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Colégio Est. Coronel Otávio de Souza Leite
Disciplina: Língua Poruguesa Turma: 1ª série “B” 
Professora: Laís Cardoso 
AVALIAÇÃO
1. Leia o fragmento abaixo 
“eu gostava muito de passeá… saí com as minhas colegas… brincá na porta di casa di vôlei… andá de patins… bicicleta… quando eu levava um tombo ou outro… eu era a::… a palhaça da turma… ((risos))… eu acho que foi uma das fases mais… assim… gostosas da minha vida foi… essa fase de quinze… dos meus treze aos dezessete anos… “
A.P.S., sexo feminino, 38 anos, nível de ensino fundamental. Projeto Fala Goiana, UFG, 2010 (inédito).
Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato pessoal de A.P.S. como modalidade falada da língua é
a. predomínio de linguagem informal, marcada pelas pausas que marcam a presença da oralidade.
b. vocabulário regional desconhecido em outras variedades do português.
c. Utilização do modelo formal que prioriza a tradição gramatical.
d. ausência de elementos de coesão entre o que estão sendo apresentado
e. presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante.
	
2. Leia o texto a seguir.
o::... o Brasil... no meu ponto de vista ... entendeu? o país só cresce através da educação... entendeu? Eu penso assim... então quer dizer... você dando uma prioridade pra... pra educação... a tendência é melhorar mais... entendeu? e as pessoas... como eu posso explicar assim? as pessoas irem... tomando conhecimento mais das coisas... né? porque eu acho que a pior coisa que tem é a pessoa alienada... né? a pessoa que não tem noção de na::da... entendeu?
Trecho da fala de J. L., sexo masculino, 26 anos. In. VOTRE, S.; Oliveira, M. R. (Coord.). A língua falada e escrita na cidade do Rio de Janeiro. Disponível em: www.discursoegramatica.letras.ufrj.br. Acesso em: 28 mar 2024.
A língua falada caracteriza-se por hesitações, pausas e outras peculiaridades. As ocorrências de “entendeu” e “né”, na fala de J. L., indicam que
a) a modalidade oral apresenta poucos recursos comunicativos, se comparada à modalidade escrita.
b) a língua falada é marcada por palavras dispensáveis e irrelevantes para o estabelecimento da interação.
c) o enunciador procura interpelar o seu interlocutor para manter o fluxo comunicativo.
d) o tema tratado no texto tem alto grau de complexidade e é desconhecido do entrevistador.
e) o falante manifesta insegurança ao abordar o assunto devido ao gênero ser uma entrevista.
3. Leia o texto e responda
A língua sem erros
Nossa tradição escolar sempre desprezou a língua viva, falada no dia a dia, como se fosse toda errada, uma forma corrompida de falar “a língua de Camões”. Havia (e há) a crença forte de que é missão da escola “consertar” a língua dos alunos, principalmente dos que frequentam a escola pública. Com isso, abriu-se um abismo profundo entre a língua (e a cultura) própria dos alunos e a língua (e a cultura) própria da escola, uma instituição comprometida com os valores e as ideologias dominantes. Felizmente, nos últimos 20 e poucos anos, essa postura sofreu muitas críticas e cada vez mais se aceita que é preciso levar em conta o saber prévio dos estudantes, sua língua familiar e sua cultura característica, para, a partir daí, ampliar seu repertório linguístico e cultural.
BAGNO, Marcos. A língua sem erros. Disponível em: http://marcosbagno.files.wordpress.com. Acesso em: 5 nov. 2014.
De acordo com a leitura do texto, a língua ensinada na escola
a) ajuda a diminuir o abismo existente entre a cultura das classes consideradas hegemônicas e das populares.
b) deve ser banida do ensino contemporâneo, que procura basear-se na cultura e nas experiências de vida do aluno.
c) precisa enriquecer o repertório do aluno, valorizando o seu conhecimento prévio e respeitando a sua cultura de origem.
d) tem como principal finalidade acabar com as variações linguísticas que comprometem o bom uso da língua portuguesa.
e) torna-se, atualmente, o grande referencial de aprendizagem do aluno, que deve valorizá-la no lugar da sua variação linguística de origem.
4. Leia a tirinha e responda.
 
A fala do médico é um exemplo de variação linguística do tipo
a) histórica.
b) geográfica.
c) social.
d) situacional.
5. Leia com atenção.
 
A linguagem da tirinha revela: 
a) Pelo tipo de linguagem usada pelo Chico Bento, eles não conseguem se comunicar. 
b) Evidenciamos um uso culto da linguagem, visto que eles personagens são estudante e professora.
c) Expressões como “pruquê”, “num”, "arguma” devem ser banidos da língua em qualquer situação.
d) A fala de Chico Bento faz o uso coloquial da linguagem, motivado por diversos fatores (regional, escolaridade, idade, financeiro e etc).
e) Não há nenhum tipo de problema com a linguagem usada por Chico Bento, podendo ser utilizada também em trabalhos escolares, requerimentos...
 O Auto Retrato
Mário Quintana
No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de criança...
Terminado por um louco! 
6. No poema de Mário Quintana, há a predominância da função:
a) Poética, uma vez que o emissor se preocupa com o sentimentalismo, a subjetividade.
b) Referencial, porque o poema traz informações sobre a linguagem.
c) Fática, pois o emissor procura no poema estabelecer comunicação com o seu interlocutor.
d) Metalinguística, pois o emissor se volta para a própria linguagem para mostrar como ele faz o autorretrato.
e) Emotiva, pois o autor apresenta apenas as suas impressões e sentimentos
Fonte: https://www.dicio.com.br/meme/ Acesso em : 30 mar 2024
7. É CORRETO afirmar que a função de linguagem predominante nesses textos é a:
a) Conativa ou apelativa, porque o locutor estabelece com o leitor uma interação em que lhe impõe o significado de um vocábulo.
b) Fática, porque o locutor explora o canal da linguagem para manter contato com o leitor e manter a interação. 
c) Metalinguística, porque o locutor se expressa por meio de um idioma que é objeto acerca do qual ele trata. 
d) Expressiva, porque o locutor manifesta o sentido afetivo e particular que ele atribui a um vocábulo. 
e) Emotiva, porque o locutor manifesta suas impressões por meio da subjetividade, da presença do EU.
8. Observe a tira do Calvin a seguir.
A função da linguagem predominante na fala de Calvin, por testar o canal de contato com outra pessoa, é a: 
a) conativa (apelativa). 
b) metalinguística.
c) poética. 
d) denotativa.
e) fática.
Diálogo de todo dia
— Alô, quem fala?
— Ninguém. Quem fala é você que está perguntando quem fala.
— Mas eu preciso saber com quem estou falando.
— E eu preciso saber antes a quem estou respondendo.
— Assim não dá. Me faz o obséquio de dizer quem fala?
— Todo mundo fala, meu amigo, desde que não seja mudo.
— Isso eu sei, não precisava me dizer como novidade. Eu queria saber é quem está no aparelho.
— Ah, sim. No aparelho não está ninguém.
— Como não está, se você está me respondendo?
— Eu estou fora do aparelho. Dentro do aparelho não cabe ninguém.
— Engraçadinho. Então, quem está fora do aparelho?
— Agora melhorou. Estou eu, para servi-lo.
— Não parece. Se fosse para me servir já teria dito quem está falando.
— Bem, nós dois estamos falando. Eu de cá, você de lá. E um não conhece o outro.
— Se eu conhecesse não estava perguntando.
— Você é muito perguntador. Pois se fui eu que telefonei.
— Não perguntei nem vou perguntar. Não estou interessado em conhecer outras pessoas.
— Mas podia estar interessado pelo menos em responder a quem telefonou.
— Estou respondendo.
— Pela última vez, cavalheiro, e em nome de Deus: quem fala?
— Pela última vez, e em nome da segurança, por que eu sou obrigado a dar esta informação a um desconhecido?
— Bolas!
— Bolas digo eu. Bolas e carambolas. Por acaso você não pode dizer com quem deseja falar, para eu lheresponder se essa pessoa está ou não aqui, mora ou não mora neste endereço? Vamos, diga de uma vez por todas: com quem deseja falar?
Silêncio.
— Vamos, diga: com quem deseja falar?
— Desculpe, a confusão é tanta que eu nem sei mais. Esqueci. Tchau. [...]
ANDRADE, Carlos Drummond de. Diálogo de todo dia. In: Para gostar de ler Júnior. v. 3. São Paulo: Ática, 2001. p. 21–22.
9. Na crônica de Carlos Drummond de Andrade, a confusão entre os falantes é desencadeada por um trecho em que predomina a função da linguagem
a) apelativa, pois pretende-se saber com quem se fala e, por isso, o emissor se direciona ao receptor.
b) fática, pois a pergunta sobre quem fala inicia o diálogo ao abrir o canal de comunicação.
c) poética, pois ressai a intenção de construir uma narrativa humorística a partir de um jogo de linguagem.
d) referencial, pois o autor busca apenas trazer uma informação para o seu interlocutor.
e) emotiva, pois emprega-se uma linguagem predominantemente figurativa, o que atribui ao texto um caráter de intimidade.
10. O Quinhentismo, enquanto manifestação literária, pode ser definido como uma época em que:
I – não se pode falar, ainda, na existência de uma literatura brasileira, pois a cultura portuguesa apenas buscava a doutrinação;
II – se pode falar na existência de uma literatura brasileira porque, ao descreverem o Brasil, os textos mostram um forte instinto de nacionalidade, na medida em que todos os escritores eram nativos da terra;
III – a produção escrita se prende à descrição da terra e do nativo ou a textos escritos pelos jesuítas, ou seja, uma produção informativa e doutrinária.
Está(ão) correta(s):
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) Todas estão corretas.
11. Com base na charge abaixo, assinale a única alternativa CORRETA:
a) A charge faz uma crítica a chegada do europeu nas terras brasileiras, tendo em vista sua ambição e maldade contra os povos nativos do Brasil.
b) Os portugueses chegaram ao Brasil com o único interesse de catequizar os nativos dessa região.
c) A chegada dos portugueses ao Brasil marca um choque de culturas, em que a cultura dos índios se sobrepôs a dos europeus.
d) Nenhum povo indígena resistiu à chegada dos portugueses ao Brasil.
e) Toda a literatura do Quinhentismo no Brasil retrata os índios como humanos pacíficos e carismáticos.
12. Leia o fragmento retirado da carta de Pero Vaz de Caminha:
 “Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta mais ao Sul até a outra ponta ao Norte, do que nós pudemos observar deste porto, é tão grande que deve ter bem ou vinte e cinco léguas de costa. Ao longo do mar, têm, em algumas partes, grandes barreiras, umas vermelhas e outras brancas; e a terra é toda chã e muito formosa. O sertão nos pareceu, visto do mar, muito grande; porque a estender os olhos não podíamos ver senão terra e arvoredos – terra que nos parecia muito extensa.
 Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem os vimos. Contudo, a terra em si é de bom clima, fresco e temperado, como os de Entre-D’Ouro-E-Minho, nesta época do ano. As águas são muitas; infinitas. De tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por causa das águas que tem!”
(Trecho da carta de Pero Vaz de Caminha)
De acordo com o fragmento acima, podemos afirmar que:
a) Apresenta algumas características dos primeiros indígenas avistados pelos portugueses.
b) Os interesses econômicos dos portugueses sobre essas terras ficaram claros no texto.
c) Fala de como era a vida dos povos desta nova terra.
d) Mostra que o narrador do texto não entende nada sobre a nova terra.
e) Mostra que não há a opinião do autor do texto, e sim apenas descrições de como é a terra. 
GABARITO
1 A
2 A
3 C
4 D
5 D
6 D
7 C
8 E
9 B
10 D
11A
12 B
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