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Pós-Graduação_Desenvolvimento e Meio Ambiente_Slide da Unidade - Desenvolvimento e Meio Ambiente

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MEIO AMBIENTE, 
DESENVOLVIMENTO E 
SUSTENTABILIDADE
GABRIELLA MACHADO
U N I D A D E 0 2
UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO
Você conhece o conceito de desenvolvimento ambiental? Já ouviu falar sobre 
economia ecológica? O desenvolvimento ambiental é sinônimo da definição de 
desenvolvimento sustentável. Ambos possuem como objetivo suprir as 
necessidades da população atual, através da concepção de não comprometer a 
capacidade do meio ambiente para as futuras gerações. 
Ou seja, é a concepção de desenvolvimento que não esgota os recursos 
naturais e ambientais. E, devido a isto, busca alternativas economicamente 
sustentáveis para prover os recursos e proporcionar uma conduta social 
consciente. 
UNIDADE 2 | OBJETIVOS
1. Interpretar a relevância do conceito de Desenvolvimento Ambiental.
2. Explicar os conceitos fundamentais da Economia ambiental.
3. Permear o tema da valoração ambiental.
4. Apontar instrumentos econômicos para gestão ambiental.
UNIDADE 2 | DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL 
• Iniciamos este trecho com um resgate da história dos problemas ambientais que enfrentamos na
atualidade. Temos como ponto inicial a era do Homo Erectus, há 2 milhões de anos, no qual o
modo de vida era baseado na caça, pesca e colheita e de caráter nômade, sem moradia fixa.
• Essa população permanecia na área ocupada até o uso total dos nutrientes alimentares
disponíveis, e quando acabava, saiam em busca de outro local que pudesse oferecer um espaço
de sobrevivência. O uso dos recursos naturais era feito de forma razoável, sem prejuízos ao meio
ambiente.
UNIDADE 2 | DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL 
• O marco central de mudança desse paradigma foi o surgimento da agricultura, proporcionando o
desenvolvimento de um habitat não mais nômade, pois, a partir do plantio, era possível a obtenção
de alimentos.
• Quando deixam de ser nômades, o espaço é organizado para a moradia, e, por consequência, se tem
o aumento populacional.
• O ambiente local era organizado em pequenas comunidades ao redor das plantações, resultando no
que hoje conhecemos como cidades.
• Nesse período, para além da agricultura, houve outras mudanças nas relações sociais, devido ao
surgimento das cidades, como também inovações como o uso do fogo, da roda e da escrita.
UNIDADE 2 | DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL 
• É a partir desses acontecimentos que os seres humanos começam a interferir no meio ambiente
com o objetivo de suprir as necessidades. Nesse contexto, ocorrem tanto modificações no
ambiente natural como também na concepção de cultura, momento em que o Homem percebe
que é parte da natureza.
• Posterior ao período descrito acima, temos o desenvolvimento da concepção de
Ecodesenvolvimento, através da busca do equilíbrio ambiental e do uso racional dos recursos.
• Essa demanda aparece com maior força nos anos 1970, devido à relação entre meio ambiente e
desenvolvimento.
UNIDADE 2 | DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL 
• Nesse período, ocorre o expressivo processo de
industrialização acompanhado com o desenvolvimento
tecnológico da agricultura, seja com maquinários como
também com agrotóxicos.
• A partir do ecodesenvolvimento, pensava-se em uma forma de
minimizar a degradação ambiental.
• O ecodesenvolvimento possuía como objetivos centrais: a
satisfação das necessidades básicas da população, o
sentimento de solidariedade com as gerações futuras, o
incentivo a participação das pessoas em prol do meio
ambiente, a preservação dos recursos naturais e do meio
ambiente, a construção de um sistema social com garantia de
emprego, segurança social e respeito as culturas, e o
fortalecimento da educação ambiental (PEREIRA & CURI, 2012).
UNIDADE 2 | DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL 
• A base do conceito de ecodesenvolvimento está em
relacionar a mudança do modo de produção e consumo
impulsionado pelo sistema capitalista, para priorizar um
consumo sustentável.
• Quando é atrelada a concepção econômica a esse conceito,
ele modifica-se; durante a década de 1980, e começa a ser
trabalhado o conceito de desenvolvimento ambientalmente
sustentável.
• Já o conceito de desenvolvimento sustentável propriamente
dito foi caracterizado durante o evento da Conferência Rio-
92, e desenvolvido como um sinônimo para o conceito de
ecodesenvolvimento.
UNIDADE 2 | DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL 
• Consequentemente, a Constituição Federal adota a
premissa do desenvolvimento sustentável, como um
dispositivo que garante a preservação do meio ambiente
e mantém o mesmo ecologicamente equilibrado.
• Desse modo, prover o desenvolvimento sustentável está
relacionado a garantir e assegurar as necessidades
econômicas, sociais e ambientais comprometidas com a
preservação do meio ambiente.
• A concepção clássica sobre o desenvolvimento
ambiental sustentável tem em vista o conhecimento do
mesmo como aquele com capacidade de atender as
necessidades dos sujeitos sem comprometer as gerações
futuras.
UNIDADE 2 | DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL 
As energias renováveis são fontes de energia que são geradas a partir de processos e
recursos naturais que são continuamente reabastecidos em uma escala de tempo
humana. Isso inclui a energia solar, energia geotérmica, energia eólica, energia das
marés, energia hídrica, e várias formas de bioenergia.
UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO 
BRASIL
• O conceito definidor de economia abrange a mesma como uma ciência que estuda a
forma como as sociedades utilizam os recursos, a produção de bens com valor e a
distribuição desses bens.
• A economia é dividida em microeconomia e macroeconomia.
• Temos que a microeconomia é a parte da economia que estuda o comportamento dos
agentes econômicos individuais, empresas e consumidores, em suas relações mútuas.
UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO 
BRASIL
• Já a macroeconomia, contempla os estudos do comportamento da economia
em análises de diversas variáveis econômicas globais, como a produção,
consumo, desemprego, inflação.
• Antes de entrarmos nos estudos da Economia ambiental, iremos permear
alguns contextos econômicos que contribuem na aprendizagem do tema.
UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO 
BRASIL: OS FISIOCRATAS 
• O primeiro contexto é o dos Fisiocratas, os quais contribuíram para as ideias sobre o plano econômico e
social no século XVIII na França .
• Nesse século, estavam desenvolvendo-se as ideias do chamado Iluminismo, com base nos princípios da
liberdade, igualdade, direitos do homem e do cidadão.
• Esses valores deram origem a vertentes políticas que continham influências do nacionalismo, o
socialismo e o liberalismo. Iremos conhecer como era constituída essa forma de pensamento e agir
econômico (MERQUIOR, 2014; FERNANDES, 2019).
UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO 
BRASIL: TEORIA DA RENDA DA TERRA
• A Teoria da renda da terra foi elaborada por David Ricardo, o qual analisou a renda da terra,
partindo de três ideias: 1ª teoria do monopólio; 2ª produtividade; 3ª teoria dos rendimentos
decrescentes. A diferença dele para os demais economistas é o fato de que ele analisa as três
possibilidades juntas.
• Ele explica que a terra, por meio da concepção de renda, é uma parcela do produto, a qual é paga
ao proprietário pelo seu uso. Essa teoria de Ricardo é um dos pilares do modelo de
desenvolvimento de uma economia capitalista.
UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO 
BRASIL: THOMAS MALTHUS E A TEORIA DA 
ESCASSEZ DE ALIMENTOS
• Thomas Malthus era um economista de origem inglesa, e sua teoria tem base no princípio da população,
a qual diz respeito ao número de pessoas que cresce de forma não linear com a produção de alimentos.
Isso porque a produção crescia de forma aritmética, e o crescimento populacional de forma alarmante.
• Essas teorias são radicais. No pensamento do economista, as guerras, doenças e epidemias eram
necessárias ao mundo para promoção de uma política de controle de natalidade.
UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO 
BRASIL: MARX E O CAPITAL
• Karl Marx descreve, em seus estudos, as mudanças ocorridas no século XX
e século XXI.
• Nesses estudos, o capital tem uma mutação no seu processode
valorização, em decorrência do trabalho, pois há o esvaziamento das
fábricas com o processo de automação da indústria.
UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO 
BRASIL: MARX E O CAPITAL
• O processo de produção capitalista tem suas bases no processo de valorização que
ocorre durante o processo de trabalho. O capitalista quando compra a força de
trabalho do trabalhador, troca o valor em forma de salário.
• O trabalho excedente, quando o tempo de trabalho é superior ao tempo
necessário para produção, tem o nome de mais-valia, no qual o capitalista lucra
(MARX, 1984).
• Desse modo, o trabalhador produz, mas não para si, e sim para o capital/capitalista.
É, dessa forma, que a produção capitalista se configura como trabalho assalariado,
a partir da troca dessa variável do capital.
UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO 
BRASIL: ECONOMIA DOS RECURSOS NATURAIS
• Esse conceito começa a ser discutido em 1970, com a inserção dos recursos naturais como
escopo principal da teoria econômica, após o congresso chamado de Clube de Roma. Ele
passou a ser conhecido como economia dos recursos naturais, sendo um campo da teoria
microeconômica que emerge das análises neoclássicas.
• O campo de estudo é oriundo de teorias que tinham como base as terras agrícolas, recursos
minerais, recursos florestais, da água, ou seja, os recursos naturais reprodutíveis e os não
reprodutíveis. Com o foco principal no uso eficiente desses recursos.
UNIDADE 2 | VALORAÇÃO AMBIENTAL
• O conceito de Valoração ambiental pode ser definido como uma tentativa de estimar o
valor monetário do recurso ambiental em relação aos outros bens e serviços disponíveis
na economia tradicional.
• Porém, a valoração ambiental não deve ser confundida com uma mera conversão
monetária dos recursos ambientais. Embora seja uma área nova da economia ambiental,
tem como objetivo atuar na questão dos preços de mercado para que uma determinada
empresa construa o seu dentro do local onde está, e respeitando- o.
• Utiliza de valores para que a população, o poder público e também as empresas saibam
quanto vale este local para ele permanecer como está, sem que haja a destruição do
mesmo. Nesse conceito, é atribuído um valor aos bens e serviços.
UNIDADE 2 | VALORAÇÃO AMBIENTAL
• A valoração atua de acordo com as questões dos recursos naturais e aos impactos
ambientais provocados pelas atividades humanas, buscando atuar de forma
coerente, associando algum valor ou valorando recursos ambientais e naturais, e,
a partir disto, obtendo o valor econômico ou monetário.
• Temos, então, a valoração monetária que é a expressão mais corrente desse valor,
pois grande parte das decisões em nossa sociedade são com base em valores
monetários.
• Já o termo valor de um bem ou serviço ambiental é a expressão monetária dos
benefícios obtidos de sua provisão do ponto de vista pessoal de cada indivíduo.
UNIDADE 2 | VALORAÇÃO AMBIENTAL
• O valor de uso é aquele atribuído pelos indivíduos pela participação numa determinada
atividade, isto é, pelo uso atual da amenidade ambiental.
• O valor de opção tem haver com o que se dispõe a pagar para conservar um determinado
recurso ou amenidade ambiental que poderá ser usado no futuro e cuja substituição
seria difícil ou impossível.
• Assim, valor de opção expressa também uma preocupação com as gerações futuras.
UNIDADE 2 | VALORAÇÃO AMBIENTAL
• O valor de existência é quando os indivíduos obtêm benefícios pelo simples
conhecimento de que determinada amenidade ambiental ou certa espécie
existe, sem que haja a intenção de apreciá-las ou usá-las de alguma forma.
• Desse modo, a valoração ocorre como resultado de processos estratégicos de
sustentabilidade, que perpassam o desenvolvimento sustentável e agricultura
sustentável, promovendo a interação de sistemas econômicos e sistemas
naturais.
UNIDADE 2 | INSTRUMENTOS ECONÔMICOS 
PARA GESTÃO AMBIENTAL
• Os recursos não renováveis são aqueles que uma vez retirados do ambiente, não
podem ser repostos pelo homem.
• Exemplo: o petróleo, os minerais, a matéria prima do vidro.
• Os recursos naturais são aqueles que podem ser repostos na natureza, como quando o
homem retira da natureza os vegetais para sua alimentação, deve plantar novos
vegetais para nova retirada, sem deixar faltar para a sua alimentação.
UNIDADE 2 | INSTRUMENTOS ECONÔMICOS 
PARA GESTÃO AMBIENTAL
• O termo custo de mão de obra entendida como o uso desenfreado do solo,
causando assim o crescimento da malha urbana e o aumento do nível
educacional do trabalhador, devido os danos causados ao solo que devem ser
reparados.
• Causando a diminuição do percentual de mais valia, devido aos salários mais
caros pelos mesmos serviços.
• Ainda há o conceito de Imagem da empresa, que é entendido como um dos
principais diferenciais de uma empresa, devido a sua relação com o que se
chama de selos verdes. Integrando os selos ISO (9000, 9001, 14000) que
demonstram a qualidade ambiental e produtiva de uma empresa.
	Número do slide 1
	UNIDADE 2 | INTRODUÇÃO
	UNIDADE 2 | OBJETIVOS
	UNIDADE 2 | DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL 
	UNIDADE 2 | DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL 
	UNIDADE 2 | DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL 
	UNIDADE 2 | DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL 
	UNIDADE 2 | DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL 
	UNIDADE 2 | DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL 
	UNIDADE 2 | DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL 
	UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO BRASIL
	UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO BRASIL
	UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO BRASIL: OS FISIOCRATAS 
	UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO BRASIL: TEORIA DA RENDA DA TERRA
	UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO BRASIL:  THOMAS MALTHUS E A TEORIA DA ESCASSEZ DE ALIMENTOS
	UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO BRASIL: MARX E O CAPITAL
	UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO BRASIL: MARX E O CAPITAL
	UNIDADE 2 | ECONOMIA AMBIENTAL NO BRASIL: ECONOMIA DOS RECURSOS NATURAIS
	UNIDADE 2 | VALORAÇÃO AMBIENTAL
	UNIDADE 2 | VALORAÇÃO AMBIENTAL
	UNIDADE 2 | VALORAÇÃO AMBIENTAL
	UNIDADE 2 | VALORAÇÃO AMBIENTAL
	UNIDADE 2 | INSTRUMENTOS ECONÔMICOS PARA GESTÃO AMBIENTAL
	UNIDADE 2 | INSTRUMENTOS ECONÔMICOS PARA GESTÃO AMBIENTAL

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