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Desafios para o Dirigente Municipal de Educação

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Sala Ambiente 
Organização e Gestão: 
Desafios para o Dirigente Municipal de Educação 
 
Apresentação Geral 
 
 
Prezado(a) cursista, 
 
 
Bem-vindo(a) à Sala Ambiente Organização e Gestão: Desafios para o Dirigente Municipal de Educação. 
 
 
Esta Sala representa mais uma etapa do percurso de reflexão e práticas sobre as diversas áreas de atuação do DME, que 
iniciamos na Sala Ambiente Planejamento e Avaliação da Educação no Âmbito Municipal. 
 
 
Trata-se de um espaço de discussão, trocas e práticas relacionadas com a compreensão da organização da educação brasileira e 
com a gestão da educação no âmbito municipal. Em relação ao primeiro ponto, ela destaca especialmente a problemática do 
regime de colaboração, hoje reconhecido como principal desafio a ser enfrentado na construção de uma educação com qualidade 
social. Em relação à gestão, o foco temático recai sobre a dupla competência – política e técnica – que é exigida do DME no 
exercício desse papel, sem perder de vista que o eixo do seu trabalho deve ser a dimensão pedagógica da gestão. 
 
 
Para percorrer esta Sala Ambiente, você fará uso dos recursos tecnológicos do ambiente MOODLE, já apresentados na Sala 
Ambiente Introdução ao Curso e ao Ambiente Virtual, e continuará dispondo dos mesmos meios, sempre que tiver dúvidas, 
quanto ao uso dos recursos tecnológicos. 
 
 
Além das atividades programadas que acompanham a Sala, você também dispõe de todos os recursos já mencionados na 
Apresentação da Sala Ambiente Planejamento e Avaliação da Educação no Âmbito Municipal para colocar suas dúvidas, 
questionamentos e pedidos de esclarecimento em relação aos assuntos tratados, bem como discutir, com os demais dirigentes 
municipais que participam deste programa, temas e questões relacionadas com essas atividades. 
 
Mapa da Sala 
 
 
A Sala Ambiente Organização e Gestão: Desafios para o Dirigente Municipal de Educação é um espaço que visa proporcionar ao 
cursista uma visão da organização da educação nacional, situar o papel do município em relação a ela, apontar os desafios atuais 
para a consolidação dessa organização. Ao mesmo tempo, este é o espaço em que se discute a problemática da gestão da 
educação municipal, no quadro da organização vigente. 
 
 
A gestão da educação municipal, no entanto, não se esgota neste tópico. Um de seus aspectos já foi tratado na sala ambiente 
Planejamento e Avaliação e alguns outros serão também objeto de salas ambiente específicas, quando serão abordados temas 
como orçamento, infraestrutura física, formação e plano de carreira dos trabalhadores da educação. 
 
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Nesta Sala temos as seguintes unidades: 
 
 
Organização da Educação Nacional 
• Introdução 
• O Sistema de Educação Brasileiro - Abrangência, Responsabilidades e Incumbências 
• O Sistema Municipal de Ensino (SME) 
• Órgãos Executivos e Deliberativos 
• Regime de Colaboração 
 
Gestão da Educação Municipal 
• Introdução 
• As Várias Faces da Gestão da Educação Municipal 
• Princípios e Mecanismos de Implementação da Gestão Democrática 
 
Referências Bibliográficas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Organização da Educação Nacional 
 
Introdução 
 
 
Quando se fala em organização de um setor pelo qual o Estado é responsável, está se falando da explicitação de uma forma 
específica segundo a qual esse setor se articula para a consecução das suas atribuições em termos das instituições, dos 
instrumentos e das esferas de poder que o compõem, bem como da abrangência, responsabilidades e incumbências de cada 
parte. 
 
 
Saber como está organizada a educação brasileira é, portanto, um aspecto importante na atuação do DME. As bases dessa 
organização estão estabelecidas no Art. 211 1 da Constituição Federal de 1988 e regulamentadas pela Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional – LDB 2. De acordo com esses instrumentos normativos, a educação nacional tem uma organziação sistêmica 
que se desdobra nos sistemas de ensino nacional, estaduais e municipais. 
 
 
Um aspecto central da concepção de sistema é tipo de relacionamento entre as partes que o constituem. Esse relacionamento 
envolve, ao mesmo tempo, autonomia e dependência relativas. O termo mais adequado para essa relação é "interdependência". 
Outra característica dos sistemas é o fato de que muitos das suas manifestações ocorrem como conseqüência dos 
relacionamentos que se estabelecem no seu processo de estruturação e funcionamento e não como resultado da atuação de uma 
de suas partes componentes. Nesse sentido, a concepção sistêmica da educação tem como premissa que parte dos resultados 
esperados em relação a este campo só poderá ser alcançada pela atuação em conjunto e mediante forma colaborativa das 
partes. 
 
 
Diante disso, pode-se conceber um sistema de ensino como um conjunto interdependente de partes ou de elementos distintos, 
tais como: 
 
 
a. escolas, prédios, equipamentos, biblioteca, laboratórios; 
b. alunos, professores, funcionários, equipe diretiva (diretor, supervisor, coordenador pedagógico – orientador, pedagogo etc); 
c. currículos, conteúdos, metodologia, avaliação; 
 
d. órgãos administrativos e normativos nos níveis municipal, estadual e federal que interagem intencionalmente em torno de 
objetivos comuns; 
e. aprendizagem, formação integral, cidadania, qualidade de vida, dignidade, em constante interação com o meio em que 
se inserem; 
 
 
1 A redação do Art. 211 da CF 88 dada pela Emenda Constitucional no. 14 de 1996 estabelece que “a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em 
regime de colaboração seus sistemas de ensino. § 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais 
e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino 
mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação 
infantil; § 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio; § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os 
Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.” 
2 A Lei nº 9.394/96, conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, regulamentou o Art. 211 da Constituição Federal de 1988. Em relação à organização da 
educação nacional, ver, especificamente, os artigos 3°, 8°, 9°, 10,11,16,17,18,75. ( Ver lei ) 
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f. comunidade local, sociedades estadual, regional, nacional, internacional e suas respectivas realidades social, política, 
econômica e seus ordenamentos jurídicos, legais, administrativos, burocráticos; 
g. os governos, suas políticas e planos nas instâncias municipal, estadual e federal. (BUSSMANN, Antônia Carvalho. 
Subsídios para a Instituição do Sistema Municipal de Ensino no Rio Grande do Sul. Federação das Associações de 
Municípios do Rio Grande do Sul, jul., 1997) 
 
 
De outra perspectiva, um sistema de ensino pode ser compreendido como um conjunto de subsistemas, como no caso do Brasil, 
em que a organização sistêmica da educação nacional se desdobra nos subsistemas nacional, estaduais, municipais e do Distrito 
Federal, cada um dos quais, ao mesmo tempo, tem a autonomia da sua própria esfera federativa e mantém relações de 
interdependência com as demais. É justamente essa característica das relações sistêmicas que coloca em foco a importância do 
regime de colaboração para que os resultados desejados para a educação nacional sejam alcançados. 
 
 
 
 
O Sistema de Educação Brasileiro- Abrangência, Res ponsabilidades e 
Incumbências 
 
 
Um aspecto importante quando se fala na organização sistêmica de um setor é a delimitação do que cabe a cada parte ou 
subsistema. No caso da educação, essa delimitação está fixada pela LDB e se traduz como: 
 
 
a. abrangência, que define as áreas de atuação de cada subsetor; 
b. responsabilidades, que estabelece o que cabe especificamente a cada um deles prover; e 
c. incumbências, que trata das atribuições que cabem a cada componente do sistema como tal. 
 
 
Para fins de simplificação e coerência com os termos utilizados na legislação, em lugar do termo subsistema passamos a utilizar 
as expressões sistema nacional, sistema estadual e sistema municipal. 
 
Como mencionado anteriormente, a abrangência 3 de cada sistema está fixada na LDB, que também dispõe sobre a distribuição das 
responsabilidades pela oferta da educação escolar 4 e sobre as incumbências 5 de cada um. O Quadro 1 apresenta, por esfera 
administrativa, as instituições e órgãos que compõem o sistema de ensino, suas abrangências e responsabiliades de oferta. 
 
 
 
 
 
 
 
3 Leia os artigos 16, 17 e 18 da LDB. Clique aqui . 
4 Leia do artigo 8º ao 11 da LDB. Clique aqui . 
5 Leia os artigos 9º, 10 e 11 da LDB. Clique aqui . 
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Quadro 1: Sistemas de Ensino por Esfera Federativa - Abrangência e Responsabilidades 
 
Abrangências 
União Estados Municípios 
Instituições de ensino 
mantidas pela União 
Instituições de ensino mantidas 
pelo Poder Público Estadual 
Instituições do ensino 
fundamental, médio e de 
educação infantil mantidas pelo 
Poder Público Municipal 
Instituições de educação superior 
mantidas pelo Poder Público 
Municipal Instituições de educação 
superior privadas 
Instituições de ensino 
fundamental e médio privadas 
Instituições de educação infantil 
privadas 
Órgãos federais de educação Órgãos de educação estaduais Órgãos municipais de educação 
Responsabilidade de Oferta 
Instituições federais de ensino Ensino Fundamental Ensino Fundamental 
Funções redistributiva e 
supletiva Ensino Médio 
Educação Infantil – 
creches e pré-escolas 
 
 
Quadro 2: Incumbências por Esfera Federativa 
 
Abrangências 
União Estados Municípios 
Organização do 
Sistema Federal de 
Ensino. 
Organização do 
Sistema Estadual de 
Ensino. 
Organização do 
Sistema Municipal de 
Ensino, com integração a 
políticas e planos da União e dos 
estados. 
Normas gerais para 
graduação e pós-graduação. 
Normas complementares para 
seu sistema. 
Normas complementares para 
seu sistema (**) 
Autorização, reconhecimento, 
credenciamento, supervisão e 
avaliação de cursos 
superiores e instituições de 
ensino do seu sistema. 
Autorização, reconhecimento, 
credenciamento, supervisão e 
avaliação de cursos superiores e 
instituições de ensino do seu 
sistema. 
Autorização, credenciamento e 
supervisão de instituições de 
ensino do seu sistema. 
Ações supletivas e 
redistributivas (Assistência 
técnica e financeira a estados, 
DF e municípios). 
Ações supletivas e redistributivas 
em relação às suas escolas e aos 
municípios (Definição de formas 
de colaboração com municípios 
na oferta do Ensino 
Fundamental). 
Ação redistributiva em relação às 
suas escolas. 
Elaboração do Plano 
Nacional de Educação 
(PNE).* 
Elaboração de planos 
educacionais integrando ações 
dos municípios – Plano Estadual 
de Educação. 
Plano Municipal de Educação 
 
Estabelecimento de diretrizes 
curriculares nacionais para a 
Educação Básica. 
Oferta de Ensino 
Fundamental e de 
Ensino Médio. 
Oferta de Ensino 
Fundamental e 
Educação Infantil. 
Sistema nacional de 
informações e de avaliação 
educacional.* 
Transporte escolar para alunos 
da rede estadual. 
Transporte escolar para alunos 
da rede municipal. 
(Adaptado de: SARI Marisa Timm, et al. Organização da educação nacional no contexto do fortalecimento da Educação Básica: o papel do município. 
MEC Pradime, Caderno de Textos 1) 
(*) Em colaboração com estados e municípios. 
(**) No caso de municípios com sistema de ensino próprio. 
 
 
 
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-6- 
 
As funções redistributiva e supletiva da União, estabelecidas no primeiro parágrafo do Art. 211 da CF 88, e que precisam ser 
exercidas pelos estados e município objetivam garantir: 
 
 
a. que as oportunidades educacionais sejam as mesmas; 
b. um padrão mínimo de qualidade do ensino 6. 
 
No caso da União, essas funções se efetivam por meio da sua assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e 
aos municípios. Já no caso do exercício dessas funções pelas demais esferas federativas, elas se referem, no caso dos estados, às 
suas escolas estaduais e, no caso destes últimos, às escolas municipais. 
 
A incumbência de baixar normas complementares para o seu sistema de ensino*7 requer que cada esfera tenha seu órgão 
normativo, ou seja, os Conselhos Municipais de Educação com atribuição normativa. De acordo com os princípios constitucionais e 
com a legislação, esses órgãos têm que atender ao princípio da gestão democrática do ensino público 8 e, portanto, devem 
envolver a participação da sociedade no exercício das suas atribuições. 
 
 
Se o município não possui um sistema de educação municipal, ele não tem a incumbência de, e nem pode, baixar normas 
complementares, nem autorizar, credenciar e supervisionar estabelecimentos de ensino**9. Nesses casos, essas atribuições 
competem ao estado cujo sistema de ensino o município fica vinculado. 
 
 
 
O Sistema Municipal de Ensino (SME) 
 
Um sistema municipal de ensino 10 compreende, num sentido estrito, as instituições públicas municipais de ensino fundamental, 
educação infantil e ensino médio (quando houver) e as instituições privadas de educação infantil. Além delas, fazem 
parte do sistema, a secretaria municipal de educação (ou seu equivalente), como órgão administrativo, o conselho municipal de 
educação, como órgão representativo, deliberativo e normativo, e o conjunto dos instrumentos que estabelecem seu modo específico 
de organização, tanto administrativa como curricular 11. 
 
 
Cada uma das partes que integra esse sistema, por sua vez, pode ser compreendida como um subsistema do sistema municipal, 
que tem relações específicas com este último. Assim, por exemplo, em relação às instituições privadas de educação infantil, o 
poder público municipal se relaciona com elas por intermédio das funções supervisora e fiscalizadora. 
 
 
O Quadro 3, a seguir, apresenta os elementos gerais que integram o Sistema Municipal de Ensino. 
 
 
 
 
 
6 Clique aqui e leia o artigo 211 da Constituição Federal de 1988. Clique aqui e leia o artigo 8º e aqui leia o artigo 75 da LDB. 
7 Inciso III do artigo 11 da LDB. Clique aqui . 
8 Leia o inciso VI do Art. 206 da CF 88, o inciso VIII do Art. 3º da LDB, e, o inciso V do item 11.2 do PNE . 
9 Incisos III e IV do artigo 11 da LDB. Clique aqui . 
10 Leia o artigo 18 da LDB. Clique aqui . 
11 A organização curricular pode ser caracterizada como “o conjunto de conteúdos selecionados e organizados metodologicamente de tal forma que estejam adequados: a) à 
realidade social; b) à natureza dos conhecimentos; e c) às necessidades e potencialidades dos alunos”. (DEMSKY, Terri; RODRIGUES, Maristela M. (orgs.). Guia de Consulta 
para o Programa de Apoio aos Secretários Municipais de Educação. PRASEM. Brasília: Projeto Nordeste, 1997). 
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-7- 
 
Quadro 3: Sistema Municipal de Ensino 
 
Instituições de Ensino 
Instituições de Ensino : 
• Públicas : educação infantil, ensino fundamental e 
médio, quando houver; 
• Privadas : educação infantil. 
Órgãos : 
• Administrativo : Secretaria Municipal de Educação; 
• Representativo, deliberativo, consultivo, normativo : 
Conselho Municipal de Educação. 
Elementos Integrantes 
Outros : 
• Plano Municipal de Educação (PME), Plano de Ações 
Articuladas (PAR),outros projetos e programas 
municipais e normas complementares. 
 
 
Em termos de colaboração entre município e estado para a oferta do ensino fundamental, estes precisam estabelecer formas 
dessa colaboração, o que se faz com base na divisão proporcional de encargos. Os critérios de proporcionalidade podem ser dois: 
 
 
a. população a ser atendida e 
b. recursos disponíveis em cada governo*12. 
 
 
É importante notar que entre os grandes desafios relacionados com a educação, os municípios tem dois que estão diretamente 
relacionados com que estamos tratando aqui: 
 
 
a. a institucionalização e/ou organização do sistema municipal de ensino e 
b. o estabelecimento da colaboração recíproca com os sistemas estadual e federal. 
 
 
Institucionalização do Sistema Municipal de Ensino 
 
 
A despeito de as bases da educação nacional terem sido fixadas há mais de vinte anos e regulamentadas há mais de dez, e também, 
apesar do significativo crescimento do número de matrículas nas redes municipais 13, o número de municípios com sistema de 
ensino institucionalizado, em relação total de municípios brasileiros, ainda não atingiu a metade. Segundo dados de 2007, obtidos do 
Sistema de Informações dos Conselhos Municipais de Educação – Sicme 14–, dos 2.849 municípios brasileiros ali cadastrados, 57% 
informou possuir sistema municipal de ensino. 
 
Vale ressaltar que mesmo quando não possui um sistema de ensino, o município continua obrigado a cumprir seu compromisso 
em relação à oferta de educação escolar. Ou seja, ele precisa manter uma rede própria de escolas, possuir um órgão 
administrativo da educação e destinar, no mínimo, 25% de sua receita de impostos para manutenção e desenvolvimento do 
ensino. 
 
 
12 Leia o caput do artigo 211 da Constituição Federal, na LDB leia o caput do artigo 8º e o inciso II do artigo 10. Clique aqui . 
13 Segundo os dados do Inep/2008, de um total de 24,4 milhões de matrículas na educação básica pública, 54% são municipais. 
14 O Sicme é um sistema de informação de caráter voluntário. Isso impede de considerá-lo como fonte oficial. 
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-8- 
Cumpre notar que a constituição de conselhos municipais de educação, assim como a constituição de sistemas municipais de 
ensino, estão entre os objetivos e as metas de gestão constantes no PNE. Para isso, ali se estabelece que os municípios que 
optarem por constituir sistema próprio devem receber o necessário apoio técnico 15. 
 
 
A instituição de um sistema municipal de ensino requer que o Conselho Municipal de Educação – CME – passe a ter 
competências normativas. Além da maior responsabilidade, o CME precisa de competências específicas para o desempenho 
dessas atribuições, o que requer a capacitação e o assessoramento técnico aos conselheiros. 
 
 
A própria institucionalização do Sistema Municipal de Ensino demanda uma série de providências, entre elas: 
 
 
1. análise da Lei Orgânica Municipal e encaminhamento das alterações,quando necessário; 
 
2. elaboração pelo Executivo e encaminhamento ao Legislativo, do Projeto de Lei institucionalizando ou organizando o 
Sistema Municipal de Ensino; 
3. organização ou reorganização da Secretaria Municipal de Educação e do Conselho Municipal de Educação, ao qual 
precisa ser atribuída, legalmente, a função normativa; 
4. comunicação oficial ao Conselho Estadual de Educação e à Secretaria Estadual de Educação da institucionalização do 
sistema. 
 
 
Uma vez que, em alguns casos, os aspectos aqui apresentados poderiam ser de difícil superação a curto prazo, a legislação 
apresentou, como alternativa para os municípios, a sua integração ao Sistema Estadual de Ensino 16. 
 
 
 
 
Órgãos Executivos e Deliberativos 
 
 
Independentemente de ter um sistema de ensino próprio ou de integrar o sistema estadual, é uma atribuição municipal a definição 
das diretrizes básicas sobre o que o município vai garantir a todos, em termos de educação. Essas diretrizes devem referir-se 
tanto aos padrões mínimos de qualidade de ensino como aos currículos, o que inclui o estabelecimento dos padrões de gestão e 
as condições de funcionamento das escolas. 
 
 
Nesse sentido, cabe ao DME, prover os meios para o assessoramento, apoio e a distribuição eqüitativa dos recursos humanos, 
materiais e financeiros às escolas, com o objetivo de dotá-las das condições indispensáveis ao exercício da sua atividade fim, 
visando a construção da sua autonomia e de uma educação de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 Leia o inciso V do item 11.3.2, meta 21 do PNE. Clique aqui . 
16 A opção do município por integrar-se ao sistema estadual precisa reunir o estado e os municípios optantes em ações conjugadas e articuladas nas quais estes últimos atuam 
menos como subsistemas e mais como copartícipes. Embora haja também a alternativa de compor com o estado um sistema único de educação básica, não há registro de 
nenhuma experiência concreta nesse sentido. 
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-9- 
Afinal uma gestão da educação municipal orientada para “a destinação de recursos para a aprendizagem dos alunos, a 
descentralização, a autonomia da escola, a eqüidade, e a participaçã o da comunidade 17” expressa o comprometimento com a 
promoção da qualidade social da educação. Cabe registrar que por qualidade social da educação entende-se a que se orienta 
para a oferta de oportunidades de formação para todos, com padrões de excelência e de adequação aos interesses da população, 
e que assegure a inclusão social aqueles. 
 
 
Para garantir as condições aqui estabelecidas, o município precisa dispor de instâncias administrativa e deliberativa voltadas para 
a melhoria contínua da educação municipal. Esses órgãos, como já apresentado, são a secretaria municipal de educação, em 
alguns casos sob outra denominação, e o conselho municipal de educação. 
 
 
Secretaria Municipal de Educação 
 
 
A Secretaria Municipal de Educação está presente na estrutura das prefeituras como órgão administrativo, executivo e/ou de 
gestão, até mesmo nos pequenos municípios. De conformidade com o PNE, ela deve ter por foco as unidades escolares, com 
vistas a assegurar-lhes autonomia pedagógica, financeira e administrativa. No entanto, apesar dos avanços na direção de uma 
gestão mais efetiva e democrática, ainda se observa, nesses órgãos, inúmeras práticas centralizadas na gestão dos sistemas 
e/ou redes educacionais. 
 
 
Contrapondo-se a essas práticas, a criação de conselhos escolares deliberativos e representativos da comunidade escolar, a 
adoção de processo de eleição para a escolha dos diretores e o repasse direto de recursos às unidades escolares tem contribuído 
para uma gestão mais participativa e para maior autonomia das escolas. 
 
 
Na medida em que, no exercício da sua autonomia pedagógica, administrativa e financeira, as escolas passam a assumir 
atribuições até então desempenhadas pela secretaria, essas mudanças levam à redefinição do papel, das funções e das 
atribuições da Secretaria de Educação. Esta passa a ter um papel central na condução das políticas, o que envolve o provimento 
de suporte ao processo educacional e, cada vez mais, o assessoramento às escolas. Nesse contexto, entre as principais funções 
do DME estão a coordenação e representação política; o planejamento e avaliação educacional; o desenvolvimento da gestão 
escolar e as atividade de administração e finanças. 
 
Conselho Municipal de Educação (CME) 
 
 
A criação de um Conselho Municipal de Educação independe se o município está vinculado ao sistema estadual de ensino ou se 
tem um sistema de ensino próprio. No primeiro caso, esse conselho tem as seguintes funções: consultiva, deliberativa, 
propositiva, mobilizadora e de controle social. No segundo caso, quando há sistema municipal de ensino, às funções já 
mencionadas acrescentam-se as funções normativa e fiscalizadora, que são específicas dos conselhos de sistema. 
 
 
 
 
 
 
 
17 Leia noPNE, Financiamento e Gestão, Meta 24. Clique aqui . 
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-10- 
 
É importante ressaltar que a capacidade normativa no âmbito municipal tem caráter complementar em relação às normas 
nacionais, que asseguram a necessária unidade normativa da educação em todo o País. 
 
 
O CME é a instância de gestão colegiada e democrática do ensino municipal, tanto em relação à formulação das políticas como 
em relação às decisões dos dirigentes 18. Ele deve atuar como interlocutor da sociedade junto ao governo, em assuntos 
relacionados com a educação municipal. Nesse sentido, o CME representa os diversos segmentos sociais e exerce a função de 
mediador entre sociedade e Estado. 
 
 
 
 
Regime de Colaboração 
 
 
Para a maioria das pessoas a noção de colaboração está associada à ideia de algo que se faz voluntariamente, ou "de boa 
vontade", como se costuma falar. Entretanto, esse termo expressa, especificamente, a ideia de algo que só pode se realizar "em 
conjunto", coletivamente, por vontade própria ou de forma compulsória. 
 
Assim, embora o estabelecimento de um regime de colaboração demande vontade política para que as deliberações sejam 
compartilhadas e que o compromisso com a qualidade do ensino seja comum, em muitos casos, a colaboração é obrigatória, na 
medida em que está estabelecida pela legislação. 
 
 
No caso da educação, o regime de colaboração como estratégia para nortear a relação entre a União, os estados, o Distrito 
Federal e os municípios, está tratado na CF88, ao afirmar que "na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os 
Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório" (Art. 211, §4º). Outros 
dispositivos legais, como a própria LDB, regulamentam e detalham essa determinação. Entretanto, há ainda um percurso a ser 
feito para que essa colaboração entre as instâncias se expresse sob forma de vontade política de forma mais generalizada. Daí 
afirmar-se que a consolidação do regime de colaboração precisa enfrentar ainda inúmeros desafios. Entre eles destacam-se: 
 
 
• dificuldades na integração de estados e municípios para a elaboração dos planos decenais de educação; 
• ausência de articulação entre os colegiados normativos das diversas instâncias, para a discussão das normas de 
interesse comum; 
• necessidade de apoio efetivo da União e dos estados visando à organização dos sistemas municipais de ensino, 
conforme previsto no PNE. 
 
 
Cumpre notar que a colaboração recíproca, expressa na legislação, objetiva a interlocução e o planejamento conjunto, de 
conformidade com as normas gerais e com a articulação entre as responsabilidades e incumbências de cada esfera federativa, já 
apresentadas anteriormente nos quadros 1 e 2. 
 
 
 
 
 
 
 
18 Leia o inciso VI do Art. 206 da CF88 e com o inciso VIII do Art 3º, da LDB. Clique aqui . 
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-11- 
 
O Quadro 4 a seguir, apresenta as bases legais do regime de colaboração entre os entes federados, quanto à divisão de 
encargos, ao estabelecimento de normas e ao planejamento. 
 
Quadro 4: Bases Legais e Formas de Colaboração 
 
Âmbito de Colaboração Situação Bases Legais 
Divisão de Encargos 
Oferta do Ensino Fundamental, assegurando distribuição proporcional 
das matrículas, ajustada à capacidade de atendimento de cada esfera 
administrativa. 
Estados e municípios podem celebrar convênios em que a 
transferência de responsabilidade por determinado número de 
matrículas no Ensino Fundamental seja acompanhada da 
correspondente transferência de recursos financeiros. Repartição de 
outros encargos: 
• Descentralização da merenda escolar: municípios também podem 
assumir a execução desse programa suplementar para as escolas 
estaduais, com repasse de recursos federais; 
• Implementação do programa de transporte escolar para garantir o 
acesso de todos à escola: municípios podem assumir a execução do 
programa para a rede estadual com recursos estaduais; 
• Formação de profissionais, etc. 
• CF 88: Art. 211, §4º 
(alterado pela EC nº 
14/96) 
• LDB: Artigos 10, 11 e 75, 
§2º 
• Lei 9.424/96: Art. 3º, §9º 
Estabelecimento de Normas 
Estabelecimento de competências e diretrizes para os currículos e 
conteúdos mínimos da Educação Básica. 
Estabelecimento de padrão mínimo de oportunidades educacionais 
para o Ensino Fundamental. 
• CF88: Art. 210 
• LDB: Artigos: 9º, IV e 74 
Planejamento 
Elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE) em colaboração 
com estados, Distrito Federal e municípios, e a formulação de novos 
objetivos, diretrizes e metas tais como o Compromisso Todos pela 
Educação e PDE. 
Avaliação periódica da implementação do Plano Nacional de Educação, 
pela União, em articulação com os estados, o Distrito Federal e os 
municípios e aferição da qualidade da educação básica oferecida 
nacionalmente com base em alguns indicadores de aprendizagem, 
fluxo, acesso. 
• LDB: Art. 9º, I e V 
• Lei nº 10.172/2001-PNE: 
Art.3º 
Adaptado de: SARI Marisa Timm, et al. Organização da educação nacional no contexto do fortalecimento da Educação Básica: o papel do município. 
MEC Pradime, Caderno de Textos 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Versão para Impressão 
 
 
 
 
 
 
 
-12- 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 1 - OBRIGATÓRIA 
 
 
Caro(a) cursista, 
faça uma avaliação da situação atual da organização do ensino em seu 
município, identificando os elementos que a constituem e o que você 
considera como a principal dificuldade para melhorar essa organização. 
Elabore um texto discutindo possíveis alternativas para a superação da 
dificuldade apontada e sugerindo as mudanças que devem ocorrer no 
interior do sistema ou da rede de ensino do seu município para tornar cada 
vez mais real o objetivo de uma educação para todos com qualidade social, 
eqüidade, autonomia e participação e publique-o no Fórum Atividade 
1 sobre Desafios da organização da educação municipal. 
 
 
Além da sua publicação, a partir das contribuições postadas pelos colegas, 
estimule o debate, fazendo seus comentários/experiências sobre o que 
estiver sendo colocado e que lhe pareça interessante ou importante 
aprofundar/ratificar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATIVIDADE 2 - OBRIGATÓRIA 
 
 
Caro(a) cursista, 
a efetivação do regime de colaboração e de uma organização sistêmica para a educação nacional é hoje 
uma questão da maior importância. Para refletir como esse processo ocorre no seu município, responda o 
Questionário a seguir: 
 
A - Seu município possui sistema próprio de ensino? 
 
Se você respondeu afirmativamente à questão A, responda: 
1. Quais são as incumbências de cada uma das partes que integra o sistema de ensino do seu município? 
2. Identifique formas de relacionamento sistêmicas entre a secretaria municipal de educação e as 
escolas, no que se refere ao desempenho dos alunos? Justifique sua resposta. 
3. Como são deliberados os investimentos necessários a cada escola, no exercício da ação 
redistributiva do município? 
4. Identifique as formas de colaboração existentes entre o seu município e o estado, no que se refere à 
educação e ao ensino. De que forma elas estão documentadas? 
5. Como se dá a colaboração entre a União e o seu município? Descreva os procedimentos que definem 
esta colaboração. 
 
Se você respondeu negativamente à questão A, responda: 
1. De que forma a rede municipal de ensino está constituída em seu município? 
2. Como se dá a integração da rede municipal ao sistema estadual de ensino? 
3. Quais são as incumbências da Secretaria Municipal de Educação em relação às escolas da sua rede? 
4. Identifique as formas de colaboração existentes entre o seu município e o estado, no que se refere à 
educação. De que forma elas estão documentadas? 
5. Como se dá a colaboração entre a União e o seu município?Descreva os procedimentos que definem 
esta colaboração. 
 
 
Responda na Lição Atividade 2. 
 
 
 
Versão para Impressão 
 
 
 
 
 
 
 
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Gestão da Educação Municipal 
 
Introdução 
 
 
O direito à educação está assegurado pela Constituição Federal de 1988. Portanto, é obrigação do Poder Público garantir ao 
cidadão o exercício desse direito. Esta garantia pode ser chamada de ação de Estado e todos os governos são obrigados a 
promovê-la. No entanto, as formas de fazê-lo variam de acordo com as orientações de cada governo ao longo do tempo. 
 
 
De acordo com o disposto na Constituição, essa obrigação não é exclusiva da União e se dá através de uma organização 
sistêmica que envolve as esferas federal, estaduais e municipais de poder. 
 
 
No que se refere ao atendimento desse dever pelo âmbito do poder municipal, há, hoje, um conjunto de pressupostos básicos 
para nortear os DME na gestão da educação municipal. São eles: 
 
 
• Equidade no atendimento aos alunos, ou seja, não se podem justificar condições de atendimento diferenciadas numa 
mesma rede; 
• Organização do trabalho , mediante definição clara de funções, objetivos, procedimentos e plano de trabalho, além da 
sistematização e disseminação de informações e rotinas para orientar as decisões; 
• Decisões fundamentadas em fatos e dados , na medida em que um sistema complexo como o da educação não pode 
ser gerido com base em suposições; 
• Descentralização , com vistas a dar poder de decisão a quem conhece e pode equacionar o problema e a fomentar o 
compromisso, a participação, a eficiência e a qualidade da educação pública; 
• Foco nas atividades fim da educação , ou seja, manter o olhar direcionado para a dimensão pedagógica, para as 
escolas e para a aprendizagem dos alunos; 
• Participação de outros atores na gestão da educação municipal , tais como pais e familiares dos alunos, 
trabalhadores da educação e a própria comunidade. 
 
 
Há também atitudes e comportamentos que, por força das novas formas de convivência e de relações sociais, tem sido muito 
valorizadas no exercício do papel de gestor. Entre elas: 
 
 
• Agilidade: capacidade de vislumbrar mudanças no horizonte, prever o que está por acontecer e assumir a liderança no 
desenvolvimento de estratégias para atender às exigências da realidade contemporânea. Entre as atitudes associadas à 
agilidade, estão o estímulo e a recompensa por ideias inovadoras, delegação de poder para que os outros tomem 
decisões, sempre baseadas em diretrizes e mapa de riscos. 
• Autenticidade: capacidade de liderar com segurança e coragem para assumir posições. Para transmitirem confiança a 
suas equipes, os DME precisam ser transparentes na comunicação e incutir senso de propósito nas equipes. Isso requer 
uma capacidade ampliada de ouvir, de provocar empatia e de alimentar a inovação. 
• Gestão de pessoas: refere-se à habilidade para alavancar e maximizar os resultados gerados pela equipe. Isso requer o 
comprometimento do DME com uma cultura de desempenho e a existência de estruturas organizacionais e processos 
Versão para Impressão 
 
 
 
 
 
 
 
-15- 
 
humanos eficazes. Requer também que o DME identifique novas formas de compartilhar conhecimento e inserir o 
aprendizado no trabalho. 
• Sustentabilidade republicana: que, além do compromisso com a otimização e o equilíbrio entre resultados financeiros e 
objetivos pretendidos, consiste em práticas comprometidas com a transparência no uso dos recursos públicos e com o 
estabelecimento de uma concepção republicana na gestão da educação. 
 
 
 
 
As Várias Faces da Gestão da Educação Municipal 
 
 
Em um regime democrático representativo como o brasileiro, o êxito de uma administração junto à sociedade é determinado pelo 
grau com que as ações desse governo são percebidas pela população como ações de Estado, isto é, como os eleitores entendem 
estarem sendo atendidos em seus direitos. Nesse sentido, uma das mais relevantes dimensões do papel do DME é a dimensão 
política. Seu cargo, assim como as atribuições dele decorrentes, é um desdobramento do mandato conferido ao prefeito. Ele 
representa a autoridade do chefe do Poder Executivo municipal em matéria de política educacional e é o guardião da eficácia 
dessa política. Para isso o DME tem atribuições de representação político-institucional, de planejamento, de gestão pedagógica, 
administrativa, orçamentária e financeira, de gestão da informação e de avaliação institucional. 
 
 
A dimensão política das atribuições do DME compreende a ação de traduzir para a administração municipal, especialmente 
para o chefe do Poder Executivo, as formas mais adequadas de cumprir as determinações legais, os planos e os 
compromissos políticos assumidos junto à população 19. 
 
 
Ao DME cabe também interagir com sua respectiva área nas esferas federal e estadual de governo, com vistas à implementação 
do regime de colaboração e, até mesmo, dos programas e assistência técnica e financeira. 
 
Na formulação das políticas e no planejamento 20 de sua execução, é crucial a escolha das prioridades. Compete ao DME nortear 
essa priorização e transmitir, à administração pública e à sociedade em geral, o convencimento de que os compromissos estão 
sendo adequadamente cumpridos. Deve também defender, nesses diferentes âmbitos, a integridade dos objetivos e dos meios 
necessários à consecução de tais políticas. 
 
 
Na gestão da educação do município exige-se do DME, além da competência para o exercício da dimensão política de sua 
função, uma competência técnica , construída a partir da sua formação e de consistente experiência na área educacional, para 
que seja capaz de mobilizar e articular as pessoas, instituições e demais recursos no sentido de atingir os objetivos e metas 
educacionais definidos para sua gestão, com eficiência, eficácia e efetividade. 
 
 
 
19 É fundamental a interação do DME com o responsável pela fazenda ou finanças municipais, uma vez que, sem recursos, pouco se pode fazer. Com o responsável pela área 
de saúde, pode-se ter em vista os programas suplementares de atendimento aos estudantes; com o responsável pela área de assistência social, a Educação Infantil ganha 
reforço no atendimento; com o responsável pela área de justiça e cidadania, garante-se o cumprimento das obrigações relativas ao Ensino Fundamental e ao atendimento às 
crianças e aos adolescentes em situação de risco. Ao DME cabe também interagir com sua respectiva área nas esferas federal e estadual de governo, com vistas à 
implementação do regime de colaboração e, até mesmo, dos programas de assistência técnica e financeira. 
20 Este é o tema central do Tópico “Planejamento da Educação Municipal” da Sala Ambiente “Planejamento e Avaliação da Educação no Âmbito Municipal”. 
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Uma responsabilidade fundamental do DME, tanto sob o ponto de vista técnico quanto político, é a de dar organicidade à rede de 
escolas municipais em suas múltiplas dimensões, sem perder de vista que o foco de convergência deve ser a gestão 
pedagógica e, em relação a esta, a permanência e o sucesso dos alunos na escola. Esse rumo deve estar fixado pela definição 
clara de um projeto educacional para o município, capaz de operar como elemento catalisador e estimulador de propostas 
pedagógicas nas escolas. Na sua função de coordenar o trabalho e promover o desenvolvimento da rede escolar, o DME deve 
buscar garantir: 
 
 
• o desenvolvimento de uma série de atividades em nível de escola; 
• o cumprimento de atividades docentes consideradas prioritárias; 
• o cumprimento da gestão democrática das escolas; 
• progressivos graus de autonomia às unidades escolares, sem perder de vista a perspectiva de rede; 
• o desenvolvimento de habilidades gerenciais aos integrantes de sua equipe. 
 
É importante explicitar o conceito de rede aqui utilizado, qual seja, o conjunto de escolas sob a gestão do município,orientadas 
por um propósito comum – a aprendizagem –, trabalhando numa dinâmica de troca e fluxo de informação, sob um clima de 
compromisso de toda comunidade. Nessa perspectiva "um aluno não é só aluno de uma professora. É aluno d a rede. O 
professor não está sozinho. É parte da equipe da esc ola e da rede” 21. 
 
 
Estudos e pesquisas evidenciam a importância da escola quando se pensa e se aborda a questão da qualidade da educação. 
Nesse sentido, termos como eficiência e eficácia na gestão da educação municipal são majoritariamente decorrentes dos 
processos que ocorrem dentro da escola, em relação aos quais, o principal papel da Secretaria de Educação é, como mencionado 
no Tópico I, o de prover suporte ao processo educacional e, cada vez mais, o assessoramento às escolas. A forma como a escola 
se organiza, as relações estabelecidas entre professores e alunos, diretor e comunidade, professores e pais, a clareza dos 
objetivos, a qualificação dos professores, as práticas pedagógicas bem como as formas de acompanhamento e avaliação dos 
alunos são fatores do domínio da escola, que contribuem pa ra que os alunos permaneçam e tenham sucesso 22. 
 
 
Em relação à gestão pedagógica , o trabalho do DME e de sua equipe concentra-se, portanto, no apoio ao desenvolvimento da 
gestão escolar, na melhoria das práticas pedagógicas, na formação e no provimento de condições de trabalho aos professores. 
Cabe-lhe conhecer e cercar-se de equipe tecnicamente competente para orientar as escolhas básicas da área educacional, 
especialmente aquelas mais estruturantes, como a própria organização do ensino. 
 
 
Ao lado da gestão pedagógica, compete ainda ao DME lidar com outros aspectos administrativos da educação municipal, tais 
como pessoas, recurso materiais e orçamento. 
 
 
 
 
 
21 Conceito construído e trazido na publicação da pesquisa Redes de Aprendizagem – boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender, produzida pelo 
UNICEF em parceria com a UNDIME, MEC e INEP, 2008(?), p. 14. 
22 Fonte: PORTELA, Adelia Luiza e ATTA, Dilza Maria Andrade - “Indicadores de Qualidade da Escola: Base para a Construção de Critérios Orientadores da Gestão da 
Educação” no Guia de Consulta para o Programa de Apoio aos Secretários Municipais de Educação – PRASEM III, organizado por Maristela Rodrigues e Monica Giágio. 
Brasília: Fundescola/MEC, 2001. 
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-17- 
 
A gestão de pessoas demanda habilidade para coordenar o esforço coletivo com vistas à obtenção dos resultados desejados, 
em termos de formação, aprendizagem e cidadania. 
 
 
Nesse sentido, o trabalhador da educação é, sem dúvida, peça chave para um sistema comprometido com a qualidade do 
processo educativo. Como tal, necessita de formação adequada e de incentivos que indiquem sua valorização. São 
responsabilidades dos sistemas de ensino atuar para que o perfil dos profissionais atenda aos requisitos mínimos de formação 
inicial e também de prover oportunidades de formaçã o continuada 23. 
 
 
Já gestão dos recursos materiais busca assegurar que eles sejam alocados efetivamente a serviço dos objetivos educacionais, 
tanto da rede municipal como de cada escola em particular. Além disso, a gestão dos recursos materiais deve estar a servi ço de 
garantir boas condições de trabalho para o professo r e de aprendizagem para os alunos 24. 
 
 
Por fim, uma vez que nada pode ser feito sem recursos financeiros, no que se refere à gestão do orçamento , cabe, 
prioritariamente, ao DME garantir que no Plano Plurianual (PPA), na Lei Anual de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei 
Orçamentária Anual (LOA), constem os programas, projetos e atividades da educação. Para isso é imperioso que ele participe da 
discussão e elaboração desses instrumentos de planejamento e gestão orçamentária do município, garantindo que as 
prioridades da área educacional sejam adequadamente contempladas 25. 
 
 
Ainda como um processo inerente à gestão da educação, cabe ao DME gerir o processo de avaliação da educação municipal. Esse é 
um processo que deve ser sistêmico e desdobrar-se, no mínimo, na avaliação do rendimento dos alunos 26, na avaliação da gestão 
escolar e na avaliação do desempenho profissional, aspectos já discutidos na Sala Ambiente Planejamento e Avaliação da Educação 
no Âmbito Municipal. Vale também relembrar que em 2005 foi criado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB para 
orientar a condução da política pública, tendo em vista a melhoria da qualidade da educação. Sua composição possibilita o 
diagnóstico atualizado da situação educacional em todas as esferas, e também a projeção de metas individuais intermediárias, de 
incremento da qualidade do ensino 27. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 A Sala Ambiente “Materialização da Educação Pública Municipal” trata de forma mais aprofundada o âmbito da gestão de pessoas. 
24 A Sala Ambiente “Materialidade da Rede Pública Municipal de Ensino” trata de forma mais aprofundada o âmbito da gestão de recursos materiais. 
25 Esse tema é tratado de forma mais detalhada na sala Ambiente “Financiamento e Gestão Orçamentária da Educação”. 
26 Seu norteador é a busca de melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb. 
27 As metas são o caminho traçado de evolução individual dos índices, para que o Brasil atinja o patamar educacional que têm hoje a média dos países da OCDE. Em termos 
numéricos, isso significa evoluir da média nacional de 3,8, registrada em 2005, para um Ideb, em 2022, igual a 6,0, na primeira fase do ensino fundamental. 
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-18- 
 
Princípios e Mecanismos de Implementação da Gestão Democrática 
 
 
No que se refere à administração pública municipal, o DME tem, por delegação do prefeito, a responsabilidade de implementar as 
políticas e ações de governo na área educacional, em articulação com as demais políticas públicas e programas municipais, tendo 
por foco a garantia do direito de aprender. 
 
 
Para se garantir esse direito, e tornar possível construir conhecimentos que efetivamente resultem na transformação da realidade 
pessoal e comunitária da população, é indispensável a existência de um ambiente democrático em que seja possível o diálogo, o 
trabalho coletivo e a resolução pacífica dos conflitos. Um ambiente assim requer, da política educacional, não só que assegure o 
aprendizado de conteúdos e procedimentos, como também de atitudes como cooperar, ser solidário e desenvolver 
responsabilidades junto aos colegas e à comunidade. 
 
 
Na organização da educação pública e nas escolas, as práticas democráticas podem ocorrer por meio de vários canais, entre eles 
os conselhos municipais de educação, de alimentação escolar, do FUNDEB, os conselhos escolares e os grêmios estudantis. 
 
 
No caso dos conselhos municipais, órgãos de participação por excelência, inúmeras são as possibilidades de ação no sentido de 
se estabelecer e fortalecer a gestão democrática. Uma delas refere-se à comunicação e à socialização de informações: todos devem 
ter acesso às mesmas informações e aos fundamentos d as políticas e ações 28. Todos devem ter, também, direito à 
manifestação sem qualquer forma de constrangimento. 
 
 
Outra possibilidade é a qualificação da representação. Muitas vezes, a própria composição dos conselhos dificulta a relação entre 
representantes e representados. Ao DME cabe contribuir para a mudança desses padrões de participação incentivando e 
reforçando as relações de representação.* 
 
 
Nesse sentido, o DME conta com a colaboração técnica do MEC que, atendendo ao Princípio Constitucional da Gestão 
Democrática e buscando estimular cada cidadão brasileiro a participar, espontânea e efetivamente, dos assuntos que lhe são 
afetos, vem trabalhando, em vários programas e ações, com vistas à expansão, consolidação e fortalecimento das instâncias de 
exercício da gestão democrática. Assim, instituiu em 2004 o Programa Nacionalde Capacitação de Conselheiros Municipais de 
Educação – Pró-Conselho cujo objetivo é o de promover o fortalecimento, intercâmbio e colaboração entre os Conselhos 
Municipais de Educação – CME, mediante capacitação de seus conselheiros, incentivo a participação da sociedade civil na gestão 
da educação, ampliação do conhecimento e do debate da legislação educacional e manutenção de um banco de dados nacional 
atualizado sobre os CMEs - o SICME. 
 
 
Da mesma forma, visando a qualificar a participação da comunidade escolar e local na gestão das escolas, o Ministério da Educação, 
por meio da Secretaria de Educação Básica – SEB criou e vem desenvolvendo ações no sentido de implementar o Programa 
Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares . 
 
 
28 Os participantes de um conselho devem ter acesso, de maneira igual, à legislação e aos conhecimentos necessários para realizar a fiscalização das ações, formular 
propostas e críticas ou expressar dúvidas e questionamentos. 
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-19- 
 
Uma terceira possibilidade está relacionada à ampliação dos espaços de discussão e construção de políticas públicas. Dentro 
desse processo foram instituídas, a partir da atual política do Ministério da Educação, as conferências municipais, estaduais e 
nacionais de educação, organizadas pelo governo e pela sociedade. Essas conferências validam a importância do debate nas 
escolas, universidades e comunidades como também entre a sociedade e os profissionais da área educacional, com vistas à 
construção da qualidade social da educação. Em 2009 foram realizadas as conferências preparatórias a Conferência Nacional de 
Educação – CONAE, que aconteceu de 28.03 a 1.04. 2010, tendo como foco o fortalecimento do Sistema Nacional Articulado de 
Educação e o estabelecimento de diretrizes para um novo Plano Nacional de Educação. 
 
 
O processo de elaboração, implementação e/ou atualização do Plano Municipal de Educação (PME) deve ser tomado como 
exemplar para o fortalecimento da participação democrática. As determinações constitucionais e legais relativas à sua elaboração 
podem dar origem a um amplo e vigoroso processo de discussão e produção de ideias e propostas, envolvendo todas as 
dimensões da educação e os mais variados segmentos da sociedade. Entretanto, vale lembrar que isso requer um grande 
esforço de mobilização da sociedade e a busca da co laboração entre as esferas de governo 29. 
 
 
Por fim, é importante ressaltar que a participação relativa ao PME não pode se limitar à fase de elaboração. Como instrumento 
norteador da educação municipal, ele não se esgota na etapa propositiva. Uma vez elaborado o plano, inicia-se a fase de 
implementação das decisões, que é seguida pelas fases de avaliação dos resultados e de projeção de outras e novas decisões. 
Nessa dinâmica, o DME pode impulsionar a continuidade do processo de organização da sociedade local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 Na elaboração do Plano Municipal de Educação (PME), além de envolver professores e demais trabalhadores em educação, pais e alunos, deve-se buscar trazer par o 
debate os setores sociais que tradicionalmente não estão envolvidos com a educação formal. 
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-20- 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 3 – OBRIGATÓRIA 
 
 
Caro(a) cursista, 
 
 
a Tarefa Online contribui entre outras coisas para construção da memória do 
processo de aprendizagem e para compartilhamento do cotidiano e das 
conquistas e desafios que se lhe apresentam. 
 
 
Considerando o conteúdo exposto no tópico Gestão da Educação 
Municipal registre, com base na experiência desse seu período como 
DME, de que forma nas ações, projetos e programas implementados até o 
momento, foram considerados, por você e sua equipe, os seguintes 
pressupostos que devem nortear a gestão da educação: 
• Equidade no Atendimento 
• Organização do trabalho 
• Decisões fundamentadas em fatos e dados 
• Descentralização 
• Foco nas atividades fins da educação 
 
Envie para a Tarefa Atividade 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATIVIDADE 4 – NÃO OBRIGATÓRIA 
 
 
Caro(a) cursista, 
 
 
a partir da seguinte afirmação, constante no 5º parágrafo do tópico As 
Várias Faces da Gestão da Educação Municipal: 
 
 
"A sua responsabilidade fundamental, tanto sob o pon to de vista 
técnico quanto político, é a de dar organicidade à rede de escolas 
municipais em suas múltiplas dimensões, sem perder de vista que 
foco de convergência deve ser a gestão pedagógica e , em relação a 
esta, a permanência e o sucesso dos alunos na escol a", 
 
 
faça uma enquete, junto a 10 representantes da comunidade escolar entre 
pais, alunos, professores, diretores, trabalhadores da educação, sobre como 
percebem essa convergência em direção à gestão pedagógica, coletando 
seus depoimentos (se possível gravados em vídeo) a respeito de como ela 
ocorre (e se ocorre) na prática. 
 
 
O conjunto desses depoimentos poderá servir de importante 
retroalimentação para incrementar sua atuação na perspectiva da 
valorização da atividade fim da educação: aprendizagem efetiva dos alunos 
mediada por uma competente atuação pedagógica dos professores. Em 
seguida, envie um arquivo compactado contendo estas informações e as 
imagens para a Tarefa Atividade 4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Versão para Impressão 
 
 
 
 
 
 
 
-22- 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 5 – ESTA OU SIMILAR 
 
 
Caro(a) cursista, 
 
 
considerando que a gestão democrática da educação é um dos sete 
princípios estabelecidos pelo Artigo 206 da CF 88, um dos onze princípios 
do artigo 3º da LDB e um possível caminho para garantir a qualidade social 
da educação; considerando também que as práticas democráticas podem 
ocorrer nos sistemas educacionais e nas escolas, por meio dos vários 
canais existentes; realize uma pesquisa rápida, mediante busca na internet, 
sobre o tema mobilização social e gestão democrática da educação. 
 
 
Dentre os locais de busca, não deixe de ir ao portal do MEC - no Menu à 
esquerda da tela de abertura e clique em Mobilização Social. Caso queira 
conhecer mais sobre conselhos escolares, no mesmo Menu, clique sobre 
Pais e Familiares. 
 
 
Vá também ao site do Programa Salto para o Futuro da TVE e pesquise 
sobre Gestão Democrática da Educação. 
 
 
Feita essa pesquisa, faça um resumo do que descobriu/aprendeu sobre 
essa temática e envie a sua produção para a Tarefa Atividade 5. 
 
 
 
 
 
 
 
LEMBRANDO! 
Caro(a) cursista, a elaboração do Memorial de Gestão da Educação Municipal é 
uma atividade extra que deve ser realizada até o final do curso por cada 
município. 
A importância deste instrumento, numa perspectiva republicana de gestão da 
educação municipal, requer que o DME e a Secretaria Municipal de Educação 
consolidem a política de educação como uma política pública de estado, e não 
apenas como uma política pública de governo. 
Não se esqueça e bom trabalho!!! 
 
 
 
Versão para Impressão 
 
 
 
 
 
 
 
-23- 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
 
BONAMINO, Alicia et all. Avaliação de políticas educacionais. In: Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação 
Básica. Pradime : Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação/Ministério da Educação. Secretaria de Educação 
Básica. - Brasília, DF: Ministério da Educação, 2006. (Caderno de Textos; v.1). 
 
 
BRASIL. Ministério da Educação. FNDE. Como elaborar o Plano de Desenvolvimento da Escola : aumentando o desempenho 
da escola por meio do planejamento eficaz. Brasília: FUNDESCOLA/ DIPRO/FNDE/MEC, 3ª Edição. 
 
 
BRASIL. Ministério da Educação. INEP. Sinopse Estatística da Educação Básica - Censo Escolar 1998. Brasília: Inep. 1999. 
 
 
BRASIL. Ministério da Educação. INEP. Sinopse Estatística da Educação Básica - Censo Escolar 2007. Brasília: Inep. 2008. 
 
 
BRASIL. Ministérioda Educação. Secretaria de Educação Básica. Memorial da Gestão da Educação Municipal : construindo 
uma transição republicana no Brasil. Realização: Secretaria de Educação Básica. Brasil: MEC/SEB, 2008a. 
 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Pradime : Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de 
Educação: Oficina do Pradime 2008/Secretaria de Educação Básica – Brasília: MEC, SEB, 2008b. 
 
 
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Versão para Impressão 
 
 
 
 
 
 
 
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UNDIME. Agenda dos Cem Primeiros Dias . Orientações ao Dirigente Municipal de Educação. Realização: UNDIME, Apoios 
UNICEF, MEC e Fundação Itaú Social. Brasília: 2008. 
 
 
UNDIME. Orientações ao Dirigente Municipal de Educação - fundamentos, políticas e práticas. Realização: UNDIME, Apoios 
UNICEF, MEC e Fundação Itaú Social. Brasília: 2008. 
 
 
UNICEF. Redes de Aprendizagem - Boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender, realização do UNICEF, 
Undime, MEC, Inep, Brasília: 2008.

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