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Caso 2 - Indenização roubo estacionamento shopping

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE__________ DO ESTADO DO __________.
CARLOS ROBERTO, [Nacionalidade], [estado civil], [profissão], [endereço eletrônico], residente e domiciliado na Rua da XXXX, nº. 0000, CEP nº 00.000-000, cidade de XXXXXXXXX, estado do XXXXXXX, possuidora do CPF (MF) nº. 000.000.000-00, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seus advogados que abaixo, para ajuizar, com com fundamento no art. 186 do Código Civil, a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS
Contra ALEGRIA, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida na Av. XXXXXX, nº. 0000, cidade de XXXXXXX, Estado do XXXXXX – CEP nº. 00.000-000, inscrita no CNPJ (MF) sob o nº. 00.000.000/0000-00, endereço eletrônico xxxx@xxxxx.xxx.xx, e PROTEÇÃO, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida na Av. XXXXXX, nº. 0000, cidade de XXXXXXX, Estado do XXXXXX – CEP nº. 00.000-000, inscrita no CNPJ (MF) sob o nº. 00.000.000/0000-00, endereço eletrônico xxxx@xxxxx.xxx.xx, em decorrência das justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.
I - DOS FATOS
Em 10/03/2024, CARLOS ROBERTO foi vítima de roubo à mão armada, tendo seu relógio subtraído mediante emprego de violência e grave ameaça. Logo em seguida, o AUTOR se dirigiu até a sede da adminstração das Empresas ALEGRIA E PROTEÇÃO para comunicar o ocorrido, no sentido de requerer a indenização pelos danos sofridos.
Em seguida foi até a delegacia de polícia mais próxima do local do crime para fazer o devido registro da ocorrência. 
Confome no boletim de ocorrência, o crime aconteceu em via pública em local próximo à cancela do estacionamento do “shopping”, explorado pela sociedade ALEGRIA.
De acordo com a nota fiscal compra (DOC.1) o relógio subtraído é avaliado em R$ 30 mil reais.
Tendo efetuado registro de Boletim de Ocorrência junto a Policia Cívil, em anexo, foi encaminhado cópia dos mesmos e demais documentos aos representantes dos dois requeridos para que fossem tomadas as devidas providências sobre o caso.
Apesar de os autores terem tentado vários contatos pessoais ou por telefone com os representantes dos requeridos, não houve qualquer retorno por parte do primeiro requerido, já o segundo requerido informou que não se responsabilizará pelos fatos. 
Nesse sentido, devido à falta de razoabilidade necessária para resolver tal litígio, insurge tal demanda a ser analisada por este M.M. Juízo.
II – DO DIREITO 
Em face dos danos que se sucederam, pretende Autor haver dos Requeridos reparação correspondente, razão pela qual busca, pela via da presente ação, a prestação jurisdicional respectiva.
Através dos fatos supra narrados, dúvidas não pairam de que o relógio subtraído foi roubado nas dependências do estabelecimento do primeiro requerido, sob a vigilância e responsabilidade do segundo requerido e mais, que tal conflito poderia ser facilmente resolvido caso o mesmo abrisse a possibilidade de entendimento sobre o caso.
Pelas circunstâncias em que o crime aconteceu estamos diante de um caso fortúito interno, uma vez que O AUTOR foi submetido a risco inerentes ao serviço de estacionamento do local, não prosperando qualquer alegação de aplicação do art. 393 do Código Civil, que trata da exclusão da responsabilidade do devedor. 
Não resta qualquer dúvida de que os danos deverão ser suportados pelos Requeridos na forma dos artigos 186 e 927 do Código Civil. A obrigação de indenizar nasce, no caso em tela, do roubo no estacionamento do primeiro requerido, sob a vigilância e responsabilidade do segundo requerido.
Essa também é a conclusão que deve ser aplicada, ao analisar o caso concreto sob o prisma da Lei consumerista, uma vez que o o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor impoe ao consumidr a responsabilidade pela reparação de danos causados aos consumidores por defeitos relativos á prestação de servicos, independentemente da existência de culpa.
No caso, os requeridos têm o dever de guarda, pois criam, para o usuário, uma legítima expectativa quanto à proteção, à segurança proporcionada.
Importa destacar que a proteção consumerista se opera ainda que o consumidor não tenha ultrapassado a cancela do estacionamento ou mesmo que este esteja localizado na via pública, como aconteceu no caso concreto.
Outrosssim, na análise casos similares a jusrisprudência do STJ tem firmado entendimento pela adoção de interpretação extensiva da Sumula 130, reconhecendo a reponsabilidade estabelecimento comercial no caso de assaltos à mão armada praticados contra os clientes. É o caso do EREsp nº 1.431.606/SP e 2ª Seção, DJe 2/5/2019.
III – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer:
a) O recebimento e processamento da presente demanda;
b) A citação da Requerida no endereço informado, para querendo, responder no prazo legal, sob pena de revelia e confissão;
c) A concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015;
d) Que seja deferida a inversão do ônus da prova, diante do artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor;
e) Designação de audiência de conciliação, com fulcro ao artigo 334 do Código de Processo Civil;
f) Sejam julgados procedentes os pedidos, para condenar a Requerida ao pagamento de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), a título de danos materiais, devidamente corrigidos, visto a ausência de prestação de serviço nos moldes contratados; e R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a título de danos morais.
g) A produção de todos os tipos de provas cabíveis admitidas em direto.
h) E por fim, pugna pela condenação da Requerida ao pagamento de honorários sucumbenciais em 20% (vinte por cento) conforme dispõe o art. 85, dada a natureza da causa e o trabalho desenvolvido, nos termos do caput do Código de Processo Civil l.
Dá-se a causa o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
Termos em que, pede deferimento.
Cidade/UF, dd de mm de aaaa.
Advogado
OAB nº XXXX
Advogado
OAB nº XXXX