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[NOME DO AUTOR] 1 DEFINIÇÃO: desequilíbrio na função dos músculos oculares, causando desvios dos olhos para dentro (esotropia), para fora (exotropia), para cima (hipertropia) ou para baixo (hipotropia). O problema pode surgir nos primeiros meses de vida, em crianças e até adultos. TIPOS DE ESTRABISMO: • Quando ocorre em condições de visão binocular: manifesto (constante – tropia) • Quando ocorre em condições onde a visão binocular foi interrompida (teste de oclusão, sono, nervosismo, cansaço, etc): latente (que surge ocasionalmente – foria) HMA: (1) localização, (2) qualidade, (3) quantidade ou intensidade, (4) sequência cronológica (ou seja, início, duração e frequência), (5) as circunstâncias nas quais ocorrem, (6) fatores que agravam ou aliviam os sintomas e (7) manifestações associadas. ANTECEDENTES: • Congenito: autossomico dominante (principalmente nas crianças) • Adquirido: principalmente nos adultos DOENÇAS ASSOCIADAS: Diabetes mellitus, HAS, doenças metabolicas e neurológicas, tumores. LEIS DO OLHAR CONJUGADO: • Lei de Donder: “a orientação do olho a respeito do eixo de fixação é determinada pela direção do olhar”. E S T R A B I S M O [NOME DO AUTOR] 2 • Lei da inervação recíproca (Lei de Sherrington): “quando um olho realiza um movimento em determinada direção, o agonista se contrai e antagonista relaxa na mesma proporção”. Segundo essa lei, quando há envio de um impulso motor dos centros supranucleares para determinado impulso, também enviam um impulso inibidor para seu antagonista. A contração do agonista e o relaxamento do musculo antagonista acontecem de forma simultanea • Lei da correspondência motora (Lei de Hering): “os impulsos nervosos enviados pelos centros oculomotores para os musculos extraoculares, a fim de que estes realizem um determinado movimento, são simétricos para ambos os olhos” o Olhar para a esquerda: o músculo reto lateral puxa para o olho esquerdo e o músculo reto medial puxa o olho direito para dentro EXAMES/MOVIMENTOS DOS OLHOS: • VERSÕES: avalia a capacidade dos musculos oculares em movimentar os olhos nas mesma direção, como olhar para cima, baixo, lados e diagonal. • DUCÇÕES: movimentação de um olho (monocular) sem levar em consideração o movimento do olho contra-lateral. Oclui-se um olho e observa-se o olho ocluido enquanto o outro segue a luz. Em situações de paralisia ou bloqueio da movimentação o olho ocluido não segue o mesmo trajeto. Importante para o diagnóstico de paralisias de causas neurologicas ou restrições por alterações na orbita (tumores ou inflamações) o DUCÇÃO FORÇADA: usado para diferenciar fraqueza muscular de aprisionamento. O examinador agarra o olho na região do limbo e o paciente acordado deve olhar na direção do movimento deficiente enquanto o olho é girado pelo examinador, sempre no seu eixo de rotação. Se o olho rodar livremente, trata-se de fraqueza. Se existir resistência à rotação deve-se suspeitar de aprisionamento. • VERGÊNCIAS: movimentos disjuntivos, lentos, em que os olhos se movem na mesma direção, mas em sentido inverso. Para dentro – convergência, para fora – divergência • ACUIDADE VISUAL: medida da capacidade de visão de uma pessoa e é avaliada por meio de testes padronizados de acuidade visual. Evita a ambliopia (redução da visão que ocorre porque o cérebro ignora a mensagem recebida de um dos olhos) o Teste de fixação: examina a habilidade dos olhos em focar em um objeto específico em determinado período de tempo. [NOME DO AUTOR] 3 o Refração: utilizado para determinar o grau do paciente e a necessidade de correção visual, como óculos ou lentes de contato. Correção com cicloplegia (paralisia do musculo ciliar que lerva a perda de acomodação – midríase) o Teste de Hirschberg: posição da luz em relação a pupila é observada. Se os reflexos de luz estiverem assimétricos o estrabismo pode estar presente. o Teste de Krimsky: envolve manter um prisma sobre um olho para centralizar o reflexo de luz desviado até que os reflexos sejam simétricos, mensurando assim o desvio. o Cover Test: essencial no estudo da binocularidade, que é a capacidade dos seres humanos de captar os estímulos visuais com os dois olhos, criando uma só imagem sobreposta, mesmo que cada olho tenha seu campo de visão próprio. Na realização do cover test cobre-se um dos olhos e se ele tiver tendência a desviar, irá entrar em desvio ou simplesmente movimentar-se atrás da cobertura. Se os olhos estiverem em alinhamento normal, não haverá qualquer movimentação ou mudança de posição ao serem cobertos. O que ocorre é que ao cobrir um dos olhos ocorre a quebra da fusão da imagem e, se houver um estrabismo latente, um deles irá se movimentar para compensar a visão. AMBLIOPIA: é a diminuição da visão unilateral ou bilateral pela privação visual e/ou interação binocular anormal sem uma causa óbvia ao exame ocular • Causas: estrabismo (desalinhamento dos olhos), anisometropia (diferença de grau que causa um erro refrativo nos olhos), catarata (privação visual que pode ser unilateral ou bilateral) e ametropia (falha refrativa ocasionada pelo funcionamento incorreto de diversos elementos do globo ocular) DIAGNÓSTICO: efetuado através da avaliação da acuidade visual, assim como, histórico de estrabismo ou privação (catarata, ametropias, etc). Diagnóstico e tratamento deve ser o mais precoce possivel. TRATAMENTO: coloca-se um oclusor sobre o olho com boa visão. Esta medida forçará o olho mais fraco (com baixa acuidade) a fixar os objetos e a estimular [NOME DO AUTOR] 4 a visão, ou seja, devemos “forçar” a criança a usar o olho com “visão fraca”. Correção da ametropia dever ser feita com a correção do grau (óculos). TIPOS: • Esotropia ou estrabismo convergente: o olho afetado pode estar desviado para dentro (em direção ao nariz) • Exotropia ou estrabismo divergente: o olho afetado pode estar desviado para fora (em direção a orelha) • Hipertropia ou estrabismo vertical: o olho afetado pode estar desviado para cima (em direção a testa) ou para baixo (para o lado das bochechas). CLASSIFICAÇÃO DO ESTRABISMO: • Concomitante (não paralítico): a direção do olhar não afeta o estrabismo. Ex: esotropia infantil, exotropia • Incomitante (paralítico): a direção do olhar afeta a ocorrência do estrabismo. Ex: paralisia de musculos, retrições musculares, Síndromes em A ou V ESTRABISMO – ESOTROPIA: • A esotropia é uma forma de estrabismo caracterizada por um desvio interno (em direção ao nariz) de um ou de ambos os olhos. • ESOTROPIA ACOMODATIVA: estrabismo convergente que geralmente se desenvolve entre 18 a 36 meses de idade. Normalmente, as crianças já nascem com hipermetropia. Diferentemente dos adultos, elas possuem uma capacidade muito grande de compensar esse grau, e, assim, focar objetos de perto. Mas nos casos que a hipermetropia é muito alta, a criança faz um esforço muito grande para compensar o grau e focar, assim, os olhos acabam convergindo muito e desviando para dentro, causando o estrabismo. Há uma relação CA/A alta, que é a relação entre a acomodação e a convergência. • ESOTROPIA NÃO ACOMODATIVA: forma mais comum que se refere a um grupo de condições não associadas ao esforço de acomodação. Não está conectada a nenhum problema de refração, mas pode estar associado a um tumor intracraniano ou outras lesões do SNC. Não é possível corrigir o desvio com óculos, no entanto, pode resolver com cirurgia. Pode ser básica ou infantil, sendo que é uma condição extremamente ambliopizante, além disso, em casos raros, pode causar esotropia da alta miopia. TRATAMENTO: • Cirúrgico: [NOME DO AUTOR] 5 o 1 olho: enfraquecimento do músculo Reto medial e fortalecimento do músculo Reto lateral. o 2 olhos: anterior ambos os olhos, depende do desvio • Clínico: o Trata-se a causa base (uso dos óculos, trata aambliopia e ametropia) ESTRABISMO – EXOTROPIA OU DIVERGENTE OU XT: • A exotropia é uma forma de estrabismo na qual um ou ambos os olhos se voltam para fora. Pode ser congênita (presente no nascimento) ou adquirida. As formas adquiridas incluem exotropia intermitente, sensorial (quebra da binocularidade – catarata e outras BAV) e consecutiva (que se desenvolve após a cirurgia para tratar esotropia). EXOTROPIA CONGÊNITA: aparece ao nascimento e está frequentemente associada a outras anomalias neurológicas. A refração é normal (geralmente) e o ângulo é grande e constante. • EXOTROPIA INTERMITENTE: condição na qual há momentos em que um olho se desvia para fora e outros em que os olhos estão alinhados. Isso pode ocorrer em situações de fadiga ou estresse visual, por exemplo, não é uma condição permanente. Pode ser controlado pelos músculos oculares. • SÍNDROMES EM A e V: Padrão V – Síndrome de Brown (problema no músculo/tendão do Oblíquo superior e na tróclea, impedindo a elevação do olho em adução), Hiperfunção do músculo Oblíquo inferior + paralisia do nervo troclear (IV), Hipofunção do músculo Oblíquo superior, Hipofunção do músculo Reto superior e Hiperfunção do músculo Reto lateral. Padrão A – Hiperfunção do músculo Obliquo superior, Hipofunção do músculo Oblíquo inferior, Hipofunção do músculo Reto lateral e Hipofunção do músculo Reto inferior. TRATAMENTO: • Clínico: o Correção com lentes (-) • Cirúrgico: o Fortalecimento do músculo Reto medial e enfraquecimento do músculo Reto lateral [NOME DO AUTOR] 6 o Cirurgia de recuo SÍNDROMES: • Síndrome de Moebius: consiste na paralisia congênita parcial ou completa do nervo facial (VII), comumente associada à paralisia do nervo abducente (VI). Além disso, pode causar esotropia, paresia do nervo glossofaríngeo (IX) e nervo hipoglosso (XII) e retardo mental leve. • Síndrome de Brown: problema no músculo/tendão do Oblíquo superior e na tróclea, impedindo a elevação do olho em adução. Há uma alteração na bainha do Oblíquo superior. • Síndrome de Duane: caracterizada pela limitação de abdução e leve esotropia em posição primária. EXOTROPIA INCOMITANTE: ocorre quando o desvio ocular para fora é constante e não pode ser controlado pelos músculos oculares. Isso pode ocorrer devido a problemas neurológicos ou musculares, como paralisias ou estrabismos congênitos. • PARALÍTICOS – NERVO OCULOMOTOR (III) o Na exotropia paralítica do nervo oculomotor (III) quando completa é afetado o músculo Reto Inferior. Esta paralisia causa ausência de movimentos de abdução, depressão, ptose palpebral e paralisia da acomodação. Suas causas podem ser congênitas (desenvolvida na infância) e adquirida por lesões traumáticas e inflamatórias, assim como, tumores. • PARALÍTICOS – NERVO TROCLEAR (IV) o Na exotropia paralítica do nervo troclear (IV) o músculo afetado é o Oblíquo superior. Geralmente o paciente apresenta torcicolo à manobra de Bielschowisky. Há uma hipertropia (HT) do lado afetado, diante disso, o paciente vira a cabeça para o ombro do lado afetado. o FENÔMENO DE BIELSCHOWISKY ▪ Diminuição da estimulação luminosa do olho fixador que desencadeia a contração do músculo Reto inferior para que o olho não se eleve, originando no olho contralateral um movimento descendente. ▪ Causas: principalmente trauma craniano, esclerose múltipla, síndrome da mordida canina (trauma direto) e doenças congênitas. • PARALÍTICOS – NERVO ABDUCENTE (VI) – MUITO FREQUENTE o Quadro clínico: esotropia de início agudo, pode ou não estar associada a dor – Síndrome de Tolosa Hunt (dor de cabeça ou na [NOME DO AUTOR] 7 movimentação do olho e ele começa a mover para dentro). Há perda da função/debilidade do músculo Reto lateral. • Causas: tumores cranianos, vasculares, traumas cranianos e inflamações. • Uma causa muito comum é o diabetes descompensado • O sexto nervo tem um longo trajeto intra-craniano, o que predispõe a lesão. • O sexto nervo passa pela crista petrosa (ұ 900), passa pelo seio cavernoso (pode ser afetado por aneurismas de carótida), associado a mastoidite e neuralgia do trigêmeo – Síndrome de Gradenigo – processo inflatório no ouvido MIOGÊNICOS: geralmente evoluem lentamente. O exame da pupila costuma ser normal. Afeta simetricamente, não levando a diplopia. • Causas: Miastenia gravis – pode ser assimétrica, Distrofia miotônica (genética AD, com catarata, retardo mental, calvície, atrofia gonadal), miopatia ocular (crianças) – ptose 1° sinal