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ECOLOGIA E BIOTECNOLOGIA 
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Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 
ECOLOGIA COMPORTAMENTAL .......................................................... 5 
A importância do estudo do comportamento para a compreensão 
correta das interações entre animais e plantas .............................................. 6 
O comportamento animal como ferramenta básica na compreensão da 
biodiversidade das interações animais e plantas ............................................ 8 
ECOLOGIA DE POPULAÇÕES ............................................................ 12 
O que é a Ecologia de Populações? .................................................. 12 
Problema das Mudanças Climáticas .................................................. 13 
ECOLOGIA DE COMUNIDADES .......................................................... 14 
História do conceito de comunidades clements (holista) x gleason 
(reducionista) ................................................................................................ 14 
O conceito de comunidades ............................................................... 14 
BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO ........................................................... 17 
BIOTECNOLOGIA ................................................................................. 20 
Tecnologia do DNA ............................................................................ 21 
BIOSSEGURANÇA NA EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL E RISCOS 
BIOLÓGICOS EM LABORATÓRIOS DE PESQUISA ...................................... 24 
BIOSSEGURANÇA E BACTÉRIAS PATOGÊNICAS ............................ 29 
BIOTECNOLOGIA E USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE ..... 32 
BIODIVERSIDADE E TRANSGÊNICOS ............................................... 34 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 36 
 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho 
de um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de 
cursos de Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma 
entidade capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na 
sua formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos 
científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, 
transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de 
publicações e/ou outras normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, 
de forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir 
uma base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, 
conquistar o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos 
de qualidade. 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
Os assuntos abordados na apostila Ecologia e Biotecnologia têm como 
objetivo tratar de uma atividade multidisciplinar, englobando diversos setores da 
sociedade, como saúde, meio ambiente e indústria, variando em cada país, em 
virtude dos recursos naturais, econômicos, políticos e as empresas públicas e 
privadas envolvidas nestas atividades (MALAJOVICH, 2007). Além de, promover 
as qualificações dos professores de biologia a partir de várias perspectivas 
práticas na escola democrática e na realização dos direitos educacionais com 
qualidades sociais, desenvolvendo habilidades específicas para o professor de 
biologia, promovendo assim, práticas de ensino que melhorem a participação na 
educação Gestão do Processo de Ensino de Biologia. 
Sabe-se que atualmente a biotecnologia está constantemente presente 
em nossa sociedade, visto que, ela se apresenta desde o início da civilização. A 
biotecnologia existiu em vários processos como a produção de cerveja, vinho, 
queijo e no tratamento de certas doenças, porém, na sociedade de hoje ela se 
apresenta de uma forma mais técnica, principalmente na manipulação genética 
de animais e plantas. 
A apostila em questão contempla os fundamentos da ecologia e 
biotecnologia, abordando aspectos históricos e técnicos no direcionamento dos 
conteúdos, os objetivos estipulados e questões quanto aos saberes relativos do 
tema. 
Os textos foram escritos para subsidiar a formação de professores, 
proporcionando-os lidar com questões de ensino de ecologia e biotecnologia. 
Visa também aumentar a compreensão das escolhas teóricas que embasam as 
práticas docentes que são estabelecidas ao longo da formação e atuação dos 
professores. Em outras palavras, como a orientação teórica é reconhecida em 
termos de metodologia em um determinado campo, os professores terão 
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melhores condições para escolher suas percepções sobre o homem, o mundo e 
a sociedade com mais autonomia. 
A organização dos materiais é apresentada por diferentes autores que 
discutem, enfocam e orientam a disciplina em questão. Utilizou-se também, 
autores que discutem questões técnicas, sociais e científicas com certo grau de 
métodos sociológicos e filosóficos. 
 
5 
 
 
ECOLOGIA COMPORTAMENTAL 
 
Operações experimentais e expressões comportamentais são apenas 
dois exemplos das muitas ferramentas que a ecologia comportamental usa para 
aprimorar nossa interação com plantas e animais. A ecologia comportamental 
pode avaliar como um determinado comportamento maximiza os talentos do 
indivíduo que o realiza, e é possível quantificar suas mudanças na população. 
Também permite testar o valor adaptativo dos comportamentos exibidos por 
diferentes membros da rede nutricional, fornecendo assim informações sobre a 
comunidade. 
Deste modo, as ferramentas etológicas empregadas na ecologia 
comportamental podem auxiliar na compreensão da natureza das relações 
animais-plantas, evidenciando o papel ecológico das espécies, os tipos de 
interações e seus resultados, a estrutura trófica da teia estabelecida, assim como 
os reflexos da pressão de seleção, a heterogeneidade de habitat e a variação 
geográfica. (Del-Claro, Kleber; Maura, Helena; Belchior, Ceres; Alves, Estevão, 
2009). 
Quando Krebs & Davies (1978) publicaram a primeira edição de seu livro 
“Ecologia comportamental: uma perspectiva evolutiva”, uma nova maneira de 
estudar o comportamento animal estava se sedimentando. Aquela era uma nova 
tendência empírica para a investigação do comportamento, o elemento chave 
era o uso da adaptação como um conceito central, o qual dava aos ecólogos 
comportamentais uma precisa linha mestra: avaliar como um comportamento 
poderia maximizar a aptidão dos indivíduos que o apresentassem em seu 
genoma. 
 
 
 
 
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A importância do estudo do comportamento para a compreensão 
correta das interações entre animais e plantas 
 
A manipulação experimental é uma ferramenta básica da ecologia 
comportamental que objetiva o entendimento da função e do significado 
adaptativo de um determinado conjunto de atos (Del-Claro 2004b). As técnicas 
de polinização manual, emasculações e análises de crescimento de tubo 
polínico, aliadas à clássica observação e quantificação de comportamentos dos 
visitantes florais, talvez sejam dos mais claros exemplos da utilização das 
ferramentas etológicas adaptadas ao interesse ecológico, botânico e zoológico, 
no estudo das relações animais-plantas. 
Ainda no campo das relações harmônicas entre animais e plantas 
podemos encontrar diversos exemplos, onde métodos etológicos têm sido 
empregados na solução de questõesclaramente ecológicas. Sabemos que a 
maioria das árvores e arbustos das florestas tropicais depende de vertebrados 
frugívoros, como pássaros, morcegos e macacos para a dispersão de suas 
sementes (Jordano 1993). Estudos sobre a dispersão de sementes têm 
freqüentemente recorrido a observações comportamentais, em sua maioria 
simples, buscando explicar apenas a forma de dispersão das sementes, usando 
algumas vezes a abordagem comportamental apenas para diferir entre predação 
de sementes e sua dispersão efetiva (Fleming & Estrada 1993). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Abelhas em flores de Campomanesiapubescens (Myrtaceae). 
 
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Abelha européia, Apismellifera, coletando pólen através da raspagem das 
anteras, sem contatar o estigma floral (A). 
Abelha indígena, Eulaemanigrita que coleta pólen por vibração (buzz-pollination) 
nas mesmas flores (B). 
 
 
Fonte: Artigo Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Biologia 
 
O uso de manipulação experimental aprimorada e de ferramentas mais 
modernas da análise comportamental nesta área da ecologia de interações tem 
ocorrido apenas mais recentemente. Uma grande quantidade das sementes 
produzidas pelas plantas cai diretamente no solo, sem que seja manipulada 
pelos seus dispersores. Outras têm o mesmo destino, ou por acidente do agente 
dispersor, que as derrubam durante a manipulação, ou na tentativa de captura 
do fruto. Há ainda uma boa quantidade de sementes que são removidas dos 
frutos pelos animais e lançadas ao solo ou que passam pelo trato digestivo de 
vertebrados sendo depositadas com as fezes (Jordano 1993). 
A ecologia de populações vegetais tem mostrado que os eventos pós-
dispersão são fundamentais para o destino final das sementes e para a 
demografia vegetal (Forgetet al. 2005). Percebendo que frutos e sementes 
(diásporos carnosos) constituem uma porção expressiva da serrapilheira 
florestal e que formigas são organismos dominantes neste ambiente (Kaspari 
1993), alguns ecólogos comportamentais têm se aventurado com muito sucesso 
neste universo, conseguindo decifrar os mecanismos envolvidos nas relações 
entre formigas e plantas zoocóricas nas florestas tropicais. 
Em uma série de experimentos de manipulação de frutos e observações 
comportamentais diretamente no campo, Oliveira (2007) mostrou que formigas 
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podem direta ou indiretamente beneficiar as plantas através da redução de dano 
por fungos e aumento no sucesso da germinação das sementes. Além disso, 
podem dispersar as sementes para microsítios favoráveis garantindo uma maior 
sobrevivência para plântulas. 
 
O comportamento animal como ferramenta básica na compreensão 
da biodiversidade das interações animais e plantas 
 
Fica claro que as relações envolvendo animais e plantas são importantes 
modelos para o estudo de mutualismos condicionais (Bronstein& Barbosa 2002) 
e que o uso de todas as ferramentas modernas da ecologia comportamental, 
genética molecular, ferramentas estatísticas e computacionais, podem e devem 
ser usados (Owens 2006). Del-Claro & Oliveira (2000) exemplificaram isto para 
a vegetação de cerrado, demonstrando a clara importância de uma abordagem 
comportamental e do uso de manipulação experimental nesses estudos. 
Estes autores mostraram que relações multitróficas animais-plantas 
(plantaformigas-herbívoros) em sistemas naturais, podem variar dependendo do 
clima, da variação temporal, além de características comportamentais 
específicas dos organismos envolvidos. Mostram ainda que esses sistemas não 
estão isolados e que podem afetar e ser afetados pelos outros à sua volta. 
A biodiversidade deve ser vista e avaliada de modo a também contemplar 
a riqueza inerente das interações entre animais e plantas, incluindo o papel 
ecológico das espécies, os tipos de interações e seus resultados, a estrutura 
trófica da teia, pressão de seleção, heterogeneidade de habitat e variação 
geográfica (Figura 3, Oliveira & Del-Claro 2005). 
Veja-se um exemplo final, os “engenheiros dos ecossistemas”. Insetos 
que se alimentam de plantas e constroem abrigos sobre essas plantas, como 
folhas enroladas (Figura 4) ou aderidas umas as outras, fazem isso por diversas 
razões: conseguem abrigo contra predadores e parasitóides; para reduzir o 
impacto da ação de fatores abióticos negativos, como dessecação pelo sol ou 
vento; e diminuem as defesas químicas nas folhas onde se alimentam, dentre 
outros (veja Lill&Marquis 2007, para uma revisão). 
De fato, esses insetos são considerados “engenheiros dos ecossistemas”, 
pois seu comportamento modifica as características estruturais do ambiente 
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(plantas no caso), criando novos micro-habitats, que permitem um aumento 
rápido e vigoroso da diversidade e abundância de outros artrópodes que vêm se 
utilizar desses abrigos, tais como formigas, aranhas, besouros, e hemípteros 
(Lill&Marquis 2007). 
Mais interessante ainda, por ser um sistema comum, com ocorrência em 
vários biomas distintos, tanto tropicais quanto temperados, esse modelo permite 
avaliar o quanto podem ser condicionais os resultados das interações entre 
animais e plantas dependendo de variação sazonal e espacial. 
A análise em distintos gradientes geográficos pode também revelar se 
essas relações animais-plantas são filogeneticamente conservativas, ou seja, o 
grau de modificação na diversidade de espécies interagindo e a semelhança 
taxonômica entre os grupos. A variação na diversidade poderia interferir nos 
resultados finais das relações ecológicas estabelecidas (Thompson 2005). 
Estudos como esses envolvem uma enorme multidisciplinaridade, pois 
usam ferramentas da geografia, geologia, botânica, zoologia, genética, 
estatística e ecologia. Entretanto, revelam o quão importantes são os estudos de 
história natural e comportamento animal. 
A ecologia comportamental é hoje uma tendência agregadora que, a partir 
de exemplos simples e do estudo do comportamento, busca indicar diretrizes 
consistentes para a manutenção de comunidades ecológicas viáveis, ou seja, 
ainda com chances de terem sua biodiversidade de interações preservada. 
 
Figura 2 – Interação entre animais e plantas 
 
A – Relações iniciais em um sistema trófico comum em interações animais-
plantas; onde o produtor afeta os seus consumidores seja por seu valor 
nutricional ou defesas contra a ação de herbívoros, seja por oferecer ou reduzir 
as chances de ocorrência de microhabitats. B – Numa visão mais ampla notamos 
que as forças topo-base (predadores e parasitóides), sempre presentes, irão 
afetar as relações inicialmente observadas (em A), podendo ter impacto até 
mesmo sobre as defesas induzidas das plantas contra a ação de herbívoros. C 
– Em uma perspectiva mais realista admite-se que cada sistema multitrófico 
pontual (como em B) afeta e é afetado por outros sistemas em seu habitat, 
caracterizando uma rede de interações que pode contar com maior ou menor 
conectividade, ao que se convencionou chamar de “biodiversidade interativa”. 
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Em cada uma das conexões (setas), a compreensão da função do 
comportamento dos animais relacionados é fundamental para que possamos 
entender o resultado final (valor adaptativo) das interações sobre cada agente 
conectado. 
 
 
Fonte: Artigo Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Biologia 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Interação entre animais e plantas 
 
Lagarta de Lepidoptera (Oecophoridae) que enrola folhas de Croton 
(Euphorbiaceae) para se alimentar e proteger. Exemplo de “engenheiro de 
ecossistemas”. 
 
 
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Fonte: Artigo Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Biologia 
 
 
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ECOLOGIA DE POPULAÇÕES 
 
A ecologia necessita da colaboração dos cidadãos para manter equilíbrio 
qualitativo entre os seres vivos e nichos ecológicos. Dessa forma, encontram-se 
diferentes maneiras de conceituar o termo população nos livros didáticos.Segundo o Professor Marcus Vinícius Vieira, do Instituto de Biologia da 
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), populações são definidas como 
conjuntos de indivíduos da mesma espécie. São consideradas propriedades com 
maior nível abstrato e fluído do que células ou organismos vivos. Seus limites 
estão nas pequenas chances de haver cruzamento com outras espécies. 
Portanto, pode-se conceituar a população como: "Indivíduos da mesma 
espécie em uma área específica, ou sob investigação". Os limites da população 
podem ser: naturais, dependendo do escopo geográfico do habitat, ou 
arbitrariamente definido pelos pesquisadores. 
As populações estão separadas por zonas de isolamento especial, onde 
promovem ações para defender as sociedades em que vivem. Cada espécie 
possui inúmeras populações nas distribuições geográficas correspondentes à 
mesma família. 
 
O que é a Ecologia de Populações? 
 
• O estudo de como e por que a distribuição, abundância e composição de 
populações mudam no tempo e no espaço; 
• Enfoque histórico nas mudanças de abundância no tempo (como modelos 
de crescimento populacional e ciclos populacionais); 
• Atualmente enfoque nos aspetos da estrutura e dinâmica espacial (como 
a dispersão e metapopulações); 
• A ponte entre a ecologia de organismos e a ecologia de comunidades, e 
tipicamente inclua as interações de duas espécies (competição, 
predação, parasitismo). 
O estudo de populações em relação ao ambiente, afeta e influencia nos 
meios ambientais sobre a densidade, distribuição, estrutura etária e a variação 
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do tamanho populacional. Além de, concentrar principalmente nos fatores que 
afetam quantos indivíduos de uma espécie vivem numa área. 
Um dos objetivos da disciplina é manter o balance entre a teoria e 
aplicações práticas da ecologia de populações. “…o lugar onde o mundo 
imaginário do matemático e o mundo real do biólogo cruzam.” Sharon Kingsland 
(1995). 
 
Problema das Mudanças Climáticas 
 
Aspectos temporais são pontos indispensáveis no ordenamento dinâmico 
das populações. Com o desequilíbrio ecológico, as tragédias naturais aumentam 
e destroem espécies que nem ao menos foram conhecidas ou classificadas de 
acordo com as regras de taxonomização ambiental científica. Sabe-se que na 
biologia, a taxonomia é o ramo responsável pela identificação e classificação de 
todos os animais e plantas que habitam a Terra, com base nas diferentes 
características que estes partilham entre si. 
 
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ECOLOGIA DE COMUNIDADES 
 
As comunidades biológicas são conjuntos de populações de espécies em 
um dado local e momento. 
Dessa forma, a Ecologia de Comunidades identifica os padrões de 
riqueza, abundância e composição de espécies nas comunidades biológicas, e 
os mecanismos que criam esses padrões. 
 
História do conceito de comunidades clements (holista) x gleason 
(reducionista) 
 
No começo do século teve início o debate para definir o conceito de 
comunidades. O ecólogo Clements achava que as comunidades de plantas eram 
um sistema integrado fechado, com propriedades emergentes análogas que 
chamou supra-organismo. Pelo contrário, Gleason via as comunidades vegetais 
como uma combinação aleatória de espécies com as mesmas adaptações e sem 
nenhuma das propriedades de um organismo (homeostasis, elasticidade, 
desenvolvimento previsível, etc.). 
 
O conceito de comunidades 
 
Denomina-se população, todos os indivíduos de uma espécie de 
organismos. Cada ecossistema contém diversas populações. Um ecossistema 
pode conter uma população de árvores, uma população de esquilos e uma 
população de gafanhotos. Suas fronteiras naturais são determinadas 
principalmente pela capacidade de dispersão, pelo fluxo de indivíduos, tolerância 
ecológica e pelas interações com outros indivíduos da mesma população ou 
mesmo de outras espécies. 
Diferentes populações pertencentes a um conjunto de espécies de plantas 
e animais aparecem dentro de determinadas combinações de condições 
ambientais. Elas formam as Comunidades Ecológicas. 
Em maior ou menor escala, o desempenho de cada espécie (que pode 
ser inferida pelo tamanho de sua população) influencia e é influenciada, é claro 
15 
 
 
que algumas têm efeitos bem mais marcantes que outras, podendo ser devido à 
sua representatividade que pode ser somada à importância da função que 
desempenham. Estas espécies de maior importância, conhecidas como 
espécies-chave, são fortes reguladoras do funcionamento e, consequentemente, 
da estrutura e da própria evolução das comunidades. Em função disso, 
alterações nas abundâncias das espécies componentes provocam modificações 
de diferentes circunstâncias que se propagam no espaço e no tempo, alterando 
o funcionamento e o destino das comunidades a que pertencem. 
Do mesmo modo que nas populações, as comunidades também têm 
estruturas que nos falam sobre suas propriedades e funcionamentos. Pode-se 
representá-las através da frequência relativa das diferentes espécies de plantas 
e animais, de suas similaridades morfológicas e/ou dos grupos funcionais, como 
as categorias alimentares, a que pertencem. Para viabilizar o estudo de 
comunidades, geralmente são tratados grupos de organismos específicos, como 
as plantas de uma floresta, herbívoros da savana, peixes dos recifes de coral, 
predadores e suas presas. 
Uma comunidade pode ser caracterizada por dois atributos, a composição 
e a estrutura. Para definir a composição podemos distinguir várias características 
como a abundância (número de indivíduos que apresenta uma comunidade por 
superfície ou volume), a diversidade (variedade de espécies que constituem uma 
comunidade) e dominância (referente àquela espécie que sobressai na 
comunidade, seja pelo número de organismos, o tamanho). A estrutura numa 
comunidade pode ser definida pelos patrões espaciais da distribuição, ou seja, 
os estratos presentes, por exemplo, estrato arbustivo e estrato arbóreo. 
 
 
 
 
Figura 4 – Populações de espécies 
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Fonte: Autor Desconhecido 
 
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BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO 
 
É uma ciência multidisciplinar que foi desenvolvida como resposta à crise 
com a qual a diversidade biológica se confronta atualmente. Os biólogos da 
conservação pesquisam e educam sobre as tendências e processos de perda 
de biodiversidade, extinção de espécies, e o efeito negativo que têm sobre a 
manutenção do bem-estar da sociedade humana. Esta tarefa é guiada por 
alguns pressupostos básicos: 
 
(I) Toda espécie tem o direito de existir, pois são frutos de uma história evolutiva 
e são adaptadas; 
(II) Todas as espécies são interdependentes, pois estas interagem de modo 
complexo no mundo natural, e a perda de uma espécie leva a consequente 
influência sobre as demais; 
(III) Os humanos vivem dentro das mesmas limitações que as demais espécies, 
que são restritas a um desenvolvimento, em razão a capacidade do meio 
ambiente, e a espécie humana deveria seguir esta regra, para não prejudicar a 
sua e as outras espécies; 
(IV) A sociedade tem responsabilidade de proteger a Terra, devendo usar os 
recursos de modo a não esgotá-los para as próximas gerações; 
(V) O respeito pela diversidade humana é compatível com o respeito pela 
diversidade biológica, pois como apreciamos a diversidade cultural humana 
deveríamos apreciar a diversidade biológica; 
(VI) A natureza tem um valor estético e espiritual que transcende o seu valor 
econômico, e isto deve ser mantido independente de qualquer coisa; 
(VII) A diversidade biológica é necessária para determinar a origem da vida, 
espécies que vão se extinguindo poderiam ser importantes nas pesquisas sobre 
a origem da vida (PRIMACK, R. B.; Rodrigues, E. Biologia da conservação. 
Londrina: Vida, 2001). 
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Além dos pressupostos, a Biologia da Conservação adota três principais 
diretrizes (Groom, Meffe& Carroll 2006): 
(I) A evoluçãoé o axioma básico que unifica toda a biologia (papel evolutivo); 
(II) o mundo ecológico é dinâmico e comumente não está em equilíbrio (O teatro 
ecológico, ou o contexto ecológico); 
(III) a presença humana deve ser incluída no planejamento da conservação 
(humanos são parte do jogo). 
A Biologia da Conservação complementa as disciplinas aplicadas, 
fornecendo uma abordagem mais teórica e geral para a proteção da diversidade 
biológica. Difere das outras disciplinas porque leva em consideração, em 
primeiro lugar, a preservação a longo prazo de todas as comunidades biológicas 
e coloca os fatores econômicos em segundo plano. 
São alguns objetivos da biologia da conservação: 
• Entender os efeitos da atividade humana nas espécies, comunidades e 
ecossistemas; 
• Desenvolver abordagens práticas para prevenir a extinção de espécies e, 
se possível, reintegrar as espécies ameaçadas ao seu ecossistema 
funcional. 
Uma vez que grande parte da crise da biodiversidade tem origem na ação 
exercida pelo homem, a Biologia da Conservação também incorpora ideias e 
especificidades de várias outras áreas, além da biologia. Por exemplo, legislação 
e política ambiental dão sustentação à proteção governamental de espécies 
raras e ameaçadas e de habitats em situação crítica. A ética ambiental oferece 
fundamento lógico para a preservação das espécies. 
A biologia de conservação tenta fornecer respostas às questões 
específicas aplicáveis a situações reais. Tais questões são levantadas no 
processo de determinar as melhores estratégias para proteger espécies raras, 
delinear reservas naturais, iniciar programas de reprodução para manter a 
variação genética de pequenas populações e harmonizar as preocupações 
conservacionistas com as necessidades do povo e do governo local. 
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Os biólogos e outros conservacionistas de áreas afins são pessoas 
adequadas para fornecer a orientação que os governos, as empresas e o público 
em geral necessitam quando têm de tomar decisões cruciais. Embora alguns 
biólogos conservacionistas possam hesitar em fazer recomendações sem ter 
conhecimento detalhado das especificidades de um caso, a urgência de muitas 
situações pede decisões com base em determinados princípios fundamentais da 
biologia. 
 
Figura 5 – Conservação do sistema ecológico 
 
Fonte: Autor Desconhecido 
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BIOTECNOLOGIA 
 
Biotecnologia é o uso de um organismo, componente de qualquer outro 
sistema biológico para fazer um produto ou processo para um uso específico. De 
uma forma bem simples, é um conjunto multidisciplinar de conhecimentos que 
visa o desenvolvimento de métodos, técnicas e meios associados a seres vivos, 
macro e microscópicos, que originem produtos úteis e contribuam para a 
resolução de problemas. 
 Desta forma, tem-se que a inovação e o desenvolvimento de novos 
produtos é uma constante e está presente em nosso dia a dia sem que 
percebamos. Assim, a biotecnologia busca, através de sua ação, formas que 
possam contribuir para amenizar ou até mesmo resolver problemas causados 
pela ação destruidora humana. 
Esta definição é muito ampla e, como mencionado acima, pode incluir 
tanto técnicas laboratoriais de ponta, técnicas agrícolas tradicionais e técnicas 
culinárias praticadas há centenas de anos. Observam-se três exemplos de 
biotecnologia e como eles se encaixam na definição: 
Fabricação de cerveja - Na fabricação de cerveja, minúsculos fungos 
(leveduras) são introduzidos em uma solução de açúcar de cevada maltada, que 
é vorazmente metabolizada por eles através de um processo chamado 
fermentação. O subproduto da fermentação é o álcool encontrado na cerveja. 
Aqui, vemos um organismo – a levedura – sendo usado para fazer um produto 
para o consumo humano. 
Penicillina - O antibiótico penicilina é gerado por certos fungos. Para obter 
as pequenas quantidades de penicilina utilizadas nos primeiros ensaios clínicos, 
pesquisadores tiveram que cultivar quase 500 litros de "caldo de fungo" por 
semana. O processo foi então aperfeiçoado para a produção industrial, com o 
uso de cepas de fungos mais produtivos e melhores condições de cultura para 
aumentar o rendimento. Aqui, vemos um organismo (fungo), sendo usado para 
fazer um produto de uso humano – neste caso, um antibiótico para tratar 
infecções bacterianas. 
Terapia gênica - A terapia gênica é uma técnica emergente usada para 
tratar doenças genéticas causadas por um gene defeituoso. Ela funciona 
21 
 
 
fornecendo às células do corpo o gene do DNA "deficiente" . Por exemplo, na 
doença genética fibrose cística, o gene não possui a capacidade de produzir 
canais de íons cloreto nos pulmões. Em um recente experimento clínico de 
terapia gênica, uma cópia do gene funcional foi inserida em uma molécula de 
DNA circular chamada plasmídeo que foi então fornecida às células pulmonares 
dos pacientes em esferas de lipídios (na forma de um spray). 
Como mostram esses exemplos, a biotecnologia é usada na elaboração 
de produtos encontrados na vida cotidiana, tais como o álcool e a penicilina. Ela 
também pode ser usada para desenvolver novos tratamentos médicos, tais como 
a terapia gênica para tratamento da fibrose cística. A biotecnologia tem outras 
aplicações em áreas como a produção de alimentos e a remediação (limpeza) 
da poluição ambiental. 
 
Tecnologia do DNA 
 
Muitos exemplos da biotecnologia moderna dependem da capacidade de 
analisar, manipular, cortar e colar pedaços do DNA. Ocasionalmente, as 
manobras de sequenciamento e manipulação de DNA são chamadas de 
tecnologia do DNA. Por exemplo, no experimento da terapia gênica para a 
fibrose cística os pesquisadores usaram técnicas de manipulação de DNA para 
inserir o gene do canal de cloreto em uma parte do DNA transportador (um vetor) 
que permitiu a expressão gênica nas células pulmonares humanas. 
A tecnologia do DNA é importante para a biologia geral e aplicada 
(prática). Por exemplo, uma técnica usada para fazer muitas cópias de uma 
seqüência de DNA chamada reação em cadeia da polimerase (PCR) é usada 
em muitos testes de diagnóstico médico e aplicações forenses, bem como em 
pesquisas de laboratório geral. 
Alguns exemplos de tecnologia do DNA: 
Clonagem do DNA - Na clonagem do DNA, os pesquisadores "clonam" – 
fazem muitas cópias do fragmento de DNA de interesse, tal como um gene. Em 
muitos casos, a clonagem do DNA envolve a inserção do gene de interesse em 
uma molécula de DNA circular chamada plasmídeo. O plasmídeo pode ser 
replicado nas bactérias, fazendo muitas cópias do gene de interesse. Em alguns 
22 
 
 
casos, o gene é expresso também nas bactérias pela formação de uma proteína 
(por exemplo, a insulina usada pelos diabéticos). 
Reação em cadeia da polimerase (PCR) - A reação em cadeia da 
polimerase é a técnica de manipulação do DNA mais amplamente utilizada, com 
aplicações em quase todas as áreas da biologia moderna. As reações da PCR 
produzem várias cópias da sequência de DNA de interesse, a partir da sequência 
de um DNA modelo. Essa técnica pode ser usada para fazer muitas cópias de 
um DNA que está presente em pequenas quantidades (por exemplo, uma 
gotícula de sangue na cena do crime). 
Eletroforese em gel - A eletroforese em gel é uma técnica usada para 
visualizar os fragmentos de DNA (exame direto). Por exemplo, os pesquisadores 
podem analisar os resultados da PCR examinando os fragmentos de DNA que 
ela produz na reação em um gel. A eletroforese em gel separa os fragmentos de 
DNA com base em seu tamanho, em seguida os fragmentos são pigmentados 
com um corante que possibilita a visualização pelo pesquisador. 
Sequenciamento de DNA - O sequenciamento de DNA consiste em 
determinar a sequência das bases dos nucleotídeos (As, Ts, Cs e Gs) na 
molécula de DNA. Em alguns casos, apenas um fragmento de DNA é 
sequenciado por vez, enquanto em outros casos muitos fragmentos de DNA 
(como um genoma inteiro)podem ser sequenciados conjuntamente. 
 
 
 
 
 
Figura 6 – Clonagem do DNA 
23 
 
 
 
Fonte: Artigo Introdução à biotecnologia (Khan Academy) 
 
A biotecnologia pode ser usada para várias situações positivas, mas para 
negativas também, por isso é necessário que haja ética profissional envolvida 
em todo processo de alteração de DNA. 
 
24 
 
 
BIOSSEGURANÇA NA EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL E RISCOS 
BIOLÓGICOS EM LABORATÓRIOS DE PESQUISA 
 
Biossegurança é no seu conceito amplo, o conjunto de saberes 
direcionados para ações de prevenção, minimização ou eliminação de riscos 
inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento 
tecnológico e prestação de serviços, as quais possam comprometer a saúde do 
homem, dos animais, das plantas e do meio ambiente ou da qualidade dos 
trabalhos desenvolvidos (CTBIO/FIOCRUZ, 2005), tendo como base, o respeito 
à vida, os valores éticos e a responsabilidade social; e como objetivos a proteção 
do indivíduo, da sociedade e do meio ambiente. 
Representa também o conjunto de medidas técnicas, administrativas, 
educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes em 
ambientes biotecnológicos (COSTA, 1996). 
No Brasil, a legislação vigente trata exclusivamente da biossegurança 
com organismo geneticamente modificado (OGM), não regulamentando as 
atividades que envolvam outros riscos biológicos, logo devemos utilizar o 
Princípio da precaução – “Quando uma atividade representa ameaças de danos 
ao meio ambiente ou à saúde humana, medidas de precaução devem ser 
tomadas, mesmo se algumas relações de causa e efeito não forem plenamente 
estabelecidas cientificamente" (BERG et al. 1975). 
As instituições devem estar comprometidas com as boas práticas de 
laboratório nas atividades de ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico 
sempre de acordo com os princípios da biossegurança. Para isso, devem 
oferecer cursos e treinamentos que promovem a capacitação dos profissionais, 
reduzindo possíveis riscos à saúde do homem, dos animais e do meio ambiente. 
No que diz respeito à experimentação animal, sua missão é a manutenção 
e oferta das instalações condominiais multiusuário para a utilização destes 
animais, regulamentando seu uso e acesso. Esse uso é permitido somente nos 
casos em que não existem métodos alternativos ao uso de animais para 
comprovação de conceitos científicos em elaboração e/ou em ensaios pré-
clínicos de abordagens terapêuticas ou farmacológicas, cumprindo as 
25 
 
 
legislações e normas pertinentes. Seu uso depende de aprovação dos projetos 
no Comitê de Ética no uso de Animais. 
Os modelos animais, aqueles que possuem enfermidades similares ou 
idênticas as do homem, possibilitam inúmeras vantagens, sendo as mais 
importantes: 
• Conhecer a história natural da enfermidade, cuja etiologia, patogenia, 
sintomatologia e evolução podem manter-se em condições 
experimentais, sem a influência de fatores estranhos que a 
modifiquem; 
• Reproduzir uma enfermidade, inúmeras vezes, em forma 
experimental, permitindo dispor de casuística suficiente; 
• Desenvolver estudos fisiopatológicos e patológicos, que são difíceis 
ou inacessíveis em pessoa enferma; 
• Utilizar meios terapêuticos, cuja aplicação na espécie humana se 
considera perigosa ou ainda não legalizada; 
• Estudar fatores ambientais e genéticos que incidem na evolução da 
enfermidade; 
• Estudar algumas enfermidades em raças e/ou linhagens de animais 
criadas para esse fim; 
• Abrir-se um imenso campo de investigação em imunologia, oncologia 
e, sobretudo, em enfermidades hereditárias. Neste sentido, o 
aprimoramento técnico-científico das diversas áreas da ciência de 
animais de laboratório é importante fator ao desenvolvimento da saúde 
humana e animal 
Entretanto, a segurança no manejo com animais é de vital importância 
para a segurança das pessoas. Ter segurança significa poder confiar. Para isso, 
devem ser observados e respeitados as regras e os procedimentos de trabalho 
formulados para eliminar práticas perigosas e evitar riscos desnecessários 
(ANDRADE, 2 004). 
A contaminação depende da susceptibilidade dos técnicos, manejo 
experimental, estado de doença do animal e do agente infeccioso. 
As instituições que utilizam animais geneticamente modificados devem 
possuir instalações de contenção para estas atividades e os projetos de 
26 
 
 
engenharia e arquitetura devem ter acompanhamento da Comissão Interna de 
Biossegurança (CIBio) com vistas à incorporação das medidas de 
Biossegurança. Os biotérios de experimentação (infectórios) que albergam 
animais geneticamente modificados devem localizar-se em áreas especialmente 
isoladas e devidamente credenciadas pela Comissão Técnica de Biosegurança 
(CTNBio). 
As atividades com animais de laboratórios são especiais, visto as 
particularidades que só são encontradas em biotérios, como por exemplo, os 
riscos inerentes aos animais, especialmente os físicos, que compreendem 
aqueles em que o profissional é exposto a mordidas, arranhões ou outra forma 
de defesa; os biológicos próprios da sua biota, zoonótica ou experimental e a 
produção de alérgenos; os químicos, tais como, os produtos de limpeza e 
desinfecção e os relacionados aos trabalhos. 
Recomenda-se que os profissionais que desenvolvem atividades em 
laboratórios, por estarem mais expostos a certas doenças transmissíveis, 
estejam adequadamente imunizados para doenças passíveis de imunização. 
Sendo importante ressaltar também a importância do uso correto dos 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para minimizar o risco de aquisição 
de certas doenças infecciosas, principalmente para as atividades realizadas no 
trabalho de campo. 
 Os animais de laboratório e os animais capturados no campo 
representam um risco para quem os maneja, mesmo que não estejam 
experimentalmente infectados, podem estar carregando agentes patogênicos, 
inclusive zoonóticos. 
São também produtores de alérgenos e que dependendo da sensibilidade 
individual da pessoa podem desencadear o desenvolvimento de reação de 
hipersensibilidade (alergia) e levar a problemas alérgicos de baixa gravidade até 
doença respiratória grave. 
Em relação à manipulação dos animais propriamente dita, é importante 
lembrar os mecanismos mais comuns de exposição (CIBio/IOC, 2006): 
Inoculação direta por agulhas, contaminação de cortes ou arranhões pré-
existentes, por instrumentos contaminados e agressão animal; Inalação de 
aerossóis durante o manejo animal e nos procedimentos e manipulação na 
experimentação animal; Contato das membranas mucosas dos olhos, boca ou 
27 
 
 
narinas por gotículas de materiais, mãos e superfícies contaminadas; Ingestão 
através de pipetagem com a boca, apesar desta prática ser proibida. 
Existem quatro classes de risco, baseadas no potencial patogênico do 
microrganismo a ser manipulado, sendo assim definidas: (NIH, 2000). 
• Classe de risco 1 - (baixo risco individual e baixo risco para a 
comunidade) - organismo que não cause doença ao homem ou animal. 
• Classe de risco 2 - (risco individual moderado e risco limitado para a 
comunidade) - patógeno que cause doença ao homem ou aos animais, 
mas que não consiste em sério risco, a quem o manipula em condições 
de contenção, à comunidade, aos seres vivos e ao meio ambiente. As 
exposições laboratoriais podem causar infecção, mas a existência de 
medidas eficazes de tratamento e prevenção limita o risco, sendo o 
risco de disseminação bastante limitado. 
• Classe de risco 3 - (elevado risco individual e risco limitado para a 
comunidade) - patógeno que geralmente causa doenças graves ao 
homem ou aos animais e pode representar um sério risco a quem o 
manipula. Pode representar um risco se disseminado na comunidade, 
mas usualmente existem medidas de tratamento e de prevenção. 
• Classe de risco 4 - (elevado risco individuale elevado risco para a 
comunidade) - patógeno que representa grande ameaça para o ser 
humano e para os animais, representando grande risco a quem o 
manipula e tendo grande poder de transmissibilidade de um indivíduo 
a outro. Normalmente não existem medidas preventivas e de 
tratamento para esses agentes. 
É importante ressaltar que os riscos biológicos são frutos ou 
consequências da atividade humana (SIMONS, 1991 apud TEIXEIRA; BORBA, 
2010), portanto, nunca é demais lembrar que todo esforço deve ser concentrado 
na formação de recursos humanos, pois somente a questão educacional 
articulada a políticas que estimulem a criação de núcleos de excelência 
contribuirá para a formação de massa crítica, pela qual, itens como o 
financiamento de linhas de pesquisas e o intercâmbio com países desenvolvidos 
são essenciais para a aceleração das etapas no desenvolvimento desta área. 
Para avaliarmos o risco necessitamos, então, desenvolver uma ou várias 
ações que visem reconhecer ou identificar o perigo, e medir o risco ou a 
28 
 
 
probabilidade de algum evento ocorrer devido ao perigo. Na avaliação do risco, 
devemos considerar também, a severidade das consequências possíveis 
de ocorrer caso o risco venha gerar um acidente (CDC, 1998 apud 
MASTROENI, 2004). 
O gerenciamento dos riscos envolve a avaliação e identificação destes, 
aliado a análise de custo/benefício das medidas de controle adotadas (COLLINS; 
KENNEDY, 1999 apud MASTROENI, 2004). Devemos sempre ter em mente 
que, em laboratórios de pesquisa, principalmente os de microbiologia, existem 
vários tipos de riscos isolados ou associados, onde diferentes tipos de 
microrganismos são manipulados e potencialmente capazes de gerar doenças. 
Estes incluem agentes biológicos, agentes químicos, fontes de radiação, fogo, 
perigo com a eletricidade e equipamentos relacionados ao perigo. Mesmo em 
diferentes ambientes de laboratórios de pesquisa, provavelmente sempre 
teremos situações de perigo e risco. 
Nossa atitude deve se concentrar no princípio básico da Biossegurança: 
a prevenção. Quando possuímos o conhecimento do perigo, ao desenvolvermos 
determinada atividade, certamente precisamos fazer uso dos equipamentos de 
proteção individual (EPI), os quais são desenvolvidos para proporcionar 
segurança ao trabalhador. Aliado a utilização dos EPls faz-se necessário, 
também, a adoção das normas e procedimentos de Biossegurança elaboradas 
com o intuito de propiciar trabalho seguro e minimizar a geração de riscos. 
Estas duas características, a utilização de EPI e a prática das normas de 
Biossegurança, consequentemente, só poderão trazer resultado se houver 
treinamento adequado para seu desenvolvimento, caso contrário, possivelmente 
ocorrerá o estabelecimento da situação inversa: geração do risco. 
 
29 
 
 
BIOSSEGURANÇA E BACTÉRIAS PATOGÊNICAS 
 
De acordo com a Comissão Técnica de Biossegurança da Fundação 
Oswaldo Cruz (CTFBio/Fiocruz), bactérias patogênicas são agentes biológicos 
capazes de produzir doenças nos homens e animais e, portanto, são distribuídas 
em classes de risco biológico em função de critérios que incluem o nível de 
capacidade de se disseminar no meio ambiente, a estabilidade no meio 
ambiente, a endemicidade, o modo de transmissão, a existência ou não de 
medidas profiláticas (como vacinas) e a existência ou não de tratamentos 
eficazes. Outros fatores podem ser ainda levados em conta, como perdas 
econômicas geradas, vias de infecção, existência ou não da bactéria no país e 
a capacidade da mesma de se implantar em uma nova área. 
Entende-se, assim, que todos os laboratórios clínicos ou de pesquisa na 
área de bacteriologia devam possuir uma cópia da classificação de bactérias por 
classe de risco biológico, bem como instalações apropriadas e compatíveis com 
a prática necessária para cada nível de biossegurança ou risco biológico. Além 
disso, devem dispor de equipamentos de proteção individual e coletiva e 
instruções específicas de referência para uso da equipe do laboratório. 
Do ponto de vista de adequação e infra-estrutura, os laboratórios são 
classificados em quatro níveis de biossegurança \u2013 NB-1, NB-2, NB-3 e NB-
4 \u2013 que estão associados a uma progressão crescente de risco biológico 
que varia de acordo com a classe de risco do patógeno a ser manipulado. 
Normalmente, o nível de biossegurança a ser utilizado irá depender da 
classe de microrganismo de maior risco envolvido em uma determinada 
atividade laboratorial. Quando o potencial patogênico do espécime a ser 
processado for desconhecido, o recomendável é fazer uma análise prévia a partir 
do maior número de informações possíveis para se determinar a categoria de 
laboratório a ser utilizada para aquela situação (TEIXEIRA; BORBA, 2010). 
De uma maneira geral, todos os laboratórios clínicos e de pesquisa devem 
possuir, no mínimo, instalações e infra-estrutura apropriadas para o 
processamento e a manipulação de espécimes ou microrganismos de classe de 
risco 2 (laboratório NB-2 ou nível de biossegurança 2). Laboratórios que 
processam espécimes suspeitos de conter patógenos ou que os cultivam, como 
30 
 
 
o Mycobacterium tuberculosis, cepas de Escherichia coli (verotoxigênicas), 
Brucella spp, Clostridium botulinum, Bartonela spp, multocida (tipo B), Yersinia 
pestis, Bacillus anthracis, entre outras bactérias definidas como de classe 3, 
devem ter instalações compatíveis com o nível de biossegurança 3 (NB-3) 
(CTBio/Fiocruz, 2005 apud TEIXEIRA; BORBA, 2010). 
Os laboratórios NB-4, por sua vez, destinam-se à manipulação de 
bactérias e outros microrganismos classificados como de risco biológico 4 e que 
demandam as condições mais rigorosas em termos de contenção e controle, 
uma vez que são extremamente perigosos para o pessoal de laboratório e 
podem causar doença epidêmica de alta gravidade. Rabinovich e Armôa (2010) 
também ressaltam que de acordo com a Lei de Biossegurança, o risco relativo à 
manipulação de bactérias patogênicas (classes 1- 4) é gerenciável e deve ser 
minimizado, ou abolido, através da construção de laboratórios de segurança 
biológica adequados (NB-1 a NB-4) contendo EPls e EPCs necessários às suas 
atividades, além de POP\u2019s apropriados e descritivos para orientar as 
ações de seu funcionamento. 
No contexto da Lei de Biossegurança e do conhecimento atual, é 
inaceitável a falta de controle sobre o risco nas atividades com bactérias em 
universidades, instituições de pesquisa, laboratórios clínicos, hospitais ou rede 
de saúde pública. Todos os laboratórios, sem exceção, devem se adequar no 
tocante à sua estrutura física e ambiental, bem como atualizar seus 
equipamentos. Adicionalmente, devem buscar a implementação desse conceito, 
além de qualificar seu pessoal para melhor gerenciá-los (RABINOVICH; 
ARMÔA, 2010). 
No âmbito desses conhecimentos, as boas práticas laboratoriais, 
preocupadas com a infra-estrutura de laboratórios que lidam com representantes 
patogênicos do domínio Bactéria, bem como com a qualidade de trabalho que 
executam e as implicações dos fluxos de materiais e técnicos operadores, que 
geram riscos de infecções, suscitaram o progressivo surgimento de 
regulamentações nos níveis internacional e nacional. 
Dentro desse contexto, emergiu o conceito de biossegurança que, no seu 
sentido mais abrangente, significa conjunto de saberes direcionados para ações 
de prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de 
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de 
31 
 
 
serviços, as quais possam comprometer a saúde do homem, dos animais, das 
plantas e do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. 
(CTBIO/FIOCRUZ, 2005) 
No Brasil, o conceito de biossegurança e sua aplicação em todo o território 
nacional foi definido pela Lei de Biossegurança, nº 11.105, de 24de março de 
2005. Esta lei estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização, 
entre outras determinações sobre manipulação, cultivo, transporte, 
transferência, importação, exportação, armazenamento, pesquisa e descarte de 
microrganismos geneticamente modificados e seus derivados, dentro de um 
princípio de segurança total para o homem e o meio ambiente, e que se aplica, 
por extensão, à manipulação de todo e qualquer microrganismo vivo de 
interesse, uma vez que a biossegurança é, em sua essência, um conceito 
universal independentemente do microrganismo manipulado. Os benefícios 
dessa legislação para o país são notáveis e já perceptíveis em instituições de 
pesquisa estatais e privadas, universidades, hospitais, laboratórios de saúde 
pública e laboratórios clínicos, além de instituições voltadas para atividades de 
produção que utilizam células e microrganismos vivos. 
 
32 
 
 
 
BIOTECNOLOGIA E USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE 
 
A biodiversidade abrange a variedade e a variabilidade de todos os 
organismos vivos do planeta. É estudada considerando os seguintes níveis 
hierárquicos de organização: 
• A diversidade genética refere-se à variabilidade dentro da espécie, 
podendo ser medida através da variação genética em determinada 
população; 
• A diversidade de espécies refere-se à riqueza de espécies encontrada em 
escala local, regional ou global; 
• A diversidade taxonômica refere-se à variedade de organismos de um 
nível taxonômico acima de espécie (gênero, família, ordem, etc.) Em 
determinada região; 
• A diversidade de interações refere-se a grupos de diversas espécies que 
coexistem interagindo troficamente ou através de outros processos 
bióticos como a polinização e a competição 
• A diversidade de ecossistemas se refere à comunidade de organismos e 
ambiente físico interagindo como uma unidade ecológica. 
 
Nos níveis de interações e ecossistemas, a preservação não significa manter 
somente um grupo de espécies, mas também os padrões e processos nas mais 
diversas escalas (JONHSON, 1995 apud MENDONÇA-HAGLER; ODA, 2004). 
A espécie representa o ponto focal dos mecanismos evolutivos, sendo 
definida como grupos de populações que são capazes, ou potencialmente 
capazes, de cruzamento fértil (MAYR, 1969 apud MENDONÇA-HAGLER; 
ODA, 20 04). Esse conceito não é aplicável para os organismos procariontes e 
outros que possuem reprodução exclusivamente vegetativa. Esta limitação pode 
ser contornada usando o conceito filogenético de espécie, que considera o grupo 
de populações oriundas de um ancestral comum e que são distintas 
geneticamente de outras populações. 
A filogenia pode ser determinada para todos os seres vivos usando a 
comparação de fósseis moleculares, em particular o DNA. A avaliação da 
33 
 
 
biodiversidade deve considerar o papel ecológico das espécies na estrutura das 
comunidades, a estimativa de abundância relativa de cada espécie e o número 
de espécies representativas nos diferentes grupos taxonômicos da escala 
evolutiva. A avaliação global da biodiversidade considera adicionalmente, os 
conceitos de endemismo, centros de origem e de diversidade das espécies. 
Como o conceito de biodiversidade é abrangente e complexo, prioridades 
devem ser definidas para que as iniciativas e recursos aplicados na sua 
conservação não sejam inócuos. Os países industrializados, na sua maioria, 
pobres em espécies e habitats naturais, defendem a importância global da 
biodiversidade como patrimônio da humanidade, onde todas as nações 
compartilharam as responsabilidades e benefícios. Os países em 
desenvolvimento, na maioria, ricos em biodiversidade, defendem o uso de seus 
recursos genéticos como fator de desenvolvimento econômico (JOHNSON, 1995 
apud MENDONÇA-HAGLER; ODA, 2004). 
 
34 
 
 
BIODIVERSIDADE E TRANSGÊNICOS 
 
A evolução da ciência e a produção de alimentos transgênicos são dois 
campos férteis para polêmicas, preocupações, desconfianças e mitos tanto nos 
países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento por dois motivos 
principais: primeiro porque o processo e os impactos desses alimentos não 
são de domínio público e segundo porque existe um interesse econômico 
de empresas que produzem sementes transgênicas e das que atuam na 
área de defensivos agrícolas também não de domínio público. 
A verdade é que na história da humanidade , os acontecimentos são 
cíclicos, pois, a cada mudança, novas adaptações são necessárias e, 
atualmente, a evolução tem sido rápida, obrigando a sociedade a se adequar a 
essas transformações 
No Brasil, a discussão a respeito dos riscos dos alimentos 
geneticamente modificados (OGMs), apesar de recente, provoca a 
manifestação de diversos segmentos sociais, como vem ocorrendo em 
todo o mundo. A sociedade, de maneira geral tem informações insuficientes 
a respeito do assunto, e as empresas que estão envolvidas com essa 
nova tecnologia, também, não realizam a devida divulgação a respeito do 
tema. 
Estudiosos ligados à pesquisa agropecuária argumentam sobre a 
importância da biotecnologia no aumento da produtividade agrícola, na 
redução de custos de produção, na implantação de sistemas produtivos 
ambientalmente sustentáveis, além de criar novas alternativas metodológicas 
para a conservação, caracterização, avaliação e utilização de recursos 
genéticos e naturais (JUNQUEIRA; RODRIGUES, 2002). 
 Há pessoas que defendem que, diferentemente do que se possa parecer 
aos críticos ideológicos das sementes genéticas, os agricultores há muito 
trabalham em parceria com grandes empresas multinacionais. Por meio 
dessas parcerias, compram maquinários, implementos agrícolas e até aviões, 
no caso dos produtores com maior poder aquisitivo. Desde o fim da 1ª 
Grande Guerra, os produtores rurais de países menos desenvolvidos se 
relacionam com grandes fabricantes de plantadeiras, tratores e 
35 
 
 
colheitadeiras, setor este, também dominado por grandes empresas. Outra 
parceria vital é encontrada com as empresas de herbicidas, inseticidas e 
produtos químicos em que também operam companhias internacionais 
gigantescas. 
A OMS diz que até hoje não foi encontrado nenhum caso de efeito 
sobre a saúde resultante do consumo de alimento geneticamente modificado 
(GM) “entre a população dos países em que eles foram aprovados”. 
Que os avanços biotecnológicos são acelerados não resta dúvida, o 
que precisa ser refletido e pesquisado passa necessariamente por não 
cometer erros do passado, estar vigilante, avaliar sempre os impactos 
ambientais e buscar um modelo que não preconize somente os modelos 
econômicos, mas agregue valor à biodiversidade e à qualidade de vida. 
 
 
36 
 
 
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