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APOSTILA DE BANHO em cães

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1 Sistema Mega de Ensino 
CÓDIGO DE ÉTICA DO ESTETICISTA 
 
Em 2009 durante a mesa redonda sobre o futuro da profissão de Esteticista Animal houve um consenso entre os 
presentes da necessidade de um Código que norteasse as relações entre profissional – cliente – mercado. 
Esta necessidade nasce do desconhecimento que muitas vezes existe das partes sobre a seriedade e profissionalismo 
de determinado Esteticista em relação ao mercado em que ele esta inserido e trabalhando. 
 
Código de Ética Profissional do Esteticista Animal: 
• Considerando que os animais possuem direitos e merecem todo o respeito do homem; 
• Considerando que o respeito dos homens pelos animais, significa também pela 
natureza e pela sua própria espécie; 
• Considerando que este respeito pelos animais, natureza e seus semelhantes, deve ser 
ensinado desde a infância; 
• Considerando que nem sempre estes direito são respeitados; 
Proclama‐se o seguinte: 
Capítulo 1 – Princípios Fundamentais. 
Art. 1° ‐ Exercer a profissão com zelo, carinho e respeito; 
Art. 2° ‐ Denunciar maus tratos aos animais e agressões 
ao meio ambiente; 
Art. 3° ‐ Adquirir continuamente conhecimentos sobre comportamento, bem‐estar e saúde do animal; 
Art. 4° ‐ Defender a dignidade profissional, tanto por uma remuneração justa quanto pelas condições de 
trabalho compatíveis com o exercício ético da profissão. 
Capítulo 2 – Do Comportamento e Deveres Profissionais . 
Art. 5° ‐ Exercer a profissão comedidamente, evitando qualquer mercantilismo; 
Art. 6° ‐ Não prescrever medicamentos, nem fornecer diagnósticos, encaminhando o animal com problemas ao 
médico veterinário; 
Art. 7° ‐ Estabelecer uma comunicação plena, esclarecendo e orientando o proprietário de todos os 
procedimentos necessários para o embelezamento e 
estética (banho e tosa) possíveis em seu animal; 
Art. 8° ‐ Assumir a responsabilidade por faltascometidas em suas atividades profissionais, independente de ter sido 
individualmente ou em equipe. 
 
2 Sistema Mega de Ensino 
Capítulo 3 – Da Relação com os colegas 
Art. 9° ‐ Relacionar‐se com os demais colegas de profissão, valorizando o respeito mútuo e a 
independência profissional de cada um; 
Art. 10° ‐ É vedado ao profissional de embelezamento e estética do animal (banho e tosa), agir 
de ma fé por pleito de emprego, fazer comentários desabonadores ou negar colaboração ao 
profissional que dela necessite. 
Capítulo 4 – Dos Direitos Profissionais 
Art. 11 – Exercer sua profissão sem ser alvo de discriminação de qualquer natureza; 
Art. 12 – Ter a liberdade de aceitar ou não os animais que possam ameaçar a saúde ou 
integridade física do profissional; 
Art. 13 – No caso de haver cumprido fiel e pontualmente suas obrigações, e não ter recebido 
do cliente um tratamento correspondente ao seu desempenho, o profissional poderá retirar 
sua assistência. 
Capítulo 5 – Dos Honorários Profissionais 
Art. 14 – Os profissionais de embelezamento e estética (banho e tosa) devem acordar 
previamente com o cliente sobre os procedimentos a serem efetuados. 
Art. 15 – Os honorários profissionais devem ser afixados com os seguintes requisitos: 
1. Tamanho do animal; 
2. Tosa diferenciada por raça; 
3. Estado de pele e pêlos dos animais (desembolamento, banhos 
medicamentosos sob prescrição veterinária, etc.) 
4. Procedimentos extras (trimming, clipping, e outros usados para concursos e 
desfiles) 
Art. 16 – O responsável pelo animal ficará isento de pagamento pelo serviço prestado quando: 
1. For constatado imperícia profissional; 
2. Quando o proprietário constatar que o procedimento previamente acordado 
não foi satisfatório. 
 
 
 
3 Sistema Mega de Ensino 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
Os riscos ocupacionais dos pet shops e clínicas veterinárias existem e precisam de prevenção. As normas 
regulamentadoras existentes utilizadas nos serviços de saúde humana podem pautar os procedimentos de 
segurança e higiene no setor animal. 
EPI – é todo o dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos 
susceptíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (Portaria 145 de jan/2010 DRT – NR nº06 – Portaria 3214 
de junho/72). A referida norma técnica aplica-se ao “pessoal” que tem contato com animais direta ou indiretamente, 
no nosso caso – salão de banho e tosa/escolas de banho e tosa. 
 TIPOS DE EPIs: 
1) Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares e tampões. Usado para diminuir o ruído do 
ambiente de trabalho que tem equipamentos como sopradores, secadores, etc… que em muitos estabelecimentos o 
profissional fica exposto por mais de 8h seguidas; 
2) Proteção respiratória: máscara de proteção – evitando assim que respiramos diretamente em cima do animal, a 
umidade do ar provocada com a expulsão da umidade do pelo, umidade do banho eu tudo fica no ar da sala de 
trabalho além dos pelos que podem provoca algum tipo de alergia; 
 3) Proteção ocular: óculos de segurança que irão proteger contra impactos de partículas volantes como lasca da 
unha que está sendo cortada que poderá ferir o olho; 
4) Proteção das mãos: Luvas – feitas em diversos materiais e tamanhos apropriadas para a situação conforme os 
riscos contra os quais queremos proteger. 
5) Proteção dos pés: Sapatos, coturnos, botas, tênis apropriados para nosso caso (calçado fechado) evitando que o 
pé fique exposto a umidade e até mesmo a queda, em cima, de equipamentos como a tesoura ou lâmina, até 
mesmo algum tipo de produto químico que iremos utilizar para higienização de nosso ambiente de trabalho, que 
também é nossa responsabilidade manter limpo. 
 6) Proteção do tronco: Avental – protege contra a umidade no trabalho com água, na tosa para que os pelos não 
fique em contato direto com nossa roupa e pele. Cuidar para que o avental seja com uma cava não muito aberto, 
protegendo o peito e na altura de até dois dedos a cima do joelho assim ficaremos bem protegidos. Não esqueça 
que o material do avental deve ser apropriado para realmente proteger. 
 Todo o material de proteção (EPI) deve ser fornecido pelo empregador ou escola, ao qual também tem a 
responsabilidade de ensinar a usar e averiguar se o mesmo está sendo usado. O profissional ou aluno tem o direito 
de receber o mesmo, informar quando seja preciso haver a troca ou já estiver danificado, assim como, tem a 
obrigação de usar. Precisamos da nossa saúde para trabalhar, aprender, nos qualificarmos cada vez mais nesse 
mercado exigente de hoje, porque não cuidar de nós mesmos? As obrigações e os direitos são de ambos, tem de se 
aprender desde o início pois assim se cria o hábito de uso, 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 Sistema Mega de Ensino 
PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
Cuidados com os animais 
- Antes do banho: 
Verificar se o animal possui algum tipo de lesão e/ou parasitas e comunicar o proprietário e/ou médico veterinário; 
- Durante o banho: 
Não deixar o animal solto na banheira, evitando assim que este pule e torça ou frature algum membro; 
Ao prender o animal na banheira verificar se a corda possui tamanho suficiente para o conforto do animal e uma 
distancia tal que o mesmo não consiga pular da banheira (evitando enforcamento); 
 Cuidado com produtos químicos e shampoos nos olhos, a fim de evitar alergias e inflamações; 
- Durante a secagem: 
Cuidado com a temperatura e a distância do secador para evitar queimaduras e o aumento da temperatura corpórea 
(a temperatura normal de cães e gatos varia de 37,5°C a 39,2°C). Estes não possuem glândulas sudoríparas pelo corpo, 
portanto trocam calor pela boca. Altas temperaturas podem superaquecer os animais e provocar lesões internas séria, 
principalmenteem raças braquicefálicas (boxer, bulldog, pug etc); 
 
 
Cuidado com o secador quente e diretamente nos olhos dos animais, pois pode provocar úlcera de córnea; 
Ao escovar e desembolar os nós, cuidado para que a rasqueadeira não machuque a pele dos animais; 
Nunca deixar o animal sozinho na mesa de tosa, solto e/ou preso à girafa, pois este pode pular e se enforcar; 
Sempre utilizar solução específica para limpeza dos ouvidos 
Cuidado ao cortar a unha do animal, lembrando que dentro dela existe um vaso e que ao cortá-lo ocorrerá dor e 
sangramento; 
 
- Durante a tosa: 
Sempre observar a temperatura da lâmina de tosa, a fim de evitar queimadurasCuidado ao cortar os pêlos próximos 
ao focinho, boca e olhos prevenindo acidentes como corte da língua e perfuração do globo ocular; 
 
5 Sistema Mega de Ensino 
Animais com pele branca e fina, tendem a ter alergia a lâmina de tosa. Portanto, perguntar ao proprietário sobre 
histórico de alergia e tomar as providências devidas; 
 
- Após o banho e tosa: 
Manter sempre os animais do banho e tosa em gaiolas, evitando fugas e brigas; 
 
Cuidados com o tosador e/ou banhista 
 
- Sempre pedir informação ao proprietário sobre o temperamento do seu animal; 
- Gatos: antes de começar o banho e / ou tosa deve-se cortar as unhas para evitar arranhuras, bem como tomar 
cuidado para não ser mordido, mantendo o animal sempre bem contido; 
- Animais agressivos: procurar sempre descobrir o motivo da agressividade (dominância, posse, medo, dor, etc) Muitas 
vezes esses problemas são resolvidos ou diminuídos quando o proprietário se afasta. Mesmo assim cuidado. O ideal é 
que este animal seja amordaçado. 
 
Contenção mecânica dos animais 
 
Focinheira: pode ser de plástico, couro ou nylon 
Mordaça (utilizada apenas para cães): são cordas, cordões ou barbante amarrados no focinho do animal com intuito 
de evitar a abertura da boca; 
Botas : feitas com esparadrapo nas quatro patas do gato para evitar arranhões; 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
Corte de unha – lembrar que a unha possui uma veia interna que ao ser cortada sangra em abundância. Nesse caso 
deve-se pressionar o dedo da unha correspondente e aplicar pó anti-hemorrágico (Quickstop® ; limpinho®, etc.) 
 
Queimaduras – normalmente provocadas pelo secador. Devem ser encaminhadas ao médico veterinário, 
imediatamente; 
 
 Fraturas – devem ser encaminhadas ao médico veterinário, imediatamente; 
 
Mordidas – devem ser lavadas com água e sabão. Em caso de sangramento superficial utilizar anti-hemorrágico em pó 
e comunicar o médico veterinário. Em lesões muito profundas e extensas encaminhar diretamente ao médico 
veterinário; 
 
Cortes superficiais – lavar com água e sabão, e comunicar ao médico veterinário; 
 
Cortes profundos – lavar com água e sabão, colocar gaze para diminuir o sangramento e encaminhar ao médico 
veterinário em caráter emergencial; 
 
 
6 Sistema Mega de Ensino 
Convulsão – o animal perde os sentidos, debate os membros em movimento de pedalar, saliva, grita, pode urinar e 
defecar. Proteger a cabeça tomando cuidado para não ser mordido e encaminhar com urgência para o médico 
veterinário; 
 
6. HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE E DOS MATERIAIS DE TRABALHO 
 
 Uma clinica veterinária ou pet shop comprometidos com a qualidade e profissionalismo deve priorizar a higienização 
e esterilização do material utilizado. 
A higienização consiste na limpeza das banheiras, das mesas, do chão e de todo o ambiente. 
 
Limpeza das banheiras- deve ser feita diariamente quando terminar o trabalho do pet shop. Todos os resíduos de 
pêlos devem ser retirados das banheiras e jogados no lixo, e em seguida deve ser feita a limpeza utilizando-se água 
e sabão e, após produtos específicos de odor agradável para matar as possíveis bactérias . A limpeza da banheira 
também deve ser feita sempre após ser utilizada por um animal contaminado por pulgas, carrapatos ou piolhos. 
Limpeza das mesas - devem ser limpas entre um animal e outro e ao término do expediente da mesma forma que as 
banheiras. Normalmente as mesas tem uma capa de borracha que impede que a vassoura de fogo seja utilizada. 
Limpeza do chão -sempre ao término do trabalho ou quando houver necessidade. Esta deve ser feita com produtos 
a base de amônia quartenária 
Esterilização do material- deve ser feito sempre ao término de cada dia de trabalho e recomendável que seja feita 
após o uso entre um animal e outro COM DESISNFETANTES EM SPRAY. 
Existem diversas formas de esterilização, dentre elas podemos citar autoclavagem do matérial, utilização de auto 
clave ou até mesmo de produtos químicos 
Aos animais portadores de doenças que normalmente aparecem nos pet shops tais como, otites, sarnas e pulgas, 
deve se dispender especial atenção, pois serão sérios problemas para se lidar no dia a dia. 
 
Esterilização de toalhas – NUNCA utilizar a mesma toalha em animais diferentes. Hoje em dia contamos com 
empresas especializadas em esterilização de toalhas. 
 
 
 
 
7 Sistema Mega de Ensino 
 Entendendo a estrutura 
do pelo 
A Fim de melhor compreender e portanto de tratar adequadamente a pelagem de cão 
respeitando suas especificidade, tornam-se 
oportunos alguns simples lembretes sobre a 
anatomia do pelo. 
Antes de tudo precisa dizer que o pelo é composto 
por um sutil filamento córneo, elástico e flexível, constituído em sua maior pater por uma 
substancia proteica chama de “queratina”. Num único pelo é possível individuar uma parte 
livre, dita haste ou fuste e uma proximal, chamada raiz, que se desenvolve no interior do folículo 
pilífero (situado na derma) e termina numa extremidade chamada bulbo (que tem a 
função de fixar o pelo a chamada basal da pele). Os grupos de pelos que saem (mais ou menos 
obliquamente) de único orifício, ao chegar altura das glândulas sebáceas, separam-se prosseguindo 
cada um num folículo próprio; os mais profundo desses folículos hospedará o filamento 
principal (pelo de defesa); cada folículo por sua vez esta equipado por um musculo erector (com 
origem comum ) inserido na camada da derme situada logo abaixo da epiderme. Ao contraírem-se os músculos pilo-erectores, 
levanta-se todo o complexo folicular, os pelos assumem uma postura mais erecta e o sebo, produzido pela relativa glândula, e 
empurrado a parte para comum do folículo o sebo conferindo uma leve oleosidade a pele e ao sub-pêlo, e indispensável para função 
protetora destes. 
A Pelagem divide-se em 2 tipos: 
 Pêlo Principal – Presente em todos os cães, sua estrutura é mais lisa, porém grossa, sempre mais brilhante e áspero. Sempre 
mais logo que o sub pêlo. 
 Pêlo Secundário ou Sub pêlo -Estruturalmente mais ondulado, mais fino e macio, de aspecto fosco e claro, sempre mais 
curto. 
 
Quanto ao Tipo de Pelagem 
 Pelagem simples: não existe subpêlo, somente pêlo principal; 
 Pelagem dupla: Constituti em Pêlo principal e subpêlo; 
 
Das Finalidades 
A Pelagem Dupla (pêlo +subpêlo), tem por finalidade servir como uma manta térmica, isolante, que no inverno protege para que o 
animal permaneça aquecido e no verão, evitando que o corpo absorva calor. Geralmente esta Pelagem esta sujeita á chamada “muda 
sazonal”, ou seja, o subpêlo se desprende 1 ou 2 x ao ano (primavera e outono). Ex: Akita, Pequinês, Collie, Husky Siberiano, 
Samoieda, Pomerânia. 
Pelagens Duplas que não sofrem muda sazonal: Conhecida também como “Non Shedding”, são aquelas que consistem, em grande 
quantidade de Subpêlo, maior que o pêlo principal, é uma pelagem de crescimento contínuo, pois os pêlos crescem e se desprendem 
um a um, em determinado momento, e sendo assim quando esses pêlos não são removidos semanalmente, viram “nós”, tendo assim 
que tosar o animal.Ex: Poodle, Lhasa Apso, Shih tzu. 
 
8 Sistema Mega de Ensino 
Pelagem Dura 
Pêlo principal é extremamente grosso, e por isso aspero, a quantidade de subpêlo é menor. A função desta Pelagem é proteger as 
estruturas mais nobres do corpo, de possíveis agressessores. Assim o animal que tiver a intenção de feri-lo acabará com a boca cheia 
de pêlo, e o cão ileso. Ex: Terries em geral-West H., Scottish. 
 
A Estrutura da pele dos cães 
 
A pele é o maior órgão do corpo, não em área de 
superfície mas em quantidade. Funciona como uma 
barreira que separa e protege o interior do exterior, 
fornecendo proteção contra lesões físicas, químicas e 
microbiológicas. Através de seus anexos é possível 
sentir frio, calor, dor, coceira bem como servir de tato 
pro animal reconhecer determinadas superfícies. 
Este grande órgão, não é algo isolado do resto do 
corpo, muito pelo contrário a pele trabalha junto 
com vários órgãos e através dela muitas vezes 
podemos perceber o que está acontecendo 
internamente, já que nela pode manifestar-se 
sintomas de problemas internos, como as doenças 
hormonais por exemplo. A pele, os pelos e o tecido subcutâneo em um filhote recém-nascido representam 24% de 
seu peso corporal. 
Em geral a espessura cutânea diminui do sentido do dorso para o ventre na região do tronco. A pele é mais espessa 
na face, pescoço dorsal, tórax dorsal, região glútea e base da cauda. Sendo mais fina nos pavilhões auriculares e na 
região de axila, virilha e perianal. A espessura média da pele do corpo dos gatos é de 0,4 a 2 mm e nos cães de 0,5 a 
5 mm. 
A pele e a pelagem, variam em quantidade e em qualidade, entre as espécies, entre as raças e entre os indivíduos 
dentro de uma mesma raça, variam também de uma área pra outra do corpo e de acordo com a idade e sexo do 
animal. 
A pele é formada, da superfície ao interior, pela epiderme, os anexos epidérmicos (folículos pilosos, glândulas 
sebáceas ,unhas e coxins), derme e hipoderme. A epiderme é o envelope externo, flexível e resistente. Esta camada 
não é vascularizada, e é composta por diversas camadas de células e recoberta por uma membrana superficial, 
composta de células descamativas, de proteínas e lipídios (sebo e esteróides). A derme é o suporte principal da pele, 
base conjuntiva sobre a qual se apoia a epiderme. Garante uma proteção passiva frente aos traumatismos externos. 
Devido a sua vascularização, garante os aportes nutritivos e hormonais, é também na derme que esta situada a 
função sensorial da pele. A hipoderme é um tecido conjuntivo mais solto, caracterizado pela existência de células 
adiposas ricamente vascularizadas. A gordura desempenha uma função isolante,e como um meio de estocagem de 
energia. Esta camada conecta a pele com as estruturas subjacentes do corpo, como músculos e ossos. 
 
 
 
 
9 Sistema Mega de Ensino 
Pêlo 
Devido a natureza fibrosa e volumosa, os pelos proporcionam grande proteção contra cortes, abrasões, dano 
térmico e por irradiação e irritantes químicos. E o pêlo também é um filtro e isolante. Poucas substâncias, realmente 
entram em contato com a pele de animais peludos. Os traumatismos físicos são normalmente abrandados antes que 
atinjam a superfície cutânea. O folículo piloso é uma invaginação da epiderme, que gera o pelo a partir de uma 
matriz, o bulbo 
Pelos protetores, de cobertura ou duros (pelos primários): longos, espessos, retos, pigmentados. Abundantes nas 
partes superiores do corpo. 
Pelos do manto: são mais finos, também possui função protetora, com extremidade curva, teminando em ponta 
Sub pelos ou pelos inferiores: os mais finos de todos. Regularmente crespos e ondulados, muito densos tendo 
função de isolamento térmico 
Pelos tateis e bigodes: São grossos feixes de pelo que crescem acima dos lábios junto as narinas dos gatos e cães, são 
muito sensíveis ao toque. Encontrados principalmente no focinho, estão ligados a células nervosas e possuem 
função sensorial. 
 
Em geral, a forma da haste do pêlo é determinada pela forma do folículo piloso, com folículos retos produzindo 
pêlos retos e folículos encaracolados produzindo pelos encaracolados. Quase nunca se formam novos folículos após 
o nascimento. 
A pelagem modifica-se a medida que o mamífero cresce, e a do adulto quase sempre difere de modo 
acentuado daquela do jovem, refletindo necessidades distintas para regulação térmica, camuflagem, comunicação 
sexual e social. 
O crescimento do pelo é cíclico. Cada 
ciclo comporta três grandes fases: 
anágena, catágena e telógena. A fase 
anágena é a fase de crescimento que 
gera, aproximadamente 0,3 mm de 
pelo por dia para os pelos duros. A fase 
catágena é intermediária antes da fase 
telógena de repouso. A fase telógena é 
a de maior duração, principalmente no 
inverno. O crecimento agrupado na 
fase anágena é observado em certos 
períodos do ano: são as mudas 
sazonais, cujo controle é baseado essencialmente num ciclo dia/noite. 
A atividade cíclica dos foliculos pilosos e a muda periódica dos pelos fornecem um mecanismo pelo qual a pelagem 
pode adaptar-se a mudanças sazonais da temperatura ou circunstâncias ambientais O ciclo do pelo, e portanto da 
pelagem, é controlado pelo fotoperíodo, temperatura ambiente, nutrição, hormônios, estado de saúde, genética e 
outros fatores. O pelo cresce até que atinja o comprimento pré determinado, que varia de acordo com a região do 
corpo e é definido geneticamente, então entra na fase de repouso, que pode durar muito tempo. Cada área possui 
seu próprio crescimento de pelo, além do qual o crescimento não mais continua. Tendo em vista que o pelo é 
predominantemente proteína, a nutrição possui efeito profundo em sua quantidade e qualidade. A má nutrição 
pode produzir uma pelagem baça, seca, frágil ou fina, com ou sem distúrbios de pigmentação. 
 
10 Sistema Mega de Ensino 
 
As glândulas sebáceas estão associadas ao folículo piloso. Sua secreção é essencialmente lipídica o que contribui 
para a formação da pelicula cutânea. As glândulas sebáceas tendem a ser maiores nas áreas onde a densidade dos 
foliculos pilosos é menor. Elas são maiores e mais numerosas perto das junções mucocutâneas, entre os dedos 
(interdigital), face dorsal do pescoço, queixo e face dorsal da cauda. As glândulas sebáceas não são encontradas nos 
coxins e plano nasal. 
A secreção oleosa (sebo) produzida pelas glândulas sebáceas tende a conservar a pele mole e flexível, formando 
uma emulsão que se espalha pela superfície do estrato córneo, para manter a umidade, mantendo assim a 
hidratação adequada. Ao se espalhar pelas hastes dos pelos, lhe confere brilho. 
Uma curiosidade interessante é que estudos demonstraram através de análise das marcas da superfície do focinho e 
do nariz, que há diferenças individuais, geneticamente determinadas, semelhante as impressões digitais humanas. 
 Maricy Alexandrino - Médica Veterinária 
©Este texto é um trabalho original do Autor e é protegido pela Lei de Direitos Autorais. Qualquer uso ou reprodução 
deste texto depende de prévia e expressa autorização do Autor

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