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literatrura brasileira ii-16

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ele tinha medo - não de mim, nem de si, nem do código, nem da consciência; tinha medo da 
opinião. Supus que esse tribunal anônimo e invisível, em que cada membro acusa e julga, era o 
limite imposto à vontade de Lobo Neves.
6. (FUVEST) O TEMA DO ADULTÉRIO, BASTANTE COMUM NO REALISMO, 
TAMBÉM FOI EXPLORADO POR MACHADO DE ASSIS. NO ROMANCE DOM 
CASMURRO, A NARRAÇÃO SE FAZ EM PRIMEIRA PESSOA, DO PONTO DE VISTA 
DE BENTINHO, O MARIDO TRAÍDO. SERIA, POIS, CORRETO DIZER QUE A 
NARRAÇÃO SE APRESENTA 
Fonte [2]
a) fiel aos fatos e perfeitamente adequada à realidade.
b) viciada pela perspectiva unilateral assumida pelo narrador.
c) perturbada pela interferência de Capitu, que acaba por guiar o narrador.
d) isenta de quaisquer formas de interferências, pois visa à verdade.
e) indecisa entre o relato dos fatos e a impossibilidade de ordená-los.
7. (FUVEST) A NARRATIVA DE MACHADO DE ASSIS EXPLORA, COM 
FREQUÊNCIA, OS CONTRASTES E TAMBÉM OS LIMITES ENTRE DIFERENTES 
ESTADOS MENTAIS, ÀS VEZES OPOSTOS ENTRE SI: SONHO E REALIDADE, 
SANIDADE E INSANIDADE, VÍCIO E VIRTUDE, PERFEIÇÃO E IMPERFEIÇÃO. 
Os textos das alternativas abaixo comprovam a afirmativa, EXCETO.
a) O pior é que era coxa. Os olhos tão lúcidos, uma boca tão fresca, uma compostura tão 
senhoril; e coxa! Esse contraste fazia suspeitar que a natureza é às vezes um imenso escárnio. 
Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita?
b) Folhas misérrimas do meu cipreste, heis de cair, como quaisquer outras lãs e vistosas; e, se 
eu tivesse olhos, dar-vos-ia uma lágrima de saudade. Esta é a grande vantagem da morte, que, se 
não deixa boca para rir, também não deixa olhos para chorar...
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