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Fernanda C. Schwab 66-A ANATOMIA PATOLOGIA CADERNO AV1 BIÓPSIA INTRODUÇÃO Etimologia: bio=vida; opsis=aparência Conceitos: o Sob o ponto de vista anatomopatológico: retirada de um pedaço de tecido ou órgão ou liquido corporal para análise patológica. A biopsia líquida não é tão comum quanto as demais, serve para diagnosticar determinadas neoplasias e outras doenças por meio da biologia molecular o Sob o ponto de vista cirúrgico: remoção cirúrgica de um pedaço de tecido ou órgão Modalidade de coleta do material: Não cirúrgica ou cirúrgica o A coleta do material não precisa ser em grande quantidade e sim de boa qualidade, pois é necessária a comparação do tecido/órgão removido com o saudável. INDICAÇÕES: o Diagnóstico de doenças e alterações morfológicas características; o Diagnóstico diferencial por exclusão, determinando grupos de doenças; o Diagnóstico de extensão e comprometimento das lesões; o Diagnóstico do grau de malignidade das lesões; o Diagnóstico da margem de segurança das lesões; o Diagnóstico de avaliação de resultados; o Identificação de estruturas; o Avaliação do funcionamento de órgão ou tecidos COMPLICAÇÕES: o Agravamento das lesões. Para prevenir isso: Manipular o menos possível; não atingir planos profundos desnecessariamente; se possível, fazer biópsias excisionais e por congelação; não abrir lesões em cavidades. o Hemorragia o Infecção CAUSAS DE ERRO: o Falta de representatividade do material colhido (Material dividido; Material escasso; Material com necrose e inflamação; Áreas periféricas das lesões; Hiperplasias reativas) o Manipulação inadequada do material: raspar, pinça dente de rato o Troca de material: checar rótulo de identificação o Defeitos na fixação do material o Inadequação ou erro de informações clínicas (idade, sexo, cor, localização, exames de imagem, etc.) FIXAÇÃO DO MATERIAL: o Imediata o Proporção adequada entre material e fixador o Fixador a ser usado de acordo com tipo de material Histopatológico: formol a 10% Citopatológico: álcool (não pode ser absoluto pois resseca o material) Fernanda C. Schwab 66-A IMUNO-HISTOQUÍMICA (técnica da avidina-biotina): o São utilizados quites (marcadores) com a finalidade de: Fenotipagem celular Clonalidade celular (monoclonal, policlonal) policlonalidade geralmente está associada a falsos cânceres Pesquisa de receptores (estrógeno, progesterona) etc. Índice mitótico celular (multiplicação celular) KI67 usado para saber o índice de multiplicação de células. Identificação de alguns parasitas OBS.: O Patologista quando tem dificuldades diagnóstica para sugerir a etiologia da doença, pode solicitar o uso desse meio muito importante de auxílio diagnóstico no contexto geral do exame anatomopatológico. Entretanto, a solicitação do mesmo deverá ser feita pelo médico (clínico) assistente do paciente. Tal justificativa se dá para prognóstico e conduta terapêutica mais adequada e precisa referente a doença em questão (neoplasia). TIPOS DE BIOPSIAS EXCISIONAL: em forma de elipse na qual a lesão se encontra inteiramente contida. É fundamental que as bordas não estejam comprometidas pois o material da biopsia é encaminhado ao patologista para que o mesmo verifique sua borda. Comum na biopsia de fibroadenoma na mama. -Processo: patologista pintará as margens da lesão com tinta nanquim, que será fixada pelo ácido acético (vinagre), e fará o corte em cruz. INCISIONAL EM LESÕES SUPERFICIAIS: Tira-se fragmentos da lesão para que sejam comparados com o tecido normal. INCISIONAL EM LESÕES PROFUNDAS: normalmente é feita por agulhas e com auxílio de imagem: o Por agulha fina: FNA= retira células e se fixa por álcoolex.: PAAF (punção aspirativa por agulha fina) de tireoide guiado por ultrassom Fernanda C. Schwab 66-A o Por agulha grossa: Core biopsia= é a mais utilizada e retira-se parte do tecido e se fixa por formolex.: mama, linfonodos e próstata (Biópsia de próstata por USG transretal - O câncer costuma ser mais posterior ou mais próximo ao reto; A via de abordagem é transretal, isto é, eu entro com um ultrassom pelo reto e faço disparos pelo reto para atingir a periferia da próstata) o Vacum biopsia: agulha com uma incisão= retira-se tecido e fragmentos maiores e fixa-se por formol o Por cirurgia POR PUNCH: muito utilizado em lesões de pele. É uma superfície cortante com diversos diâmetros e, por isso, consegue fazer biopsia excisional ou incisional. Coleta um cone ou um cilindro de pele= hipoderme, derme e epiderme. Ex.: hanseníase, não há necessidade de anestesia. POR PINÇA SACA-BOCADO: em órgãos ocos POR CURETAGEM E RASPAGEM: comum no endométrio POR PRINT: raspagem lamina álcool BIOPSIAS ENDOSCÓPICAS: o Endoscopia com biópsia: Via digestiva alta o Colonoscopia com biópsia: Via digestiva baixa. Introduz um aparelho flexível e explora íleo terminal, valva, colón ascendente, colón transverso, colón descendente, sigmoide e reto. o Broncoscopia com esfregaço e biópsia: Procedimentos em que o broncoscópio é usado: BiópsiaLavado broncoalveolar (lava a superfície da lesão para examinar as células) aspiração, e escovação broncoalveolar seguida de fixação por álcool; retira-se um pedaço para biopsia. o Histeroscopia com biópsia CAF (cirurgia de alta frequência): Biópsia na transição escamocolunar no colo do útero. - Se a lesão der positiva e não tiver margem cirúrgica, o médico precisará fazer uma conização, isto é, um cone no colo uterino. Esse cone pode tirar um pouco a estabilidade do colo uterino. *Normalmente o câncer está no endocérvice. BIOPSIA ESTEROTÁXICA: serve para explorar o cérebro por meio de uma perfuração do crânio. O aparelho perfurador é fixado nas têmporas e perfura até a massa encefálica POR MEIO DE TREFINA: para explorar osso com um aparelho parecido como uma furadeira. Normalmente é auxiliada pelo o raio X. OBS.: Tomografia e ressonância servem para ver tecidos moles, por isso não são adequados para esse tipo de biópsia. Fernanda C. Schwab 66-A OBS.: Para estudar o material é necessário fazer a fixação em formol a 10% e a desmineralização com ácido nítrico a 7,5%. POR CONGELAMENTO: o Finalidade: saber a margem da lesão o Vantagens: é de resultado imediato o Técnica: o material é congelado, fica em uma platina e vai ser cortado em uma temperatura abaixo de 0°C, corado por HE ou por azul de toluidina. NECROPSIA INTRODUÇÃO É um procedimento médico que consiste em examinar um cadáver para determinar a causa e modo de morte e avaliar qualquer doença ou ferimento que possa estar presente TIPOS DE NECROPSIAS NECROPSIA HOSPITALAR: realizada em cadáveres de pacientes que morreram em hospitais por causas naturais. A necropsia hospitalar tem valor inestimável, sendo um método eficaz para: o Controle da qualidade do diagnóstico e tratamento; o Produção de material de ensino para estudantes; o Treinamento de patologistas o Obtenção de material para pesquisa o Esclarecimento de casos sem diagnostico e de mortes inesperadas o Fornece dados importantes para o estabelecimento de políticas de saúde pelo governo NECROPSIA MEDICO LEGAL: realizada nos institutos Médico-Legais em indivíduos que morreram por causas externas (acidentes, crimes, suicídio). Tem por finalidade determinar a causa da morte e se esta foi consequência de crime e em que circunstâncias. Faz parte da investigação de mortes não naturais e tem enorme valor para a justiça. VERIFICAÇÃO DE ÓBITO: necropsia realizada nos Serviços de Verificação de Óbitos e Institutos Médico- Legais, em cadáveres de pessoas que morreram por causas naturais, sem assistência médica. OBS.: Dependendo do tipode necropsia, diferentes técnicas são empregadas. Há técnicas para exames dos órgãos in situ (técnica de Rokitansky), dissecção de órgãos retirados em blocos (técnica de Ghon) ou em bloco único. A necropsia é particularmente indicada nos seguintes casos: o Paciente internados que morrem sem diagnóstico firmado o Óbito hospitalar nas primeiras horas de internação o Óbito de mulheres no ciclo grávido-puerperal o Óbito inesperado de paciente com diagnóstico clínico e tratamento corretos o Óbito de pacientes em protocolo de tratamento experimental o Pacientes com doenças ambientais ou ligadas à sua profissão o Morte de crianças e recém- natos o Óbitos inesperados no pós-operatório imediato. Fernanda C. Schwab 66-A Atualmente há um declínio no número de necropsias realizadas no mundo inteiro: o O custo da necropsia, a falta de remuneração pela sua realização (de um modo geral os planos de saúde não pagam pelo procedimento). o O tempo despendido na sua realização. o A falta de interesse de médicos assistentes e patologistas, a crença infundada de que os novos métodos de exame (principalmente radiológicos) a tornam desnecessárias; o A recusa pelos parentes do morto da autorização para sua realização. OBS.: As necropsias médico-legais são realizadas pelo Estado e não necessitam de autorização da família do morto OBS.: Após a necropsia o patologista expede o atestado de óbito e produz um laudo macroscópico que deverá ser complementado com o exame microscópico dos órgãos principais e com outros exames (microbiológico, parasitológico, imuno-histoquímica e outros) necessários ao caso. OBS.: A necropsia é considerada concluída quando após todos estes exames faz-se a correlação anátomo-clínica, que consiste em correlacionar os sinais e sintomas do paciente com os achados anatômicos. PATOLOGIA PULMONAR INTRODUÇÃO O pulmão é responsável por mostrar as características fisiológicas principais na hora do nascimento e na morte Os pulmões foram engenhosamente desenvolvidos para desempenhar sua função cardinal, a troca de gases entre o ar inspirado e o sangue. O pulmão embrionário é adenoide (lembra glândulas) e por isso, crianças pré-maturas possuem certa dificuldade respiratória Os brotos pulmonares se dividem em ramos, chamados brônquios lobares, três à direita e dois à esquerda, originando assim três lobos à direita e dois à esquerda. OBS.: O brônquio fonte direito é mais vertical e exibe um alinhamento direto em relação à traqueia. Assim, materiais estranhos aspirados, como vômito, sangue e corpos estranhos, tendem a entrar no pulmão direito mais do que no esquerdo. A escala APIGAR é responsável por enumerar o índice funcional do pulmão ANOMALIAS CONGÊNITAS DOS PULMÕES São malformações raras dos pulmões, ou seja, anomalias do desenvolvimento dos pulmões e são: AGENESIA: ausência total do pulmão. Não ocorre o brotamento brônquico e com isso não desenvolve pulmão. Pode ser total (bilateral), unilateral e parcial. A agenesia parcial é quando não ocorre a formação de apenas uma parte do pulmão. Caso ocorra uma agenesia unilateral, o pulmão formado se torna hiperplasiado. HIPOPLASIA PULMONAR: é a formação do órgão com um menor número de células, ou seja, é menor. Pode ser bilateral, unilateral. A hipoplasia pode ser primaria- quando os dois pulmões sofrem da redução do número das células e ocorre por fatores genéticos; nesta pode ocorrer a Síndrome de Potter com fácies típica com queixo curto, orelhas com deformidades nos pavilhões e o mesmo é implantado mais baixo, olhos com hipertelorismo e rins policísticos. Pode ocorrer também a Síndrome da Cimitarra; ou secundária- quando há um defeito da hemicúpula diafragmática, vísceras abdominais ocupam o tórax e diminui o espaço reservado ao pulmão, com isso ocorre uma compressão do pulmão que impede sua expansão normal. Fernanda C. Schwab 66-A LOBULAÇÃO ANÔMALA: pode ser pela presença de um lobo acessório ou por um sequestro broncopulmonar. É a formação pouco desenvolvida de outro pulmão com a árvore respiratória rudimentar. Sequestro pulmonar se refere a uma área distinta do tecido pulmonar que (1) não tem qualquer conexão com o sistema aéreo e (2) tem um suprimento anormal de sangue que vem da aorta e seus ramos. O sequestro extralobar (extrapulmonar) é externo ao pulmão e é percebido mais comumente em crianças pequenas como lesões com efeito de massa (diagnóstico diferencial= abscesso). O sequestro intralobar (intrapulmonar) acontece dentro dos pulmões. CISTOS PARABRONQUIAIS: broto não desenvolve completamente para formar e pulmão e por isso forma cistos (Síndrome do Pulmão Policístico) DOENÇA CISTICA CONGENITA DOS PULMÕES: doença com cunho genético. Ocorre a dilatação do brônquio- bronquiectasia pulmonar congênita infecções pulmonares recorrentes. Síndrome de Kartagener- é a doença cística congênita pulmonar com dextroposição dos órgãos, sinusite, rinite, otite. MUCOVISCIDOSE= fibrose cística pancreática (pois foi vista primeiramente nesse órgão). Muco mais espesso, dificuldade de eliminar mecônio, é o acumulo de muco viscoso que comprime outros órgãos. Todo acumulo de muco gera infecção bacteriana recorrente. É uma exocrinopatia que afeta glândulas exócrinas ou mistas. Mais comum em descendentes de europeus. Trata-se com muito liquido, tapotagem e fluidificante ANOMALIAS VASCULARES: o Agenesia/ hipoplasia da artéria pulmonar- causa dificuldade de oxigenação. o Fistulas arteriovenosas- trajetos mal-formados das artérias e veias doença de Rendu-Osler-Weber DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA: síndrome da dificuldade respiratória ou síndrome da angustia respiratória. Mais tendente em crianças prematuras pois ocorre na falta de surfactante (dipalmitol lecitina- substância lubrificante que evita o colabamento dos alvéolos) e mais comum em filhos de mães diabéticas desleixadas no período de gestação. Anóxia intrauterina é fator predisponente para a síndrome da membrana hialina. Trata-se com surfactante sintético. Teste da docemasia hidrostática de Galeno no SVO= pulmão boia comprova que entrou ar no pulmão, a prova é positiva quando o pulmão afunda não entrou ar. Condição que não deve ser feita: quando a criança está em estado de potrifação, devido a presença de bactérias produtoras de gases OBS.: SARA (Síndrome da Angústia Respiratória Aguda) é uma síndrome clínica de insuficiência respiratória progressiva, causada pelo dano alveolar difuso no curso da sepse, trauma grave ou infecção pulmonar difusa. FISTULAS TRAQUEO-ESOFÁGICAS DISTURBIOS CIRCULATORIOS DOS PULMÕES HIPEREMIA: é o aumento do volume/fluxo sanguíneo. Pode ser aguda ou passiva crônica. o Aguda: Ocorre devido ao aumento localizado do volume sanguíneo de uma forma ativa devido gases irritantes, pneumonias agudas, inflamações o Passiva crônica ou congestão: causada por estenose mitral aórtica, insuficiência cardíaca congestiva, célula da insuficiência cardíaca (macrófago com hemossiderina- corado com azul da Prussia). Ocorre quando há o impedimento da saída do sangue dos pulmões para que chegue à circulação sistêmica, ou seja, ocorre uma retenção de sangue nos pulmões por algum problema cardíaco, aumentando o volume sanguíneo de trabalho dos pulmões. Hemácias extravasam para dentro dos alvéolos Fernanda C. Schwab 66-A (formam pigmento de hemossiderina), os vasos dilatam, podendo levar a uma insuficiência respiratória grave e ao endurecimento dos pulmões (induração parda). Com frequência, complica para pneumonias associadas, denunciada pela insuficiência respiratória progressiva e tosse cardíaca/tosse do cardiopata (noturna com expectoração com sangue, escarro com macrófagos carregando hemossiderina). Pode-se detectar através do exame do escarro os macrófagos fagocitando a hemossiderina, as chamadas células da insuficiência cardíaca EDEMA: acumulo de liquido no pulmão. Vazamento do fluido intersticial em excesso que se acumula nos espaços alveolares. Pode resultar de perturbações hemodinâmicas (edema pulmonar hemodinâmico ou cardiogênico) ou de aumentos diretos da permeabilidade dos capilares, como resultado de lesão microvascular. Edema predispõe a ocorrência de infecções o Agudo: Inflamatório- quando ocorre hiperemia + edema. Ex.: pneumonia Não inflamatório- comum em infarto do miocárdio e em inalação de gás irritante. Quando há um distúrbio cardíaco instantâneo grave. Alta mortalidade, visto que os alvéolos foram todos preenchidos por líquido e o ar não consegue chegar. Inicialmente, o indivíduo manifesta ortopneia, em seguida, mesmo sentado a dificuldade respiratória persiste, o que gera certa agitação motora em virtude da dispneia. Além disso, o indivíduo manifesta uma máscara cianótica (rosto, lábios, pescoço e extremidades). Nesse caso, faz-se necessário o uso de diuréticos potentes para retirar o líquido do edema de dentro do pulmão. Exemplo: o indivíduo teve um IAM, sobreviveu, mas perdeu a capacidade contrátil do coração naquela área, logo, haverá um retardo da saída de sangue ou líquido de uma maneira geral dos pulmões para passar para dentro do coração e, por conseguinte, uma inundação dos alvéolos com o líquido do edema). Outro exemplo é o edema dos afogados. o Crônico: carência proteica, desnutrição, glomerulopatia renal são fatores de risco para edema crônico Desnutrição: albumina é a principal proteína responsável pela manutenção da pressão coloidosmótica do sangue. Dessa forma, a desnutrição proteica ocasionada pela alimentação a base exclusiva de farináceos tende a zerar a pressão coloidosmótica e, por conseguinte, causar edema pelo extravasamento de líquido. Nas crianças, esse quadro é denominado desnutrição pluricarencial hidropigênica, ocorre mais frequentemente a partir dos 7 anos de idade, e provoca retardo mental e modificações da cor do cabelo. Por outro lado, os cílios apresentam-se exuberantes e alongados. A criança manifesta ascite, hidropericárdio e hidrotórax. OBS.: a recuperação integral da criança com desnutrição pluricarencial hidropigênica não é possível. Glomerulopatia renal: um indivíduo com síndrome nefrótica perde proteínas através da excreção urinária. O indivíduo glomerulopata com evolução da glomerulopatia tende a ser cronicamente edemaciado (agressão de glomérulos → insuficiência renal → edema). Comumente, observa-se no glomerulopata o edema palpebral bilateral matinal. TROMBOSE. EMBOLIA E INFARTO: trombose é raro, embolia é frequente e infarto pulmonar é variado e se confunde com o IAM. -A profilaxia tanto para trombose quanto para embolia é p uso de meias de compressão, atividades de movimento das pernas, deambulação e, dependendo do caso, anticoagulantes o Trombose: Na maioria das vezes, o que ocorre é o tromboembolismo pulmonar. O trombo vem pelas veias, geralmente, dos membros inferiores, em especial da panturrilha, ou do plexo periprostático/perirretal. A trombose acomete indivíduos que fazem grandes viagens e, consequentemente, ficam muito tempo sentados, mulheres que fazem uso de anticoncepcional, Fernanda C. Schwab 66-A indivíduos acamados, etc. O trombo desprende-se quando o indivíduo coloca o pé no chão após longo período acamado, pois a musculatura entra em contração e expulsa o trombo formado, em seguida o trombo circula e causa a embolia sanguínea. o Embolia: ocorre por um êmbolo (substância não miscível com o sangue) que é ejetado e progressivamente aumenta de tamanho à medida que segue em direção ao coração, pois vai agregando plaquetas e outras partículas no caminho. Ao chegar dentro do coração direito, o êmbolo turbina e pode obstruir vasos. -Se o indivíduo estiver com as duas circulações pulmonares (circulação pulmonar e circulação brônquica) funcionando bem, não acontece infarto. Entretanto, caso ele tenha uma hiperemia prévia (hiperemia passiva crônica) no pulmão, a circulação sanguínea estará comprometida, logo, com a chegada do êmbolo o indivíduo tende a sofrer um infarto. -Se o êmbolo for muito grande, ele irá formar uma bolha na saída da artéria pulmonar, tamponando- a. Esse tamponamento impede que o pulmão receba sangue e, por conseguinte, não seja capaz de oxigenar nada. Esse quadro é denominado tromboembolismo agudo do pulmão ou embolia pulmonar fulminante e manifesta-se com dor forte no peito, às vezes com irradiação para a região lombar. Esse indivíduo terá uma massa de êmbolo ocluindo o cone da artéria pulmonar ou a bifurcação da artéria pulmonar. Êmbolo em cela ou êmbolo de cavaleiro: o êmbolo dobra-se e forma como se fosse uma pinça na saída da artéria pulmonar direita e da artéria pulmonar esquerda. Embolia paradoxal: ocorre quando o êmbolo deixa a circulação venosa e atinge a circulação arterial, isso devido a defeitos congênitos, a exemplo de um forame no coração, um ducto arterioso persistente ou uma comunicação interventricular. Nesse caso, ocorre embolia no rim, no cérebro, etc. A área infartada geralmente possui a cor vermelha e tem a forma maciça em cunha ou em triângulo, pois tem-se o ápice voltado para o ponto da obstrução e a base voltada para a pleura. OBS.: os êmbolos, normalmente, se “resolvem” por contração e fibrinólise. Caso não se resolvam, podem gerar quadro de hipertensão pulmonar e de cor pumonale crônico. SINDROMES HEMORRAGICAS PULMONARES o Síndrome Good Pasture: doença autoimune na qual forma-se anticorpos contra a membrana basal dos glomérulos e sáculos alveolares. Isso causa hemorragia renal e pulmonar de alta letalidade o Granulomatose de Wegener: doença hemorrágica pulmonar de arranjo nodular que simula um aspecto geográfico na periferia. Associa-se à sinusite, otite e rinite o Síndrome de Churg-Strauss: eosinofilia grave e clínica asmatiforme o Doenças difusas do tecido conjuntivo (colagenosis): doenças autoimunes ex: LES- lúpus eritematoso sistêmico. O diagnóstico diferencial é lúpus vulgar que é um tipo de tuberculose cutânea o Viroses (varíola, ebola, etc) o Bacilo Antraz: aspiração de material infectante, seguida de quadro pulmonar grave que cursa com hemorragia. CONCUSSÃO PULMONAR (BLAST): “explosão”. Hemorragia causada em locais que ocorreu explosão devido a força de deslocamento do ar. O indivíduo em uma área de explosão deve lançar-se ao solo para diminuir a superfície de contato com o ar que está em deslocamento, caso contrário, esse ar fará com que haja rotura de parênquima pulmonar, o que causará hemorragia dentro do pulmão e do baço. Fernanda C. Schwab 66-A VARIAÇÃO DO CONTEUDO AÉREO PULMONAR OBS.: O pulmão é o órgão de maior interação obrigatória com o ambiente e sua variação de conteúdo aérea pode ser patologia ou fisiológica. Sendo o processo inspiratório ativo. ATELECTASIA E COLAPSO: atelectasia é a falta de expansão ao nascimento ou expansão incompleta dos pulmões também ao nascimento (ao exemplo na síndrome de angustia respiratória). O colapso é a perda do ar pulmonar no pulmão previamente expandido, ou seja, é uma doença adquirida. O colapso pode ser obstrutivo onde deve-se obstruir totalmente a luz do brônquio de forma que o ar sofra um processo de adsorção pelos poros de Kohn (colapso obstrutivo pode ser reversível). Obstrutivo é mais comum no lobo médio do pulmão direito. Ou compressivo que ocorre quando alguma coisa se interpõe entre o pulmão e o gradil costal, ou seja, fora do parênquima pulmonar, de forma a comprimir o pulmão de fora para dentro (ex.: pneumotórax, hemotórax, hidrotórax ...) OBS.: Uma atelectasia significativa reduz a oxigenação e predispõe à infecção. Exceto nos casos causados por contração, a atelectasia é uma disfunção reversível. ENFISEMA: diretamente relacionada a DPOC, com a poluição atmosférica e com o cigarro. Éo aumento do volume aéreo residual (rico em CO2) pulmonar ocorrendo ruptura dos septos alveolares de forma irreversível. É acompanhado por uma hipertrofia do pulmão. O enfisema gera um dano progressivo e permanente nos alvéolos pulmonares, diminuindo a elasticidade e dificultando a expiração. Pode ser vesicular (mais frequente) ou intersticial- fora dos alvéolos. Ocorre devido a uma obstrução parcial dos alvéolos onde o ar entra, mas não sai, ou seja, indivíduo com enfisema *** TABAGISMO *** -Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de fumo- uso nocivo para a saúde -É uma doença pediátrica- 85% dos tabagistas começam a fumar antes dos 16 -Pode ser considerada crônica por causar dependência. -“Transmissível” devido as propagandas, marketing e a influência das celebridades -Fumante passivo- indivíduo que não fuma e é contagiado passivamente. O fumo passivo é responsável por 30% no risco de câncer pulmonar, 24% IAM, 60% morte súbita infantil, asma, otite e infecções respiratórias. -1/3 da população mundial adulta fuma sendo 47% homens e 12% mulheres. Sendo nas mulheres, quando gravidas, fator de risco para aborto, prematuridade e morte perinatal •Principais doenças associadas ao tabagismo: doença coronariana; IAM; doença cerebrovascular; AVC isquêmico e hemorrágico; doença vascular periférica; doença periodontal; ulcera péptica; catarata; Doença de Buerger: tromboangeíte obliterante= obstrução das artérias e veias por uma inflamação causada pelo habito de fumar. DPOC: doença pulmonar obstrutiva crônica= bronquite crônica, enfisema. O tabagismo é responsável por 85% dos casos de DPOC. Câncer de pulmão: 90% dos casos de Câncer de pulmão são em fumantes -O epitélio pulmonar de fumantes é sucessível a sofre Metaplasia escamosa: metaplasia escamosa – mudança do epitélio da árvore respiratória, em consequência do fumo. No enfisema, a metaplasia geralmente ocorre na periferia. A obstrução das vias é parcial, pois o enfisema funciona como uma válvula, ou seja, o ar entra e não sai. Com o tempo, o enfisema pode levar a insuficiência respiratória. - HÁBITO DE FUMAR: Responsável por 90% dos casos de CA pulmonar; Causa mais importante do ↑ da incidência do carcinoma; Cigarro: contém 2000 substâncias, muitas das quais têm efeito tóxico e oncogênico (hidrocarbonetos policíclicos, polônio, benzopireno). 78% das mulheres e 90% dos homens que fumam apresentam câncer de pulmão; Fernanda C. Schwab 66-A tem dificuldade Expiratória, porque o ar que fica na expiração é residual. Aumento dos pulmões + dano do parênquima pulmonar (rompimento de septos). Na biópsia, encontra-se vasos sanguíneos dilatados, poucos ou ausência de septos. O enfisema costuma ser bilateral. O enfisema é classificado de acordo com sua distribuição anatômica no lóbulo. o Vesicular: é o mais comum. O enfisema vesicular (alveolar) pode ser classificado em centro-lobular (centroacinar), panlobular (panacinar) ou paraseptal. O cigarro geralmente leva a um centro-acinar. O paraseptal tende a se tornar bolhoso e ele ocorre, geralmente, na periferia e costuma ser subpleural. Centro-lobular (centro-acinar) causado pelo cigarro. As partes centrais ou proximais dos ácinos, formadas por bronquíolos respiratórios, são afetadas, enquanto os alvéolos distais são poupados. Panlobular (panacinar) os ácinos estão uniformemente aumentados desde o nível do bronquíolo respiratório até os alvéolos em fundo cego terminais Parasseptal tende a se tornar bolhoso e ocorre, geralmente, na periferia. Costuma ser subpleural. A porção proximal do ácino está normal e a parte distal é predominantemente envolvida. O enfisema é mais notável em áreas adjacentes à pleura, ao longo dos septos de tecido conjuntivo lobular e nas margens dos lóbulos. Ocorre em locais adjacentes às áreas de fibrose, cicatrização ou atelectasia. o Intersticial: resulta de ferimentos traumáticos dos pulmões (elevação brusca da pressão alveolar causando rupturas). Pode levar a pneumotórax, pneumopericardio e pneumomediastino. Ex: doença da membrana hialina. Leva a enfisema subcutâneo (cianose), pode ocorrer estase venosa (colapso de vasos sanguíneos pulmonares) e pode interferir na mecânica respiratória. Obs.: a coqueluche pode dar enfisema intersticial pela quantidade de tosse (também pode dar enfisema vesicular) Ocorre efisema subcutâneo (causa cianose). Pode ocorrer estase venosa (colapso de vasos sanguíneos pulmonares-Dispnéia). Interferência na mecânica respiratória Etiopatogênese Do Enfisema: -Destruição das paredes alveolares; -Desequilíbrio entre proteases e antiproteases do pulmão; -Aumento das proteases (elastase); Antielastase (antitripsina alfa -1, A1 – AT); -A1 AT – codificada por genes do lócus PI (Inibidor de proteases) situado no cromossoma 14. -O mecanismo proposto para explicar o enfisema na deficiência de A1 AT (alfa-1-antitripsina) é a falta de proteção do tecido pulmonar contra enzimas proteolíticas (liberadas por neutrófilos, macrófagos Fernanda C. Schwab 66-A e bactérias). O desequilíbrio entre proteases e antiproteases do pulmão, devido ao aumento das proteases (elastase), é causado pela diminuição da antielastase (antitripsina alfa-1), codificada por genes PI no cromossomo 14. A diminuição da A1 –AT resulta em digestão da parede alveolar e broquiolar. -Neutrófilos são fonte importante de radicais livres que são inibidores antielastase. -Agentes antioxidantes – vitamina C, E – tem papel protetor - Infecções respiratórias, por aumentar o fluxo e produção das células do sistema imune, ou pela presença de bactérias, agravam o quadro de enfisema -O tabagismo e a inalação de poluentes causam um acúmulo constante de células inflamatórias, que liberam elastases e oxidantes, as quais destroem as paredes alveolares. Em indivíduos tabagistas, ocorre a Metaplasia escamosa que reduz o calibre do lúmen respiratório e, na expiração, ocorre um mecanismo de válvula, distendendo os sacos alveolares, gerando o enfisema. Classificação clínica do enfisema: ALVEOLAR: Agudo: *Generalizado – Asma brônquica; Bronquiolite aguda obliterante; Coqueluche *Localizado - “Enfisema Compensador ou vicariante”. Associado a broncopneumonia Crônico: *Primário ou genuíno menor elasticidade, mais difuso. Hipertrófico com obstrução dos brônquios terminais. Senil ou atrófico devido ao envelhecimento dos alvéolos. *Secundário Localizado (Mais ou menos extenso). Obstrução brônquica fibrose pulmonar (enfisema vicariante crônico). Bronquiolite Estenosante INTERSTICIAL: Ferimentos transfixantes do tórax. Elevação aguda da pressão nos alvéolos – explosões. Atelectasia devido a síndrome da angustia respiratória PNEUMOCONIOSES (DOENÇAS INFORTUNÍSTICAS) Pneumoconiose é uma doença pulmonar ocupacional com padrão restritivo causada pela inalação de poeiras (partículas) inorgânicas ou orgânicas (quando orgânica é chamada de bissinose), geralmente associada a trabalho em metalúrgicas, construtoras, mecânicas, pedreiras ou minas e etc. É parte do grupo das doenças intersticiais fibrosantes crônicas do pulmão A poluição urbana comum pode induzir a casos de asma e agravar bronquite tabágica, DPOC e doenças cardíacas prévias, mas não causa quadros clássicos de pneumoconiose. Antracose e siderossilicose “benigna”, geralmente assintomáticas, podem ser decorrentes de poluição urbana mais intensa Depende do tipo de poeira: o Antracose - poeira de carvão o Asbestose - poeira de asbesto/ amianto o Silicose ou "doença do esmeril" - poeira de sílica- costuma dar fibrose nodular o que gera um aspecto granulomatoso ao Raio X= faveolamento pulmonar= “favo de mel” o Fibrose de bauxita - poeira de bauxita o Beriliose - poeira de berílio o Siderose ou "pulmão de soldador" - poeira de ferro o Siderose + silicose: siderossilicose. Mais grave que a silicose.o Pneumonites de hipersensibilidade por poeiras orgânicas: Feno mofado (pulmão do fazendeiro), bagaço, excremento de pássaros e etc. o Bissinose - poeiras de algodão, linho e cânhamo (induz a quadro de asma) Fernanda C. Schwab 66-A PATOGENIA BÁSICA DAS PNEUMOCONIOSES: A partícula da sílica chega aos alvéolos, os macrófagos alveolares fagocitam a sílica e processa as partículas. - Nódulos (fibrose nodular hialina) vão substituindo os alvéolos (lembra bulbo de cebola). - É possível identificar os cristais com luz polarizada (na necropsia). Fica verde esmeralda. OBS.: A solubilidade e a citotoxicidade das partículas, as quais são influenciadas em um grau considerável por seu tamanho, modificam a resposta pulmonar. No geral, pequenas partículas compostas de substâncias nocivas de alta solubilidade podem produzir danos pulmonares mais rapidamente. Essas partículas causam, mais provavelmente, lesões pulmonares agudas. Partículas maiores provavelmente resistem à dissolução, e podem persistir dentro dos parênquimas pulmonares por anos. Essas tendem a provocar pneumoconioses colagenosas fibrosantes, como é característico da silicose FATORES DETERMINANTES PARA PNEUMOCONIOSES: o Intensidade e tempo de exposição (quantidade de poeira retida). Saturação do ar o Diâmetro da partícula inalada (de 1 a 5 µm) Partículas muito grandes ficam retidas no muco nasal, já as partículas muito pequenas são inaladas, mas vaporizam no interior do pulmão e, em seguida, são eliminadas. Logo, o problema são as partículas intermediárias. o Forma aerodinâmica e flutuação da partícula o Capacidade de “limpeza” das vias aéreas (movimento ciliar, produção de muco e fagocitose de partículas) o Propensão a reação inflamatória, de hipersensibilidade, inflamação granulomatosa e progressão para fibrose pulmonar o Associação com tabagismo SINAIS E SINTOMAS GERAIS: o Nos estágios iniciais pode não ter sintomas o Maior risco de câncer de pulmão e outras neoplasias do sistema respiratório (ex: asbestose e mesotelioma). Mesotelioma: é um tumor originado no mesotélio (epitélio que reveste as membranas serosas). Nesse caso, a asbestose favorece o desenvolvimento do mesotelioma na pleura. Tumor infrequente no restante da população o Tosse seca o Dificuldade para respirar (dispneia) o Baqueteamento digital- devido à falta de oxigênio nas extremidades e unha em vidro de relógio o Insuficiência respiratória o “Cor pulmonale” fibrose instituída no interstício causa hipertensão pulmonar e essa, por sua vez, culmina em cor pulmonale. Cor pulmonale: hipertrofia e dilatação do ventrículo direito (frequentemente acompanhadas de insuficiência cardíaca direita) causadas por hipertensão pulmonar resultante de distúrbios primários do parênquima pulmonar ou da vasculatura pulmonar. Fernanda C. Schwab 66-A DIAGNÓSTICO: o Radiografia do tórax pode mostrar uma característica heterogênea, com hipotransparências subpleurais, bibasilar infiltrados intersticiais ou pequenas radiolucencias císticas (faveolamento ou pulmão em “favo de mel”) o O grau das alterações depende do estágio e do tipo específico de Pneumoconiose. PNEUMOCONIOSE DOS MINERADORES DE CARVÃO: Geralmente benigna. Não predispõe à tuberculose ou câncer (exceto o carvão betuminoso usado para cozinhar). Varia desde antracose assintomática à fibrose progressiva maciça. -Espectro: o -ANTRACOSE: pouco sintomática. O pigmento de carbono é fagocitado por macrófagos alveolares ou intersticiais e se acumula nos septos conjuntivos, linfonodos e hilo pulmonar (aspecto de tatuagem). o -MÁCULAS DE CARVÃO: forma pequenos nódulos (1 a 2 mm), com leve fibrose intersticial, podendo evoluir para enfisema centrolobular. Agrava-se com o tabaco o -FIBROSE PULMONAR MACIÇA (10% dos casos. Mais grave): Densa fibrose, colagenização e acúmulo de pigmento (intensa exposição, porque esse quadro requer tempo para desenvolver). Uma vez instalada, continua piorando, mesmo que o indivíduo não se exponha mais à poeira. SILICOSE: Causada por inalação de sílica. É uma doença fibrosante, nodular, lentamente progressiva (décadas). É a mais prevalente no mundo. Predispõe à tuberculose e ao câncer (2 X). Afro descendentes são mais suscetíveis. Os cristais de sílica são fagocitados e ativam a resposta imune, levando a doença de forma insidiosa (10 a 30 anos) ou de forma acelerada (10 anos) ou de forma rápida (rara, depois de meses). Pode evoluir para fibrose maciça progressiva. À medida que ocorre a fibrose e substituição do interstício, causa um faveolamento pulmonar e perde-se a capacidade respiratória, o que resulta em um déficit de oxigenação. Ocorre o espessamento da pleura paquipleuris -Histologia: Nódulos fibróticos coalescentes em aspecto de “bulbo de cebola”, por vezes, acometendo linfonodos, com calcificações em “casca de ovo”. PNEUMOCONIOSE RELACIONADA AO ASBESTO: Pode causar diversas condições: Asbestose (fibrose intersticial pulmonar); Placas fibróticas pleurais localizadas ou difusas; Derrames pleurais recorrentes; Carcinoma; Mesotelioma (muito comum em indivíduos com abestose); predispõe a neoplasia de laringe, ovário e cólon; predispõe a autoimunidades e doenças cardiovasculares. Alguns de seus efeitos oncogênicos são mediados por radicais livres reativos gerados por fibras de asbestos, localizadas preferencialmente no pulmão distal, próximo às camadas mesoteliais. ASBESTOSE: É uma fibrose pulmonar intersticial difusa. Contém corpos de asbestos (bastões castanho- dourados com o centro translúcido, fusiformes). Começa com fibrose peri-bronquiolar e alveolar, formando traves fibróticas intersticiais, evoluindo para faveolamento (pulmão em favo de mel). É insidiosa (20 a 30 anos para desenvolver, raramente menos de 10 anos). Tende a evoluir para um mesotelioma tumor no mesotélio, não comum ao resto da população que se desenvolve encarcerando o pulmão e acomete toda a pleura, forma nódulos e possui áreas de espessamento muito grande, tumoriforme branco e brilhante. Não responde bem a quimioterapia e não há possibilidade de ressecção cirúrgica, logo, o tratamento é paliativo. OBS.: LINFANGENITE GRANULOMATOSA- relacionada ao asbesto SINDROME DE CAPLAN: pneumoconiose + artrite reumatóide + nódulos reumatóides pulmonares: Pneumoconiose (mais comumente por carvão) em combinação com múltiplos nódulos reumatóides pulmonares (artrite reumatóide). Apresenta nódulos semelhantes aos de artrite reumatoide no raio X do tórax, posteriormente concluiu-se que esses nódulos estão relacionados com as pneumoconioses em geral. -Aspecto microscópico: Nódulos reumatoides símiles com necrose fibrinóide e paliçada na periferia Fernanda C. Schwab 66-A NEOPLASIAS PULMONARES -CASO CLINICO: paciente de 60 anos, tabagista desde os 15, apresentando quadro clínico de dispneia grave e hemoptise. Rx de tórax: lesão irregular, central (perto do brônquio), em pulmão direito. Neoplasia? Paciente evolui com FMOS (falência múltipla de órgãos) e óbito. Resultados: câncer pulmonar central primário com metástase em quase todos os órgãos Atestado: caquexia neoplásica, metástase para fígado, coração, supra-renal, coração e calota craniana, carcinoma epidermoide de pulmão devido ao tabagismo crônico. OBS.: o principal órgão que é afetado pela metástase pelo câncer de pulmão é a glândula suprarrenal. Entretanto, a função dessa glândula é preservada. A OMS classifica 4 tipos histológicos principais, que estabelecem a diferença de condutas e prognósticos: carcinoma de pequenas células (1 tipo, muito mais agressivo,responde muito melhor à quimioterapia pois cresce mais rápido) vs carcinomas de não pequenas células (3 tipos). Pode haver mistura dos padrões histológicos, inclusive no próprio tumor. FATORES DE RISCO: o Tabagismo: principal fator de risco do CA pulmonar= Cigarro com filtro é mais perigoso, pois o filtro deixa a fumaça “mais leve”, fazendo com que ela penetre com maior facilidade nos pulmões. A passagem da fumaça do cigarro com os agentes cancerígenos pelo pulmão promove mudanças progressivas no epitélio até originar o câncer, que pode originar metaplasia escamosa. Tragar 2 ou mais maços por dia tem 30 vezes mais risco comparado ao não fumante. Metaplasia escamosa: é um sinal indicativo de defesa do organismo a algum estresse. Não é diagnóstico de câncer e sim um sinal de defesa. o Poluição ambiental: *Benzopireno (exaustão de motores de combustão interna); *Hidrocarbonetos e arsênico (combustão de carvão); * Níquel, ferro, zinco, chumbo (exposição em função de atividade profissional). o História familiar de CA pulmonar; o Fibrose pulmonar (pode desenvolver-se em áreas de fibrose pulmonar, como nas cicatrizes de tuberculose) PATOGÊNESE: -Carcinoma brônquico: forma mais comum de neoplasia do aparelho respiratório. Câncer originário do epitélio brônquico. -Carcinoma broncogênico: resultante de estímulos que lesam o DNA das células e levam a mutação espontânea que pode ocorrer nas linhas de células tronco dos pulmões. TUMORES PULMONARES: o Tumores pulmonares não neoplásicos o Neoplasias benignas pulmonares o Neoplasias malignas não carcinoma o Doenças da pleura o Carcinomas pulmonares (carcinoma é tumor maligno derivado de célula epitelial) CARCINOMA DE PULMÃO: Epidemiologia: alta letalidade, incidência aumenta a cada ano; diferença entre homens e mulheres; 35-75 anos; brasil é o líder em mortalidade por câncer; diferença de conduta e prognostico; pequenas células (mais agressivo mas responde mais a quimioterapia) x não pequenas células; 16% de sobrevida média em 5 anos; é Fernanda C. Schwab 66-A uma doença do homem moderno; 3 vezes mais letal do que o câncer de próstata e 2 vezes do de mama; cigarro é associado de 80-90% dos casos (15 cigarros=1 mutação) Fatores de risco: cigarro; FTA- fumaça de tabaco ambiental; evidencia estatística do cigarro como fatos de risco: dos 87% dos tabagistas só 11% desenvolvem o carcinoma; evidencias clinicas: alterações histológicas- metaplasias escamosas, displasias (alteração pre cancerígena), alteração da p53 (encaminha as células mutadas para apoptose); radiação ionizante; urânio; poluição do ar; genética; histórico familiar; asbesto/amianto OBS.: a bronquite crônica tem relação direta com o câncer de pulmão. O enfisema não tem relação direta, mas está relacionado com o tabagismo. OBS.: adianta parar de fumar depois de anos fumando? Sim! Melhora a sobrevida, menos efeitos colaterais da quimioterapia, altera a toxicidade da quimioterapia, melhora a qualidade de vida. OBS.: Bupropiona- ansiolítico e antidepressivo. Vareniclina (análogo da nicotina) serve como auxilio para a pessoa parar de fumar Tipos histológicos: o ADENOCARCINOMA: - É um tumor epitelial maligno invasivo com diferenciação glandular ou produção de mucina pelas células tumorais. o Mais frequente e mais frequente em mulheres o Mais associado aos não-tabagistas o Maioria dos casos é periférico (mais perto da pleura) com retração pleural e dor pleurítica o Caracteriza-se pela formação glandular o Aspecto infiltrativo com glândulas e células atípicas o TTF1 positivo- imuno citoquimica. Realiza-se em lesões secundarias para identificar o local da lesão primária o Possui lesões pré-cancerigenas: Hiperplasia adenomatosa atípica; Adenocarcinoma “in situ”= menor que 3 cm, sem invasão o Subtipos: acinar; papilíferos; mucossecretor e o lepídico (não forma massa única, ele atapeta as vias aéreas e simula pneumonia. Mais difícil de diagnosticar) o CARCINOMA EPIDERMÓIDE (CEC): - Carcinomas de células escamosas frequentemente são precedidos por metaplasia escamosa ou displasia do epitélio brônquico, que então se transforma em um carcinoma in situ, uma fase que pode durar vários anos (sequência displasia-neoplasia definida). o Mais comum dos homens e mais associado ao tabagismo o Localização central no pulmão o Crescimento mais lento e melhor prognostico (respondem bem à quimio e à radioterapia) o Bem moderado e pouco diferenciado o Metástase para linfonodos regionais o Dificilmente metástase hematogênico o CEC- carcinoma espino celular/ de células escamosas/ epidermoide o Nódulo branco e firmes – perolas córneas o Causa obstrução brônquica o Manifestações: emagrecimento, tosse, febre baixa, hemoptise, pode atingir o mediastino e pode dar derrame serohemorrágico. Derrame serohemorrágico: consequência de câncer ou de tuberculose. Qualquer câncer pode dar derrame serohemorrágico. Para diferenciar se o derrame foi ocasionado por tumores ou por tuberculose, realizar uma punção do líquido e pesquisar a presença de células neoplásicas. o Citologia: lavado broncoalveolar, detecção de células atípicas (queratinizadas, formando pérolas córneas). Fernanda C. Schwab 66-A o CARCINOMA DE PEQUENAS CÉLULAS: - Tumor altamente maligno com uma forte relação com o tabagismo. Podem surgir nos brônquios principais ou na periferia do pulmão. Não há fases pré-invasivas conhecidas o Grande associação com tabagismo o Localização mais central de forma peribronquica o É o pior de todos pois é o mais metastático e dissemina ao diagnostico o Mais associado com síndromes paraneoplásicas o Aspecto neuroendócrino o Quimioterapia diferente e mais agressiva o “oat cell” – carcinoma de grãos de aveia o Imunocitoquimica- marcadores neuroendócrinos: cromogranina; sinaptofisina; enolase; CD56 e LEU7 o Manifestações: tosse, perda de peso, dor torácica, dispneia, hemoptise. o Comumente esse tumor é descoberto pela disseminação secundária durante a investigação de uma neoplasia suspeita primária ou metastática em outra localização. Prognóstico reservado o CARCINOMA DE GRANDES CÉLULAS o Mais raro o Muito agressivo por ser muito indiferenciado o Localização periférica o Grandes massas com necrose o Anaplasia acentuada MANIFESTAÇÕES CLINICAS GERAIS: -Sintomas gerais: tosse, perda de peso, dor toracixca, dispneia o TUMORES CENTRAIS: Iniciam com espessamento da mucosa que se torna verrucosa e friável; Pode crescer para luz ou para o parênquima; Tosse seca e poucos sintomas; Obstrução: se parcial causa enfisema e se total causa colapso. Tumor que cresce em um dos brônquios principais ou lobares. Produz tosse precocemente, por irritação de zonas tussígenas. Sinais e sintomas: dor torácica, escarros hemópticos (com raias de sangue), dispneia e pneumonite (brônquio). É facilmente visualizado à broncoscopia, antes do raio X. Alterações: retenção de secreção brônquica, atelectasia pela oclusão do brônquio. o TUMORES PERIFERICOS: Sintomas surgem quando atingem a pleura; Dor e derrame pleural; Sintomas tardios: invasão de costelas e coluna. Progride desapercebido, na dependência das estruturas vizinhas serem invadidas. -TUMOR DE PANCOAST: tumores localizados no ápice pulmonar em geral no sulco pulmonar superior. Invasão do plexo simpático cervical. Mais comum no adenocarcinoma -SINDROME DE HORNER: (paralisia óculo-simpática) enoftalmia, ptose, miose e anidrose devido a invasão do plexo simpático cervical ipsilateral. Pode ser causada pelo tumor de pancoast. -SINDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR o Patologias secundarias: Os carcinomas pulmonares têm efeitos locais que podem causar várias alterações patológicas nos pulmões distalmente ao ponto do envolvimento brônquico= Enfisema, atelectasia, bronquiectasia, bronquite supurativa, síndromeda veia cava superior, síndrome de horner, rouquidão o Síndromes paraneoplasicas: reações hormonais semelhantes às realizadas pelos hormônios elaborados: ADH- secreção inapropriada gera hiponatremia, peptídeo atrial natriurético; ACTH- síndrome de Cushing; Paratormônio- hipercalcemia; Fernanda C. Schwab 66-A Calcitoninca- hipocalcemia; Gonadotrofia- ginecomastia; Serotonina e bradicinina- Síndrome carcinoide; Síndrome miastenica de Eaton-lambert- afeta a junção neuromuscular, levando a fraqueza muscular proximal Acantose nigricans- pele grossa e enegressida o Metástases: disseminação distal do carcinoma. São, mais frequentemente, hematogênicas, mas podem ser linfáticas. Se disseminam para: linfonodos, adrenal, fígado, osso e cérebro Sintomas: cefaleia, vomito, náusea, déficit neurológica, fraturas, citopenias, hepatomegalia... OBS.: importante lembrar das metástases PARA o pulmão que são mais comuns que o tumor primário. O pulmão pe o sítio mais comum de doença metastática DIAGNOSTICO: história clínica, exames de imagem (RX, RNM, TC). o Para tumores centrais: broncoscopia, lavado e biopsia o Para tumores periféricos: biopsia a céu aberto TRATAMENTO: quimioterapia- evita crescimento sistêmico, radioterapia- evita crescimento local e cirurgia (quando lesões localizadas). Terapias alvo: dependem da análise genética dos tumores (P53, KRAS, EGFR, fusão EMLY-ALK, MET) ESTADIAMENTO: realizado após o diagnóstico histopatológico. Avalia a extensão da doença, a seleção da terapia e o prognóstico. Baseia-se: Na condição do tumor primário (T), no envolvimento de linfonodos basais e regionais (N) e na presença de metástases (M). INFLAMAÇÕES PULMONARES – PNEUMONIAS Se instalam pela inalação do agente infecioso, seja ele vírus ou bactéria. VÍRUS infecção de pneumócitos tipo 1 lesão alveolar pneumonia intersticial -Normalmente as infecções virais tem melhor prognóstico - Os fatores que favorecem à infecção por vírus são: extremos de idade, desnutrição, alcoolismo e doenças debilitantes de base. - Esses vírus têm tropismos que permitem que eles se fixem e entrem nas células de revestimento respiratório. A replicação viral e expressão de genes levam às alterações citopáticas, induzindo à morte celular e inflamação secundária. OBS.: Os danos e prejuízos resultantes das defesas pulmonares locais, como a eliminação mucociliar, podem predispor a superinfecções bacterianas, que geralmente são mais sérias que as próprias infecções virais. OBS.: tratamento de um paciente com pneumonia viral é paliativo, pois se recomenda repouso, boa alimentação e hidratação e não se faz necessário uso de antiviral. Entretanto, deve-se observar a evolução do quadro clínico, uma vez que a doença pode favorecer uma pneumonia bacteriana. BACTÉRIA PIOGÊNICA resposta inflamatória aguda a bactéria lesão alveolar não necessária pneumonia intraveolar (broncopneumonia) - Boa parte das bactérias que causam infecções pulmonares coabitam o trato respiratório superior, ou seja, pneumonia causada por essas bactérias pode ocorrer sempre que os mecanismos de defesa locais estiverem prejudicados ou quando a resistência sistêmica do hospedeiro estiver diminuída. Fernanda C. Schwab 66-A CLASSIFICAÇÃO DAS PNEUMONIAS: Pneumonia inespecífica: Aquelas em que o processo inflamatório ocorre sempre da mesma forma, ou seja, com presença de dilatação vascular e infiltrado de células inflamatórias. Geralmente agudas o Pneumonia lobar (pneumococcia) - infecção primaria o Pneumonia lobular (broncopneumonia) - infecção secundária o Pneumonia intersticial Pneumonia especificas (granulomatosas): geralmente crônicas. Forma-se um granuloma (uma estrutura organizada e vinculada ao linfócito T a fim de garantir a defesa do organismo). Áreas de colapso alternadas com áreas de enfisema o Tuberculose o Criptococose (torulose) o Paracoccidioidomicose (BSA) o Histoplasmose o Toxoplasmose o Sífilis o Outros fungos oportunistas (“bola fúngica”- aspergilose) o Esquistossomose o Sarcoidose- doença de exclusão -PNEUMONIAS INESPECÍFICAS- PNEUMONIA LOBAR/ PNEUMOCOCCICA -Infecção aguda de início rápido -Qualquer faixa etária -Infecta indivíduos aparentemente sadios -Febre alta, tosse e expectoração -Prostração severa -Elevada taxa de mortalidade -Acometimento lobar (um ou mais lobos) - acomete, majoritariamente, o lobo médio ou inferior do lado direito -Condensação difusa do lobo por ocupação do alvéolo (e não destruição) -Condições que favorecem a pneumonia lobar: virose, alcoolismo, estresse acentuado -Fases: 1. Ingurgitamento (Congestão): Já apresenta sintomas. Fase marcada por vasodilatação, depleção de hemácias e células inflamatórias. Aspecto avermelhado, pulmão pesado e encharcado; 2. Hepatização vermelha: a hemácia sai do sangue e vai para os alvéolos. Lembra um tecido hepático (perde o aspecto algodoado, pois está repleto de liquido e secreção), exsudação maciça com a presença de neutrófilos, hemácias e fibrina ocupando o alvéolo; 3. Hepatização cinzenta: hemácia foi degradada por células inflamatórias e fica pigmento de hemossiderina (confere coloração cinzenta ao pulmão), exsudato fibrinossupurativo; 4. Resolução: chegada de macrófagos para potencializar a defesa, a fim de retirar tudo o que está ocupando o alvéolo= exsudato no interior dos espaços alveolares é quebrado por digestão enzimática. O indivíduo deve tomar antibióticos e fluidificantes. -Complicações: *Organização do exsudato ou pneumonia organizante (carnificação pulmonar) = costuma ocorrer num espaço de 2 a 3 semanas após o início do evento (manifestações clinicas). Quando o pneumococo está ativo e violento, ou seja, tem-se uma bactéria agressiva versus uma defesa ineficiente. O parênquima do lobo pulmonar vai sendo substituído por fibrose. Essa complicação comumente provoca um espessamento da pleura visceral e da pleura parietal e, por conseguinte, aderência entre elas naquele local, o que pode desencadear outros problemas. Fernanda C. Schwab 66-A *Empiema (pleurite purulenta persistente) = complica com colapso compressivo / necessita de drenagem torácica – mais frequente em crianças *Abscesso pulmonar = cavidade neoformada dentro do pulmão contendo pus. Caso os abcessos sejam formados sem outras complicações associadas, o paciente de início estará aparentemente saudável, entretanto, episódios futuros de pico febril, dor torácica estranha ou alguma outra queixa indicarão a existência do abcesso, o qual será confirmado através do RX de tórax e drenado na vigência de antibioticoterapia. *Pericardite, endocardite bacteriana aguda= a ectasia vascular na vigência do quadro inflamatório possibilita a evasão da bactéria através da corrente sanguínea. *Meningite purulenta (convexidade dos hemisférios cerebrais) *Septicemia comumente fatal BRONCOPNEUMONIA LOBULAR/ BRONCOPNEUMONIA -Consolidações inflamatórias irregulares, esparsas em distribuição, geralmente a manifestação é secundaria a outra doença ou infecção, sendo o agente/ agentes etiológicos os mais variados possíveis biológicos e não biológicos -Microorganismos mais comuns são: pneumococos, estreptococus, bacilo de influenza, estafilococos. -Rara em pessoas adultas sadias e comum em imunodeprimidos -Frequente em crianças e idosos, em doentes crônicos de várias etiologias (cardiopatias, cancerosos, diabéticos, asmáticos), em doenças com queda abrupta do sistema imunológico (HIV). -Desnutriçãobroncopneumoniagastroenteritedesidrataçãoóbito -Tipos de broncopneumonia: o Hipostática ou terminal - indivíduo acamado sem cuidados fisioterapêuticos adequados, o sangue circula mais lentamente, imunidade fica debilitada o Aspirativa (corpo estranho / alimento) - corpo estranho ou alimento, refluxo gastroesofágico o Pós-operatóriao Supurativa (purulenta) o Química -Características importantes: Envolver ambos lobos pulmonares de maneira focal; Lobos inferiores e porções posteriores são mais envolvidos; Diversidade de agente causador Obs. Broncopneumonia confluente, pode simular pneumonia lobar. O que condiciona o caráter focal é a menor virulência do agente etiológico e sua ação em pulmão de resistência diminuída. Rara na pessoa adulta sadia. -Fisiopatologia da pneumonia lobular: Perda ou supressão do reflexo da tosse como o resultado de coma, anestesia, distúrbio neuromuscular, medicamentos, ou dor torácicaDano do aparelho mucociliarInterferência com ação fagocitica bacteriana dos macrófagos alveolaresCongestão pulmonar e edema em cardiopatas crônicos Acumulo de secreções em condições como fibrose cística, asma brônquica, obstrução bronquial Fernanda C. Schwab 66-A PNEUMONIA INTERSTICIAL -A inflamação se processa predominantemente no interstício. -Comumente tem bom prognóstico -Agentes mais frequentes envolvidos são: vírus (CMV, Herps simples, sarampo, varicela, adenovirus...), alguns protozoarios / toxoplasmose, psitacose (chlamydia psittaci), mycoplasma (pneumonia atípica) -Pneumocistose carini= neumonia plamocitaria, mais comum em pacientes HIV+. Prognóstico reservado. É a mais grave das pneumonias intersticiais, causada por uma estrutura fúngica pequena que inicialmente foi confundida com protozoário. Tratamento com drogas antifúngicas, mas com baixa taxa de sobrevida. PNEUMONIA POR LEGIOBELLA Pode ser apresentar comumente sob dois aspectos: o Broncopneumonia com grandes áreas confluentes por vezes com epidemia podendo evoluir de maneira grave e muitas vezes com êxito letal ou mostrar organização fibrosa. o Febre de Pontiac, com sintomas respiratórios leves e anormalidades radiológicas e bom prognóstico. Tem ocorrido epidemias em prédios comerciais e a doença acomete pessoas aparentemente saudáveis (pneumonia comunitária) PNEUMONIA BACTERIANA -Pneumonia adquirida na comunidade, surge fora do hospital em pessoas sem distúrbio primário do sistema imune -Pneumonia hospitalar, infecção disseminada por organismo no ambiente hospitalar, a pacientes particularmente susceptíveis -Pneumonia oportunista aflige pessoas com estado imune comprometido por qualquer motivo -PNEUMONIAS ESPECÍFICAS- TUBERCULOSE PULMONAR -Doença inflamatória infecto-contagiosa produzida por micobacteria (bacilo de koch) – identificada pelas colorações para BAAR (ziehl neelsen) -O órgão mais frequentemente comprometido é o pulmão, entretanto existem formas mais disseminadas (rins, ossos, trompas, pele) - Manifesta-se com febre baixa, sudorese noturna, emagrecimento, tosse persistente. -Tipos de tuberculose: -TB primaria ou primo infecção tuberculosa – a cura se dá em grande parte dos pacientes que mantiveram contato com pessoas portadoras do bacilo. Nódulo de Gohn é o bacilo ocupando linfonodos próximos aos pulmões, principalmente no hilo do pulmão. O complexo primário de Gohn é o bacilo na região hilar com ausência da doença -Tuberculose miliar - forma disseminativa, comum em crianças desnutridas e em indivíduos imunologicamente comprometidos -Tuberculose secundaria (cavernosa)- “doença dos boêmios” -Complicações da tuberculose: -De ordem local pulmonar: Disseminação intrapulmonar; Caverna residual / bola fungica; Bronquiectasias; Hemoptise; Fibrose pulmonar extensa e bronquiectasias -De ordem sistêmica: Meningite tuberculosa; Esterilidade por comprometimento tubário; Mal de Pott (tuberculose óssea da infância com deformidade da coluna vertebral) CRIPTOCOCOSE (torulose) -Doença fúngica de caráter oportunista, que compromete pessoas com baixa imunidade. (HIV, Diabéticos descompensados, tratamento quimioterápico para câncer, indivíduos transplantados) Fernanda C. Schwab 66-A -Tem como características do fungo ser eliminado através de fezes de pássaros em especial pombos e menos frequentemente em outros animais como morcegos. -O órgão inicialmente envolvido é o pulmão devido a aspiração fúngica com lesões no parênquima pulmonar e grande tropismo para o sistema nervoso central, onde as doenças agravam muito o quadro do paciente. -É uma doença granulomatosa. Pode ser em focos isolados no pulmão ou pode ser um crescimento expansivo, como um nódulo (chamado erroneamente de criptococoma, mas não é uma neoplasia). - Quando faz uma punção lombar, cora o líquor com tinta nanquim. É uma boa forma de se identificar o criptococos. PARACOCCIDIOIDOMICOSE (BSA) -Doença fúngica cujo o agente causador é o Aleurisma brasilienses -Fungo que existe como saprófito no meio rural -Pode acometer pessoas aparentemente sadias ou indivíduos imuno-deprimidos -O fungo tem tamanho variado indo de 2 micra até aproximadamente 20 a 40 micras -Se reproduz por exoesporulação e a forma caracteriza histológica tem aspecto em “roda de leme” ou em “cabeça de mickey” formato patognomônico para essa doença. Corado por impregnação pela prata -As lesões orais e pulmonares costumam ser quase que concomitantes -Nos pulmões costumam formar nódulos diversos indo do hilo para periferia configurando aspecto radiológico em “asa de borboleta” poupando ápice e base pulmonares -Pode ter outras formas de manifestações: cerebral, meníngea, óssea, linfática, intestinal, hepática, cutânea -Estomatite amoriforme de Aguiar Pupo: envolvimento oral da doença (lesões na cavidade oral). HISTOPLASMOSE -Doença fúngica causada pelo Histoplasma capsulatum, geralmente de pequenas dimensões (cerca de 2 micras) e exibe uma capsula reforçada que confere o nome ao fungo. -Como os demais fungos se corar através do PAS, impregnação pela prata (método) de Grocott e outros corantes -O fungo é encontrado em fezes de animais e o mais incriminado é o morcego. Daí alguns cientistas que exploram cavernas adquirirem a doença. (Mal das cavernas/ maldição das cavernas) -Costuma existir com frequência em indivíduos imunossuprimidos (HIV, transplantados, quimioterapia) -Como a via de inalação é a mais importante, os pulmões costumam ser os primeiros órgãos a apresentar a doença. - Diagnóstico diferencial: leishmaniose (não cora pela prata). TOXOPLASMOSE PULMONAR -Doença inflamatória causada pelo Toxplasma gondii / protozoário comumente encontrado em fezes de roedores e outros animais com atenção especial para as fezes dos gatos, -Manifestação pulmonar do tipo pneumonite intersticial -Tendência a disseminação da doença e o sistema nervoso central é órgão alvo bem como o globo ocular (toxoplamose congênita) -Tetrade sintomatica de Sabin: microcefalia, corioretinite, calcificações cerebrais e retardo mental em criança. -Pode se manifestar em adultos como doença localizada ou disseminada em imuno deprimidos SÍFILIS -Pode dar pneumonia alba como forma de infecção pulmonar Fernanda C. Schwab 66-A OUTROS FUNGOS (BOLA FÚNGICA- CAVERNA TUBERCULOSA) - A caverna tuberculosa pode ficar vazia depois do tratamento (caverna residual), porém outros fungos do meio ambiente podem ocupa-la. Um fungo que faz isso com frequência é o Aspergillus fumigatus. Quando forma um tumor, é chamado de aspergiloma. HE e PAS permitem visualização do fungo. ESQUISTOSSOMOSE PULMONAR - Favorecida pelo saneamento básico ruim, não drenagem de lagoas, etc. - Os ovos da cercaria são depositados no plexo venoso hemorroidário. Têm uma espícula lateral característica e com isso podem sair desse plexo e ir para outras regiões do corpo. SARCOIDOSE -Relativamente rara e não se sabe a causa. Classificada como doença imunológica. - É um diagnóstico de exclusão. - A necrose é do tipo fibrinóide (de doença imunológica)= fibrose pulmonar - Granuloma sarcoide: fibrose ao redor, histiocítico, não tem coroa linfocitária. - Acometimento linfonodal. Pode ter envolvimentoda retina o e os ossos curtos da mão - Tratamento com corticoide. OBS.: DOENÇAS ESPECÍFICAS PULMONARES: conclusão: *Cursam comumente com granulomas *Fibrose extensa pulmonar *Bronquiectasias *Áreas de colapso alternadas com áreas de enfisema *Resultam em uma doença grave chamada cor pulmonale crônico. - Fibrose pulmonar -> Hipertensão da artéria pulmonar -> hipertrofia do ventrículo direito -> exaustão. PATOLOGIA CARDIACA INTRODUÇÃO -Objetivos: conceituar cardiopatias congênitas e saber sua incidência, quais são as meias frequentes e os fatores de risco; revisar anatomia básica do coração e fluxo do sangue; estudo com imagens das cardiopatias mais comuns e suas consequências hemodinâmicas e reconhecer principais doenças genéticas associadas as cardiopatias congênitas > CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: CONCEITO: doença caracterizada pelo desenvolvimento anormal do coração e/ou grandes vasos da base, presentes com crescimento. Admite-se que seja a anomalia congênita mais comum. ETIOLOGIA: anormalidades genéticas esporádicas são as causas conhecidas principais das cardiopatias congênitas. Acompanhadas de mutações monogênicas, fatores de transcrição interagem com grandes complexos proteicos OBS.: O coração já está completamente formado na 8ª semana de gestação, ou seja, ocorre no período inicial da embriogênese, sendo fator de risco para o desenvolvimento de cardiopatias congênitas o uso de determinados medicamentos e substancias químicas FATORES DE RISCO: podem estar associados à mãe ou ser próprio do filho. Da mãe: histórico familiar de cardiopatia congênita, doença metabólica materna (ex.: fenilcetonuria), exposição a agentes teratógenos (ex.: rubéola, diabetes, lúpus, alcoolismo, ácido retinóico). Do feto: anomalias cromossômicas, quaisquer malformações aparentes ao nascimento, hidropsia fetal não imune, arritmia cardíaca. - Como reconhecer? Cianose, síndrome da insuficiência cardíaca, sopro cardíaco isolado, arritmias. Com o auxílio de exames complementares: Exame físico e oxímetro de pulso; raio x de tórax – para avaliar Fernanda C. Schwab 66-A congestão pulmonar; eletrocardiograma – para avaliar se existe hipertrofia de ventrículo esquerdo ou direito; ecocardiograma INCIDÊNCIA: * 15- 30% das cardiopatias congênitas isoladas estão associadas a anomalias cromossômicas * Se um filho é acometido, o próximo tem 5% de chance de apresentar a doença, mas não necessariamente a mesma cardiopatia. *Mais da metade das cardiopatias congênitas são passiveis de correção cirúrgica. *Maioria tem outras anomalias extra cardíacas, especialmente aqueles com cromossomopatias (50-70%). *Cerca de 1% dos nascidos vivos apresenta cardiopatia, mas é mais frequente em natimortos e prematuros *Incompatíveis x compatíveis com a vida extra-utero OBS.: o aumento da resolução dos métodos diagnósticos como o ecocardiograma com doppler e RNM- aumenta o índice de diagnostico OBS.: De todas as anomalias que existem, 12 delas são as principais e correspondem a 85% dos casos ANATOMIA BÁSICA DO CORAÇÃO: OBS.: circulação fetal: O feto não tem o sangue 100% oxigenado por não possuir troca gasosa com o ambiente e apresentar shunts em seu fluxo sanguíneo. Fernanda C. Schwab 66-A CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CARDIOPATIAS Cardiopatias são divididas em 3 grupos: as que fazem shunt da esquerda para direita (possui como manifestação clinica a insuficiência cardíaca e edema pulmonar), as que fazem shunts da direita para esquerda (manifestação clínica: cianose), as que não fazem shunts/ obstrutivas (coarctação da aorta) o Acianótica (ed): sobrecarga de volume (CIV, CIA, DSAV e PCA) e sobrecarga de pressão (estenose pulmonar, aórtica e coarctação aórtica) o Cianóticas (de): aumento do volume pulmonar (TGV) e diminuição do volume pulmonar (T4F). OBS.: o que determina que a direção do fluxo do shunt é a pressão exercida sobre os vasos. OBS.: Cianose: coloração azulada de pele e mucosas. Aparece quando a hemoglobina desoxigenada aumenta na circulação. Pode ser periférica ou central. Mais frequente em cardiopatias direita-esquerda, porém se uma cardiopatia da esquerda para direita não por tratada adequadamente, pode ter cianose. *Em geral a taquipnéia evolui para uma dispneia associada a uma taquicardia. Também apresenta diminuição do ganho de peso, irritabilidade e edemas periféricos. Frequentes em todas as cardiopatias. -Fluxo entre shunt ED: - Aumento de sangue indo para o ventrículo esquerdo. - A partir do momento de nasce, a resistência pulmonar cai. - Aumenta o fluxo pelo shunt. - Aumenta o volume de sangue no pulmão. - Edema pulmonar. - Diminui complacência pulmonar. - Aumenta trabalho respiratório (taquipneia e insuficiência respiratória). Fisiopatologia: resistência pulmonar cai após nascimento, aumenta o fluxo pelo shunt, aumenta o volume de sangue no pulmão, causa edema pulmonar que diminui a complacência pulmonar e aumenta o trabalho respiratório (taquipneia) MANIFESTAÇÕES CLINICAS: cianose, síndrome de insuficiência cardíaca, sopro cardíaco isolado, arritimia, irritabilidade, edema periférico, diminuição ou ganho de peso. 40 a 50% já aparecem na primeira semana. 50 a 60% no primeiro mês. EXAMES COMPLEMENTARES: Primeiro deve definir se a cardiopatia é cianótica ou acianótica. - Exame físico e oxímetro de pulso. - Raio X de tórax para ver se tem congestão pulmonar. -Eletrocardiograma e ecocardiograma -CARDIOPATIAS CONGÊNITAS ACIANÓTICAS- CIV: COMUNICAÇÃO INTER VENTRICULAR: -Defeito no septo ventricular que permite a livre comunicação do sangue entre os ventrículos esquerdo e direito, -Shunt ED. Acianótica -Cardiopatia congênita mais comum, seja isolada ou em associação com outra. -Hipertrofia do ventrículo -20-30% isolados, maioria em associação com outras patologias -Os defeitos no septo podem ser de 3 tipos: infundibular, membranoso ou muscular (“queijo suíço) -Fisiopatologia: Sopro continuo pansistólico; -Aumento do retorno venoso para o átrio esquerdo; Tamanho da CIV (0,5 cm) e resistência vascular: determinam a direção e a intensidade do fluxo; Sobrecarga de pressão do ventrículo direito aumenta e leva a ICC (insuficiência cardíaca congestiva devido ao retorno do fluxo). Geralmente se a CIV é grande; -A resistência pulmonar aumenta e progressivamente com a vasculopatia pulmonar, levando a reversão do shunt (Síndrome de Eisenmenger= quando o aumento da resistência pulmonar – devido a hipertrofia e fibrose com Fernanda C. Schwab 66-A diminuição da luz dos vasos pulmonares – atinge o nível que permite que a pressão do lado direito- o ventrículo direito também se hipertrofia- do coração seja maior e aí o sangue passa da ED) -Complicações: depende do tamanho da CIV; ICC; Síndrome de Eisenmenger (5 a 10 anos); embolia paradoxal (o fluxo no shunt é turbilhonado e lesa a parede endotelial dos vasos, o que forma trombos. Se o trombo se soltar, forma um êmbolo) -Microscopia: No corte histológico corado com H.E., observa-se uma hipertrofia da artéria pulmonar com um estreitamento da luz, isso caracteriza a hipertensão pulmonar e o aumento da resistência pulmonar OBS.: fecha-se espontaneamente até os 3 anos de idade e 50% dos casos, principalmente se for uma CIV pequena CIA: COMUNICAÇÃO INTER-ATRIAL: - É uma abertura anormal, fixa no septo atrial, causada pela formação tecidual incompleta, que permite a comunicação de sangue entre os átrios esquerdo e direito. Isso é diferente de forame oval patente. -Shunt ED. Acianótica -Hiperfluxo pulmonar discreto -Cardiopatia congênita comumente diagnosticada no adulto -Tipos: secundum (60-90%); primum (5-10%); seio venoso (5%); seio coronário -Fisiopatologia: o Recém nascido- parede do ventrículo direito mais muscular e menos complacente,resistência pulmonar ainda alta o 3-4 anos: resistência pulmonar reduz- início dos sintomas o Aumento de AD e VD o A resistência pulmonar aumenta lenta e progressivamente com a cardiopatia pulmonar, levando à reversão do shunt (Síndrome de Eisenmenger- mais tardia, na idade adulta). -Complicações: o Dependem do tamanho da CIA o Insuficiência cardíaca congestiva o Pode evoluir para Síndrome de Eisenmenger CAVC: CANAL ATRIOVENTRICULAR COMUM: - É um óstio na AV único com fusão das valvas átrio-ventriculares, forma-se uma fenda valvar. -Shunt ED. Acianótica -CC mais comum em Síndrome de Down -Óstio AV único com fusão das valvas átrio-ventriculares -Fenda valvar -Hiperfluxo pulmonar -Exige correção rápida, diferente da CIA e da CIV -Fisiopatogenia: o O shunt ED se dá pelo defeito septal atrial e ventricular com sobrecarga de volume em AD, VD e AP. o Regurgitação mitral sobrecarrega VE. o ICC com hiperfluxo pulmonar manifestando-se no primeiro ano de vida PCA: PERSISTENCIA DO CANAL ARTERIAL: -O canal arterial se origina da artéria pulmonar e se junta à aorta imediatamente distal à origem da artéria subclávia esquerda. Durante a vida intrauterina, ele permite o fluxo sanguíneo da artéria pulmonar para a aorta, desviando assim dos pulmões não oxigenados. Logo após o nascimento, em lactentes saudáveis a Fernanda C. Schwab 66-A termo, o canal arterial se contrai e é fechado funcionalmente após 1 a 2 dias; isso ocorre em resposta à oxigenação arterial aumentada, à resistência vascular pulmonar reduzida -Shunt ED. Acianótico -É muito comum em associação com outras cardiopatias -Isolada em 90% dos casos -Sopro em maquinaria -Dilatação atrial esquerda -O canal arterial é necessário na vida embrionária -Ocorre uma dilatação da artéria pulmonar -Fisiopatologia: o O shunt ED se dá pelo canal arterial. Em prematuros: não fecha por imaturidade e por hipóxia pulmonar. Em a termos: defeito na camada endotelial e muscular -Tratamento: Indução do fechamento com indometacina (inibidor da síntese de PGE) OBS.: é “bom” manter aberto em tetralogia de fallout e em sobreposição dos grandes vasos, pois pode ser a única passagem de sangue para a artéria pulmonar -Complicações: dependem do tamanho do PCA e da idade gestacional; ICC nos prematuros agravando a hipóxia e retardando o fechamento do canal; S. de Eisenmenger; aneurisma de canal -CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CIANÓTICAS- TETRALOGIA DE FALLOUT: -Shunt DE. Cianótica -Cardiopatia congênita cianótica mais comum -4 Alterações necessárias: Estenose da valva pulmonar, hipertrofia de VD, CIV, cavalgamento da aorta sobre a CIV OBS.: quando a estenose é pequena, o indivíduo fica rosa e não cianótico= Fallout rosa. -Fisiopatologia: o Cianose decorrente do shunt D E, tanto mais precoce quanto maior for o grau de estenose pulmonar (entre 3 a 6 meses). A obstrução mais grave da via de saída do ventrículo direito, as pressões do lado direito se aproximam ou excedem as pressões do lado esquerdo, e o shunt da direita para a esquerda se desenvolve, produzindo cianose o Fallout rosa- estenose pulmonar leve o Hipertrofia de VD com sobrecarga pressórica sistêmica Fernanda C. Schwab 66-A o Não ocorre vasculopatias arterial pulmonar (se a estenose for leve, pode ter vasculopatia; se ela for grave, não terá vasculopatia). o Posição de cócoras, baqueteamento dos dedos e cianose preférica o No raio-x, vê-se uma trama vascular pequena e o coração fica mais horizontalizado, caracterizando a hipertrofia do VD. TRANSPOSIÇÃO COMPLETA DOS GRANDES VASOS DA BASE: -Shunt DE. Cianótica -Conexão ventrículo-atrial discordante (VD- aorta; VE- art pulmonar A aorta origina-se do ventrículo direito e permanece anterior, enquanto a artéria pulmonar está relativamente posterior e origina-se do ventrículo esquerdo -Taquipneia precoce -Involução tímica (diminuição do timo devido à hipóxia, ainda intraútero). -Muito grave! -Fisiopatologia: o Cianose decorrente da conexão ventrículo-arterial discordante. Conexão AV estão normais o Cianose se agrava com o fechamento do canal arterial o É preciso, portanto, manter alguma conexão através do forame oval (RASHKIND) ou pelo canal atrial o Ocorre a separação da circulação pulmonar e sistêmica o Incompatível com a vida a não ser que haja um shunt – CIA, CIV, forame oval atente ou PCA o Prognostico depende do grau de mistura do sangue o Hipertrofia de VD o Separação da circulação pulmonar e sistêmica o Incompatível contra a vida a não ser que haja um shunt o Prognostico depende do grau de mistura do sangue - CARDIOPATIA CONGÊNITA OBSTRUTIVA - COARCTAÇÃO DA AORTA: -Estreitamento da parede da Aorta -É uma cardiopatia restritiva -Cianótica -Não forma shunt -Pode ser: o Pré-ductal: sintomática precoce pelo estreitamento do istimo aórtico e PCA (persistência do canal arterial) o Pós- ductal: manifestação tardia na adolescência ou adultos jovens, pela hipertensão arterial e diferença de PA entre Membro superior e membro inferior -Sopro turbulento -Tratamento cirúrgico: retira-se o segmento coarctado da aorta - É visível no eco-doppler pelo turbilhonamento de sangue e na cintilografia. -DOENÇAS GENETICAS ASSOCIADAS AS CARDIOPATIAS CONGÊNITAS- Síndrome de Down. Trissomia do 21: o Deficiência mental, língua protrusa, hipotonia (em 100% dos pacientes). o Alargamento do pescoço, estenose de intestino delgado, predisposição de ter leucemia, pode ter microcefalia, doenças auditivas, prega palmar única, fissuras palpebrais. o Cardiopatias congênitas (as principais são CIV e CAVC) em 50% dos casos. Sindrome de Turner. Monossomia do X: o Coarctação da aorta (pré-ductal), CIV, válvula aórtica bicuspede, hipoplasia de câmaras cardíacas esquerdas, prolapso de válvula mitral o Ocorre alargamento do pescoço, rebaixamento das orelhas, estatura reduzida, puberdade precoce, rotação dos braços, pigmentação da pele diferente, linfedema. Fernanda C. Schwab 66-A Sindrome de Edwards. Trissomia do 18: o CIA, VIC, coarctação da aorta, válvula aórtica e pulmonar bicúspide, dupla via de saída de VD, hipoplasia de câmaras esquerdas o Micrognatia (queixo pequeno), orelhas implantadas mais abaixo, sobreposição de dedos, alterações/má formações nos rins, frouxidão dos músculos abdominais, afastamento do dedão do pé, alongamento do osso frontal, alargamento do pescoço. Síndrome de Patau. Trissomia do 13: o CIV, CIA, CAVC, coarctação da aorta, válvula aórtica e pulmonar bicuspedes, dupla via de saída de VD, hipoplasia de câmaras esquerdas e sobreposição dos grandes vasos o Alteção de rim; microftalmia ou olho unico, microcefalia, fenda labial e palatina, polidactilia, hérnia umbilical, rotação dos pés, siringodactilia (junção de dedos). OBS.: CARDIOMIOPATIA HIPERTROFICA -Doença genética com clínica heterogênica -Hipertrofia ventricular direita e esquerda, sem outras doenças -Diagnostico e localização pelo ECO -Patologia: o Fibrose o Hipertrofia o Desarranjo das fibras= A comunicação entre as fibras do miocárdio está prejudicada, sendo causa de arritmia. -Assintomático até a morte súbita -Histórico familiar positiva de sincope -Mais frequente em atletas TUMORES CARDIACOS: -Primários são raríssimos, sendo 90% desses são benignos -Metastáticos (5% dos pacientes com câncer disseminado) -Mixoma, mais comum: - Mixoma atrial: *90% atrial. *Tumor benigno. *A maioria ocorre do lado esquerdo. *Podem ser fixos ou flexíveis. *Efeito: “bola de ferro de guindaste de demolição”. *Complexo de Carney (CNC) – pode ser definido como uma forma de neoplasia endócrina múltipla familial associada a alteração de pigmentação cutânea e de mucosa. Alteração autossômica dominante. *Tratado cirurgicamente. *Microscopia: células estreladas