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AULA_EmergênciasOncológicas_ResidenciaMultiprofissional (2)

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EMERGÊNCIAS 
ONCOLÓGICAS: bases 
para a avaliação clínica
ProfªDra Edvane B. L. De Domenico
Universidade Federal de São Paulo
Programa de Residência Multiprofissional 
em Oncologia
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=unifesp&source=images&cd=&cad=rja&docid=pOjyfX4xgU-o6M&tbnid=GN6EEGVZ9qYOMM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.sjc.unifesp.br%2Fotimizacao%2F&ei=SlztUfWdE4vU9gSlqYDoAQ&psig=AFQjCNFsANwF_6L3a-hkb7MLbsFlofvsNA&ust=1374596552862997
Conteúdos da aula
a) Complicações vinculadas à progressão da 
doença neoplásica:
- Alterações hematológicas
- Processos metastáticos
b) Complicações vinculadas à terapêutica 
antitumoral: farmacológica e radiológica
Desafios:
❑Complexidade do diagnóstico
❑Extensão da doença
❑Diferentes formas de tratamento
❑Manifestações resultantes da doença em si
❑Manifestações secundárias à terapêutica
escolhida
CONTROLE DAS COMPLICAÇÕES
Análises Hematológicas
https://www.google.com.br/search?q=sistema+sanguineo
https://www.google.com.br/search?q=sistema+sanguineo
Lendo exames...
AUMENTO DO NÚMERO DE HEMÁCIAS: 
prováveis causas 
TROMBOCITOSE
Definição: contagem de plaquetas acima do valor superior
de referência laboratorial, podendo exceder a marca de 1
milhão.
Causas:
▪ neoplasia, podendo ser idiopática ou resultante de
sangramento ou metástases medulares. A incidência é em
torno de 10 a 15%, com complicação pulmonar e em torno
de 50% em pacientes com neoplasias disseminadas.
▪Os cânceres de maior influência para a ocorrência de
acidentes tromboembólicos são: carcinoma de pâncreas,
vesícula biliar, estômago, cólon e reto, ovário, mama e
pulmão.
▪A trombose venosa profunda (TVP)
✓no paciente oncológico, vem sendo relacionada com a
pouco mobilidade física ou imobilidade do paciente
decorrente da fadiga ou outro problema incapacitante.
✓Também da associação de fármacos com efeito
potencializador, como Dexa + Talidomida.
TROMBOCITOSE, continuação...
Tarefa 1: encontre na literatura outros fármacos que, 
se associados, aumentam os riscos de TVP em 
Oncologia
❑ Interrogar o paciente quanto aos fatores de risco para a
TVP: ocorrência anterior, atividade sedentária, infecção,
picadas recorrentes de insetos, hábito de fumar, uso de
anticoncepcionais.
❑ Avaliar queixa álgica e dificuldade de locomoção:
suspeitar de acidentes tromboembólicos. Realizar Exame
Físico (Ler texto complementar!)
Avaliação Clínica na Trombositose
Monitorar resultados de exames laboratoriais: 
hemograma e leucograma com plaquetas e a 
biópsia medular.
TTPA, TTP IMPORTANTES!
• Esclarecer as dúvidas sobre o processo fisiopatológico e
o tratamento farmacológico proposto.
• Informar sobre o ciclo vicioso coçadura- prurido: o
traumatismo cutâneo agrava o prurido.
Na vigência de terapia anticoagulante, orientar:
• quanto ao risco do uso de medicamentos com ácido
acetilsalicílico;
• evitar injeções intramusculares;
• evitar ocorrência de ferimentos e colisões;
• comunicar imediatamente se sangramentos espontâneos.
Considerações importantes para a orientação do 
paciente e ou familiar
Tarefa 2: Na prática, o que observar e orientar quando o 
paciente utiliza Antagonistas da Vitamina K, Heparina (heparina 
não-fracionada) e Heparina de Baixo Peso Molecular?
CITOPENIAS: diminuição do número 
de glóbulos brancos
Principais quadros clínicos envolvidos com as 
CITOPENIAS: maior risco são as 
INFECÇÕES
• Monitorar resultados de exames de Leucograma
Avaliar presença de sintomatologia clínica. Quanto 
maior a rapidez na queda dos glóbulos vermelhos, maior a 
expressão dos sintomas. 
Associar:
• taquicardia leve aos esforços
• palidez cutânea e de membranas mucosas
• dispnéia aos esforços (principalmente se Hb abaixo
• de 7,5 g/dl)
• fraqueza (principalmente se Hb abaixo de 6,0 g/dl)
• dispnéia em repouso ( abaixo de 3 g/dl)
• insuficiência cardíaca ( abaixo de 2 –2,5 g/dl)
Avaliação Clínica nas Citopenias
Avaliação do Nível de Tolerância à Atividade
Física
• banho no leito, ou sentado em cadeira embaixo do chuveiro;
• refeição assistida, com escolha de alimentos de valor nutricional, na
quantidade tolerada.
Na presença ou possibilidade de inadequação
respiratória/circulatória, incentivar:
• Repouso relativo ou total no leito;
• Deambulação assistida, maiores distâncias em cadeiras de rodas ou
maca;
• Suporte ventilatório com máscara ou cateter nasal (em média 2l
O2/m);
• Cabeceira do leito elevada (30 – 40º). 
Avaliação Clínica nas Citopenias
• Esclarecer as dúvidas sobre o processo fisiopatológico
e sobre os principais sinais e sintomas.
• Estimular a identificação das situações que propiciam
as alterações dos padrões respiratório (dispnéia) e
cardíaco (taquicardia), para que possa evitá-las até a
reversão do quadro anêmico.
• Apesar do quadro anêmico do paciente oncológico não
estar relacionado, exclusivamente, a ausência de
nutrientes essenciais à formação dos eritrócitos,
aproveitar para Educar para a ingestão de dieta bem
balanceada (rica em proteínas, vitaminas, calorias...)
Considerações importantes para a orientação do 
paciente e/ou familiar nas Citopenias
TROMBOCITOPENIA
• Monitorar resultado da contagem de plaquetas:
Adultos: 130 - 400 x 103/ mm3
• Avaliar presença de sintomatologia clínica.
- Plaquetas abaixo de 20.000/ mm3: aparecimento de
petéquias, epistaxe, metrorragia, e hemorragias mediante
procedimento cirúrgico ou intervenções odontológicas.
- Se queda próxima a 5.000/ mm3 podem ocorrer
hemorragias fatais no sistema nervoso central ou tubo
digestivo.
- Contagens acima de 50.000 plaquetas/ mm3, não
estão associadas ao sangramento espontâneo.
Avaliação Clínica
• Examinar fisicamente o paciente: privilegiar locais de
compressão da pele como no local de elásticos (roupa
íntima, meias, punhos) e acessórios (relógio, anéis,
brincos), buscando petéquias principalmente, e
hematomas.
• Investigar presença de dores articulares, abdominais,
torácica ou em flancos pôr possível hemorragias.
• Averiguar presença de hematúria, hematêmese e melena
Avaliação Clínica na Trombocitopenia
Alterações Metabólicas e Eletrolíticas
• É a mais comum complicação metabólica, ocorrendo
entre 5 a 10% dos casos de câncer.
• O mecanismo de desenvolvimento dessa complicação
envolve, além da atuação direta do tumor sobre a
reabsorção óssea, a redução da excreção renal de
cálcio e a absorção intestinal excessiva de cálcio.
• Cálcio: regulado pelo hormônio paratireóideo.
A ação do hormônio paratireóideo consiste na
liberação do cálcio ósseo para a circulação sanguínea na
vigência de valores diminuídos.
Hipercalcemia
Metabolismo Normal do Cálcio
http://vignette1.wikia.nocookie.net/infomedica/images/f/f0/Calcio_guyton.jpg/revision/latest?cb=20091126160223&path-prefix=pt-br
http://www.medicinanet.com.br/imagens/20130422100534.jpg
Metabolismo Normal do Cálcio
• Outras substâncias também possuem a mesma ação como
o fator de necrose tumoral, a interleucina, as
prostaglandinas, a catepsina D (protease), variando a ação
de acordo com o tipo de tumor apresentado pelo paciente.
• Os cânceres que mais provocam hipercalcemia são:
pulmão, mama, mieloma múltiplo, linfomas, leucemias e
tumores uroepiteliais. Muitas vezes manifesta-se em fases
avançadas, associadas a metástases osteolíticas extensas.
Diagnóstico:
• Exame de Cálcio Sérico
• Valores superiores ou iguais a 10,2 mg/dl
Hipercalcemia
HIPERCALCEMIA NA DOENÇA ONCOLÓGICA
fator de necrose 
tumoral
interleucina prostaglandinas
catepsina D
Manifestações Sistêmicas da Hipercalcemia
Gerais Desidratação
Polidipsia
Anorexia
Prurido
Cardíacos Bradicardia
Intervela P-R prolongado
Intervalo Q-T diminuído
Arritmia Atrial ou ventricular
Rins Poliúria
Insuficiência Renal
Sistema Nervoso Central Fadiga/ Letargia/ Confusão/ Psicose/ 
Coma
Trato Gastrintestinal Náusea/ Vômito/Constipação
Dentre as formas de tratamento há:
• Manutenção da hidratação (3l – 6l/ ml/dia)
• Empregode inibidores da reabsorção óssea (calcitonima,
bifosfanatos, ácido zoledrônico)
• Uso de diurético (furosemida), magnésio e potássio
a) Avaliar resultado laboratorial do cálcio sérico
• Valor normal: 8.6 a 10.0 mg/dl
b) Investigar a ocorrência de manifestações clínicas da 
hipercalcemia e iniciar as intervenções 
Avaliação Clínica e Condutas nas 
Hipercalcemias
Considerações importantes para a 
orientação do paciente e ou familiar na 
Hipercalcemia
• Esclarecer as dúvidas sobre o processo fisiopatológico e
sobre os principais sinais e sintomas da hipercalcemia.
• Estimular a verbalização de queixas álgicas e quaisquer 
outras alterações: fisiológicas, do padrão de atividade 
física, do comportamento social. 
Vamos ler o exame?
Síndrome da Lise Tumoral
Síndrome da Lise Tumoral: conceito, 
como ocorre, consequências
• A síndrome da lise tumoral ocorre quando o conteúdo
eletrolítico e de aminoácidos intracelulares são
liberados na corrente sanguínea de forma maciça.
• Em decorrência, elevação dos níveis séricos de:
- potássio
- fósforo e
- ácidos nucléicos
Também: diminuição de cálcio, por esse ligar-se
ao fósforo liberado, formando os sais de fosfato de
cálcio.
http://www.scielo.br/img/revistas/rbti/v20n3/a11fig01.jpg
Síndrome da Lise Tumoral
 Pode ocorrer em poucas horas ou dias após o
tratamento das neoplasias:
- LEUCEMIAS ( agudas), crises blásticas da leucemia
granulocítica crônica,
- LINFOMAS (Burkitt e outros)
- Pulmão tipo pequenas células, Mama e
Meduloblastoma.
Síndrome da Lise 
Tumoral
Complicações Clínicas
Hipercalemia Arritmias Cardíacas
Bradicardia
Parada Cardíaca
Hiperfosfatemia Insuficiência Renal Aguda (IRA)
(precipitação de cristais de cálcio e fosfato)
Hiperuricemia IRA
(precipitação de cristais de urato)
Hipocalcemia Alterações neurológicas: confusão, fadiga, 
letargia
Alterações musculares: astenia, contrações, 
parestesias
Profilaxia e Tratamento da Síndrome 
da Lise Tumoral
• Hiperhidratação: iniciada antes do tratamento anti-
neoplásico (3.000-5.000 ml/dia)
• Alcalinização da urina com bicarbonato de sódio para
manutenção do pH urinário entre 7.0-7.5 (para aumentar a
solubilidade do ácido úrico)
• Além das medidas anteriores, outras devem ser adotadas
na vigência dos distúrbios metabólicos, como o uso de
diuréticos, hidróxido de alumínio, resinas de troca
(sulfonato de sódio polistireno), gluconato de cálcio.
• Administração de alopurinol (300-600mg/dia)
Mecanismo de Diminuição Ácido Úrico com 
uso do Alopurinol
http://www.elsevier.es/ficheros/publicaciones/02105691/0000003500000003/v2_201210311349/S0210569110002561/v2_201210311349/es/main.assets/gr1.jpeg
= Uréia
Avaliação Clínica na Síndrome da Lise Tumoral
• Avaliar resultados laboratoriais:
- Cálcio: 8.6 a 10.0 mg/dl (valores normais)
- Potássio: 3.5 a 5.3 mEq/l (valores normais)
- Ácido Úrico: 3,5 a 7,2 mg/dl (valores normais para homens)
2,6 a 6,0 mg/dl (valores normais para mulheres)
- Fosfato/Fósforo Inorgânico: 2,5 a 4,5 mg/dl (VR)
• Investigar a ocorrência de manifestações clínicas
decorrentes da hipercalemia, hiperfosfatemia,
hiperuricemia e hipocalcemia (veja quadro anterior )
Avaliação Clínica Síndrome da Lise Tumoral
Na vigência de complicações renais:
• realizar controle rigoroso de diurese, avaliando a
quantidade de urina/ hora apresentada pelo paciente
a cada período de 6 horas;
• supervisionar infusão de solução de hidratação,
evitando atrasos e interrupções;
• analisar alterações de pressão arterial;
• avaliar nível de consciência.
Na vigência alterações neurológicas e 
musculares:
• manter grades do leito levantadas e orientar restrição ao
leito, se necessário;
• avaliar capacidade para o autocuidado, providenciar
auxílio;
• proceder ao exame físico do paciente, identificando
limitações de movimento,
• queixas álgicas, alterações sensoriais.
Clínica Síndrome da Lise Tumoral
Avaliação Clínica Síndrome da Lise Tumoral
Na vigência de alterações cardíacas:
• manter materiais e instrumentos de atendimento à parada
cardíaca próximos ao quarto do paciente e em condições
de uso.
• monitorar o paciente, acompanhar o traçado do ECG,
analisar o gráfico de controle/monitores de PA e P
• manter acesso venoso permeável. 
Metástases Medulares e 
Cerebrais
Compressão da Medula Óssea
• Sempre um estado emergencial, principalmente
consideram-se o risco de alteração da função
neurológica, em muitos casos irreversível.
• O crescimento tumoral mais frequente ocorre no interior
do corpo vertebral e cresce ao longo do espaço epidural
anterior da medula espinhal, mais comumente no nível
torácico (70%) e lombossacral (20%) e raramente no nível
cervical (10%)
• Os tumores que mais produzem estados de compressão
medular são: carcinomas de mama, pulmão e próstata;
mieloma múltiplo e os linfomas.
Diagnóstico
• Principalmente através da queixa álgica.
• A dor está presente em 90% dos casos, possui uma
evolução progressiva e acompanhada de sintomas
neurológicos:
• alterações sensitivas (entorpecimento, parestesias e
sensações de frio)
• alterações motoras, como paraplegias, podem ocorrer
principalmente se o diagnóstico e o tratamento
adequado não forem instituídos rapidamente.
• alterações das funções vesical e intestinal
(incontinência, déficit sensitivo) não são comuns
inicialmente porém, se relatadas, devem ser
investigadas imediatamente.
Compressão da Medula Óssea...
Compressão da Medula Óssea...
Tratamento
• Mielografia ou RM de coluna vertebral de urgência
• A decisão terapêutica baseia-se, principalmente, na
radiossensibilidade do tumor
• Laminectomia apenas em alguns casos
• Administração de corticosteróides em altas doses
Tarefa 3: Quais os efeitos da corticoterapia em altas doses? O 
que orientar para o paciente: tomada e efeitos colaterias?
Avaliação Clínica
• Avaliação Física sobre as Capacidades Funcionais
• Avaliação Psicossocial
Cuidados Especiais
• Manutenção de uma posição em repouso que não
agrave os danos neurológicos
• Avaliação do quadro álgico
• Emprego de Escalas que possibilitem a avaliação
neurológica, relacionadas aos graus de força motora,
alterações sensoriais, entre outras.
• Avaliação da integridade das funções vesico-intestinais
• Monitoramento dos efeitos colaterais da Corticoterapia
em alta dose
• Monitoramento dos efeitos da Radioterapia
Compressão da Medula Óssea...
Metástases Cerebrais
Podem gerar:
• HIC: deslocamento do tecido cerebral, edema do tecido 
cerebral, obstrução da passagem do LCE, aumento da 
vascularização associado ao crescimento tumoral
• Herniação
• Hemorragia
Tumores envolvidos: 
- Mama 
- Pulmão 
- Melanoma
Tarefa 4: Busque mais tumores envolvidos?
Principais Manifestações Clínicas: 
• Cefaléia matinais (occiptal/ frontal), agravadas com a 
manobra de Valsalva, tosse ou curvatura para frente do 
tórax
• Gastrintestinal: perdas de apetite, náuses, vômitos]
• Neurológico: visão borrada ou campos visuais diminuídos 
(papiloedema) 
Condutas Terapêuticas:
• Cirurgia
• Radioterapia
• Farmacoterapia: quimioterapia, corticóides, osmoterapia
Resumo das Principais Intervenções
• Manter a segurança do paciente
• Diminuir a severidade dos sintomas associados com o
aumento da PIC (evitar: M. Valsalva, constipação, emese,
quadros álgicos, atividade física, estresse, decúbito
horizontal, movimentação/extensão do pescoço)
• Monitoras evolução da sintomatologia clínica
• Encaminhar/ auxiliar Adaptação e Reabilitação.
Metástases Cerebrais
Síndrome da Veia Cava Superior
Tamponamento Cardíaco
Síndrome da Veia Cava Superior
• A VCS pode ser comprimida por massas tumorais
adjacentes, durante o processo de expansão tumoral
O que ocasiona:
• Derrames pleurais
• Edema facial, de braços, de traquéia
• Quando a obstrução é grave pode ocasionar alterações da
consciência e alterações neurológicas focais.
• Se a compressão for gradual, permitindo o
desenvolvimentode uma circulação colateral, a
sintomatologia pode ser sutil ou passar desapercebida.
Pac 36 anos, sexo masculino 
Diagnóstico:
• RX de tórax, TC, testes para determinar o diagnóstico
histológico do tumor.
Intervenções não-farmacológicas:
• RT (principalmente TU pulmão não-pequenas células ou
histológico desconhecido)
• Remoção do cateter venoso central (se for induzida pelo
trombo)
Intervenções Farmacológicas:
• Quimioterapia
• Corticóides
• Diuréticos
• Uroquinase ou Estreptoquisane (trombos)
Síndrome da Veia Cava Superior
Avaliação Clínica na Síndrome da Veia 
Cava Superior
• Identificação da População de Risco:
- Linfoma no mediastino
- tu cél germinativas, pulmão, mama, sarcoma (Kaposi)
- presença de CVC, marcapassos; RT prévia; aneurisma
aórtico
• Avaliação da Sintomatologia (edemas, distensão de
veias cervicais e torácicas, dispnéia, tosse não produtiva;
rouquidão, cianose; estridor; tardiamente: cefaléia,
irritabilidade, distúrbios visuais, tontura...)
Pericárdio: saco de 2 camadas, contendo, em média 50 ml de 
líquido
Ocorrências:
• Aumento do volume de líquido
• Invasão tumoral
• Fibrose do tecido relacionada à RT
Diagnóstico: RX tórax, TC, ECOCARDIO, ECG, 
Periocardiocentese e Citologia do líquido
Intervenções:
• Não- Farmacológicas: periocardiocentese, janela 
pericárdica, pericardiotomia, RT
Tamponamento Cardíaco
Avaliação Clínica no Tamponamento Cardíaco
• Identificação da população de risco
• Exame Físico, priorizando:
- dor retroesternal que alivia quando o cliente curva o
tórax e piora na posição supina
- Dispnéia
- Tosse
- Som cardíaco amortecido
- Pulso apical fraco ou ausente
- Ansiedade e agitação
- Soluços
- Avaliação de dados laboratoriais, principalmente
gasometria e eletrólitos.
DOR: emergência oncológica 
mais comum
http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/dor-oncolgica-emergncia-mdica-mundial-13345
• Principal tipo de dor é a
nociceptiva somática que,
quando atinge estruturas
nervosas, passa a ser também
neuropática (comum em tumores
de pulmão, próstata e mielomas).
• CAUSAS da dor oncológica se
relacionam com invasão tumoral
óssea e visceral derivadas das
neoplasias
• tratamento radioterápico (RT) e
quimioterápico (QT) pode
ocasionar a algia crônica
referida.
http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=3465&fase=imprime
ASSOCIAR A AVALIAÇÃO À ESCADA
Referências
Chernecky CC. Murphy-Ende K. Acute care oncology nursing. Saunders Elsevier; 
2009
Clark JC, McGee RF. Enfermagem oncológica: um curriculum básico. Porto
Alegre:Artes Médicas, 1997.
Glick JH, Glover D. Urgências oncológicas. In: Oncologia Clínica. Manual da
American Cancer Socity, 2001.
DRUG EVALUTIONS ANNUAL. American Medical Association, 2003, p.166-98
Gahart, B. L.; Nazareno, A. R. Intravenous medications. St Louis,
Mosby, 2000.
Hofmockel, G. et al. Immunochemotherapy for metastic renal cell carcinoma
using a regimen of interleukin-2, interferon- alfa and 5- fluorouracil. The journal
of urology, 156, 18-21, july 1996.
Jung, F. A.; Buzaid, A. C. Biochemotherapy in the management of advanced
melanoma. South-American Journal of Cancer, v. 1,n. 1, 1997, p. 33-40
Rieger, P. T. Biotherapy. In : Otto, S. E. Oncology nursing. St Louis, Mosby,
1994, p.526-60.
ESTUDEM!!!!!!!! Exercícios 
adicionais na sequencia de slides...
QUESTIONÁRIO SOBRE 
EMERGÊNCIAS ONCOLÓGICAS
ORIENTAÇÕES:
• Responda as questões com base nas aulas 
dadas e em literatura específica: livros-texto e 
artigos científicos
• Estudem juntos, comparem suas respostas 
com as dos seus colegas
• O enfermeiro está desenvolvendo um plano 
de cuidados para um paciente neutropênico 
atendido ambulatorialmente, quais as 
orientações prioritárias? 
• Para os Enfermeiros:se desejar selecione os 
Diagnósticos de Enfermagem (DE) Reais e de 
Risco
FEBRE
 Após receber QT para ca de mama, a contagem 
de plaquetas da paciente reduziu para 
80.000/m3. Qual o DE mais apropriado (ou 
quais)? Escreva uma orientação preventiva.
❑Um paciente diagnosticado com sarcoma foi 
admitido no PS com febre(38°C), PA: 100X 
60mmHg, P: 116bcm, R: 16mrm, Sat O2: 92%. 
Quais as relações que podem ser feitas em 
termos de hipóteses diagnósticas? 
❑Para o enfermeiro: Quais as condutas? 
FEBRE
• Ao contato telefônico, o enfermeiro obtém o 
dado que o paciente com LNH apresenta há 3 
dias T:37,9°C-39°C . Ele fez QT há 12 dias, e o 
nadir da droga é de 5 dias. Nega tosse, 
sintomas urinários, ou fadiga. 
• O que pode estar acontecendo?
FEBRE
• Um paciente foi admitido na unidade há 7 dias 
atrás com febre de 38,9°C. Estava no 10º dia 
pós QT(nadir no 10ºdia). Foi tratado com 
antibioticoterapia de amplo espectro desde o 
primeiro dia e permanecia com febre e com 
sintomas inespecíficos. 
• É possível que a infecção seja fúngica? 
Justifique sua resposta?
FEBRE
Hipercalcemia induzida pelo TU
• Sra M, 65 anos, admitida com moderado 
aumento de Cálcio. Tem problemas cardíacos 
pré-existentes, recebendo digoxina, 
cimetidina, sertralina e sulfato de morfina 
para queixas álgicas. 
• Qual medicamento pode estar interfeindo no 
aumento do Ca++?
Hipercalcemia induzida pelo TU maligno
 Sr J. com diagnóstico de ca de pulmão, está 
com o nível de Ca++ de 13 mg/dl, albumina de 
1.8g/dl. Analise estes resultados? Qual a 
relação com o ca de pulmão?
 Que sintomas o Sr J. pode estar 
apresentando?
 Faça um plano de cuidados justificado, de 
acordo com a sua área.
Síndrome da Veia Cava Superior
 Uma paciente com padrão respiratório 
comprometido pode estar com SVCS 
porque_______________________________
_____________________________________
 Fatores de risco para SVCS 
são__________________________________
_____________________________________
 Uma precaução importante para o paciente 
com SCVCS inclui elevar a cabeça e os pés. 
Por quê?
Síndrome da Lise Tumoral
 Esclareça os riscos de desenvolver a SLT para 
os casos e justifique:
a) Pac com 32a, ca de testículo, em QT altas 
doses.
b) Pac com 78a, ca colorretal, meta hepática, 
recebendo QT.
❑ Por que pac com hipovolemia tem maior 
risco de desenvolver a SLT? 
Síndrome da Lise Tumoral
• Sobre a SLT responda:
- Qual o período de maior risco de ocorrência?
- Por que a hipercalemia é um importante 
indicador da SLT? Qual alteração no ECG que a 
hipercalemia ocasiona?
- Quais os sinais e sintomas clínicos do aumento 
do K+?
Hiponatremia
 Explique: a hiponatremia esta relacionada 
com a condição de hipo-osmolaridade.
 Qual paciente corre maior risco de 
desenvolver hiponatremia?
a) Homem,36 anos, melanoma, em tratamento 
cirúrgico.
b) Mulher idosa, pós neurocirurgia, histórico de 
depressão.
▪ O que observar na avaliação clínica diária de 
a e b?
Bom estudo!!!!!!!!!!!

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