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PRÁTICA SIMULADA 1 
CASO CONCRETO – SEMANA 7 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO 
DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARAÇATUBA – SP. 
 
MARIA, viúva e representante legal do Sr. Marcos, 
brasileira, residente na Rua Bérgamo, Nº 123, APT 
203, na cidade de Araçatuba – SP, CPF Nº.., RG Nº.., 
vem por seu advogado propor, pelo rito comum 
 
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO DE DANOS 
MORAIS E MATERIAIS 
 
Em face de ROBERTO, comerciante, brasileiro, 
residente na Rua dos Diamantes, Nº 123, Recife – 
PE, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
DOS FATOS 
O presente caso tem como início o fato de que o Sr. 
Marcos, esposo da Senhora Maria, ora Autora, 
enquanto caminhava por uma Rua na cidade de 
Recife – PE, fora atingido por um aparelho de ar-
condicionado que era manejado pelo Sr. Roberto, 
ora Réu, que é comerciante e proprietário de uma 
padaria localizada no local aludido. O Sr. Marcos, 
ainda vivo, mas gravemente ferido, fora 
encaminhado a um hospital particular. Contudo, em 
virtude da gravidade dos ferimentos, o mesmo veio 
a falecer após estar internado por um dia. A 
Senhora Maria, esposa de Marcos, profundamente 
abalada pela perda repentina e trágica do seu 
esposo, tivera que se deslocar até a cidade de 
Recife – PE para poder efetivar o translado do corpo 
de volta para casa, na cidade de Araçatuba – SP, 
onde ocorrera o sepultamento. O falecido não 
deixou filhos, sendo que o mesmo já possuía 50 
anos de idade, era o único responsável pelo seu 
sustento e de sua esposa, com uma renda nunca 
superior a um salário mínimo, obtida através de 
muita valentia com serviços de pedreiro. Todo o 
desenrolar do caso resultou em gastos hospitalares 
que somaram o total de R$ 3.000,00, junto com os 
gastos com transporte do corpo e funeral cujo valor 
consolidou-se em mais de R$ 3.000,00. Cumpre 
relatar que no desfecho do inquérito policial que 
fora instaurado por ocasião do fato, o laudo da 
perícia técnica apontou como causa da morte o 
traumatismo craniano decorrente da queda do 
aparelho de ar-condicionado. O Senhor Paulo fora 
indiciado, sendo posteriormente denunciado e 
condenado em primeira instância como Autor de 
homicídio culposo. 
 
DOS FUNDAMENTOS 
No caso exposto, há uma inequívoca 
responsabilidade do Sr. Paulo sobre o ocorrido, 
quando deixou de manejar com prudência seu 
aparelho de ar-condicionado. Sendo um objeto 
pesado, que a depender da altura em que caía, 
pode de todo certo machucar gravemente a quem 
atingir. E este foi o evento trágico que ocorreu. Por 
culpa exclusiva do Réu, o objeto veio a despencar 
de uma altura considerável, atingindo o Sr. Marcos, 
que por um triste e infeliz acaso do destino vinha 
passando naquele exato momento. Aqui se 
demonstra o ato ilícito em que incorreu o Réu, nos 
termos do ART. 186, C.C., e também os ARTS. 927 e 
938, C.C. 
Cabe lembrar que o episódio do caso é objeto de 
ação penal, quando se deu por sentença o 
reconhecimento da culpa do Réu no ocorrido. A 
disposição expressa no ART.948, C.C. aborda o que 
diz respeito a indenização. 
 
DOS PEDIDOS 
Diante o exposto, requer a Autora: 
1 – O ressarcimento das despesas sofridas no valor 
de R$ 6.000,00, acrescido com a obrigação de 
indenizá-la pelas perdas e danos materiais. 
2 – Pensão alimentícia no valor equivalente ao 
salário mínimo ou conforme o Magistrado julgar 
adequado. 
3 – Deixar claro a não possibilidade para a audiência 
de mediação e conciliação. 
4 – Condenação ao pagamento dos Honorários 
Advocatícios em 20 por cento sobre o valor da 
causa, bem como nas custas processuais. 
5 – O deferimento de pedido de justiça gratuita. 
 
DAS PROVAS 
Todas as provas possíveis. 
 
VALOR DA CAUSA 
R$ 6.000,00 (Seis mil reais) 
 
Termos em que pede Deferimento 
LOCAL, DATA 
 
ADVOGADO (A) 
OAB-U.F Nº..