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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC TRAJANO CAMARGO ETIM ADMINISTRAÇÃO ANA CLARA BRECHOT DÉBORA HENCKLEIN DE CAMPOS LEGISLAÇÃO EMPRESARIAL MICRO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL LIMEIRA – SP 2018 MEI – MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL Até 2017 O Brasil já tinha 6 milhões de MEIs – essa é a natureza jurídica que mais cresce no país. O MEI é o pequeno empresário individual que atende as condições abaixo relacionadas: • Tenha faturamento limitado a R$ 81.000,00 por ano; • Que não participe como sócio, administrador ou titular de outra empresa; • Contrate no máximo um empregado. Benefício previdenciário são importâncias, em dinheiro, que a Previdência Social paga a quem contribui para o INSS. Ao se formalizar, o MEI passa a ter cobertura previdenciária para o si e sua família, traduzida nos seguintes benefícios. Para o empreendedor: • Aposentadoria por idade: mulher aos 60 anos e homem aos 65, observado a carência, que é tempo mínimo de contribuição de 15 anos; • Aposentadoria por invalidez: o MEI tem de contribuir para a Previdência Social por no mínimo 12 meses, a contar do primeiro pagamento em dia. • Auxílio doença: o MEI tem de contribuir para a Previdência Social por no mínimo 12 meses, a contar do primeiro pagamento em dia. • Salário maternidade: são necessários 10 meses de contribuição, a contar do primeiro pagamento em dia. Para a família: • Pensão por morte: a partir do primeiro pagamento em dia. O pagamento não poderá ocorrer após o óbito. • Auxílio reclusão: a partir do primeiro pagamento em dia. O pagamento não poderá ocorrer após a reclusão. Observação: Se a contribuição do Microempreendedor Individual se der com base em um salário mínimo, qualquer benefício que ele vier a ter direito também se dará com base em um salário mínimo. Documentos e informações necessários: • Números do seu CPF, título de eleitor ou o recibo da última declaração do imposto de renda, caso tenha declarado nos últimos dois anos. Não é necessário anexar nenhum deles no cadastro. • CEP de sua residência e do local onde exercerá sua atividade. • Número de celular ativo. Fonte: <http://www.portaldoempreendedor.gov.br/> As obrigações do Microempreendedor Individual vão além de pagar a taxa mensal e fazer a Declaração Anual Simplificada. Quem decide abrir uma microempresa precisa se preocupar com muitos detalhes. Desde a gestão financeira até a devida declaração de seus impostos, tudo deve ser muito bem organizado. Um erro muito comum entre os Microempreendedores é não saber se precisam enviar a declaração do Imposto de Renda à Receita Federal. Com isso, muitos contribuintes acabam deixando de cumprir sua responsabilidade junto ao Fisco, o que gera uma série de dores de cabeça. Portanto, é necessário apenas enviar a declaração do Imposto de Renda a Microempresa que exceder o limite de receita bruta anual, que é de R$ 60.000. Caso contrário, não é necessário enviar a declaração. Outro erro muito comum é quando o Microempreendedor Individual precisa enviar a declaração do Imposto de Renda como MEI. Muitas vezes, o titular do CNPJ acredita que declarar apenas o IR da Microempresa é suficiente. Na verdade, o brasileiro que está no regime do MEI não está isento de suas obrigações como pessoa física frente à Receita Federal e deve fazer sua declaração, a menos que ele se enquadre nos requisitos de isenção estabelecidos pelo órgão. O microempreendedor que precisar enviar a declaração, deve apresentar como rendimento do seu trabalho o lucro líquido que ele obteve. Ou seja, deve descontar as despesas que teve da sua receita total para encontrar seu lucro líquido. Este cálculo resultará em dois valores: a parcela isenta e a parcela tributável. A primeira delas, deve ser declarada na aba “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis da Declaração de Ajuste Anual”. A segunda, deve ser lançada na opção “Rendimento Tributável Recebido de Pessoa Jurídica”, no código 13 – Rendimento de sócio ou titular de microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, exceto quando for o caso de pró-labore, aluguéis e serviços prestados. Uma área que acaba ficando muito carente nas microempresas é o setor financeiro. Ela exige não só um controle rigoroso, mas principalmente um planejamento prévio. Se a conta chega a fechar no vermelho, será muito mais difícil reverter a situação. Por isso, é melhor prevenir do que remediar. Uma pesquisa, levantou dados que indicam que quase 27% das empresas fecham as portas nos primeiros dois anos. Esse é um dado muito importante para quem está começando. Quem se planeja consegue manter a saúde da empresa por mais tempo, principalmente no aspecto financeiro. Muitos microempreendedores começam seu negócio sem uma reserva para emergências. Contudo, não adianta apenas ter um capital para emergência. Ele precisa estar aplicado de maneira correta. De nada adianta deixá-lo debaixo do colchão, sem nenhuma taxa de rentabilidade, nem mesmo aplicá-lo em modalidades com baixos rendimentos, como a poupança, por exemplo. Ao mesmo tempo, o microempreendedor precisa investir em modalidades que tenham maior liquidez. Isso dará a ele a liberdade de ter acesso ao dinheiro com mais facilidade caso alguma emergência ocorra. O que faz muitos empreendedores caírem no prejuízo e até mesmo a fechar as portas é o cálculo errado dos seus preços e, consequentemente, do seu lucro. Na hora de se estabelecer um preço, é preciso levar em consideração todas as despesas e também qual o percentual de lucro que se pretende obter. Alguns produtos ou serviços podem acabar sendo vendidos por preços que não são capazes de sequer pagar seus custos de produção. E, ao não ter esse controle bem definido, muitos empreendedores acabam caindo em prejuízos que podem virar uma bola de neve. Ser um Microempreendedor Individual é uma atividade que exige um profissional multitarefas. Além de entender do ramo em que se está atuando, é preciso fazer com que tudo na empresa funcione, desde a administração de processos até a gestão financeira. Para que tudo ocorra bem, portanto, é muito importante que o empreendedor fique sempre atento às novidades do mercado e esteja em constante busca de conhecimento. É preciso destacar: não existe receita pronta para o sucesso. Mas nada impede que se aprenda com os erros de quem já passou por esse processo para evitar esbarrar nos mesmos problemas. A Sebrae realizou uma pesquisa até 2017 em que é mostrado alguns dados: A atividade mais comum entre os MEI é o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, exercida por mais de 550 mil empreendedores (mais de 10% do total de MEI no Brasil). Entre as outras atividades mais frequentes estão os cabeleireiros (7,6%), as obras de alvenaria (4,1%) e as lanchonetes ou similares (2,8%). Quando questionados acerca do que os levou a se tornar um empreendedor, os MEI citaram a vontade de ser independente, não ter um chefe e a necessidade de uma fonte de renda. Interessante notar que esses dois motivos representam a situação de 7 em cada 10 MEI. Em relação a renda familiar do MEI, a pesquisa apontou que a maioria (59%) tem renda de até 4 salários mínimos, ou seja, R$ 3.748,00. A renda média ficou em R$ 3926,00. REFERÊNCIAS Perfil do microempreendedor individual. 2016. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Perfil%20do%20MEI% 202015.pdf>. Acesso em: Agosto/2018. Microempreendedoresindividuais se dividem em quarto grupos principais. 2017. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/pme/pequenas-empresas-grandes- negocios/noticia/2017/04/microempreendedores-individuais-se-dividem-em-quatro- grupos-principais.html>. Acesso em: Agosto/2018. 3 erros que todo MEI deve evitar. 2017. Disponível em: <https://saiadolugar.com.br/erros-de-um-mei/>. Acesso em: Agosto/2018 Perfil do MEI. 2018. Disponível em: <http://datasebrae.com.br/perfil-do- microempreendedor-individual/>. Acesso em: Agosto/2018 MEI – MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL. Disponível em: <https://meibrasil.com/finalizar-compra/>. Acesso em: Agosto/2018