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1/3 Nova tecnologia de varredura pode detectar melhor o autismo Crédito da imagem: Unsplash+ O transtorno do espectro do autismo (TEA) é uma condição complexa caracterizada por uma variedade de sintomas e graus de gravidade, o que torna difícil identificar uma única causa. Pesquisadores da Universidade da Virgínia embarcaram em uma nova direção promissora na pesquisa sobre o autismo, conforme detalhado em um estudo recente publicado na revista PLOS ONE. Sua abordagem inovadora não só melhora a nossa compreensão do TEA, mas também tem potencial para o avanço da pesquisa em outros distúrbios neurológicos. Tradicionalmente, a pesquisa do autismo tem se concentrado principalmente em observar os resultados comportamentais do transtorno, muitas vezes utilizando ferramentas como ressonância magnética funcional (fMRI) para mapear a atividade cerebral em resposta a vários estímulos. No entanto, esses métodos fornecem informações limitadas sobre as causas subjacentes dos comportamentos observados. A equipe de pesquisa da Faculdade e Pós-Graduação em Artes & Ciências da UVA adotou uma estratégia diferente ao empregar a ressonância magnética Diffusion, uma técnica que rastreia como as moléculas de água se movem pelo cérebro. 2/3 Essa abordagem permite que os pesquisadores observem a interação entre a água e as estruturas celulares dentro do cérebro, fornecendo uma janela para a arquitetura cerebral subjacente de indivíduos com autismo em comparação com aqueles sem. Benjamin Newman, pesquisador de pós-doutorado do Departamento de Psicologia da UVA e principal autor do estudo, explicou que seu trabalho envolve o desenvolvimento de modelos matemáticos para descrever essas microestruturas cerebrais. Essa modelagem revelou diferenças estruturais distintas no cérebro de indivíduos com autismo, o que pode ser fundamental para entender a etiologia do transtorno. A pesquisa da equipe baseia-se no trabalho fundamental de Alan Hodgkin e Andrew Huxley, que receberam o Prêmio Nobel de Medicina de 1963 por sua descrição de como os neurônios conduzem sinais elétricos. Aplicando esses princípios, Newman e seus colegas exploraram como essas propriedades elétricas diferem entre indivíduos autistas e não autistas. Eles descobriram variações no diâmetro dos componentes neurais, que parecem afetar a velocidade com que os neurônios conduzem eletricidade. Essa descoberta é significativa porque liga as diferenças cerebrais microestruturais diretamente aos principais desafios de comunicação enfrentados por indivíduos com TEA, conforme indicado por suas pontuações no Questionário de Comunicação Social, uma ferramenta de diagnóstico comumente usada para o autismo. John Darrell Van Horn, professor de psicologia e ciência de dados da UVA e co-autor do estudo, destacou a importância de ir além das observações comportamentais para entender a base fisiológica do autismo. Essa mudança para métricas fisiológicas mais objetivas pode levar a uma compreensão e diagnóstico mais precisos de TEA. Além disso, Van Horn apontou que, embora muita pesquisa tenha usado a ressonância magnética para estudar a função cerebral no autismo, sua abordagem se aprofunda nas maneiras fundamentais pelas quais o cérebro processa informações. Isso pode mudar fundamentalmente a forma como entendemos a dinâmica neural do TEA. O estudo faz parte de um esforço mais amplo do Centro de Excelência em Autismo do Instituto Nacional de Saúde (ACE), onde Newman, Van Horn, e seus colegas pretendem abrir caminho para a medicina de precisão no cuidado do autismo. Kevin Pelphrey, pesquisador principal do estudo e neurocientista especializado em desenvolvimento cerebral, enfatizou que suas descobertas estabelecem as bases para identificar alvos biológicos para avaliar as respostas do tratamento e desenvolver terapias futuras. As implicações desta pesquisa vão além do autismo, sugerindo possíveis aplicações no estudo, diagnóstico e tratamento de outras condições neurológicas como Parkinson e doenças de Alzheimer. Isso marca um passo significativo no campo da pesquisa neurológica, fornecendo uma nova ferramenta para medir as propriedades dos neurônios e abrindo novas possibilidades para entender e tratar uma série de distúrbios neurológicos. 3/3 Se você se preocupa com o autismo, leia estudos sobre uma nova causa do autismo, e os gatos podem ajudar a diminuir a ansiedade para crianças com autismo. Para mais informações sobre saúde, consulte estudos recentes sobre a vitamina D que podem conter a pista para mais autismo, e resultados que mostram hábitos alimentares estranhos podem sinalizar autismo. Direitos Autorais ? 2024 Knowridge Science Report. Todos os direitos reservados. https://knowridge.com/2023/06/scientists-discovered-a-new-cause-of-autism/ https://knowridge.com/2021/01/cats-may-help-decrease-anxiety-for-kids-with-autism/ https://knowridge.com/2020/12/vitamin-d-may-hold-the-clue-to-more-autism-in-boys/ https://knowridge.com/2022/09/strange-eating-habits-may-signal-autism/