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Casa grande e senzala – Gilberto Freyre. 
· O capítulo um já começa dizendo que a sociedade brasileira foi formada em sua composição por índios, brancos europeus e africanos. Que sua economia sempre dependeu da escravidão e a politica já nasce agraria e mercantilista. A colonização portuguesa no Brasil, formou uma sociedade de estrutura agrária, exploração econômica escravocrata, e híbrida de portugueses, índios e negros cujo sucesso se deu por meio do equilíbrio de diversos antagonismos. Especialmente o antagonismo entre o senhor e o escravo. 
· No início do capítulo, Gilberto Freyre foca-se nas características do português que possibilitaram a colonização do Brasil. Ele expõe que os contatos (tanto: culturais e até mesmo sexuais), entre os portugueses com os mouros durante a Idade Média, foram fundamentais para que o português pudesse realizar bem a colonização. O autor pontua que a colonização portuguesa em outros países ou a colonização de outros europeus na América foi diferente. Então ele vai pontuar essas diferenças, para isso, é possível observar que ele usa de dois métodos: o método histórico que, para compreender a sociedade brasileira ele recria todo o período colonial. O método comparativo, pois em todo o capítulo ele o utiliza, seja para comparar a colonização portuguesa com a inglesa ou a espanhola; entre Portugal e outros países europeus. 
· O Clima, a Terra e a Gente que o Português encontrou: O português diferentemente de outros povos europeus, especialmente os de origem nórdica, teve uma grande facilidade em se adaptar em terras de clima tropical, isso se deve segundo Strüssmann (2006) ''pois o clima de Portugal era equivalente ao clima africano, que por sua vez tinha suas semelhanças com o Brasil colônia. '' Em compensação, os portugueses teriam dificuldades em relação à terra devido a irregularidade dos rios, as pragas que atingiam as plantações, etc. Logo ao chegarem ao Brasil os portugueses se surpreenderam com o que viram inúmeras mulheres e todas elas nuas alisando seus negros cabelos. Aquela cena remetia ao português a uma grande excitação sexual, isso ocorre pelo fato de que as índias eram muito parecidas com a ''moura encantada'' ou banhando-se nos rios. '' Tal idealização se dá pela influência moura o que favoreceu para nascer uma nova geração, agora formada por mestiços, ajudando assim a ocupação do Brasil, tendo em vista que Portugal não possuía um grande contingente populacional para ocupar o Brasil de forma rápida e, além disso, havia outras colônias na África e na Ásia que também necessitavam serem ocupadas.
· A constituição da Família Patriarcal: A família no Brasil colônia foi a instituição que mais ajudou na colonização, assumindo uma posição tal que chega até entrar em choque com a igreja católica sobre a forma da Companhia de Jesus, como também aponta Basile (2006), mostrando que Freyre ''fala da família como uma instituição tão forte que chega a criar um antagonismo com a Cia de Jesus'' mesmo sendo necessário para poder vim ao Brasil ser de religião católica. Tudo gira em torno da família de característica patriarcal, escravista e aristocrática ''a unidade produtiva, o capital que desbrava o solo, instala as fazendas, compram escravos, bois, ferramentas, a força social que se desdobra em política''. Em fim é ela quem dita às regras no Brasil colonial.
Capítulo 5. 
· Nesse capitulo ele vai destacar a figura do senhor de engenho. Ele destaca o comportamento do senhor, especialmente do nordestino 
Biografia Gilberto Freyre: 
Escritor e cientista social pernambucano. Sua obra analisou a importância da mestiçagem na formação do Brasil, mudando a visão do jeito de ser brasileiro no mundo contemporâneo. 
Infância e formação: Gilberto de Mello Freyre nasceu no Recife, Pernambuco, em março de 1900. Estudou no Colégio Americano Batista, no Recife, onde se bacharelou em Letras, sendo o orador da turma. Aos 17 anos, Gilberto Freire foi para os Estados Unidos como bolsista, fixando-se no Texas, onde estudou Artes Liberais, com especialização em Ciências Políticas e Sociais na Universidade de Baylor. Gilberto Freyre fez sua pós-graduação na Universidade de Colúmbia, Nova Iorque, obtendo o grau de Mestre em Artes. Sua dissertação de mestrado versou sobre a "Vida Social no Brasil em Meados do século XIX", orientado pelo antropólogo Franz Boas, radicado nos Estados Unidos, de quem recebeu grande influência intelectual.
Jornalista, professor e político: Com a Revolução de 30, acompanhou o governador ao exílio, em Portugal, e depois viajou pela Europa e Estados Unidos, ministrando aulas como professor visitante em diversas universidades. De volta ao Recife, foi convidado pelo reitor da Universidade do Distrito Federal, o educador baiano Anísio Teixeira, para lecionar Sociologia. Tornou-se também técnico do serviço do Patrimônio Histórico Nacional. Entre 1933 e 1937, escreveu três livros voltados para o problema da formação da sociedade patriarcal no Brasil: "Casa Grande & Senzala", "Sobrados e Mocambos" e "Nordeste". Nesse último, desenvolveu teses geográficas sendo considerado o pioneiro da ecologia. Na década de 40, Gilberto entrou em confronto com o Governador Agamenon Magalhães, então interventor Federal em Pernambuco, lançando campanha aberta contra o Estado Novo e chegando a ser preso pela polícia da ditadura de Getúlio Vargas. Nas eleições de 2 de dezembro de 1945, foi eleito deputado federal por Pernambuco. Participou da elaboração da Constituição de 1946. Nela, atuou nos setores ligados à ordem social e à cultura, tendo depois reunido seus discursos no livro "Quase Política".

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