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Design Thinking: O que é?

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DESIGN THINKING
Capítulo 1 - O que é design thinking?
Carolina Costa Cavalcanti
INICIAR
1. Introdução
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Neste capítulo apresentamos o conceito design, “pensamento de design” e de design
thinking. Você também conhecerá o breve histórico do DT, os mindsets da abordagem
e as lentes do desejo, viabilidade e praticabilidade que devem ser aplicadas para
que a inovação ocorra.
1.1 O conceito de design
Você sabe o que é design? Qual é a relevância do design para a nossa sociedade? Para
responder à pergunta, pense em um exemplo muito prático, que tem afetado a todos
nós nas últimas décadas. Vivenciamos uma revolução tecnológica que impactou
variados aspectos econômicos, sociais e culturais. A popularização dos smartphones e
dispositivos móveis criou facilidades para a vida contemporânea.
Uma representação desta mudança rápida foi postada no primeiro tweet do perfil do
Papa Francisco, o @Pontifex, realizado em 2013, que apresenta duas fotos tiradas no
mesmo local no Vaticano. Na primeira foto, tirada em 2005, durante o enterro do
papa João Paulo II, uma multidão acompanha a cerimônia, sem dispositivos móveis
nas mãos. Na segunda foto, tirada na posse do Papa Francisco, em 2013, outra
multidão acompanha o evento e praticamente todos seguram um smartphone ou
tablet para registrar o momento histórico que estavam vivenciando. Quando o posto
foi feito em 2013, mais de 7 milhões de pessoas postaram tweets sobre o assunto.
No dia seguinte, 14 de março de 2013, o popular programa de TV aberta Today Show,
da rede americana NBC (NBC NEWS, 2013), divulgou as duas imagens em sua página
do Instagram com a seguinte legenda: “Que diferença 8 anos fazem: Igreja de São
Pedro, em 2005, e ontem.” (confira a publicação original, disponível no endereço:
https://www.instagram.com/p/W2BuMLQLRB/
(https://www.instagram.com/p/W2BuMLQLRB/)).
https://www.instagram.com/p/W2BuMLQLRB/
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Steve Jobs – o fundador da Apple – lançou, em 2007, o iPhone, um celular que
acoplava funcionalidades que, até então, demandavam o uso de variados aparatos
tecnológicos (como telefone, computador, aparelho de som, calculadora, máquina
fotográfica, despertador).
Figura 1 – Registro comparativo entre dois momentos históricos, no Vaticano, evidencia a popularização
da tecnologia. 
Fonte: NBC NEWS, 2013.
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Uma década depois, ainda vale refletir sobre a questão: como foi possível criar algo
tão inovador, criativo, funcional, e que mudou as relações sociais, culturais e
econômicas no contexto mundial?
A resposta é que, a partir de um desafio estratégico , a equipe liderada por Jobs
utilizou o design para identificar necessidades reais dos usuários, compreender suas
expectativas e, a partir da adoção de um processo de criação que valoriza a
prototipagem e o teste de ideias, chegou à criação de uma solução realmente
impactante. É importante destacar que o desafio estratégico desencadeia o processo
de DT e tem algumas características: foca nas pessoas envolvidas no problema, é
abrangente para que sejam identificadas soluções não previsíveis, mas precisa ser
específico para que o tema investigado seja gerenciável (por exemplo: como ensinar
e motivar uma comunidade ribeirinha a praticar a pesca sustentável?).
Figura 2 – Homenagem da Apple à memória de Steve Jobs (1955-2011), exibida aqui em um iPhone. 
Fonte: Denys Prykhodov, Shutterstock.
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Mas, afinal, o que é design?
Segundo Demarchi, Fornasier e Martins (2011) o conceito de design, geralmente está
vinculado à aparência de um produto. Isso ocorre porque, por muitos anos, as
definições tradicionais da atividade de design estiveram atreladasàs propriedades
formais de objetos e à estética dos produtos. O próprio Steve Jobs aborda esta visão
limitada de design em uma citação no artigo The Guts of a New Machine (WALKER,
2003), publicado em The New York Times Magazine:
A maioria das pessoas comete o erro de pensar que design é a aparência.
Pensam que é um verniz – que entregam uma caixa aos designers dizendo:
“Deixe bonito!”. Não acreditamos que isso seja design, pois não é só a aparência,
a sensação. Design é a função (WALKER, 2003, s. p.).
Buchanan (1992) tem uma visão semelhante à de Jobs, indicando que o design vai
além da estética, uma vez que é o processo de conceber, planejar e desenvolver
produtos, processos e serviços funcionais que poderão ser usados por seres
humanos enquanto realizam tarefas individuais e coletivas. Para além, Demarchi,
Fornasier e Martins (2011) defendem que o design representa tanto o processo de
fazer alguma coisa, quanto o produto (resultado) deste processo.
Cavalcanti e Filatro (2017) consideram que o design possui quatro dimensões
fundamentais. Clique nas abas a seguir para conhecê-las.
VOCÊ SABIA?
Steve Jobs teve a ideia de criar o iPhone em 2002, ao notar que as pessoas utilizavam
vários dispositivos (como tocador de MP3, celular e palmtop) ao mesmo tempo. A
abordagem adotada na Apple contemplou princípios do design no processo de criação
de um produto inovador (OREINSTEIN, 2017). Para saber mais sobre o lançamento do
iPhone – e as mudanças que ocorreram ao longo dos últimos 10 anos –, acesse o
endereço: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/06/29/Os-10-anos-do-
iPhone-o-que-mudou-desde-o-lançamento-da-Apple
(https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/06/29/Os-10-anos-do-iPhone-o-que-
mudou-desde-o-lançamento-da-Apple).
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/06/29/Os-10-anos-do-iPhone-o-que-mudou-desde-o-lan%C3%A7amento-da-Apple
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Ainda de acordo com Cavalcanti e Filatro (2017), “pensamento de design” envolve
também capacidade de pensar de forma (clique nos cards abaixo):
PROFISSÃO
PROCESSO
PRODUTO
MODO DE PENSAR ( MINDSET )
Individual e coletiva
Analítica e sintética
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Qualquer pessoa que façaparte de uma equipe que desenvolva projetos a partir da
abordagem do design thinking irá adotar o pensamento de design durante o processo.
Agora que você reconhece a ampla abrangência do conceito de design, já está
preparado para compreender o conceito de design thinking – assunto do tópico a
seguir.
Divergente e convergente
Materializada e experimental
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1.2 O conceito de design thinking
O design thinking (DT) é uma abordagem humanista decriatividade, solução de
problemas e inovação. É centrada no ser humano, pois enfoca a compreensão
profunda e empática do desejo, das necessidades e expectativas das pessoas
envolvidas em uma situação específica que estejasendo analisada.
A tradução literal do inglês para o termo design thinking é pensamento do design, que,
conforme você viu anteriormente, indica apenas uma dimensão do DT no que se
refere ao uso do modo de pensar (mindsets) dos designers para promover a
criatividade, colaboração e cocriação na busca por soluçõesrelevantes e inovadoras.
O DT surgiu inclusive para promover que o “pensamento do design” seja adotado por
pessoas que não são necessariamente designers (com formação acadêmica para
exercer a profissão). O DT, entretanto, não se limita à adoção do pensamento do
design, uma vez se trata de uma abordagem ativa e composta por um processo que
envolve, entre outros aspectos, a observação de variadas realidades, a pesquisa, a
criação de soluções, a prototipagem e a implementação das melhores soluções
criadas.
Assim, o DT é composto por um processo, mindsets e métodos que, segundo Brown
(2010), tem propiciado bons resultados na criação inovadora de produtos, processos,
modelos e serviços. Clique na figura a seguir e veja os principais elementos da
abordagem:
Figura 3 – Principais elementos do design thinking. 
Fonte: Elaborada pela autora, 2017.
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A adoção do DT estimula a criatividade, a intuição, a geração de ideias, além da
possibilidade de tornar as soluções criadas visíveis (em protótipos) e testáveis.
1.3 O breve histórico do design thinking
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Podemos traçar o surgimento do termo design thinking a partir da ótica de dois
campos: Design e Administração. No entanto, cabe destacar que estas visões são
contrastantes.
No campo do Design, autores como Herbert A. Simon (1969; 1981) e Donald Schön
(1983) foram os primeiros a publicar obras que discutem o explicam como os
designers pensam, ou seja, o pensamento do design. Entretanto, foi Peter Rowe que,
em 1987, lançou o livro Design Thinking, no qual se dedica a um relato sobre o
processo, os métodos e as estratégias adotadas por arquitetos e urbanistas para
resolver problemas complexos de forma criativa.
Dois anos depois, Klaus Krippendorff (1989) cunhou o termo design centrado no ser
humano (o conceito é conhecido pela sigla HCD , do termo em inglês Human
Centered Design). Sua preocupação era entender como as pessoas interpretam e
convivem com aquilo que um designer projeta: um artefato (ou seja, serviços,
identidades, produtos tangíveis, soluções, marcas etc.).
O HCD busca a compreensão dos desejos, das necessidades e expectativas das
pessoas envolvidas no problema analisado e também como usam um artefato criado
por um ou mais designers. Relembrando o que você estudou nos tópicos anteriores,
essas pessoas – ou as partes interessadas – são denominadas stakeholders (termo
em inglês). Outra questão que o HCD sinaliza, e deve considerada, é o significado que
Peter G. Rowe é professor de Arquitetura e Design Urbano da Raymond Garbe e Decano na Faculdade de
Design da Universidade de Harvard, onde ensinou desde 1985. As pesquisas e a consultoria de Rowe
incluem assuntos relacionados à interpretação e design cultural, bem como às questões de
desenvolvimento econômico, conservação histórica, provisão de habitação e sustentabilidade de recursos.
Autor de Design Thinking (1987), Rowe publicou outros 14 livros, além de inúmeros artigos. Para saber mais
sobre a vida e a obra de Peter Rowe, acesse o endereço: http://www.gsd.harvard.edu/person/peter-rowe
(http://www.gsd.harvard.edu/person/peter-rowe).
VOCÊ O CONHECE?
http://www.gsd.harvard.edu/person/peter-rowe
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as pessoas atribuem a um artefato uma vez que cada indivíduo pode vivenciar
experiências complemente diferentes ao utilizar um produto, serviço, processo ou
qualquer outra criação.
A partir da compreensão dos princípios fundamentais do HCD, é possível criar
soluções centradas conforme o público-alvo (clientes, usuários, alunos,
colaboradores etc.). Princípios do HCD, como o envolvimento de representantes dos
stakeholders e o entendimento do significado atribuído a uma solução projetada,
podem ser identificados no processo, nos mindsets e métodos do DT.
Autores do campo da Administração, como Brown (2008) e Nitzsche (2011), por sua
vez, defendem que o DT nasceu na Universidade Stanford e foi disseminado pela
empresa de inovação IDEO no início dos anos 2000.
Figura 4 – A Stanford University, em Palo Alto (EUA), é considerada o berço do DT. 
Fonte: achinthamb, Shutterstock.
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Tudo começou nos anos 1960, quando a disciplina Design de Produtos foi ministrada
pelo professor John Arnold, na Escola de Engenharia Mecânica da Universidade de
Stanford. Conforme indica Stuber (2012), foram formadas turmas interdisciplinares e
compostas por alunos de Engenharia e Artes. O objetivo era que esses estudantes
resolvessem problemas complexos enquanto aprendiam a articular o pensamento
analítico (característico dos engenheiros) e o pensamento intuitivo (característico
dos artistas). A disciplina evoluiu nas décadas seguintes e, atualmente, ainda é
ofertada na universidade – seu principal enfoque é o design thinking e a solução de
problemas, com ênfase em artes, tecnologia e negócios.
A partir de bons resultados do uso do DT disseminados pela IDEO na pessoa de Tim
Brown (CEO), em pouco tempo, a abordagem começou a ser adotada por empresas,
instituições e organizações em todo o mundo (BROWN, 2010). A partir de 2008,
publicou livros e artigos sobre o tema, propagando a metodologia do DT.
Em 2000, o designer David Kelley, ex-coordenador do curso de Engenharia Mecânica de Stanford e
fundador da empresa de inovação IDEO, disseminou nos Estados Unidos, por meio do popular programa
de TV aberta, Nightline, uma abordagem de inovação à qual chamou de design thinking. Para assistir ao
episódio Carrinho de compras – inovação, acesse o endereço: https://www.youtube.com/watch?
v=QkfC4p0o7Lc (https://www.youtube.com/watch?v=QkfC4p0o7Lc).
VOCÊ QUER VER?
CASO
Brown apresenta no livro Change by Design (2009) um caso real da adoção do
DT pela Shimano – uma empresa de bicicletas japonesa que é líder na
produção de bicicletas profissionais de corrida e do segmento de mountain
bike. A empresa tinha como desafio criar um produto destinado ao usuário
https://www.youtube.com/watch?v=QkfC4p0o7Lc
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Em 2004, alguns professores de Stanford, dentre eles David Kelley, foram incumbidos
de fundar uma escola em Stanford que disseminasse a abordagem de design adotada
até então somente na disciplina Design de Produtos. Foi assim que surgiu a d.School
(Hasso Platter Institute of Design at Stanford), que oferece disciplinas eletivas para
alunos da universidade. Além disso, mantém três programas paralelos criados para o
público externo: capacitação de executivos, treinamento de educadores para uso do
DT no ensino fundamental e para uso do DT no empreendedorismo social.
Atualmente, os programas da d.School são alguns dos mais procurados em Stanford.
Para divulgar o DT, a d.School publicou, em sua página da web, o Bootcamp Bootleg ,
material que descreve metodologia e métodos do DT adotados na escola e que
podem ser aplicados por equipes que desejem utilizar a abordagem enquanto
desenvolvem um projeto (D.SCHOOL, 2011). A IDEO, por sua vez, disponibiliza em seu
site o Human Centered Design (HCD) – Toolkit . O nome do material da IDEO (HCD)
indica que os princípios delineados por Krippendorff (1989) direcionam a proposta
metodológica de DT disseminada no material.
americano que usa bicicletas casualmente, para lazer. Em parceria com a
IDEO, a Shimano usou o DT para entender a visão dos americanos sobre
bicicletas. Neste processo descobriuque a maioria dos americanos tem boas
memórias sobre a época em que andavam de bicicleta na infância.
Entretanto, muitos disseram que se sentem intimidados pelo ciclismo por
vários motivos, como a segurança das ruas e a tecnologia incorporada às
bicicletas. Assim a Shimano e IDEO criaram a linha de bicicletas Coasting, que
visa levar os americanos a vivenciarem a experiência de andar de bicicleta,
como faziam na infância, mas que ao mesmo tempo lida com as questões
relacionadas ao ciclismo que incomodam os usuários finais. Assim, as
bicicletas da linha Coasting são simples e divertidas de usar. Além disso,
astecnologias incorporadas ao produto para a mudança automática de
marcha ficam bem escondidas. O projeto foi premiado em 2008 pelo
International Design Excellence Award (Prêmio Internacional de Excelência em
Design).
VOCÊ QUER LER?
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Nos tópicos seguintes, você conhecerá os aspectos fundamentais que devem ser
considerados para desenvolver um projeto a partir da perspectiva do design thinking:
os mindsets e as lentes do DT.
O HCD – Human Centered Design: Kit de Ferramentas descreve o processo e os métodos de DT que podem
direcionar o trabalho de design thinkers enquanto visam criar soluções inovadoras. O documento original,
em inglês, está disponível em: http://www.ideo.com/work/human-centered-design-toolkit
(http://www.ideo.com/work/human-centered-design-toolkit). Para ler a versão em português, acesse o
endereço: http://brazil.enactusglobal.org/wp-content/uploads/sites/2/2017/01/Field-Guide-to-Human-
Centered-Design_IDEOorg_Portuguese-73079ef0d58c8ba42995722f1463bf4b.pdf
(http://brazil.enactusglobal.org/wp-content/uploads/sites/2/2017/01/Field-Guide-to-Human-Centered-
Design_IDEOorg_Portuguese-73079ef0d58c8ba42995722f1463bf4b.pdf).
Q
1.4 Os mindsets do DT
Conforme você viu nos tópicos anteriores, mindset é o modo de pensar que deve ser
adotado por design thinkers enquanto desenvolvem um projeto. O Bootcamp Bootleg
de Stanford (D.SCHOOL, 2011) indica que, enquanto uma equipe trabalha de forma
colaborativa adotando o processo e métodos do DT, é fundamental que cada
membro pense e aja de acordo com os mindsets representados a seguir (clique nas
setas):
Focar em valores humanos – um bom design depende do envolvimento
empático dos design thinkers na realidade e no contexto analisados. Assim,
ouvir e receber feedback dos stakeholders é fundamental para a criação de
uma solução.
http://www.ideo.com/work/human-centered-design-toolkit
http://brazil.enactusglobal.org/wp-content/uploads/sites/2/2017/01/Field-Guide-to-Human-Centered-Design_IDEOorg_Portuguese-73079ef0d58c8ba42995722f1463bf4b.pdf
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A seguir, você conhecerá o significado e as aplicações das lentes do DT – assunto que
finalizará o estudo deste capítulo.
1.5 As lentes do DT
O uso do DT ajuda a transformar desafios em soluções inovadoras centradas no ser
humano. Entretanto, um deles reside no fato de que todas as soluções criadas devem
seravaliadas a partir das três lentes do DT: desejo, praticabilidade e viabilidade. A
figura apresentada a seguir indica que as soluções inovadoras criadas a partir do
trabalho colaborativo com DT devem contemplar essas três lentes. Clique sobre as
áreas indicadas na imagem:
Figura 5 – As lentes do DT favorecem a criação de soluções inovadoras. 
Fonte: IDEO, 2009, p. 6.
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BROWN, Tim. Design thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas
ideias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
O trabalho colaborativo com DT sempre parte da aplicação da primeira lente: o
desejo – aquilo que as pessoas querem, precisam e/ou esperam. Em seguida, é
preciso perguntar: a solução criada para atender o desejo é praticável técnica,
funcional e organizacionalmente? Por fim, a solução é financeiramente viável? Com
isso, os filtros do DT são aplicados e ajudam a equipe a considerar quais soluções
criadas efetivamente terão um impacto positivo no contexto analisado.
Síntese do capítulo
Finalizamos este estudo introdutório, que apresentou os conceitos de design e de
design thinking. Além disso, neste capítulo você teve a oportunidade de:
conhecer o histórico do DT;
entender que existem perspectivas diferentes da gênese da abordagem que
advém do campo do Design e da Administração;
identificar os mindsets que devem ser adotados por design thinkers enquanto
adotam o DT em um projeto;
conhecer as lentes do desejo, viabilidade e praticabilidade que, quando
aplicadas às soluções criadas, ajudam na avaliação da qualidade das soluções
propostas.
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29/10/2020 Design Thinking
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WALKER, Rob. The Guts of a New Machine. The New York Times Magazine, 30 nov. 2003.
Disponível em: http://www.nytimes.com/2003/11/30/magazine/the-guts-of-a-new-
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