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Efeitos da ivermectina (Ivomec 1 injetável) administrada a ratas Wistar durante o período de organogênese

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Braz J vet Res anim Sci 40 (5) 2003
Efeitos da ivermectina (Ivomec ® 1% injetável)
administrada a ratas Wistar durante o período
de organogênese
Effects of the endectocid ivermectin (Ivomec(r)
1% injection) on pregnants females wistar rats
Vanessa Maraschin MÖLLER¹;
Eliane DALLEGRAVE¹;
Ricardo COELHO¹; Janaína PEREIRA¹;
Augusto LANGELOH¹
¹Departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências
Básicas da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre � RS
Correspondência para:
AUGUSTO LANGELOH
Departamento de Farmacologia
Instituto de Ciências Básicas da Saúde -UFRGS
Avenida Bento Gonçalves, 9090
91540-000 Porto Alegre, RS
e-mail: langeloh@vortex.ufrgs.br
Resumo
Avaliou-se a segurança da ivermectina (IVOMEC 1% injetável),
um fármaco muito utilizado, administrado a ratas prenhes, no
início da fase organogênica, em dosagem até 60 vezes superior
(12mg/kg) a utilizada para o tratamento de escabiose em caninos
e felinos. Os resultados revelaram ausência de toxicidade sistêmica
e reprodutiva, fundamentados na ausência de alterações no
desenvolvimento ponderal, consumo de água e ração, absorções
embrionárias, massa relativa e exame histopatológico dos órgãos
das ratas prenhes, bem como na massa corporal, vitalidade dos
fetos, número de fetos por fêmea e alterações macroscópicas
externas. Conclui-se pela segurança da ivermectina, quando
administrada, em dose única, no início da fase de organogênese
de ratas prenhes.
Palavras-chave
Ivermectina.
Toxicidade.
Introdução
Avermectinas e milbemicinas
são lactonas macrocíclicas usadas em
ruminantes, eqüínos, suínos e em caninos,
para o controle de endo e ectoparasitas1.
Apresentam ação inibidora do GABA,
promovendo hiperpolarização do
neurônio e, conseqüentemente, inibindo
a transmissão nervosa2. Segundo
Andrade3, estudos recentes sugerem que
o fármaco interfere principalmente na
inibição da absorção de nutrientes em
nematódeos. Nas dosagens
recomendadas (0,2mg/kg, SC, em
ruminantes e eqüinos; 0,3mg/kg, SC, em
suínos e 0,006 � 0,012mg/kg, VO, em
caninos), apresentam uma considerável
margem de segurança4. Na clínica de
pequenos animais, a ivermectina está
sendo usada para o tratamento da sarna
sarcóptica, demodécica, notoédrica e
otodécica de cães e gatos em dosagens
bem acima da recomendada para estas
espécies e por longos períodos, sem
aprovação do seu uso pelo FDA.
Segundo Willense5, a demodicose de
cães e gatos pode ser efetivamente
tratada com ivermectina na dose de 0,4
-0,6mg/kg/dia, via oral, por alguns
meses. Contra a escabiose, conforme o
mesmo autor, a ivermectina é
empregada na dose 0,2mg/kg, via
subcutânea, a intervalos de 7 a 10 dias.
Campbell e Benz (1984) apud
Roberson6 afirmaram que a ivermectina
é segura para uso em animais
reprodutores e gestantes, mas Ayres e
Recebido para publicação: 10/06/2002
Aprovado para publicação: 03/06/2003
Brazilian Journ al of Veterinary Research and Animal Science (2003) 40:328-333
ISSN printed: 1413-9596
ISSN on-line: 1678-4456
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Braz J vet Res anim Sci 40 (5) 2003
Almeida4 observaram efeitos
teratogênicos, em doses superiores a
recomendada em roedores.
Considerando o tratamento para
escabiose, demodicose, sarna notoédrica
e otodécica de longa duração em
animais de estimação, bem como o
longo período residual deste fármaco
e a necessidade de administração, muitas
vezes, durante a prenhez, o objetivo do
trabalho foi avaliar a segurança da
ivermectina, administrada no início da
organogênese em ratas prenhes (o
modelo experimental aceito
internacionalmente).
Material e Método
Animais
Foram utilizadas 30 ratas Wistar
do biotério da UFRGS com 120-140
dias de idade mantidas em ambiente com
ciclo claro/escuro de 12 horas,
temperatura de 22ºC ± 2ºC e umidade
controlada. Estes animais receberam
ração comercial Nuvilab CR1 (Nuvilab®
Nutrientes Ltda. Colombo � PR) e água
à vontade. Foram mantidas, tratadas e
ao final, submetidas à eutanásia
conforme normas éticas recomendáveis.
Acasalamento
No período de acasalamento,
as ratas virgens foram acasaladas na
proporção de 3:1, por um período de
12 horas (ciclo escuro). A constatação da
cópula foi realizada no final do período
escuro, mediante a presença de
espermatozóides no esfregaço vaginal.
Este foi considerado o primeiro dia de
prenhez, e as fêmeas foram mantidas em
caixas individuais até o final do
experimento.
Tratamento
As fêmeas foram divididas em
3 grupos (n=10): grupo controle, grupo
ivermectina 4mg/kg e 12mg/kg. Os
animais tratados receberam ivermectina
1% (Ivomec® 1% solução injetável.
Campinas � SP. Merial), em única dose,
SC, no 6º dia de prenhez (início da fase
de organogênese). As fêmeas do grupo
controle receberam solução fisiológica,
pela mesma via e volume.
Desenvolvimento ponderal, consumo de água e
ração
A massa corporal das fêmeas
foi medida diariamente durante todo o
período de prenhez. O consumo de
água e ração foi mensurado a cada 3 dias
até o final da prenhez, sendo este
relacionado com a massa corporal média
dos 3 dias e calculado a percentagem, de
acordo com a fórmula: consumo% =
(consumo de 3 dias/massa corporal
média dos 3 dias) x 100.
Eutanásia
As fêmeas foram anestesiadas
com tiopental sódico (35mg/kg, via
intraperitoneal) no 21º dia de prenhez.
O abdômen foi incisado, o útero exposto,
dissecado e removido juntamente com
os ovários. A massa uterina foi
mensurada, seguida de incisão
longitudinal com exposição dos fetos. A
massa das demais vísceras, como cérebro,
pulmão, coração, rins, fígado e baço,
também foram avaliadas e
encaminhadas para histopatologia em
formol a 10,00%. Nos ovários, contou-
se o número de corpos lúteos e, no útero,
o número de implantes uterinos. As
perdas embrionárias foram calculadas
conforme as seguintes fórmulas7:
a) Perdas pré-implantação:
nº de corpos lúteos � nº de sítios de implantação x100
nº de corpos lúteos
b) Perdas pré-implantação:
nº de sítios de implantação � nº de fetos x100
nº de sítios de implantação
Fetos
Os fetos foram removidos do
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Resultados
O tratamento com ivermectina
nas doses de 4 e 12mg/kg, no 6º dia de
prenhez não afetou significantemente
(F(2, 27)=0,24, P=0,78, ANOVA de
medida repetida) o ganho relativo de
massa corporal (Figura 1), nem o
consumo de água (F(2, 27)=0,81,
P=0,45, ANOVA de medida repetida) e
ração (F(2, 27)=0,14, P=0,86, ANOVA
de medida repetida) com relação à
massa corporal das fêmeas durante a
prenhez (Figura 2).
A Tabela 1 apresenta os índices
reprodutivos de ratas tratadas, SC, com
ivermectina nas doses de 4mg/kg e
12mg/kg, no 6º dia de prenhez. Com
relação à massa corporal dos fetos por
ninhada (F(2,27)=0,61, P=0,57), número
de corpos lúteos (F(2,27)=0,25, P=0,77),
número de sítios de implantação
(F(2,27)=0,08, P=0,91) e número médio
útero, identificados individualmente,
verificado o sexo, avaliada a vitalidade e
as alterações macroscópicas externas.
Histopatologia
Os órgãos das fêmeas foram
fixados em formol a 10,00% e, após
alguns dias, removidos e incluídos em
parafina, com posterior corte dos
blocos e preparação das lâminas para
coloração de hematoxilina/eosina, e
examinados no microscópico.
Análise estatística
Os resultados foram
submetidos ao teste de análise de variância
de medida repetida e de uma via
(ANOVA) e qui-quadrado. As variáveis
quantitativas foram comparadas por
meio da análise de variância, e as
qualitativas foram comparadas por meio
do teste qui-quadrado. O nível de
significância foi estabelecido para uma
confiança de 95,00%.
de fetos/fêmea (F(2,27)=0,02, P=0,97),
não houve diferenças significantes entre
os grupos tratados e o controle.
A massa relativa de órgãos das
ratas tratadas, por via subcutânea, com
ivermectina nas doses de 4mg/kg e
12mg/kg, no 6º dia de prenhez não
demonstrou diferença significante entre
os grupos (Tabela 2). A análise de
variância de única via dos respectivos
órgãos revelou: cérebro (F(2,27)=2,63,
P=0,08),pulmões (F(2,27)=0,46, P
=0,63), coração (F(2,27)=1,58, P=0,22),
fígado (F(2,27)=0,03, P =0,96), rim
esquerdo (F(2,27)=0,26, P=0,76), rim
direito (F(2,27)=0,78, P =0,46) e útero
(F(2,27)=0,02, P =0,97).
Os órgãos não apresentaram
Möller, V. M. et al.
Figura 1
Desenvolvimento ponderal durante a prenhez de ratas tratadas
no 6º dia com ivermectina, por via subcutânea, nas doses de 0
(controle), 4 e 12mg/kg. A massa corporal do 1º dia de prenhez
foi considerada 100,00%. As barras verticais representam o epm.
Média de 10 ratas por grupo
Figura 2
Consumo percentual de água e ração em relação à massa
corporal durante a prenhez de ratas tratadas com
ivermectina, por via subcutânea, nas doses de 0 (controle), 4 e
12mg/kg. As barras verticais representam o epm. Média de 10
ratas por grupo
5
10
15
20
25
0 3 6 9 12 15 18 21
Tempo de prenhez (dia) 
C
on
su
m
o 
re
la
tiv
o 
(%
)
0 mg/kg 4,0mg/kg 12,0mg/kg
Água
Ração
100
110
120
130
140
150
160
170
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21
Tempo de prenhez (dia)
G
an
ho
 d
e 
m
as
sa
 c
or
po
ra
l (
%
)
0 mg/kg 4 mg/kg 12 mg/kg
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Tabela 1
Índices reprodutivos de ratas tratadas com ivermectina, por via subcutânea, no 6º dia de prenhez. São apresentados os valores
médios ± desvio-padrão das médias das variáveis, relativo aos valores em 0 (controle), 4 e 12mg/kg
Variáveis 0mg/kg 4,0mg/kg 12mg/kg
n (nº de fêmeas) 10 10 10
Ganho de massa
corporal na prenhez (g) 126,2 ± 28,8 65,5 ± 17,3 127,7 ±
Ganho de massa corporal
na prenhez (%) 133,2 ± 21,4 61,4 ± 7,5 22,964,6 ± 15,0
Corpos lúteos 14,0 ± 2,7 13,4 ± 1,6 13,4 ± 2,1
Sítios de implantação 11,8 ± 4,1 11,2 ± 2,2 11,7 ± 3,7
Perdas pré-implantação 15,7 16,4 12,7
Perdas pós-implantação 7,6 2,7 4,3
Média de fetos/rata 10,9 ± 3,8 10,9 ± 2,1 11,2 ± 3,6
p>0,05 (ANOVA/qui-quadrado)
Tabela 2
Massa relativa de órgãos (%) das fêmeas tratadas, por via subcutânea, com ivermectina no 6º dia de prenhez. São apresentados
os valores médios ± desvio-padrão das médias das variáveis, relativo aos valores em 0 (controle), 4 e 12mg/kg
Variáveis 0mg/kg 4,0mg/kg 12mg/kg
Cérebro 0,73 ± 0,04 0,73 ± 0,06 0,68 ± 0,06
Pulmão 0,56 ± 0,06 0,53 ± 0,07 0,56 ± 0,08
Coração 0,35 ± 0,04 0,32 ± 0,02 0,35 ± 0,06
Fígado 5,15 ± 0,40 5,13 ± 0,41 5,10 ± 0,41
Rim esquerdo 0,32 ± 0,01 0,32 ± 0,01 0,33 ± 0,04
Rim direito 0,34 ± 0,01 0,32 ± 0,01 0,37 ± 0,14
Útero 21,34 ± 5,79 21,29 ± 3,08 20,94 ± 4,60
p>0,05 (ANOVA/qui-quadrado)
TABELA 3
Índices dos fetos de ratas tratadas com ivermectina, por via subcutânea, no 6º dia de prenhez. São apresentados os valores médios
± desvio-padrão das médias das variáveis, relativo aos valores de 0 (controle), 4 e 12mg/kg
Variáveis 0mg/kg 4,0mg/kg 12mg/kg
n (nº de fetos) 109 109 112
Vitalidade (%) 100 100 100
Massa corporal por ninhada (g) 4,8 ± 0,5 5,0 ± 0,3 5,1 ± 0,3
Alterações macroscópicas externas 0 0 0
Taxa de sexo (macho/fêmea) 0,87/1 0,98/1 1/1
p>0,05 (ANOVA/qui-quadrado)
alterações anátomo ou histopatológicas,
com exceção dos pulmões de algumas
ratas tratadas e algumas do grupo
controle que apresentaram discreta
congestão pulmonar.
A Tabela 3 apresenta variáveis
relacionadas aos fetos provenientes de
ratas tratadas, por via subcutânea, com
ivermectina nas doses de 4 e 12mg/kg,
no 6º dia de prenhez, mediante a
realização de cesariana. Verifica-se que não
houve diferenças significativas entre os
grupos. Não foram observadas
alterações macroscópicas externas nos
fetos dos grupos avaliados.
Discussão
Os resultados obtidos
revelaram que a ivermectina aplicada
por via subcutânea no 6º dia de prenhez
nas doses de 4mg/kg e 12mg/kg foi
um fármaco seguro para a utilização
durante a fase organogênica da
Efeitos da ivermectina (Ivomec® 1% injetável) administrada a ratas Wistar durante o período de organogênese
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prenhez em ratas Wistar. Em estudos
feitos com cães e animais de
laboratório, observou-se que doses
elevadas de ivermectina
(camundongos: 0,4mg/kg/dia,
coelhos: 3mg/kg/dia e ratos: 10mg/
kg/dia) provocam palato fendido, em
baixa freqüência nos ratos, coelhos e
camundongos. Já casos de membros
anteriores deformados, foram
observados somente em fetos de
coelhos. Em ratos, os efeitos de
toxicidade materna e teratogênica
apareceram com 10mg/kg/dia8.
Neste trabalho, usou-se a droga com
dose superior a de 10mg/kg, sem
provocar malformações externas nos
fetos, com a diferença de ser aplicação
única no 6º dia de prenhez, período
que inicia a fase de organogênese,
considerando que a ivermectina
permanece por longo período no
organismo. O longo efeito residual
dispensa, segundo a literatura
consultada, doses repetidas em
intervalos curtos, encontrando-se
resíduos no fígado e gordura de
bovinos até o 28º dia após a aplicação4.
Com relação à toxicidade
materna, a ivermectina mostrou-se
segura na dose de 4mg/kg assim
como na de 12mg/kg, as quais
correspondem respectivamente a 20 e
60 vezes a dosagem utilizada em cães
e gatos no combate à escabiose,
segundo Willense5. O desenvolvimento
ponderal, o consumo de água e de
ração das fêmeas prenhes não foram
afetados nas dosagens utilizadas neste
experimento. Os fígados das ratas
tratadas não apresentaram alterações
histopatológicas, nem hepatomegalia
estatisticamente significativas, ainda que
os resíduos maiores se concentram
nesse órgão e na gordura corporal9.
Nesse sentido, as informações são
conflitantes, pois Ayres e Almeida4
relataram que as altas concentrações de
ivermectina encontram-se na pele e
pulmões. Em nosso ensaio, as ratas não
apresentaram sinais de distúrbios
neurológicos, embora em outras
espécies, como nos cães, que receberam
doses de 2,5; 5 e 10mg/kg, via oral,
observou-se êmese, salivação, midríase,
ausência de reflexo pupilar, tremores,
ataxia e sedação8.
Com relação à toxicidade fetal,
Poul10 administrou a dose de 1, 2 e
4mg/kg do 6º ao 20º dia de prenhez,
e do 2º ao 20º dia de lactação,
observando 100,00% de mortalidade
nos filhotes. O experimento com a dose
de 4mg/kg, administrada somente na
prenhez, a mesma usada no presente
trabalho, provocou 22,00% de
mortalidade e afetou o
comportamento dos filhotes; portanto,
existem dúvidas com relação a via de
intoxicação uterina ou leite materno.
Lankas, Minsker e Robertson11,
descobriram que doses de 0,4mg/kg/
dia de ivermectina, administradas por
via oral, às ratas prenhes e lactantes
provocaram toxicidade em neonatos,
devido a concentração no leite ser 3 a
4 vezes superior a do plasma. Os
dados do presente trabalho são
compatíveis, de certa forma, com os
encontrados por Lankas, Minsker e
Robertson11, já que doses elevadas de
ivermectina como 4mg/kg e 12mg/
kg não provocaram malformações
externas e mortalidade pré-natal, e
segundo este autor, a toxicidade
ocorre no período pós-parto, por via
leite materno. Com relação aos dados
de mortalidade fetal, encontrados por
Poul10, a discordância de resultados
justifica-se pelo fato de tratar as ratas
com 4mg/kg diariamente durante a
prenhez. Em dosagem única, como
neste experimento, não houve
mortalidade nesta dose de ivermectina
e nem numa dose 3 vezes maior
(12mg/kg).
Conclui-se que a ivermectina, não
induziu toxicidade sistêmica,
reprodutiva e nem malformações
externas nos fetos, em dosagens até 60
Möller, V. M. et al.
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Summary
In order to evaluate the possible effect of ivermectin used on
pregnant animals, Wistar rats were treated orally on sixth
pregnancy day, with dosage of 20 and 60 times higher than
therapeutic dosage used to treat scabiosis in dogs and cats. During
all pregnant period, body weight, water and pellet food
consuption of dams were determined. The dams were sacrificed
at term for the evaluation of maternal and fetal parameters. The
numbers of corporea lutea, post implantation loss and living
and death fetuses were recorded. Also the organs of dams were
removed, weighted and histopatologically examined. Fetuses were
weighted, sexed, examined for external macroscopic
malformations.Results showed absence of systemic and
reproductive toxicity. It is concluded that ivermectin is no toxic
to the dams and fetus, when administered in the beginning of
organogenic period.
Key-words
Ivermectin.
Toxicity.
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vezes superior a terapêutica preconizada
contra escabiose, quando administrado,
por via subcutânea em aplicação única,
no 6º dia de prenhez em ratas.
Efeitos da ivermectina (Ivomec® 1% injetável) administrada a ratas Wistar durante o período de organogênese

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