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Renaturalização Urbana: O Rewilding

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LISTA INTELIGENTE
PORTUGUÊS 
U F P R
Crase
TEXTO BASE 1
Leia atentamente o texto abaixo.
Quanto mais selvagem, melhor
Metrópoles estão trocando parques e jardins por “matas” onde
vegetação cresce vontade. É o rewilding, conceito que protege
o meio ambiente e agrada aos olhos.
Milhões de moradores de Barcelona, como de boa parte do
mundo, passaram meses trancados em casa no ano passado,
em lockdown rigoroso por causa da pandemia. Ao saírem,
tiveram uma surpresa. Sem humanos por perto, os pássaros e
pequenos roedores tomaram conta dos parques, onde plantas e
flores puderam crescer e desabrochar vontade.
A população de borboletas duplicou e a biodiversidade local deu
um salto de 28%. impressionante explosão ecológica promoveu
uma virada de consciência: antes resistentes ampliação dos
santuários silvestres, temendo volta de bichos indesejáveis, os
barcelonenses passaram a apoiar ideia e a prefeitura já pôs
várias iniciativas do gênero em andamento. A experiência catalã
de rewilding, como é chamada a recuperação de biomas mais
selvagens (wild, em inglês), vem se repetindo em diversas
metrópoles, como uma forma natural, simpática e inclusiva de
preservar o fustigado meio ambiente.
Visto como o que de mais moderno em urbanismo, o rewilding
pretende redefinir o conceito de área verde: saem os jardins
impecáveis e gramados bem aparados, entra vegetação natural
da região, que cresce sem poda, irrigação nem pesticidas,
permitindo que o ecossistema encontre seu equilíbrio. Em
pouco tempo, insetos, pássaros, peixes e outros animais
retornam ao hábitat, criando um vigoroso ciclo de
biodiversidade. Em Barcelona, a prefeitura plantou árvores ao
longo de ruas e avenidas, criando corredores verdes para os
animais se locomoverem. Além disso, uma área de 780 000
metros quadrados de espaço subaproveitado, como
estacionamentos, está sendo transformada em mata, onde
funcionários de parques espalham colmeias e abrigos para
pássaros e morcegos.
Revista Veja. Edição 2765. n.46, p. 70, novembro 2021.
Adaptado.
• lockdown - confinamento
• rewilding - renaturalizar
FepeseQUESTÃO 1
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 1
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do
texto.
A a / a / a / À / à / a / a / à / a 
B à / à / à / A / a / à / à / à / à 
C à / a / à / À / a / à / a / há / à 
D a / a / a / A / à / a / a / há / a 
E a / à / à / A / à / a / a / há / a
TEXTO BASE 2
Texto
Eu sei, mas não devia 
 Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
 A gente se acostuma a morar em apartamentos de 
fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E,
porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de
todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se
acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se
acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
 A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado
porque está na hora. A tomar o café correndo porque está
atrasado. A ler o jornal no ônibus 
porque não pode perder o tempo da viagem. À comer
sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho
porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A
deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
 A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E,
aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para
os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas
negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de
paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa
duração.
 A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no
telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem
receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava
tanto ser visto.
 A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de
que necessita. E a lutar para ganhar O dinheiro com que pagar.
E a ganhar menos do que 
precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as
coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar
mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que
pagar nas filas em que se cobra.
 A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir
as revistas e ver anúncios. À ligar a televisão e assistir a
comerciais. A ir ao cinema e engolir 
publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado
na infindável catarata dos produtos.
 A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar
condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro
tremor. Ao choque que os olhos levam 
na luz natural. As bactérias da água potável. À contaminação da
água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir
passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia
dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
 A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em
doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor
aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está
cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o
pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés
e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se
consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana
não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica
satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
 A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para
preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas,
sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para
poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que
aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde
de si mesma.
COLASANTI, M. Eu sei, mas não devia. Jornal do Brasil, 19/2.
EAMQUESTÃO 2
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 2
Assinale a opção cuja crase se justifica, respectivamente, pelo
mesmo caso empregado em “E, à medida que se acostuma,
esquece o sol [...] (2º§) e “A gente se acostuma à poluição.”
(8º§).
A À proporção que íamos caminhando, chegávamos à casa
da Vovô.
B Vá à Bahia no próximo final de semana e fique à espera de
minha resposta.
C Por que disseste à Beatriz que foste até à farmácia ontem?
D Entreguei todo meu dinheiro à sua mãe às pressas.
E Estamos à procura da felicidade constantemente. Refiro-me
à felicidade plena.
TEXTO BASE 3
TEXTO
Sobrecarga de atividades atinge alunos e docentes e expõe
lacunas do ensino remoto
 A estudante Ohanna Sanna, 18, relata que 
teve dificuldade para se adaptar ____ essa rotina de 
estudos. “No começo, para cada matéria, os professo
res estavam colocando três ou quatro atividades 
[5] para entregar na semana. Em alguns casos, a gente
nem tinha três, quatro aulas com aquele professor”,
reclama ____ estudante.
 Aluna do terceiro ano do ensino médio, ela conta
que, após reclamações dos alunos, a coordenadora 
[10] da escola definiu junto aos professores uma redução
na carga de trabalhos.
 Como aluno do ensino médio e do técnico, 
Guilherme de Oliveira Silva, 17, estava acostumado 
____ estudar em dois períodos e ainda reservar um 
[15]tempo para se preparar para os vestibulares.
“Como os professores estão passando mais
atividades como forma de avaliação, eu não tive 
tempo ainda de pegar os livros para estudar para o 
vestibular”, diz o aluno. “Isso está me preocupando 
[20] bastante. Estou considerando como um ano perdido”,
acrescenta o jovem, que pretende prestar o Enem e
os vestibulares da Fuvest, da Unicamp e da Unesp.
Fragmento adaptado de: https://bit.ly/3gpjFo6. Acesso em: 23
ago. 2020.
PUC-RSQUESTÃO 3
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 3
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente,
as lacunas do texto.
A à – a – à 
B à – à – à 
C a – à – à 
D a – a – a
UVVQUESTÃO 4
Começam ___ cair uns pingos de chuva. Tão leves e raros que
nem ___ borboletas ainda perceberam, e continuam ___
pousar, ___ tontas, de jasmim em jasmim. As pedras estão
muito quentes, e cada gota que cai logo se evapora. Os
meninos olham para o céu cinzento, estendem ___mão - vão
fazer outra coisa.
Excerto do texto de Cecília Meireles - Chuvas com lembranças.
Assinale a alternativa que preenche, corretamente, a lacuna da
frase:
A à / às / a / às / a.
B à / as / à / às / a.
C a / as / a / às / a.
D a / às / a / às / a.
E a / às / a / às / à.
TEXTO BASE 4
O que nos torna pouco competitivos?
Renato Rozental
Lamentar a morte de mais de meio milhão de brasileiros por
covid-19 é pouco. Esta é uma discussão de resposta muito
clara, 
quase óbvia. Se tivéssemos capacidade interna, poderíamos ter
suprido parte das necessidades do mercado e reduzido o 
impacto da pandemia no sistema de saúde em tempo hábil. O
quadro de calamidade é resultado de décadas de políticas de 
incentivo ___ mera reprodução em vez de estímulo ___
capacitação profissional e ao domínio do processo produtivo.
[5] Começar reproduzindo (‘copiando’) não é um problema.
Basta lembrar da história do nylon, fibra têxtil sintética
patenteada
pela empresa norte-americana DuPont em 1935 e usada para
provocar a indústria japonesa e fazê-la exportar menos seda. A
resposta japonesa foi contundente e imediata: ‘copiar’ o
processo de manufatura e produzir nylon 6 meses após a
desfeita.
Atualmente, a China domina o mercado mundial de nylon,
seguida por Estados Unidos, Japão e Tigres Asiáticos. Os
chineses
perceberam que, na era tecnológica, “o caminho mais curto
para crescer é apostar em três frentes: inovação, inovação e
[10] inovação”.
Nesse contexto, pergunto: qual é o perfil da nossa indústria
farmacêutica? Produzimos genéricos… até hoje. Mas a política 
de ‘genéricos’ tem como fragilidade o fato de incluir apenas
medicamentos cujas patentes já tenham expirado. O problema
do 
conhecimento tecnológico insuficiente e a dificuldade do nosso
país em evoluir de ‘copiar’ para ‘inovar’ precisa ser tratado com 
prioridade e sem demagogia para romper o ciclo vicioso da
dependência tecnológica e trazer um diferencial competitivo.
[15] O projeto de cranioplastia, reparo craniano extenso, pode
ilustrar tanto a inovação estimulada pela demanda como os
entraves burocráticos ao desenvolvimento do produto. Pelo lado
clínico, ___ cirurgias de reconstrução do crânio após remoção
da calota craniana envolvem um alto custo, incluindo a malha
de titânio e porcelanato usada atualmente, totalizando um gasto
entre R$ 120 mil e R$ 200 mil por paciente, o que torna sua
realização no Sistema Único de Saúde (SUS) economicamente
inviável. A cranioplastia faz-se necessária não somente por
razões estéticas – o que, por si só, já justificaria o procedimento
–,
[20] mas também para assegurar que o cérebro do paciente
fique mais protegido e com melhor irrigação sanguínea,
resultando em 
melhoras cognitivas e comportamentais e facilitando ___
reintrodução do indivíduo na sociedade. No momento,
infelizmente, a 
implantação de próteses cranianas é realizada pelo SUS
somente mediante doação ou após sentença judicial,
considerando 
que o paciente corre risco de vida.
 Nossa equipe desenvolveu uma solução utilizando uma
prótese de polimetilmetacrilato (PMMA) confeccionada durante
o 
[25] período da cirurgia, com resultados semelhantes e até
superiores aos das próteses de titânio e porcelanato
disponíveis, mas 
com custo cerca de 20 vezes menor que o praticado no
mercado, tornando o tratamento, em teoria, viável e acessível à
rede 
SUS. Estamos confiantes nos resultados das próteses feitas de
PMMA, na análise dos custos e na adequabilidade do produto 
para o mercado.
 A ciência translacional não é algo que possa se embutir no
sistema por decreto. Grandes organizações, públicas e
privadas, 
[30] estão amarradas nas suas próprias burocracias, o que
dificulta o processo criativo e de inovação. No contexto da
inovação em
saúde, precisamos inserir formas de gestão flexíveis, ágeis, que
envolvam tomadas de decisão descentralizadas, permitindo a
responsabilização de todos os atores envolvidos, de modo a
ampliar os espaços de criatividade e de ousadia na busca e na
implementação de soluções. O que não dá para aceitar é
continuar ___ andar com o ‘freio de mão puxado’ e na
contramão do
desenvolvimento sustentável.
[35] Por fim, a dicotomia entre público e privado já deveria ter
sido ultrapassada. A saúde é direito de todos e dever do
Estado.
Quem trabalha com inovação quer ver o produto funcionando
no mercado global. Certa vez, em 1995, tive a oportunidade de
ouvir de Eric Kandel (Universidade Columbia), Rodolfo Llinás
(Universidade de Nova York) e Torsten Wiesel (Universidade
Rockfeller) uma previsão sobre o cenário de concessões nos
Institutos Nacionais da Saúde (NIH) em 2015-2020: “quem não
desenvolvesse uma ‘pílula’ para a sociedade como resultado do
seu projeto de pesquisa estaria fora do pool”. Tal visão está se
[40] tornando uma realidade global. Pessoalmente, acredito que
um dos compromissos mais preciosos que temos com a nossa
população é o de proporcionar hoje, e não amanhã, uma
solução para que todos possam ser atendidos a tempo e
desfrutem
de boa qualidade de vida.
(ROZENTAL, Renato.O que nos torna pouco competitivos?
[Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde. Fundação
Oswaldo Cruz e Instituto de Ciências Biomédicas. Universidade
Federal do Rio de Janeiro]. Matéria publicada em Ciência Hoje
de 20 de agosto de 2021. Disponível em:
https://cienciahoje.org.br/artigo/o-que-nos-torna-pouco-
competitivos/. Acesso em 18 de setembro de 2021). Texto
adaptado para esta prova.
UPFQUESTÃO 5
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 4
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas
das linhas 4, 16, 21 e 33, nessa ordem.
A à – à – às – a – a. 
B à – à – às – à – a. 
C a – a – as – à – à.
D à – à – as – a – a.
E a – a – as – à – a.
UFRRQUESTÃO 6
O poema Corpo-África foi publicado no portal da literatura afro-
brasileira – LITERAFRO - em setembro de 2021, em cujo tema
assim se lia: RESISTIR/EXISTIR: a poesia afro-brasileira nos
Cadernos Negros 39, um poema contemporâneo que é
construído por meio da força criadora da linguagem figurada
como um desabafo do eu-lírico, em que 2 mundos em conflito
estão apartados pelo racismo. Há um jogo de algumas
metonímias cuja maior expressão está resumida em seu título
Corpo-África. Em vários versos, percebemos as partes do corpo
sendo mencionadas como representantes desse todo que seria
a identidade africana sendo negada e silenciada pelo racismo
estrutural da sociedade ou, então, partes do outro corpo
adversário, causadores do sofrimento do eulírico.
Nesse contexto, considere as alternativas a seguir e assinale a
que apresenta o uso CORRETO da crase.
A Há a demonstração que devemos ser contrários àqueles
que defendem o preconceito racial.
B Há particularidades de vivência à ser vinculada ao mundo
africano.
C A representação do navio negreiro leva à pensar em
pessoas que têm seu mundo compartilhado com outros.
D A implementação de uma concepção de inferiorização cria
uma alusão à crimes com perdão.
E O corpo intensifica à uma comunhão de forças e de raças.
UFRGSQUESTÃO 7
 ........ me perguntam: quantas palavras 
uma pessoa sabe? Essa é uma pergunta 
importante, principalmente para quem ensina 
línguas estrangeiras. Seria muito útil para 
[5] quem planeja um curso de francês ou japonês
ter uma estimativa de quantas palavras um
nativo conhece; e quantas os alunos precisam
aprender para usar a língua com certa
facilidade. Essas informações seriam preciosas
[10] para quem está preparando um manual que
inclua, entre outras coisas, um planejamento
cuidadoso da introdução gradual de vocabulário.
 À parte isso, a pergunta tem seu 
interesse próprio. Uma língua não é apenas 
[15] composta de palavras: ela inclui também regras
gramaticais e um mundo de outros elementos
que também precisam ser dominados. Mas as
palavras são particularmente numerosas, e é
notável como qualquer pessoa, instruída ou
[20] não, ........ acesso a esse acervo imenso de 
informação com facilidade e rapidez. Assim, 
perguntar quantas palavras uma pessoa sabe 
é parte do problema geral de o que é queuma pessoa tem em sua mente e que ........ 
[25] permite usar a língua, falando e entendendo.
Antes de mais nada, porém, o que é uma
palavra? Ora, alguém vai dizer, “todo mundo
sabe o que é uma palavra”. Mas não é bem
assim. Considere a palavra olho. É muito claro
[30] que isso aí é uma palavra – mas será que
olhos é a mesma palavra (só que no plural)?
Ou será outra palavra?
 Bom, há razões para responder das duas 
maneiras: é a mesma palavra, porque significa a 
[35] mesma coisa (mas com a ideia de plural); e é
outra palavra, porque se pronuncia diferentemente
(olhos tem um “s” final que olho não tem, além
da diferença de timbre das vogais tônicas).
Entretanto, a razão principal por que julgamos
[40] que olho e olhos sejam a mesma palavra é
que a relação entre elas é extremamente
regular; ou seja, vale não apenas para esse
par, mas para milhares de outros pares de
elementos da língua: olho/olhos, orelha/orelhas,
[45] gato/gatos, etc. E, semanticamente, a relação
é a mesma em todos os pares: a forma sem
“s” denota um objeto só, a forma com “s”
denota mais de um objeto. Daí se tira uma
consequência importante: não é preciso aprender
[50] e guardar permanentemente na memória
cada caso individual; aprendemos uma regra
geral (“faz-se o plural acrescentando um “s” ao
singular”), e estamos prontos.
Adaptado de: PERINI, Mário A. Semântica lexical. ReVEL, v. 11,
n. 20, 2013.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas
das linhas 01, 20 e 24, nessa ordem.
A Às vezes – têm – lhe 
B Às vezes – tem – lhe 
C As vezes – têm – o
D Às vezes – tem – o
E As vezes – têm – lhe
TEXTO BASE 5
Instrução: A questão referem-se ao texto abaixo
 Esse delírio que por aí vai pelo futebol ........ seus 
fundamentos na própria natureza humana. O 
espetáculo da luta sempre foi o maior encanto do 
homem; e o prazer da vitória, pessoal ou do partido, 
[5] foi, é e será a ambrosia dos deuses manipulada na
Terra. Admiramos hoje os grandes filósofos gregos,
Platão, Sócrates, Aristóteles; seus coevos, porém,
admiravam muito mais os atletas que venciam no
estádio. Milon de Crotona, campeão na arte de
[10] torcer pescoços de touros, só para nós tem menos
importância que seu mestre Pitágoras. Para os
gregos, para a massa popular grega, seria
inconcebível a ideia de que o filósofo pudesse no
futuro ofuscar a glória do lutador.
[15] Na França, o homem hoje mais popular é George
Carpentier, mestre em socos de primeira classe; e,
se derem nas massas um balanço sincero, verão
que ele sobrepuja em prestígio aos próprios chefes
supremos vencedores da guerra.
[20] Nos Estados Unidos, há sempre um campeão de
boxe tão entranhado na idolatria do povo que está
em suas mãos subverter o regime político.
 E os delírios coletivos provocados pelo combate 
de dois campeões em campo? Impossível assistir-se 
[25] a espetáculo mais revelador da alma humana que
os jogos de futebol.
 Não é mais esporte, é guerra. Não se batem 
duas equipes, mas dois povos, duas nações. 
Durante o tempo da luta, de quarenta a cinquenta 
[30] mil pessoas deliram em transe, estáticas, na ponta
dos pés, coração aos pulos e nervos tensos como
cordas de viola. Conforme corre o jogo, ........ 
pausas de silêncio absoluto na multidão suspensa, 
ou deflagrações violentíssimas de entusiasmo, que 
[35] só a palavra delírio classifica. E gente pacífica,
bondosa, incapaz de sentimentos exaltados, sai fora
de si, torna-se capaz de cometer os mais horrorosos
desatinos.
 A luta de vinte e duas feras no campo transforma 
[40] em feras os cinquenta mil espectadores,
possibilitando um enfraquecimento mútuo, num
conflito horrendo, caso um incidente qualquer funda
em corisco, ....... eletricidades psíquicas 
acumuladas em cada indivíduo. 
[45] O jogo de futebol teve a honra de despertar o
nosso povo do marasmo de nervos em que vivia.
Adaptado de LOBATO, Monteiro. A onda verde. São Paulo:
Globo, 2008. p. 119-120.
UFRGSQUESTÃO 8
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 5
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas
das linhas 01, 32 e 43, nessa ordem.
A tem – haverá – as.
B têm – houveram – as.
C tem – haverão – as.
D tem – haverá – às.
E têm – houveram – às.
TEXTO BASE 6
O texto a seguir é referência para a questão.
Os tatuís e o antropoceno
 Você está em 2043. Cinco anos atrás, a civilização entrou em
colapso. Metade da humanidade foi dizimada por epidemias,
inundações, vazamentos em reatores nucleares, guerra civil. Os
estados nacionais estão falidos. Não há mais elefantes, nem
girafas, nem onças, nem centenas de outras espécies. A
internet é lenta e deficiente, quase não funciona. Não há mais
viagens aéreas. A comida é pouca e sempre a mesma. As
usinas elétricas pararam de funcionar. A eletricidade é
conseguida em pequena escala, com painéis solares.
 Um dia, uma velhinha é assaltada por um jovem que rouba
seus painéis solares. E aí começa o seguinte diálogo:
 “Você faria isso com seus parentes?”
 “Meus parentes morreram todos. E tiveram uma vida melhor
que a minha. Você também teve. Sua eletricidade, seu carro,
seu conforto... Vocês viveram bem _____ beça. Chegou _____
hora de pagar a conta. Você começa a pagar hoje. É como se
eu fosse um oficial de justiça, sacou?”
 “Mas não fui eu, pessoalmente, quem sujou o mundo. Foi o
sistema. E é muito difícil mudar o sistema”.
 “Então! É a mesma coisa. Não sou eu, pessoalmente, quem
está roubando você. É o sistema. E é muito difícil mudar o
sistema”
 Essa cena está no romance The bone clocks, do escritor
inglês David Mitchell, publicado em 2014. Ela me causou
pesadelos durante algumas semanas, e continua me
assombrando.
 Trabalhei na área de meio ambiente durante alguns anos, e
não foram poucos os relatórios, livros e artigos científicos que li
sobre as catástrofes ecológicas contemporâneas e a
devastação tão característica da nossa época. Mas nenhum
desses documentos me deixou marcas tão profundas quanto o
trecho que citei acima. Isso me fez pensar, mais uma vez, no
potencial inigualável da literatura para evocar uma realidade.
Talvez por isso a antropóloga Donna Haraway tenha sugerido
que antropoceno não é uma palavra adequada para dar conta
do terror da era em que vivemos. Em seu lugar, ela propôs o
termo cthuluceno, em homenagem ao monstro apocalíptico
criado pelo escritor H. P. Lovecraft.
 Voltei a pensar no livro do David Mitchell ao esbarrar com uma
fotografia que tirei na praia de Ipanema, anos atrás. Nela, meu
filho de cinco anos segura um solitário tatuí na palma de sua
mão. Era a primeira vez que ele via o pequeno crustáceo que
eu encontrava aos milhares quando tinha a idade dele e
frequentava _____ mesma praia. Naquele dia, passamos mais
de uma hora caminhando na beira do mar _____ procura de
outros tatuís, mas não achamos mais nenhum. Desde então,
nunca mais vimos um tatuí.
 O tatuí (Emerita brasiliensis), para quem nunca viu um, é (ou
era) um bicho característico do litoral atlântico sulamericano,
mais ou menos desde o Espírito Santo até o estuário do rio da
Prata. Tem uns três ou quatro centímetros de comprimento e
dizem que é muito saboroso (nunca provei, para mim seria
como comer um animal doméstico). É uma espécie muito
sensível _____ variações no ambiente e, por isso, tem sido
usada como bioindicador, ou seja, como ferramenta para
monitorar o estado do ecossistema em que vive. Fatores como
aumento da poluição marinha e elevação da temperatura da
água afetam rapidamente o comportamento, as características
físicas e o ciclo de vida dos tatuís.
 Uma vez li em algum lugar que, quanto mais calor no
ambiente, mais rápido bate o pequeno coração do tatuí e,
portanto, menor é o seu tempo de vida. Não sei se isso é
verdade, mas não deixa de ser uma maneira tristemente poética
de dar conta do desaparecimento dos tatuís das praias
cariocas.
 Em 2043, terei setenta e um anos. É difícil não me identificar
com a velhinha da história. Mais difícil ainda acreditar que, no
mundo de 2043, ainda existirão elefantes, girafas, onças e
tatuís.
 Bom, pelo menos nos restará o consolode saber que não
fomos nós, pessoalmente, que criamos esse mundo. Foi o...
sistema.
(Gustavo Pacheco, diplomata e antropólogo. Disponível em:
<https://epoca.globo.com/gustavo-pacheco/os-tatuis-
oantropoceno-23031237>.)
UPQUESTÃO 9
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 6
Assinale a alternativa que preenche corretamente as
lacunas desse texto.
A à – à – a – a – às. 
B a – a – à – à – as.
C a – à – a – a – às. 
D a – a – à – a – as. 
E à – a – a – à – às.
TEXTO BASE 7
O texto a seguir é referência para a questão.
 Butão e Costa Rica disputam atualmente o título mundial de
felicidade. Nos anos 30, o troféu coube ____ Ilhas Salomão,
onde os antropólogos mostraram que havia liberdade com os
costumes sexuais e compreensão para com a educação das
crianças. Na Idade Média os paraísos medievais eram feitos de
comida abundante e segurança, assim como as utopias
modernas giraram em torno da liberdade e da igualdade. As
variações de conteúdo sugerem uma constante: a felicidade é
composta do que nos falta, mais exatamente, da relação com o
que nos falta. Se entre nós e o que nos falta está o trabalho,
temos uma relação com ____ felicidade. Se entre nós e o que
nos falta está o amor, eis que a felicidade muda de figura. Se
nos falta dinheiro, poder ou fama, ali estará a substância da
felicidade.
 A felicidade depende da teoria da transformação que
carregamos conosco. Se entre nós e o que nos falta existe
apenas e tão somente uma imagem, a transformação dessa
imagem será o processo mesmo _____ que chamaremos
felicidade. Se entre nós e o que nos falta existe um oceano (que
nos levaria até as Ilhas Salomão), então nossa felicidade tem
estrutura de viagem. Se entre nós e a felicidade está a
presença incômoda de pessoas indesejáveis e seus costumes
perturbadores, então nossa felicidade seguirá _____ gramática
da guerra ou da segregação.
 O terceiro critério de produção da felicidade diz respeito ao
outro. Por exemplo, nos faltam asas, mas em geral não nos
lamentamos disso. Afinal, ninguém tem asas. Nossa felicidade
depende de como supomos a felicidade de nosso vizinho. Se
ele aparecesse com asas biônicas, imediatamente nos
tornaríamos seres infelizes, afetados por essa privação.
Civilizações obcecadas com felicidade, como a nossa, são
também culturas de inveja e da competição.
 Como nossa felicidade depende de nossa teoria
transindividual da transformação em relação ao que nos falta, a
tarefa de educar nossas crianças tornou-se um desafio
contemporâneo. Queremos tanto fazê-las felizes porque isso
realiza nossa felicidade. Aqui a armadilha tem sido fatal.
Imaginamos que o encontro de contrariedades reais traz
infelicidades, por isso tentamos poupar nossos alunos de
experimentarem sua própria falta. Supomos, depois, que nossa
teoria da transformação será igual _____ deles (afinal, vivemos
mais, sabemos como é o mundo), por isso não trabalhamos
para que eles construam responsabilidade ou implicação com a
felicidade que lhes concerne inventar. Além disso, sancionamos
_____ ilusão da felicidade indiferente, baseada no conforto e na
satisfação de si, custeada pelo mito de que se nós nos amamos
e ficamos juntos e protegidos tudo vai terminar bem.
Infelizmente, usado dessa maneira o amor mata ou imbeciliza.
 Praticada dessa maneira, produzimos com eles uma felicidade
feita de negação de diferenças reais (que, portanto, não serão
tratadas), de recusa de falsidade nas experiências de
reconhecimento (que, portanto, serão odiadas) e de imperativos
de sucesso que correspondem _____ realização, empobrecida,
de nossa própria felicidade, não da deles. É assim que estamos
prometendo uma felicidade venenosa e ainda queremos fazer
das escolas uma extensão desse projeto mórbido. Precisamos
de uma felicidade mais cara – esta está dando errado.
(Christian Ingo Lenz Dunker, psicanalista, professor titular do
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).
Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/)
UPQUESTÃO 10
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 7
Assinale a alternativa que preenche corretamente as
lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto.
A as – a – à – a – a – à – à. 
B às – a – a – a – à – a – à. 
C às – à – à – à – a – a – a. 
D as – à – a – à – à – à – à. 
E as – a – à – a – à – a – a.
FACISAQUESTÃO 11
Segue, abaixo, excerto de um texto publicado na conta do
Instagram @topdestinos. Preencha as lacunas com as palavras,
em sua forma correta, indicadas numa das assertivas abaixo.
“A rivalidade entre Porto e Lisboa equivale ____ que existe
entre paulistas e cariocas. Vai do futebol ____ gastronomia
____ inclui arquitetura e política. Por exemplo: Lisboa é ____
capital de Portugal ____ o nome do país vem de Porto”.
A sequência correta é
A a, à, porém, há, portanto.
B à, à, mas, à, entretanto.
C a, a, e, a, mas.
D à, à, e, a, mas.
E à, a, e, a, portanto.
TEXTO BASE 8
Leia o texto.
Fome e subdesenvolvimento
A fome é, de longe, o sintoma mais grave e mais geral do
subdesenvolvimento. Resulta de todo um conjunto de causas e
provoca toda uma gama de consequências. Sendo a
alimentação a necessidade primeira do homem e a busca da
alimentação tendo sido, durante milênios, uma preocupação
quase obsessiva, a fome é, entre as características do
subdesenvolvimento, aquela que mais profundamente choca a
opinião dos países ricos. É a manifestação mais flagrante da
miséria, a expressão das privações que não é possível eludir:
admite-se que os homens fiquem nus (é, diz-se, “a tradição”),
que se alojem em cabanas (à primeira vista é “pitoresco”), que
sejam doentios (não existe a doença nos países
desenvolvidos?), que não tenham trabalho (“certamente não
gostam de se cansar”), etc., mas não é possível admitir a fome.
Sua denúncia é, de fato, o único meio de levar a opinião pública
dos países desenvolvidos a tomar consciência dos problemas
do subdesenvolvimento. (…)
Yves Lacoste. Geografia do subdesenvolvimento.
FepeseQUESTÃO 12
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 8
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F).
( ) A crase foi usada de forma correta em: “Fiz referência àquilo
que me disseste e me coloquei à disposição para esclarecer os
fatos mencionados no relatório das ações para combate à
fome”.
( ) A crase é facultativa nas seguintes situações: “Isso cheira à
molho de tomate”, “Fiz referência à esta situação” e “Estou
disposto à combater os casos de fome de minha comunidade”.
( ) A crase é proibida nas seguintes situações: “Estávamos
frente a frente” e “Somente obedeço a leis justas”.
( ) Em termos do uso da crase, as seguintes situações igualam-
se: “Dirijo-me a Roma” e “Fui a Bahia”, em ambas ocorre o
fenômeno da crase na palavra sublinhada.
( ) Está correto o uso da crase em: “Suas opiniões são análogas
às que dei na entrevista ontem”.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima
para baixo.
A V • V • V • F • F 
B V • V • F • V • F 
C V • F • V • F • V
D F • V • F • V • F
E F • F • F • V • V
EEARQUESTÃO 13
Quanto ao uso ou não do acento grave indicador de crase,
assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente,
as lacunas do texto abaixo.
 “Minha mãe, pessoa mais intransigente da casa, um dia
acordou aberta _____ novas experiências. Deixou de lado seu
ponto de vista contrário _____ aquisição de animais domésticos
e achou que valeria _____ pena adotar um cão. Porém, quanto
_____ passarinhos, jamais; queria-os livres para voarem rumo
______ liberdade.”
A a - a - à - a - a
B à - a - à - à - à 
C à - à - a - à - a 
D a - à - a - a - à
ACAFEQUESTÃO 14
Preencha os espaços em branco com Há, a, à, nessa ordem.
I ____ dois anos não ___ visitava, mas sua mãe sempre esteve
___ espera. 
ll ____ beira do precipício, ____ poucos arbustos ___ decorar a
paisagem. 
III ____ quem quisesse ver, demonstrei que não ___
possibilidade de resolver ___ questão. 
IV ____ alguma chance, ____ custa de muito esforço, de obter
___ vaga pretendida. 
V ____ ao menos três maneiras de encaminhar isso ___ quem
está ___ disposição para ajudar.As frases corretas, de acordo com a ordem proposta, são:
A I - V
B II - III - IV
C I - III - IV
D III - V
UFRRQUESTÃO 15
Leia os textos e em seguida responda. 
I. “No crepúsculo em que habito, passeio ____ noite em
amarelos, rosas em becos desconhecidos” (Devair Fiorotti)
II. “Minha poesia carrega em si uma cor que ___ vezes nem
minha alma contém.” (Eli Macuxi)
III. “Cai o sol na terra de Makunaima/ Boa Vista no céu, lua
cheia de mel/ sobe___ serra de Pacaraima/ eu sou de Roraima”
(Neuber Uchôa e Zeca Preto)
IV. “Eu sou cavalo selvagem/ Meu mundo é ___ imensidão”
(Eliakin Rufino)
V. “Ele retira forças pra atravessar os desertos/ que
enfrentamos juntos/ e para beber ___ estrelas e aos olhos/ da
mulher que amo e que não está comigo.” (Roberto Mibielli)
As lacunas são preenchidas corretamente pela sequência:
A a, a, a, à, as
B à, às, a, a, as
C a, às, à, à, às
D à, as, à, a, às
E à, às, a, a, às
UFRRQUESTÃO 16
Leia o período abaixo e analise as alternativas a seguir:
Para alguns, a obra Macunaíma não tem à ver com a preguiça
do povo brasileiro. Para outros, o personagem principal revela a
verdadeira síntese do comodismo e o preconceito de que
brasileiro não gosta de trabalhar. Por conseguinte, Mário de
Andrade determinou que muitos mentirosos fossem às favas.
I. O uso da crase em “à ver” está de acordo com a norma
gramatical vigente;
II. Em “a verdadeira”, o artigo “a” deveria estar com a crase
porque “verdadeira” é uma palavra feminina;
III. A expressão “às favas” está dentro dos padrões da Norma
Culta.
IV. Em “brasileiro não gosta de trabalhar” o verbo gostar é
intransitivo.
Está (ão) CORRETA (S):
A ) Apenas I e III.
B Apenas II.
C Apenas II e IV.
D Apenas III.
E Apenas I, III e IV.
TEXTO BASE 9
INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto.
TEXTO
Festas de casamento falsas viram moda na Argentina
 Comida gostosa, música boa, bar liberado ____ 
noite toda... quem nunca ______ até altas horas numa 
boa festa de casamento? Esse ritual, que muitos já 
presenciaram ao longo da vida, é, porém, desconhe-
[5] cido para alguns representantes das gerações mais
jovens.
 Mas há uma solução para elas: Casamento Falso 
(ou Falsa Boda, no nome original em espanhol), uma 
ideia de cinco amigos de La Plata, na Argentina. O 
[10] detalhe era que os convidados não eram amigos ou
parentes dos noivos, mas ilustres desconhecidos que
compraram entradas para o evento.
 Martín Acerbi, um publicitário de 26 anos, estava 
cansado de ir sempre ____ mesmas boates. “Quería-
[15] mos organizar uma festa diferente, original”, disse. E
assim pensaram em fazer esse evento “temático”, que
chamaram de Casamento Falso.
 Pablo Boniface, um profissional de marketing de 
32 anos que esteve em um Casamento Falso em 
[20] Buenos Aires em julho, disse que para ele foi a oca-
sião perfeita para realizar algo que sempre quis fazer:
colocar uma gravata.
 “Para mim essas festas são até melhores do que 
um casamento real, _____ você não precisa se sentar 
[25] com estranhos e ficar entediado. Você passa bons
momentos com seus amigos e não se encontra com
todos os tios e avôs que normalmente frequentam
essas cerimônias”, disse Pablo.
Adaptado de: http://www.bbc.com/portuguese/
noticias/2015/08/150831_falsos_casamentos_tg. Acesso em 07
set. 2016.
PUC-RSQUESTÃO 17
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 9
Assinale a alternativa que preenche, correta e
respectivamente, as lacunas do texto.
A a – se divertiu – às – porque 
B à – divertiu-se – as – por que 
C a – divertiu-se – as – porque
D à – se divertiu – às – por que 
E a – divertiu-se – às – por que
UFRGSQUESTÃO 18
Instrução: A questão estão relacionadas ao texto abaixo.
– Temos sorte de viver no Brasil – dizia
meu pai, depois da guerra. – Na Europa 
mataram milhões de judeus. 
 Contava as experiências que os médicos 
[5] nazistas faziam com os prisioneiros.
Decepavam-lhes as cabeças, faziam-nas
encolher – à maneira, li depois, dos índios
Jivaros. Amputavam pernas e braços.
Realizavam estranhos transplantes: uniam a
[10] metade superior de um homem ........ metade 
inferior de uma mulher, ou aos quartos 
traseiros de um bode. Felizmente morriam 
essas atrozes quimeras; expiravam como 
seres humanos, não eram obrigadas a viver 
[15] como aberrações. (........ essa altura eu tinha 
os olhos cheios de lágrimas. Meu pai pensava 
que a descrição das maldades nazistas me 
deixava comovido.) 
 Em 1948 foi proclamado o Estado de 
[20] Israel. Meu pai abriu uma garrafa de vinho –
o melhor vinho do armazém –, brindamos ao
acontecimento. E não saíamos de perto do
rádio, acompanhando ........ notícias da guerra 
no Oriente Médio. Meu pai estava 
[25] entusiasmado com o novo Estado: em Israel,
explicava, vivem judeus de todo o mundo,
judeus brancos da Europa, judeus pretos da
África, judeus da Índia, isto sem falar nos
beduínos com seus camelos: tipos muito
[30] esquisitos, Guedali.
Tipos esquisitos – aquilo me dava ideias.
Por que não ir para Israel? Num país de
gente tão estranha – e, ainda por cima, em
guerra – eu certamente não chamaria a
[35] atenção. Ainda menos como combatente,
entre a poeira e a fumaça dos incêndios. Eu
me via correndo pelas ruelas de uma aldeia,
empunhando um revólver trinta e oito,
atirando sem cessar; eu me via caindo,
[40] varado de balas. Aquela, sim, era a morte que
eu almejava, morte heroica, esplêndida
justificativa para uma vida miserável, de
monstro encurralado. E, caso não morresse,
poderia viver depois num kibutz. Eu, que
[45] conhecia tão bem a vida numa fazenda, teria
muito a fazer ali. Trabalhador dedicado, os
membros do kibutz terminariam por me
aceitar; numa nova sociedade há lugar para
todos, mesmo os de patas de cavalo.
Adaptado de: SCLIAR, M. O centauro no jardim. 9. ed. Porto
Alegre: L&PM, 2001
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas
das linhas 10, 15 e 23, nessa ordem.
A à – À – às
B a – A – às
C à – A – às
D a – À – as
E à – A – as
CESMACQUESTÃO 19
O uso da norma culta da gramática portuguesa costuma ser
socialmente valorizada, como algo distintivo e de prestígio.
Identifique a alternativa em que o uso da crase está em
concordância com as normas sintáticas e ortográficas.
A Dediquei o livro à meus filhos e à minhas filhas para
incentivá-los à escrever.
B À exposição mostrou as vanguardas europeias as visitantes
brasileiras.
C A exposição durou toda à semana; dia à dia, sem
interrupção.
D Graças às minhas alunas expositoras, não perdi nenhuma
sessão apresentada.
E Quando compreendi que às coisas são reais e todas
diferentes, comecei à não saber que função têm.
UNIFESPQUESTÃO 20
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente,
as lacunas da tira.
A Por que – à – a – porquê
B Porquê – a – a – por que
C Por que – à – à – porque
D Por quê – à – à – porque
E Por quê – a – a – porque
UNIPAMQUESTÃO 21
Este texto publicitário foi transcrito com lacunas. Leia-o para
responder ao que se pede.
O acesso ____ internet é essencial para atingirmos os objetivos
globais da humanidade. Quando as pessoas têm acesso ____
ferramentas e ao conhecimento existente na internet, elas têm
acesso _____ oportunidades que fazem a vida ser melhor para
todos nós. A internet tem um papel fundamental no combate
_____ injustiça, no compartilhamento de novas ideias e no
auxilio _____ empreendedores na geração de empregos. No
entanto, metade das pessoas neste planeta não tem acesso
____ ela, especialmente mulheres e meninas. A internet
pertence ____ todos. Ela deveria ser acessível ____ todos.
(Adaptado de Folha de S.Paulo, 1º out. 2015).
Assinale a alternativa que preenche com correção gramatical as
lacunas do texto.
A à, às, a, à, a, a, a, a 
B à, as, a, a, à, a, à, à 
C a, as, à, à, a, à, à, a 
D a, às, a, a, à, a, a, à
TEXTO BASE 10
Observe o texto abaixo e responda à questão
LEI Nº 12.990, DE 9 DE JUNHO DE 2014.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono ______ seguinte Lei:
Art. 1° Ficam reservadas aos negros 20% (vinte por cento) das
vagasoferecidas nos concursos públicos para provimento de
cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da
administração pública federal, das autarquias, das fundações
públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia
mista controladas pela União, na forma desta Lei.
§ 1° A reserva de vagas será aplicada sempre que o número de
vagas oferecidas no concurso público for igual ou superior ___
3 (três).
§ 2° Na hipótese de quantitativo fracionado para o número de
vagas reservadas __ candidatos negros, esse será aumentado
para o primeiro número inteiro subsequente, em caso de fração
igual ou maior que 0,5 (cinco décimos), ou diminuído para
número inteiro imediatamente inferior, em caso de fração menor
que 0,5 (cinco décimos).
§ 3° A reserva de vagas a candidatos negros constará
expressamente dos editais dos concursos públicos, que
deverão especificar o total de vagas correspondentes____
reserva para cada cargo ou emprego público oferecido.
Art. 2° Poderão concorrer ___vagas reservadas a candidatos
negros aqueles que se autodeclararem pretos ou pardos no ato
da inscrição no concurso público, conforme o quesito cor ou
raça utilizado pela Fundação Instituto.
(BRASIL. LEI Nº 12.990, DE 9 DE JUNHO DE 2014. .
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2014/Lei/L12990.htm. Acessado em 20/11/2016)
FDSMQUESTÃO 22
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 10
Respectivamente, as lacunas ficam preenchidas de modo
correto com a seguinte sequência:
A a – há – à – à – as. 
B a – a – a – à – às. 
C a – a – há – a – as.
D à – à – há – a - às
E há – a – à – a – às.
ESAQUESTÃO 23
Assinale a alternativa que preenche, de acordo com a norma
padrão, as lacunas da seguinte frase:
“O professor se referia _______ alunas dispostas ________
vencer qualquer obstáculo do dia ______ dia.”
A às – a – a 
B às – a – à 
C às – à – a 
D as – à – à 
E as – a – à
UEA - SISQUESTÃO 24
 Na esteira do regionalismo, Rachel de Queiroz compôs dois
romances de ambientação cearense, O quinze e João Miguel.
Em ambos releva notar uma prosa enxuta e viva. Confrontados
com A bagaceira, de José Américo, esses livros podem dizer-se
mais próximos do ideal neorrealista que nortearia ___ narrativa
social do Nordeste. Os períodos são, em geral, menos
“literários”, breves, colados ___ transcrição dos atos e dos
acontecimentos. E ___ diálogo é corrente, lembrando às vezes
a novelística popular que, mais tarde, atrairia ___ escritora ao
passar do romance para o teatro de raízes regionais e
folclóricas. 
(Alfredo Bosi. História concisa da literatura brasileira, 1994.
Adaptado.)
Assinale a alternativa que preenche, respectivamente, as
lacunas do texto.
A a – à – o – a
B a – à – o – à
C à – à – ao – à
D a – a – o – a
E à – a – ao – a
UFRGSQUESTÃO 25
Instrução: As questões de 10 a 17 estão relacionadas ao
texto abaixo. 
[1] Não faz muito que temos esta nova TV
com controle remoto, mas devo dizer que se
trata agora de um instrumento sem o qual eu
não saberia viver. Passo os dias sentado na
[5] velha poltrona, mudando de um canal para o
outro – uma tarefa que antes exigia certa
movimentação, mas que agora ficou muito
fácil. Estou num canal, não gosto – zap, mudo
para outro. Eu gostaria de ganhar em dólar
[10] num mês o número de vezes que você troca
de canal em uma hora, diz minha mãe. Tratase
de uma pretensão fantasiosa, mas pelo
menos indica disposição para o humor,
admirável nessa mulher.
[15] Sofre minha mãe. Sempre sofreu: infância
carente, pai cruel, etc. Mas o seu sofrimento
aumentou muito quando meu pai a deixou. Já
faz tempo; foi logo depois que eu nasci, e
estou agora com treze anos. Uma idade em
[20] que se vê muita televisão, e em que se muda
de canal constantemente, ainda que minha
mãe ache isso um absurdo. Da tela, uma
moça sorridente pergunta se o caro
telespectador já conhece certo novo sabão
[25] em pó. Não conheço nem quero conhecer, de
modo que – zap – mudo de canal. ―Não me
abandone, Mariana, não me abandone!‖.
Abandono, sim. Não tenho o menor remorso,
e agora é um desenho, que eu já vi duzentas
[30] vezes, e – zap – um homem falando. Um
homem, abraçado ........ guitarra elétrica, fala
........ uma entrevistadora. É um roqueiro. É
meio velho, tem cabelos grisalhos, rugas,
falta-lhe um dente. É o meu pai.
[35] É sobre mim que ele fala. Você tem um
filho, não tem?, pergunta a apresentadora, e
ele, meio constrangido – situação pouco
admissível para um roqueiro de verdade –, diz
que sim, que tem um filho só que não vê há
[40] muito tempo. Hesita um pouco e acrescenta:
você sabe, eu tinha que fazer uma opção, era
a família ou o rock. A entrevistadora, porém,
insiste (é chata, ela): mas o seu filho gosta de
rock? Que você saiba, seu filho gosta de rock?
[45] Ele se mexe na cadeira; o microfone,
preso ........ desbotada camisa, roça-lhe o
peito, produzindo um desagradável e bem
audível rascar. Sua angústia é compreensível;
aí está, num programa local e de baixíssima
[50] audiência – e ainda tem de passar pelo
vexame de uma pergunta que o embaraça e à
qual não sabe responder. E então ele me
olha. Vocês dirão que não, que é para a
câmera que ele olha; aparentemente é isso;
[55] mas na realidade é a mim que ele olha, sabe
que, em algum lugar, diante de uma tevê,
estou a fitar seu rosto atormentado, as
lágrimas me correndo pelo rosto; e no meu
olhar ele procura a resposta ........ pergunta
[60] da apresentadora: você gosta de rock? Você
gosta de mim? Você me perdoa? – mas aí
comete um engano mortal: insensivelmente,
automaticamente, seus dedos começam a
dedilhar as cordas da guitarra, é o vício do
[65] velho roqueiro. Seu rosto se ilumina e ele vai
dizer que sim, que seu filho ama o rock tanto
quanto ele, mas nesse momento – zap –
aciono o controle remoto e ele some. Em seu
lugar, uma bela e sorridente jovem que está –
[70] à exceção do pequeno relógio que usa no
pulso – nua, completamente nua.
Adaptado de: SCLIAR, M. Zap. In: MORICONI, Í. (Org.) Os cem
melhores contos brasileiros. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. p.
547-548.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas
nas linhas 31, 32, 46 e 59, nesta ordem. 
A à – a – à – a 
B à – à – a – a
C a – à – a – à
D a – a – à – a 
E à – a – à – à 
UCSQUESTÃO 26
O ato de escrever nos modifica, e é por essa razão que ele
faz sentido
Cristovão Tezza
 Há muitos anos, ouvi o escritor português Augusto Abelaira
(1926-2003) classificar toda a literatura 
do mundo em apenas duas famílias: “Grandes Esperanças” e
“Ilusões Perdidas”. A brincadeira com as 
obras-primas de Dickens e Balzac poderia ser estendida ao
temperamento dos escritores, os soturnos e 
solares. 
[5] Como classificar e coçar é só começar, e a ficção – o nome
já o diz – não é uma ciência, pensei
em separar os escritores em função de como eles ____ o
mundo que pretendem “revelar”. As aspas se
explicam adiante.
 A primeira vertente seria a conspiratória. Segundo ela, somos
naturalmente seres negativos que se
dirigem à morte. Infelizmente, não há nada que se possa fazer a
respeito, porque a natureza é soberana,
[10] e a subjetividade, uma mentira. Pela escrita, fomos
arrancados do aqui e agora do mundo natural, ao qual
não podemos voltar.
 Assim, escrever será sempre um processo insidioso de
ocultação, e são impressionantes os meios de
que ____ a escrita para nos enganar, criando fantasmas
paralelos e arbitrários que asfixiam o real tentando
simular um impossível retorno à suposta paz primitiva.
[15] É falsa, portanto, a distinção entre ficção e não ficção –
tudo é ficção; ou, pior, tudo é uma mentira, e a
penosa ética da escrita seria torná-la límpida, trazer a
mentira à luz do sol, denunciando perpetuamente o
fracasso, que, queiramos ou não, se volta sobre si mesmo. Não
há escape ou segurança, exceto no próprio
ato de escrever, que é, necessariamente, um ato de desespero.
 A segunda vertente é a encantatória. Vivemos em uma rede
maravilhosa – não necessariamente
[20] otimista, alegre ou feliz, mas no sentido atávico das mil e
uma noites, o maravilhoso como suspensão do
tempo edas regras sensoriais.
 Essa rede fantástica de sentidos, causas e efeitos existe
segundo essências inatingíveis pela lógica
humana e revela sinais milagrosos em toda parte. O artista é a
antena com poderes de captação de um
saber que, apesar da intransponível opacidade da natureza,
está sempre pulsando no entorno à espera de
[25] um intérprete. O escritor seria esse arauto das forças
misteriosas do mundo.
 Nessa visão, de um apelo instintivamente escapista, escrever
também é tirar o manto que oculta a
realidade e revelá-la tal qual ela é. Para o poeta Ezra
Pound, havia mesmo uma raça pulsando em alguma
parte, que o poeta, “antena da raça”, deve farejar. A expressão
é historicamente grotesca, mas o seu
espírito tem uma atração perene, uma espécie de “alma do
mundo”, o comando romântico irresistível.
[30] O fato é que, tanto para os encantatórios como para os
conspiratórios, a realidade é um dado prévio
que se deixa ver apenas por enigmas e só pode ser
pressentido; escrever é revelar, ou, mais precisamente,
deixar o mundo revelar-se pelas mãos do escritor.
São visões com o charme do irracionalismo poético – e
certamente obras-primas se escreveram e
continuarão se escrevendo sob o sopro dessa natureza
regressiva.
[35] Para colocar essa teoria capenga em minha própria
medida, gosto de pensar em mim mesmo como
escritor de uma realidade encantatória, mas o espírito da
conspiração vive me puxando o tapete. A ideia de
que os escritores “revelam” alguma coisa é enganosa – eu aqui,
cristalino; e o mundo lá, turvo e misterioso.
 Escrever é uma ação sobre o mundo, e sou parte dele. O ato
de escrever nos modifica, e é por essa
razão que ele faz sentido. É possível que o primeiro impulso
seja o da “revelação” – o que é isso que estou
[40] vendo ou sentindo? –, mas já no instante seguinte a
redução da vida real ____ letras, a reapresentação e
o fechamento do mundo pela gramática, pelo funil das
sentenças, cria uma terceira realidade, um desejo
que se desenha, um objeto espelhado, uma hipótese, que, por
sua própria natureza, surge não “revelando”
o mundo, que nada diz por si mesmo, mas fazendo
concorrência a ele, como queriam os verdadeiros
realistas.
[45] Levando-se adiante ____ conversa solta, pode-se extrair
daí uma ética laica do ato de escrever ficção,
ou seja, o seu princípio inegociável, desde os diálogos
socráticos e seu sabor romanesco: o fato de que
somos seres inacabados. Fico por aqui: para salvação deste
escriba, e alegria do leitor, acabou o espaço.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/cristovao-
te zza/2017/07/1897639-o-ato-de-escrever-nos-modifica -e-e-
por-essa-razao-que- -ele-faz-sentido.shtml>. Acesso em: 3 set.
17. (Adaptado.)
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente,
as lacunas nas linhas 6, 13, 40 e 45 do texto.
A vêm, dispõem, as, a 
B veem, dispõe, às, a 
C veem, dispõem, às, a 
D vêem, dispõem, às, à 
E vêem, dispõe, as, à
FEMAQUESTÃO 27
Fui ____ instituição de ensino. Dirigi-me ____ Diretor, ____
quem perguntei se poderia entregar ____ premiação ____ aluna
ganhadora do concurso de redação.
A alternativa que completa corretamente a frase acima é:
A a – ao – a – a - à 
B à – ao – à – a - à
C a – ao – a – à – à 
D à – ao – a – a - a 
E à – ao – a – a – à
TEXTO BASE 11
Leia o texto a seguir, que traz um verbete, gênero textual
presente na esfera didática e instrucional, a fim de responder
à questão.
TEXTO
Resiliência 
re·si·li·ên·ci·a 
sf
1 FÍS. Elasticidade que faz com que certos corpos deformados
voltem à sua forma original.
2 FIG. Capacidade de rápida adaptação ou recuperação.
(Fonte: http://michaelis.uol.com.br/busca?id=0LE9G)
IFALQUESTÃO 28
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 11
“Elasticidade que faz com que certos corpos deformados voltem
à sua forma original.”
A crase, exercendo o uso facultativo, semelhante ao enunciado
apresentado no trecho , pode também ser percebida na
alternativa.
A Referi-me àquilo e não a outros assuntos mais complexos
da conjuntura política.
B Ele costumeiramente assiste à televisão até tarde da noite.
C Temos a Filosofia como corrente epistemológica pertencente
às Humanidades. 
D Entregue essa encomenda à Roberta e não à Renata, a sua
irmã. 
E Marina frequentemente trabalha aos sábados, das 10h às
14h.
UNIFUNECQUESTÃO 29
 Embora já sejam parte do dia a dia da população, ainda 
 dúvidas sobre o uso correto de máscaras. E não estamos
falando daquelas pessoas que as usam cobrindo qualquer parte
do rosto, menos nariz e boca. Uma das questões ainda em
estudo é o melhor jeito de higienizar o acessório sem prejuízo 
 sua capacidade barrar o novo coronavírus.
Pensando nisso, cientistas da Coreia do Sul e do Japão
divulgaram pesquisa em que o desempenho e as
diferenças dos filtros que as máscaras após serem
limpos com álcool. As pesquisas levaram em conta a eficiência 
 filtragem, a taxa de fluxo de ar e as propriedades
das máscaras após a limpeza. A conclusão foi a de que apenas
os filtros de nanofibra podem ser reutilizados várias vezes se
higienizados com álcool.
(https://revistagalileu.globo.com. Adaptado.)
A alternativa que preenche, respectivamente, as lacunas do
texto de acordo com a norma-padrão é:
A podem haver – à – de – comparam – compõem – da.
B pode haver – à – de – comparam – compõem – da.
C há – à – em – compara – compõe – da.
D há – a – para – compara – compõe – na.
E pode haver – a – de – comparam – compõe – na.
CUSCQUESTÃO 30
A crase está presente no exemplo: Dia Mundial de Combate
à Doença. Indique as frases em que o uso da crase está
correto:
I. Ministério da Saúde lança campanha para combater à
dengue.
II. O governo atribuiu dificuldades para enfrentar à tuberculose.
III. O combate à tuberculose deve ser compromisso dos
governos municipal, estadual e federal.
IV. A crise hídrica leva à redução da água potável.
Pode-se afirmar que:
A apenas III e IV estão corretas. 
B apenas I e II estão corretas. 
C apenas III e IV estão corretas. 
D apenas I, II e III estão corretas. 
E apenas IV está correta.
Crase
Questão 1:
[E]
Questão 2:
[E]
Questão 3:
[D]
Questão 4:
[C]
Questão 5:
[D]
Questão 6:
[A]
Questão 7:
[B]
Questão 8:
[A]
Questão 9:
[E]
Questão 10:
[B]
Questão 11:
[D]
Questão 12:
[C]
Questão 13:
[D]
Questão 14:
[A]
Questão 15:
[E]
Questão 16:
[D]
Questão 17:
[A]
Questão 18:
[E]
Questão 19:
[D]
Questão 20:
[D]
Questão 21:
[A]
Questão 22:
[B]
Questão 23:
[A]
Questão 24:
[A]
Questão 25:
[E]
Questão 26:
[B]
Questão 27:
[E]
Questão 28:
[D]
Questão 29:
[B]
Questão 30:
[C]
Ditados populares e provérbios 
EsPCExQUESTÃO 1
Nos provérbios abaixo, assinale aquele em que se observa a
concordância prescrita pela gramática.
A “Não se apanham moscas com vinagre.”
B “Casamento e mortalha no céu se talha.”
C “Quem cabras não têm e cabritos vende, de algum lugar
lhes vem.”
D “Diga-me com quem andas e dir-te-ei quem tu és.”
E “Em terra de urubus diplomados, não se ouve cantos de
sabiás.”
TEXTO BASE 1
O PODER DE DEUS
 Zé Maria e Alice começaram a namorar numa festa de
cruzeiro. Ele era retireiro, ela cozinhava na fazenda. Quando
resolveram casar, trataram de fazer uma cafua, formar jardim,
plantar horta-de-couve, vedada com bambu em pé, por causa
das galinhas. Do alto da serra vinha no cascalho uma água
clara, servia a bica, na porta da cozinha, depois descia horta
abaixo. De noite, o rego d’água marulhava, era uma beleza.
 Um dia de sábado, depois do almoço, Zé Maria bebeu café e
sentou no banquinho na banda de fora. Tirou a palha do bolso
de trás, pegou a faca, começou a fazer o pito. Alice, não passou
muito, acabou de arrumar a cozinha e veio pra janela. Já
andava muito gorda, pesadona, o menino devia nascer dentro
de mês e pouco. Ela gostava de ficar em pé depois da comida,
mesmo sentindo pressão nas veias das pernas.
 Zé Maria, alisando a palha com o corte da faca, pensava em
como ia ser bonito o crioulinho (ou crioulinha) queia nascer: pra
ele não fazia diferença se fosse homem ou mulher. Havia de ser
uma beleza, de certo ia puxar a mãe. Ele também não era de
jogar fora, em solteiro nunca faltou namorada, vivia rodeado de
moça.
 Tinha acabado de alisar a palha, ia pegando o fumo no bolso
quando Alice, já na janela, limpou a garganta e perguntou:
- Zé?
- Hein
- Hein.
- Ocê acha que Deus, se quiser, pode fazer chover, mesmo
sendo um dia clarinho como esse de hoje?
- Acho.
- Assim de repente?
- Acho.
 Pegou o fumo, foi picando devagar, bem devagarinho,
rendendo aquela hora de pachorra que ele apreciava tanto. O
fumo picado na mão esquerda, foi esfregando os pedacinhos
com o polegar e o indicador da mão direita, esmigalhando, até
não ter nenhum toco, nenhum fiapo mais grosso, fazia o cigarro
apagar.
Aí Alice falou: 
- Zé? Depois de ter chovido, ocê acha que Deus, se Ele quiser,
pode fazer tudo secar duma
hora pra outra?
- Acho.
- Mesmo tendo sido chuva de dilúvio?
- É.
Zé Maria abriu a palha, fez uma espécie de chochozinho, foi
espalhando o fumo. Acertou a camada e começou a enrolar,
nem muito apertado nem muito bambo: regular. Alice
perguntou:
- Ocê acha, Zé, que se Deus quiser que geia, mesmo sendo na
volta do dia, tem base de gear?
- Acho. Deus tem poder de fazer tudo que Ele quiser.
- Tudo mesmo, Zé?
- É. Mas por que essa perguntação, Alice?
- À toa, Zé. A gente fica pensando...
Ela não acabou a frase, ele não perguntou nada. Tirou a binga
do bolso, abriu, lembrou do velho Severino, seu avô. Tinha sido
presente dele, hoje não encontrava mais. Pegou o fuzil,
um pedaço de ferro, mais a pedra-figo, começou a bater. A
primeira fagulha que caiu soprou calibrado, foi soprando, logo
aparecia o fogo, aquela cor bonita dentro do cilindro de lata.
 Quando ele ia acendendo o cigarro, a mulher perguntou: 
- Se for muito da vontade de Deus, mas muito mesmo, que a
gente tem um filho branco, ou quem sabe, mulato, ocê acha que
Ele pode fazer isso? 
- Pode, Alice. 
 Ela já ia respirando aliviada, quase sem acreditar, quando ele
completou: 
- Poder, pode, mas só tem uma coisa... 
- O que é, Zé Maria? 
- ... ocê vai levar um cacete que, se viver pra lembrar, nunca
mais há de esquecer.
(ROMANO, Olavo. Minas e seus casos. São Paulo: Ática, 1984,
p. 51-53) 
UNIPAMQUESTÃO 2
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 1
Não raro, o povo mineiro é alvo de constantes críticas, seja por
seu modo de falar, seja por suas atitudes. Tais críticas são
retratadas em causos, piadas, charges e provérbios. Na maioria
deles, contudo, o mineiro sempre se sai bem das situações
mais embaraçosas, demonstrando a sua esperteza e
combatendo o preconceito de que mineiro é ingênuo e caipira.
 
Assinale o provérbio que poderia ser usado como título do
causo que você leu.
A Mineiro dorme no chão para não cair da cama.
B Mineiro não dá ponto sem nó.
C Mineiro não perde o trem.
D Mineiro come quieto.
UFTQUESTÃO 3
Leia os provérbios a seguir para responder à questão 07.
 
Antes que cases, olha o que fazes.
Quem casa não pensa, quem pensa não casa.
 
Procura e acharás.
Quem procura acha.
 
Se queres bom conselheiro, procura o travesseiro.
A noite é boa conselheira.
Assinale a alternativa INCORRETA quanto à leitura discursiva e
gramatical dos provérbios:
A Os provérbios são expressos de modo pessoal e impessoal,
como podemos ver respectivamente nos exemplos: "Se
queres bom conselheiro, procura o travesseiro" e "A noite é
boa conselheira".
B A opção pela impessoalidade no ato de citar um provérbio
reflete a tendência de quem enuncia de não se envolver
diretamente com o dito. É o caso de "Antes que cases, olha
o que fazes".
C Os provérbios com marcas pessoais tratam de um discurso
predominantemente centrado no enunciador, ou seja, em
quem diz o dito. É o caso de "Procura e acharás" e "Se
queres bom conselheiro, procura o travesseiro".
D O uso de provérbios revela um discurso de autoridade, ou
um discurso autoritário: eles provêm de uma sabedoria
popular anônima.
E Em "Procura e acharás", a classificação modo-temporal de
acharás é futuro do presente do indicativo; forma hoje em
desuso na oralidade no português brasileiro.
TEXTO BASE 2
Examine a charge do cartunista Quino para responder à
questão.
UNICIDQUESTÃO 4
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 2
Dos seguintes provérbios, o que mais se aproxima da
mensagem transmitida pela charge é:
A “Há males que vêm para o bem”. 
B “O peixe morre pela boca”. 
C “Antes só que mal acompanhado”.
D “Contra a força não há argumento”. 
E “Cão que ladra não morde”.
UNIFORQUESTÃO 5
Herdamos os provérbios da sabedoria popular. Nascem do bom
senso do povo e trazem um ensinamento. Muitas vezes
questionados, mas em quase sua totalidade aceitos.
 
Com base na leitura da tirinha, assinale a opção que apresenta
o provérbio que se aproxima da situação vivenciada pelos
personagens.
A O riso é a mais antiga e ainda a mais terrível forma da
crítica.
B Quem a si próprio elogia não merece crédito.
C Nem tudo que reluz é ouro.
D Na terra de sapo de cócoras com ele.
E Quem tudo quer tudo perde.
URCAQUESTÃO 6
TEXTO 1
Canto X – Nossa Rainha Marcelino Freire
 
Mãe, eu quero ser Xuxa. Mas minha filha. Eu quero ser Xuxa. A
menina não tem nem nove anos,
fica tagarelando com as bonecas. Com as pedras do Morro. Eu
quero ser Xuxa. Mas minha filha.
A mãe ia fazer um book, como? Viu no jornal quanto custa.
Perguntou ao patrão, no Leblon. Um
absurdo! Ia bater na porta da Rede Globo? Nunca.
A menina parecia uma lombriga. Porque nasceu desmilinguida.
Mas vivia dizendo, a quem fosse:
eu quero ser Xuxa. Que coisa! Que doença! Ainda era muito
pequena. Eu quero ser Xuxa.
Quem não pode se acode.
A mãe já vivia da ajuda do povo. Mas tinha de levar a menina
ao cinema. Toda vez que aparecia um
filme novo. O que Xuxa está pensando? O que Padre Marcelo
está pensando? Que tanto disco à venda,
que tanto boneco, que tanta prece! Tenha santa paciência.
O Padre Marcelo a mãe trocou por um pai de santo. Esse, pelo
menos, só me pede umas velas. De
quando em quando, uma galinha preta. Que eu aproveito e levo
daqui, quando tem reveillon. Despacho de
rico só tem o que é bom. Mas a menina não tem jeito. É uma
paixão que não tem descanso.
Eu quero ser Xuxa. Eu quero ser Xuxa. Eu quero ser Xuxa. Um
dia eu esfolo essa condenada. Deus
me perdoe. Essa danada da Xuxa. Dou uma surra nela para ela
tomar jeito. Fazer isso com filha de pobre.
Que horror!
A mãe mal chegou do trabalho a menina já falou. Que a Xuxa
vem esse final de semana. O que ela
vem fazer no morro?, a mãe perguntou. Se a Xuxa que eu
conheço aqui é só você, querida. Alisou a
cabeça da maldita, deu um abraço cego e mandou dormir.
Maldita, sim. Quem disse que a danada foi pra
cama? Puta que pariu!
A mãe tinha de faltar ao trabalho de novo. Tinha medo que a
filha tivesse um troço. Se jogasse
debaixo do carro, sei lá. Fosse pisoteada, que remorso! Eu não.
Mãe que é mãe acompanha a filha no dia
mais feliz da sua vida.
Pendurou a menina nas costas e enfrentou o calor. E o
empurraempurra.
E também gritou para ver se a Xuxa ouvia: Xuxa, Xuxa, Xuxa.
Pelo amor de Deus! Faz essa menina calar a boca. Diz pra ela
pensar em outra coisa, sonhar com os pés no chão.
 
Quando ela vai ser, assim como você, um dia? A Rainha dos
Baixinhos nossa Rainha da Bateria, sei não, sei lá.
 
O morro nessa euforia, todo mundo doido para vêla sambar.
A expressão, Quem não pode se acode, pertence ao que
chamamosprovérbios populares; dadas as expressões
populares, marque a que se encontra em desacordo com a
sabedoria popular.
A Quem espera sempre cansa.
B Quem semeia vento colhe tempestade.
C Quem ri por último ri melhor.
D As aparências enganam.
E Nem tudo que reluz é ouro.
UNIFORQUESTÃO 7
A tirinha trata sobre questões relacionadas ao tema da inclusão.
Utilizando a ironia como recurso, o quadrinho aborda duas
diferentes concepções do conceito de visão. Pode-se traçar um
paralelo entre a tirinha e o conhecido ditado popular que afirma 
A “Quem vê cara, não vê coração”. 
B “À noite, todos os gatos são pardos”. 
C“O pior cego é aquele que não quer ver”. 
D “O olho do dono é o que engorda o gado”. 
E “O que os olhos não veem, o coração não sente”. 
TEXTO BASE 3
Para responder à questão, leia o texto a seguir.
PERDÃO
 Diz a oração católica que devemos perdoar a quem nos
ofendeu (assim como esperamos o perdão divino às nossas
ofensas, claro). De fato, a neurociência já sabe que perdoar –
tanto pontualmente como por hábito – favorece o bem-estar e a
saúde cardiovascular. O perdão põe fim ao estresse causado
pelo ódio crônico, que estimula a produção de hormônios de
estresse, perturba o sono, aumenta o risco cardiovascular e de
depressão e ansiedade.
 O que acontece no cérebro que perdoa? Um estudo italiano
recrutou voluntários para seguir um roteiro que os orientava a
imaginar situações de ofensas pessoais, e em seguida os
instruía a perdoar o inimigo imaginário ou, ao contrário, os
incitava a planejar vingança. Tudo isso acontecia dentro de um
aparelho de ressonância magnética, que permitia à equipe
acompanhar as mudanças de atividade no cérebro dos
voluntários enquanto eles perdoavam ou não.
 O estudo mostrou que tanto o perdão quanto a vingança
envolvem ativação nas mesmas estruturas – mas de maneiras
diferentes. O perdão ocorre quando a ativação do córtex pré-
frontal dorsomedial, que regula nosso comportamento
emocional, é comandada por duas estruturas que nos permitem
adotar o ponto de vista do agressor e reavaliar o estado
emocional deste: o precuneus e o lobo parietal inferior,
respectivamente. Isso fomenta a empatia, que coíbe ímpetos de
retaliação via o córtex pré-frontal, e traz um estado emocional
positivo: o alívio do perdão concedido.
 Se não há perdão, o córtex pré-frontal dorsomedial também é
ativado, mas sob o controle do giro temporal medial, e não do
precuneus e do parietal inferior (que também estão ativos, mas
ocupados em julgar o agressor um vilão). O giro temporal
medial representa a intenção alheia –nesse caso, de nos fazer
mal. Como a agressão foi intencional e não temos empatia com
o vilão, o cérebro faz o que é mais sensato: odeia ativamente
quem o insultou, sem perdão.
 Perdoar, portanto, não depende dos fatos, e sim da nossa
avaliação – consciente – da intenção e das emoções de quem
nos ofendeu. Quer perdoar? Coloque-se no lugar do outro. Não
quer perdoar? Recusese a ver o insulto pelos olhos do seu
agressor – o que, francamente, em alguns casos é a coisa
sensata a fazer. O perdão católico universal não nos mantém a
salvo de quem não presta. Ruminar o ódio faz mal, mas ainda
há saída: banir o infrator da sua vida e mente. Quando não há
perdão, a distância ajuda.
(HOUZEL, Suzana Herculano- Folha de São Paulo, 18/02/2014,
Caderno Equilíbrio, p.5.)
FCMMGQUESTÃO 8
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 3
Assinale a alternativa em que haja adequação entre o
trecho do texto e os respectivos provérbios.
A “O perdão católico universal não nos mantém a salvo de
quem não presta.” – “Mais vale perdoar do que
castigar.”/”Quem semeia ventos, colhe tempestade.” 
B “O perdão põe fim ao estresse causado pelo ódio crônico,
que estimula a produção de hormônios de estresse” –
“Ladrão que rouba ladrão merece 100 anos de perdão.”/ “O
ódio quer vingança.” 
C ''Ruminar o ódio faz mal, mas ainda há saída: banir o infrator
da sua vida e mente. Quando não há perdão, a distância
ajuda.” – “Perdoar não é esquecer.”/ “Longe dos olhos,
longe do coração.” 
D “Como a agressão foi intencional e não temos empatia com
o vilão, o cérebro faz o que é mais sensato: odeia
ativamente quem o insultou, sem perdão.” – "Ao que erra,
perdoa-se uma vez, mas não três."/ “Errar é humano.”
TEXTO BASE 4
TEXTO PARA A QUESTÃO
Uma planta é perturbada na sua sesta* pelo exército que a pisa.
Mas mais frágil fica a bota.
Gonçalo M. Tavares, 1: poemas.
*sesta: repouso após o almoço.
FUVESTQUESTÃO 9
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 4
O ditado popular que se relaciona melhor com o poema é:
A Para bom entendedor, meia palavra basta. 
B Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
C Quem com ferro fere, com ferro será ferido. 
D Um dia é da caça, o outro é do caçador. 
E Uma andorinha só não faz verão.
TEXTO BASE 5
Leia a charge a seguir e responda à questão:
TEXTO
IFNMGQUESTÃO 10
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 5
Pode-se resumir uma história em um ditado popular, um
provérbio. Esses ditados populares servem como “moral da
história”. A partir dos seus conhecimentos e da leitura da charge
(TEXTO), marque a alternativa que contém o ditado popular que
melhor resume a história.
A Um burro calado passa por intelectual. 
B A cavalo dado não se olha os dentes. 
C Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço.
D Macaco velho não põe a mão em cumbuca.
TEXTO BASE 6
Texto
Crônica dos 30 anos
Fábio José dos Santos*
 Na minha infância, havia uma 
brincadeira através da qual, por meio de uma 
espécie de numerologia pueril e leiga, era 
possível descobrir, no presente dos oito ou nove 
[5] anos, como seria o nosso futuro. Por meio dessa
consulta – séria, é bom deixar claro –, éramos
capazes de obter dados relacionados a áreas
diferentes da nossa vida. Era possível prever, por
exemplo, quando iríamos nos casar, qual seria
[10] nossa profissão, se seríamos ricos, pobres ou
lascados, e, ainda, quantos filhos teríamos.
Naquela época, contraí matrimônio aos vinte e
cinco, e tive três ou quatro filhos. Penso que
passei pelas três condições financeiras possíveis
[15] – comi caviar e degustei farinha seca. Ah, e
passei por várias profissões. (Não preciso dizer
que fiz a consulta mais de uma vez)
 O fato é que, em geral, rejeitei, voluntária 
ou involuntariamente, a série completa dos 
[20] vaticínios que fiz quando criança. O Tempo é
senhor dos destinos, creio. Contudo, a história
não se escreve sozinha, ela é o resultado de
como conduzimos nossas vidas, muito embora
estejamos
habilitados a
escrever apenas
rascunhos, que
servem para compor
a versão mais ou
[30] menos final do livro
da vida (em certos
casos, o texto pode
ser reescrito, quase que integralmente).
 Hoje é o dia em que celebro minha 
[35] trigésima primavera. E enquanto recebo os
parabéns – inclusive de amigos distantes no 
tempo e no espaço –, sinto que o Tempo já me 
pesou menos. Com efeito, já lá se foram trinta 
anos que comecei a morrer... E ainda me lembro 
[40] do cheiro e do gosto de algumas coisas do
passado... Mas o passado passou. E o ruim
desse processo é que o tempo, inflexível, não
permite que recuemos na linha da vida até
aqueles momentos que tanto nos fizeram felizes.
[45] E, em trinta anos, quantas experiências
prazerosas eu tive...
 Durante todos esses anos, eu cresci. O 
mundo cresceu também. Aliás, tudo ficou maior. 
É verdade que a experiência nos faz aumentar o 
[50] tamanho das coisas que nos cercam. E o que
antes era pequeno, como era o nosso mundo,
assume proporções hercúleas. Por que mesmo
temos de ser responsáveis? Não seria bem mais
fácil se nossos pais sempre passassem à frente
[55] e, como há vinte, vinte e cinco anos, resolvessem
todos os problemas como sempre o fizeram, num
passe de mágica? E me fica a questão: é mesmo
imperativo que experimentemos a dor, o
desespero, as turbulências, enfim, a morte? Mas 
[60] tudo isso estava lá, também.
 De qualquer forma, hoje celebro trinta 
anos de idade. Segundo o professor Narciso, 
cheguei à metade da minha vida. De fato. De 
fato. Nesse tempo, vi o mesmo de diversas 
[65] formas. Conheci e continuo conhecendo muitas
coisas novas. Fui de um extremo ao outro dos
hemisférios do meu mundo. Eu mudei; tudo
mudou. E as previsões da infância não se
realizaram. Não casei aos vinte e cinco, não
[70] tenho (ainda?) nenhum dos quatro filhos que me
seriam destinados, não me tornei presidente nem
cantor. Aquelas previsões não foram bem
previstas. Contudo, preciso deixar claro: isso não
me frustra. Preciso dizer a todos: acho que sou
[75] muito bem sucedido. A emenda, se houve, saiu
bem melhor que o soneto. Preciso dizer, ainda: a
danada da consulta aos númeroslá dos idos
anos 80 não era capaz de prever aquilo que,
julgo, era mais fundamental, a saber, se o
[80] interessado seria ou não seria feliz, a despeito,
entre outros, de sua condição de rico, pobre ou
lascado. Mas eu posso afirmar, do alto dos meus
trinta bem vividos anos, que a felicidade tem-me
acompanhado ao longo de todos esses anos,
[85] razão por que me sinto, hoje, imensamente
realizado.
 Os números erraram – graças a Deus! 
__________ 
*Professor de Língua Portuguesa do IFAL, Campus
[90] Maceió
IFALQUESTÃO 11
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 6
 Nessa crônica, o seu autor faz referências a alguns ditados
populares implícita ou explicitamente. A única opção em que
não há correspondência entre o que é dito e o ditado em si é:
A Farinha do mesmo saco. (1º parágrafo)
B O tempo é senhor do destino. (2º parágrafo)
C Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se
acabe. (3º parágrafo)
D Ninguém sabe ser filho senão quando chega a ser pai. (4º
parágrafo)
E Pior a emenda do que o soneto. (5º parágrafo)
UECEQUESTÃO 12
TEXTO 3
Velhice
Vinícius de Moraes
[115] Virá o dia em que eu hei de ser um velho
experiente
Olhando as coisas através de uma filosofia
sensata
E lendo os clássicos com a afeição que a
[120] minha mocidade não permite.
Nesse dia Deus talvez tenha entrado
definitivamente em meu espírito
Ou talvez tenha saído definitivamente dele.
Então todos os meus atos serão
[125] encaminhados no sentido do túmulo
E todas as ideias autobiográficas da
mocidade terão desaparecido:
Ficará talvez somente a ideia do testamento
bem escrito.
[130] Serei um velho, não terei mocidade, nem
sexo, nem vida
Só terei uma experiência extraordinária.
Fecharei minha alma a todos e a tudo
Passará por mim muito longe o ruído da
[135] vida e do mundo
Só o ruído do coração doente me avisará de
uns restos de vida em mim.
Nem o cigarro da mocidade restará.
Será um cigarro forte que satisfará os
[140] pulmões viciados
E que dará a tudo um ar saturado de
velhice.
Não escreverei mais a lápis
E só usarei pergaminhos compridos.
[145] Terei um casaco de alpaca que me fechará
os olhos.
Serei um corpo sem mocidade, inútil, vazio 
Cheio de irritação para com a vida 
Cheio de irritação para comigo mesmo.
[150] O eterno velho que nada é, nada vale, nada
vive
O velho cujo único valor é ser o cadáver de
uma mocidade criadora.
MORAES, Vinícius. Velhice. Disponível
em:http://www.viniciusdemoraes.com.br/ptbr/poesia/ poesias-
avulsas/velhice. Acesso: 23/9/17.
Os versos “Virá o dia em que eu hei de ser um velho experiente/
Olhando as coisas através de uma filosofia sensata/ E lendo os
clássicos com a afeição que a minha mocidade não permite”
(linhas 115- 120) podem ser traduzidos pelo seguinte ditado
popular:
A A velhice é a segunda meninice. 
B Quanto mais idade, mais maturidade. 
C A velhice é um tirano que castiga os prazeres com pena de
morte. 
D A juventude leviana faz velhice desolada.
TEXTO BASE 7
Para responder à questão, leia o texto a seguir.
PÉ FRIO, CABEÇA QUENTE
§1 Durante anos, Pedro Nava deixava seu apartamento, no
velho prédio onde viveu metade da vida, no bairro da Glória,
cruzava o hall e, no mesmo andar, assumia a condição de
médico reumatologista, um dos mais reputados do Rio de
Janeiro. Quando ali estive pela primeira vez, sem reumatismo
algum, o dr. Nava já não exercia a profissão. Fazia pouco mais
de uma década que ele, à beira dos 70, irrompera na paisagem
literária como caudaloso memorialista, o maior que já tivemos,
assumindo, assim, em regime de monogamia, um talento
praticamente desmobilizado desde o fecho da primeira
juventude.
§2 Certa manhã de maio de 1983, às vésperas de completar 80
anos, Pedro Nava me levou ao antigo consultório, instalado
num salão com pé-direito altíssimo. Sentou-se por detrás de um
vetusto birô, como em outros tempos se dizia, e indicou uma
cadeira de braços em frente a ele. Quando, em vão, tentei
puxá-la para perto da mesa, Nava riu, como quem tivesse
pregado uma peça: tinha mandado aparafusar a cadeira no
assoalho, para evitar, justificou, que pacientes mais carentes
acabassem no seu colo.
§3 Pela primeira vez, parei para pensar no desamparo que, em
doses variáveis, bate em mim, quem sabe em você também,
durante uma consulta médica. Desamparo que, às vezes, vem
misturado a uma inconfessável satisfação por nos sentirmos
numa súbita berlinda, já que o assunto único, ali, somos nós.
Nossa coqueluche, nossa catapora, nosso prontuário cirúrgico e
hospitalar. Mais: a incidência de determinada doença que
desfolhou boa parte de nossa árvore genealógica. As tias que,
para além talvez das coincidências, morreram todas do mesmo
mal. A intrigante insistência da pancada seca dos enfartes, a
reprise de determinado tipo de tumor. O pai que por pouco não
virou caso médico, tão rara é a doença que nos levou à
orfandade.
§4 Vá me dizer que também você não sente alguma excitação,
a palavra é esta, quando o médico se põe a escarafunchar o
histórico de sua saúde. E também, mesclada ao alívio, uma
ponta de decepção, diante da notícia de que não se achou
problema algum. Do outro lado da mesa, o doutor pode estar
atento a essa eventualidade. Quem nunca ouviu falar de
médicos - Pedro Nava era um deles - que, para não desapontar
o impaciente, inventam uma anormalidade qualquer, benigna, à
qual irá corresponder uma receita, algum placebo, para que a
criatura não saia com as mãos vazias?
§5 Escrevi, faz tempo, sobre um camarada que chamei de
“hipocondríaco sem remédio”. Pois bem, faltou coragem para
admitir que também sou um pouco assim, hipocondríaco,
incurável mas com muito remédio, cada vez mais. Gosto muito,
confesso, de uma boa anamnese, aquele interrogatório sobre a
saúde atual e pregressa, quase sempre extensivo aos
familiares. A sabatina mais esmiuçadora pela qual passei
aconteceu na primeira vez que fui ao consultório de um
homeopata, de onde sairia, mais de hora depois, levando um
verdadeiro buquê de florais. Que perguntas mais inesperadas
ouvi ali! Estava vendo o momento em que o doutor iria
perguntar se eu tinha tomado chuva, e, ante a negativa,
receitar: “Então tome. Dois copos”.
§6 Numa ocasião me consultei com um médico, alopata, esse,
que me virou pelo avesso, na indisfarçável esperança de que eu
fosse o seu primeiro paciente a padecer da doença de Crohn -
insidiosa inflamação do trato gastrointestinal, traduziu, à beira
da euforia de uma estreia. E se for?, consegui indagar. Pausa
terrível, nublada pelos mais negros presságios. “Você tem um
bom psicoterapeuta?”, desembuchou ele, sílaba por sílaba, e
pôs-se a explicar que eu precisaria me armar para
padecimentos vitalícios. Não conteve a frustração quando
reiterados exames eliminaram a hipótese na qual investira.
“Ainda não”, terá ruminado o doutor, “ainda não...”
§7 No consultório high tech de um mago da medicina
ortomolecular, em frente a enorme tela que amplificava imagens
de um microscópio de última geração, ao qual fora submetida
uma gota de sangue meu, tive o dissabor de presenciar o
espetáculo de hemácias, leucócitos e neutrófilos a nadar de lá
pra cá, qual tubarões e garoupas num aquário. Como me senti?
Como a lagartixa que contempla, a um palmo de distância, a
ponta saltitante de seu rabinho recém-amputado.
§8 Outra gota, essa de sangue coagulado, encheu a tela com o
que parecia ser o chão gretado de um açude nordestino
reduzido a nada. Em busca de consolo na literatura, concluí que
havia em mim, na falta de um Graciliano, ao menos o solo
estorricado sobre o qual perambula a pobre gente de Vidas
Secas.
§9 Não precisou de tão afiada tecnologia o velho acupunturista
chinês com o qual me consultei por aquela mesma época.
Antes de dardejar agulhas certeiras, o sábio chim esquadrinhou
minha carcaça com mãozinhas secas e percuciente olhar
amendoado, antes de proferir o mais preciso e sintético parecer
a respeito do que comigo se passava, ou passa ainda:
§10 - Pé frio, cabeça quente!
(Humberto Werneck.
http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,pe-frio-cabeca-
quente,10000092718. Acessado

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