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2 Aspectos Fisiológicos ............................................................................3 Anatomia e Fisiologia Humana .............................................................4 Doenças ..................................................................................................7 Primeiros Socorros ...............................................................................10 Suporte Básico de Vida .......................................................................11 Posição de Recuperação ......................................................................12 Emergências Respiratórias ...................................................................13 Emergências Clínicas ...........................................................................15 Parto de Emergência ............................................................................18 Emergências Traumáticas ....................................................................19 Picadas, Ferroadas e Mordidas ............................................................23 3 ‣ A pressão atmosférica padrão é de 760 mmHg ao nível do mar; ‣ Os dois principais gases atmosféricos são o nitrogenio e o oxigênio; ‣ Existem diversas patologias relacionadas a alterações na pressão atmosférica, a despressurização, podem ser divididas na seguinte forma: Hipóxia hipobárica, aerodilatações e aeroembolismo; ‣ Hipóxia hipobárica: É a diminuição das taxas de oxigênio no sangue arterial ou nos tecidos. Pode ser chamada de mal de altitude, que é causado por uma pressão parcial de oxigênio insuficiente no ar inspirado. A hipóxia também pode levar à anóxia que é a ausência de oxigênio no sangue arterial ou nos tecidos. ‣ A zona de descompensação orgânica fica entre 12 e 24 mil pés de altitude; ‣ No caso de despressurização, os pilotos descerão para o nível de 10 mil pés para poder respirar sem ajuda de equipamentos; ‣ Tempo de consiência útil (TUC) ou tempo de lucidez (TLU) é o tempo em que o orgânismo pode permancer capaz de desempenhar suas funcões sob condição de hipóxia. Esse tempo diminui caso a pessoa esteja em movimento durante a despressurização, seja fumante, consuma bebidas alcólicas ou seja obeso; ‣ O ser humano sobrevive apenas 6 minutos sem oxigênio; ‣ Aerodilatação ou aerobarotrauma é a expansão gasosa que ocorre no estômago, nos seios da face, no ouvido médio e eventualmente nos dentes; ‣ Evite comer alimentos como: Feijão, cebola, repolho, salsicha, pepino, melão ou abóbora; ‣ Aerodilatação no ouvido médio ou aerotite ocorre quando a pressão interna dele não consegue se igualar á pressão externa. Pode causar dor de ouvido, que pode ser resolvida efetuando a Manobra de Valsalva (Fecha a boca, tampe o nariz e ao mesmo tempo sopre o ar para fora do nariz para equilibrar a pressão); ‣ No interior do ouvido médio existe ar; ‣ Se um bebê de colo estiver chorando durante um pouso ou decolagem pode ser que esteja sofrendo de dor de ouvido. A mãe pode colocar o bebê para mamar para ajudar a equilibrar a pressão no ouvido; ‣ O canal que liga o ouvido médio á faringe e que ajuda a manter equilibrio da pressão entre os dois lados do tímpano é chamado de Trompa de Eustáquio; Trompa de Eustáquio Tímpano 4 ‣ Quando a cabine é pressurizada o ar contido no ouvi médio dilata-se, podendo provocar uma sensação de ensurdecimento; ‣ Aerobolismo ou Disbarismo é quando o nitrogênio dissolvido no sangue e nos tecidos do organismo é liberado formando bolhas gasosas. Ocorre em altitudes superiores a 30 mil pés com a cabine despressurizada; ‣ O aerobolismo pode ocorrer na forma cutânea, na forma articular (bends), na forma pulmonar e nervosa; ‣ A hiperventilação é o aumento de ar inalado, devido à aceleração e à intensificação da respiração. Causa a hipocapnia, redução da quantidade de CO² dissolvido no sangue; ‣ Mal do ar é resposta do organismo à estimalação violenta e a normal do labirinto do ouvido (responsável pelo equilíbrio), podendo causar alterações visuais e alterar a sensibilidade muscular; ‣ Alguns dos fatores que ocasionam o estresse são sons, ruídos e vibrações; ‣ A baixa umidade do ar no interior da aeronave pode causar desidratação; ‣ Desde o nascimento nosso organismo desenvolve ritmos ao longo de 24h que são chamados de ritmos circadianos. Cruzamento de 4 ou mais fusos afetará o mesmo; ‣ A exposição continuada a um ou vários fatores estressantes relacionados ao voo poderá levar o aeronauta à fadiga; ‣ Como medida preventiva para evitar a fadiga o aeronauta deve ter um descanso adequado de 8 horas por dia; ‣ A anatomia estuda a estrutura e a organização dos seres vivos; ‣ A fisiologia estuda o funcionamento do organismo; ‣ Células: Menor porção de matéria viva; ‣ Tecidos: Conjunto de células que realizam determinada função num organismo; ‣ Órgãos: Conjunto de tecidos que realizam uma determinada função; A Lei de Henry explica o Aerobolismo: A solubilidade de um gás dissolvido em um líquido é diretamente proporcional à pressão parcial do gás acima do líquido. A Lei de Boyle-Mariotte explica as Aerodilatações: A pressão absoluta e o volume de uma certa quantidade de gás confinado são inversamente proporcionais se a temperatura. permanece constante em um sistema fechado.. A Lei de Dalton explica a Hipóxia: A pressão total de uma mistura de gases é igual à soma das pressões parciais de cada gás que o compõe. 5 ‣ Sistema nervoso central: é formado pelo encéfalo e medula espinhal. Ele controla todos os sistemas do corpo; ‣ Sistema auditivo: é dividido em três partes, ouvido externo, médio e interno. Sua função é captar as ondas sonoras e convertê-las em impulsos nervosos; ‣ Sistema visual: é formado pela córnia, íris, cristalino, esclera, retina, humor aquoso e humor vítreo. Sua função é receber as imagens e transformá-las em impulsos elétricos; 6 ‣ Sistema digestivo: É formado por boca, dentes, língua, faringe, esôfago, estômago, fígado, pâncreas e intestino. Ele é responsável por obter os nutrientes necessários a partir dos alimentos ingeridos; ‣ Sistema urinário: É formado por dois rins, ureteres, beixiga e uretra. Sua função é formar, armazenar e eliminar a urina; ‣ Sistema respiratório: É o conjunto de orgãos responsáveis pela entrada, filtração, aquecimento, umidificação e saída de ar do nosso organismo. Os alvéolos pulmonares oxigenam o sangue realizando trocas gasosas com o meio (hematose); 7 ‣ Sistema cardiovascular: Sua função é transportar oxigênio, nutrientes, toxinas e gás carbônico para manter vivas todas as células do corpo. O sangue é formado por hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos), plaquetas (coagulam o sangue) e plasma (parte líquida). O sangue arterial é vermelho e é rico em oxigênio, já o sangue venoso é mais escuro e é rico em gás carbônico; ‣ Pequena circulação ou circulação pulmonar: O sangue vai do coração para os pulmões rico em gás carbônico e volta, dos pulmões para o coração, rico em oxigênio; ‣ Grande circulação ou circulação sistêmica: O sangue vai do coração para o corpo rico em oxigênio, irrigando os tecidos para que a respiração celular aconteça, e volta, do corpo para o coração, rico em gás carbônico; ‣ A OMS tem por objetivo evitar a propagação de doenças entre países; ‣ Vacina contra a febre amarela é obrigatória para aeronavegantes; ‣ Algumas doenças comuns na infância são: Rubéola, Catapora, Sarampo e Caxumba; ‣ Segundo a OMS, o indivíduo é consideravél saúdavel quando apresenta bem estar físico, mental e social; ‣ Doenças endêmicas:É uma doença que se manifesta apenas numa determinada região, de causa local, não atingindo nem se espalhando para outras comunidades. Ex.: Sarampo, malária, Esquistossomose, Febre Amarela, dengue, Doença de Chagas, Tuberculose e Cólera. ‣ Doenças epidêmicas: Tem rápida disseminação duma doença sobre um grande número de pessoas em uma região dentro dum curto período de tempo. Ex.: Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela. ‣ Doenças pandêmicas: É quando uma doença espalha-se por uma grande quantidade de regiões no globo, ou seja, ela não está restrita apenas a uma localidade, estando presente em uma grande área geográfica. Ex.: COVID-19 e Gripe A (Suína). 8 ‣ Hepatite B: Doença infectocontagiosa, transmitida pelo sangue e por materias contaminados com sangue ou fluidos corporais. ‣ Hepatite C: Transmitida pelo sangue contaminado, geralmente os portadores sofrem dano no fígado, mas não se sentem doentes. Outros podem desenvolver cirrose hepática, que acarrete em falência do órgão. ‣ AIDS: É transmitida através de fluidos corporais contaminados. Os portadores ficam mais vulneráveis a infecções, que invadem o organismo enquanto a doença se desenvolve. ‣ Turbeculose: Doença infecctocontagiosa, causada por bactéria que afeta principalmente os pulmões. É transmitido através da tosse ou espirro de uma pessoa contaminada. ‣ Meningite: É uma inflamação das membranas que revestem o cerébro e a medula espinhal causada por uma bactéria. Contágio ocorre através de tosse ou espirro da pessoa contaminada. A meningite mais perigosa é a meningocócita, que pode causar a morte em apenas 72h. ‣ Dengue: É uma doença transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado pelo vírus. ‣ Febre Amarela: Doença também transmitida por mosquitos contaminados, seu urbâno vetor é o Aedes aegypti. Na forma silvestre o vetor é o mosquito Haemagogus. Os sintomas aparecem repentinamente, umafebre muito alta, dor de cabeça intensa, dor nas costas e icterícia (cor amarelada da pele). ‣ Febre Maculosa: Também conhecida como doença do carrapato. É transmitida pelo carrapato-estrela contaminado. O carrapato infectado precisa ficar pelo menos 4h fixado na pele da vítima para contaminar. Regiões endêmicas: SP, MG, RJ, ES, BH e PE. ‣ Malária: Transmitido pela picada do mosquito Anopheles fêmea. Regiões endêmicas: AM, RO, SP e na divisa com MT. 9 ‣ Verminose intestinais: São as doenças mais comuns no brasil, provocadas por parasitas que vive no interior do corpo do hospedeiro. As mais frequentes são a ascaridíase (lombrigas), teníase (solitária), oxiuríase, tricuríase e a ancilostomíase (amarelão). ‣ Cólera: Transmitido pela bactéria vibrio cholae quando a pessoa ingere água, frutas, legumes, verduras e molúsculos contaminados. Leva a uma grande perda de líquido e consequente desidratação. ‣ Esquistossomose: Transmitida por um caramujo que elimina as larvas na água. Seu principal sintoma é a barriga d’água (ascite). Regiões endêmicas: MG, SP e nordeste. ‣ Doenças de chagas: É causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, através das feses do inseto barbeiro. A transmissão ocorre quando a pessoa coça o local da picada e as feses do barbeiro penetram o orifício que ele deixou. Regiões endêmicas: MG e BH. ‣ Peste: É transmitida através da pulga contaminada que vive em ratos. Ainda se encontram focos no nordeste. ‣ Leptospirose: O maior transmissor da doença é o rato. ‣ Raiva: Doença infecciosa causada por um vírus encontrado geralmente em cães de rua que não são vacinados. ‣ Tétano: Doença infecciosa grave não contagiosa. A bactéria geralmente vive em locais com ferrugem, quando a vítima se corta com esse objeto contaminado ocorre a transmissão. Se a pessoa não estiver vacinada ou não ir tomar a vacina antitetânica poderá ir a óbito. 10 ‣ É o tratamento imediato e provisório prestado no local da ocorrência até que a vítima possa receber tratamento médico definitivo; ‣ Ao fazer o checklist dos kits de primeiros socorros, verifique o cilindro de oxigênio, o manômetro deve estar a 1500 PSI, verifique se as máscaras estão lacradas e fixadas; ‣ Caso a vítima esteja consciente, obtenha o seu consentimento antes de atendê-la; ‣ Não movimentar a vítima desnecessariamente; ‣ A permissão dada pela vítima para ser atendida pode ser por sinais, verbal ou implícito, quando ela estiver inconsciente e houver uma ameaça iminente à sua vida; ‣ O número de conjuntos de kits de primeiros socorros varia de acordo com o número de assentos da aeronave: Assentos Número de kits 0 a 100 1 101 a 200 2 201 a 300 3 301 a 400 4 401 a 500 5 + 500 6 ‣ Toda aeronave possui o conjunto de precaução universal que serva para limpar o produto corporal potencialmente infeccioso e protejer a tripulação. O número de kits de precaução é o dobro do número dos comissários; ‣ Conjunto médico de emergência somente poderá ser aberto por médicos que estejam a bordo ou com a autorização do serviço médico remoto que orientará a tripulação. Ele deverá estar presente em aeronaves com 100 assentos ou mais e em trajetos com mais de 2h de duração. Uma aeronave pode conter no máximo 6 kits; ‣ O conteúdo do conjunto de primeiros socorros, precaução universal e o médico de emergência deverá atender as especificações e requisitos estabelecidos pela ANVISA definido no Apêndice A do RBHA 121; 11 ‣ O comissário deve anotar o nome e o CRM do médico que abrir o kit médico de emergência; ‣ De acordo com o RBHA, são medicações incluídas nos kits de primeiros socorros sempre que os regulamentos nacionais permitirem: Analgésico de ação leve, antiemético, anti-histamínico e antiácido; ‣ O suporte básico de vida são técnicas utilizadas em vítimas que apresentem ameaça iminente de vida; ‣ Emergência clínica: Desequilíbrio do organismo não originada por trauma; ‣ Emergência traumática: É quando um fator externo age contra a vítima causando uma lesão; ‣ Ao iniciar um socorro, o comissário deve acionar a tripulação, identificar tipo de emergência e verificar existencia de médico ou enfermeiro a bordo, solicitando seu apoio imediado se necessário; ‣ Análise primária da vítima corrigir problemas que ameacem a vida: 1. Segurança do local: Verificar se o local é seguro e usar o equipamento de proteção individual (EPI); 2. Nivel de consciência: Perguntar para a vítima posso ajudar?. Caso esteja inconsciente avalie o CAB; 3. C (circulation): Verificar o pulso carotídeo em adultos e crianças ou braquial em bebês; 4. A (airways): Liberar as vias aéreas, a passagem de ar pode estar bloqueada; 5. B (breathing): Verificar a respiração. Realize a hiperextensão do pescoço e aplique duas ventilações de 1 segundo cada, verificando sempre se o tórax está inflando; 6. Hemorragia grave: Verificar se há sangramento que requer atendimento imediatamente. 12 ‣ Análise secundária da vítima é feita após eliminarmos qualquer ameaça iminente à vida: 1. Nível de consciência; 2. Nível de dor; 3. Respiração: Rítmo respiratório normal ou difícil, rápido ou lento, superficial ou profundo; 4. Pulsação: Pulso regular ou irregular, forte ou fino, cheio ou fraco; 5. Condição da pele: Se está quente ou fria, úmida ou seca, com tom rosado ou pálido. Realizar a perfusão periférica, ou seja, apertar a ponta do dedo e ver se o tom avermelhado de sangue consegue voltar ao normal com rapidez, se demorar mais que 3 segundos significa que a circulação está com deficiência; 6. Cindição das púpilas: Verifique se as púpilas estão normais e se reagem à luz; 7. Capacidade de movimentação: Verifique se a vítima consegue se movimentar. A incapacidade de movimentode um ou mais membros pode indicar lesão no sistema nervoso central; 8. Outros sintomas: Convulsão, vômitos, febre, sudorese (suor excessivo), diurese (fluxo de urina), etc; ‣ Quando a vítima estiver inconsciente mas esteja respirando e que não tenha suspeita de lesão na coluna devem ser colocadas na posição de recuperação, deitadas de lado. Ela ajuda a manter as vias aéreas abertas e permite a saída de fluidos pela boca, evitando que a vítima engasgue; 13 ‣ Frequência respiratória é o número de movimentos respiratórios por minuto: ‣ Dispinéia: É a falta de ar, respiração irregular; ‣ Apnéia: É a ausência de respiração; ‣ Taquipnéia: Aceleração da respiração; ‣ Bradipnéia: Redução da respiração; ‣ Cianose: Pele com coloração azulada devido a uma insulficiência de oxigênio no organismo; ‣ Parada respiratória é a emergência respiratória mais grave porque ocorre devido a uma lesão ou mal súbito. Para iniciar a ventilação utilize uma barreira de proteção entre você e a vítima. Não encha o peito para ventilar mais ar pois pode causar vômito. Se fizer corretamente haverá elevação torácica. Avalie o pulso a cada 2 minutos; ‣ Para aplicar as ventilações realize a hiperextensão do pescoço e escolha a técnica mais adequada: 1. Boca a boca: Colocar a vítima em decúbio dorsal (barriga para cima), pince o nariz e faça uma ventilação de 1 segundo a cada 5 segundos em adultos ou crianças; 2. Boca a nariz: Deve ser feito se caso a boca da vítima não puder ser aberta; 3. Boca a nariz e boca: É feito em bebês e crianças muito pequenas. O socorrista deve selar sua boca sobre o nariz e a boca da vítima; ‣ Caso a vítima esteja tossindo e emitindo sons durante a respiração você deve encorajar a vítima a tossir mais para expulsar o corpo estranho; Frequência em repouso Adulto 12 a 20 por minuto Criança 20 a 30 por minuto Bebê 30 a 40 por minuto 14 ‣ Utilize a Manobra de Heimlich para vítimas que aspiraram um corpo estranho. A manobra consiste em posicionar-se atrás da vítima, abraçando-a pelo abdômen, segure o punho da sua mão entre o apêndice xifóide (parte final do esterno) e o umbigo e realize compressões abdominais. A manobra não é recomendada para bebês com menos de 1 ano; ‣ Caso uma prótese dentária se solte durante a ventilação, deve-se retirar para evitar que a vítima se engasgue; ‣ A ventilação não deve ser feita em casos de doenças infectocontagiosas e nas intoxicações por gases venenosos como o monóxido de carbono. Nesses casos utilize as máscaras auto infláveis (AMBU) presentes nos kits de primeiros socorros; ‣ O comissário deve sempre desconfiar de obstrução das vias aéreas durante ou após as refeições, quando a pessoa estiver com a mão no pescoço e postura típica de engasgamento, quando a vítima apresenta cianose ou parar de respirar; ‣ A asma é uma doença alérgica crônica que se caracteriza pela dificuldadede respirar devido a alguma inflamação no sistema respiratório. Ela tem início repentino e ruídos respiratórios são audíveis a uma curta distância. A que vítima apresenta pele azulada deve-se aplicar oxigênio terapêutico; ‣ O afogamento é a entrada violenta de água nos pulmões que impede a entrada de ar causando asfixia. Se não for tratado a vítima pode ter uma parada cardíaca. Caso tenha que resgatar vítima que se encontra na água, utilize algum objeto flutuante pois ela pode te agarrar ou te afundar. O tratamento de emergência é colocá-la em decúbio dorsal com a cabeça levemente mais baixa que o corpo e com a cabeça lateralizada para facilitar a saída da água ou vômito. Avalie a vítima e inicie o RCP caso seja necessário; 15 ‣ Choque anafilático: É uma reação alérgica grave e de rápida progressão que pode levar à morte. É causada pelo contato da vítima alérgica com uma determinada substância. Ela apresenta dificuldade de respirar, chiado, inchaço no corpo e até parada respiratória. Caso a vítima tenha o antialérgico, ajude-a na aplicação, e se não tiver, o medicamento mais indicado é a EpiPen (a lesgilação brasileira não permite seu uso); ‣ A frequência cardíaca é o número de batimentos por minuto (bpm) do coração: ‣ Bradicardia: É a redução do número dos batimentos cardíacos; ‣ Taquicardia: É o aumento do número dos batimentos cardíacos; ‣ Infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco: É a morte dos tecidos do coração provocada pela deficiência ou ausência de circulação no mesmo. Geralmente é causado pela gordura que obstrui os vasos sanguíneos. O ataque causa uma dor forte e constante no peito que dura de 30 minutos a várias horas. A dor se irradia pelo pescoço, ombros ou braços. Administre 3 comprimidos de aspirina infantil para a vítima chupar (sem engolir) se a mesma não tiver alergia. Se nada for feito a vítima poderá evoluir para uma parada cardiorespiratória; ‣ Angina de peito: Uma dor no peito causada pela deficiência da circulação coronariana (do coraçaõ), sem ocorrer a lesão do músculo cardíaco. Os sintomas são semelhantes ao do infarto, mas a diferença está no tempo da duração da dor, que é inferior a 10 minutos e melhora com o uso da medicação específica. Se a dor persistir por mais de 10 minutos ou Frequência em repouso Adulto 60 a 100 bpm Criança 70 a 130 bpm Bebê 80 a 150 bpm 16 parar e retomar, atenda como ataque cardíaco; ‣ Parada cardiorrespiratória: Pode ocorrer por várias causas diferentes, ela pode levar a uma parada respiratória ou uma parada respiratória pode levar a uma parada cardíaca, provocando uma parada cardiorrespiratória. O principal sinal é a ausência de pulso por 10 segundos. Seu o tratamento é a ressuscitação cardiopulmonar (RCP); ‣ Ressuscitação cardiopulmonar (RCP): RCP é a combinação de compressões toráxicas e de ventilações com o objetivo de manter os sinais vitais da vítima até a sua melhora, ou até a chegada do serviço médico de emergência. Procedimento para RCP é: 1. Verifique se o local está seguro. 2. Coloque a vítima em decúbito dorsal sobre um lugar firme. 3. Verifique se a vítima não tem pulso e não respira normalmente. 4. Útilize o DEA - se estiver disponível. 5. Inicie o RCP pelas compressões 6. Ajoelhe-se ao lado do ombro da vítima. 7. Exponha o toráx da vítima. 8. Encontre o centro da linha entre os mamilos e permaneça com seus ombros alinhaods e os cotovelos estendidos. 9. Para adultos, posicione as duas mãos com os dedos entrelaçados na metade inferior do osso esterno e realize as compressões correspondentes ao tipo da vítima: ‣ DEA - Desfibrilador externo automático: Equipamento para leigos utilizado em parada cardiorrespiratória, tem como função identificar o ritmo cardíaco "FV" ou fibrilação ventricular, presente em 90% das paradas cardíacas. Efetua a leitura automática do ritmo cardíaco através de pás adesivas no tórax. O RCP não deverá ser interompido para o socorrista buscar o DEA, o mesmo deverá pedir ajuda para outra pessoa pegar enquanto realiza o RCP; Compressão-ventilação para 1 ou 2 socorristas 30:2 Compressão-ventilação para 1 socorrista 30:2 Compressão-ventilação para 2 socorristas 15:1 Compressão-ventilação para 1 socorrista 30:2 Compressão-ventilação para 2 socorristas 15:1 Adultos Crianças Bebês 17 ‣ O cilindro de oxigênio suplementar deve ser utilizado nos seguintes casos acompanhado de cianose ou até recuperação da vítima: Crises asmáticas, intoxicações por gases, descompressão súbta da aeronave, obstrução das vias aéreas (após a desobistução), afogamento e paradas cardiorespiratórias; ‣ Deve-se suspender a administração do CO² se os sintomas desaparecerem pois pode levar a vítima à hipocapnia (diminuição de dióxido de carbono no sangue);‣ Caso a vítima esteja inconsciente e com suspeita de trauma, o socorrista deverá usar a técnica do VOS - Ver, Ouvir e Sentir. A princípio, ele deverá aproximar seus ouvidos bem próximos à boca da vítima, direcionando o seu olhar para o tórax da mesma e observando se há movimentos respiratórios; ‣ Acidente vascular cerebral (AVC): É um dano no tecido cerebral causado por falha na irrigação sanguínea e oxigenação. Temos dois tipos: Acidente vascular cerebral isquêmico: Aproximadamente 80% dos casos de AVC. É o entupimento de um vaso sanguíneo, que interrompe o fluxo de sangue em uma região específica. Acidente vascular cerebral hemorrágico: Cerca de 20% dos casos de AVC. Rompimento de vaso sanguíneo, que provoca hemorraia, e aumenta a pressão intracraniana. OBS: A principal característica que indica que uma vítima está sofrendo de AVC são as pupílas desiguais (imagem no item Suporte Básico de Vida). ‣ O estado de choque é a falta ou insulficiência de oxigênio nas células do corpo provocadas por uma crise de pânico, taquicardíaco, hipotermia, hemorragias intensas, etc. A vítima apresenta pulso fraco e acelerado, pele fria, úmida e palída e visão nublada. Se a vítima estiver consciente, posicione-a em decúbio dorsal (barriga para cima) com pernas elevadas em até 30cm para aumentar a irrigação cerebral. Afrocha as vestes e mantenha a cabeça lateralizada; ‣ O desmaio é a perda súbta dos sentidos. Geralmente é causado por excesso de esforço físico ou mental, ambiente com pouca ventilação, choque emocionais, cansaço ou fome. posicione- a em decúbio dorsal (barriga para cima) com pernas elevadas em até 30cm para aumentar a irrigação cerebral. Afrocha as vestes e tranquilize a vítima. Chama-se lipotimia a perda de consciência e síncope a impressão angustiante de quem vai desmaiar; ‣ As convulsões são contrações involuntárias de partes ou da totalidade dos músculos por atividade elétrica anormal do cérebro. A febre alta em crianças pode levar à convulsão. É importante o soccorista proteger a vítima, não tentar restringir os movimentos, retirar os objetos perigosos em volta, afrouxar as vestes e não deixar pessoas em volta comprometendo a ventilação; ‣ A hipoglicemia é a diminuição da quantidade de glicose (açucar) no sangue; ‣ A hiperglicemia (diabetes) é o excesso de glicose (açucar) no sangue; ‣ Insolação: elevação da temperatura corporal provocada pela ação dos raios de sol; ‣ Intermação: elevação da temperatura corporal provocada por um ambiente aquecido, fechado e sem ventilação; ‣ Hipotermia: queda da temperatura corporal abaixo da faixa média de 37,5°C por exposição de ambiente frio; 18 ‣ Congelamento: Ocorre quando há ausência de circulação na região afetada. Ocorre geralmente nas extremidades. Temos três tipos de congelamento: 1° Grau: vermelhidão e dormencia; 2° Grau: bolhas; 3° Grau: escurecimento da pele, ulceração, gangrena (apodrecimento) e necrose dos tecidos. ‣ Envenenamento: É causado por substâncias químicas no organismo. Pode ocorrer por ingestão, contato ou inoculação (mordida ou picada de animais). Caso a vítima tiver contato com plantas venenosas , lave a área com água e sabão. ‣ Caso houver um falecimento a bordo, os comissários deverão informar o comandante que então notificará as as autoridades policiais e aeroportuárias no próximo pouso; ‣ O parto de emergência é aquele que ocorre fora do ambiente médico-hospitalar. O parto é dividido em três partes: 1. Dilatação do colo uterino: Caracteriza-se pelas contrações uterinas. 2. Expulsão do feto: Caracteriza-se pela saída do feto do interior do útero. OBS: No congelamento de 2° e 3° grau você deve reaquecer a área afetada com água morna, mas nunca por atrito devido à sensibilidade da pele. 19 3. Expulsão da placenta: Caracteriza-se pelo desprendimento, a descida e a expulsão da placenta e das membranas. ‣ Até o terceiro ou quarto mês de gestação, o cinto de segurança poderá ser colocado indiferentemente. Numa gravidez avançada, o cinto deverá ser colocado com alguns travesseiros sobre o baixo ventre; ‣ Gestantes acima do oitavo mês de gravidez deverão apresentar um atestado médico autorizando a viagem. ‣ Após o nascimento do bebê, limpe o muco do nariz e boca, assegure-se de que ele esteja respirando; Se a criança não chorar ou respirar, segure-a de cabeça para baixo, pelas pernas, e dê alguns tapinhas nas costas para estimular a respiração. Se, ainda assim, o bebê não estiver respirando, aplique a respiração artificial delicadamente, insuflando apenas o volume suficiente para elevar o tórax da criança, como um movimento respiratório normal. Aja com delicadeza. ‣ São todas as ocorrências nas quais um fator externo age contra a vítima causando uma lesão como cortes e fraturas, por exemplo; ‣ As queimaduras são lesões na pele causadas por agentes térmicos ou químicos. Elas são classificadas de acordo com sua profundidade: 1° grau: heritemas na pele (vermelhidão), atinge a epiderme. 2° grau: pele inchada, vermelha e com aparição de bolhas, atinge a epiderme e derme. 3° grau: necrose dos tecidos, atinge a epiderme, derme e tecidos profundos. 20 ‣ A hemorragia é a perda sanguínea resultante de uma lesão vascular. A gravidade da hemorragia depende do tipo de vaso lesionado: Hemorragia arterial: é o mais grave porque sai em jatos acompanhando o rítmo cardíaco e tem a coloração vermelho vivo (rico em oxigênio). Hemorragia venosa: é quando o sangramento origina de uma veia, ela flui constantemente e tem a coloração escura (rico em gás carbônico). Hemorragia capilar: é a lesão em vasos de pequeno calibre geralmente em lesões superficiais. Tendem a se coagular espontanêamente. ‣ O procedimento que interrompe a hemorragia se chama hemostasia. Ela consiste em fazer pressão e comprimir o local que sangra até estancar o sangramento; ‣ Hemorragia externa: é o sangramento que fluí para fora do corpo como consequência de um trauma ou ferimento. eleve a área afetada; ‣ Hemorragia interna: é o sangramento que ocorre no interior do organismo, portanto não é visível; ‣ Choque hipovolêmico: é um estado de choque no qual o coração não consegue fornecer sangue o suficiente para o corpo porque a vítima perdeu muito sangue. O principal sintoma é o pulso rápido e o aumento do número de respirações, a vítima sente muita sede; ‣ O torniquete ou garrote é utilizado para casos extremos de hemorrgia, devendo o socorrista afrouxa-ló e aperta-ló a cada 15 minutos; ‣ Vamos citar alguns tipos específicos de hemorragias: Otorragia: Sangramento pelo ouvido; Epistaxe ou rinorragia: Sangramento pelo nariz; Hemoptise: Sangramento do aparelho respiratório pela boca; 21 Hematêmese: Sangramento do aparelho digestivo pela boca; Malena: Sangramento no intestino através de fezes enegrecidas; Enterorragia: Sangramento no intenstino através de fezes vermelhas; Hematúria: Sangramento pela urina; Metrorragia: Sangramento pela genital feminina; ‣ Traumatismos no crânio: Superficial: somente no couro cabeludo; Craniana: quando ocorre fratura da caixa craniana; Encefálica: quando ocorre lesão na massa encefálica; Traumatismo crânio-encefálico (TCE): quando ocorre a lesão craniana e a encefálica ao mesmo tempo; ‣ Em caso de lesão no olho não remova o objeto, estabilize-o com uma gaze ou pano dobrado. Cubra os dois olhos para evitar o movimento; ‣ Em caso de sangramento no nariz sente a vítima com a face voltada para baixo e peça para pressionar levemente as narinas até que o sangramento cesse. ‣ No caso de luxação da articulação tempero-mandibular (ATM) o mais recomendado é a técnica de redução, porém só deve ser feito por médicos. Você como comissáriodeve imobilizar a mandíbula contra o maxilar superior; ‣ Uma vítima de traumatismo torácico que sofreu uma lesão aberta com saída de ar (presença de bolhas de ar no ferimento) deve ser atendida com curativo de 3 pontas (ou valvulado), que não deixa o ar entrar quando a pessoa inspira, porém deixa o ar sair quando a pessoa expira; ‣ Em caso de traumatismo abdominal posicione a vítima em decúbio dorsal e peça para flexionar os joelhos para aliviar a dor; ‣ No caso de evisceração não tente recolocar os órgãos de volta ou remover objetos empalados, cubra a lesão com compressa de gaze úmida ou com plástico limpo; ‣ Os traumatismos fechados são traumas que se caracterizam pelo não rompimento da pele. Podem ser classificados como: Entorses: estiramento ou ruptura dos ligamentos de uma articulação; Luxações: se caracteriza pela perda total de contato entre os ossos de uma articulação; Contusões: mancha roxa, sangramento sob a pele, edema (inchaço, acumulo de líquidos) e hematomas; 22 ‣ As feridas são rupturas da pele causadas por um trauma. Temos as seguintes feridas: Perfurantes: provocadas por objetos longos e pontiagudos, o ferimento pode ser profundo; Escoriações: lesões superficiais como ralar o joelho no asfalto, por exemplo; Incisas: provocada por agente cortante, lesão com bordas bem definidas. São provocadas por facas, cacos de vidro, etc. Contusas ou lacero contuso: ferimentos irregulares com bordas dilaceradas, que gerou retalhos; ‣ Ao depilar a perna com uma lâmina uma pessoa se corta provocando uma ferida do tipo Incisa; ‣ A fratura é o rompimento na continuidade de um osso, provocado por um traumatismo associado a dor, edema e impotência funcional: Fechada: Não há ruptura de pele. Exposta: Há ruptura de pele. Incompleta: O osso faturado não sofre afastamento. Completa: Os ossos se partem totalmente. Cominutiva: Quando se tem mais de dois fragmentos de osso. ‣ Use o tratamento RICE no caso de entorses, fraturas e luxações: R - Repouso na área que foi lesionada; I - Inicie com o gelo; C - Comprima a área; E - Eleve a extremidade; ‣ A fratura do crânio tem como principal sintoma a perda de consciência. Há afundamento do osso, hemorragia pelos ouvidos, boca e nariz. ‣ No caso de uma fratura da coluna vertebral, movimente a vítima com cuidado. Coloque-a sobre uma prancha rígida, restrinja os movimentos da cabeça com ambas as mãos; ‣ Uma vítima politraumatizada é aquela que sofreu lesões em várias partes do corpo; ‣ Para imobilizar uma vítima a fim de transportá-la, utilize uma prancha rígida para o corpo e o head block para cabeça; ‣ As talas para imobilização devem ser rígidas, acolchoadas e amarradas sem pressão excessiva; OBS: No tratamento para feridas você deve realizar uma limpeza cuidadosa com água e sabão, realizar hemostasia e, no caso de ferida incisa, fazer o ponto falso (borboleta). 23 ‣ Mordida de cobra: 1. Evite movimentar a vítima. 2. Mantenha a área da mordida abaixo do nível do coração. 3. Lavar com água e sabão. 4. Não aplicar gelo sobre o local da mordida. ‣ Picada de aranha: 1. Lavar o local com água e sabão. 2. Aplicar compressa de gelo. 3. Obter atendimento médico no caso de picada de armadeira ou aranha marrom. ‣ Picada de abelha ou vespa: 1. Remova o ferrão da pele cuidadosamente. 2. Lave com água e sabão. 3. Aplicar compressa de gelo. 4. Fique atento com reações alérgicas. ‣ Ferroada de escorpião: 1. Lave com água e sabão. 2. Aplicar compressa de gelo. 3. Obter atendimento médico em casos graves. ‣ O metodo START (simple triage and rapid treatment) visa otimizar o atendimento simultâneo de multiplas vítimas em uma emergência; ‣ São algumas técnicas de retirada rápida de vítimas em locais de risco: Apoio nas costas, arrasto, arrasto em manta, bombeiro, cadeirinha, maca e prancha rígida;