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apostila economia

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Irma Filomena Lobosco
Economia
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Economia, parte 
integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autônomo 
que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma 
apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos 
multidisciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, 
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, 
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o 
suplemento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo 
para uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
ApresentAção
 sUMÁrIo
IntroDUção ............................................................................................................................................... 5
1 ConCeItos FUnDAMentAIs ....................................................................................................... 7
1.1 Conceitos de Economia............................................................................................................................................ 8
1.2 Classificação dos Bens .............................................................................................................................................. 9
1.3 A Economia como Ciência Social .......................................................................................................................... 9
1.4 A Economia e suas Relações .................................................................................................................................11
1.5 O Problema Econômico .........................................................................................................................................12
1.6 Sistemas Econômicos..............................................................................................................................................13
1.6 Recursos ou Fatores (Meios) de Produção .......................................................................................................16
1.7 O Princípio do Custo de Oportunidade ............................................................................................................18
1.8 Riqueza, Utilidade e Valor ......................................................................................................................................19
1.9 Bens e Serviços ..........................................................................................................................................................19
1.10 Setores Econômicos ..............................................................................................................................................19
1.11 Divisão da Economia ............................................................................................................................................20
1.12 Método ......................................................................................................................................................................20
1.13 Resumo do Capítulo .............................................................................................................................................21
1.14 Atividades Propostas ............................................................................................................................................21
2 eVoLUção Do pensAMento eConÔMICo .................................................................. 23
2.1 Antiguidade ................................................................................................................................................................24
2.2 Mercantilismo ............................................................................................................................................................24
2.3 Fisiocracia ....................................................................................................................................................................25
2.4 Os Clássicos ................................................................................................................................................................25
2.5 Teoria Neoclássica ....................................................................................................................................................27
2.6 A Era Keynesiana.......................................................................................................................................................27
2.7 O Período Recente ...................................................................................................................................................28
2.8 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................29
2.9 Atividades Propostas...............................................................................................................................................29
3 MICroeConoMIA .............................................................................................................................. 31
3.1 Pressupostos Básicos da Análise Microeconômica ......................................................................................32
3.2 As Tarefas do Sistema de Mercado .....................................................................................................................34
3.3 Como o Mercado Funciona ...................................................................................................................................35
3.4 A Produção .................................................................................................................................................................35
3.5 Os Setores de Produção .........................................................................................................................................36
3.6 Possibilidade de Produção ....................................................................................................................................37
3.7 Os Fatores de Produção .........................................................................................................................................37
3.8 A Importância e Origem do Capital ...................................................................................................................39
3.9 Os Dois Mercados .....................................................................................................................................................39
3.10 Demanda, Oferta e Equilíbrio ............................................................................................................................40
3.11 Oferta .........................................................................................................................................................................43
3.12 Equilíbrio de Mercado ..........................................................................................................................................44
3.13 Resumo do Capítulo .............................................................................................................................................453.14 Atividades Propostas ............................................................................................................................................45
4 A proDUtIVIDADe e A eConoMIA ...................................................................................... 47
4.1 Custo Operacional da Empresa ...........................................................................................................................48
4.2 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................49
4.3 Atividades Propostas...............................................................................................................................................49
5 HIstÓrIA Do trABALHo .............................................................................................................. 51
5.1 Na Antiguidade .........................................................................................................................................................51
5.2 Na Idade Média .........................................................................................................................................................51 
5.3 Os Artesãos e suas Corporações .........................................................................................................................52
5.4 A revolução Industrial .............................................................................................................................................52
5.5 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................53
5.6 Atividades Propostas...............................................................................................................................................53
6 FUnDAMentos DA MACroeConoMIA ........................................................................... 55
6.1 Medindo o Produto do País ..................................................................................................................................55
6.2 Conceitos de Renda (RN) e Produto Nacional Bruto (PNB)........................................................................56
6.3 Conceitos de Balança de Pagamentos ..............................................................................................................58
6.4 Economia e Globalização ......................................................................................................................................59
6.5 Políticas Econômicas ...............................................................................................................................................61
6.6 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................62
6.7 Atividades Propostas...............................................................................................................................................62
7 InDICADores DA eConoMIA BrAsILeIrA ..................................................................... 63
7.1 Números Índices .......................................................................................................................................................63
7.2 Índices de Preços ......................................................................................................................................................64
7.3 Principais Índices que Acompanham os Preços ............................................................................................65
7.4 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................66
7.5 Atividades Propostas...............................................................................................................................................66
respostAs CoMentADAs DAs AtIVIDADes propostAs ..................................... 67
reFerÊnCIAs ............................................................................................................................................. 69
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5
 IntroDUção
A Economia cada vez mais vai se firmando como uma ciência imprescindível para o mundo dos ne-
gócios, não só internamente em cada país, como externamente, pois os países, com a abertura econômi-
ca do mundo em seguida à liberalização do movimento de capitais, ficam expostos a decisões tomadas 
por agentes econômicos internacionais.
A estrutura da presente apostila baseia-se no estudo da oferta e da procura de produtos para, a 
partir desse instrumental, abordar a teoria microeconômica ou teoria dos preços, análise da demanda, 
da oferta, das estruturas de mercado, passando por produção e fatores, circulação, distribuição de renda 
e consumo.
A teoria macroeconômica, também objeto de estudo, se faz presente nesta obra, oferecendo con-
dições ao Estado de medir o crescimento ou retração da Economia.
Antes, porém, há necessidade de um recuo no tempo, no qual são abordados alguns eventos mar-
cantes na Economia que a prepararam para novos tempos, novas ideias.
Com o crescimento e avanços da sociedade em todos os aspectos – social, ético, moral, tecnológico 
etc. –, a Economia não podia permanecer como conhecimento sofisticado da nobreza. Com a expansão 
dos negócios, comércio, indústria e agricultura, desceu até as camadas sociais inferiores, procurando ex-
plicar os fenômenos oriundos da produção, do consumo, da distribuição da renda etc.
Em âmbito nacional, propõe aos governos o estudo do emprego/desemprego, da Lei da Escassez 
e, ainda, fornece ferramentas para a análise do comportamento da Economia como um todo através do 
produto nacional bruto e do comércio internacional, como o balanço de pagamentos.
Para concluir este trabalho, são expostos alguns índices, importantes para dimensionar a expansão 
ou retração da Economia, acompanhando a evolução dos preços e das várias atividades dos diferentes 
setores – primário, secundário e terciário – quanto à sua colaboração para a formação do Produto Interno 
Bruto (PIB).
O presente material foi especialmente desenvolvido para os alunos do Ensino a Distância (EaD) e 
seu uso será de grande valia no decorrer das aulas do curso, devendo ser usado como bibliografia básica. 
Ao final de cada capítulo, leia com atenção os enunciados e responda às questões propostas. Essas 
questões objetivam auxiliá-lo na aprendizagem. Primeiramente, responda a todas as questões e somente 
ao final verifique as suas respostas, relacionando-as com as respostas e comentários do professor, ao final 
desta apostila.
Irma Filomena Lobosco
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7
1 ConCeItos FUnDAMentAIs
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo, trataremos dos conceitos da 
ciência econômica. Vamos iniciar a discussão?
Analisando o cotidiano, facilmente você 
identificará inúmeras questões econômicas, como, 
por exemplo:
ƒƒ aumentos de preços nos alimentos, pla-
nos de saúde, aluguel da casa etc.;
ƒƒ inflação e deflação;
ƒƒ anúncios de períodos de crise econômi-
ca ou de crescimento;
ƒƒ desemprego;
ƒƒ setores que crescem mais do que outros, 
como a indústria automobilística e a in-
dústria da construção civil;
ƒƒ diferenças salariais, dissídios coletivos, 
greves;
ƒƒ crises no balanço de pagamentos: dívida 
interna e dívida externa;
ƒƒ valorização ou desvalorização da taxa de 
câmbio: importação e exportação;
ƒƒ ociosidade em alguns setores de ativi-
dade;
ƒƒ diferença de renda entre as várias regiões 
do país: Norte, Nordeste, Sudeste etc.;
ƒƒ taxasde juros para financiamentos de 
capital;
ƒƒ déficit governamental;
ƒƒ elevação de impostos e tarifas públicas.
Tais temas são discutidos pelos cidadãos 
comuns, que, com altas doses de empirismo, têm 
opiniões formadas sobre as medidas que o Estado 
deve adotar. Um estudante de Economia, de Di-
reito ou de outra área pode vir a ocupar cargo de 
responsabilidade em uma empresa ou na própria 
administração pública e necessitará de conheci-
mentos teóricos mais sólidos para poder analisar 
os problemas econômicos que nos rodeiam no dia 
a dia (VASCONCELLOS; GARCIA, 2003, p. 1).
Todo indivíduo tem algum conhecimento so-
bre Economia e este conhecimento pode ser útil, 
porém um conhecimento insuficiente pode ser pe-
rigoso.
Da mesma forma que um profissional que 
tenha realizado vários negócios envolvendo con-
tratos trabalhistas, com sucesso, pode considerar-
-se um perito na economia dos salários ou que um 
administrador de empresa que tenha enfrentado 
o controle dos custos de sua empresa pode con-
siderar que seu ponto de vista sobre o controle de 
preços é a última palavra, um profissional do mer-
cado financeiro que negocia ações pode concluir 
que sabe tudo a respeito de economia financeira.
Podemos, assim, concluir que cada indivíduo 
tende, naturalmente, a julgar um fato econômico 
pelo seu efeito imediato sobre ele.
Irma Filomena Lobosco
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8
Podemos explicar o que é Economia anali-
sando o significado do verbo ‘economizar’ ou da 
expressão ‘fazer economia’. Economizar significa 
evitar gastar inutilmente e guardar para futuras 
necessidades; sempre procuramos economizar o 
nosso dinheiro, reservando uma parte para uma 
situação de emergência.
Segundo Vasconcellos e Garcia (2003, p. 2): “A 
palavra economia deriva do grego oikosnomos (de 
oikos, casa, e nomos, lei), que significa a administra-
ção de uma casa, ou do Estado.”
Ainda segundo os autores, pode ser assim 
definida:
Economia é a ciência social que estuda 
como o indivíduo e a sociedade decidem 
(escolhem) empregar recursos produtivos 
escassos na produção de bens e serviços, 
de modo a distribuí-los entre as várias pes-
soas e grupos da sociedade, a fim de satis-
fazer as necessidades humanas. (VASCON-
CELLOS; GARCIA, 2003, p. 2).
Essa definição contém vários conceitos im-
portantes, que são a base e o objeto do estudo da 
ciência econômica, que estuda a produção, a circu-
lação, a distribuição e o consumo, quais sejam:
ƒƒ escolha;
ƒƒ escassez;
ƒƒ necessidades;
ƒƒ recursos;
ƒƒ produção;
ƒƒ distribuição.
Economia é o estudo das leis econômicas in-
dicadoras do caminho que devemos seguir a fim 
de aumentarmos a produtividade, melhorando o 
padrão de vida das populações com o correto em-
prego dos recursos (SAMUELSON, 1975).
Ainda está para ser elaborada uma defini-
ção definitiva sobre Economia. Muitas têm sido 
propostas e discutidas. De acordo com Mochon 
(2004, p. 9), “a economia estuda a maneira como se 
administram os recursos escassos, com o objetivo 
de produzir bens e serviços e distribuí-los para seu 
consumo entre os membros da sociedade” ou, en-
tão, “economia é a ciência que estuda a produção, a 
circulação, a distribuição e o consumo”.
A Economia só surgiu como ciência a partir 
do século XVIII, quando foram feitas grandes des-
cobertas técnicas e científicas que modificaram 
radicalmente o modo de produzir dos povos (Re-
volução Industrial). Desde então, a Economia foi se 
tornando cada vez mais importante (GUIMARÃES, 
1993).
Ela trata do bem-estar do homem e os ele-
mentos-chave da atividade econômica são: (a) 
os recursos produtivos (R); (b) as técnicas de pro-
dução (que transformam os recursos em bens e 
serviços – BS); (c) as necessidades humanas (NH) 
(MENDES, 2005).
Tem-se:
R è BS è NH.
Portanto, podemos afirmar que a função da 
Economia como um todo é descrever, analisar, ex-
plicar e correlacionar o comportamento da produ-
ção, do desemprego, dos preços e dos fenômenos 
semelhantes.
1.1 Conceitos de Economia
AtençãoAtenção
A Economia estuda a maneira como os 
homens e as sociedades decidem, com 
ou sem utilização do dinheiro, empregar 
recursos produtivos escassos!
Economia
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9
Tudo que é raro em relação às necessidades 
individuais ou coletivas deve ser economizado. 
Assim, tudo aquilo que é raro é um bem econô-
mico e tudo aquilo cuja abundância supera nos-
sas necessidades não é um bem econômico. O ar 
que respiramos, a areia do deserto, a água do mar 
e muitos outros bens não podem ser classificados 
como bens econômicos. São classificados como 
bens livres. A principal característica dos bens eco-
nômicos é sua carência, isto é, existem em menor 
quantidade do que as necessidades.
Devido a essa característica, os bens econô-
micos devem ser racionados. Isso pode ser feito 
através de um sistema de repartição autoritária ou 
– o que é mais frequente – cobrando-se um preço 
daqueles que desejam tais bens.
Devido à sua carência, os bens econômicos 
devem, geralmente, ser produzidos, quando então 
tomam a forma de serviços ou de bens materiais: 
o vendedor que realiza a venda de um determina-
do produto (mercadoria) na loja participa na pro-
dução do bem econômico, assim como o operário 
que trabalhou na sua produção.
Fabricar algo, transpor e vendê-lo, ministrar 
uma aula, cortar o cabelo, entregar uma carta, tudo 
isso e mais uma infinidade de outras atividades são 
atos de produção. Quem realiza atos de produção 
realiza uma atividade econômica.
1.2 Classificação dos Bens
1.3 A Economia como Ciência Social
A Economia como ciência social tra-
ta dos diferentes aspectos do comportamen-
to humano que são ocupados pelas ciências 
sociais, podendo ser caracterizados como 
ciências do comportamento ou ciências humanas. 
Elas compreendem áreas distintas, diferenciando, 
por sua natureza, os vários aspectos da ação do ho-
mem com o qual cada uma delas se envolve.
Em qualquer sociedade, os recursos ou fa-
tores de produção são escassos; contudo, as ne-
cessidades humanas são ilimitadas e sempre se 
renovam. Isso obriga a sociedade a escolher entre 
alternativas de produção e de distribuição dos re-
sultados da atividade produtiva aos vários grupos 
da sociedade.
Economia é a ciência social que estuda como 
o indivíduo e a sociedade decidem empregar os 
recursos produtivos escassos na produção de bens 
e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias 
pessoas e grupos da sociedade, de forma a satisfa-
zer as necessidades humanas. 
Consideradas elementos-chave da atividade 
econômica, as necessidades humanas se consti-
tuem na razão de ser (na força motivadora) da ati-
vidade econômica. Os desejos dos serem humanos 
são ilimitados.
As diferentes necessidades humanas são, ge-
ralmente, agrupadas da seguinte forma:
1. fisiológicas: são as necessidades bási-
cas da vida: água, comida, abrigo, ar, ves-
tuário, descanso etc.;
2. segurança: as pessoas desejam estar, 
na medida do possível, seguras de que 
no futuro não lhes faltarão meios de sa-
tisfazer suas necessidades básicas. Ne-
cessitam, também, sentirem-se seguras 
quanto ao respeito e à estima dos de-
mais. No trabalho, as pessoas sentem 
necessidade de segurança quanto ao 
seu emprego, isto é, desejam ter certa 
garantia de que não serão dispensadas a 
qualquer momento;
3. sociais: consistem no desejo, que todos 
sentem, de participar de vários grupos 
Irma Filomena Lobosco
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10
e de ser aceito por eles. Alguns desses 
grupos são: o familiar, grupos de escola, 
companheiros de trabalho;
4. estima: o indivíduo deseja ser mais do 
que um membro do seu grupo; necessi-
ta de estima, afeto, amor, valorização e 
reconhecimento. A satisfação das neces-sidades de estima provoca sentimentos 
de autoconfiança;
5. autorrealização: está ligada ao desejo 
do ser humano de desenvolver e usar sua 
capacidade, suas aptidões e habilidades, 
bem como de realizar seus planos.
Figura 1 – Diagrama das necessidades humanas.
Pensando e observando a vida das pessoas, 
percebemos facilmente que as necessidades hu-
manas são limitadas quanto ao número. Logo que 
alguém consegue dinheiro para saciar sua fome e 
para vestir-se, já pensa em adquirir sua casa pró-
pria. Quando já tem a casa, quer decorá-la da me-
lhor maneira possível. Depois, surge a necessidade 
de convidar os amigos para conhecer a casa e ouvir 
os últimos CDs adquiridos.
À medida que vão se satisfazendo as neces-
sidades, outras vão surgindo: carros, viagens, cur-
sos, roupas da moda, emprego melhor e assim por 
diante.
Economia positiva e economia normativa
Toda ciência deve seguir critérios para que 
possa ser considerada aceitável na comunidade 
científica. Assim, a teoria econômica, que apresen-
ta um grande desenvolvimento nos últimos sécu-
los, necessidade de ferramentas para sua análise.
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2002, 
p. 32):
a teoria econômica utiliza-se de argu-
mentos positivos (economia positiva) e 
argumentos normativos (economia nor-
mativa). A economia normativa contém 
um juízo de valor, subjetivo, e a economia 
positiva é o conjunto de conhecimentos 
objetivos, que respeita todos os cânones 
científicos.
Quando se diz que deveria ocorrer uma me-
lhoria na distribuição de renda, expressa-se um 
juízo de valor, pois é uma crença que é uma coisa 
boa ou má. Esse exemplo é um argumento da eco-
nomia normativa. Já a economia positiva auxiliará 
a identificar o instrumento de política econômica 
adequado à diminuição da concentração de renda, 
como, por exemplo, política salarial ou política tri-
butária, que avaliará os aspectos positivos e nega-
tivos.
Economia
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
11
A Economia faz fronteira com outras impor-
tantes disciplinas, tais como: sociologia, psicologia, 
antropologia, administração, contabilidade, esta-
tística e matemática. Para a interpretação de re-
gistros históricos, são necessários os instrumentos 
analíticos, porque os fatos não “contam com sua 
própria história”, mas possuem grande importân-
cia.
Caro(a) aluno(a), Vasconcellos e Garcia (2002, 
p. 33) procuraram estabelecer os pontos de conta-
to entre a teoria econômica e outras áreas do co-
nhecimento:
Na chamada pré-economia, antes da Re-
volução Industrial do século XVIII, que 
corresponde ao período da Idade Média, 
a atividade econômica era vista como par-
te integrante da Filosofia, Moral e Ética. 
A Economia era orientada por princípios 
morais e de justiça.
O início do estudo sistemático da Econo-
mia coincidiu com os grandes avanços na 
área de Física e Biologia nos séculos XVIII 
e XIX.
Com o passar do tempo, predominou uma 
concepção humanística, que coloca em 
plano superior os móveis psicológicos da 
atividade humana. A Economia é por ex-
celência uma ciência social, pois objetiva a 
satisfação das necessidades humanas.
Muitos avanços obtidos na Teoria Econô-
mica advieram da pesquisa histórica, pois 
a História facilita a compreensão do pre-
sente, e ajuda nas previsões para o futuro, 
com bases nos fatos do passado.
Há também uma grande conexão entre 
Economia e Geografia, pois esta permite 
avaliar também questões como as condi-
ções geoeconômicas dos mercados regio-
nais, a concentração espacial dos fatores 
produtivos, a localização de empresas, a 
composição setorial da atividade econô-
mica, muito úteis à análise econômica.
Aponta ainda a relação entre Economia 
e Política, pois, nesse sentido a atividade 
econômica subordina-se à estrutura ao re-
gime político do país.
Como você sabe, e vimos na citação anterior, 
a esse respeito Vasconcellos e Garcia (2003, p. 10) 
afirmam que,
apesar de ser uma ciência social, a Econo-
mia é limitada pelo meio físico, dado que 
os recursos são escassos, e se ocupa de 
quantidades físicas e das relações entre 
essas quantidades. Daí surge a necessida-
de da utilização da Matemática e da Esta-
tística como ferramentas para estabelecer 
relações entre variáveis econômicas. Por 
exemplo, a relação entre o consumo na-
cional está diretamente relacionada com a 
renda nacional e pode ser representada da 
seguinte forma: C = ƒ(RN) e ΔC / ΔRN > 0. 
Diz que o consumo (C) é uma função (ƒ) da 
renda nacional (RN) e dada uma variação 
da renda nacional (ΔRN), terá uma varia-
ção diretamente proporcional (na mesma 
direção) do consumo agregado (ΔC).
Como as relações econômicas não são 
exatas, mas probabilísticas, recorre-se à 
Estatística. Por exemplo: C = 2pr, onde C = 
comprimento da circunferência, p = letra 
grega PI e r = radianos, é uma relação ma-
temática exata qualquer que seja o com-
primento da circunferência. Em economia 
tratamos de leis probabilísticas.
1.4 A Economia e suas Relações
Irma Filomena Lobosco
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12
O problema econômico está centralizado no 
fato de que os recursos disponíveis ao homem para 
produzir bens e serviços são limitados, escassos, 
mas a necessidade ou desejo desses bens e servi-
ços varia e é insaciável (MENDES, 2005, p. 3).
A ciência econômica procura resolver esse 
problema, atribuindo um grau de importância a 
cada necessidade e sugerindo a canalização dos 
recursos para a satisfação das necessidades mais 
urgentes. Um indivíduo deve satisfazer suas neces-
sidades, porém o alimento cotidiano e o lazer não 
têm a mesma importância. De que adianta o indi-
víduo andar vestido de acordo com a última moda 
se tem dificuldades em se alimentar? Também não 
têm a mesma importância a necessidade de pagar 
a educação dos filhos e o desejo de comprar um 
carro.
O dinheiro que um indivíduo dispõe serve 
para muita coisa quando é abundante. Como, em 
geral, o dinheiro é escasso, é preciso utilizá-lo mui-
to bem, para que seja suficiente para o mais impor-
tante, ao mesmo tempo em que se procura melho-
rar a situação.
Um país também tem muitas necessidades: 
estradas, represas, hospitais, escolas, fábricas etc. 
Diante da elevada quantidade de necessidades, o 
governo, geralmente, sente a falta de recursos. É 
preciso classificá-las segundo sua importância e, 
em seguida, canalizar para as prioritárias os recur-
sos disponíveis.
Por escassez, entende-se a situação em que 
os recursos são limitados e podem ser utilizados de 
diferentes maneiras, de tal modo que devemos sa-
crificar uma coisa por outra. A seguir, apresentam-
-se situações de escassez comuns no dia a dia:
ƒƒ uma quantidade limitada de recursos 
(dinheiro) para consumir alimentos ofer-
tados nos supermercados exige a escolha 
entre a compra de determinadas merca-
dorias (comprar unidades a mais de um 
produto e a menos de outro);
ƒƒ tempo limitado para ler um livro que ex-
ige algumas horas de dedicação implica 
ter menos horas para se dedicar a outras 
atividades, como, por exemplo, assistir a 
um filme no cinema;
ƒƒ na empresa, uma máquina tem ca-
pacidade para produzir dois diferentes 
produtos e exige decisão de qual deles 
irá produzir a mais ou a menos.
Para Vasconcellos e Garcia (2002, p. 22),
todas as sociedades, qualquer que seja seu 
tipo de organização econômica ou regi-
me político, são obrigadas a fazer opções, 
escolhas entre alternativas, uma vez que 
os recursos não são abundantes. Elas são 
obrigadas a fazer escolhas sobre O QUE E 
QUANTO, COMO e PARA QUEM produzir.
O que e quanto produzir? A sociedade é 
responsável por decidir se produz mais bens de 
consumo ou bens de capital, como, por exemplo, 
se quer produzir mais armas de fogo ou mais man-
teiga? Em que quantidade? Os recursos devem ser 
dirigidos para a produçãode mais bens de consu-
mo ou bens de capital? Dada a escassez de recur-
sos de produção, a sociedade escolherá, dentro das 
possibilidades de produção, quais produtos serão 
produzidos e as respectivas quantidades a serem 
fabricadas.
Como produzir? Essa questão é relacionada 
à eficiência produtiva. Serão utilizados métodos de 
produção de capital intensivos? Ou mão de obra 
1.5 O Problema Econômico
AtençãoAtenção
A Economia é a ciência da escassez ou 
das escolhas.
Economia
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13
intensiva? A sociedade escolherá quais recursos de 
produção serão utilizados para a produção de bens 
e serviços, considerando o nível tecnológico exis-
tente. Isso depende da disponibilidade de recursos 
de cada país. Geralmente, a concorrência entre os 
diferentes produtores decide como vão ser produ-
zidos os bens e serviços, considerando os métodos 
mais eficientes e que tiverem o menor custo de 
produção possível.
Para quem produzir? A sociedade deve deci-
dir quais os setores que participarão da distribuição 
dos resultados de sua produção: trabalhadores, ca-
pitalistas ou proprietários de terra? Agricultura ou 
indústria? Mercado interno ou mercado externo? Re-
gião Norte ou Sul? É a distribuição da renda gerada 
pela atividade econômica.
Por que são problemas? Porque decorrem de 
um problema fundamental, que é a escassez de re-
cursos.
Como esses problemas são resolvidos? Isso 
depende de como a sociedade está organizada po-
liticamente
Existem duas formas principais de organiza-
ção econômica:
1. economia de mercado (ou descentrali-
zada, tipo capitalista);
2. economia planificada (ou centralizada, 
tipo socialista).
Segundo Vasconcellos e Garcia (2003, p. 2), 
um sistema econômico pode ser definido como
a forma política, social e econômica pela 
qual está organizada uma sociedade. É um 
particular sistema de organização da pro-
dução, distribuição e consumo de todos 
os bens e serviços que as pessoas utilizam 
buscando uma melhoria no padrão de 
vida e bem-estar.
As economias de mercado podem ser anali-
sadas por dois sistemas:
ƒƒ sistema de concorrência pura (sem a 
interferência do governo): perfeitamente 
competitivo, predomina o laissez-faire: 
milhares de produtores e milhões de 
consumidores têm condições de resolver 
os problemas econômicos fundamentais 
(o que e quanto, como e para quem pro-
duzir), guiados por uma “mão invisível”, 
mediante o mecanismo de preços que 
promove o equilíbrio nos vários merca-
dos. 
 • Se houver excesso de oferta (ou 
escassez de demanda), as em-
presas formarão estoques e se-
rão obrigadas a diminuir seus 
preços para vender a produção, 
até que se atinja um preço satis-
fatório para os estoques;
 • Se houver excesso de demanda 
(ou escassez de oferta), existirá 
concorrência entre os consu-
midores pelos escassos bens 
disponíveis. O preço tende a 
aumentar, até que se atinja um 
nível de equilíbrio em que não 
mais existirão consumidores em 
espera;
ƒƒ sistema de mercado misto: atuação do 
governo para eliminar as distorções alo-
cativas e distributivas de recursos e pro-
mover a melhoria do padrão de vida de 
coletividade, das seguintes formas:
 • atuação sobre a formação de 
preços via impostos, subsídios, 
tabelamentos, fixação de salá-
rio-mínimo, preços mínimos, 
taxa de câmbio;
 • compra de bens e serviços do 
setor privado;
1.6 Sistemas Econômicos
Irma Filomena Lobosco
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14
 • fornecimento de bens públicos 
que não são vendidos no merca-
do: educação, justiça, segurança. 
É aquele bem que não apresenta 
rivalidade em seu consumo;
 • fornecimento de serviços pú-
blicos: iluminação, água, sanea-
mento básico, transporte etc.;
 • investimento em infraestrutura 
básica (energia, estradas etc.), o 
qual a iniciativa privada não tem 
recursos financeiros de assumir.
No funcionamento de uma economia centra-
lizada ou planificada, a propriedade dos recursos é 
do Estado. Os meios de produção incluem máqui-
nas, edifícios, residências, terra, matérias-primas. 
Os meios de sobrevivência pertencem aos indiví-
duos (roupas, carros, televisores etc.). A forma de 
resolver os problemas econômicos fundamentais é 
decidida por uma agência ou órgão central de pla-
nejamento e não pelo mercado (VASCONCELLOS; 
GARCIA, 2002).
Os agentes econômicos 
No funcionamento do sistema econômico de 
uma economia de mercado que não tenha inter-
ferência do governo e não tenha transações com 
o exterior (economia fechada), os agentes econô-
micos são as famílias (unidades familiares) e as em-
presas (unidades produtoras).
As famílias são as proprietárias dos fatores de 
produção e os fornecem às unidades de produção 
(empresas), por meio do mercado dos fatores de 
produção. Consequentemente, as empresas, atra-
vés da combinação dos fatores de produção, pro-
duzem bens e serviços e os fornecem às famílias 
por meio do mercado de bens e serviços.
Observe caro(a) aluno(a) as figuras a seguir: 
Esse fluxo é denominado de Fluxo Real da 
Economia, conforme apresentado na Figura 2.: 
DicionárioDicionário
Agente Econômico: indivíduos, grupos de in-
divíduos ou organismos que constituem, do 
ponto de vista dos movimentos econômicos, 
os centros de decisão e de ações fundamentais.
Fonte: http://www.economiabr.net/dicionario.
Figura 2 – Fluxo real da economia.
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2003).
Economia
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15
No mercado de bens e serviços, as famílias 
demandam bens e serviços, enquanto as empresas 
os ofertam; no mercado de fatores de produção, as 
famílias ofertam os serviços dos fatores de produ-
ção, que são de sua propriedade, enquanto as em-
presas os demandam.
Cabe ressaltar que o fluxo real da Economia 
só é possível com a moeda, que é utilizada para 
remunerar os fatores de produção e para o paga-
mento dos bens e serviços.
Assim, paralelo ao fluxo real, temos um fluxo 
monetário da Economia (Figura 3).
Figura 3 – Fluxo monetário da economia.
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2003).
Finalmente, o fluxo circular de renda é a união dos fluxos real e monetário da Economia (Figura 4).
Figura 4 – Fluxo circular de renda. 
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2003).
 Fluxo monetário
 Fluxo real (bens e serviços)
As forças de oferta e da demanda atuam em cada um dos mercados para determinar o preço. Por-
tanto, no mercado de bens e serviços, formam-se os preços de bens e serviços; no mercado de fatores 
de produção, formam-se os preços dos fatores de produção: salários, juros, aluguéis, lucros, royalties etc. 
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2003).
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16
Os recursos econômicos, que constituem a 
base de qualquer economia, são os meios utiliza-
dos pela sociedade para a produção de bens e ser-
viços que irão satisfazer as necessidades humanas.
São as três características dos recursos eco-
nômicos:
a) escassos em sua quantidade (ou seja, 
limitados), representados por uma situ-
ação na qual os recursos podem ser uti-
lizados na produção de diferentes bens 
e serviços;
a) versáteis, pois podem ser aproveitados 
em diversos usos;
a) podem ser combinados em propor-
ções variáveis na produção de bens e 
serviços.
 Quanto à classificação, os recursos podem 
ser agrupados em:
a) recursos naturais: todos os bens eco-
nômicos na produção e que são obtidos 
diretamente da natureza;
a) recursos humanos: toda atividade hu-
mana (esforço físico e/ou mental) utiliza-
da na produção de bens e serviços;
a) capital: todos os bens materiais produ-
zidos pelo homem e que são utilizados 
na produção. O fator capital inclui o con-
junto de riquezasacumuladas por uma 
sociedade e é com essas riquezas que 
um país desenvolve suas atividades de 
produção. Entre os principais grupos de 
riquezas acumuladas por uma socieda-
de, estão os seguintes:
 • infraestrutura econômica: trans-
portes; telecomunicações; energia;
 • infraestrutura social: sistemas de 
água e saneamento, educação, cul-
tura, segurança, saúde, lazer e es-
portes;
 • construções e edificações de modo 
geral, sejam públicas ou privadas;
 • equipamentos de transporte: ca-
minhões, ônibus, utilitários, locomo-
tivas, vagões, embarcações, aerona-
ves;
 • máquinas e equipamentos: são 
utilizados nas atividades de extra-
ção, transformação, prestação de 
serviços, na indústria de construção 
e nas atividades agrícolas;
 • matérias-primas ou insumos: 
energia elétrica, óleo diesel, gás, 
corantes, matérias químicas para a 
indústria; ou sementes, fertilizantes, 
inseticidas, herbicidas, fungicidas, 
vacinas, rações e combustíveis na 
agricultura, entre outros.
 
Caro(a) aluno(a), informa-nos Mendes (2005, 
p. 5) que
alguns autores consideram também como 
mais um tipo de recurso o empreendedo-
rismo, que é o esforço utilizado para co-
ordenar a produção, distribuição e venda 
de bens e serviços, ou seja, para organizar 
os recursos naturais, humanos e o capital. 
Um empreendedor toma decisões de ne-
gócios, assume os riscos oriundos dessas 
decisões, compromete tempo e dinheiro 
com um negócio sem nenhuma garantia 
de lucro.
Curva de possibilidades de produção
Você sabia que levando em consideração 
que, em cada dia útil de trabalho, cerca de 80 mi-
1.6 Recursos ou Fatores (Meios) de Produção
Economia
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17
lhões de pessoas produzem uma variedade de 
bens e serviços avaliada em, aproximadamente, R$ 
4 bilhões? 
A quantidade de bens e serviços que pode 
ser produzida é limitada por nossos recursos dis-
poníveis e pela tecnologia que dominamos.
De acordo com Mendes (2005, p. 8),
na escolha dos bens e serviços que devem 
ser produzidos, a primeira providência é 
determinar quais combinações de bens e 
serviços são possíveis, levando em consi-
deração duas restrições: (a) que a quanti-
dade de recursos produtivos é determina-
da (limitada); (b) que o nível de tecnologia 
disponível também é determinado, ou 
seja, naquele momento, não é possível fa-
zer uma mudança tecnológica. Esse limite 
é descrito pela curva ou fronteira de possi-
bilidade de produção.
Caro(a) aluno(a), a seguir, ilustra-se, na Tabe-
la 1, a curva de possibilidade de produção de dois 
produtos num determinado momento, conside-
rando, assim, que a quantidade produzida de todos 
os demais bens e serviços é mantida constante; ad-
mitindo dois produtos que a maioria dos estudan-
tes adquire: guaraná e CDs (MENDES, 2005). 
Tabela 1 – Seis pontos hipotéticos sobre a fronteira de possibilidades de produção. 
Fonte: Mendes (2005, p. 7).
Figura 5 – A curva de possibilidades de produção.
POSSIBILIDADES
PRODUÇÃO DE GUARANÁ
(milhões de litros/mês)
PRODUÇÃO DE CDs
(milhões de unidades/mês)
A
B
C
D
E
F
30
28
24
18
10
0
0
1
2
3
4
5
Produção eficiente 
Uma economia que produz num ponto den-
tro da curva de possibilidade de produção está 
operando de modo ineficiente, no sentido de que 
poderia gerar mais de ambos os produtos.
A eficiência de produção é alcançada se não 
pudermos produzir mais de um produto sem pro-
duzir menos de algum outro bem. Uma economia 
poderia estar produzindo abaixo da curva de possi-
bilidade de produção por uma das duas seguintes 
razões:
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18
a) os recursos não estão sendo emprega-
dos plenamente;
b) os recursos estão sendo utilizados de 
maneira ineficiente. 
Mudança na curva de possibilidade de produção
Considerando a necessidade de crescimento 
econômico de um país como o Brasil em virtude do 
crescimento populacional elevado (cerca de 1,3% 
ano) e admitindo-se que a produção já seja eficien-
te, como seria possível produzir mais de ambos os 
produtos? Como é possível deslocar para a direita 
a curva de possibilidade de produção? 
De acordo com a curva de possibilidade de 
produção, a opção de produção disponível com 
um dado conjunto de recursos produtivos deve 
deslocar a curva de possibilidade de produção 
para a direita (crescimento econômico). Se uma 
economia utilizar mais recursos naturais, humanos, 
capital e habilidades empreendedoras, ela poderá, 
como um todo, produzir mais de cada um dos bens 
e serviços. Esse mesmo resultado pode ser alcan-
çado se novas tecnologias forem desenvolvidas, de 
tal modo que a produtividade dos fatores aumen-
te.
O formato de curva é explicado pelo conceito 
de custo de oportunidade, que é um dos princípios 
fundamentais para a análise econômica. Por prin-
cípio, entende-se uma simples, mas evidente, ver-
dade que a maioria das pessoas entende e aceita 
(MENDES, 2005).
Figura 6 – Crescimento econômico.
 
 
Saiba maisSaiba mais
Saiba maisSaiba mais
Análise econômica é a aplicação à rea-
lidade econômica do método científico 
de decomposição em elementos mais 
facilmente compreensíveis que o todo, 
visando a inseri-los em um esquema ex-
plicativo. 
Incorpora a noção de que sempre enfren-
tamos a situação de escolher entre duas ou mais 
opções e de que temos que optar por uma coisa 
(um produto, por exemplo) em detrimento de ou-
tra, visto que os recursos são limitados e podem ser 
utilizados em diferentes alternativas.
1.7 O Princípio do Custo de Oportunidade
Economia
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19
A palavra ‘riqueza’ lembra uma grande quan-
tidade de bens econômicos ou dinheiro. Em Eco-
nomia, qualquer bem útil, acessível e limitado re-
cebe o nome de riqueza.
Utilidade é a qualidade que possuem os bens 
econômicos de satisfazer as necessidades huma-
nas. O bem, porém, só é útil quando desejado pelo 
homem. Utilidade, portanto, é um conceito mais 
subjetivo que objetivo. O grau de utilidade de um 
bem depende da necessidade de cada indivíduo. 
Um bem pode ser útil para alguém e não o ser para 
outra pessoa.
Valor é a medida da utilidade econômica. 
Existem dois tipos:
ƒƒ valor de uso: é a utilidade que um bem 
tem para nós pessoalmente. É conheci-
do também como valor de estima;
ƒƒ valor de troca: é o valor que um bem 
tem no sentido de poder ser trocado por 
outro. É o valor de mercado do bem.
 
Desse modo, um bem pode ser de grande 
valor de uso e de nenhum valor de troca, como um 
álbum de fotos de família, por exemplo.
O valor das coisas é determinado por um 
conjunto de fatores; o trabalho e a utilidade são 
apenas dois dos fatores constitutivos desse valor. 
Além desses, existem outros elementos sociais, 
políticos, psicológicos, estéticos etc.
1.8 Riqueza, Utilidade e Valor
Os produtos devem ser classificados segun-
do sua natureza e seu destino. Segundo a nature-
za, os produtos gerados no processo produtivo se 
classificam em bens (B) e serviços (S).
Os bens são produtos tangíveis oriundos das 
atividades dos setores primário, secundário e ter-
ciário de produção. Já os serviços são os produtos 
intangíveis, resultantes das atividades terciárias de 
produção.
Segundo o destino, os produtos podem ser 
classificados em: bens e serviços de consumo du-
ráveis ou de uso imediato; bens e serviços interme-
diários (matérias-primas ou insumos para serem 
transformados em bens de consumo); bens e ser-
viços de produção (bens de capital).
1.9 Bens e Serviços
1.10 Setores Econômicos
Mendes (2005, p. 11) afirma que “de acordo 
com a intensidade de uso dos recursos, são classi-
ficadas as atividades de produção”, os chamados 
setores da Economia, a seguir:a) setor primário: agricultura, pecuária, ex-
tração vegetal;
b) setor secundário: indústria extrativa 
mineral, indústria de transformação, in-
dústria da construção;
c) setor terciário: comércio, comunicações, 
intermediação financeira, imobiliárias, 
hospedagem e alimentação, reparação 
e manutenção, serviços pessoais, outros 
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20
serviços, como assistência à saúde, edu-
cação, cultura, lazer, culto religioso e gov-
ernos federal, estaduais e municipais.
Mendes (2005) esclarece que, de modo geral, 
o setor primário utiliza mais intensivamente o fator 
terra; o setor secundário ou setor industrial utiliza 
o fator capital; e o setor terciário, o fator trabalho.
AtençãoAtenção
O problema fundamental de qualquer 
economia reside na seguinte questão: 
diante das necessidades humanas, que 
são variadas e insaciáveis, e os recursos, 
que são limitados e versáteis, como com-
biná-los para satisfazer ao máximo as ne-
cessidades da sociedade?
A bifurcação da ciência econômica nesses 
dois grandes ramos, isto é, a macroeconomia e a 
microeconomia, data dos primórdios da década 
de 1930. Ambas giram em torno do problema da 
limitação e do caráter finito dos recursos produti-
vos em face das necessidades vitais e da civilização, 
infinitas e ilimitadas, subjacentes ao ser humano, 
problemática essa que embasa e justifica a razão 
da existência da Economia como ciência.
a) Microeconomia ou teoria de for-
mação de preços: estuda os problemas 
econômicos do indivíduo, da família e da 
empresa;
b) Macroeconomia: se envolve com os 
grandes problemas, em seus setores, no 
aspecto global ou seus agregados.
1.11 Divisão da Economia
a) Indutivo: partimos da análise, ob-
servação e pesquisa de fatos individuais 
para obtermos uma conclusão, um ensi-
namento, uma lei ou verdade universal;
b) Dedutivo: obtemos de leis e verdades 
universais experiências, ensinamentos, 
verdades ou leis de caráter particular, 
contidas naqueles princípios;
c) Psicológico: buscamos, na psicologia, a 
explicação sobre determinadas formas 
de comportamento da população. Exem-
plo: boatos (força dos comentários).
1.12 Método
Economia
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21
Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo você estudou os conceitos fundamentais de Economia e foi levado(a) à reflexão 
sobre as questões econômicas cotidianas, tomando como base do objeto da ciência econômica: escolha, 
escassez, necessidades, recursos, produção e distribuição.
Desde os primeiros estudos, a Economia trata do bem-estar do homem, tendo como elementos-
-chave da atividade econômica os recursos produtivos e as técnicas de produção que transformam os 
recursos em bens e serviços para atender às necessidades humanas.
Aprendeu que tudo que é raro em relação às necessidades individuais ou coletivas deve ser econo-
mizado. Portanto, tudo que é raro é um bem econômico
Também pôde compreender a economia como uma Ciência Social que se relaciona com o com-
portamento e as necessidades humanas, agrupadas em: fisiológicas, segurança, sociais, estima e autor-
realização, sendo que o problema econômico fundamental está centralizado nos recursos limitados para 
atender às necessidades humanas ilimitadas. Assim, a Economia é a ciência da escassez ou das escolhas.
As sociedades são obrigadas a fazer as escolhas sobre o que e quanto, como e para quem produzir, 
e cabe aos sistemas econômicos organizar a produção, distribuição e consumo de todos os bens e servi-
ços que as pessoas utilizam em busca do melhor padrão de vida e bem-estar.
Viu ainda relacionados os agentes econômicos que participam do Fluxo Real da Economia, que em 
paralelo impulsionam o Fluxo Monetário, resultando no Fluxo Real Monetário da Economia
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
1.13 Resumo do Capítulo
1. Por que os problemas econômicos fundamentais (o que, como e para quem produzir) são 
originados da escassez de recursos produtivos?
2. Os problemas econômicos fundamentais (o que, como e para quem produzir) existem:
a) Somente nas sociedades de economia centralizada do tipo socialista.
b) Somente nas sociedades de “livre empresa” ou capitalista, nas quais o mercado é o único 
responsável para responder ao problema.
c) Em todas as sociedades, não importando seu grau de desenvolvimento ou sua forma de 
organização política.
d) Somente nas sociedades subdesenvolvidas.
1.14 Atividades Propostas
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23
Neste capítulo da disciplina de Economia, 
você conhecerá a história da origem da Ciência 
Econômica.
Como podemos precisar, quando e onde 
essa importante ciência, que é a Economia, teve 
seu início?
Faremos um rápido resgate da origem do 
interesse pela Economia e os problemas dela de-
correntes que sempre despertaram a atenção dos 
povos; mas o estudo sistemático da Economia é 
relativamente recente. Certamente, em todas as 
épocas da história universal, as pequenas comu-
nidades e as grandes nações procuraram resolver 
eficientemente seus problemas de natureza eco-
nômica. Mas, só a partir do século XVIII é que a Eco-
nomia despontou como ciência. No século XIX, seu 
progresso foi extraordinário e, nas últimas décadas 
do século XX, seu estudo ganhou novo e inespera-
do impulso (ROSSETTI, 1995).
Inicialmente, pode-se assinalar que esse cres-
cente interesse tem muito a ver com a eclosão das 
Grandes Guerras de 1914-1918 e de 1939-1945 e 
com a crise econômica que abalou o mundo oci-
dental na década de 1930. Muitos instrumentos de 
análise econômica foram desenvolvidos durante 
as guerras, com o objetivo de se conhecer em pro-
fundidade a estrutura dos sistemas nacionais de 
produção, como apoio de retaguarda aos esforços 
da guerra. Depois, nos intervalos das guerras, as na-
ções ocidentais, abaladas pela Grande Depressão, 
se voltaram para o estudo dos elementos determi-
nantes do equilíbrio econômico, interessadas no 
restabelecimento da normalidade e na rápida rea-
bsorção das massas desempregadas.
Keynes (1936), intitulado como notável eco-
nomista inglês, a quem pode ser atribuída a formu-
lação teórica da moderna análise macroeconômica, 
registrou que o mundo estava excepcionalmente 
ansioso por um diagnóstico mais bem fundamen-
tado, pronto a aceitá-lo e desejoso de experimentá-
-lo.
Assim, praticamente durante toda a primeira 
metade do século a Grande Depressão e as Gran-
des Guerras aproximariam as reflexões teóricas dos 
economistas às soluções práticas dos estadistas. A 
Grande Depressão abalou todo o sistema econômi-
co do Ocidente. Nos anos de 1929-1933, o desem-
prego se alastrara de forma incontrolável e, durante 
as Grandes Guerras, o esforço de mobilização tec-
nológica e industrial veio demonstrar a correlação 
definitiva entre o poder militar e o poder econô-
mico. A depressão dos anos 1930 reduziu drastica-
mente o Produto Nacional (PN) das economias atin-
gidas, reduzindo-o pela metade: os Estados Unidos, 
que produziam mais de 115 bilhões de dólares em 
1929, atingiram apenas 55 bilhões em 1933, épo-
ca que cerca de ¼ de sua força de trabalho ficou 
desempregada. De outro lado, as Grandes Guerras 
também viriam comprometer a atividade econô-
mica normal. Em 1945, no auge do esforço militar, 
cerca de 55% da capacidade industrial do mundo 
estava destinada à produção de armamentos.
2 eVoLUção Do pensAMento eConÔMICo
Saiba maisSaiba mais
Saiba maisSaiba mais
Depressão de 1930: fase do Ciclo Eco-
nômico, característica das economias 
capitalistas, marcada pela diminuição da 
produção, uma tendência à baixa dos 
preços e ao aumento do desemprego.
Fonte: http://www.economiabr.net/dicionario.
Irma Filomena Lobosco
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24
Mas, além dessas causas do crescente inte-resse pela Economia, há uma terceira causa de alta 
significação, que se fez notar, sobretudo, no pós-
-guerra. Trata-se da preocupação básica do século 
XX em torno da ideia do desenvolvimento econô-
mico. De fato, tão logo terminou a Segunda Gran-
de Guerra, o mundo todo se viu às voltas com um 
fenômeno de dimensões inesperadas – o grande 
despertar dos povos subdesenvolvidos. Esse des-
pertar, motivado pela facilitação das comunicações 
internacionais, evidenciou os contrastes do atraso 
e da afluência, transformando-se numa das mais 
notáveis características dos últimos anos da déca-
da de 1940 e, sobretudo, até os anos 1970. A perse-
guição obstinada do desenvolvimento econômico, 
por mais de 2/3 da população da Terra, passaria a 
ser fundamental da economia do pós-guerra.
Caro(a) aluno(a), Rossetti (1995, p. 73) infor-
ma-nos a esse respeito que 
no final do século XX, os habitantes do 
mundo subdesenvolvido empenharam-se 
numa mobilização sem precedentes, com 
vistas a um gigantesco alvo: a construção 
de uma nova sociedade e de uma nova 
economia, para possibilitar a universaliza-
ção das condições do bem-estar, através 
da aceleração de seu progresso material.
Para Vasconcellos e Garcia (2003, p. 14), “en-
contramos na evolução do pensamento econômi-
co o consenso de que a Teoria Econômica, de for-
ma sistematizada, iniciou-se quando foi publicada 
a obra de Adam Smith A riqueza das nações, em 
1776.” 
Na Antiguidade, encontramos, na Grécia, as 
primeiras referências conhecidas de Economia no 
trabalho de Aristóteles (384-322 a.C.), em seus es-
tudos sobre aspectos de administração privada e 
finanças públicas. Também são encontradas algu-
mas considerações de ordem econômica nos escri-
tos de Platão (427-347 a.C.) e Xenofonte (440-335 
a.C.).
2.1 Antiguidade
Foi a partir do século XVI que observamos 
o nascimento dessa primeira escola econômica: o 
mercantilismo. Mesmo sem representar um con-
junto técnico homogêneo, são explícitas as preo-
cupações sobre a acumulação de riquezas de uma 
nação. São presentes alguns princípios de como 
fomentar o comércio exterior e entesourar rique-
zas, bem como o acúmulo de metais adquire uma 
grande importância, de acordo com os relatos so-
bre a moeda. O mercantilismo considerava que o 
governo de um país seria mais forte e poderoso 
quanto maior fosse seu estoque de metais precio-
sos, estimulou guerras e praticou o nacionalismo, 
que manteve a poderosa e constante presença do 
Estado em assuntos econômicos.
2.2 Mercantilismo
Economia
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25
Uma escola de pensamento francesa, a fi-
siocracia, do século XVIII, elaborou trabalhos im-
portantes que sustentavam que a terra era a única 
fonte de riqueza e que havia uma ordem natural 
que fazia com que o universo fosse regido por leis 
naturais, absolutas, imutáveis e universais, deseja-
das pela Providência Divina para a felicidade dos 
homens. O trabalho de maior destaque foi o do 
Dr. Fraçois Quesnay, autor da obra Tableau écono-
mique, o primeiro a dividir a Economia em setores, 
mostrando a inter-relação deles. Wassily Leontief 
(1940), economista russo, naturalizado norte-ame-
ricano, da Universidade de Harvard, aperfeiçoando 
o trabalho de Quesnay, o transformou no sistema 
de circulação monetária input-output.
A fisiocracia surgiu como reação ao mercan-
tilismo, pois considerava desnecessária a regula-
mentação governamental, considerando a lei da 
natureza suprema e que tudo o que fosse contra 
ela seria derrotado, sendo que a função do sobe-
rano era servir de intermediário para que as leis da 
natureza fossem cumpridas. 
A riqueza consistia em bens produzidos com 
o auxílio da natureza (fisiocracia significa “regras 
da natureza”), em atividades econômicas como a 
lavoura, a pesca e a mineração. Portanto, estimula-
va-se a agricultura e exigia-se que as pessoas em-
penhadas no comércio e nas finanças fossem re-
duzidas ao menor número possível. Em um mundo 
constantemente ameaçado pela falta de alimentos, 
com excesso de regulamentação e intervenção go-
vernamental, a situação não se ajustava às neces-
sidades da expansão econômica. Só a terra tinha 
capacidade de multiplicar a riqueza.
2.3 Fisiocracia
Adam Smith (1723-1790)
Em sua visão harmônica do mundo real, acre-
ditava que, se deixasse atuar a livre concorrência, 
uma “mão invisível” levaria a sociedade à perfeição. 
Afirmou que todos os agentes, em sua busca de lu-
crar o máximo, acabam promovendo o bem-estar 
de toda a comunidade e que a defesa do mercado, 
como regulador das decisões econômicas de uma 
nação, traria muitos benefícios para a coletividade, 
independentemente da ação do Estado. É o princí-
pio do liberalismo. 
Considerado o pre-
cursor da moderna teo-
ria econômica, colocada 
como um conjunto cien-
tífico sistematizado, com 
um corpo teórico próprio, 
já era um renomado pro-
fessor quando publicou sua obra A riqueza das na-
ções, em 1976. O livro é um tratado muito abran-
gente sobre questões econômicas, que vão desde 
as leis de mercado e aspectos monetários até a dis-
tribuição do rendimento da terra (VASCONCELLOS; 
GARCIA, 2003).
Para ele, a causa da riqueza das nações é o 
trabalho humano, a qual denominava teoria do va-
lor-trabalho, que tem, como fator preponderante 
para aumentar a produção, a divisão do trabalho, 
ou seja, os trabalhadores deveriam se especializar 
em algumas tarefas. Atri-
bui-se à aplicação desse 
princípio o aumento da 
destreza pessoal, economia 
de tempo e condições para 
o aperfeiçoamento e o in-
vento de novas máquinas e 
técnicas (VASCONCELLOS; 
GARCIA, 2003).
2.4 Os Clássicos
DicionárioDicionário
Liberalismo: doutrina que afirma que o melhor 
sistema econômico é o que garante o livre jogo 
das iniciativas individuais dos agentes econô-
micos.
Fonte: http://www.economiabr.net/dicionario.
Irma Filomena Lobosco
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David Ricardo (1772-1823)
Pode ser considerado outro expoente do pe-
ríodo clássico, tendo desenvolvido alguns modelos 
econômicos com grande potencial analítico. Apri-
mora a tese de que todos os custos se reduzem a 
custos do trabalho e mostra como a acumulação 
do capital, acompanhada de aumentos populacio-
nais, provoca uma elevação da renda da terra, até 
que os rendimentos decrescentes diminuam de tal 
forma os lucros que a poupança se torne nula, atin-
gindo-se uma economia estacionária, com salários 
de subsistência e sem nenhum crescimento. Sua 
análise de distribuição do rendimento da terra foi 
um trabalho seminal de muitas ideias do chamado 
período neoclássico.
Discute a renda auferida pelos proprietários 
de terras mais férteis. Em virtude de a terra ser limi-
tada, quando a terra de menor qualidade é utiliza-
da no cultivo, surge imediatamente a renda sobre 
aquela de primeira qualidade, ou seja, a renda da 
terra é determinada pela produtividade das terras 
mais pobres. Analisou, ainda, por que as nações co-
merciavam entre si, se é melhor para elas comer-
ciarem e quais produtos devem ser comerciados. A 
sua resposta constitui um importante item da teo-
ria do comércio internacional, chamada de teoria 
das vantagens comparativas. O comércio entre 
países dependeria das dotações relativas de fato-
res de produção.
A maioria dos estudiosos considera que os 
estudos de Ricardo deram origem a duas correntes 
antagônicas: a neoclássica, por suas abstrações 
simplificadoras, e a marxista, pela ênfase dada à 
questão distributiva e aos aspectos sociais na re-
partição da renda da terra.
John Stuart Mill (1806-1873)
Seu trabalho foi o principal texto utiliza-
do para o ensino de Economia no fim do período 
clássico e no início do período neoclássico. Sua 
obra consolidou o exposto por seus antecessores 
e avançou, por incorporar maiselementos institu-
cionais, definindo melhor as restrições, vantagens 
e funcionamento de uma economia de mercado.
Jean Baptiste Say (1768-1834)
Retomou a obra de Adam Smith, ampliando-
-a. Subordinou o problema das trocas de mercado-
rias à sua produção e popularizou a chama Lei de 
Say: “a oferta cria sua própria procura”, ou seja, o 
aumento da produção transformar-se-ia em renda 
dos trabalhadores e empresários, que seria gasta 
na compra de outras mercadorias e serviços.
Thomas Malthus (1766-1834)
Seu trabalho sistematizou uma teoria geral 
sobre a população, ao assinalar que o crescimento 
da população dependia rigidamente da oferta de 
alimentos, apoiando a teoria dos salários de sub-
sistência. 
Para esse economista, o potencial da popu-
lação excederia em muito o potencial da terra na 
produção de alimentos. Entretanto, Malthus não 
previu o ritmo e o impacto do progresso tecnoló-
gico, nem as técnicas de limitação da fertilidade 
humana que se seguiram.
AtençãoAtenção
Para Thomas Malthus, a causa de todos 
os males da sociedade residia no exces-
so populacional: enquanto a população 
crescia em Progressão Geométrica (PG), a 
produção de alimentos seguia uma Pro-
gressão Aritmética (PA).
População: PG = 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 
256...
Produção: PA = 1, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16...
Economia
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Trata-se do período que teve início na déca-
da de 1870 e desenvolveu-se até as primeiras déca-
das do século XX. 
Destacam-se os aspectos microeconômicos 
da teoria, pois a crença na economia de mercado 
e em sua capacidade autorreguladora fez com que 
não se preocupassem tanto com a política e o pla-
nejamento macroeconômico.
Os neoclássicos sedimentaram o raciocínio 
matemático explícito inaugurado por David Ricar-
do, procurando isolar os fatos econômicos de ou-
tros aspectos da realidade social (VASCONCELLOS; 
GARCIA, 2003).
Alfred Marshall (1842-1924)
Autor do livro Princípios de economia, publi-
cado em 1890, que serviu como livro-texto básico 
até a metade deste século. Nesse período, outros 
economistas se destacaram, como, por exemplo: 
William Jevons, Léon Walras, Eugene Böhm-Ba-
werk, Joseph Alois Schumpeter, Vilfredo Pareto, Ar-
thur Pigou e Francis Edgeworth.
Esse período marca a formalização da análise 
econômica, com destaque para a microeconomia. 
O comportamento do consumidor é analisado em 
profundidade; o desejo do consumidor de maxi-
mizar sua utilidade (satisfação no consumo) e o do 
produtor de maximizar seu lucro são a base para a 
elaboração de um sofisticado aparato teórico. Por 
meio do estudo de funções ou curvas de utilidade 
(que pretendem medir o grau de satisfação do con-
sumidor) e de produção, considerando restrições 
de fatores e restrições orçamentárias, é possível 
deduzir o equilíbrio de mercado. Como o resultado 
depende, basicamente, dos conceitos marginais 
(receita marginal, custo marginal etc.), é também 
chamada teoria marginalista.
Segundo Vasconcellos e Garcia (2003, p. 18) “a 
análise marginalista é muito rica e variada”. Apesar 
de questões microeconômicas ocuparem o centro 
das atenções, houve uma produção rica em outros 
aspectos da teoria econômica, como a teoria do 
desenvolvimento econômico de Schumpeter e a 
teoria do capital e dos juros de Böhm-Bawerk. Ain-
da segundo o mesmo autor, deve-se destacar, tam-
bém, a análise monetária, com a criação da teoria 
quantitativa da moeda, que relaciona a quantidade 
de dinheiro com os níveis gerais de atividade eco-
nômica e de preços.
2.5 Teoria Neoclássica
Iniciou-se com a publicação da teoria geral 
do emprego, dos juros e da moeda, de John May-
nard Keynes (1936). Para entender o impacto da 
obra de Keynes, é preciso considerar a economia 
mundial da década de 1930, em crise, que ficou 
conhecida como a Grande Depressão, conforme já 
descrito anteriormente. A realidade dos fatos rela-
cionados à situação conjuntural da economia dos 
principais países capitalistas era crítica, relacionada 
com o número de desempregados.
A teoria econômica vigente acreditava que 
se tratava de um problema temporário. Já a teoria 
geral consegue mostrar que a combinação das po-
líticas econômicas adotadas até então não funcio-
nava adequadamente e aponta para soluções que 
poderiam tirar o mundo da recessão.
Seus argumentos influenciaram muito a po-
lítica econômica dos países capitalistas. De modo 
geral, essas políticas revelaram-se eficientes e apre-
sentaram resultados positivos no período que se 
seguiu à Segunda Guerra Mundial.
2.6 A Era Keynesiana
Irma Filomena Lobosco
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Seguiu-se um desenvolvimento expressivo 
da teoria econômica. Por um lado, incorporaram-se 
os modelos por meio do instrumental estatístico e 
matemático, que contribuiu para formalizar ainda 
mais a ciência econômica. Por outro, alguns econo-
mistas trabalharam na agenda de pesquisa aberta 
pela obra de Keynes.
Destacaram-se três grupos de economistas 
no debate sobre os aspectos do trabalho de Key-
nes, que dura até hoje: os monetaristas, os fiscalis-
tas e os pós-keynesianos. É possível fazer algumas 
generalizações, embora não exista entre os grupos 
um pensamento homogêneo. 
Os monetaristas estão associados à Universi-
dade de Chicago e têm como economista de maior 
destaque Milton Friedman. De maneira geral, pri-
vilegiam o controle da moeda e um baixo grau de 
intervenção do Estado.
Os fiscalistas têm seus maiores expoentes em 
James Tobin, da Universidade de Yale, e Paul An-
thony Samuelson, de Harvard e do Massachusetts 
Institute of Technology (MIT). Estes recomendam o 
uso de políticas fiscais ativas e um acentuado grau 
de intervenção do Estado.
Os pós-keynesianos realizaram uma releitura 
da obra de Keynes, visando a mostrar que ele não 
negligenciou o papel da moeda e da política mo-
netária. Enfatizam o papel da especulação finan-
ceira e, como Keynes, defendem um papel ativo do 
Estado na condução da atividade econômica. Além 
da economista Joan Robinson, outros economistas 
desta corrente são Hyman Minsky, Paul Davison e 
Alessandro Vercelli.
É necessário ressaltar que, apesar das dife-
renças entre as várias correntes, há consenso nos 
pontos fundamentais da teoria, já que são basea-
dos no trabalho de Keynes.
A partir dos anos 1970, a teoria econômica 
veio apresentando algumas transformações, após 
as duas crises do petróleo. Três características mar-
cam esse período: uma consciência maior das li-
mitações e possibilidades de aplicações da teoria; 
avanço no conteúdo empírico da economia; e o 
desenvolvimento da informática, que permitiu um 
processamento de informações em volume e pre-
cisão sem precedentes.
É possível que a análise econômica englobe 
quase todos os aspectos da vida humana, sendo 
que o impacto desses estudos na melhoria do pa-
drão de vida e do bem-estar de nossa sociedade é 
considerável. O controle e o planejamento macroe-
conômico nos permitem antecipar muitos proble-
mas e evitar algumas flutuações desnecessárias.
Consequentemente, a teoria econômica ca-
minha em muitas direções, a exemplo da área de 
finanças empresariais, que era basicamente descri-
tiva, com um baixo conteúdo empírico. A incorpo-
ração de algumas técnicas, econometrias, concei-
tos de equilíbrio de mercados e hipóteses sobre o 
comportamento dos agentes econômicos revolu-
cionou a teoria de finanças e essa revolução se fez 
sentir também nos mercados financeiros, com a 
explosão recente dos chamados mercados futuros 
e de derivativos.
2.7 O Período Recente
Economia
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Caro(a) aluno(a),
Neste capítulo você estudou sobre a origem do interesse na Economia e o seu surgimento como 
Ciência.
A Teoria Econômica iniciou-se, de forma sistematizada,pela obra de Adam Smith A riqueza das na-
ções, em 1776.
Aprendeu sobre os precursores da teoria econômica por meio de uma breve retrospectiva da histó-
ria, desde a Antiguidade até o período recente. Viu ainda a evolução do pensamento econômico, segundo 
os Clássicos: Adam Smith, David Ricardo, John Stuart Mill, Jean Baptiste Say e Thomas Malthus.
No período neoclássico sedimentou-se o raciocínio matemático iniciado por David Ricardo. Alfred 
Marshall foi o autor da obra intitulada Princípios de Economia, que formalizou a análise econômica, com 
destaque para a Microeconomia, a Teoria Marginalista e a criação da teoria quantitativa da moeda, que 
relaciona a quantidade de dinheiro com os níveis gerais de atividade econômica e de preços.
A publicação da Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda, de Keynes, estabeleceu a necessidade 
da intervenção do Estado através de uma política de gastos públicos.
No período recente a análise Macroeconômica permite antecipar os problemas econômicos por meio 
do controle e planejamento, sendo possível constatar novas direções, a exemplo da Teoria de Finanças.
2.8 Resumo do Capítulo
2.9 Atividades Propostas
1. Explique sucintamente em que consistia a riqueza para os mercantilistas e para os fisiocratas?
2. Após a leitura deste capítulo, você poderá responder quem foi o mais destacado dos economis-
tas clássicos e explicar quais foram as suas principais ideias?
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3
A microeconomia é conhecida como o ramo 
da ciência econômica voltado ao estudo do com-
portamento das unidades de consumo represen-
tadas pelos indivíduos e/ou famílias (estas desde 
que caracterizadas por um orçamento único), ao 
estudo das empresas, suas respectivas produções 
e custos e ao estudo da produção e preços dos di-
versos bens, serviços e fatores produtivos.
Efetivamente, a microeconomia, ao estabele-
cer princípios gerais, revela-se muito mais abstrata 
do que a macroeconomia, a qual se encontra volta-
da ao exame de questões e de medidas peculiares 
a um dado lugar e instante do tempo.
A microeconomia apresenta uma visão mi-
croscópica dos fenômenos econômicos. A título 
comparativo, se fosse considerada uma floresta, a 
microeconomia estudaria as espécies vegetais que 
a compõem individualmente, ou seja, estudaria a 
composição dos itens da floresta; enquanto a ma-
croeconomia preocupar-se-ia com o produto flo-
resta como um todo.
Além disso, a microeconomia está voltada à 
apreciação das unidades individuais da Economia. 
Outro modo de distinção entre microeconomia e 
macroeconomia repousa no aspecto dos preços.
Como isso é concretizado? 
Na teoria do consumidor, a microeconomia 
enaltece a intenção dos indivíduos, em face das 
respectivas rendas, de se apropriarem de uma com-
binação de quantidades de bens tal que lhes possi-
bilite a maximização de suas satisfações. Em outras 
palavras, originam-se aí as procuras (individuais ou 
não), que se traduzirão em rendimentos para as fir-
mas.
Já na teoria da firma, tem-se a figura do indi-
víduo-empresário, esforçando-se para combinar os 
fatores de produção, em vista de sua limitação orça-
mentária, com a intenção de maximizar o nível de 
lucro de sua organização. Colocando de outra ma-
neira, a partir da análise desses procedimentos, são 
obtidos os elementos necessários à derivação das 
ofertas individuais e de mercado.
A combinação das quantidades de fatores de 
produção, bens e/ou serviços que os consumidores 
estariam dispostos a adquirir impõe a determina-
ção de um denominador comum, que nada mais 
será do que o preço. A determinação desse preço é 
tarefa que se propõe a microeconomia, ao estudar 
a questão tanto no âmbito dos fatores de produção 
quanto no caso dos bens e/ou serviços.
A microeconomia, ou teoria dos preços, anali-
sa a formação de preços do mercado, ou seja, como 
a empresa e o consumidor interagem e decidem 
qual o preço e a quantidade de um determinado 
bem ou serviço em mercados específicos (VASCON-
CELLOS; GARCIA, 2003).
A microeconomia estuda as unidades (con-
sumidores, firmas, trabalhadores, proprietários dos 
recursos etc.) componentes da Economia e o modo 
como suas decisões e ações são inter-relacionadas. 
Portanto, é de responsabilidade da microeconomia 
cuidar, individualmente, do comportamento dos 
consumidores e produtores, com vistas à compre-
ensão do funcionamento geral do sistema econô-
mico, ou seja, ela está ligada ao exame das ações 
dos agentes econômicos privados em suas ativida-
des de produção e de consumo e, assim, procura in-
vestigar as possibilidades de eficiência e equilíbrio 
do sistema econômico como um todo. A análise mi-
croeconômica é também chamada teoria dos pre-
ços, visto que, nas economias liberais, é o funcio-
namento do livre mecanismo do sistema de preços 
que articula e coordena as ações dos produtores e 
consumidores (MENDES, 2005).
MICroeConoMIA
AtençãoAtenção
A microeconomia é conhecida por teoria 
de preços.
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A hipótese coeteris paribus
O foco de estudo é dirigido apenas àquele 
mercado, analisando-se o papel que a oferta e a 
demanda nele exercem, supondo que outras variá-
veis interfiram muito pouco ou que não interfiram 
de maneira absoluta. Assim, torna-se possível o es-
tudo de um determinado mercado selecionando-
-se apenas as variáveis que influenciam os agentes 
econômicos – consumidores e produtores – nesse 
particular mercado, independentemente de outros 
fatores, que estão em outros mercados, poderem 
influenciá-los (VASCONCELLOS; GARCIA, 2003).
Papel dos preços relativos
Na análise microeconômica, os preços relati-
vos, ou seja, os preços de um bem em relação aos 
demais, assumem destacada importância em rela-
ção aos preços absolutos (isolados) das mercado-
rias.
Objetivos da empresa
A grande questão na microeconomia, que é 
a origem das diferentes correntes de abordagem, 
reside na hipótese adotada quanto aos objetivos 
da empresa produtora de bens e serviços.
Segundo Vasconcellos e Garcia (2003, p. 32),
a análise tradicional supõe o Princípio da 
Racionalidade, segundo o qual o empresá-
rio sempre busca a maximização do lucro 
total, otimizando a utilização dos recursos 
de que dispõe1. Essa corrente enfatiza con-
ceitos como receita marginal, custo margi-
nal e produtividade marginal em lugar de 
conceitos de média (receita média, custo 
médio e produtividade média), daí ser 
chamada de marginalista.
Aplicações da análise microeconômica 
A análise microeconômica, ou teoria dos pre-
ços, como parte da ciência econômica, preocupa-se 
em explicar como se determina os preços dos bens 
e serviços, bem como dos fatores de produção. O 
instrumental microeconômico procura responder, 
também, a questões aparentemente triviais; por 
exemplo: por que, quando o preço de um bem se 
eleva, a quantidade demandada desse bem deve 
cair, coeteris paribus.
A microeconomia representa uma ferramen-
ta útil para estabelecer políticas e estratégias, den-
tro de um horizonte de planejamento, tanto nas 
empresas quanto na política econômica.
Nas empresas, a análise microeconômica 
pode subsidiar as seguintes decisões:
ƒƒ política de preços da empresa;
ƒƒ previsões de demanda e de faturamento;
ƒƒ previsões de custo de produção;
ƒƒ decisões ótimas de produção (escolha 
da melhor alternativa de produção, isto 
é, da melhor combinação de fatores de 
produção);
3.1 Pressupostos Básicos da Análise Microeconômica
DicionárioDicionário
Coeteris paribus: do latim, tudo ou mais perma-
nece constante. 
1 O princípio da racionalidade (que supõe um homus economicus) é aplicado extensamente na teoria microeconômica tradicional. 
Por esse princípio, os empresários tentam sempre maximizar lucros condicionados pelos custos de

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