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Interpretação de Textos

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PROFA. PATRÍCIA 
LIMA 
 
Curso Professor Clemilson 
SEMANA 8 
1 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
Questão 01 
 
 
 
São palavras que expressam ideias coerentes com a situação 
retratada na tira: 
 
A) opressão e intolerância. 
B) passividade e reação. 
C) bajulação e ingratidão. 
D) subserviência e resignação. 
E) dedicação e desregramento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 02 
 
Reparei desde pequena que os adultos vivem muito 
em casais. Mesmo que nem sempre sejam óbvios, porque 
algumas pessoas têm par mas andam avulsas como as 
solteiras, há casais de mulher com homem, há de homem com 
homem e outros de mulher com mulher. Há também casais de 
pássaros, coelhos, elefantes, besouros, pinguins – que são 
absurdamente fiéis -, quero dizer: há casais de pinguins, e até 
golfinhos podem ser casais. Tudo por causa do amor. 
O amor constrói. Gostamos de alguém, mesmo 
quando estamos parados durante o tempo de dormir, é como 
fazer prédios ou cozinhar para mesas de mil lugares. 
Mas amar é um trabalho bom. A minha mãe diz. 
MÃE. V.H. O paraíso são os outros. São Paulo: Cosac Naify 
 
De acordo com a narradora, 
 
A) o amor é um sentimento tão fácil que até os animais 
vivenciam-no. 
B) todas as pessoas que não têm par andam avulsas. 
C) o amor é uma incessante construção e dá trabalho. 
D) os casais humanos são infiéis. 
E) devemos respeitar os casais homossexuais. 
 
Questão 03 
 
A madrasta retalhava um tomate em fatias, assim 
finas, capaz de envenenara todos. Era possível entrever o arroz 
branco do outro lado do tomate, tamanha a sua transparência. 
Com a saudade evaporando pelos olhos, eu insistia em 
justificar a economia que administrava seus gestos. Afiando a 
faca no cimento frio da pia, ela cortava o tomate vermelho, 
sanguíneo, maduro, como se degolasse cada um de nós. Seis. 
O pai, amparado pela prateleira da cozinha, com o suor 
desinfetando o ar, tamanho o cheiro do álcool, reparava na 
fome dos filhos. Enxergava o manejo da faca desafiando o 
tomate e, por certo, nos pensava devorados pelo vento ou 
tempestade, segundo decretava a nova mulher. Todos os dias 
— cotidianamente — havia tomate para o almoço. Eles 
germinavam em todas as estações. Jabuticaba, manga, laranja, 
floresciam cada uma em seu tempo. Tomate, não. Ele 
frutificava, continuamente, sem demandar adubo além do 
ciúme. Eu desconhecia se era mais importante o tomate ou o 
ritual de cortá-lo. As fatias delgadas escreviam um ódio e só 
aqueles que se sentem intrusos ao amor podem tragar. 
 
QUEIRÓS, B. C. Vermelho amargo. São Paulo: Cosac & Naify, 2011. 
 
Ao recuperar a memória da infância, o narrador destaca a 
importância do tomate nos almoços da família e a ação da 
madrasta ao prepará-lo. A insistência nessa imagem é um 
procedimento estético que evidencia a 
 
A) saudade do menino em relação à sua mãe. 
B) insegurança do pai diante da fome dos filhos. 
C) raiva da madrasta pela indiferença do marido. 
D) resistência das crianças quanto ao carinho da madrasta. 
E) convivência conflituosa entre o menino e a esposa do pai. 
 
 
 
2 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
#noCPCvocêsegarante 
 
Questão 04 
 
TEXTO I 
 
 
 
PRAZERES, Heitor dos. Morro da Mangueira. [196-], 1 original de arte, óleo sobre tela, 100 
cm x 120 cm. Coleção Roberto Marinho. 
 
TEXTO II 
 
Prontas, João Romão mandou levantar um grosso 
muro de dez palmos de altura, [...] onde se dependurou uma 
lanterna de vidraças vermelhas, por cima de uma tabuleta 
amarela, em que se lia o seguinte, escrito a tinta encarnada e 
sem ortografia: “Estalagem de São Romão. Alugam-se 
casinhas e tinas para lavadeiras”. [...] E aquilo se foi 
constituindo numa grande lavanderia, agitada e barulhenta, 
com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e 
os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam 
como manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas 
transbordantes e o revérbero das claras barracas de algodão 
cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar. E os 
gotejantes jiraus, cobertos de roupa molhada, cintilavam ao sol, 
que nem lagos de metal branco. 
 
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Petrópolis: Vozes, 2016. p. 23-24. 
 
Os textos anteriores dialogam porque, mesmo apresentando 
diferentes suportes, possuem relação temática. Os elementos 
da imagem se relacionam com o texto literário porque 
 
A) fazem uma representação das classes populares do país. 
B) quebram uma ordem lógica de representação dos fatos. 
C) correspondem ao mesmo período histórico de criação. 
D) são representações predominantemente objetivas. 
E) apresentam elementos escatológicos na descrição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 05 
 
 É cada vez mais difícil saber se determinada frase que 
circula pela internet foi realmente dita por esta ou aquela 
pessoa, seja ela famosa, ou não. Sem falar nas notícias, que 
correm a galope nos diversos blogs e sites, sendo muitas vezes 
"fakes", com informações e imagens manipuladas. Agora 
mesmo, quem garante que o que você está lendo no seu 
Facebook, Orkut, Badoo, WhatsApp Messenge, Twitter ou 
LinkedIn, tem realmente veracidade? Ou, ainda, que a frase 
creditada àquela pessoa notória é realmente de sua autoria? 
 Sim, o mundo virtual mudou tudo. E será que até o 
poder que uma notícia tem sobre algo, ou alguém, torna-se 
imensurável, no que diz respeito a questões como 
constrangimento e exposição? No ramo corporativo, cada vez 
mais as empresas têm percebido a real necessidade de ter 
departamentos para monitorar o que o público comenta a 
respeito de seu desempenho, seja em termos de atendimentos, 
produtos, serviços, ou o que o valha. 
[...] 
https://www.dci.com.br/colunistas/2.249/direto-da-redac-o-o-perigo-e-a-forca-das-
redes-sociais-1.248226 
 
O texto aborda o mundo virtual, questionado, principalmente 
 
A) A veracidade das informações veiculadas e a exposição 
das pessoas. 
B) A importância das redes sociais na transmissão de 
informações. 
C) Os departamentos que monitoram os comentários do 
público. 
D) A exposição exagerada das pessoas famosas. 
E) A qualidade do atendimento das empresas. 
 
Questão 06 
 
O incentivo ao consumo do leite em diversas 
propagandas está associado a uma vida mais saudável, com a 
prevenção de doenças crônicas, como a osteoporose, e como 
um alimento essencial para as crianças. No entanto, muitos 
estudos científicos não corroboram essa afirmação. Alguns não 
relacionam a ingestão de leite e seus derivados com o equilíbrio 
de cálcio no organismo. Além disso, ao contrário do que se 
pensa, outros estudos mostram que países que consumem 
pouco leite possuem menor incidência de osteoporose e 
fraturas ósseas. 
Tudo começou em 2011, quando o departamento de 
nutrição da Universidade de Harvard nos EUA limitou o 
consumo de leite e seus derivados na sua nova pirâmide 
alimentar. A notícia foi como uma “bomba” no campo da 
nutrição. Uma das causas dessa limitação ao leite seria devido 
à existência de alguns estudos que correlacionam o consumo 
do leite com câncer de mama e de próstata. 
A sugestão de Harvard de consumir leite e seus 
derivados com moderação parece ser a melhor opção, mas 
novos e maiores estudos serão fundamentais para avaliar o real 
impacto do leite na saúde do homem. 
 
RENKE, G. Disponível em: <http://globoesporte.globo.com>. 
Acesso em: 10 dez. 2017. [Fragmento] 
 
Considerando a tipologia textual predominante no texto, o 
objetivo primário do autor é 
 
A) persuadir o leitor da necessidade de se reduzir o consumo 
de leite e derivados. 
B) expor a abordagem incorreta de muitas publicidades sobre 
a ingestão de lactose. 
C) instruir o leitor sobre o método para se prevenir doenças 
por meio da alimentação. 
D) divulgar a pesquisa desenvolvida em Harvard que mudou 
dietas em todo o mundo. 
E) descrever efeitos positivos e negativos dos derivados de 
leite no organismo humano. 
 
 
 
#noCPCvocêsegarante 
 
3 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
Questão 07 
 
Você sabea diferença entre comunicação síncrona e 
assíncrona? 
 
A forma síncrona permite a comunicação entre as 
pessoas em tempo real, ou seja, o emissor envia uma 
mensagem para o receptor e este a recebe quase que 
instantaneamente, como numa conversa por telefone. São 
exemplos deste tipo de comunicação o chat e a 
videoconferência. 
Já a forma assíncrona dispensa a participação 
simultânea das pessoas, ou seja, o emissor envia uma 
mensagem ao receptor, o qual poderá ler e responder esta 
mensagem em outro momento. São exemplos deste tipo de 
comunicação o correio eletrônico, o fórum e a lista de 
discussão. 
 
Correio eletrônico — o que é e-mail? 
 
Correio eletrônico, ou simplesmente e-mail 
(abreviatura de electronic mail), é uma ferramenta que permite 
compor, enviar e receber mensagens, textos, figuras e outros 
arquivos pela internet. É um modo assíncrono de comunicação, 
ou seja, independe da presença simultânea do remetente e do 
destinatário da mensagem, sendo muito prático quando a 
comunicação precisa ser feita entre pessoas que estejam muito 
distantes, em diferentes fusos horários. 
BRASIL. MEC/Proinfo. Disponível em: www.eproinfo.mec.gov.br. 
Acesso em: 17 jan. 2014 (adaptado). 
 
O texto evidencia que um dos fatores determinantes para a 
escolha do e-mail como uma forma de comunicação é o(a) 
 
A) presença do interlocutor. 
B) emergência do contato. 
C) disponibilidade dos meios de comunicação. 
D) alcance espaço-temporal da mensagem. 
E) relação entre os interlocutores. 
 
Questão 08 
 
TEXTO I 
 
TIÃO: — [...]. Só tem uma coisa... Eu gostaria que tu tivesse 
tudo, num queria que minha mulhé vivesse em barraco... 
MARIA: — Sempre vivi em barraco! E vivê com tu é o que 
interessa... 
TIÃO: — Eu é que não me ajeito muito no morro. 
 
TEXTO II 
 
MARIA: — [...] Olha a cidade lá embaixo! 
TIÃO: — Tu não gostaria de ir pra lá? 
MARIA: — Hum, hum... não. É fria... Eu gosto do morro. 
TIÃO: — Muito? 
MARIA: — Eu gosto do pessoal. Olha o cruzeiro, Tião! Como tá 
bonito. [...] 
 
Os textos anteriores são diferentes trechos extraídos da peça 
Eles não usam black-tie, de Giafrancesco Guarnieri. A análise 
dos trechos permite perceber que 
 
A) Tião, no texto II, apresenta uma postura ética e moral 
distinta da demonstrada na passagem anterior. 
B) Maria, em ambos os textos, demonstra uma paixão pelo 
espaço do morro e descaso pela pessoa de Tião. 
C) Maria, nos dois textos, apresenta um comportamento 
resignado e destoante daquele demonstrado por Tião. 
D) Maria, no texto II, evita mudar-se para a cidade por conta de 
problemas relacionados à temperatura e ao clima. 
E) Tião, no texto II, passou por profundas alterações 
ideológicas e psicológicas, mudanças que o tornaram mais 
humilde. 
Questão 09 
 
Anúncios... anúncios... 
 
Quando bati à porta do gabinete de trabalho do meu 
amigo, ele estava estirado num divã improvisado com tábuas, 
caixões e um delgado colchão, lendo um jornal. Não levantou 
os olhos do quotidiano, e disse-me, naturalmente: – Entra. 
Entrei e sentei-me a uma cadeira de balanço, à espera de que 
ele acabasse a leitura, para darmos começo a um dedo de 
palestra. Ele, porém, não tirava os olhos do jornal que lia, com 
a atenção de quem está estudando coisas transcendentes. 
Impaciente, tirei um cigarro da algibeira, acendi-o e pus-me a 
fumá-lo sofregamente. Afinal, perdendo a paciência, fiz 
abruptamente: – Que diabo tu lês aí, que não me dás nenhuma 
atenção? – Anúncios, meu caro; anúncios... – É o recurso dos 
humoristas à cata de 
assuntos, ler anúncios. – Não sou humorista e, se leio os 
anúncios, é para estudar a vida e a sociedade. Os anúncios são 
uma manifestação delas: e às vezes, tão brutalmente as 
manifestam que a gente fica pasmo com a brutalidade deles. 
Vê tu os termos deste: “Aluga-se a gente branca, casal sem 
filhos, ou moço do comércio, um bom quarto de frente por 
R$60,00 mensais, adiantados, na Rua D., etc., etc.” Penso que 
nenhum miliardário falaria tão rudemente aos pretendentes a 
uma qualquer de suas inúmeras casas; entretanto, o modesto 
proprietário de um cômodo de sessenta mil-réis não tem 
circunlóquios. – Que concluis daí? – O que todos concluem. 
Mais vale depender dos grandes e dos poderosos do 
que dos pequenos que tenham, porventura, uma acidental 
distinção pessoal. O doutor burro é mais pedante que o doutor 
inteligente e ilustrado. 
Lima Barreto. Disponível em: www.biblio.com.br. 
 
Nesse fragmento, o interlocutor do personagem narrador 
 
A) vale-se de um exemplo para ilustrar sua tese final sobre 
componentes sociais. 
B) elege a leitura de anúncios como instrumento exclusivo de 
autoconhecimento. 
C) utiliza-se, em sua argumentação, do método dialético de 
raciocínio. 
D) expressa seu ponto de vista a partir de um argumento de 
autoridade. 
E) usa da ironia para formular sua crítica ao comportamento 
de certas pessoas. 
 
Questão 10 
 
 
 
Observando-se a sequência da tirinha, o humor do referido 
texto consiste na(o) 
 
A) não participação masculina das atividades domésticas. 
B) arrependimento da mulher em ter aceitado a proposta de 
casamento. 
C) compreensão da mulher em agora entender que o 
casamento só se reduz a tarefas rotineiras, sem tempo de 
lazer. 
D) implicação de sentido conotativo e denotativo do termo 
“mão”. 
E) falta de habilidade feminina, ao lidar com os serviços 
domésticos. 
 
 
4 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
#noCPCvocêsegarante 
 
Questão 11 
 
Ensino laico 
 
Levar o ensino religioso a escolas federais, estaduais 
e municipais, mesmo com matrícula facultativa, mostrou-se um 
erro do constituinte. Não se trata aqui de contestar a 
importância da fé para indivíduos ou para a sociedade; a 
questão é que as igrejas nunca precisaram do púlpito escolar 
para dar publicidade a suas doutrinas. 
Sendo assim, resta pouco sentido em consumir tempo 
e recursos escassos da educação do país com algo que outras 
entidades já fazem com eficiência. 
A introdução da disciplina no currículo criou a 
dificuldade de conciliá-la com o princípio da laicidade do 
Estado, segundo o qual este deve manter posição de 
neutralidade plena em relação a todos os credos – e também à 
descrença de parte dos cidadãos. 
Ora, dado que tanto o ensino religioso quanto a 
laicidade são mandamentos da Constituição, o modo menos 
canhestro de harmonizá-los é sacrificando qualquer caráter 
confessional, isto é, toda associação direta do poder público 
com esta ou aquela fé. 
Na impossibilidade de proporcionar aulas associadas 
a todas as preferências, afigura-se mais adequado abraçar um 
modelo em que se tenta abordar o fenômeno religioso no que 
ele tem de universal, explicando o surgimento das principais 
doutrinas. Às próprias igrejas caberia levar ensinamentos mais 
dogmáticos a seus fiéis. 
Espera-se, assim, que a maior parte dos ministros que 
ainda não votaram o julgamento de ação direta de 
inconstitucionalidade que contesta o ensino religioso de caráter 
confessional em escolas públicas acompanhe o relator, para o 
qual o tratamento da disciplina na rede pública precisa ser 
necessariamente não confessional, isto é, desvinculado de 
crenças específicas. 
(Editorial. Folha de S.Paulo, 20.09.2017. Adaptado) 
 
De acordo com o texto, a oferta de ensino religioso nas escolas 
públicas é um erro da Constituição Brasileira, considerando-se 
que 
 
A) as aulas de diferentes religiões, na ótica da Carta Maior, 
devem necessariamente ser ministradas com caráter 
confessional. 
B) as aulas de religião contrariam a ideia de ensino laico, 
dificultando a harmonização entre ambos os princípios na 
realidade escolar. 
C) o Estado laico prevê que as aulas de religião sejam 
organizadas segundo crenças dominantes de uma 
determinada comunidade. 
D) o poder público está impedido de orientar os sistemas de 
ensino em relação a qual das religiões deverá ser 
incorporada ao currículo. 
E) os recursos financeiros abundantes fazem com que o 
Estado aplique muito em atividades cujaeficiência em sala 
de aula pode ser questionável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
► Leia o texto para responder às questões de números 
12 e 13. 
 
Às 15h de uma segunda-feira, o campinho de futebol 
sob o viaduto de Vila Esperança está lotado de jovens 
descalços disputando o clássico Dois Poste contra Santa Cruz. 
Ninguém tem emprego. Xambito é um deles. 
Xambito precisa pagar pensão para seu filho de três 
anos, mas não quer voltar para a “vida errada”, como diz. 
“Essa vida errada aí, biqueira [ponto de vendas de 
drogas], tráfico, só tem dois caminhos: cadeia ou morte; não 
quero nenhum desses dois, quero ver meu filho crescer, botar 
ele pra jogar bola, pra estudar”, diz Xambito, que anda pela 
favela com uma caixinha de som tocando o sertanejo Felipe 
Araújo. 
Ele está correndo atrás de um “serviço fichado” 
(registrado). Já foi várias vezes aos pátios das fábricas em 
Cubatão, mas diz que aparecem dez vagas para 500 pessoas. 
“Só com ajuda de Deus para ser chamado, é muita gente 
desempregada.” 
 
(http://arte.folha.uol.com.br/mundo/2017/um-mundo-de-muros/brasil/excluidos/) 
 
Questão 12 
 
Analisando a fala de Xambito, identificam-se marcas da 
linguagem informal, como 
 
A) “vida errada”, contrapondo-se ao registro formal em 
“Xambito precisa pagar pensão para seu filho de três 
anos”. 
B) “Só com ajuda de Deus para ser chamado”, contrapondo-
se ao registro formal em “cadeia ou morte; não quero 
nenhum desses dois”. 
C) “botar ele pra jogar bola”, contrapondo-se ao registro 
formal em “Já foi várias vezes aos pátios das fábricas em 
Cubatão”. 
D) “quero ver meu filho crescer”, contrapondo-se ao registro 
formal em “só tem dois caminhos: cadeia ou morte”. 
E) “é muita gente desempregada”, contrapondo-se ao registro 
formal em “Ele está correndo atrás de um ‘serviço 
fichado’ ”. 
QUEST 
Questão 13 
ÃO 11 
No texto, a função da linguagem predominante é a 
 
A) apelativa, considerando-se a intenção de persuadir o 
público leitor, fazendo-o acreditar que muitas pessoas 
vivam sem renda. 
B) referencial, considerando-se a intenção de analisar e 
expor ao público leitor a condição de vida dos menos 
favorecidos. 
C) emotiva, considerando-se a ênfase nas condições de vida 
conturbadas das pessoas com o fim de comover o público 
leitor. 
D) emotiva, considerando-se a descrição de um contexto de 
vida particular para expor a questão das drogas na 
sociedade. 
E) referencial, considerando-se que expõe de forma pouco 
idealizada a rotina de jovens que preferem o futebol ao 
trabalho formal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
#noCPCvocêsegarante 
 
5 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
Questão 14 
 
E se “tipo” não for bandeira de pobreza vocabular, mas 
marcador sofisticado? 
 
Tipo, “tipo” é tipo imbatível na hora de determinar 
aquilo que mais, tipo, enlouquece pais e professores na 
linguagem tipo “jovem”, se bem que já tem tipo décadas que as 
pessoas falam tipo assim. Também é verdade que toda 
repetição insistente incomoda quando prestamos atenção nela. 
O que não faz sentido é dizer que as pessoas falam 
assim por lhes faltarem palavras e ideias – isto é, por serem 
tapadinhas. Ou afirmar que a palavra é um indeterminador 
pastoso que revela a dificuldade das novas gerações para 
declarar algo com firmeza: nada seria exatamente assim, mas 
sempre “tipo assim”. 
Vou mais longe. Em vez de tornar o enunciado 
pastoso, traduzindo insegurança, é como se “tipo” solicitasse a 
cumplicidade do interlocutor no reconhecimento sofisticado de 
uma série de padrões sociais de relação entre palavras e 
coisas. A inteligência de sua função metalinguística merece ser 
mais estudada. Mas que o pessoal abusa, abusa. 
RODRIGUES, Sérgio. E se “tipo” não for bandeira de pobreza vocabular, mas 
marcador sofisticado? Folha de S.Paulo, São Paulo, 19 jan. 2017. Disponível em: 
<http://www.folha.com.br>. Acesso em: 10 abr. 2017. (adaptado) 
 
De acordo com o texto, o marcador “tipo”, muito utilizado pelos 
jovens em sua fala, possui uma função no discurso que é 
 
A) refletir sobre aspectos da própria língua. 
B) convencer o interlocutor de sua opinião. 
C) estabelecer contato com o interlocutor. 
D) enriquecer dramaticamente o discurso. 
E) confirmar uma informação verificável. 
 
Questão 15 
 
A velhice 
 
O neto: 
 
Vovó, por que não tem dentes? 
Por que anda rezando só. 
E treme, como os doentes 
Quando têm febre, vovó? 
 
Por que é branco o seu cabelo? 
Por que se apóia a um bordão? 
Vovó, porque, como o gelo, 
É tão fria a sua mão? 
 
Por que é tão triste o seu rosto? 
Tão trêmula a sua voz? 
Vovó, qual é seu desgosto? 
Por que não ri como nós? 
Olavo Bilac 
 
Tomando como base a leitura de três estrofes de “A velhice”, 
de Olavo Bilac, o emprego recorrente de pontos de 
interrogação permite concluir que o neto 
 
A) pretende encontrar a cura para as moléstias sofridas pela 
avó. 
B) não entende a razão de a avó sofrer tanto com doenças. 
C) tem dificuldade de aceitar o envelhecimento da avó. 
D) considera inútil a avó rezar, já que ela não melhora. 
E) deseja eliminar as doenças e a tristeza da avó. 
 
 
 
 
Questão 16 
 
 
 
Disponível em: <http://www.casaronald.org.br>. Acesso em: 25 maio 2017. 
 
Na campanha publicitária divulgada por uma rede de fast-food, 
os recursos argumentativos visuais e verbais objetivam, 
principalmente, 
 
A) informar sobre a dependência de pessoas a tratamentos 
químicos diversos e custosos. 
B) fazer com que sejam mais constantes o apoio e as 
doações à instituição beneficente. 
C) sensibilizar os cidadãos a entenderem o funcionamento de 
campanhas contra o câncer. 
D) comover o público do restaurante para que compreendam 
as consequências da doença. 
E) quantificar pessoas e empresas que ajudam causas 
nobres como o combate ao câncer. 
 
Questão 17 
 
O jogo do aprendizado 
 
O governo da Irlanda do Norte parece ter encontrado 
uma boa solução para prender a atenção dos alunos durante 
as aulas. O departamento regional de cultura, artes e lazer 
decidiu comprar e distribuir um jogo de blocos eletrônico para 
mais de 200 escolas e 30 bibliotecas do país, segundo o jornal 
The Guardian. O jogo permite aos participantes explorar um 
vasto terreno composto de blocos, com possibilidade de 
adaptar o ambiente do jeito que preferirem, de modo a criar e 
destruir vários tipos de estruturas tridimensionalmente. 
A flexibilidade do jogo foi elogiada por pais de crianças 
autistas, que encontraram nele um espaço no qual podiam se 
exprimir em segurança, progredindo em meses o que tinham 
levado anos para conseguir em sessões de terapia. Uma prova 
de que videogames podem ensinar e trazer diversão para um 
público bem abrangente, diferentemente do estigma de “vício” 
com o que são normalmente associados. 
MENDONÇA, F. M. Carta Capital, abr. 2015 (adaptado). 
 
Ao relacionar tecnologia e educação e evidenciar uma 
mudança de paradigma por meio dessa relação, o texto indica 
que o investimento em jogos tem o objetivo de 
 
A) proporcionar meios eficazes de conhecimento. 
B) tornar os jogos de videogame mais fáceis. 
C) assegurar um novo público para os games. 
D) promover a integração de alunos autistas. 
E) retirar o rótulo negativo dos games. 
 
 
 
6 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
#noCPCvocêsegarante 
 
Questão 18 
 
Palavras, percebemos, são pessoas. Algumas são 
sozinhas: Abracadabra. Eureca. Bingo. Outras são promíscuas 
(embora prefiram a palavra “gregária”): estão sempre cercadas 
de muitas outras: Que. De. Por. Algumas palavras são casadas. 
A palavra caudaloso, por exemplo, tem união estável com a 
palavra rio – você dificilmente verá caudaloso andando por aí 
acompanhada de outra pessoa. O mesmo vale para frondosa, 
que está sempre com a árvore. Perdidamente, coitado, é um 
advérbio que só adverbia o adjetivo apaixonado. Nada é ledo a 
não ser o engano, assim como nada é crasso a não ser o erro. 
Ensejo é uma palavra que só serve para ser aproveitada. 
 
DUVIVIER, Gregório. Abraço caudaloso.Folha de S. Paulo. Disponível em: 
<http://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 9 maio 2017. (adaptado) 
 
De acordo com a crônica de Gregório Duvivier, as palavras 
 
A) ratificam a matiz de previsibilidade da linguagem não 
verbal. 
B) apresentam-se separadas de seus aspectos semânticos. 
C) manifestam o caráter heterogêneo da língua e da 
comunicação. 
D) revelam um tom humorístico quando estão cercadas por 
preposições. 
E) desestabilizam os contextos formais de comunicação 
quando se encontram sozinhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 19 
 
Teresa, se algum sujeito 
bancar o sentimental em cima de você 
E te jurar uma paixão do tamanho de um bonde 
Se ele chorar 
Se ele se ajoelhar 
Se ele se rasgar todo 
Não acredita não Teresa 
É lágrima de cinema 
É tapeação 
Mentira 
CAI FORA. 
Manuel Bandeira 
 
É sabido que, em um mesmo texto, pode-se identificar mais de 
uma das seis funções de linguagem que se vinculam aos 
elementos da comunicação. Em muitos casos, porém, a 
despeito dessa diversidade de funções, é possível perceber a 
preponderância de uma função sobre as demais eventualmente 
detectáveis. No caso do poema acima, identifica-se como 
predominante a função 
 
A) emotiva, uma vez que se percebe, nas entrelinhas, um eu 
lírico expressando seus sentimentos em relação à 
personagem feminina. 
B) referencial, porque o objetivo do eu lírico é prestar 
informações que permitam à personagem feminina reagir 
ao processo de sedução. 
C) metalinguística, pela caracterização da postura do sujeito 
“sentimental” como “lágrima de cinema”, “tapeação”. 
D) apelativa, pelo fato de a mensagem estar centrada no 
receptor (no caso, “Teresa”), a quem o poeta se dirige com 
aconselhamentos. 
E) fática, já que o poeta pretende provocar ruídos na 
comunicação eventualmente estabelecida entre um 
possível sedutor e Teresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
#noCPCvocêsegarante 
 
 
 
Questão 20 
 
 
Disponível em:<tecnologia.uol.com.br/álbum/humor.htm#fotoNavc=33>. 
 
O avanço da tecnologia de informação otimizou o processo comunicativo, propiciou o surgimento das redes sociais e o hábito de 
as pessoas postarem mensagens relacionadas aos mais diversos assuntos na internet. Considerando essa realidade tecnológica 
e social e o trabalho do humorista Rafael Salimena, depreende-se que: 
 
A) assim como no processo comunicativo, a evolução tecnológica proporcionou igual avanço das relações interpessoais, 
tornando-as mais maduras, amorosas e plenas. 
B) no atual estágio de desenvolvimento da tecnologia de informação, as mensagens podem ser postadas instantaneamente nas 
redes sociais por meio de celulares e nem sempre são condizentes com a realidade. 
C) a mensagem do penúltimo quadrinho confirma o que os elementos verbais e não verbais dos demais quadrinhos revelam. 
D) a necessidade de postar mensagens sinceras acerca de sua vida pessoal nas redes sociais revela o quanto as pessoas dão 
pouco valor às aparências nessas redes. 
E) a mensagem enviada pela personagem revela um fato de interesse coletivo que se relaciona ao conhecimento produzido pela 
sociedade e ao seu desenvolvimento. 
 
 
Questão 21 
 
Outra professora quase destruiu para sempre 
qualquer pretensão minha à originalidade literária. Era para 
fazer uma redação em aula sobre a ociosidade, e eu não tinha 
a menor ideia do que era ociosidade. Se a palavra fora 
mencionada em sala tinha certamente sido num dos meus 
períodos de devaneio, em que o corpo ficava ali, mas a mente 
ia passear. E então, me achando formidável, fiz uma redação 
inteira sobre um aluno que precisa fazer uma redação sobre a 
ociosidade sem saber o que é isso, sua agonia e finalmente sua 
decisão 
de fazer uma redação sobre um aluno que precisa fazer uma 
redação sobre a ociosidade, etc. A professora chamou a 
atenção de toda a classe para a minha redação. Eu era um 
exemplo de quem acha que com esperteza pode-se deixar de 
estudar e por isto estava ganhando um zero exemplar. Só me 
faltou chamar de original do pau oco. 
Enfim, sobrevivi. No ginásio, todos os professores 
eram homens, mas não me lembro de nenhuma marca que 
algum deles tenha deixado. As relações com as nossas 
pseudomães, no primário, eram muito mais profundas. 
(Luís Fernando Veríssimo. Santinho. 
Em: O nariz & outras crônicas. Adaptado) 
 
 
 
 
Na crônica, o narrador relata que sua professora quase destruiu 
a pretensão dele à originalidade literária porque ela 
 
A) ponderou que o aluno, mostrando-se preguiçoso, não teria 
capacidade de fazer uma redação que tratasse 
criticamente o tema da preguiça. 
B) acreditou que o aluno realmente desconhecesse que 
ociosidade é um conceito relativo à ideia de vadiagem, por 
isso deu-lhe um zero pela ignorância. 
C) condenava os momentos de devaneio do aluno, quando 
ele buscava soluções criativas para suas tarefas, como a 
redação sobre a ideia de inatividade. 
D) entendeu que o aluno deixava de prestar atenção aos seus 
ensinamentos, o que se mostrou ofensivo quando ele 
revelou o desconhecimento de ociosidade. 
E) considerou que tinha sido desonesta a atitude do aluno, 
tematizando na redação a ideia de inércia como estratégia 
para se sair bem na atividade proposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
#noCPCvocêsegarante 
 
Questão 22 
 
O comportamento do público, em geral, parece indicar 
o seguinte: o texto da peça de teatro não basta em si mesmo, 
não é uma obra de arte completa, pois ele só se realiza 
plenamente quando levado ao palco. Para quem pensa assim, 
ler um texto dramático equivale a comer a massa do bolo antes 
de ele ir para o forno. Mas ele só fica pronto mesmo depois que 
os atores deram vida àquelas emoções; que cenógrafos 
compuseram os espaços, refletindo externamente os conflitos 
internos dos envolvidos; que os figurinistas vestiram os corpos 
sofredores em movimento. 
 LACERDA, R. Leitores. Metáfora, n. 7, abr. 2012. 
 
Em um texto argumentativo, podem-se encontrar diferentes 
estratégias para guiar o leitor por um raciocínio e chegar a 
determinada conclusão. Para defender sua ideia a favor da 
incompletude do texto dramático fora do palco, o autor usa 
como estratégia argumentativa a 
 
A) comoção. 
B) analogia. 
C) identificação. 
D) contextualização. 
E) enumeração. 
 
Questão 23 
 
Tenho visto criaturas que trabalham demais e não 
progridem. Conheço indivíduos preguiçosos que têm faro: 
quando a ocasião chega, desenroscam-se, abrem a boca e 
engolem tudo. 
 Eu não sou preguiçoso. Fui feliz nas primeiras 
tentativas e obriguei a fortuna a ser-me favorável nas seguintes. 
 Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca, 
naturalmente, e levei-a para além do ponto em que estava no 
tempo de Salustiano Padilha. Houve reclamações. 
 — Minhas senhoras, Seu Mendonça pintou o diabo 
enquanto viveu. Mas agora é isto. E quem não gostar, 
paciência, vá à justiça. 
 Como a justiça era cara, não foram à justiça. E eu, o 
caminho aplainado, invadi a terra do Fidélis, paralítico de um 
braço, e a dos Gama, que pandegavam no Recife, estudando 
direito. Respeitei o engenho do Dr. Magalhães, juiz. 
 Violências miúdas passaram despercebidas. As 
questões mais sérias foram ganhas no foro, graças às chicanas 
de João Nogueira. 
 Efetuei transações arriscadas, endividei-me, importei 
maquinismos e não prestei atenção aos que me censuravam 
por querer abarcar o mundo com as pernas. Iniciei a 
pomicultura e a avicultura. Para levar os meus produtos ao 
mercado, comecei uma estrada de rodagem. Azevedo Gondim 
compôs sobre ela dois artigos, chamou-me patriota, citou Ford 
e Delmiro Gouveia. Costa Brito também publicou uma nota 
na Gazeta, elogiando-me e elogiando o chefe político local. Em 
consequência mordeu-me cem mil réis. 
RAMOS, G. São Bernardo. Rio deJaneiro: Record, 1990. 
 
O trecho, de São Bernardo, apresenta um relato de Paulo 
Honório, narrador-personagem, sobre a expansão de suas 
terras. De acordo com esse relato, o processo de prosperidade 
que o beneficiou evidencia que ele 
 
A) revela-se um empreendedor capitalista pragmático que 
busca o êxito em suas realizações a qualquer custo, 
ignorando princípios éticos e valores humanitários. 
B) procura adequar sua atividade produtiva e função de 
empresário às regras do Estado democrático de direito, 
ajustando o interesse pessoal ao bem da sociedade. 
C) relata aos seus interlocutores fatos que lhe ocorreram em 
um passado distante, e enumera ações que põem em 
evidência as suas muitas virtudes de homem do campo. 
D) demonstra ser um homem honrado, patriota e audacioso, 
atributos ressaltados pela realização de ações que se 
ajustam ao princípio de que os fins justificam os meios. 
E) amplia o seu patrimônio graças ao esforço pessoal, 
contando com a sorte e a capacidade de iniciativa, sendo 
um exemplo de empreendedor com responsabilidade 
social. 
 
Questão 24 
 
Tatame 
[...] Tô querendo te conhecer, 
Te vi na balada, lá nos cafundó 
Tô querendo mais, e você? Vai querer? 
Tua tattoo 
Teu olho azul 
Tua atitude 
Num jeito todo zen 
 
BIANCHINI, Leo; TETÉ, Ricardo. Tatame. Intérprete: 5 a seco. In: 5 A SECO. 
Ao vivo no Auditório Ibirapuera. São Paulo: Tratore, p2012. 1 CD. Faixa 12. 
 
O eu lírico da letra da canção dirige-se ao interlocutor de uma 
maneira 
 
A) informal, porque exemplifica as diferenças regionais no 
enunciado. 
B) formal, pois apresenta diferenças constituídas de forma 
histórica. 
C) formal, pois utiliza um jargão próprio de certo grupo de 
pessoas. 
D) coloquial, pois a situação comunicativa caracterizada é 
informal. 
E) coloquial, porque apresenta a criação de termos e 
expressões estrangeiras. 
 
Questão 25 
 
 Alguma coisa no ar – um som, um cheiro, uma carta 
anunciava a chegada de tio Zózimo. O menino desconfiava 
farejando, tinha os ouvidos muito abertos, os olhos muito 
agudos, as narinas pegavam um cheirinho diferente no ar, a 
pele mesmo sentia os sinais de que ele estava para chegar. 
Deve ser assim que aparelhos de precisão apontam a 
proximidade de um ciclone, antes mesmo dele chegar já lhe 
dão um nome. 
DOURADO, Autran. O risco do bordado 
 
Considerando a leitura do texto, em qual dos fragmentos a 
seguir o verbo “dever” foi empregado com o mesmo sentido da 
obra de Autran Dourado 
 
A) Você deve muito dinheiro? 
B) Contenta-se com a renda mofina do jornal e deve os 
cabelos da cabeça. 
C) Essa coisa de chamar a decrepitude de “melhor idade” 
deve ter sido invenção dela. 
D) Diga ao camarada Luiz Carlos para não esquecer que a 
Revolução para surtir efeito e se consolidar deve ser 
sangrenta 
E) Eu sempre falo que a gente deve ser enérgico, nunca 
desanimar, que se entregar é covardia, porém quando a 
coisa desanda mesmo não tendo vontade, não tem 
paciência que faça desgraça parar. 
 
 
 
#noCPCvocêsegarante 
 
3 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
Questão 26 
 
Dicas para brincar com segurança em parquinhos 
 
Que criança não ama um parquinho? Mas, para que 
nenhum perigo estrague o fim de semana e a alegria de vocês, 
é preciso ter alguns cuidados. Confira: 
 
 
1) Converse 
Seja qual for a idade da criança, fale sobre os riscos, 
como correr na frente ou atrás do balanço. Isso ajuda a prevenir 
acidentes. 
 
2) Respeite a faixa etária indicada 
Procure pela placa que indica a faixa etária permitida. 
Caso não a encontre, veja se há crianças de idades muito 
diferentes, pois cada uma tem um ritmo. 
 
3) Observe o tipo de piso do lugar 
O ideal é que o chão seja coberto de materiais que 
amorteçam quedas de até 3 metros, como borracha, cascas de 
madeira, cascalho fino ou areia. 
 
4) Prefira roupas confortáveis e adequadas 
Cachecol, capuz e correntinha no pescoço devem ser 
retirados, pois podem enganchar em algum brinquedo e sufocar 
a criança. 
 
5) Preste atenção à qualidade dos brinquedos 
Ao comprar itens para um playground em casa, 
escolha os que têm selo do Inmetro. 
 
6) Balanço 
Para crianças de até 3 anos, o ideal é que o assento 
tenha encosto e proteção de segurança na frente. Nunca deixe 
uma criança, de qualquer idade, empurrar outra no balanço. O 
melhor é que nenhuma possa correr por ali, especialmente na 
parte de trás. 
 
7) Escorregador 
Verifique o estado dos brinquedos, que não podem 
estar quebrados, descascados ou ter pregos aparentes. Os de 
ferro não devem estar enferrujados ou corroídos. Em todos, a 
escada precisa de corrimão e a criança não deve subir pela 
prancha. 
Fontes: Alessandra Françoia, Conselheira de Prevenção de Lesões na ONG Criança Segura, 
da Nova Zelândia; Ana Maria Escobar, pediatra e colunista da CRESCER; Melina Blanco 
Amarins, psicóloga e psicopedagoga do Hospital Israelita Albert Einstein (SP). 
 
A fim de provocar no leitor alguma mudança de 
comportamento, é comum a utilização de verbos no modo 
imperativo, característica do texto instrutivo. No texto, 
depreende-se que o intuito é 
 
A) sugerir comportamentos ao leitor a fim de que o mesmo 
sinta-se à vontade para seguir as regras ou não. 
B) inibir ações imprudentes de crianças, porque as 
consequências retratadas podem gerar multas aos pais. 
C) coagir os pais a respeitarem as regras com a finalidade de 
diminuir os incidentes em parques. 
D) transmitir informações que podem dirimir os acidentes em 
parquinhos. 
E) ensinar às crianças a forma correta de usar brinquedos em 
parquinhos. 
Questão 27 
 
Suporte 
 
 
Disponível em: https://adrianoloyola.wordpress.com. Acesso em: 28 mar. 2018. 
 
A partir dos conhecimentos a respeito de uma alimentação 
saudável e do que é dieta sob o ponto de vista da Educação 
Física, conclui-se que 
 
A) para ter sucesso na reeducação alimentar, basta guiar-se 
pela pirâmide alimentar presentes nas revistas 
especializadas. 
B) fazer um a reeducação alimentar significa deixar de ingerir 
alguns tipos de alimentos, tais como os que contêm 
açúcares e gorduras. 
C) as dietas que prometem resultados imediatos geralmente 
são balanceadas e conseguem suprir as necessidades 
energéticas dos indivíduos. 
D) a reeducação alimentar pressupõe a manutenção de 
hábitos alimentares saudáveis, com uma dieta 
diversificada que contenha todos os grupos alimentares 
essenciais. 
E) na busca pela redução do peso corporal, qualquer pessoa 
pode adotar as dietas presentes em revistas quando estas 
são descritas por especialistas da área de saúde. 
 
Questão 28 
 
De Ulisses ela aprendera a ter coragem de ter fé – 
muita coragem, fé em quê? Na própria fé, que a fé pode ser um 
grande susto, pode significar cair no abismo, Lóri tinha medo 
de cair no abismo e segurava-se numa das mãos de Ulisses 
enquanto a outra mão de Ulisses empurrava-a para o abismo – 
em breve ela teria que soltar a mão menos forte do que a que 
a empurrava, e cair, a vida não é de se brincar porque em pleno 
dia se morre. A mais premente necessidade de um ser humano 
era tornar-se um ser humano. 
LISPECTOR, C. Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: 
Rocco, 1998. p. 32. 
 
O excerto do romance de Clarice Lispector mostra o narrador 
refletindo até chegar a uma assertiva sobre a natureza do ser 
humano. Em relação ao contexto do trecho, tornar-se humano 
significa 
 
A) entrar em um relacionamento amoroso estável. 
B) aprender a ter fé e coragem nas outras pessoas. 
C) desvencilhar-se e enfrentar as dificuldades da vida. 
D) abandonar a emoção e se tornar puramente racional. 
E) manter a sensação de medo como forma de se proteger. 
http://revistacrescer.globo.com/busca/click?q=assento&p=7&r=1522871627001&u=http%3A%2F%2Frevistacrescer.globo.com%2FDiversao%2FTurismo%2Fnoticia%2F2018%2F01%2F6-dicas-para-quem-viaja-com-crianca-no-carro.html&t=informacional&d=false&f=false&ss=&o=&cat=&key=33240f2e788fae0c8bc84c57292efb6a
http://revistacrescer.globo.com/busca/click?q=assento&p=7&r=1522871627001&u=http%3A%2F%2Frevistacrescer.globo.com%2FDiversao%2FTurismo%2Fnoticia%2F2018%2F01%2F6-dicas-para-quem-viaja-com-crianca-no-carro.html&t=informacional&d=false&f=false&ss=&o=&cat=&key=33240f2e788fae0c8bc84c57292efb6ahttp://revistacrescer.globo.com/busca/click?q=seguran%C3%A7a&p=9&r=1522871657781&u=http%3A%2F%2Frevistacrescer.globo.com%2FOs-primeiros-1000-dias-do-seu-filho%2Fnoticia%2F2016%2F01%2Fseguranca-no-parquinho.html&t=informacional&d=false&f=false&ss=&o=&cat=&key=9c33c3463c211751e22e73b56ac228fb
https://adrianoloyola.wordpress.com/
 
 
4 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
#noCPCvocêsegarante 
 
Questão 29 
 
 
 
Disponível em: www.prefeitura.sp.gov.br. 
 
A decodificação dos elementos verbais e não verbais presentes 
na peça publicitária acima permite que se construa a seguinte 
frase, adequada aos objetivos de comunicação do texto: 
 
A) Se você estiver resfriado e sentir desânimo, dor de cabeça, 
no corpo ou nos olhos, provavelmente estará com dengue. 
B) Os sintomas do resfriado são muito semelhantes ao da 
dengue; por isso, os efeitos são os mesmos. 
C) Não estando resfriado, se você sentir dores pelo corpo, dor 
de cabeça, dor nos olhos, febre acima de 38° e desânimo, 
há a possibilidade de estar com dengue. 
D) Excluída a hipótese do resfriado, seguramente você terá 
contraído a dengue se sentir dor de cabeça, dor nos olhos 
e no corpo, desânimo e febre acima de 38º. 
E) Dor de cabeça? Dor no corpo e nos olhos? Desânimo? 
Febre acima de 38°? É dengue ! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 30 
 
● O texto a seguir é parte de uma entrevista realizada com o 
médico psiquiatra Flávio Gikovate, que acaba de lançar seu 26º 
livro, Uma História de Amor... com Final Feliz. 
 
Entrevistador - O senhor diria para a maioria das pessoas que 
o casamento pode não ser uma boa decisão na vida? 
Gikovate - Sim. As pessoas que estão casadas e são felizes 
são uma minoria. Com base nos atendimentos que faço e nas 
pessoas que conheço, não passam de 5%. A imensa maioria é 
a dos mal casados. São indivíduos que se envolveram em uma 
trama nada evolutiva e pouco saudável. Vivem relacionamentos 
possessivos em que não há confiança recíproca nem 
sinceridade. Por algum tempo depois do casamento, 
consideram-se felizes e bem casados porque ganham filhos e 
se estabelecem profissionalmente. Porém, lá entre sete e dez 
anos de casamento, eles terão de se deparar com a realidade 
e tomar uma decisão drástica, que normalmente é a separação. 
 
Entrevistador - Ficar sozinho é melhor, então? 
Gikovate - Há muitos solteiros felizes. Levam uma vida serena 
e sem conflitos. Quando sentem uma sensação de desamparo, 
aquele "vazio no estômago" por estarem sozinhos, resolvem a 
questão sem ajuda. Mantêm-se ocupados, cultivam bons 
amigos, lêem um bom livro, vão ao cinema. Com um pouco de 
paciência e treino, driblam a solidão e se dedicam às tarefas 
que mais gostam. Os solteiros que não estão bem são 
geralmente os que ainda sonham com um amor romântico. 
Ainda possuem a idéia de que uma pessoa precisa de outra 
para se completar. Pensam, como Vinicius de Moraes, que "é 
impossível ser feliz sozinho". Isso caducou. Daí, vivem tristes e 
deprimidos. 
 
Entrevistador - Por que os casamentos acabam não dando 
certo? 
Gikovate - Quase todos os casamentos hoje são assim: um é 
mais extrovertido, estourado, de gênio forte. É vaidoso e 
precisa sempre de elogios. O outro é mais discreto, mais 
manso, mais tolerante. Faz tudo para agradar o primeiro. Todo 
mundo conhece pelo menos meia-dúzia de casais assim, entre 
um egoísta e um generoso. O primeiro reclama muito e, assim, 
recebe muito mais do que dá. O segundo tem baixa auto-estima 
e está sempre disposto a servir o outro. Muitos homens 
egoístas fazem questão que a mulher generosa esteja do lado 
dele enquanto ele assiste na televisão os seus programas 
preferidos. Mulheres egoístas não aceitam que seus esposos 
joguem futebol. Consideram isso uma traição. De um jeito ou 
de outro, o generoso sempre precisa fazer concessões para 
agradar o egoísta, ou não brigar com ele. Em nome do amor, 
deixam sua individualidade em segundo plano. E a felicidade 
vai junto. O casamento, então, começa a desmoronar. Para os 
meus pacientes, eu sempre digo: se você tiver de escolher 
entre amor e individualidade, opte pelo segundo. 
Disponível em: http://veja.abril.com.br/entrevistas/flavio_gikovate.shtml (fragmento adaptado). 
 
A partir da análise das estratégias argumentativas empregadas 
no texto anterior, verifica-se que 
 
A) o entrevistado emprega estratégias argumentativas de 
autoridade, citando personalidades, como Vinicius de 
Moraes, a fim de corroborar seu ponto de vista. 
B) essas estratégias são utilizadas com o objetivo de 
comover o público-alvo, mostrando ao leitor que, entre 
sete e dez anos, a maioria dos relacionamentos tem um 
desfecho infeliz: a separação. 
C) ao afirmar "Quase todos os casamentos hoje são assim", 
o psiquiatra faz uso de estratégia de intimidação para levar 
o leitor a aceitar seu ponto de vista em relação aos 
relacionamentos atuais. 
D) o seu produtor vale-se de exemplos empíricos para 
conceder credibilidade a seus argumentos e convencer o 
seu público-alvo de que a vida conjugal não atende às 
necessidades da maior parte dos indivíduos. 
E) o psiquiatra parte de considerações gerais sobre a vida 
conjugal para, ao longo de sua argumentação, analisar 
casos particulares em que o casamento permanece sendo 
uma estrutura pouco funcional e de baixo retorno 
emocional.

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