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Crosta terrestre, questões ambientais e extrativismo mineral

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Crosta terrestre, questões ambientais e extrativismo mineral
6º ano págs. 213 a 219
Professor Bruno Alves
Crosta terrestre: fragmentos e movimentos
Com a movimentação das placas tectônicas, há três tipos de limites: convergente, divergente e transformante. Observe as ilustrações a seguir.
Mapa das placas tectônicas
Crosta terrestre: fragmentos e movimentos
Quando duas placas tectônicas se afastam, ocorre o limite divergente, originando um novo oceano, como o oceano Atlântico. A Dorsal Mesoatlântica (no mapa “Placas tectônicas” está representada como uma linha contínua vermelha) provoca o afastamento da América do Sul da África. 
Nessas áreas, as atividades vulcânicas e sísmicas são frequentes. Se as placas se confrontam, ocorre o limite convergente, originando modificações nas duas placas. Esse limite pode ocorrer entre uma placa continental e uma oceânica, a mais densa (oceânica) é empurrada por baixo da outra (continental), formando uma zona de subducção, sendo reabsorvida pelo manto. 
Na placa continental ocorre dobramento e, assim, a formação de um sistema montanhoso. Como exemplo desse tipo de limite, temos a Cordilheira dos Andes, na placa continental Sul-Americana, onde a Placa de Nazca é reabsorvida pelo manto. Nessa área, o vulcanismo e as atividades sísmicas são frequentes.
Pode ocorrer o confronto de duas placas continentais, originando um sistema montanhoso por meio do enrugamento das rochas. É o caso da Cordilheira do Himalaia, resultando do confronto da Placa Indiana com a Euro-Asiática.
Duas placas tectônicas podem estar “encostadas” e se movimentarem lateralmente, caracterizando assim o limite transformante, mas uma não se afasta da outra e não se chocam. A Falha de San Andreas é um exemplo desse tipo de limite, em que a Placa Norte-Americana desliza lateralmente em relação à Placa do Pacífico. Nas áreas onde ocorre esse tipo de limite os terremotos são muito frequentes.
Crosta terrestre: minerais e rochas
A crosta terrestre, apesar de fragmentada, é sólida e composta de minerais e rochas. Os minerais são formados por meio de uma composição química definida (a maioria sólida), com características próprias. Os diferentes processos físicos e químicos de formação são naturais e ocorrem na crosta terrestre.
Quando um mineral possui valor econômico e possibilita sua exploração, é chamado de minério e a atividade de exploração, mineração.
Crosta terrestre: minerais e rochas
Os minerais possuem propriedades específicas, como dureza, cor, clivagem (tendência em quebrar ao longo de um plano), peso específico, entre outras. O diamante, por exemplo, é o mineral de maior dureza existente, sendo utilizado para cortar outros objetos, como o vidro.
 A mica possui a clivagem mais perfeita, pois se separa em camadas finas com a pressão da nossa unha.
Já as rochas são constituídas de dois ou mais minerais. Mas nem todos os minerais compõem as rochas, apenas um pequeno grupo, como quartzo, feldspato, mica, entre outros.
As rochas são classificadas quanto a origem e característica minerais, em três tipos: magmáticas ou ígneas, sedimentares e metamórficas.
Crosta terrestre: minerais e rochas
As rochas magmáticas ou ígneas se formam por meio do resfriamento do magma. Se o resfriamento ocorrer na superfície terrestre, são denominadas de magmáticas vulcânicas ou extrusivas. Nesse caso, o resfriamento é mais rápido, pois a diferença de temperatura do magma e da atmosfera é significativa. Assim, os minerais não podem ser identificados a olho nu, como é o caso do basalto. Observe as imagens a seguir.
Crosta terrestre: minerais e rochas
Se o resfriamento ocorrer no interior da crosta terrestre, são chamadas de magmáticas plutônicas ou intrusivas. O resfriamento é mais lento e, consequentemente, os minerais que compõem a rocha podem ser identificados a olho nu. Observe as imagens a seguir.
As rochas sedimentares se formam pela consolidação de sedimentos depositados e que se originaram do desprendimento de outras rochas, além de materiais orgânicos. São exemplos o arenito e o calcário.
Observe a imagem a seguir.
As rochas metamórficas se formam por meio de transformações que ocorrem na composição mineral de rochas preexistentes (ígneas, sedimentares ou metamórficas). Essas transformações ocorrem no estado sólido, devido à temperatura e à pressão interna, sem que a rocha passe por fusão (isto é, seja derretida). São exemplos o mármore, o gnaisse, as ardósias, os quartzitos, entre outras.
Vulcanismo e terremotos
Vulcanismo e terremotos
O vulcanismo e os terremotos são classificados como agentes endógenos (internos) que podem formar ou modificar as formas de relevo.
Vulcanismo é um fenômeno geológico que está caracterizado pela expansão, resfriamento e consolidação do magma, tanto na superfície terrestre quanto no interior da crosta. Esse fenômeno forma os vulcões que caracterizam uma estrutura vulcânica.
A ilustração retrata uma estrutura vulcânica, composta dos seguintes elementos:
•Cratera: boca do vulcão. Quando a abertura for maior que um quilômetro, chama-se caldeira;
•Conduto (chaminé): canal por onde a lava transborda, pois interliga a câmara magmática e a cratera;
•Cone: elevação formada por materiais de origem vulcânica que se acumulam;
•Câmara magmática: é a fonte do material de origem vulcânica;
•Produtos vulcânicos: lava, gases e vapor-d’água.
Vulcanismo e terremotos
A localização dos vulcões está relacionada à tectônica de placas, principalmente nos limites divergentes e convergentes do encontro de placas. Estudos estimam que haja em torno de 10 mil vulcões, sendo que estão mais concentrados no Círculo de Fogo do Pacífico.
O vulcanismo origina também os gêiseres, pois à medida que a lava vai se resfriando a água subterrânea será aquecida. 
Quando atinge a temperatura próxima de 100°C, jorra para fora da crosta terrestre. Observe a imagem ao lado.
Os terremotos ou abalos sísmicos se caracterizam por movimentos naturais que se originam no interior da crosta terrestre e se propagam por meio de vibrações. São detectados de forma indireta, por meio de instrumentos específicos como o sismógrafo, e também de forma direta.
A ilustração apresenta os elementos que compõem um abalo sísmico.
Vulcanismo e terremotos
•Hipocentro: ou foco. Local onde o terremoto se origina.
•Epicentro: local da superfície onde o tremor é mais forte (onde é liberada maior quantidade de energia).
•Ondas sísmicas: vibrações que se propagam pelo interior da crosta terrestre. São detectadas pelos sismógrafos e registradas no sismograma. A origem pode ser devido ao movimento das placas tectônicas, devido às atividades vulcânicas ou por colapso de estruturas rochosas. 
Os abalos sísmicos são analisados conforme a magnitude e a intensidade. A magnitude está relacionada à quantidade de energia liberada no hipocentro. A escala Richter, que vai de 1 a 10 graus, com intervalos dez vezes maiores entre um e outros graus, indica a magnitude de cada terremoto. 
A intensidade de um terremoto é apresentada por meio da escala de Mercalli (composta de 12 graus) e se caracteriza por ser informação qualitativa, pois indica as consequências que o tremor provoca. 
Os abalos sísmicos estão concentrados em determinadas áreas, chamadas de sismogências, como no Círculo de Fogo do Pacífico, no cinturão sinuoso (dos Açores até o Sudeste Asiático, passando pelo norte da África) e nos sistemas mundiais de cadeias oceânicas (dorsais oceânicas).
O extrativismo mineral é uma das atividades que mais origina impactos negativos, tanto para o ambiente quanto para a população. 
Os impactos negativos estão relacionados, principalmente, às alterações do relevo e à contaminação por uso de material tóxico (por exemplo, uso de mercúrio para a extração de ouro).
Os recursos minerais são de extrema importância para as sociedades, pois estão inseridos nas atividades econômicas, tanto direta quanto indiretamente, estando presentes na geração de energia, na construção civil, nas indústrias e no setor comercial e de prestaçãode serviços, principalmente.
A extração mineral afeta, principalmente, a alteração nas formas do relevo. Nem todas as empresas mineradoras elaboram e praticam programas de recuperação ambiental após a finalização da atividade. 
Observe a imagem, a exploração de cobre e ouro na mina de Ok Tedi, em Papua-Nova Guiné, é utilizada como exemplo de alteração do relevo e de contaminação ambiental devido à deposição de resíduos despejados sem tratamento no rio, prejudicando o ambiente, a fauna, a flora e a população.
Obrigado pela atenção!
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