? 1. Foi criada em 1999 pela Lei. 9.782/99; 2. Coordena o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária – SNVS e apoia técnica e financeiramente as VISAS Estaduais e Municipais; 3. Inspeciona, no Brasil e no exterior, os fabricantes, importadores, distribuidores de medicamentos, produtos para a saúde, cosméticos, etc.; 4. Concede autorização de funcionamento para fabricantes, importadores, distribuidores de medicamentos, produtos para a saúde, cosméticos, saneantes; farmácias e drogarias; 5. Concede certificado de boas práticas de fabricação e de distribuição para fabricantes de medicamentos e produtos para a saúde; 6. Elabora legislações específicas para as empresas cuja atividade esteja sujeita à vigilância sanitária; Vigilância Sanitária Federal - ANVISA O QUE CADA VISA FAZ? 7. Emite certificado internacional de vacina; 8. Atua nos aeroportos, portos e fronteiras; 9. Controla o preço dos medicamentos; 10. Autoriza ou não a entrada de produtos estrangeiros; 11. Controla a propaganda de medicamentos e outros produtos; 12. Gerencia a lista de substâncias permitidas e proibidas no Brasil relacionadas a medicamentos, alimentos, cosméticos, saneantes; 13. Controla a fabricação e a introdução de novas tecnologias de saúde no Brasil; 14. Monitora os produtos juntamente com o INCQ/Fiocruz quando estes estão no mercado. 15. Registra medicamentos, novos alimentos, pesquisa clínica, equipamentos médicos, cosméticos, saneantes Vigilância Sanitária Federal - ANVISA O QUE CADA VISA FAZ? 1. Inspeciona e licencia fabricantes, importadores, distribuidores de medicamentos, produtos para a saúde, cosméticos e saneantes; 2. Inspeciona hospitais, laboratórios, serviços de hemoterapia, diálise e outros de interesse da saúde; 3. Inspeciona fabricantes, importadores, distribuidores para fins de Certificação de Boas Práticas junto à ANVISA; 4. Realiza treinamentos às equipes de VISA do Interior; 5. Realiza doações de materiais e equipamentos, quando disponíveis; 6. Participa de ações fiscalizatórias juntamente com Ministério Público e Polícias; 7. Realiza monitoramento de produtos juntamente com o Lacen; 8. Orienta e auxilia os Municípios quando da realização de eventos de massa (festas regionais), Etc Vigilância Sanitária Estadual - DEVISA O QUE CADA VISA FAZ? 1. Realiza cadastro e inspeções de todos os estabelecimentos de baixo risco localizados em seu território: escolas,salões de beleza, academias, mercadinhos, padarias, bares, lanchonetes, restaurantes, consultórios, farmácias e drogarias, mercados, açougues, ; 2. Recebe e verifica denúncias no município; 3. Aplica a legislação sanitária oriunda da ANVISA e DEVISA; 4. Planeja as ações de vigilância; 5. Vigia a entrada e circulação de produtos e serviços para verificar falsificações, irregularidades, suspensão de comércio, produtos estrangeiros, atividade médica e estética irregulares; 6. Emite licença sanitária aos estabelecimentos; 7. Orienta sobre a forma de funcionamento conforme as regras; 8. Investiga surtos de doenças causadas por produtos (ex: alimentos, medicamentos, etc.) Vigilância Sanitária Municipal O QUE SÃO RISCOS SANITARIOS? • Perigos que podem ameaçar nossa saúde no dia-a-dia, quando consumimos um produto ou quando utilizamos um determinado serviço. TIPOS DE RISCO: ✓ Ambientais; ✓ Ocupacionais; ✓ Iatrogenicos; ✓ Institucionais; ✓ Sociais. CONCEPÇÕES DOS RISCOS SANITARIOS • Probabilidade matemática de ocorrência de agravos ou danos em membros de uma população em um determinado período; • Indícios baseados na racionalidade e nos conhecimentos científicos disponíveis considerando o contexto de incerteza diante das rápidas mudanças no sistema produtivo; • Ameaça + elementos de perigo; • Vulnerabilidade TIPOS DE RISCOS • Ambientais Relacionados a qualidade da agua que consumimos, ao lixo (domestico, industrial ou hospitalar), á poluição do ar, do solo e da agua, presença de insetos e animais transmissores de doenças (mosquitos, barbeiros, ratos) • Ocupacionais Relacionados ao ambiente de trabalho, fiscalização e controle dos riscos decorrentes do exercício profissional – saúde do trabalhados (produção, substancias, intensidade, ritmo e ambiente) TIPOS DE RISCOS • Iatrogenicos Relacionados a tratamento medico ou uso de serviços de saúde (medicamentos, infecção hospitalar, sangue e hemoderivados, radiações ionizantes, tecnologias medico sanitárias); • Institucionais Relacionados as condições físicas, higiênicas e sanitárias de estabelecimentos (creches, clubes, hotéis, salão de beleza, saunas etc) • Sociais Relacionados as condições familiares, financeiras e afetivas das pessoas e a inserção social dos indivíduos (transporte, alimentos, substancias psicoativas, grupos vulneráveis, necessidades básicas) É nesse contexto que os serviços de Vigilância Sanitária norteiam suas atividades, visando minimizar os riscos das doenças transmitidas por alimentos (DTAs). A Legislação pretende abranger: Segurança química: proibição de componentes nocivos; Segurança física: ausência de corpos estranhos; Segurança microbiológica: análise e padronização na manipulação de alimentos; Segurança nutricional: orientação e educação alimentar ❖ Portaria 1428/1993 - REGULAMENTO TÉCNICO PARA INSPEÇÃO SANITÁRIA DE ALIMENTOS ❖ RDC 275/2002 - Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. ❖ RDC 216/2004 - Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. ❖ RDC 218/2005 - Regulamento Técnico de Procedimentos Higiênico-Sanitários para Manipulação de Alimentos e Bebidas Preparados com Vegetais. COLETA DE AMOSTRAS O QUE SÃO? • Porções representativas dos alimentos após o processamento e/ou após a distribuição na área de porcionamento. (ABERC, 2005) AMOSTRAS • Matérias-primas; • Componentes do cardápio de cada refeição; • 1/3 do tempo antes do término da distribuição (20 minutos antes); • Ou na 2ª hora do tempo de distribuição. (ABERC, 2005) OBJETIVO ANÁLISES MICROBIOLOGICAS • Diagnosticar um possível agente etiológico causador de DTA; • Avaliar o grau de contaminação por microrganismos deteriorantes; • Condições Higiênico Sanitárias; • Orientar o monitoramento, indicando medidas corretivas em Pontos Críticos de Controle (ABERC, 2005) CONDIÇÕES PARA COLETA ❖ Evitar contaminação durante a coleta Mascaras e toucaHigienizar as mãos com água, sabão e álcool 70%. Uso de luvas descartáveis (ABERC, 2005) CONDIÇÕES PARA COLETA ❖ Evitar contaminação durante a coleta Utensílios: um para cada tipo de alimento; lavados e desinfetados com Álcool 70%, ou fervidos por 10 a 15 minutos. Acondicionamento: frascos de vidro esterilizados (autoclave 121°C por 15 min.) ou (forno de Pasteur 180°C por 1 hora) ou sacos plásticos esterilizados. (ABERC, 2005) CONDIÇÕES PARA COLETA ❖ Evitar contaminação durante a coleta Saco plástico para congelamento min 1L Frascos de vidro 200 ml tipo ARJEK (tampa de metal), ou pote LN (tampa de plástico resistente a fervura). (ABERC, 2005) CONDIÇÕES PARA COLETA ❖ Técnica de coleta ➢ Etiquetar embalagem: local, data, horário, produto e responsável pela colheita; ➢ Abrir o saco sem tocá-lo internamente nem soprá-lo ou abrir o vidro sem contaminá-lo internamente; ➢ Colocar a amostra do alimento; ➢ Retirar o ar e vedar com um nó o saco plástico ou colocar a tampa e fechar bem o vidro (ABERC, 2005) CONDIÇÕES PARA COLETA ❖ Evitar a multiplicação dos microrganismos durante o armazenamento das amostras; ➢ Pós coleta: Refrigerar á temperatura 0°C e 4°C (1 hora); ➢ Armazenamento: refrigeração até 4°C (96 horas), congelamento -18°C (96 horas); ➢ Líquidos (água, sucos, refrigerantes, caldos): refrigeração até 4°C (96 horas), não devendo ser congelados. Todas as amostras devem estar devidamente identificadas (Portaria 2619/11 – SP) CONDIÇÕES PARA COLETA ❖ Evitar a multiplicação dos microrganismos durante o armazenamento das amostras; ➢ Alimentos distribuídos sob refrigeração e liquidos: Refrigerar á temperatura 0°C e 4°C (72 horas); ➢ Alimentos distribuídos quentes: Congelar -18°C (72 horas ); Todas as amostras devem estar devidamente identificadas (CVS-5/2013 SP) CONDIÇÕES PARA COLETA ❖ Evitar a multiplicação dos microrganismos durante o transporte das amostras; Acondicionamento: ➢ Embalagens isotérmicas isopor com gelo (até 10°C); Identificação: ➢ Etiqueta (horário da colheita, local, data, produto e responsável) (LACEN, 2022) CONDIÇÕES PARA COLETA ❖ Colher um número representativo de amostras Análise microbiológica Controle: mín. 1OOg; Análise bromatológica: 200g; Surto ou fiscalização: 300g (3 amostras) (LACEN, 2022) FISCALIZAÇÃO SANITARIA A terceira amostra (contraprova) fica na UAN de origem, sob congelamento (-18°C). 1ª análise: Se analise imediata for positiva (contaminação), a amostra da UAN (contraprova) é encaminhada para análise. Se positivo o alimento é condenado e um é processo instaurado. 2ª análise: Se contraprova for negativa (indicar resultados adequados), então a amostra armazenada no laboratório oficial, é analisada e o resultado desta é o definitivo 2 amostras 1 amostra é imediatamente analisada A outra fica armazenada no laboratório oficial (ABERC, 2005) • https://www.saude.ce.gov.br/download/vigilanc ia-sanitaria/ • Disque denúncia: 150 https://www.saude.ce.gov.br/download/vigilancia-sanitaria/ MATERIAL DE LEITURA REFERENCIAS ASSOCIACAO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE REFEICOES COLETIVAS. Manual ABERC de práticas de elaboração e serviço de refeições para coletividades. ABERC, 2005. DESTA RESOLUÇÃO, Anexo I. RESOLUÇÃO RDC N 216, DE 15 DE SETEMBRO DE 2004. DE COLETA, MANUAL DE ORIENTAÇÕES; DE AMOSTRAS, ACONDICIONAMENTO E. TRANSPORTE. Terceira Edição LACEN CE, 2022. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria CVS 05 de 09 de abril de 2013. Aprova o regulamento técnico sobre boas práticas para estabelecimentos e para os serviços de alimentação e o roteiro de inspeção. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 05 abr. 2013. BRASIL. Prefeitura de São Paulo. Portaria 2619/2011 - Regulamento de Boas Práticas e de Controle de condições sanitárias e técnicas das atividades relacionadas à importação, exportação, extração,produção, manipulação, beneficiamento, acondicionamento, transporte, armazenamento, distribuição, embalagem, reembalagem, fracionamento, comercialização e uso de alimentos, águas minerais e de fontes, bebidas, aditivos e embalagens para alimentos. SMS – Publicada em DOC 06/12/2011.