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O Indivíduo na Sociedade

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Governo do Estado do Rio Grande do Norte 
Secretaria de Estado da Educação, da Cultura e dos Desportos – SECD 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN 
Faculdade de Ciências Econômicas - FACEM 
Departamento de Administração – DAD 
Curso de Administração – 07º período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA – O INDIVÍDUO NA SOCIEDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mossoró, 02 de Agosto de 2005. 
 
LUIZ NAZARENO DE SOUZA 
ANA VALERIA LACERDA FREITAS 
JANE CLEIDE DE FREITAS MELO 
JOSIVAN ALVES DE SOUSA 
REGINALDO NONATO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho de Pesquisa – O Indivíduo na Sociedade, 
apresentado como requisito da Disciplina de Ecologia de Empresa, 
ministrada pelo Professor Celsemi, no 7º período do Curso de 
Administração, da UERN – Universidade do Estado do Rio Grande do 
Norte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mossoró, 31 de Março de 2005. 
O INDIVÍDUO NA SOCIEDADE 
 
 
 
1. O SER SOCIAL 
 
 
 Segundo B. Mondin, "a sociabilidade é a propensão da pessoa para viver junto 
com os outros e comunicar-se com eles, torná-los participantes das próprias experiências e 
dos próprios desejos, conviver com eles as mesmas emoções e os mesmos bens". No entanto, 
podemos dizer que o ser humano por natureza é um ser social; a partir do momento que nasce, 
já depende dos outros para realizar suas necessidades básicas. O homem é um ser frágil e 
necessita da sociedade para ser integralmente humano. "Isto não quer dizer que a pessoa se 
torne pessoa por meio da sociedade, mas significa que a sociedade é condição ou ambiente 
indispensável para que o ser humano se realize plenamente como sujeito". 
 Pessoa através da sociabilidade desenvolve muitas faculdades, amplia seu mundo 
particular e torna-se responsável pela organização da sociedade em que vive. Entre as 
faculdades que estão ligadas diretamente ao ser humano pela sociabilidade, gostaria de 
destacar a capacidade humana de conhecer, pois, "o conhecimento coloca-o em contato com 
todo o mundo que o circunda, particularmente com o mundo humano". Nesta circunstância, 
podemos destacar a capacidade humana de transformar através do auxílio do conhecimento, 
não apenas transformar para tornar diferente, mas propor mudanças que ampliem a dimensão 
humana e caracterizem o ser humano como ser social. 
 
2. O SER QUE TRANSFORMA 
 
 O ser humano, por ser racional, livre e social, pode decidir optar e propor 
mudanças. Esta capacidade de planejar e escolher mostram que o ser humano não é apenas 
um contemplador do mundo, mas é um transformador da realidade em que vive. "Ö ser 
humano não é como os outros entes, "simplesmente presente", nem é "espectador 
desinteressado das coisas e dos significados": pelo contrário, o ser humano é o ser que se 
projeta sempre em suas possibilidades, pois a pessoa dá significado ao mundo e projeta o 
mundo como seu". 
 Podemos fazer uma análise a partir da condição de que o humano, através da 
educação, mude a sociedade. Assim surge à possibilidade de tornar real o sonho de muitos, 
que lutam por um mundo melhor. Pois, "o ensino e a educação determinam a sociedade tanto 
quanto, ao menos, são determinadas por ela; a causalidade não é unilateral, mas recíproca. E 
o ensino, pela liberdade relativa, mas real, a ela concedida, é, sem dúvida, a mais poderosa 
alavanca de transformação social". No entanto, precisamos ter bem claro que a educação 
precisa estar engajada, ou seja, precisamos nos envolver nesta ação concreta e "perceber as 
possibilidades da ação social e cultural na luta pela transformação das estruturas opressivas da 
sociedade classista". O ser humano precisa lutar pela sua própria realização, esta é uma 
necessidade básica e fundamental que depende das relações humanas. 
 "O ser humano se realiza, pois, em todas as suas qualidades, mediante a 
comunicação com os outros, pelo diálogo com os irmãos. A solidariedade é necessária para a 
realização humana". 
 Podemos dizer que o ser humano vive num contexto de transformação. Devemos 
entender a transformação como a busca de um mundo melhor, no campo social, cultural e 
religioso, um mundo onde reine a paz e a liberdade. Assim o ser humano poderá se realizar 
em todas as suas dimensões e ser mais humano. A educação deve proporcionar ao ser 
humano esta possibilidade, que não se resume no "intelectualismo dirigido", mas que abrange 
toda a realidade humana. 
 
3. A SOCIEDADE 
 
 Sabemos que a sociedade, na maioria das vezes, é determinante do comportamento 
humano. Isto porque, a sociedade dominante é planejada e criada para favorecer uma minoria 
opressora. Precisamos mudar esta realidade e inverter esta situação. As pessoas que são 
sujeitos da história, têm o direito de determinar a sociedade. 
 Quando se fala em pessoas, se entende os membros de uma sociedade, ou seja, os 
agentes que através do diálogo consciente e participativo traçarão os caminhos da sociedade, 
resgatando com dignidade sua verdadeira identidade. 
"O ser pessoa caracteriza-se como um dinamismo contínuo de auto-trancendência e auto-
superação. Ser pessoa não é fechar-se em si mesmo, mas sair fora de si, procurar na 
objetividade do mundo, na intersubjetividade das pessoas e na transcendência das idéias, dos 
ideais e dos valores, novas inspirações e estímulos para sua própria identidade". 
A educação, como fenômeno da socialização, tem a função de ajudar as pessoas a serem elas 
mesmas, como também tem o objetivo de integrar o cidadão e despertá-lo para a participação. 
A função principal da educação libertadora é "abrir caminhos para a "justiça, educando e 
preparando os homens para a mudança, transformando-os em agentes e atores dessas 
transformações". Não podemos falar em educação para mudança social, sem analisar o 
contexto em que vivemos. Por isso a prioridade da educação libertadora é despertar o 
indivíduo para o compromisso e conscientizá-lo de sua tarefa nesta dinâmica transformadora. 
 
4. A CONSCIÊNCIA SOCIAL 
 
 
 Segundo Anísio, a escola é local propício para a construção desta consciência 
social. Nela o indivíduo adquire valores; nela há condições para formar o ser social. “Como a 
escola visa formar o homem para o modo de vida democrático, toda ela deve procurar, desde 
o início, mostrar que o indivíduo, em si e por si, é somente necessidades e impotências; que só 
existe em função dos outros e por causa dos outros; que a sua ação é sempre uma transação 
com as coisas e pessoas e que saber é um conjunto de conceitos e operações destinados a 
atender àquelas necessidades, pela manipulação acertada e adequada das coisas e pela 
cooperação com os outros no trabalho que, hoje é sempre de grupo, cada um dependendo de 
todos e todos dependendo de cada um” (Teixeira, 1956, p. 10). A escola deve ser agente da 
contínua transformação e reconstrução social, colaboradora da constante reflexão e revisão 
social frente à dinâmica e mobilidade de uma sociedade democrática: “o conceito social de 
educação significa que, cuide a escola de interesses vocacionais ou interesses especiais de 
qualquer sorte, ela não será educativa se não utilizar esses interesses como meios para a 
participação em todos os interesses da sociedade... Cultura ou utilitarismo serão ideais 
educativos quando constituírem processo para uma plena e generosa participação na vida 
social” (Teixeira, 1930b, p. 88-89). 
 
5. DIREITO 
 
 O sistema de ética possui três concepções em relação a direito, consciência e dever 
que diferem da nossa antiga formação ética, são elas: 
− nós não seguimos o direito, nós o criamos; 
− não há consciência particular; 
− nosso dever nunca é para com as os “outros”, mas para com o todo. 
Entretanto o primeiro não segue o direito, o criamos. 
 Frequentemente, pensa-se que nossos ideais estão todos ai prontos para serem 
aplicados. Mas a verdade é que temos que cria-los.Não vale a pena nenhum ideal que não 
brote de nossa vida real. 
 Algumas pessoas parecem guardar todos os seus ideais para usá-los num momento 
de necessidade. Mas nós nunca podemos buscar no passado um ideal para uma necessidade 
presente. A única forma que esses ideais passados poderem ajudar é emoldurando a vida que 
produz o ideal presente. Nós não os descartamos, nós os incorporamos ao presente. 
 Às vezes é ensinado que, dada à mesma situação, o indivíduo deve repetir o 
mesmo comportamento. Mas a situação nunca é a mesma, nem o indivíduo é o mesmo. 
 Não podemos realizar nossos deveres com o antigo sentimento, que é o de seguir 
um ideal cristalizado, porque nosso dever é novo a cada momento. 
 O que uma ética progressista deve ensinar é que o conhecimento do que é devido 
ao todo é revelado dentro da vida do todo. 
 Frequentemente, “cumprir nosso dever” significa uma atrofia mental e moral. O 
homem não pode viver através de tabus, o que significa estagnação. 
 Muitos tabus estão desaparecendo, a tendência é para que criemos nossa própria 
vida moral. 
 Nosso senso ético nunca estará satisfeito com padrões morais preconcebidos. 
Somos nós, através de nossos atos, que progressivamente construímos o universo moral. 
 Enquanto obedecermos a velhos padrões, sem interpreta-los como o mandamento 
real, estaremos abdicando do nosso poder criativo. 
 
	Governo do Estado do Rio Grande do Norte
	Secretaria de Estado da Educação, da Cultura e dos Desportos – SECD
	UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN
	PESQUISA BIBLIOGRÁFICA – O INDIVÍDUO NA SOCIEDADE
	Mossoró, 31 de Março de 2005.

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