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Regulação da Respiração → CENTRO RESPIRATÓRIO ● composto por grupos de neurônios que se localizam bilateralmente no bulbo e na ponta do tronco cerebral. ● se divide em 3 grupamentos principais de neurônios: ○ grupo respiratório dorsal: responsável pela inspiração. ○ grupo respiratório ventral: responsável pela expiração. ○ centro pneumotáxico: encontrado na porção dorsal superior da ponte. Responsável pelo controle da frequência e amplitude respiratória. *GRUPO RESPIRATÓRIO DORSAL DE NEURÔNIOS - SEU CONTROLE NA INSPIRAÇÃO E NO RITMO RESPIRATÓRIO ● grande parte se situa no interior do núcleo do trato solitário (NTS) e outros na substância reticular adjacente no bulbo. ● o NTS corresponde à terminação do nervo vago e glossofaríngeo, que transmitem informações para o centro respiratório a partir de quimiorreceptores periféricos, barorreceptores e vários receptores nos pulmões. ● responsável pelo ritmo respiratório básico (surtos repetitivos de potenciais de ação neuronais inspiratórios). ● o sinal nervoso responsável pela atividade dos músculos inspiratórios ocorre com início débil e elevação constante, na forma de rampa, por 2 segundos (e não em surto). Interrupção abrupta pelos 3 segundos seguintes (inativa a excitação diafragmática, que retrai e produz a expiração). ○ vantagem do sinal em rampa: indução de aumento constante do volume dos pulmões e não golfadas inspiratórias. ○ controle da velocidade do aumento do sinal em rampa → respirar fundo, a rampa se eleva com rapidez. ○ controle do ponto limítrofe da interrupção súbita da rampa → aumento da frequência respiratória. CENTRO PNEUMOTÁXICO LIMITA A DURAÇÃO DA INSPIRAÇÃO E AUMENTA A FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA ● o centro pneumotáxico está situado dorsalmente no núcleo parabraquial da parte superior da ponte → transmite sinais para a área inspiratória. ● função: limitar a inspiração → controla o ponto de “desligamento” da rampa inspiratória → fase de expansão do ciclo pulmonar. ● sinal intenso → 0,5 seg = pouco volume de ar. ● sinal fraco → até 5 seg = muito volume de ar. GRUPO RESPIRATÓRIO VENTRAL DE NEURÔNIOS - FUNÇÃO TANTO NA INSPIRAÇÃO QUANTO NA EXPIRAÇÃO ● situado em cada lado do bulbo, em posição rostral no núcleo ambíguo, rostral e caudal ao núcleo retroambíguo. ● funções: ○ inativos em respiração normal e tranquila. ○ parece não participar da regulação rítmica básica da respiração. ○ contribui para o controle respiratório extra (aumento da ventilação - principalmente durante atividade física intensa). SINAIS DE INSUFLAÇÃO PULMONAR LIMITAM A INSPIRAÇÃO - INSUFLAÇÃO DE HERING-BREUER ● receptores de estiramento: situados nas porções musculares das paredes dos bronquíolos, responsáveis por enviar sinais pelos nervos vagos para o grupo respiratório dorsal de neurônios, quando os pulmões são excessivamente distendidos. → Reflexo de Insuflação de Hering-Breuer. ● desativa a rampa inspiratória. ● influencia a frequência respiratória. ● só é ativado quando o volume corrente aumenta 3x o normal → serve de mecanismo protetor de insuflação pulmonar excessiva. → CONTROLE QUÍMICO DA RESPIRAÇÃO ● o objetivo principal da respiração é a manutenção da concentração de CO2, O2 e pH sanguíneo. ● o excesso de CO2 e de íons de hidrogênio influenciam diretamente na intensidade dos sinais motores inspiratórios. ● já o O2 não apresenta efeito direto significativo sobre o centro respiratório. CONTROLE QUÍMICO DIRETO DA ATIVIDADE DO CENTRO RESPIRATÓRIO PELO CO2 E PELOS H+. ● área quimiossensível: situada bilateralmente, se encontra apenas 0,2 mm abaixo da superfície ventral do bulbo. Sensível a alterações na PCO2 e na [H+]. ● os neurônios sensoriais na área quimiossensível são estimulados por H+ e, secundariamente, por alterações no CO2 sanguíneo. Obs.: o H+ é pouco permeável à barreira hematoencefálica, diferente do CO2. ● apesar do fator principal de ativação quimiossensível ser os íons hidrogênio, alterações na concentração de CO2 que provocam uma maior atividade nessa região, pela produção de ácido carbônico e, posteriormente, íons hidrogênio. ● a excitação do centro respiratório pelo CO2 é notável nas primeiras horas, mas declina gradativamente em 1-2 dias subsequentes → reajuste renal de da concentração de íons hidrogênio. ○ potente efeito agudo e fraco efeito crônico. → SISTEMA QUIMIORRECEPTOR PERIFÉRICO PARA O CONTROLE DA ATIVIDADE RESPIRATÓRIA - O PAPEL DO OXIGÊNIO NO CONTROLE RESPIRATÓRIO. ● sistema quimiorreceptor periférico→ transmitem sinais neurais para o centro respiratório encefálico. ● grande parte dos quimiorreceptores estão situados nos corpos carotídeos e aórticos. ● os quimiorreceptores estão sempre expostos ao sangue arterial e não venoso. ● os quimiorreceptores são intensamente estimulados quando os níveis de O2 arterial estão abaixo do normal. ● os quimiorreceptores também detectam alterações nas concentrações de CO2 e H+. ● a resposta por quimiorreceptores é 5x mais rápida que a central. ● células glomosas: atuam como quimiorreceptores, e são inativados quando os níveis de PO2 diminuem significativamente → despolarização das células → entrada de Ca → neurotransmissor para o SNC → estimulação da respiração. ● aclimatação: alpinistas escalando devagar para se adaptarem ao ar rarefeito. ○ 2-3 dias → centro respiratório perde cerca de 80% da sensibilidade às alterações de PCO2 → níveis mais altos de ventilação alveolar (400-500%)→ suprimento adicional de O2. → REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO DURANTE O EXERCÍCIO ● na atividade física vigorosa, o consumo de O2 e a formação de CO2 pode aumentar 20x. ● no atleta saudável, o aumento da ventilação alveolar é proporcional ao aumento do nível de metabolismo de O2. ● +CO2, + H+, - O2 → ajuste (hipótese). ● transmissão de impulso do encéfalo para os músculos → impulsos para o tronco cerebral estimular o centro respiratório → estimulação do centro vasomotor do tronco cerebral (induzindo o aumento simultâneo da pressão arterial).