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11 de março de 2021 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO Universidade Federal de Minas Gerais Exercício 2020 Controladoria-Geral da União (CGU) Secretaria Federal de Controle Interno (SFC) RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO Órgão: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Unidade Examinada: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) Município/UF: BELO HORIZONTE/MG Relatório de Avaliação: 885864 Missão Elevar a credibilidade do Estado por meio da participação social, do controle interno governamental e do combate à corrupção em defesa da sociedade. Avaliação O trabalho de avaliação, como parte da atividade de auditoria interna, consiste na obtenção e na análise de evidências com o objetivo de fornecer opiniões ou conclusões independentes sobre um objeto de auditoria. Objetiva também avaliar a eficácia dos processos de governança, de gerenciamento de riscos e de controles internos relativos ao objeto e à Unidade Auditada, e contribuir para o seu aprimoramento. QUAL FOI O TRABALHO REALIZADO PELA CGU? Trata-se de auditoria para avaliar os processos de revalidação de diplomas estrangeiros de graduação e de reconhecimento de diplomas estrangeiros de pós-graduação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Foram avaliados os procedimentos e processos definidos em amostra não probabilística relativos ao reconhecimento e revalidação de diplomas obtidos no exterior realizados pela UFMG entre 2017 e 2020. O resultado da avaliação na UFMG comporá, em conjunto com auditorias em curso em outras Instituições de Ensino Superior, análise dos sistemas de revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros no Brasil quanto a eficiência, isonomia, adequação em termos de oferta de serviço, acessibilidade em função de variáveis que não excluam interessados, bem como qualidade, integridade e transparência. POR QUE A CGU REALIZOU ESSE TRABALHO? A seleção destes temas se justifica por critérios de criticidade e de relevância. Os processos de revalidação e reconhecimento impactam, diretamente ou indiretamente, três metas estabelecidas Plano Nacional de Educação (PNE). Embora os referidos processos cumpram papel acessório do ponto de vista da política pública, são relevantes para a atração de mão de obra qualificada, bem como na internacionalização do conhecimento científico e tecnológico produzido no país. QUAIS AS CONCLUSÕES ALCANÇADAS PELA CGU? QUAIS AS RECOMENDAÇÕES QUE DEVERÃO SER ADOTADAS? Foram identificadas boas práticas voltadas ao cumprimento da função pública de ofertar os serviços de revalidação e reconhecimento de títulos estrangeiros pela UFMG. A organização de setores específicos e o estabelecimento de um fluxo decisório adequado permitiram que a UFMG se destacasse como a instituição que mais registrou processos de revalidação/ reconhecimento de diplomas estrangeiros na Plataforma Carolina Bori, no período de 2017 a setembro de 2020. Não obstante sua elevada produção, os testes realizados também indicam que a Universidade Federal de Minas Gerais necessita estabelecer critérios para fixar as taxas de revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros com base no custo dos processos. LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS Arcu-Sul Sistema de Acreditação Regional de Cursos de Graduação Capes Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CES Câmara de Educação Superior CGU Controladoria-Geral da União CNE Conselho Nacional de Educação CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico ICT Instituição Científica e Tecnológica Inep Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira MEC Ministério da Educação MS Ministério da Saúde PNE Plano Nacional de Educação Revalida Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira Sesu/MEC Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação TAEs Servidores Técnico-administrativos em Educação UFMG Universidade Federal de Minas Gerais UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul SUMÁRIO INTRODUÇÃO 6 RESULTADOS DOS EXAMES 10 1. Performance destacada na revalidação/reconhecimento de diplomas estrangeiros via Plataforma Carolina Bori. 10 2. Inexistência de incentivos internos aos professores e servidores TAEs da UFMG para participação nos processos de revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros. 10 3. Não demonstração dos critérios e da memória de cálculo para fixar as taxas de revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros. 11 4. Prejuízos ao trâmite simplificado de reconhecimento de diplomas oriundos de cursos ou programas estrangeiros indicados em lista específica produzida pelo MEC e que deveria ter sido disponibilizada por meio da Plataforma Carolina Bori. 12 RECOMENDAÇÕES 13 CONCLUSÃO 14 ANEXOS 15 I – MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA E ANÁLISE DA EQUIPE DE AUDITORIA 15 6 INTRODUÇÃO Por meio deste relatório, apresentam-se os resultados do trabalho de avaliação dos processos de revalidação e reconhecimento de diplomas de graduação e de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) obtidos no exterior, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O trabalho foi realizado de acordo com os preceitos contidos na Ação de Controle nº 885864. Os portadores de diplomas de graduação e de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), obtidos em instituições de educação superior estrangeiras, poderão, para fins profissionais ou acadêmicos, mediante processo de revalidação ou reconhecimento, ter seus títulos declarados equivalentes aos concedidos no Brasil. Isto é, seus diplomas serão apostilados e passam a ter validade nacional. O processo de revalidação ou reconhecimento de diplomas de graduação, de mestrado e de doutorado, expedidos por instituições de educação superior estrangeiras é regido pelos § 2° e 3º do art. 48 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e por normas infralegais estabelecidas em Resoluções e Portarias. Conforme dispõe o § 2º do art. 48 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a responsabilidade pelo processo de revalidação é das universidades públicas que mantenham curso do mesmo nível e área ou equivalente, acatando-se os acordos internacionais de reciprocidade ou equiparação em vigor. Já o § 3° do mesmo artigo, dispõe que a validação dos diplomas de mestrado e doutorado expedidos por instituições estrangeiras só poderá ocorrer por meio de processo de reconhecimento realizado por universidades (públicas ou privadas) que mantenham curso em nível equivalente ou superior, na mesma área de conhecimento. A seleção deste tema para ação de controle se justifica por critérios de criticidade e de relevância. O processo de revalidação ou reconhecimento impacta metas e estratégias do Plano Nacional de Educação (PNE), em especial: a) Meta 12 (estratégia 12.12), que incentiva a mobilidade estudantil e docente em âmbito nacional e internacional; b) Meta 13, que procura elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores; e c) Meta 14 (estratégias 14.9, 14.10 e 14.13), que estimula, entre outras ações: a atuação em rede, o intercâmbio científico e tecnológico, e a cooperação científica entre empresas, universidades e ICTs em âmbito nacional e internacional. Atentos aos impactos deste processo na internacionalização do conhecimento produzido nas universidade brasileiras ena atração de mão de obra qualificada para contribuir para o desenvolvimento econômico e científico do país, a Câmara de Educação Superior (CES) do 7 Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou a Resolução CNE/CES n° 3, de 22 de junho de 2016, que regulamenta os procedimentos referentes à revalidação e ao reconhecimento de diplomas expedidos por instituições estrangeiras de ensino superior. Com abrangência nacional, a Resolução estabelece procedimentos que deverão ser adotados por todas as universidades brasileiras. Com base nesta resolução, o Ministério da Educação (MEC) expediu a Portaria Normativa MEC nº 22, de 13 de dezembro de 2016, dispondo de normas e procedimentos gerais de tramitação de processos relativos à revalidação e ao reconhecimento de diplomas. Tanto a Resolução CNE/CES n° 3/2016 como a Portaria Normativa MEC nº 22/2016 estabelecem responsabilidades para os atores envolvidos no processo e fixam períodos máximos para a duração do processo de revalidação ou de reconhecimento dos diplomas estrangeiros nas universidades revalidadoras/reconhecedoras. Aliás, a fixação de tais prazos busca mitigar a ocorrência histórica de elevado volume de processos de validação de trâmite de longuíssima duração, realizados em prazos considerados inadmissíveis (MEC, 2019)1. Assim, com o objetivo de facilitar a gestão e o controle do fluxo de processos de revalidação ou reconhecimento, favorecendo a interatividade entre as partes, o MEC disponibilizou aos interessados a Plataforma Carolina Bori2 no primeiro trimestre de 2017. A expectativa do ministério com esta iniciativa era fortalecer a “agilidade, transparência, coerência e previsibilidade aos processos de revalidação/reconhecimento de diplomas estrangeiros no Brasil” (MEC, 2017)3. A utilização desta plataforma pelas universidades validadoras, contudo, é por adesão, isto é, não é obrigatória a tramitação dos processos por meio dela. Atualmente4, 107 universidades assinaram o termo de adesão para utilizar a plataforma como sistema de gestão e controle do fluxo de processos conduzidos por elas. No caso da revalidação de diplomas de medicina, as universidades públicas podem optar pelo procedimento ordinário de revalidação, regulamentado pela Resolução CNE/CES n° 3/2016 e pela Portaria Normativa MEC nº 22/2016, ou pela adesão ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida). O Revalida foi instituído pelo MEC e pelo Ministério da Saúde (MS) por meio da Portaria MEC/MS nº 278, de 17 de março de 2011. O objetivo do exame é verificar a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências (teóricas e práticas) para o exercício profissional da medicina apropriado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Em suma, este exame serve de subsídio para o processo de revalidação de diplomas de medicina ao tornar dispensável o rito processual de comprovação de currículos, previsto no art. 7º da Resolução CNE/CES n° 3/2016. De forma complementar ao exame, compete às universidades 1 Disponível em: <http://carolinabori.mec.gov.br/?pagina=historico> 2 Disponível em: <http://carolinabori.mec.gov.br/> 3 Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/sesu-secretaria-de-educacao-superior/programas-e-acoes> 4 Pesquisa realizada em http://plataformacarolinabori.mec.gov.br/consulta-publica/adesao/consulta no dia 29/12/2020. 8 que aderiram ao Revalida a atividade de análise da autenticidade da documentação entregue pelo requerente conforme exigido na legislação brasileira. Este relatório apresenta os resultados dos testes aplicados na Universidade Federal de Minas Gerais. Contudo, como exposto, seus resultados não ficarão restritos às políticas internas da UFMG, pois serão consolidados e avaliados em conjunto com outras instituições de ensino superior. Para alcançar o objetivo do trabalho, buscou-se responder às seguintes questões e subquestões de auditoria: Questão 1. O processo de revalidação de diplomas de graduação obtidos no exterior na Universidade é eficiente e acessível em função de variáveis que não promovam exclusão de interessados? Subquestão 1.1 - Os incentivos internos na Universidade estão ajustados para promover alocação de recursos adequados e suficientes ao sistema de revalidação de diplomas Subquestão estrangeiros? Subquestão 1.2 - O critério utilizado pela Universidade para fixar a taxa de revalidação de diplomas estrangeiros é baseado no custo do processo? Subquestão 1.3 - A Universidade tem cumprido o prazo no atendimento da revalidação de diplomas estrangeiros? Subquestão 1.4 - O mecanismo de tramitação simplificada de processos de revalidação de diplomas de graduação obtidos no exterior tem operado de forma plena na Universidade? Subquestão 1.5 - A Universidade está admitindo regularmente pedidos de revalidação de diplomas de graduação obtidos no exterior? Subquestão 1.6 - Os processos de revalidação dos candidatos aprovados no exame Revalida tem sido concluídos pela Universidade e com celeridade? Questão 2. O processo de revalidação de diplomas de graduação obtidos no exterior na Universidade possui os requisitos de integridade e transparência? Subquestão 2.1 - Há indícios de ocorrência de irregularidades em processos de revalidação na Universidade ou mesmo práticas ilícitas contrárias ao interesse público? Subquestão 2.2 - A Universidade tem divulgado regularmente a capacidade real de atendimento aos pedidos de revalidação para cada curso? Subquestão 2.3 - Há mecanismos eficazes de divulgação e acompanhamento dos processos de revalidação pelos usuários na Universidade? Subquestão 2.4 - A indicação de estudos complementares por universidades privadas é cercada de critérios que garantam participação ampla e isonômica das IES? Questão 3. O processo de reconhecimento de diplomas de pós-graduação obtidos no exterior na Universidade é eficiente, adequado em termos de oferta de serviços e acessível em função de variáveis que não promovam exclusão de interessados? Subquestão 3.1 - Os incentivos internos na Universidade estão ajustados para promover alocação de recursos adequados e suficientes ao sistema de reconhecimento de diplomas estrangeiros? 9 Subquestão 3.2 - O critério utilizado pela Universidade para fixar a taxa de reconhecimento de diplomas estrangeiros é baseado no custo do processo? Subquestão 3.3 - A Universidade tem cumprido o prazo no atendimento do reconhecimento de diplomas estrangeiros? Subquestão 3.4 - O mecanismo de tramitação simplificada de processos de reconhecimento de diplomas de pós-graduação obtidos no exterior tem operado de forma plena na Universidade? Subquestão 3.5 - A Universidade está admitindo regularmente pedidos de reconhecimento de diplomas de pós-graduação obtidos no exterior? Questão 4. O processo de reconhecimento de diplomas de pós-graduação obtidos no exterior na Universidade possui os requisitos de integridade e transparência? Subquestão 4.1 - Há indícios de ocorrência de irregularidades em processos de reconhecimento na Universidade ou mesmo práticas ilícitas contrárias ao interesse público? Subquestão 4.2 - A Universidade tem divulgado regularmente a capacidade real de atendimento aos pedidos de reconhecimento para cada curso? Subquestão 4.3 - Há mecanismos eficazes de divulgação e acompanhamento dos processos de reconhecimento pelos usuários na Universidade? No que se refere à integridade das informações da Plataforma Carolina Bori que depende da fidedignidade e tempestividades da alimentação dos dados por parte das Universidades, com potencial impacto no tempo de tramitação em todo o sistema, procedeu-se à seleção de amostra não probabilística de processos cujos resultados foram emitidos entre 2017 e 2020. Nenhuma restrição foi imposta aos nossos exames. 10 RESULTADOS DOS EXAMES 1. Performance destacada na revalidação/reconhecimento de diplomasestrangeiros via Plataforma Carolina Bori. De acordo com planilha disponibilizada pelo MEC, que apresenta os processos de revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros registrados na Plataforma Carolina Bori no período de 2017 a setembro de 2020, a UFMG foi a instituição que mais registrou processos, sendo responsável pela análise de 1.109 requisições, cerca de 31% do total de processos registrados no Portal (3.499). A segunda instituição que mais registrou processos foi a UFRGS, com o total de 381 processos. No total, 64 instituições aderentes à Plataforma registraram processos nesse período. Esta elevada produção na UFMG se deve, em grande parte, à organização de setores específicos para a revalidação e o reconhecimento de diplomas obtidos no exterior e ao estabelecimento de um fluxo decisório interno adequado de alocação de recursos para as mencionadas atividades. Como consequência dessa elevada produção, da amostra de processos analisada, 15% descumpriu o prazo de 180 dias para o trâmite normal desses requerimentos5. Contudo, tendo em vista o alto número de processos analisados, e por se tratar de processos que geraram recursos e até a aplicação de provas adicionais, somos de opinião que o quantitativo de casos de descumprimento de prazos identificados não é relevante, além de tais situações não terem gerado impactos relevantes aos usuários do serviço. Vale ressaltar que não foram identificados indícios de irregularidades ou mesmo práticas contrárias ao interesse público nos processos analisados, tendo a Universidade adotado regras internas para rodízio de examinadores e conflito de interesse nas suas comissões de julgamento, além de prover mecanismos adequados de divulgação e acompanhamento dos citados processos pelos usuários da UFMG. 2. Inexistência de incentivos internos aos professores e servidores TAEs da UFMG para participação nos processos de revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros. 5 Dos 45 processos analisados, 7 apresentaram prazo maior que o estipulado na Portaria Normativa MEC nº 22/2016. Contudo, deve-se ressaltar que a amostra foi direcionada para os processos com maiores prazos de duração. 11 Conforme já mencionado, a revalidação e o reconhecimento de diplomas obtidos em instituições estrangeiras caracterizam função pública necessária das universidades públicas e privadas integrantes do sistema de revalidação de títulos estrangeiros. Considerando que tais atividades consomem recursos limitados das instituições, é necessário que haja um fluxo decisório que arbitre sobre os recursos que serão providos aos processos. Além da execução destas atividades ocorrerem em detrimento de outras, o conjunto de atribuições exercidas pelos servidores são a base para avaliações de qualidade, a exemplo das avaliações para progressão ou mesmo seleção para ocupação de cargos comissionados. Em outras palavras, a execução das atividades de revalidação/reconhecimento ocorre em detrimento a outras atividades, situação em que exercer papel no processo de revalidação/reconhecimento significa não exercer outro papel que, eventualmente pode resultar em maior compensação. É nesse contexto que consideramos importante o estabelecimento de mecanismos institucionais que incentivem os docentes e os Técnico- administrativos em Educação (TAEs) a dedicarem esforços à política de revalidação/reconhecimento de diplomas emitidos no exterior. Em que pese o elevado número de processos de revalidação/reconhecimento de diplomas estrangeiros analisados pela Universidade, os exames de auditoria indicaram que a UFMG não possui mecanismos concretos que objetivem incentivar docentes e TAEs a dedicarem esforços à política de revalidação/reconhecimento de diplomas obtidos no exterior. 3. Não demonstração dos critérios e da memória de cálculo para fixar as taxas de revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros. De acordo com o artigo 10 da Portaria Normativa MEC nº 22/2016, a instituição fixará a taxa para a realização de reconhecimento e revalidação de diplomas considerando os custos do processo, entendendo-se como a estimativa de h/h a disponibilizar, os materiais eventualmente a serem utilizados, bem como os insumos necessários. O gestor não apresentou memória de cálculo demonstrando que os valores cobrados se basearam nos custos do processo. Ressalte-se que, os valores adotados tanto para a revalidação quanto para o reconhecimento de diplomas estrangeiros pela UFMG se encontram abaixo da média dos valores cobrados pelas outras universidades pesquisadas. A tabela seguinte apresenta os valores identificados: Tabela 1 – Taxas cobradas na UFMG X Média das universidades Processo Valor atual cobrado na UFMG Média obtida via pesquisa Revalidação Medicina R$ 1.744,00 R$ 2.715,57 Demais cursos R$ 1.046,38 R$ 1.530,72 Reconhecimento R$ 939,37 R$ 1.798,13 Fonte: UFMG e pesquisa realizada em http://plataformacarolinabori.mec.gov.br/consulta- publica/adesao/consulta no dia 29/12/2020. 12 4. Prejuízos ao trâmite simplificado de reconhecimento de diplomas oriundos de cursos ou programas estrangeiros indicados em lista específica produzida pelo MEC e que deveria ter sido disponibilizada por meio da Plataforma Carolina Bori. O art. 36, inc. I da Portaria Normativa MEC nº 22/2016 determina que cursos ou programas estrangeiros cujos diplomas constantes de lista específica devidamente elaborada pelo MEC e disponibilizada por meio da Plataforma Carolina Bori devem seguir o trâmite simplificado de reconhecimento, com prazo reduzido de 90 dias. Seu §2º esclarece: A lista a que se refere o inciso I deste artigo abrangerá cursos ou programas que já foram submetidos a três análises por instituições reconhecedoras diferentes e que o reconhecimento tenha sido deferido de forma plena, sem a realização de atividades complementares. Contudo, constatou-se que o MEC não alimentou a Plataforma Carolina Bori com a mencionada lista, impedindo que processos de requerentes cujos cursos se enquadram na situação exigida na Portaria Normativa fossem encaminhados ao trâmite simplificado pela Plataforma. Foram identificados na UFMG 128 processos de reconhecimento encaminhados para o trâmite ordinário de 180 dias, mas que poderiam ter sido tramitados de forma simplificada, por tratar de cursos ou programas estrangeiros cujos diplomas já haviam sido submetidos a três análises por instituições reconhecedoras diferentes com deferimento pleno. Destes 128 processos, 49 apresentaram prazo maior que 90 dias6, indicativo de um potencial prejuízo aos requerentes nos prazos de tramitação, pela ausência da lista específica na Plataforma Carolina Bori. Essa ausência da lista específica do MEC não gerou impacto nos processos de revalidação de diplomas estrangeiros de graduação realizados pela Universidade, considerando que não foram identificados cursos que se enquadrem na exigência da Portaria Normativa MEC nº 22/2016 (art. 22, inc. I e §2º), ou seja, que tenham sido submetidos a três análises por instituições revalidadoras diferentes e que a revalidação tenha sido deferida de forma plena, sem a realização de atividades complementares. 6 Não foi avaliado se esta demora no prazo ocorreu em função de atraso na entrega da documentação original pelo requerente. 13 RECOMENDAÇÕES Achado n° 3 1 – Estabelecer critérios e redefinir os valores das taxas para revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros com base nos custos do processo (art. 10 da Portaria Normativa MEC nº 22/2016), apresentando a respectiva memória de cálculo. 14 CONCLUSÃO Os testes aplicados aos processos de revalidação de diplomas estrangeiros de graduação e de reconhecimento de diplomas estrangeiros de pós-graduação na Universidade Federal de Minas Gerais permitiram concluir que: Questão 1. O processo de revalidação de diplomas de graduação obtidos no exterior na Universidadeé adequado quanto à eficiência e acessibilidade. Questão 2. O processo de revalidação de diplomas de graduação obtidos no exterior da Universidade é adequado quanto aos requisitos de integridade e transparência. Questão 3. O processo de reconhecimento de diplomas de pós-graduação obtidos no exterior na Universidade é adequado quanto à eficiência e acessibilidade. Questão 4. O processo de reconhecimento de diplomas de pós-graduação obtidos no exterior na Universidade é adequado quanto os requisitos de integridade e transparência Embasa tais conclusões o achado 1, que evidencia o elevado número de processos de revalidação/reconhecimento de diplomas estrangeiros analisados via Plataforma Carolina Bori pela UFMG, no período de 2017 a setembro de 2020. Nestes processos não foram identificados indícios de irregularidades ou práticas ilícitas contrárias ao interesse público. Em que pesem os achados 2 e 3, que indicam ajustes para melhorias nos processos de revalidação/reconhecimento de diplomas emitidos no exterior, a Universidade tem cumprido de forma adequada sua função pública de ofertar os serviços de revalidação e reconhecimento de títulos estrangeiros. Segundo os resultados da auditoria, cabe aprimoramento na definição do valor das taxas cobradas para revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros, para que estes valores se baseiem nos custos dos processos. O achado 4 aponta, ainda, a possibilidade de melhoria no fornecimento destes serviços pela UFMG, com redução de prazo de análise, na medida em que o MEC disponibilize a lista específica de cursos que autorizam o trâmite simplificado previsto na legislação vigente. 15 ANEXOS I – MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA E ANÁLISE DA EQUIPE DE AUDITORIA Achado nº 2 Inexistência de incentivos internos aos professores e servidores TAEs da UFMG para participação nos processos de revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros. Manifestação da unidade examinada Em relação aos processos de revalidação de diplomas estrangeiros, mediante resposta ao item 3 da SA UFMG 3, encaminhada por meio do documento ‘Questoes Auditoria 2 23112020 Ass’ em 23 de novembro de 2020, a Pró-Reitora de Graduação da UFMG informou: “Os processos relativos à progressão e promoção de carreira docente são submetidos às Congregações das Unidades Acadêmicas, que, por sua vez, devem realizar a aprovação por meio de reunião ordinária. Cabe à Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), órgão assessor da Pró-Reitoria de Recursos Humanos, bem como à própria Pró-Reitoria de Recursos Humanos, instância responsável por tratar das questões referentes à formulação, ao acompanhamento e à execução da política de pessoal docente da UFMG e, ainda, ao Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CEPE) e o Conselho Universitário encaminhar questões atinentes à matéria. Em relação aos normativos que prevejam os critérios para avaliação, apresentamos abaixo as informações constantes em documento da CPPD: À CPPD caberá prestar assessoramento ao colegiado competente ou dirigente máximo na instituição de ensino, para formulação e acompanhamento da execução da política de pessoal docente, no que diz respeito a avaliação do desempenho para fins de progressão e promoção funcional. (Art. 26, § 1º, inciso IV da Lei 12.772/2012) (...) A avaliação de desempenho para a progressão funcional incidirá sobre as atividades relacionadas a ensino, pesquisa, extensão e gestão, de acordo com o que for pertinente a cada Classe, avaliadas, também, a assiduidade, responsabilidade e qualidade do trabalho, de acordo com os critérios estabelecidos na Portaria MEC 554/2013. Outrossim, a Resolução Complementar do Conselho Universitário No04/2014 de 09 de setembro de 2014, dispõe sobre as progressões e promoções dos integrantes das Carreiras de Magistério da Universidade Federal de Minas Gerais, sendo utilizada, nessa medida, para estabelecer os critérios para progressões e promoções dos docentes da Instituição. Vale destacar que, entre os parâmetros e indicadores detalhados na referida Resolução, constam funções de gestão, administração, assessoramento e outras, as quais podem contemplar as atividades desenvolvidas pelos docentes no âmbito das Comissões de Revalidação, conforme estabelecido pelas Congregações das Unidades Acadêmicas”. 16 Quanto aos servidores TAE, foi informado na resposta ao item 3 da Solicitação de Auditoria UFMG 01 (enviada por meio do Ofício nº 778/2020/GAB-REI-UFMG, de 15/10/20, e anexos: “Quanto aos TAEs não existem nenhuma política nesse sentido no âmbito desta Universidade”. Por meio do Ofício nº 6/2020/PRPG-SAD-UFMG, de 23 de novembro de 2020, o Pró-Reitor de Pós Graduação da UFMG apresentou a seguinte manifestação para os processos de reconhecimento: “Não há nenhuma vantagem financeira para os docentes nem tampouco vantagem em termos de redução de tempo alocado a atividades de ensino, pesquisa e extensão. A atuação dos docentes na CPRD pode ser incluída nos respectivos currículos vitae, bem como nos relatórios de atividades docentes. Todos os docentes devem apresentar relatório de atividades a cada ano. Porém, a pontuação relativa à participação em comissões é baixa”. Análise da equipe de auditoria Especificamente em relação aos processos de revalidação de diplomas estrangeiros de graduação, em que pese a Pró-Reitora de Graduação da UFMG ter informado que as ações desenvolvidas pelos docentes podem ser valorizadas em momentos de avaliação em processos de progressão e promoção da carreira, não restou comprovada a adoção de incentivos específicos pela Universidade para que os docentes dediquem esforços à política de revalidação. Contudo, após a Reunião de Busca de Soluções, foi demonstrado que a participação dos docentes nos processos de revalidação e reconhecimento é reconhecida como trabalho em comissões, sendo considerada para fins de progressão e promoção da carreira dos docentes. Achado nº 3 Não demonstração dos critérios e da memória de cálculo para fixar as taxas de revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros. Manifestação da unidade examinada Em relação aos processos de revalidação de diplomas estrangeiros, mediante resposta ao item 5 da SA UFMG 1, encaminhada por meio do documento ‘Resposta_Prograd’ em 15 de outubro de 2020, a Pró-Reitora de Graduação da UFMG informou: “Os critérios e valores referentes à taxa de revalidação de diplomas foram estabelecidos pela Resolução No 02/2010 do Conselho Universitário da UFMG, e, desta forma, à época da referia Resolução foi estipulado o valor de R$ 1.000,00 (Um mil reais) para o curso de Medicina e R$ 600,00 (Seiscentos reais) para os demais cursos. Quanto aos cálculos e atualizações da referida taxa, estes são realizados de acordo com a mesma Resolução, atualizados anualmente, em consonância com a variação do Índice de Preços ao Consumidor, calculado pela Fundação 17 Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, da Universidade Federal de Minas Gerais-IPC-IPEAD/UFMG, sendo vedada a possibilidade do custo de tramitação ser maior do que a arrecadação. Além disso, a referida Resolução estabelece ainda a possibilidade de isenção total ou parcial, do pagamento da taxa para o candidato cuja situação econômica justifique a gratuidade de sua isenção, a qual é analisada pela Fundação Universitária Mendes Pimentel (FUMP), segundo critérios de carência e custos de tramitação do processo”. Por meio do Ofício nº 109/2020/PRPG-GAB-UFMG, de 14 de outubro de 2020, o Pró-Reitor de Pós Graduação da UFMG apresentou a seguinte manifestação para os processos de reconhecimento: “Considerando a Resolução n°1/2015, de 24 de março de 2015, do Conselho niversitário da UFMG, a correção do valor da taxa de inscrição para os protocolos de processos de reconhecimento de diplomas de pós-graduação ob dos em ins tuições estrangeiras é feita com base no IPCAIPEAD/UFMG,acumulado do período. Em relação ao ano de 2019, temos: R$ 898,06 (Edital 2019) + (4,60%) = R$ 939,37. Para o cálculo acima, u lizamos a informação passada pelo Setor de Pesquisa e desenvolvimento da Fundação IPEAD. Segundo eles, a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCAIPEAD/UFMG) no período entre fevereiro de 2019 e janeiro de 2020 perfez o acumulado de4 ,60%. A informação também pode ser verificada no sítio da instituição IPEAD:https://www.ipead.face.ufmg.br/site/publicacoes/indicesPrecos”. Análise da equipe de auditoria Embora os valores adotados pela UFMG estejam abaixo da média dos valores cobrados pelas outras universidades pesquisadas, tanto para revalidação quanto para reconhecimento de diplomas obtidos no exterior, o gestor não apresentou memória de cálculo demonstrando que os valores cobrados se basearam nos custos do processo. Os gestores da UFMG informaram, durante a Reunião de Busca de Soluções, que o valor das taxas originou de um estudo que tentou refletir os custos do processo executado nos anos 80. Por estar defasado, considerando as mudanças incorporadas aos processos nos últimos anos, incluindo a disponibilização da Plataforma Carolina Bori, mantém-se a recomendação exarada para que a UFMG redefina os valores das taxas para revalidação e reconhecimento de diplomas estrangeiros com base nos custos atuais do processo. Achado nº 4 Prejuízos ao trâmite simplificado de reconhecimento de diplomas oriundos de cursos ou programas estrangeiros indicados em lista específica produzida pelo MEC e que deveria ter sido disponibilizada por meio da Plataforma Carolina Bori. 18 Manifestação da unidade examinada Mediante a Solicitação de Auditoria UFMG 03, foi demandado à UFMG: “Item 12. De acordo com a relação de processos reconhecidos em 2017, 2018 e 2019 enviada pela Universidade, foram identificados processos tramitados pelo rito ordinário, sendo que se tratava de diplomas oriundos de áreas de conhecimento/instituições que já haviam sido submetidos a três análises por instituições reconhecedoras diferentes, com deferimento pleno. Como exemplo, citam se os processos de reconhecimento de diplomas obtidos na Universidade de Coimbra para a área de conhecimento de Direito. Desta forma, solicita-se: 12.1 – informar se a UFMG tinha conhecimento do fato (diplomas oriundos de áreas de conhecimento/instituições que já haviam sido submetidos a três análises por instituições reconhecedoras diferentes, com deferimento pleno); 12.2 – em caso positivo, justificar a adoção do trâmite ordinário em casos passíveis de tramitação simplificada; 12.3 - informar se a Plataforma Carolina Bori encaminhou automaticamente tais processos ao trâmite simplificado (com alteração do tipo de trâmite pela própria UFMG)”. Em resposta, por meio do Ofício nº 77/2021/PRPG-GAB-UFMG, de 05 de março de 2021, o Pró-Reitor de Pós Graduação da UFMG apresentou a seguinte manifestação: “Item 12.1 - A UFMG tinha conhecimento do reconhecimento de diplomas oriundos de áreas do conhecimento e instituições que já haviam sido submetidos a três análises por instituições reconhecedoras diferentes, com deferimento pleno. Item 12.2 - O Art. 36 da Portaria Normativa MEC 22, de 13 de dezembro de 2016, determina as situações em que se aplica a tramitação simplificada de reconhecimento de diplomas de pós-graduação stricto sensu. A UFMG sempre cumpriu os incisos II e III deste Artigo. No que diz respeito ao inciso I do parágrafo 2º do Art. 36 da referida Portaria, com indicação de tramitação simplificada para os diplomas oriundos de cursos ou programas estrangeiros que já foram submetidos a três análises por instituições reconhecedoras diferentes e cujo reconhecimento tenha sido deferido de forma plena, sem a realização de atividades complementares, a UFMG não tinha conhecimento da existência de lista específica elaborada pelo MEC na qual estariam indicados os cursos ou programas cujos diplomas deveriam ser tramitados de maneira simplificada. Como atesta o Relatório Preliminar da CGU, essas informações não foram disponibilizadas na forma de uma lista. Item 12.3 - A Plataforma Carolina Bori encaminhou automaticamente tais processos ao trâmite simplificado e a UFMG alterou o tipo de trâmite por não ter conhecimento da existência de lista específica elaborada pelo MEC na qual estariam indicados os cursos ou programas cujos diplomas deveriam ser tramitados de maneira simplificada, como previsto no Art. 36 da Portaria Normativa MEC 22, de 13 de Dezembro de 2016. 19 Em complementação às respostas aqui fornecidas, cumpre apontar que, ao incluir como condição para tramitação simplificada o deferimento completo por três instituições reconhecedoras, o inciso I do Art. 36 da Portaria Normativa MEC 22, de 13 de dezembro de 2016, parte do pressuposto que diferentes universidades brasileiras, com Programas de Pós- Graduação com notas diferenciadas, conforme avaliação conduzida pela CAPES, adotarão critérios semelhantes na análise aprofundada dos pedidos de reconhecimento de diplomas pela tramitação ordinária. A Universidade Federal de Minas Gerais conta com Programas de Pós-Graduação reconhecidos pela excelência acadêmica por meio de notas no extrato superior da avaliação da CAPES, cujos parâmetros de avaliação de teses e dissertações são distintos de outras instituições com notas em extratos inferiores da avaliação da CAPES. Na avaliação da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, o inciso I do Art. 36 da Portaria Normativa MEC 22, de 13 de Dezembro de 2016 apresentaria maior coerência caso indicasse a tramitação simplificada para os pedidos de reconhecimento de diploma de cursos de instituições estrangeiras que já foram submetidos a três análises pela própria instituição reconhecedora e cujo reconhecimento tenha sido deferido deforma plena, sem a realização de atividades complementares. Desta maneira, uma instituição de ensino superior, ao reconhecer três diplomas de um determinado curso de uma instituição estrangeira, passaria a tramitar os pedidos seguintes de reconhecimento de diploma do mesmo curso e instituição de maneira simplificada. Evitar-se-ia, com este procedimento, a inconsistência gerada pelo reconhecimento de diplomas numa mesma área do conhecimento por instituições com níveis diferenciados de qualidade acadêmica.”. Análise da equipe de auditoria A falha apontada neste Relatório indica o Ministério da Educação como responsável pela disponibilização de lista específica que autoriza o trâmite simplificado de processos, por meio da Plataforma Carolina Bori. Como mencionado, esta tramitação simplificada está prevista nos art. 22 e 36 da Portaria Normativa MEC nº 22/2016. Contudo, vale ressaltar a proposta da Universidade Federal de Minas Gerais para que a indicação para tramitação simplificada ocorra nos pedidos de reconhecimento de diploma de cursos de instituições estrangeiras que já foram submetidos a três análises pela própria instituição reconhecedora e cujo reconhecimento tenha sido deferido deforma plena, sem a realização de atividades complementares.