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LeiLeiLeiLei dededede IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução àsàsàsàs NormasNormasNormasNormas dededede DireitoDireitoDireitoDireito BrasileiroBrasileiroBrasileiroBrasileiro (LINDB)(LINDB)(LINDB)(LINDB) PROFA. THAIS TEIXEIRA RODRIGUES A referida lei encontra assentamento legal no Decreto-Lei nº 4657/42, com 19 (dezenove) artigos, e nas Leis Complementares nº 95/98 e 107/2001. Sofreu modificação em sua ementa, através da Lei nº 12.376, de 30 de dezembro de 2010, a chamada Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) passando a se chamar de Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB).Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB). Serve para regular a elaboração e aplicação das normas de todo sistema legal, pois consiste em norma jurídica autônoma, aplicável sobre todo o ordenamento jurídico. Estruturalmente a Lei divide-se em: Art. 1º e 2º. – Vigência das normas; > Art. 3º – Obrigatoriedade geral e abstrata das normas; > Art. 4º – Integração normativa; > Art. 5º Interpretação das normas; � Art. 6º – Aplicação da norma no tempo � Art. 6º – Aplicação da norma no tempo � Art. 7º e seguintes – Aplicação da lei no espaço Art. 1º - Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada. Esse prazo será válido desde que a lei não divulgue um, com a determinada citação “Esta lei entra em vigor após decorridos (número de dias) de sua publicação”. Esse intervalo para a lei entrar em vigor (vacatio legis) é um tempo para que a sociedade possa ter conhecimento dessa nova norma.possa ter conhecimento dessa nova norma. Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. DA CONTINUIDADE OU PERMANÊNCIA DA NORMA Art 2. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. Se a lei superou a vacatio legis e entrou em vigor, em regra se submete ao princípio da continuidade ou permanência, leia-se: permanece em vigor até que outra, no todo ou em parte, venha revogá-la.parte, venha revogá-la. DA CONTINUIDADE OU PERMANÊNCIA DA NORMA Art. 2º ... § 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. • Quanto à extensão: a) Ab-Rogação – revogação total, a) Ab-Rogação – revogação total, b) Derrogação – em parte • Quanto à forma: a) Expressa – Deve ser a regra b) Tácita – Decorre de incompatibilidade ou quando uma nova norma regula todo o tema da lei anterior, com colisões, pode ser dar com fulcro no critério hierárquico, cronológico e especial ART. 2... §2 A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. § 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Trata-se da repristinação, que restabelece a vigência de uma lei revogada pela revogação da lei que a tinha revogado e só se dá por dispositivo expresso da norma; caso contrário, não se restaura a lei revogada. Ex: A revogada por B revogada por C _______ DA INTEGRAÇÃO NORMATIVA Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. a) O legislador não tem como abarcar todos os tipos de conflitos possíveis em uma sociedade, havendo lacunas aparentes.lacunas aparentes. b) É vedado ao magistrado deixar de julgar a lide alegando lacuna ou qualquer outra justificativa. DA INTEGRAÇÃO NORMATIVA Consiste em um método de interpretação jurídica utilizado quando, diante da ausência de previsão específica em lei, se aplica uma disposição legal que regula casos idênticos, semelhantes, ao da controvérsia Analogia Costume É a prática reiterada de determinados comportamentos por certos povos em uma determinada época. Costume praeter legem – O verdadeiro método integrativo, os quais incidem no silêncio da norma, antecede a lei escrita e é aplicado em lugar dela, de forma supletiva. Costume secundum legem – é o costume que decorre da lei, por ela expressamente prevista, de aplicação autorizada , são hipóteses em que o próprio legislador resolve não disciplinar a matéria, remetendo aosautorizada , são hipóteses em que o próprio legislador resolve não disciplinar a matéria, remetendo aos costumes. Neste caso não há lacuna, mas sim opção legislativa. Costume contra legem – é o costume que se opõe à lei, contrário a ela, tornando-se o mais polêmico e não há unanimidade em sua aceitação. Isso significa em termos práticos que existe uma lei em pleno vigor, mas que a conduta popular a ela contraria. Princípios Gerais de Direito Os princípios gerais são as regras que, embora não estejam escritas, servem como mandamentos que informam e dão apoio ao direito, utilizados como base para a criação e integração das normas jurídicas, respaldados pelo ideal de justiça. Enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico,compreensão do ordenamento jurídico, INTERPRETAÇÃO DA LEI Art. 5º. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. A norma para ter eficácia prática, precisa ter um propósito na sociedade, e este será analisado pelo juiz no momento da interpretação da lei no caso sub judice.analisado pelo juiz no momento da interpretação da lei no caso sub judice. APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO Art. 6º. A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada Quando uma lei nova chega para regulamentar certa matéria, ela se aplica aos fatos pendentes, especificamente suas partes novas, e aos fatos futuros, conforme artigo 6º da LINDB e artigo 5º, XXXVI da CF. Infere-se, portanto, a existência do princípio da irretroatividadeLINDB e artigo 5º, XXXVI da CF. Infere-se, portanto, a existência do princípio da irretroatividade da norma. Assim, a regra é que não pode alcançar a nova lei fatos pretéritos à sua vigência. APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré- estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. EFICÁCIA DA LEI NO ESPAÇO Art. 7o e seguintes Tendo em vista a soberania nacional o Direito Brasileiro está submetido ao Princípio da Territorialidade. No território brasileiro aplica-se, em regra, a lei brasileira. Excepcionalmente, porém, é aplicável a norma estrangeira no território brasileiro, desde que haja disposição legal expressa neste sentido.expressa neste sentido. a) Estatuto Pessoal – aplica-se a lei do domicílio para reger: nome; capacidade; personalidade e direito de família. b) Conflito sobre bens imóveis situados fora do Brasil aplica-se a lei do lugar onde estiver situado c) O contrato internacional se reputa formado onde residir o seu proponente, sendo esta ac) O contrato internacional se reputa formado onde residir o seu proponente, sendo esta a legislação aplicável e o foro competente d) Aplica-se a lei sucessória mais benéfica para sucessão de bens de estrangeiros situados no Brasil, quando há herdeiros brasileiros. e) As sentenças, cartas rogatórias e laudos arbitrais estrangeiros podem ser executados no Brasil, desde que: I) Homologação pelo STJ II) Prova do Trânsito em Julgado da Sentença EstrangeiraIII) Filtragem ConstitucionalIII) Filtragem Constitucional