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Anemia em Período de Internação

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FACULDADE SERRA DA MESA - FASEM 
 
 
 
 
 
ADRIANA APARECIDA SILVA 
 
 
 
 
ANEMIA EM PERÍODO DE INTERNAÇÃO 
 
 
 
 
 
Publicação nº: XX/2023 
 
 
 
 
URUAÇU - GO 
2023 
FACULDADE SERRA DA MESA - FASEM 
 
 
 
ADRIANA APARECIDA SILVA 
 
 
 
 
 
ANEMIA EM PERÍODO DE INTERNAÇÃO 
 
 
 
 
Artigo Científico apresentado ao curso de 
pós graduação em oncologia e 
hematologia da Faculdade Serra da Mesa 
– FASEM– como requisito para a obtenção 
do grau de especialista em oncologia e 
hematologia, sob a orientação do(a) 
prof.(a) DR.. 
 
 
 
 
 
 
URUAÇU - GO 
2023 
FACULDADE SERRA DA MESA - FASEM 
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ONCOLOGIA E HEMATOLOGIA 
 
 
ANEMIA EM PERÍODO DE INTERNAÇÃO 
 
ADRIANA APARECIDA SILVA 
 
 
ARTIGO CIENTÍFICO DE PÓS GRADUAÇÃO APRESENTADA COMO PARTE DOS 
REQUISITOS NECESSÁRIOS À OBTENÇÃO DO GRAU DE ESPECIALISTA. 
 
APROVADA POR: 
 
___________________________________________ 
PROF 
FORMAÇÃO 
ORIENTADOR 
 
___________________________________________ 
PROF 
FORMAÇÃO 
EXAMINADOR 
 
___________________________________________ 
PROF 
FORMAÇÃO 
EXAMINADOR 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 
2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................... 7 
2.1 Definição e classificação da anemia ..................................................................... 8 
2.2 Internação Hospitalar .......................................................................................... 10 
2.3 Prevalência da anemia em contextos hospitalares ............................................. 12 
3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 15 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 16 
5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 20 
6 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
ANEMIA EM PERÍODO DE INTERNAÇÃO 
 
ANEMIA DURING ADMISSION 
ADRIANA APARECIDA SILVA 1 
Prof2 
 
RESUMO 
O estudo apresentado em tela visa compreender uma série de complexidades que podem ser 
causadas por parte de um quadro de anemia no paciente em período de internação. O estudo 
se justifica em uma intenção de compreensão das causas, impactos e tratamento sobre este 
quadro. O problema de estudo foi quais as complexidades, causas e consequências da 
prevalência de anemia em período de internação. o objetivo geral da pesquisa é investigar a 
anemia em pacientes durante o período de internação hospitalar. Ao final do estudo 
compreende-se em como a anemia é um problema complexo, multifatorial, que depende de 
diagnósticos corretos e especialmente deve ser levada em grande importância diante de um 
quadro de internação, seja por impedir a recuperação por outros causas ou por si só, 
demandando ação de equipe multidisciplinar para sua solução. 
 
Palavras-chave: Anemia. Internação. Enfermagem. 
 
ABSTRACT 
caused by anemia in the patient during hospitalization. The study is justified with the intention 
of understanding the causes, impacts and treatment of this condition. The study problem was 
what are the complexities, causes and consequences of the prevalence of anemia during 
hospitalization. The general objective of the research is to investigate anemia in patients during 
their hospital stay. At the end of the study it is understood how anemia is a complex, 
multifactorial problem, which depends on correct diagnoses and especially must be taken with 
great importance when faced with hospitalization, whether because it impedes recovery due 
to other causes or by itself, demanding multidisciplinary team action for its solution. 
 
Key words: Anemia. Hospitalization. Nursing. 
 
1 INTRODUÇÃO 
O estudo apresentado em tela visa compreender uma série de complexidades 
que podem ser causadas por parte de um quadro de anemia no paciente em período 
de internação, seja por ocorrência anterior ao período de internação ou por 
prevalência do quadro dentro da unidade hospitalar. 
A anemia é uma condição médica caracterizada pela redução dos níveis de 
hemoglobina no sangue, o que pode resultar na diminuição da capacidade do sangue 
de transportar oxigênio para os tecidos do corpo. Ela pode ocorrer em diversas 
 
1 Graduando do curso de. 
2 Profª. Orientador 
7 
situações, sendo uma preocupação significativa em pacientes durante períodos de 
internação hospitalar (VIETH, 2014). 
A anemia em pacientes hospitalizados pode ser causada por uma variedade 
de fatores, incluindo doenças crônicas subjacentes, cirurgias, traumas, deficiências 
nutricionais e efeitos colaterais de tratamentos médicos. Esta condição não apenas 
impacta o bem-estar do paciente, mas também pode prolongar o tempo de 
recuperação e aumentar os riscos associados a outras complicações de saúde. Neste 
contexto, é crucial compreender as causas, os sintomas, os métodos de diagnóstico 
e as opções de tratamento da anemia em períodos de internação, a fim de 
proporcionar aos pacientes um cuidado de qualidade e melhorar seus resultados 
clínicos (SANTIS, 2019). 
Este texto explorará esses aspectos fundamentais da anemia em contextos 
hospitalares, fornecendo informações essenciais para profissionais de saúde e 
pacientes que enfrentam essa condição durante a internação. Assim, o texto se 
justifica em uma intenção de compreensão das causas, impactos e tratamento sobre 
este quadro. 
Considerando tais informações, o problema de estudo gira em torno da 
prevalência de anemia diante de um quadro de internação e das justificativas já 
apresentadas, em uma questão norteadora: Quais as complexidades, causas e 
consequências da prevalência de anemia em período de internação? 
Visando solucionar o problema de pesquisa, o objetivo geral da pesquisa é 
investigar a anemia em pacientes durante o período de internação hospitalar. Já os 
objetivos específicos sendo: Apresentar a definição e classificação da anemia; 
analisar as complexidades de um quadro de internação hospitalar; informar sobre a 
prevalência da anemia em contextos hospitalares. 
O estudo adiante é dividido em revisão de literatura que apresenta uma série 
de informações e quesitos para compreensão do tema, metodologia de estudo que 
expõe a forma e intenções de estudo desenvolvido, o ponto de resultados e 
discussões que leva a reflexão do estudo e suas conclusões gerais. 
 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
8 
2.1 Definição e classificação da anemia 
A anemia é uma condição hematológica caracterizada pela redução na 
concentração de hemoglobina no sangue, o que resulta na diminuição da capacidade 
do sangue de transportar oxigênio para os tecidos e órgãos do corpo. Esta condição 
é comum em todo o mundo e pode ser causada por uma variedade de fatores, 
incluindo deficiências nutricionais, doenças crônicas, distúrbios genéticos e outras 
condições médicas subjacentes. A classificação da anemia é essencial para o 
diagnóstico e tratamento adequados, uma vez que diferentes causas podem requerer 
abordagens terapêuticas distintas. 
A anemia é uma condição patológica caracterizada pela diminuição na massa 
de hemoglobina e na massa eritrocitária, contudo, a mera redução na concentração 
de hemoglobina não é suficiente para diagnosticar a anemia, já que esse achado pode 
ser observado em situações fisiológicas, como durante o segundo trimestre da 
gravidez, especialmente por volta da 24ª semana, devido à hemodiluição. Para fins 
práticos, entretanto, a concentração de hemoglobina (ou o hematócrito) continua 
sendo o parâmetro laboratorial mais comumente utilizado para identificar a presençade anemia (SANTIS, 2019). 
A anemia é uma das condições médicas mais comuns, afetando milhões de 
pessoas em todo o mundo, ela resulta em sintomas variados, como fadiga, fraqueza, 
palidez, taquicardia e dificuldade respiratória, todos decorrentes da redução da 
capacidade do sangue em transportar oxigênio. A definição precisa da anemia e sua 
classificação adequada são cruciais para a determinação da causa subjacente e a 
implementação de um tratamento eficaz (VIETH, 2014). 
A anemia é definida como uma condição em que a concentração de 
hemoglobina no sangue está abaixo dos valores normais para a faixa etária, sexo e 
altitude geográfica do paciente. A hemoglobina é uma proteína presente nas hemácias 
(glóbulos vermelhos) que se liga ao oxigênio nos pulmões e o transporta para os 
tecidos do corpo. Portanto, a anemia resulta em uma diminuição da capacidade de 
transporte de oxigênio, levando a uma série de sintomas (VIETH, 2014). 
Os valores de hemoglobina que definem a anemia podem variar ligeiramente 
de acordo com as diretrizes e referências utilizadas, mas geralmente ficam entre 
menos de 13,5 gramas de hemoglobina por decilitro de sangue em homens adultos, 
ou menos de 12 gramas de hemoglobina por decilitro de sangue em mulheres adultas 
(SANTIS, 2019). 
9 
A classificação da anemia é uma ferramenta fundamental para determinar a 
causa subjacente da condição e orientar o tratamento adequado. Existem várias 
formas de classificar a anemia, sendo as mais comuns baseadas em critérios 
etiológicos, morfológicos e fisiopatológicos (SANTIS, 2019). 
Em classificação etiológica, é possível apresentar-se por deficiência de ferro, 
hemolítica e aplástica, anemia por deficiência de ferro é a forma mais comum de 
anemia e resulta da insuficiência de ferro no organismo, necessário para a produção 
de hemoglobina. No caso da anemia hemolítica as hemácias são destruídas de forma 
acelerada, levando à redução da hemoglobina, pode ser causada por fatores 
genéticos, autoimunidade, infecções ou exposição a substâncias tóxicas. A Anemia 
aplástica é caracterizada pela diminuição na produção de hemácias devido à 
disfunção da medula óssea, muitas vezes causada por agentes tóxicos, radiação ou 
doenças autoimunes. 
Já em classificação morfológica, há a anemia microcítica, normocítica e 
macrocítica. Anemia microcítica é caracterizada por glóbulos vermelhos menores que 
o normal, frequentemente devido à deficiência de ferro. No tipo de anemia normocítica 
as hemácias têm um tamanho normal, mas a quantidade de hemoglobina está 
reduzida. Já a anemia macrocítica é caracterizada por glóbulos vermelhos maiores 
que o normal, muitas vezes associada a deficiências de vitamina B12 ou ácido fólico. 
Em relação aos aspectos fisiopatológicos que são comuns a todos os tipos de 
anemia, a hemoglobina desempenha um papel fundamental no transporte de oxigênio 
dos pulmões para os tecidos. A captação e a liberação do oxigênio pela hemoglobina 
são influenciadas por diversos fatores, incluindo temperatura, pH, concentração de 
CO2 e a quantidade de 2,3-DPG. A curva de dissociação da oxi-hemoglobina 
representa a relação entre a saturação de oxigênio, a pressão parcial de oxigênio e o 
conteúdo de hemoglobina. 
A redução na massa de hemoglobina pode levar a uma diminuição 
significativa na capacidade de transporte de oxigênio e na sua liberação para os 
tecidos, o que se torna mais evidente em situações em que a demanda por oxigênio 
aumenta abruptamente (COELHO, 2019). 
A diminuição na concentração de hemoglobina desencadeia mecanismos de 
compensação no organismo, como o aumento do débito cardíaco, a redistribuição do 
fluxo sanguíneo para órgãos vitais e o aumento do influxo de líquido do espaço 
extravascular para o intravascular, entre outros. No entanto, é importante observar 
10 
que esses mecanismos tendem a ser menos eficazes em indivíduos idosos ou 
debilitados (VIETH, 2014; MACHADO, 2019). 
Em síntese, a anemia é uma condição clínica amplamente prevalente que se 
manifesta de várias formas, dependendo da causa subjacente. A definição precisa da 
anemia e sua classificação adequada são essenciais para a identificação da causa 
raiz e a seleção do tratamento adequado. Uma abordagem multidisciplinar envolvendo 
médicos, hematologistas e nutricionistas é frequentemente necessária para o 
diagnóstico e tratamento bem-sucedidos da anemia, visando aliviar os sintomas do 
paciente e tratar a causa subjacente. 
 
 
2.2 Internação Hospitalar 
A internação hospitalar envolve a admissão de pacientes em um hospital ou 
clínica com o objetivo de fornecer tratamento, monitoramento e cuidados médicos. 
Esse processo pode ser planejado, como no caso de cirurgias eletivas ou tratamento 
de condições crônicas, ou emergencial, como nos casos de acidentes graves ou 
doenças súbitas. A internação hospitalar compreende um amplo espectro de serviços 
de saúde, que incluem desde cuidados básicos, como administração de 
medicamentos, até procedimentos cirúrgicos altamente complexos (SOUSA, 
GLORIA, CARDOSO, 2011). 
Esta internação é de extrema importância para combater casos complexos de 
anemia, ou para outras doenças, podendo ainda levar a um conhecimento da anemia 
dentro do quadro de internação, assim observando que a anemia pode ser causadora 
ou facilitador de outros problemas do indivíduo internado (SOUSA, GLORIA, 
CARDOSO, 2011). 
Além disso, a internação hospitalar não se limita apenas aos aspectos 
clínicos, mas também envolve a atenção à saúde mental, tratando transtornos 
psiquiátricos e oferecendo apoio psicossocial aos pacientes. Assim, a internação 
hospitalar vai muito além de simplesmente alocar o paciente em um local, sendo então 
uma complexa gama de proteção e cuidados para o paciente. 
O cuidado em internação hospitalar é um tema de grande importância nos 
serviços de saúde, devido à sua centralidade na assistência médica e aos elevados 
custos associados a ele. Compreender os fatores relacionados à utilização dos 
serviços hospitalares e os cuidados apresentados desempenha um papel fundamental 
11 
na elaboração de políticas voltadas para a melhoria da eficiência do sistema de saúde 
brasileiro (SOUSA, GLORIA, CARDOSO, 2011). 
A assistência hospitalar surge como uma abordagem de cuidados necessária 
para atender às demandas atuais de pacientes que necessitam de cuidados 
contínuos, incluindo tanto aqueles em estágio terminal quanto os que sofrem de 
doenças crônicas. Essa modalidade de assistência busca evitar hospitalizações que 
expõem esses indivíduos a riscos de infecções e também os afastam de seus 
ambientes familiares. 
No início do século XXI, a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu uma 
declaração sobre a importância da assistência hospitalar, justificando essa 
abordagem em resposta à crescente necessidade de cuidados de longo prazo para 
doenças crônicas. Essa necessidade tem se ampliado em decorrência da transição 
demográfica e epidemiológica observada nos últimos anos (OLIVEIRA, 2012). 
O ambiente hospitalar é um espaço artificial no qual as características 
humanas podem estar em risco de se diluírem. Complementando essa perspectiva, é 
importante ressaltar que o ambiente hospitalar tende a despersonalizar os indivíduos, 
pois seus corpos frequentemente são despojados daquilo que lhes confere uma 
identidade específica e os insere em sua própria história (SOUSA, GLORIA, 
CARDOSO, 2011). 
Assim, alimentação, emocional, mental e outros fatores humanos associados 
a relações sociais são extremamente prejudicados no ambiente de internação 
hospitalar, isto ocorrendo em detrimento de solucionar problemas mais urgentes. Vale 
informar então, que em tais casos é fácil que a alimentação seja prejudicada e levando 
a prevalência de quadros de anemia (OLIVEIRA, 2012). 
Embora os hospitais sejam locais de acumulação e avanço do conhecimento 
médico, oferecendo acesso à tecnologia e atendimentoágil, também podem ser 
ambientes onde a individualidade muitas vezes se perde, com costumes e hábitos não 
sendo devidamente respeitados, e rotinas impostas. Assim, garantindo que os 
problemas mais urgentes do paciente sejam solucionados rapidamente e possa ser 
retornada a sua vida comum (SOUSA, GLORIA, CARDOSO, 2011). 
Uma das principais atualidades na internação hospitalar é o impacto da 
tecnologia e da inovação, os avanços na medicina e na tecnologia médica têm 
permitido tratamentos mais precisos e menos invasivos. A telemedicina, por exemplo, 
está sendo cada vez mais utilizada para monitorar pacientes internados e permitir 
12 
consultas médicas à distância, reduzindo a necessidade de hospitalização prolongada 
(VIETH, LANE, 2014). 
As tecnologias costumam reduzir os casos de internação e ainda mais 
reduzindo o tempo de internação pro certas afecções, em especial as questões de 
prevalência de anemia costumam ser solucionadas com certa eficiência e rapidez. 
Ainda mais, na atualidade, em que diversos exames de rotina apontam tal questão de 
anima e são facilmente solucionados com suplementação em casos simples 
(OLIVEIRA, 2012). 
A abordagem multidisciplinar na internação hospitalar é uma atualidade que 
ganha destaque. Profissionais de diversas áreas, como médicos, enfermeiros, 
fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais, trabalham em conjunto para fornecer 
cuidados abrangentes e integrados aos pacientes. Essa abordagem visa não apenas 
tratar a doença, mas também considerar o paciente como um todo, levando em conta 
aspectos físicos, emocionais e sociais; garantindo maior sucesso nos tratamentos 
(OLIVEIRA, 2012). 
Em síntese, a internação hospitalar é uma parte essencial do sistema de 
saúde moderno. Seu conceito abrange uma ampla gama de serviços de saúde, desde 
o tratamento de doenças complexas até a atenção à saúde mental. As atualidades na 
internação hospitalar refletem o avanço da tecnologia, a importância da humanização 
dos cuidados e a abordagem multidisciplinar. Além disso, sua importância na 
sociedade contemporânea é inegável, uma vez que desempenha um papel crucial no 
tratamento de doenças, na formação de profissionais de saúde, na pesquisa médica 
e no controle de doenças. 
 
 
2.3 Prevalência da anemia em contextos hospitalares 
É importante que os profissionais de saúde avaliem regularmente os 
pacientes durante a internação hospitalar, identificando fatores de risco e tomando 
medidas para prevenir, diagnosticar e tratar a anemia, quando necessário. Isso pode 
incluir o uso de suplementos de ferro, transfusões de sangue, ajustes na medicação 
e monitoramento contínuo dos níveis de hemoglobina e glóbulos vermelhos. O 
tratamento da anemia durante a internação é essencial para garantir uma recuperação 
eficaz e a saúde do paciente. 
13 
A primeira etapa na avaliação do paciente é determinar se ele realmente 
possui anemia. De acordo com a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), 
a anemia é caracterizada por uma concentração de hemoglobina (Hb) inferior a 12 
g/dL para mulheres pré-menopausa e inferior a 13,0 g/dL para homens e mulheres na 
fase pós-menopausa, com ambos os valores considerados para o nível do mar 
(ESPÍNDOLA, NOGUEIRA, QUEIROZ, CARTAXO, 2021). 
É importante observar que a recomendação de usar 13,0 g/dL como limite 
inferior para homens tem gerado críticas, sendo considerado por muitos como um 
valor muito baixo. Alguns especialistas propõem valores ligeiramente mais altos, como 
13,7 g/dL para homens caucasianos entre 20 e 59 anos, 13,2 g/dL para aqueles com 
60 anos ou mais, e 12,2 g/dL para mulheres com 20 anos ou mais. Para adultos 
afrodescendentes, os limites inferiores recomendados são de 12,9 g/dL (20-59 anos) 
e 12,7 g/dL (≥ 60 anos) para homens, e 11,5 g/dL para mulheres com mais de 20 anos. 
Essa diferenciação pode ser atribuída à alta prevalência da talassemia α na população 
afrodescendente (VIETH, LANE, 2014). 
Além disso, é relevante notar que se aceita uma queda ligeira na concentração 
de hemoglobina em homens idosos, especialmente nos octogenários, que pode 
chegar a aproximadamente 1,0 g/dL. Essa diminuição é associada à redução dos 
níveis de testosterona observada nos homens idosos (MACHADO, 2019). 
A anemia pode ser categorizada de acordo com diferentes critérios, levando 
em consideração o tempo de desenvolvimento (aguda ou crônica), a causa subjacente 
(diminuição da produção - hipoproliferativa, aumento da destruição dos eritrócitos - 
perda ou hemólise) e o tamanho das hemácias em relação ao volume corpuscular 
médio (VCM) (normocítica/normocrômica, macrocítica e microcítica/hipocrômica). 
Essa última forma de classificação das anemias oferece uma vantagem prática, 
orientando o médico na investigação da causa, principalmente porque, além das 
manifestações clínicas, o médico geralmente dispõe, em uma fase inicial, dos 
resultados do hemograma, incluindo os valores hematimétricos e as contagens de 
células das outras séries (leucócitos e plaquetas), o que também é útil para o 
estabelecimento do diagnóstico (MACHADO, 2019). 
A anemia pode indicar a presença de uma condição anterior que leva à 
hospitalização do indivíduo, aumentando assim o risco de mortalidade e prolongando 
a estadia no hospital. Muitas vezes, a origem do processo de adoecimento permanece 
desconhecida e não é devidamente descrita, resultando em uma investigação 
14 
insuficiente que não permite a obtenção de um diagnóstico real e tratamento eficaz, o 
que pode agravar a condição do paciente (NEUMAN, 2000). 
Além disso, problemas podem surgir devido à falta de comunicação entre os 
médicos, bem como entre médicos e farmacêuticos, impedindo a troca de opiniões 
valiosas para o diagnóstico correto. É fundamental também promover o diálogo entre 
médico e paciente, bem como entre farmacêutico e paciente, a fim de obter uma 
anamnese mais completa e precisa (NEUMAN, 2000). 
A falta de ingestão adequada de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico pode levar 
à anemia nutricional, que é comum em pacientes hospitalizados que têm uma dieta 
restrita ou condições que prejudicam a absorção de nutrientes. Pacientes internados 
frequentemente têm doenças crônicas, como doenças renais, inflamatórias ou 
neoplasias malignas, que podem contribuir para a anemia devido a inflamação 
crônica, insuficiência renal ou tratamentos associados (ESPÍNDOLA, NOGUEIRA, 
QUEIROZ, CARTAXO, 2021). 
Cirurgias, traumas ou úlceras gastrointestinais são exemplos de eventos que 
podem causar hemorragias agudas ou crônicas em pacientes internados, resultando 
em perda de sangue e anemia. Algumas condições hematológicas, como anemia 
aplástica, talassemia ou mielodisplasia, podem ser descobertas durante a internação 
ou podem ser a razão pela qual o paciente foi admitido (VIETH, LANE, 2014). 
A alta ocorrência de anemia em pacientes hospitalizados é um fenômeno 
frequente, sendo a anemia de doença crônica a forma mais comum. Isso ressalta a 
importância de uma atenção redobrada por parte dos profissionais de saúde e da 
equipe hospitalar em geral na interpretação desses casos anêmicos. As anemias 
podem ser acometimentos primários ou secundários, e um diagnóstico equivocado 
pode resultar em custos elevados e tratamentos pouco eficazes (NEUMAN, 2000). 
A correta interpretação dos resultados do hemograma e sua correlação com 
o quadro clínico do paciente desempenham um papel fundamental na prevenção do 
agravamento da condição e têm um impacto positivo significativo na recuperação da 
saúde dos pacientes. Portanto, a necessidade de um cuidado minucioso e de uma 
abordagem interdisciplinar é evidente, visando evitar diagnósticos errôneos e 
assegurando uma abordagem terapêutica eficiente para aqueles que sofrem de 
anemia durante o período de internação hospitalar (VIETH, LANE, 2014). 
Diante de tais informações fica claro em como uma equipe multidisciplinar é 
essencialpara atender o paciente internado, ainda mais diante de um quadro de 
15 
anemia, é essencial que vários profissionais estejam de prontidão para prestar apoio 
e interpretar a situação, tomando decisões acertadas e fundamentadas. 
 
 
3 METODOLOGIA 
O estudo científico apresentado em tela tem como intenção a de desenvolver 
uma compreensão sobre a prevalência de anemia em período de internação, 
analisando suas complexidades, informações gerais, causas, tratamentos e pontos de 
atenção em enfermagem. 
A pesquisa visou abordar os elementos essenciais da anemia em ambientes 
hospitalares, oferecendo informações cruciais para profissionais de saúde e pacientes 
que lidam com essa condição durante seu período de internação. Assim, o texto se 
justifica em uma intenção de compreensão das causas, impactos e tratamento sobre 
este quadro. 
Diante da justificativa e informações apresentadas, o problema de estudo visa 
compreensão prevalência de anemia diante de um quadro de internação e das 
justificativas já apresentadas, assim, a questão norteadora é: Quais as 
complexidades, causas e consequências da prevalência de anemia em período de 
internação? 
Para a solução do problema de pesquisa e visando atingir suas finalidades, o 
objetivo geral da pesquisa é investigar a anemia em pacientes durante o período de 
internação hospitalar. Enquanto que os objetivos específicos sendo: Apresentar a 
definição e classificação da anemia; analisar as complexidades de um quadro de 
internação hospitalar; informar sobre a prevalência da anemia em contextos 
hospitalares. 
Esta pesquisa é classificada como de natureza básica, tendo como principal 
objetivo a geração de novos conhecimentos que não sejam diretamente aplicáveis a 
casos específicos no estágio inicial, mas que serão analisados de forma geral e 
posteriormente desenvolvidos para aplicação em contextos específicos. Portanto, 
trata-se de uma pesquisa de caráter geral que busca ampliar o entendimento e obter 
informações iniciais acerca de um tema amplo e complexo. (PRODANOV, 2013). 
Este estudo também se caracteriza como uma pesquisa exploratória com o 
propósito de investigar amplamente um tema e obter uma compreensão geral de um 
tópico. Os resultados da pesquisa exploratória podem ser empregados para aprimorar 
16 
a definição do problema de pesquisa, desenvolver hipóteses mais específicas ou 
questões de pesquisa mais focalizadas, além de identificar áreas que demandem 
estudos futuros mais aprofundados. (PRODANOV, 2013). 
No que diz respeito aos procedimentos técnicos, o estudo em questão é 
caracterizado como uma pesquisa bibliográfica e documental. Neste método, são 
utilizadas fontes de informação que consistem em obras publicadas, como artigos 
científicos, livros, teses, e também outros itens como documentos jurídicos ou 
governamentais que estejam relacionados ao tema de pesquisa. Essa abordagem se 
baseia na análise crítica e na revisão da literatura disponível para embasar e 
contextualizar o estudo, contribuindo para a fundamentação teórica e a obtenção de 
informações relevantes sobre o assunto investigado. (PRODANOV, 2013). 
Este estudo adota uma abordagem de pesquisa que combina elementos 
qualitativos e quantitativos. A abordagem qualitativa é utilizada para explorar e expor 
informações essenciais e constitutivas sobre o tema, bem como para analisar uma 
série de conceitos relacionados. Por outro lado, a abordagem quantitativa é 
empregada para apresentar e analisar um conjunto de dados numéricos relacionados 
ao tema. Portanto, essa pesquisa utiliza tanto métodos qualitativos quanto 
quantitativos para compreender e abordar o problema de pesquisa de forma mais 
abrangente e abrangente. (PRODANOV, 2013). 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Após o desenvolvimento das informações, considera-se claramente que 
anemia é um delicado problema em casos de internação hospitalar, isto pois, diante 
de uma internação podem haver diversos problemas em razão dos procedimentos 
hospitalares, do ambiente e até da alimentação. Existindo ainda causas diversas 
previas ou persistentes a depender de uma condição crônica do paciente em quadro 
de internação. 
As manifestações clínicas da anemia podem variar consideravelmente e 
dependem de vários fatores, incluindo a causa subjacente, a gravidade da condição, 
a rapidez com que se desenvolve, a presença de outras condições médicas e a 
capacidade do paciente de ativar mecanismos de compensação (VIETH, LANE, 
2014). 
17 
Quanto as queixas dos pacientes, as mais frequentemente observadas 
incluem astenia, dispneia e palpitações, especialmente durante atividades físicas, 
tornando-se mais acentuadas à medida que a anemia se agrava. Outras queixas 
relativamente comuns abrangem tontura, cefaleia, zumbidos nos ouvidos, claudicação 
intermitente e dor no peito em pacientes com doença arterial aterosclerótica (VIETH, 
LANE, 2014). 
Além disso, podem surgir queixas específicas associadas a diferentes tipos 
de anemia. Por exemplo, na anemia ferropriva, é comum observar uma perversão do 
apetite, enquanto na anemia por deficiência de cobalamina, podem ocorrer queixas 
neurológicas específicas. Portanto, as manifestações clínicas da anemia são variadas 
e podem ser influenciadas por diversos fatores, tornando o diagnóstico e o tratamento 
dessa condição desafiadores (VIETH, LANE, 2014). 
O exame físico desempenha um papel crucial no diagnóstico e na avaliação 
da anemia, ajudando os profissionais de saúde a identificar possíveis causas e 
direcionar o tratamento adequado com base nos sinais e sintomas apresentados pelo 
paciente. 
Durante o exame físico, é comum observar que os pacientes com anemia 
apresentam palidez e, em certos tipos de anemia, como a ferropriva e a 
megaloblástica, pode-se notar uma hipotrofia das papilas da língua. Outros sinais 
físicos que podem ser observados incluem edema maleolar e, em casos específicos, 
podem surgir outros sintomas (SANTS, 2019). 
A presença de icterícia (coloração amarelada da pele e olhos) e 
esplenomegalia (aumento do tamanho do baço) são indicativos que sugerem a 
possibilidade de anemia hemolítica ou megaloblástica. Outros achados no exame 
físico podem apontar para síndromes de falência ou infiltração da medula óssea, como 
a ocorrência de petéquias (pequenas manchas vermelhas na pele causadas por 
sangramento capilar) e febre. (SANTS, 2019). 
Diante disto, em casos de internação e a presença de quesitos evidentes dos 
sintomas informados anteriormente, é certo que devem ser pedidos exames para 
garantir que o paciente esteja em plena recuperação e que a anemia não seja um 
ponto prejudicial para o paciente. 
Entre os exames a serem solicitados, o hemograma assume um papel de 
destaque devido à sua capacidade de classificar a anemia de acordo com sua 
intensidade e o volume corpuscular médio das hemácias. Além disso, o hemograma 
18 
oferece informações sobre a contagem de leucócitos, bem como sua morfologia, como 
a presença de pleocariócitos e bastonetes gigantes em casos de anemias 
megaloblásticas, e a contagem de plaquetas, que pode estar reduzida em condições 
como falência ou infiltração da medula óssea e na anemia megaloblástica, entre 
outras. Isso o torna um exame fundamental na avaliação da saúde hematológica e no 
diagnóstico de diversas condições médicas (ESPÍNDOLA, NOGUEIRA, QUEIROZ, 
CARTAXO, 2021). 
A contagem de reticulócitos é igualmente essencial para o diagnóstico, uma 
vez que auxilia na determinação da magnitude da eritropoese, permitindo diferenciar 
entre causas de origem central, como a anemia hipoproliferativa com reticulocitopenia, 
e causas relacionadas à destruição ou perda de eritrócitos, indicadas pela presença 
de reticulocitose (VIETH, LANE, 2014). 
Além disso, outros exames desempenham um papel relevante na avaliação 
hematológica, como a quantificação do aumento da concentração sérica da bilirrubina 
nãoconjugada e da desidrogenase lática, que se elevam nas anemias hemolíticas e 
nas anemias megaloblásticas. Estes testes adicionais fornecem informações cruciais 
para o diagnóstico preciso de uma ampla gama de condições médicas relacionadas 
ao sistema hematológico. 
Na anemia ferropriva, é possível observar uma diminuição na saturação da 
transferrina e na concentração da ferritina sérica. Por outro lado, na anemia da doença 
inflamatória crônica, a saturação da transferrina também tende a ser baixa, mas é 
frequentemente acompanhada pelo aumento na concentração da ferritina sérica, 
embora esta última também possa permanecer dentro da faixa de normalidade em 
alguns casos. (SANTS, 2019). 
Nas anemias megaloblásticas, é comum encontrar níveis reduzidos de 
cobalamina (vitamina B12) ou ácido fólico. No entanto, na anemia megaloblástica 
causada pela deficiência de cobalamina, os níveis séricos dessas substâncias podem 
estar dentro da ampla faixa de normalidade, geralmente próximos ao limite inferior, 
que varia de 200 a 300 pg/mL (SANTS, 2019). 
Assim, é evidente em como a anemia pode ser diagnosticada, diante de seus 
indícios físicos e comportamentais do paciente, aliado com exames hematológicos 
uma confirmação de diagnostico e reconhecimento da anemia são facilitados. Porém 
é necessário equipe capacitada para dar a atenção ao paciente e fazer o correto 
diagnostico. 
19 
Vale ainda ressaltar que a anemia é uma questão recorrente no quadro de 
complicações de saúde do Brasil, tendo uma série de problemas em nível de saúde 
pública. Conforme os estudos em saúde pública de Frassetto (2021) e sua pesquisa 
sobre prevalência de anemia que envolveu um grupo total de 484.414 pacientes 
hospitalizados, houve uma predominância do sexo feminino, representando 54,89% 
(n = 265.906), em comparação com o sexo masculino, que representou 45,11% 
(n = 218.508) 
Ainda conforme Frassetto (2021), no que diz respeito à faixa etária, as faixas 
etárias mais afetadas foram aquelas com mais de 70 anos, totalizando 13,97% 
(n = 67.675), e entre 40 e 59 anos, com um percentual de 22,51% (n = 109.050). Por 
outro lado, a faixa etária menos afetada foi a população com menos de 1 ano, com 
uma incidência de 2,81% (n = 13.600). Quanto à etnia, as raças predominantes foram 
a branca, com 33,29% (n = 161.308), e a parda, com 33,96% (n = 164.554). 
Os dados de Frassetto (2021) ainda evidenciam que em média, esses 
pacientes com anemia permaneceram hospitalizados por 5,6 dias, 
independentemente de estarem em enfermarias ou unidades de terapia intensiva, 
resultando em um custo médio de internação de 776,00 reais por paciente. Portanto, 
apenas considerando os custos diretos, isso resulta em um gasto total de 326.480.128 
milhões de reais para o sistema de saúde pública do Brasil, nos hospitais públicos. Do 
total de pacientes internados, 4,96% faleceram, totalizando 44.043 casos, o que 
resultou em uma taxa de mortalidade de 4,59%. 
Desta forma, fica evidente uma alta incidência de internações devido à anemia 
no Brasil, com destaque para o grupo mais afetado, composto por mulheres pardas 
com mais de 40 anos. Surpreendentemente, mesmo na população pediátrica, que é 
menos afetada, a prevalência da anemia ainda é considerável. 
Além disso, é importante ressaltar que a anemia resulta em custos diretos 
para o sistema de saúde brasileiro devido aos tratamentos, exames e hospitalizações, 
bem como custos indiretos associados a um maior risco durante a gestação, redução 
da produtividade, dias de trabalho perdidos devido a internações e, a longo prazo, as 
implicações no desenvolvimento cognitivo (COSTA, 2021). 
Os casos de anemia em hospitais são frequentes, com cerca de um terço dos 
pacientes internados apresentando quadros anêmicos. Mesmo em hospitais de menor 
porte, é possível identificar uma quantidade significativa de casos. Os pacientes 
hospitalizados enfrentam maior suscetibilidade a infecções hospitalares, podem 
20 
experimentar um estado cognitivo reduzido e estão frequentemente associados a 
sintomas de depressão e estresse, em virtude das múltiplas comorbidades que 
enfrentam, o que, por sua vez, pode resultar em uma redução na sobrevida desses 
pacientes (OLIVEIRA, 2012). 
A hospitalização de pacientes devido a episódios de anemia ou a descoberta 
do quadro anêmico durante a internação é um cenário comum, frequentemente 
resultante de uma causa subjacente. Um exemplo disso é a internação de pacientes 
com câncer, uma vez que 50% dos pacientes hospitalizados com neoplasias 
desenvolvem anemia, seja como parte da doença em si ou como um efeito colateral 
do tratamento, como a radioterapia (COSTA, 2021). 
A segunda causa mais comum de anemia identificada em contextos 
hospitalares, logo após a anemia resultante da deficiência de ferro devido a uma 
alimentação inadequada, é a anemia crônica associada a doenças infecciosas, tais 
como AIDS, tuberculose, pneumonia, artrite reumatoide, entre outras etiologias. 
O diagnóstico preciso da anemia em pacientes internados é fundamental para 
determinar a sua causa e escolher a estratégia de tratamento adequada. Exame 
Físico; Exames de Sangue; Avaliação das Causas Subjacentes. Indícios como os de 
Fadiga e Fraqueza; Complicações Cardíacas, Diminuição da Capacidade de 
Cicatrização, Desordens Cognitivas e Agravamento de Condições Subjacentes 
também são indicadores de anemia (COELHO, 2019). 
O tratamento adequado da anemia não só beneficia o paciente, mas também 
contribui para a eficiência dos serviços de saúde e a redução dos custos hospitalares. 
Portanto, a atenção à anemia em pacientes internados é de extrema importância na 
prática clínica contemporânea. 
 
 
5 CONCLUSÃO 
A anemia é uma condição clínica comum em pacientes internados, com uma 
ampla variedade de causas e consequências. Identificar e tratar a anemia de maneira 
adequada é essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir o 
risco de complicações graves. A colaboração entre médicos, enfermeiros e 
profissionais de saúde é fundamental para o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz 
da anemia em ambiente hospitalar, garantindo melhores resultados para os pacientes 
internados. 
21 
A anemia é reconhecida como um dos problemas mais antigos da medicina 
e, nos dias de hoje, continua a ser um desafio global de saúde pública. Ela é 
caracterizada pela diminuição da concentração de hemoglobina no sangue, afetando 
uma vasta parcela da população em todo o mundo, estimando-se que mais de dois 
bilhões de pessoas estejam anêmicas. Essa condição pode surgir devido a uma 
variedade de fatores 
A anemia é uma preocupação significativa em pacientes hospitalizados, pois 
pode comprometer a recuperação e a qualidade de vida do paciente. Portanto, a 
identificação e o gerenciamento precoce dos fatores de risco para o desenvolvimento 
de anemia são essenciais. Isso pode incluir a monitorização rigorosa dos níveis de 
hemoglobina, a administração adequada de suplementos de ferro e outros nutrientes, 
a revisão cuidadosa da lista de medicamentos e a coordenação dos cuidados entre 
diferentes especialidades médicas para lidar com comorbidades. A prevenção e o 
tratamento eficaz da anemia hospitalar podem melhorar os resultados clínicos, reduzir 
os custos de cuidados de saúde e, o mais importante, melhorar a qualidade de vida 
dos pacientes internados. 
Os custos diretos associados à anemia representam um ônus significativo 
para o Estado brasileiro, e há também consideráveis despesas indiretas relacionadas 
a essa condição de saúde. Isso destaca a extrema importância do diagnóstico e 
tratamento precoces, pois isso pode contribuir significativamente para uma melhoria 
na prestação de cuidados em saúde pública. 
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a reduzir tanto 
o número de hospitalizações quanto os gastos relacionados a elas. Além disso, essas 
medidastêm o potencial de diminuir o número total de complicações médicas e óbitos 
associados à anemia, proporcionando um impacto positivo na saúde da população. 
O tratamento da anemia em pacientes hospitalizados depende da sua causa 
subjacente e da gravidade da condição. Alguns dos métodos comuns incluem 
Suplementação de Ferro; Transfusão de Sangue; Tratamento da Causa Subjacente 
Educação do Paciente. 
A anemia em pacientes internados representa um desafio clínico significativo 
que requer uma abordagem abrangente e individualizada. A triagem, a identificação 
das causas subjacentes e o manejo adequado da anemia são fundamentais para 
melhorar os resultados clínicos e reduzir as complicações. Os profissionais de saúde 
devem estar cientes da alta prevalência da anemia em pacientes hospitalizados e 
22 
tomar medidas proativas para fornecer cuidados eficazes e melhorar a qualidade de 
vida desses pacientes. 
 
 
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