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86 b) Na implantação da empresa açucareira, do Brasil colonial, os índios foram menos utilizados como mão de obra inten- siva não propiciavam lucros para os traficantes portugue- ses, descumprindo a lógica do mercantilismo. c) No início, boa parte dos colonos portugueses vinha para instalar pequenas fazendas e trabalhar com suas famílias, objetivando a sobrevivência, fator que reduziu a necessida- de de utilizar mão de obra indígena na lavoura. d) Diante da necessidade de realizar a atividade com mui- to baixo custo, os traficantes portugueses organizaram a empresa açucareira com base no escambo,utilizando a mão de obra indígena na produção de subsistência. e) No período colonial brasileiro a não utilização do trabalho escravo indígena deveu-se à belicosidade dos grupos indí- genas, à abundância de terras e à não aceitação por parte dos jesuítas do trabalho compulsório dos índios. 5. (FCC – 2016) Com a decadência da economia açucareira no Brasil, Portugal passou a estimular a procura de ouro. O precio- so metal foi finalmente encontrado na última década do século XVII, e sua exploração a) possibilitou a ocupação, o povoamento e a exploração da região mineira. b) favoreceu o aumento das atividades urbanas e industriais na cidade do Rio de Janeiro. c) introduziu o tráfico de escravos e facilitou a integração do índio na sociedade mineira. d) desarticulou as relações com a Inglaterra e a produção algodoeira na região nordestina. e) dizimou a população indígena e destruiu as estruturas agrárias concentradas no Rio de Janeiro. Æ ARTES, CULTURA E SOCIEDADE COLONIAIS 6. (FCC – 2021) Considere o texto abaixo: Negro da Guiné e gentio da Guiné foram as primeiras designa- ções utilizadas para marcar a origem dos escravos africanos chegados à Bahia no século XVI. Mais do que um registro de procedência, estas expressões queriam significar a condição mesma de escravo na linguagem corrente da época. Seu uso se generalizara em Portugal,desde o final do século, quando o tráfico de escravos começou a se transformar na mais potente empresa comercial daquele país. A multiplicidade cultural da África passava a ser ignorada pelos portugueses na razão direta em que o caráter de mercadoria se incorporava ao conjunto da população. (OLIVEIRA, Maria Inês Côrtes de. Quem eram os “Negros da Guiné”? A origem dos africanos na Bahia. Salvador, Revista Afro/Ásia, 19/20, 1997, p. 37) De acordo com a autora, a) os primeiros escravizados que desembarcaram na Bahia após o sequestro no continente africano foram oriundos da Costa Oriental da África, onde havia homogeneidade de povos. b) o termo “Negro da Guiné” representa uma visão pluralista, usada pelos comerciantes de escravos para identificar os nativos africanos. c) os escravos traficados para Bahia foram classificados a par- tir de uma visão homogeneizadora, que desprezava a mul- tiplicidade dos povos africanos. d) o “gentio da Guiné” era o escravizado, que ao chegar em solo baiano, passava a ser identificado por seus traços culturais, preservando-se o nome original do povo africano ao qual pertencia. e) as designações “Negro da Guiné” e “gentio da Guiné” iden- tificavam os crioulos trazidos para os engenhos de cana do Recôncavo, região de maior rentabilidade comercial para os lusos. 7. (FCC – 2019) A destruição do Quilombo dos Palmares, no sécu- lo XVII, após os ataques empreendidos pelas forças comanda- das pelo bandeirante paulista Domingos Jorge Velho a) ocorreu após várias investidas armadas no local, situado na atual região do Nordeste, e que abrigava, sob o nome “Pal- mares”, uma grande confederação de quilombos, nos quais viviam, além de negros, mestiços, brancos pobres e indígenas. b) resultou na morte do líder Zumbi, nascido em Palmares, logo sucedido por Ganga Zumba, responsável por fun- dar um novo quilombo similar na região serrana de Minas Gerais, em um lugar de mais difícil acesso. c) representou um marco histórico na repressão aos quilom- bos, uma vez que, após essa derrota, os quilombos deixaram de ser organizados no meio rural, dando lugar a revoltas urbanas planejadas por irmandades e sociedades de ajuda mútua constituídas por alforriados. d) fortaleceu o bandeirantismo em São Paulo, particularmen- te as bandeiras de apresamento, destinadas à captura e ao comércio de negros escravizados fugidos, em um contexto de crise do tráfico negreiro com implicações no forneci- mento de mão de obra escrava para as colônias portuguesas. e) desencadeou, nas fazendas de cana-de-açúcar, o imedia- to afrouxamento das penalidades e castigos aplicados aos escravos, na perspectiva de se evitarem as fugas e a possível formação de novos quilombos, ao se constatar a dimensão de Palmares, com mais de 20 mil pessoas, e a resistência dos quilombolas aos ataques. 8. (FCC – 2018) São características da atuação dos Jesuítas no Brasil colonial: a) a vida em mosteiros com rígida disciplina interna; o empe- nho na educação cristã, abarcando a alfabetização de indígenas e africanos; a criação e administração de Univer- sidades católicas. b) o estabelecimento de missões em regiões com potencial de exploração econômica, como as drogas do sertão; a defesa dos indígenas ante os ataques dos bandeirantes; a forma- ção da elite colonial segundo princípios iluministas. c) a expansão das fronteiras do território português; a conver- são de judeus ao cristianismo segundo as leis inquisitoriais; a pacificação dos conflitos intertribais, soba justificativa da Guerra Justa. d) a mobilidade dentro do território; a preocupação com a conver- são dos indígenas ao catolicismo; o estabelecimento de colégios em várias cidades da Colônia, como o Colégio da Bahia. e) a pregação e a manutenção da fé cristã entre os coloniza- dores; o combate à escravidão, sobretudo a de negros; e o cultivo e exportação da cana de açúcar nas missões. 9. (FCC – 2018) Ao longo do período colonial brasileiro, uma par- te das crianças abandonadas era deixada a) sob a tutela do Estado, que as entregava a orfanatos públi- cos presentes nas grandes cidades brasileiras. b) em creches especialmente criadas para crianças de até 7 anos, o que seguia um inovador modelo francês. c) nas portas das Santas Casas de Misericórdia, onde eram deixadas nas rodas dos expostos. d) em Fundações de Bem-Estar do Menor, especialmente cria- das pela Coroa portuguesa. e) nas Câmaras municipais, que as encaminhavam para serem adotadas e educadas pelas famílias ricas da cidade. 10. (FCC – 2016) Tanto na América espanhola como na por- tuguesa, a pregação da fé cristã aos nativos contribuiu para a dominação das populações indígenas por parte das metrópo- les, uma vez que