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Ebook - História da África e da América

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HISTÓRIA DA ÁFRICA – INTRODUÇÃO E 
ANTIGUIDADE AFRICANA 
 
QUESTÃO 01 
(Ucs RS 2017) 
 
Um grupo de pesquisadores apresentou, na 
África do Sul, fósseis de uma espécie do gênero 
humano desconhecida. Eles foram encontrados 
em um local profundo e de difícil acesso da caverna 
Rising Star, na área arqueológica conhecida como 
“Berço da Humanidade”, considerada patrimônio 
mundial pela Unesco. Por se situar em um depósito 
sedimentar complexo, os cientistas ainda não 
conseguiram datar esses fósseis, que poderiam ter 
entre 100 mil e 4 milhões de anos. O Museu de 
História Natural de Londres classificou a 
descoberta como extraordinária. 
Os ossos encontrados eram de 15 hominídeos, 
apresentavam morfologia homogênea, e a espécie 
foi batizada de Homo naledi. Alguns aspectos do 
Homo naledi, como suas mãos, seus punhos e pés, 
estão muito próximos aos do Homo sapiens. Ao 
mesmo tempo, seu pequeno cérebro e a forma da 
parte superior de seu corpo são mais próximos aos 
do Australopithecus. A descoberta pode permitir 
uma compreensão melhor sobre a transição, há 
milhões de anos, entre o Australopithecus 
primitivo e o primata do gênero Homo. Se tiver 
mais de 3 milhões de anos, aquela espécie teria 
convivido com o Australopithecus; se tiver menos 
de 1 milhão de anos, coexistiu com o Homo 
neanderthalensis – primo mais próximo do Homo 
sapiens. 
Disponível em: http://g1.globo.com/ciencia-e-
saude/noticia/2015/09/antiga-especie-do-genero-humano-
edescoberta-na-africa-do-sul.html. Acesso em: 2 out. 16. 
(Parcial e adaptado.) 
 
De acordo com o texto, é correto afirmar que 
 
 
 
 
 
 
 
A) o Homo naledi surgiu há mais de 3 milhões de 
anos e conviveu com o Australopithecus, 
ancestral direto do Homo sapiens. 
B) os fósseis encontrados na caverna Rising Star 
apresentavam morfologia homogênea e 
pertenciam a uma espécie desconhecida. 
C) o Homo naledi é o elo perdido da transição do 
primata para o hominídeo. 
D) os 15 fósseis do Homo naledi foram encontrados 
na caverna conhecida como “Berço da 
Humanidade”, considerada patrimônio mundial. 
E) a nova espécie do gênero Homo foi encontrada, 
na África do Sul, por uma equipe de 
pesquisadores enviada pelo Museu de História 
Natural de Londres. 
 
QUESTÃO 02 
(Uern 2013) 
 
A nova face do homem americano 
Mais do que quando os homens pisaram na 
América, o que intriga os pesquisadores é qual a 
cara desse pioneiro. Ao contrário do que se 
imaginava ele não era parecido com os índios de 
hoje, que têm traços siberianos, conhecidos como 
“fisionomia mongoloide”. Suas feições eram mais 
semelhantes às dos africanos. 
(Revista Aventuras na História. Outubro de 2006. p. 18.) 
 
... se há um acordo geral em admitir o povoamento 
da América por imigrações, o mesmo não acontece 
quanto à origem dos imigrantes. Uns lhes atribuem 
uma origem comum, outros imaginam, de 
preferência, movimentos de populações 
convergentes, mas oriundos de pontos diferentes, 
que se teriam produzido, sendo 
contemporaneamente, pelo menos em vagas 
sucessivas. 
(Barbeiro, Heródoto. Coleção de olho no mundo do trabalho. 
Volume único para o ensino médio. São Paulo: Scipione, 
2004. p. 23.) 
 
Sobre as principais hipóteses do surgimento do 
homem e do povoamento inicial da América, da 
África e da Europa, é correto afirmar que 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
A) a partir de estudos genéticos que comprovam a 
diversidade cultural e étnica existentes até hoje 
entre os continentes citados, torna-se 
inconcebível admitir uma origem semelhante 
entre os ancestrais africanos, europeus e 
americanos. 
B) nos três continentes prevalece como hipótese 
correta e comprovada, a do autoctonismo, ou 
seja, em cada um deles, em tempos e formas 
distintas, surgiu um tipo de hominídeo, 
descendente dos primatas, que evoluiu para a 
espécie humana. 
C) tanto no continente africano, quanto no 
europeu, estabelece-se como verídica a 
hipótese das imigrações de grupos sedentários 
vindos de um só ancestral, ou seja, a hipótese do 
monogenismo que justifica a semelhança entre 
seus descendentes. 
D) as hipóteses mais consideradas entre os 
cientistas são as que defendem o surgimento 
inicial do homem na África e sua saída em 
tempos e condições variados para a Ásia, Europa 
e América, por rotas distintas, tais como a 
siberiana, a costeira e a atlântica. 
 
QUESTÃO 03 
(UFMS - 2005) 
 
A respeito do processo de evolução biológica que 
favoreceu o surgimento do Homo sapiens 
moderno, pode-se dizer que: 
 
A) recentes pesquisas arqueológicas atestam que a 
origem da humanidade se deu na Ásia e que o 
Homo floresiensis, encontrado na Ilha de Flores, 
Indonésia, foi a primeira espécie do gênero 
Homo conhecida em todo o planeta. 
B) ao que tudo indica, logo que o homem moderno 
surgiu na África, há cerca de 120 mil anos, a 
diversidade ambiental do planeta induziu o 
processo de diversificação genética e 
morfológica da nossa espécie. 
C) na década de 1970, na região de Lagoa Santa, 
em Minas Gerais, arqueólogos brasileiros e 
franceses desenterraram a famosa Luzia, nome 
que deram ao esqueleto de uma mulher que ali 
viveu há cerca de 200 mil anos. Portanto, ao 
contrário do que se pensava, o Brasil é um 
fortíssimo candidato a ser o país onde pode ter 
surgido o homem moderno. 
D) o Homo sapiens moderno surgiu diretamente da 
evolução do Homo sapiens neanderthalensis e 
do Homo erectus, que viveram na Europa 
centro-oriental, entre 200 e 15 mil anos atrás. 
E) a medida que houve o processo de evolução 
biológica, uma das tendências marcantes foi a 
diminuição da capacidade craniana dos 
australopitecus, os primeiros hominídeos, até o 
Homo sapiens sapiens, a nossa espécie. 
 
QUESTÃO 04 
(Uece / 2011) 
 
O Reino de Kush foi o berço onde se 
desenvolveram importantes civilizações e culturas. 
Teve um papel determinante como elo cultural 
entre diferentes povos do Mediterrâneo e aqueles 
da África subsaariana. Dentre suas características 
destaca-se o modo como o rei era eleito e o papel 
da mulher na política. Assinale a afirmação 
verdadeira. 
 
A) O Reino de Kush foi o lendário rival da antiga 
Núbia africana. 
B) A história de Kush está estreitamente ligada à 
história do Egito. 
C) O Reino de Kush não consta nos relatos de 
Heródoto sobre a África. 
D) A economia cuxita foi precária devido à pobreza 
do solo e à escassez de água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 05 
(FGV 2014) 
 
Após um longo período de dominação egípcia, os 
kushitas reorganizaram seus domínios a partir do 
século IX e estabeleceram Napata como a capital 
do seu império. Analise o mapa abaixo com 
atenção e assinale a alternativa correta: 
 
 
 
A) O império de Kush estabeleceu-se ao sul do 
Egito e caracterizou-se pela economia de 
subsistência. 
B) O Império de Kush estendeu seus domínios em 
direção ao deserto do Saara e controlou diversas 
rotas saarianas. 
C) Apesar da expansão kushita, o império não 
desenvolveu núcleos urbanos ou uma base 
administrativa. 
D) Os persas conquistaram todos os domínios 
kushitas no século VII a.C. 
E) O império de Kush conseguiu estender seus 
domínios até o norte do Egito nos séculos VIII e 
VII a.C. 
 
QUESTÃO 06 
(UDESC SC/ 2018) 
 
Em 1972, a equipe do arqueólogo Richard Leakey 
encontrou, nas imediações do Lago Turkana, o 
crânio e os ossos de um Homo rudolfensis de 1,9 
milhões de anos. Esta espécie teria coabitado o 
território africano ao mesmo tempo em que três 
outras; o Homo habilis, o Homo erectus e o 
Paranthropus boisei. Em 1974, pesquisadores 
descobriram, na Etiópia, um fóssil de 3,2 milhões 
de anos, ao qual apelidaram de Lucy. Em 2017, 
foram publicadas pesquisas a respeito de fósseis 
de Homo sapiens encontrados no Marrocos, os 
quais contariam com cerca de 300 mil anos. 
Disponível em www.bbc.com, acessado em 15 de março de 
2018. 
 
Estas descobertas foram essenciais para o 
desenvolvimento de pesquisas, a respeito da 
evolução de espécies, pois elas poderiam ser 
referentesaos antepassados diretos da espécie 
humana. A este respeito, é correto afirmar: 
 
A) A descoberta de 2017 refuta a teoria de que a 
origem da vida humana seria na África, 
deslocando-a para a península arábica. 
B) Os seres humanos que habitam a África, a 
América e a Europa não fazem parte da mesma 
espécie. 
C) É consensual, para a comunidade científica, a 
afirmação de que a espécie humana é originária 
do Continente Africano. 
D) Não existem consensos a respeito de qual 
continente teria se originado a espécie humana. 
E) O Homo sapiens é, evidentemente, anterior ao 
Homo rudolfensis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 07 
(UDESC SC/2009) 
Leia os excertos abaixo: 
“Acreditava-se, também, que a parte habitável da 
Etiópia era moradia de seres monstruosos: os 
homens de faces queimadas . [...] A cor negra, 
associada à escuridão e ao mal, remetia no 
inconsciente europeu, ao inferno e às criaturas das 
sombras. O Diabo, nos tratados de demonologia, 
nos contos moralistas e nas visões das feiticeiras 
perseguidas pela Inquisição, era, 
coincidentemente, quase sempre negro.” 
(DEL PRIORE, Mary e VENÂNCIO, Renato. Ancestrais. Uma 
introdução à história da África Atlântica. Rio de Janeiro: 
Editora Campus, 2004, p. 56) 
 
“A África não é uma parte histórica do mundo. Não 
tem movimentos, progressos a mostrar, 
movimentos históricos próprios dela. Quer isto 
dizer que sua parte setentrional pertence ao 
mundo europeu ou asiático. Aquilo que 
entendemos precisamente pela África é o espírito 
a-histórico, o espírito não desenvolvido, ainda 
envolto em condições de natural e que deve ser 
aqui apresentado apenas como no limiar da 
história do mundo.” 
(HEGEL, Friedrich. Filosofia da História. Brasília, Editora da 
UnB, 1995, p. 174) 
Assinale a alternativa incorreta sobre as 
representações construídas relativas à História da 
África e dos africanos, evidenciadas acima. 
 
A) A partir do século XVI, monstros, terras 
inóspitas, seres humanos deformados, 
imoralidades, regiões e hábitos demoníacos 
foram elementos constantes nas descrições de 
viajantes, aventureiros e missionários sobre o 
continente africano e os africanos. 
B) As histórias dos reinos e das civilizações 
africanas foram utilizadas como exemplo da 
capacidade africana de organização, 
transformação e produção, que em nada ficava 
a dever para os padrões europeus. Os vestígios 
materiais deixados do passado - técnicas de 
cultivo, padrões de estética da arte estatuária, 
ruínas dos mais diversos matizes - foram usados 
para evidenciar as qualidades do Continente. 
C) No século XIX, as ideias científicas, pautadas nas 
concepções do Darwinismo Social e do 
Determinismo Racial, situaram os africanos nos 
últimos degraus da evolução das raças humanas. 
D) Infantis, primitivos, tribais, incapazes de 
aprender ou evoluir, os africanos deveriam 
receber a benfazeja ajuda europeia, por meio 
das intervenções imperialistas no Continente. 
E) A História da África teria começado somente no 
momento em que os europeus passaram a 
manter relações com as populações do 
Continente, não só pela ação de registrar e 
relatar, mas principalmente pelas mudanças 
introduzidas pelos europeus na África. 
 
QUESTÃO 08 
(Unirv GO 2015) 
 
“Desde o surto na Guiné do mortal Ebola Zaire, em 
fevereiro, cerca de 90 pessoas morreram, na 
medida em que o vírus se propagou para países 
vizinhos, como Serra Leoa, Libéria e Mali. O surto 
lançou ondas de choque pelas comunidades que 
sabem pouco sobre a doença ou sobre como ela é 
transmitida. Os casos no Mali aumentaram o temor 
de que esteja se espalhando pelo Oeste da África.” 
New Eastern Outlook. O recente surto de ebola 
trouxe mais uma vez o continente africano para as 
manchetes, explicitando uma África miserável e 
com diversos problemas estruturais, no entanto, o 
continente africano viu florescer diversas 
civilizações e poderosos impérios no decorrer de 
sua história. A partir do exposto, assinale (V) para 
as verdadeiras e (F) para as falsas. 
 
I.Império do Gana. 
II.Império Egípcio. 
III.Império de São Salvador. 
IV.Império do Mali. 
 
A) V – V – F – V 
B) V – F – F – V 
C) F – F – V – V 
D) F – V – V – F 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 09 
(Udesc SC 2016) 
“Diz-se que entre os etíopes persiste um estranho 
costume. Quando o rei [de Napata], por alguma 
razão, sobre um dano em alguma parte do corpo, 
todos os cortesãos devem, por sua própria escolha, 
infligir-se o mesmo dano, porque consideram que 
seria desonroso que, tendo o rei ficado coxo de 
uma perna, seus súditos mais próximos 
continuassem perfeitos e andassem pelo palácio, a 
acompanhar o soberano, sem mancar; e seria 
estranho que uma sólida amizade, que partilha dor 
e pena, assim como todas as outras coisas boas e 
más, não participasse dos sofrimentos do corpo. 
Diz-se ser de norma que os cortesãos se suicidem 
para acompanhar um rei que morre, e que esse 
suicídio é honroso e prova de verdadeira amizade. 
Por esse motivo, diz-se, é rara entre os etíopes uma 
conspiração contra o soberano, pois todos estão 
preocupados com a segurança do rei, uma vez que 
dela depende a deles próprios. Esses costumes 
persistem entre os etíopes que vivem em sua 
capital, na ilha de Méroe, e nas terras adjacentes 
ao Egito”. 
Diodoro Siculus. Biblioteca da História, sec. I a.C. In: Alberto 
da Costa e Silva, Imagens da África. 
Tendo como referência a citação acima, analise as 
proposições. 
I. O autor é altamente preconceituoso em relação à 
sociedade egípcia, uma vez que considera os 
costumes e as tradições dos etíopes um fanatismo 
que chega às vias de sacrifícios por meio do suicídio 
coletivo, no momento de morte do soberano. 
II. O autor pronuncia-se, a partir de conhecimento 
indireto, sobre a tradição da organização social e 
política da sociedade dos etíopes. 
III. A experiência narrada pelo autor é a mesma da 
organização social e política do império romano do 
século I a.C. 
IV. O autor considera as mutilações praticadas pelos 
cortesãos, quando do ferimento do rei, uma 
imposição real que, por meio da coação ideológica, 
imprime a falsa sensação de que o reino era um 
corpo único, tendo o soberano como a cabeça e os 
súditos os demais membros. 
V. A ausência de conspiração para derrubar o rei, na 
sociedade etíope, é explicada pelos vínculos de 
amizade, confiança e segurança entre súditos e 
soberano. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
A) Somente as afirmativas II, III e V são 
verdadeiras. 
B) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. 
C) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras. 
D) Somente as afirmativas II, IV e V são 
verdadeiras. 
E) Somente as afirmativas II e V são verdadeiras. 
 
QUESTÃO 10 
(UFRN 2006) 
 
No vale do rio Nilo, situado no nordeste da África, 
formou-se o primeiro Estado unificado da história, 
o Egito. Tal Estado se alicerçava: 
 
A) na servidão coletiva, cabendo à população 
camponesa pagar impostos sob a forma de 
produtos ou trabalhos. 
B) na agricultura familiar praticada em inúmeras 
aldeias, que exploravam as margens fertilizadas 
pelas enchentes. 
C) na exploração da mão-de-obra de povos 
estrangeiros dominados e escravizados em 
consequência das campanhas imperialistas dos 
faraós. 
D) na rede comercial que se estendia ao longo da 
bacia mediterrânica e era controlada pelo faraó, 
representante da classe mercantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
QUESTÃO 11 
(UFRGS 2016) 
 
Com relação à história dos grupos sociais da 
Antiguidade, assinale a alternativa correta. 
 
A) Os povos etruscos habitavam uma zona fluvial 
de inundações periódicas, no vale entre os rios 
Tigre e Eufrates, e tinham economia baseada em 
produtos agrícolas que dependiam dos períodos 
de cheias dos rios. 
B) A difusão da escrita cuneiforme pelos gregos, no 
século VIII a.C., permitiu o registro dos fatos 
memoráveis do passado, criando as condições 
propícias para o desenvolvimentoda tragédia 
grega que teve em Homero seu principal 
precursor. 
C) A ausência de uma codificação jurídica que 
permitisse a unificação das diversas regiões da 
Mesopotâmia, sob o domínio dos reis 
babilônicos, está entre as principais causas da 
queda do Império da Babilônia. 
D) A civilização hebraica caracterizou-se por uma 
estrutura matriarcal de sociedade, pelo 
politeísmo como crença religiosa e pela recusa 
do uso do trabalho escravo. 
E) O reino de Kush, com forte influência egípcia, 
serviu como elo de ligação entre a África central 
e o mundo mediterrâneo, além de estabelecer 
rotas comerciais entre o baixo e o alto vale do 
Nilo. 
 
QUESTÃO 12 
 
O conceito de gênero possui uma enorme 
amplitude de usos e se faz presente em várias 
áreas da produção teórica, quer seja nas ciências 
naturais, quer seja nas ciências humanas e sociais. 
A sociedade comumente determina as diferenças 
de gênero baseadas na construção cultural de que 
o homem, por ser superior, “fala por”, engloba, e 
representa a mulher. Este modelo social é 
bidimensional, ou seja, a relação hierárquica é, 
composta de dois níveis, o superior representado 
pelo homem e o inferior representado pela 
mulher. 
Sociologia.seed.pr.gov.br. Instituto paranaense de 
desenvolvimento educacional Fundepar 
 
No Reino de Kush, atual Sudão, considerado um 
dos mais ricos da Antiguidade, a hierarquia citada 
no texto foi confrontada pelas candaces, ou 
kandakes, na medida em que elas 
 
A) eram consideradas encarnações dos deuses, sob 
forte influência do vizinho Egito; 
B) exerciam um papel de interlocutoras entre as 
camadas mais baixas e os reis; 
C) ocupava, incondicionalmente, o topo da 
pirâmide social, oprimindo os demais nobres; 
D) chegaram a ocupar cargos políticos, 
proclamando-se rainhas governantes; 
E) se subordinavam aos reis, assumindo sozinhas a 
função de educar as crianças. 
 
QUESTÃO 13 
 
(...) na sociedade tradicional africana a noção de 
chefe de vilarejo significava estritamente 
representação, isto é, o chefe era um delegado do 
povo. (...) a sociedade africana tradicional não 
colocava o indivíduo acima do povo, mas sim o 
interligava ao grupo, tornando todos solidários em 
uma estrutura complexa de interdependência. 
WADE, A. Un destin pour l’Afrique. Paris: Michel Lafon 
 
O texto remete à organização social das 
comunidades tradicionais africanas. A respeito 
dessa organização social, é correto afirmar: 
 
A) manteve-se inalterada até o século XIX, quando 
a presença colonial europeia deu complexidade 
política ao continente; 
B) inspirou-se no modelo das cidades-Estado 
gregas, ao definir um ordenamento social 
igualitário e marcada pela fragmentação 
política; 
C) representa uma experiência de enfrentamento 
ao modelo sócio-político dos padrões ocidentais 
considerados referenciais à humanidade; 
D) atendeu às necessidades materiais e 
significações espirituais daquelas comunidades, 
associadas às condições naturais das regiões 
que ocuparam; 
E) confirma a limitação das populações africanas 
em constituir formas sofisticadas de 
representação de Estado que privilegiem a 
sociedade em detrimento do indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
QUESTÃO 14 
(Enem) 
 
África também já serviu como ponto de partida 
para comédias bem vulgares, mas de muito 
sucesso, como Um príncipe em Nova York e Ace 
Ventura: um maluco na África; em ambas, a África 
parece um lugar cheio de tribos doidas e rituais de 
desenho animado. A animação O rei Leão, da 
Disney, o mais bem-sucedido filme americano 
ambientado na África, não chegava a contar com 
elenco de seres humanos. 
LEIBOWITZ, E. Filmes de Hollywood sobre África ficam no 
clichê. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em 
17 abr, 2010. 
 
A produção cinematográfica referida no texto 
contribui para a constituição de uma memória 
sobre a África e seus habitantes. Essa memória 
enfatiza e negligencia, respectivamente, os 
seguintes aspectos do continente africano: 
 
A) A história e a natureza. 
B) O exotismo e as culturas. 
C) A sociedade e a economia. 
D) O comércio e o ambiente. 
E) A diversidade e a política. 
 
QUESTÃO 15 
 
“Quando um ancião morre, é uma biblioteca que 
se queima” 
Antigo provérbio africano 
 
O provérbio africano define o sentido fundamental 
para as sociedades africanas, corretamente 
identificado no (a) 
 
A) valorização da oralidade e da memória como 
alicerce do pertencimento coletivo; 
B) exaltação aos feitos grandiosos do panteão de 
deuses cultuados; 
C) desprezo pelos indivíduos em incapacidade de 
produção material; 
D) sofisticação do registro escrito de seus 
costumes e tradições; 
E) sobreposição hierárquica dos idosos sobre os 
jovens como marcador distintivo social. 
 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[B] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[D] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[B] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[B] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[E] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[C] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[B] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[A] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[E] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[A] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[E] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[D] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[D] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[B] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[A] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
HISTÓRIA DA ÁFRICA – PERÍODO MEDIEVAL 
 
QUESTÃO 01 
(Mackenzie SP 2017) 
Leia os textos a seguir: 
 
“De Tarkala à cidade de Gana, gastam-se três 
meses de marcha um deserto árido. No país de 
Gana, o ouro nasce como plantas na areia, do 
mesmo modo que as cenouras. É colhido ao nascer 
do sol”. 
Ibn al-Fakih. Citado em: Alberto da Costa e Silva. Imagens da 
África: da Antiguidade ao século XIX. São Paulo: Companhia 
das Letras, 2012, p.32 
 
“[Gana] é a terra do ouro. (...) Toda a gente do 
Magreb sabe, e ninguém disto discrepa, que o rei 
de Gana possui em seu palácio um bloco de ouro 
pesando 30 arratéis (cerca de 14 kg). Esse bloco de 
ouro foi criado por Deus, sem ter sido fundido ao 
fogo ou trabalhado por instrumento. Foi, porém, 
furado de um lado ao outro, a fim de que nele 
pudesse ser amarrado o cavalo do rei. É algo 
curioso que não se encontra em nenhum outro 
lugar do mundo e que ninguém possui a não ser o 
rei, que disso se vangloria diante de todos os 
soberanos do Sudão”. 
Al-Idrisi. Citado em: Alberto da Costa e Silva. Imagens da 
África: da Antiguidade ao século XIX. São Paulo: Companhia 
das Letras, 2012, p.37 
 
Os textos foram escritos por viajantes árabes ao 
observarem aspectos sobre o Reino de Gana, na 
África, durante a Idade Média europeia. Pela 
análise dos excertos, é correto afirmar que tal 
Reino 
 
A) causava espanto e admiração, tanto pelo 
desenvolvimento econômico como pelo poder 
teocrático politeísta de governante. 
B) causava estranhamento em seus visitantes, 
tanto pela quantidade exagerada de metais 
preciosos disponíveis como pelo poder 
autoritário do governante. 
C) provocava perplexidade nos viajantes, pois não 
compreendiam seu desenvolvimento em meio a 
um continente marcado pela inexistência de 
civilizações. 
D) desenvolveu-se sustentado pela riqueza do ouro e 
pela crença monoteísta, fator que o desqualificava 
perante os viajantes que ali passavam. 
E) impressionava seus visitantes, tanto pela opulência 
trazida pelo ouro como pela sua complexa 
organização política e social. 
 
QUESTÃO 02 
(UFRGS 2017) 
 
Assinale a alternativa correta sobre a história das 
diferentes sociedades africanas até o século XVI. 
 
A) O império Songhai, situado às margens do rio 
Níger, teve em sua capital Gao um importante 
polo mercantil que reunia mercadores oriundos 
da Líbia, do Egito e do Magreb. 
B) As sociedades da África equatorial, em função 
das condições geográficas e climáticas pouco 
propícias, eram formadas predominantemente 
por pastores de animais de pequeno porte, 
sendo praticamente inexistente na região o 
cultivo de produtos agrícolas. 
C) As sociedades de origem Bantu, localizadas na 
regiãoda África meridional entre os séculos XII e 
XV, eram predominantemente nômades e 
coletoras, não organizadas em aldeias e com 
escasso desenvolvimento tecnológico. 
D) A África, marcada pela intensa difusão do 
cristianismo durante as Cruzadas, contou, entre 
os século XI e XV, com reduzida presença de 
elementos islâmicos na definição das variadas 
culturas existentes no continente. 
E) O estabelecimento da colônia portuguesa em 
Moçambique, no século XVI, definiu o início das 
rotas comerciais ligando a região oriental do 
continente africano, entre Madagascar e o 
Chifre da África, com a Europa e a Ásia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
QUESTÃO 03 
(Udesc SC 2017) 
 
Apesar das conhecidas interferências provocadas 
pelos mais de 300 anos de contato, muitas vezes 
violento, com os povos europeus, até o início do 
século XIX, o Continente Africano contava com 
poucos territórios sob domínio externo. 
 
A respeito do Continente Africano no período que 
antecede o século XIX, assinale a alternativa 
correta. 
 
A) Até o século XVII, as rotas comerciais, existentes 
nos reinos e impérios africanos, eram 
exclusivamente externas. As riquezas, como 
tecidos, plantas medicinais e, especialmente, 
ouro, só circulavam por via marítima. 
B) Até o século XVII, a imposição da condição de 
escravidão aos homens e às mulheres, na África, 
ocorria apenas entre os Iorubas. 
C) Os reinos africanos contavam com práticas de 
auxílio mútuo que garantiam crescimento e 
prosperidade. Eis porque inexistiam, até o 
século XIX, exércitos ou efetivos militares. 
D) A língua preponderantemente falada no 
Continente Africano era o Khoisan, proveniente 
da região Sul, a partir do século XV foi 
substituída pelas línguas francesa e portuguesa. 
E) No século XV, o Continente Africano 
apresentava grande diversidade. Politicamente, 
organizava-se em inúmeros reinos e impérios 
dentre os quais o dos Songai, Monomotapa, 
Congo, Daomé e o Ioruba. Grande parte destes 
povos recebia, direta ou indiretamente, 
influência da cultura árabe e da religião 
mulçumana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 04 
(FGV 2017) 
 
[Desde o início do século XIV], no reino do Congo 
(...) moravam povos agricultores que, quando 
convocados pelo mani Congo, partiam em sua 
defesa contra inimigos de fora ou para controlar 
rebeliões de aldeias que queriam se desligar do 
reino. Aldeias (lubatas) e cidades (banzas) pagavam 
tributos ao mani Congo, geralmente com o que 
produziam: alimentos, tecidos de ráfia vindos do 
nordeste, sal vindo da costa, cobre vindo do 
sudeste e zimbos (pequenos búzios afunilados 
colhidos na região de Luanda que serviam de 
moeda). (...) o mani Congo, cercado de seus 
conselheiros, controlava o comércio, o trânsito de 
pessoas, recebia os impostos, exercia a justiça, 
buscava garantir a harmonia da vida do reino e das 
pessoas que viviam nele. Os limites do reino eram 
traçados pelo conjunto de aldeias que pagavam 
tributos ao poder central, devendo fidelidade a ele 
e recebendo proteção, tanto para os assuntos 
deste mundo como para os assuntos do além, pois 
o mani Congo também era responsável pelas boas 
relações com os espíritos e os ancestrais. 
(...) O mani Congo vivia em construções 
que se destacavam das outras pelo tamanho, pelos 
muros que a cercavam, pelo labirinto de passagens 
que levavam de um edifício a outro e pelos 
aposentos reais que ficavam no centro desse 
conjunto e eram decorados de tapetes e tecidos de 
ráfia. Ali o mani vivia com suas mulheres, filhos, 
parentes, conselheiros, escravos, e só recebia os 
que tivessem nobreza suficiente para gozar desse 
privilégio. 
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2006) 
A partir da descrição do reino do Congo, é correto 
afirmar que, nesse reino, 
 
A) toda a organização administrativa estava 
voltada para a acumulação de riquezas nas mãos 
do soberano, que as redistribuía entre as aldeias 
mais leais e com maior potencialidade 
econômica. 
B) o político e o sobrenatural estavam intimamente 
relacionados, além das semelhanças entre uma 
corte europeia e uma de um reino na África, 
porque ambas eram caracterizadas por 
hierarquias rígidas. 
 
 
 
 
 
 
11 
C) a ordem política derivava de uma economia 
voltada para a produção baseada no uso da mão 
de obra compulsória, por isso o soberano era o 
maior beneficia do com a captura de homens 
para serem escravizados. 
D) a fragmentação do poder entre os chefes das 
aldeias e os conselheiros do soberano permitiu 
a consolidação de uma prática política pouco 
usual na África, na qual as decisões eram 
tomadas pelos moradores do reino. 
E) a prevalência da condição tribal favoreceu sua 
dominação por outros povos africanos, mas 
especialmente pelos comerciantes europeus, 
interessados na exploração de metais 
amoedáveis. 
 
QUESTÃO 05 
(Enem 2017) 
 
No império africano do Mali, no século XIV, 
Tombuctu foi centro de um comércio internacional 
onde tudo era negociado — sal, escravos marfim 
etc. Havia também um grande comércio de livros 
de história, medicina, astronomia e matemática, 
além de grande concentração de estudantes. A 
importância cultural de Tombuctu pode ser 
percebida por meio de um velho provérbio: “O sal 
vem do norte, o ouro vem do sul, mas as palavras 
de Deus e os tesouros da sabedoria vêm de 
Tombuctu”. 
ASSUMPÇÃO, J. E. África: uma história a ser reescrita. In: 
MACEDO, J. R. (Org.). Desvendando a história da África. Porto 
Alegre: UFRGS. 2008 (adaptado). 
 
Uma explicação para o dinamismo dessa cidade e 
sua importância histórica no período mencionado 
era o(a) 
 
A) isolamento geográfico do Saara ocidental 
B) exploração intensiva de recursos naturais. 
C) posição relativa nas redes de circulação. 
D) tráfico transatlântico de mão de obra servil. 
E) competição econômica dos reinos da região. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 06 
(Etec SP 2017) 
 
Restritos à Península Arábica até a primeira 
metade do século VII, os árabes chegaram a 
diferentes regiões até o ano de 750 d.C., entrando 
em contato com outros povos. 
 
Observe o mapa que apresenta o alcance desse 
movimento no período citado. 
 
 
Vicentino, C.; Dorigo, G. História Geral e do Brasil. São Paulo: 
Scipione, 2010, p. 177. 
 
Sobre esse período e com o auxílio das 
informações do mapa, é correto afirmar que 
 
A) durante o domínio do Império Romano do 
Ocidente, a expansão árabe facilitou a difusão 
da língua latina na região norte da África. 
B) os povos árabes conseguiram alcançar regiões 
além do oceano Atlântico fazendo uso dos seus 
conhecimentos cartográficos. 
C) durante a Antiguidade, bizantinos, francos e 
indianos permitiram o avanço dos povos árabes, 
tanto no continente europeu, quanto no 
asiático. 
D) o domínio árabe alcançou cidades como 
Bizâncio, Poitiers e Roma, sobre as quais exerce 
influência cultural, política e econômica até o 
presente. 
E) a expansão árabe levou para a Europa, 
sobretudo a partir da Península Ibérica, 
transformações culturais e inovações na 
Álgebra, na Astronomia, na Medicina entre 
outras áreas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
QUESTÃO 07 
(Fgv 2016) 
“Em muitos reinos sudaneses, sobretudo entre os 
reis e as elites, o islamismo foi bem recebido e 
conseguiu vários adeptos, tendo chegado à região 
da savana africana, provavelmente, antes do 
século XI, trazido pela família árabe-berbere dos 
Kunta. (...) O islamismo possuía alguns preceitos 
atraentes e aceitáveis pelas concepções religiosas 
africanas, (...) associava as histórias sagradas às 
genealogias, acreditava na revelação divina, na 
existência de um criador e no destino. (...) O 
escritor árabe Ibn Batuta relatou, no século XIV, 
que o rei do Mali, numa manhã, comemorou a data 
islâmica do fim do Ramadã e, à tarde, presenciou 
um ritual da religião tradicional realizado por 
trovadores com máscaras de aves.” 
(Regiane Augusto de Mattos, História e cultura afro-brasileira) 
 
Considerando o trecho e os conhecimentos sobre 
a história da África, é corretoafirmar que 
 
A) a penetração do islamismo nas regiões 
subsaarianas mostrou-se superficial porque 
atingiu poucos setores sociais, especialmente 
aqueles voltados aos negócios comerciais, além 
de sofrer forte concorrência do cristianismo. 
B) a presença do islamismo no continente africano 
derivou da impossibilidade dos árabes em 
ocupar regiões na Península Ibérica, o que os 
levou à invasão de territórios subsaarianos, 
onde ocorreu violenta imposição religiosa. 
C) o desprezo das sociedades africanas pela 
tradição árabe gerou transações comerciais 
marcadas pela desconfiança recíproca, desprezo 
mudado, posteriormente, com o abandono das 
religiões primitivas da África e com a hegemonia 
do islamismo. 
D) o comércio transaariano foi uma das portas de 
entrada do islamismo na África, e essa religião, 
em algumas regiões do continente, ou 
incorporou-se às religiões tradicionais ou 
facilitou uma convivência relativamente 
harmônica. 
E) as correntes islâmicas mais moderadas, caso dos 
sunitas, influenciaram as principais lideranças da 
África ocidental, possibilitando a formação de 
novas denominações religiosas, não islâmicas, 
desligadas das tradições tribais locais. 
QUESTÃO 08 
(Uece 2000) 
 
Leia, com atenção, a seguinte informação a 
respeito da expansão islâmica ao norte da África: 
 
“Fustat é a capital do Egito no sentido amplo do 
termo; ...ela é a capital do Egito que eclipsa 
Bagdad, é o orgulho do Islão, nela todo o gênero 
humano vem comerciar...” 
Fonte: MAISONNEUVE, A. Apud ARRUDA, José Jobson de A. 
História: Antiga e Medieval. 17.ª ed. São Paulo: Ática, 1995, p. 
313. 
 
Partindo da abordagem que compara a capital do 
Egito a Bagdad, é correto afirmar: 
 
A) a expansão comercial muçulmana restringia-se 
ao Egito. 
B) Bagdad constituía o centro religioso islâmico, de 
pouca expressão comercial. 
C) o comércio árabe, envolvendo sedas, tapetes, 
couros e armas envolvia a Ásia, a Europa e a 
África. 
D) as atividades agrárias e industriais, a cargo dos 
árabes, superavam as transações mercantis. 
 
QUESTÃO 09 
(Uece 2019) 
 
Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o 
que se afirma a seguir sobre o Mali: 
 
( ) Há abundante documentação escrita sobre o 
Império Mali. 
( ) Há poucos vestígios arqueológicos da civilização 
Mali. 
( ) Os relatos do viajante Ibn Battuta registram o 
Império Mali. 
( ) Os griots são fontes orais e ajudam a conhecer 
melhor a história Mali. 
 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
 
A) V, F, F, V. 
B) V, F, V, F. 
C) F, V, F, F. 
D) F, V, V, V. 
 
 
 
 
 
 
 
13 
QUESTÃO 10 
(Enem) 
O tráfico de escravos em direção à Bahia pode ser 
dividido em quatro períodos: 
 
1º – O ciclo da Guiné durante a segunda metade do 
século XVI; 
 
2º – O ciclo de Angola e do Congo no século XVII; 
 
3º – O ciclo da Costa da Mina durante os três 
primeiros quartos do século XVIII; 
 
4º – O ciclo da Baía de Benin entre 1770 e 1850, 
estando incluído aí o período do tráfico 
clandestino. A chegada dos daomeanos (jejes) 
ocorreu nos dois últimos períodos. A dos nagô-
iorubás corresponde, sobretudo, ao último. A forte 
predominância dos iorubás na Bahia, de seus usos 
e costumes, seria explicável pela vinda maciça 
desse povo no último dos ciclos. 
VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o 
golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos: dos séculos XVII 
a XIX. Tradução de Tasso Gadzanis. São Paulo: Corrupio, 
1987. p. 9. (com adaptações). 
 
Os diferentes ciclos do tráfico de escravos da costa 
africana para a Bahia, no Brasil, indicam que 
 
A) o início da escravidão no Brasil data do século 
XVI, quando foram trazidos para o Nordeste os 
chamados “negros da Guiné”, especialistas na 
extração de ouro. 
B) a diversidade das origens e dos costumes de 
cada nação africana é impossível de ser 
identificada, uma vez que a escravidão moldou 
os grupos envolvidos em um processo cultural 
comum. 
C) os ciclos correspondentes a cada período do 
tráfico de diferentes nações africanas para a 
Bahia estão relacionados aos distintos portos de 
comercialização de escravos. 
D) o tráfico de escravos jejes para a Bahia, durante 
o ciclo da Baía de Benin, ocorreu de forma mais 
intensa a partir do final do século XVII até a 
segunda metade do século XVIII. 
E) a escravidão nessa província se estendeu do 
século XVI até o início do século XVIII, 
diferentemente do que ocorreu em outras 
regiões do País. 
QUESTÃO 11 
(FGV 2013) 
 
Entre os séculos XIII e XV, havia um intenso 
comércio de cerâmicas, produtos agrícolas, de 
cobre vindo da Zâmbia e de Chaba, de sal, ouro e 
marfim, enviados até a costa. De fora, chegavam 
(...) porcelana da China e da Pérsia, peças de vidro 
da Síria e outras mercadorias de luxo. O Grande 
Zimbábue (...) tinha o monopólio do comércio de 
ouro que era levado para Sofala e de lá embarcado 
para Quíloa. 
(Regiane Augusto de Mattos, História e cultura afro-
brasileira) 
A partir do trecho, é possível considerar que 
 
A) o oceano Índico e a Península Arábica foram 
importantes “portas de entradas” de ideias e 
mercadorias da África, mesmo antes da costa 
atlântica. 
B) a economia africana apenas ganhou importância 
em fins do século XV, quando ocorreu a chegada 
dos grandes negociantes europeus. 
C) o isolamento cultural e político africano não 
impediu que esporádicas relações comerciais 
fossem travadas com outros continentes. 
D) desde a Antiguidade a África esteve aberta às 
influências externas, mas o continente só 
passou a ter história com o contato com a 
Europa moderna. 
E) até meados do século XVI, a costa mediterrânea 
foi o único espaço africano com contato 
externo, em função da expansão do Império 
carolíngio. 
 
QUESTÃO 12 
(Utec SP 2019) 
 
Segunda maior floresta tropical do mundo, a 
floresta do Congo se estende pelo território de sete 
países africanos: República Democrática do Congo, 
República do Congo, Gabão, Camarões, República 
Centro-Africana, Guiné Equatorial e Angola. O 
ambiente propicia a biodiversidade, sendo hábitat 
de milhares de espécies de animais e plantas. Essa 
região também concentra uma grande diversidade 
cultural, formada pelos vários povos de línguas 
banto que ali vivem há séculos. 
 
Sobre a região, é correto afirmar que ela 
 
 
 
 
 
 
 
14 
A) foi colonizada por britânicos, espanhóis e 
portugueses no século XIII. 
B) conquistou a sua independência política na 
segunda metade do século XVI. 
C) era o principal destino das correntes migratórias 
islâmicas do final do século II. 
D) foi um grande entreposto comercial de ouro e 
diamantes dos povos do alto rio Nilo. 
E) era a origem da maior parte dos africanos 
escravizados aportados na América do Sul. 
 
QUESTÃO 13 
(Fgv 2015) 
 
(...) quais mecanismos levaram à escravidão nas 
sociedades africanas do século VII ao século XV? 
(...) 
Genericamente, a escravidão esteve presente na 
África como um todo, fazendo-se necessário 
observar as especificidades históricas próprias de 
complexos sociais e políticos e das formas de poder 
das diversas sociedades africanas. Mas é 
fundamental acrescentar que a dinâmica e a 
intensidade da escravidão no continente africano 
tem a ver com a maior ou menor demanda do 
tráfico atlântico gerada pelo expansionismo 
europeu na América. Isso acarreta mudanças 
sociais na África, como a expansão e a subsequente 
transformação da poligenia, o desenvolvimento de 
diferentes tipos de escravidão no continente, além 
do empobrecimento de uma classe de mercadores 
africanos. 
(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à 
história contemporânea, 2008, p. 37-8) 
 
A partir do fragmento, é correto afirmar que 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) a maior mudança ocorrida na África, após a 
imposição do colonialismo ibérico, esteve 
relacionada com a passagem da mercantilização 
do trabalho compulsório para formas mais 
brandas de exploração da escravidão, com o 
avanço de direitos para os africanos convertidosao cristianismo. 
B) a chegada do colonialismo europeu na África 
subsaariana foi fundamental para o 
desenvolvimento do continente, em razão da 
organização do tráfico intercontinental de 
escravos, permitindo que a maior parte das 
rendas advindas dessa atividade ficasse no 
próprio continente. 
C) a existência da escravidão na África negra era 
desconhecida até a chegada dos primeiros 
exploradores coloniais, caso dos portugueses, 
que impuseram essa forma de organização do 
trabalho, condição necessária para a posterior 
acumulação de capitais entre as elites regionais 
africanas. 
D) as práticas de utilização do trabalho 
compulsório em todo o território africano, até a 
chegada dos exploradores europeus, estavam 
articuladas com a essência da religiosidade do 
continente, caracterizada pela concepção de 
que os sacrifícios materiais levavam os homens 
à graça divina. 
E) a escravidão existente no continente africano, 
antes da expansão marítima, tinha uma 
multiplicidade de características, sendo 
inclusive doméstica, e o tráfico de escravos, para 
atender aos interesses mercantilistas europeus, 
trouxe decisivas transformações para as 
inúmeras regiões da África. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
QUESTÃO 14 
(UFGD MS/ 2008) 
 
Nas épocas Moderna e Contemporânea, o tráfico 
internacional de escravos sempre contou, na 
África, com uma oferta abundante de homens e 
mulheres jovens. A esse respeito, é CORRETO 
afirmar o seguinte: 
 
A) No continente africano, a escravidão e o tráfico 
de escravos tiveram início somente após a 
chegada dos europeus, àquele continente nos 
séculos XV e XVI. 
B) Embora o tráfico internacional de escravos 
africanos fosse controlado por portugueses e 
brasileiros, as tarefas de apresamento e 
condução dos cativos aos portos exportadores 
eram monopolizadas pelos traficantes ingleses e 
holandeses, em associação com os estados 
africanos da costa do Mediterrâneo. 
C) Embora a escravidão já fosse praticada na África 
antes da chegada dos europeus, as crescentes 
necessidades de escravos, por parte do mercado 
internacional, produziram grandes alterações 
nas sociedades africanas, com repercussões 
sobre as modalidades tradicionalmente 
assumidas pela escravidão nessas sociedades. 
D) A captura de escravos no interior da África, bem 
como sua condução aos portos exportadores, 
eram atividades realizadas por traficantes 
europeus e americanos, sem a participação dos 
africanos. 
E) Nas sociedades africanas, antes da chegada dos 
europeus, a escravidão tinha um caráter 
exclusivamente doméstico, e esse caráter não 
foi alterado em função da crescente demanda 
por mão-de-obra escrava na América. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 15 
(IFMG/2016) 
Leia estes trechos: 
I. “Sabido é, que dormindo este Patriarca (Noé) 
com menos decência descoberto, vendo Cam, e 
zombando desta desnudez, a foi publicar logo a 
seus irmãos; e em castigo deste abominável 
atrevimento foi amaldiçoada do Pai toda a sua 
descendência, que no sentir de muitos é a mesma 
geração dos pretos que nos servem; e aprovando 
Deus esta maldição, foi condenada à escravidão e 
cativeiro.” 
BENCI, Jorge. Economia Cristã dos Senhores no Governo dos 
Escravos .1705 (adaptado). 
 
II. A força sem piedade, com que as raças 
superiores escravizaram ou exterminaram sempre 
as inferiores […] essa lei da concorrência animal, 
que na zoologia produz pela seleção os tipos 
superiores e na história as civilizações, provocará 
sempre terríveis protestos. […,] e abundam os 
documentos que nos mostram no negro um tipo 
antropologicamente inferior, não raro próximo do 
antropoide, e bem pouco digno do nome de 
homem.” 
OLIVEIRA MARTINS, J.P. O Brasil e as colônias portuguesas, 
1887 (adaptado). 
A partir da leitura dos trechos, podemos afirmar 
que: 
 
A) A evolução da ciência no decorrer do século XIX 
comprovou as teorias religiosas de inferioridade 
racial defendidas por Benci (trecho I), embasando-se 
em evidências científicas produzidas por 
antropólogos e cientistas sociais (trecho II). 
B) Entre os dois trechos há mudança de enfoque da 
justificativa para a escravidão, pois, o discurso 
científico refutou as teses de inferioridade racial, 
comprovando a inexistência de um ancestral comum 
entre povos bíblicos e os negros. 
C) O discurso religioso (trecho I), que legitimou a 
escravidão africana, paulatinamente, foi substituído 
por um discurso pretensamente científico de base 
racista (trecho II), utilizado para justificar a 
manutenção da dominação europeia. 
D) Os dois trechos fazem parte do esforço europeu para 
se legitimar especificamente a conquista do Novo 
Mundo, utilizando-se tanto o discurso religioso 
cristão como as descobertas científicas produzidas 
pelo darwinismo social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[B] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[D] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[B] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[B] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[E] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[C] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[B] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[A] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[E] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[A] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[E] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[D] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[D] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[B] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[A] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
HISTÓRIA DA ÁFRICA – PERÍODO MODERNO / 
DIÁSPORA AFRICANA 
 
QUESTÃO 01 
 
“A Coroa portuguesa e outros Estados europeus 
devastaram a África, marcando para sempre sua 
história. Estimularam guerras entre seus 
habitantes e praticaram o escambo de produtos 
manufaturados, aguardente, fumo e tecidos por 
cativos de tribos rivais. Até o século XIX, enquanto 
durou a escravidão no Novo Mundo, milhões de 
africanos foram retirados do continente e 
encaminhados para as plantations americanas, em 
torno de 5 milhões só para a América portuguesa.” 
CAMPOS, F.; MIRANDA, R. G. A escrita da história. 
São Paulo: Escala Educacional, 2005. p. 213. 
 
Sobre o comércio de escravos no continente 
africano, é incorreto afirmar: 
 
A) Na África, o comércio de escravos teve início, 
possivelmente, por volta do século II a. C., 
quando o faraó Snefru retornou da região da 
Núbia com milhares de prisioneiros de guerra 
que se tornaram escravos no Egito Antigo. 
B) O tráfico negreiro moderno ocasionou 
transformações na sociedade africana, pois o 
aumento ou a diminuição da escravidão interna 
(na África) estava relacionado (a) com a maior ou 
a menor demanda externa (para a América). 
C) Com a conquista árabe de parte da África, no 
século XII, principalmente no norte do 
continente, o tráfico de escravos e o número de 
pessoas escravizadas na África diminuíram 
consideravelmente, voltando a aumentar 
apenas após a chegada dos europeus ao 
continente. 
D) As pessoas tornavam-se escravas na África 
principalmente em razão das guerras entre 
tribos rivais, sendo os capturados reduzidos à 
condição de cativos. As guerras ocorriam entre 
os diversos reinos africanos e também entre as 
diferentes etnias do continente. 
 
 
 
QUESTÃO 02 
(Uern 2013) 
A nova face do homem americano 
Mais do que quando os homens pisaram na 
América, o que intriga os pesquisadores é qual a 
cara desse pioneiro. Ao contrário do que se 
imaginava ele não era parecido com os índios de 
hoje, que têm traços siberianos, conhecidos como 
“fisionomia mongoloide”. Suas feições eram mais 
semelhantes às dos africanos. 
(Revista Aventuras na História. Outubro de 2006. p. 18.) 
 
... se há um acordo geral em admitir o povoamento 
da América por imigrações, o mesmo não acontece 
quanto à origem dos imigrantes. Uns lhes atribuem 
uma origem comum, outros imaginam, de 
preferência, movimentos de populações 
convergentes, mas oriundos de pontos diferentes, 
que se teriam produzido, sendo 
contemporaneamente, pelo menos em vagas 
sucessivas. 
(Barbeiro, Heródoto. Coleçãode olho no mundo do trabalho. 
Volume único para o ensino médio. São Paulo: Scipione) 
Sobre as principais hipóteses do surgimento do 
homem e do povoamento inicial da América, da 
África e da Europa, é correto afirmar que 
A) a partir de estudos genéticos que comprovam a 
diversidade cultural e étnica existentes até hoje 
entre os continentes citados, torna-se 
inconcebível admitir uma origem semelhante 
entre os ancestrais africanos, europeus e 
americanos. 
B) nos três continentes prevalece como hipótese 
correta e comprovada, a do autoctonismo, ou 
seja, em cada um deles, em tempos e formas 
distintas, surgiu um tipo de hominídeo, 
descendente dos primatas, que evoluiu para a 
espécie humana. 
C) tanto no continente africano, quanto no 
europeu, estabelece-se como verídica a 
hipótese das imigrações de grupos sedentários 
vindos de um só ancestral, ou seja, a hipótese do 
monogenismo que justifica a semelhança entre 
seus descendentes. 
D) as hipóteses mais consideradas entre os 
cientistas são as que defendem o surgimento 
inicial do homem na África e sua saída em 
tempos e condições variados para a Ásia, Europa 
e América, por rotas distintas, tais como a 
siberiana, a costeira e a atlântica. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 QUESTÃO 03 
 
Os negros, tanto homens como mulheres, 
acorriam todos para me ver se se tratava de uma 
grande maravilha, pois parecia-lhes muito 
extraordinário estarem perante um cristão, de que 
nunca tinham ouvido falar. Não se espantavam 
menos com a brancura da minha pele e das minhas 
roupas, que lhes causaram grande admiração. [...] 
Alguns mexiam-me nas mãos e friccionavam-me os 
braços com saliva, para ver se a minha brancura 
provinha de qualquer pintura ou se a carne era 
mesmo assim. Quando verificavam isso ficavam 
muito espantados. [...] 
CADAMOSTO. Relação das viagens à costa ocidental da 
África. 1455-1457 
 
Nos relatos europeus sobre as terras e os povos da 
África, durante as Grandes Navegações, ficam 
flagrantes as pretensões europeias de 
superioridade civilizacional. Nesse depoimento, 
em especial, o eurocentrismo se revela na(o)(s) 
 
A) euforia catequética sobre os povos contatados. 
B) vestes mais ornamentadas usadas pelos 
europeus. 
C) espanto europeu diante da negritude dos povos 
africanos. 
D) imposição de feitorias e na realização do tráfico 
negreiro. 
E) perspectiva cristã e racista dos navegadores 
europeus. 
 
QUESTÃO 04 
 
O perigo de classificar os brasileiros por raças 
 
Os geneticistas acreditam que a diferenciação no 
tom de pele ocorreu nos últimos 20 mil anos, fruto 
dos processos de adaptação do ser humano 
originalmente negro, saído da África, às diferentes 
pressões climáticas de outras áreas do globo. O 
Brasil, que tinha o privilégio de ser oficialmente 
cego em relação à cor da pele de seus habitantes, 
infelizmente corre o risco de ser mergulhado no 
ódio racial por causa das ações afirmativas e das 
políticas de cotas raciais. 
VEJA, ed. 2011, 06 jun. 2007 
 
A citação da “cegueira em relação à cor da pele” 
considerada pelo autor um atributo ameaçado de 
nosso país, é uma referência ao conceito 
sociológico de 
 
A) darwinismo social, que defende a superioridade 
de uma raça sobre a outra, a partir do critério 
distintivo da cor da pele. 
B) ações afirmativas, que defendem a necessidade 
de implementar políticas de auxílio às minorias 
sociais e raciais. 
C) miscigenação, que acredita ser o Brasil um país 
singular, dada sua tríplice matriz étnico-racial: 
europeia, africana e ameríndia. 
D) democracia racial, que afirma que todas as raças 
e etnias brasileiras se encontram em estado de 
igualdade e harmonia. 
E) nacionalismo, que defende a tese de que o Brasil 
é uma experiência étnica única, em função de 
sua histórica mistura racial. 
 
QUESTÃO 05 
Bantos do sul e sudaneses do centro-oeste africano 
abasteceram o brasil, incorporando-o à exploração 
colonial, fazendo primeiro de Salvador e depois do 
Rio de Janeiro os principais centro 
importadores. O tráfico negreiro transferiu 
milhões de africanos para a América entre os 
séculos XVI e XIX, configurando uma atividade 
extremamente lucrativa, que enriqueceu os 
setores burgueses metropolitanos, notadamente 
os de Portugal e Inglaterra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
De acordo com o mapa, o tráfico negreiro 
internacional caracterizou-se pela(o) 
 
A) envio de indivíduos de diversas partes da África 
(ocidental, central e oriental) às várias colônias 
europeias na América. 
B) deslocamento de bantos e sudaneses apenas 
para a América do Sul, já que nas Treze Colônias 
havia a reprodução de escravos locais. 
C) desconexão com a América Espanhola, que não 
recebeu escravos negros, uma vez que recorreu 
à exploração em massa dos nativos. 
D) atuação dos ingleses como principais traficantes 
de escravos, pois controlavam as rotas mais 
importantes no Atlântico sul. 
 
QUESTÃO 06 
(Unesp) 
TEXTO PARA AS QUESTÕES 06 E 07 
 
Os africanos não escravizavam africanos, nem se 
reconheciam então como africanos. Eles se viam 
como membros de uma aldeia, de um conjunto de 
aldeias, de um reino e de um grupo que falava a 
mesma língua, tinha os mesmos costumes e 
adorava os mesmos deuses. (...) Quando um chefe 
(...) entregava a um navio europeu um grupo de 
cativos, não estava vendendo africanos nem 
negros, mas (...) uma gente que, por ser 
considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser 
escravizada.(...) O comércio transatlântico (...) fazia 
parte de um processo de integração econômica do 
Atlântico, que envolvia a produção e a 
comercialização, em grande escala, de açúcar, 
algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um 
processo no qual a Europa entrava com o capital, 
as Américas com a terra e a África com o trabalho, 
isto é, com a mão de obra cativa. 
(Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 
2008. Adaptado.) 
 
Ao caracterizar a “integração econômica do 
Atlântico”, o texto 
 
 
 
 
 
 
 
A) destaca os diferentes papéis representados por 
africanos, europeus e americanos na 
constituição de um novo espaço de produção e 
circulação de mercadorias. 
B) reconhece que europeus, africanos e 
americanos se beneficiaram igualmente das 
relações comerciais estabelecidas através do 
Oceano Atlântico. 
C) afirma que a globalização econômica se iniciou 
com a colonização da América e não contou, na 
sua origem, com o predomínio claro de qualquer 
das partes envolvidas. 
D) sustenta que a escravidão africana nas colônias 
europeias da América não exerceu papel 
fundamental na integração do continente 
americano com a economia que se desenvolveu 
no Oceano Atlântico. 
E) ressalta o fato de a América ter se tornado a 
principal fornecedora de matérias-primas para a 
Europa e de que alguns desses produtos eram 
usados na troca por escravos africanos. 
 
QUESTÃO 07 
(Unesp) 
Ao caracterizar a escravidão na África e a venda de 
escravos por africanos para europeus nos séculos 
XVI a XIX, o texto 
A) reconhece que a escravidão era uma instituição 
presente em todo o planeta e que a 
diferenciação entre homens livres e homens 
escravos era definida pelas características 
raciais dos indivíduos. 
B) critica a interferência europeia nas disputas 
internas do continente africano e demonstra a 
rejeição do comércio escravagista pelos líderes 
dos reinos e aldeias então existentes na África. 
C) diferencia a escravidão que havia na África da 
que existia na Europa ou nas colônias 
americanas, a partir da constatação da 
heterogeneidade do continente africano e dos 
povos que lá viviam. 
D) afirma que a presença europeia na África e na 
América provocou profundas mudanças nas 
relações entre os povos nativos desses 
continentes e permitiu maior integração e 
colaboração interna. 
E) considera que os únicos responsáveis pela 
escravização de africanos foram os próprios 
africanos, que aproveitaram as disputas tribais 
para obter ganhos financeiros. 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 QUESTÃO 08 
(Enem)O tráfico de escravos em direção à Bahia pode ser 
dividido em quatro períodos: 
 
1º – O ciclo da Guiné durante a segunda metade do 
século XVI; 
 
2º – O ciclo de Angola e do Congo no século XVII; 
 
3º – O ciclo da Costa da Mina durante os três 
primeiros quartos do século XVIII; 
 
4º – O ciclo da Baía de Benin entre 1770 e 1850, 
estando incluído aí o período do tráfico 
clandestino. A chegada dos daomeanos (jejes) 
ocorreu nos dois últimos períodos. A dos nagô-
iorubás corresponde, sobretudo, ao último. A forte 
predominância dos iorubás na Bahia, de seus usos 
e costumes, seria explicável pela vinda maciça 
desse povo no último dos ciclos. 
VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o 
golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos: dos séculos XVII 
a XIX. Tradução de Tasso Gadzanis. São Paulo. 
Os diferentes ciclos do tráfico de escravos da costa 
africana para a Bahia, no Brasil, indicam que 
 
A) o início da escravidão no Brasil data do século 
XVI, quando foram trazidos para o Nordeste os 
chamados “negros da Guiné”, especialistas na 
extração de ouro. 
B) a diversidade das origens e dos costumes de 
cada nação africana é impossível de ser 
identificada, uma vez que a escravidão moldou 
os grupos envolvidos em um processo cultural 
comum. 
C) os ciclos correspondentes a cada período do 
tráfico de diferentes nações africanas para a 
Bahia estão relacionados aos distintos portos de 
comercialização de escravos. 
D) o tráfico de escravos jejes para a Bahia, durante 
o ciclo da Baía de Benin, ocorreu de forma mais 
intensa a partir do final do século XVII até a 
segunda metade do século XVIII. 
E) a escravidão nessa província se estendeu do 
século XVI até o início do século XVIII, 
diferentemente do que ocorreu em outras 
regiões do País. 
 QUESTÃO 09 
(Vunesp) 
Leia o texto. 
 
Os africanos foram trazidos do chamado 
“continente negro” para o Brasil em um fluxo de 
intensidade variável. Os cálculos sobre o número 
de pessoas transportadas como escravos variam 
muito. Estima-se que entre 1550 e 1855 entraram 
pelos portos brasileiros 4 milhões de escravos, na 
sua grande maioria jovens do sexo masculino. A 
região de proveniência dependeu da organização 
do tráfico, das condições locais na África e, em 
menor grau, das preferências dos senhores 
brasileiros. 
 (Boris Fausto, História do Brasil, p. 51) 
Acerca do tráfico negreiro, é correto afirmar que 
 
A) nos séculos XVI e XVII, a preferência dos senhores de 
terra do Brasil recaía sobre a exploração da mão de 
obra compulsória dos índios, mas com a definitiva 
proibição de escravizar os indígenas, no princípio do 
século XVIII, com o início do tráfico de escravos, 
optou-se pela exploração exclusiva do escravo 
africano. 
B) desde o século XVI, a preferência dos senhores de 
engenho recaía sobre os escravos vindos dos portos 
de Benguela e Cabinda, especialmente os hauças e os 
jejes, reconhecidos como os homens mais fortes, que 
conheciam a metalurgia e ofícios mecânicos, além de 
se apresentarem mais leais aos seus senhores. 
C) no século XVI, os portos ao longo do litoral de Daomé 
forneceram o maior número de escravos, e nos 
séculos XVII e seguintes, as regiões do Congo e de 
Angola tornaram-se os centros mais importantes de 
exportação de escravos; além disso, Salvador e Rio de 
Janeiro foram os grandes centros importadores de 
escravos. 
D) a efetiva entrada de escravos africanos no Brasil 
ocorreu a partir da segunda metade do século XVIII, 
momento no qual já existiam justificativas religiosas 
e morais para a escravização do homem africano, e, 
em toda ordem escravista, Moçambique foi a mais 
importante região fornecedora de escravos. 
E) entre os séculos XVI e XVIII, o norte da África foi, 
quase exclusivamente, a região fornecedora de mão 
de obra compulsória para o Brasil e o resto da 
América colonial, mas essa situação foi radicalmente 
transformada com a ação do governo da França que 
proibiu, após a Revolução Francesa, a retirada de 
escravos de qualquer parte da África. 
 
 
 
 
 
 
 
21 
QUESTÃO 10 
 
Leia o texto abaixo. 
 
Não era cerimônia muito demorada. A cada 
escravo, quando chegava a sua vez, dizia o padre: 
seu nome é Pedro, o seu é João, o seu é Francisco, 
e assim por diante, dando a cada qual um pedaço 
de papel com o nome por escrito, e pondo-lhes na 
língua uma pitada de sal, antes de aspergir com um 
hissope água benta em toda a multidão. Então, um 
intérprete negro a eles se dirigia, com essas 
palavras: “Olhai, sois já filhos de Deus; Estais a 
caminho de terras espanholas (ou portuguesas), 
onde ireis aprender as coisas da fé. Esquecei tudo 
o que se relacione com o lugar de onde vieste, 
deixai de comer cães, ratos ou cavalos. Agora 
podeis ir, e sede felizes. 
(Charles Boxer. Salvador de Sá e a luta pelo Brasil e Angola. 
Citado em: Jaime Rodrigues. 
De costa a costa. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. 
p.61-2.) 
 
A cena descrita apresenta informações sobre 
 
A) o embarque de africanos escravizados para a 
América, atividade que durou mais de três 
séculos e fez dos africanos e seus descendentes 
a principal força de trabalho no Brasil, até o final 
do século XIX. 
B) o regime de escravidão existente na África 
subsaariana antes da chegada dos europeus, 
com o comércio de cativos sendo realizado com 
as áreas islamizadas ao norte do continente. 
C) as semelhanças existentes entre os africanos 
escravizados trazidos para a América por mais 
de três séculos, do ponto de vista social, político, 
econômico e cultural. 
D) a forma como os africanos escravizados seriam 
tratados na América, com direito à educação 
religiosa cristã, assim como à integridade física e 
à cidadania. 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 11 
(Enem) 
 
A identidade negra não surge da tomada de 
consciência de uma diferença de pigmentação ou 
de uma diferença biológica entre populações 
negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela 
resulta de um longo processo histórico que começa 
com o descobrimento, no século XV, do continente 
africano e de seus habitantes pelos navegadores 
portugueses, descobrimento esse que abriu o 
caminho às relações mercantilistas com a África, ao 
tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, à 
colonização do continente africano e de seus 
povos. 
K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a 
identidade negra no Brasil. In: Diversidade na educação: 
reflexões e experiências. Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37. 
 
Com relação ao assunto tratado no texto acima, é 
correto afirmar que 
 
A) a colonização da África pelos europeus foi 
simultânea ao descobrimento desse 
continente. 
B) a existência de lucrativo comércio na África 
levou os portugueses a desenvolverem esse 
continente. 
C) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao 
início da escravidão no Brasil. 
D) a exploração da África decorreu do movimento 
de expansão europeia do início da Idade 
Moderna. 
E) a colonização da África antecedeu as relações 
comerciais entre esse continente e a Europa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
QUESTÃO 12 
(PUC-SP-2015) 
 
Do século XVI ao XIX o comércio de escravos na 
costa atlântica da África foi negócio entre 
comerciantes europeus e africanos, ou 
representantes dos reis africanos, pois na maioria 
das vezes eram estes os grandes fornecedores de 
escravos para os navios negreiros. As trocas eram 
feitas em alguns pontos da costa, seguindo regras 
estabelecidas principalmente pelas sociedades 
africanas. Os comerciantes europeus agiam 
conforme era determinado nos locais de comércio; 
apesar disso, conseguiam ter alguma influência 
sobre os chefes locais, que passaram a depender 
cada vez mais das mercadorias. 
Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano. São Paulo: 
Ática, 2007, p. 60. 
 
A partir do texto, pode-se afirmar que a ação 
europeia na África: 
 
A) estimulou o comércio de escravos, promovendo 
alterações culturais e econômicas significativasnas sociedades africanas. 
B) era limitada pelas decisões e pela vontade dos 
governantes locais, que não aceitavam 
quaisquer interferências externas. 
C) aproveitou-se da tradicional prática africana de 
vender escravos para outras regiões do mundo, 
o que gerava lucros bastantes altos. 
D) resumia-se ao fornecimento de produtos 
industrializados, evitando estabelecer outros 
tipos de relação mercantil com governantes 
africanos. 
E) ocorreu dentro de um contexto de ocupação 
territorial e domínio político, que determinaram 
a hegemonia europeia no continente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 QUESTÃO 13 
(Unesp) 
 
Os diários, as memórias e as crônicas de viagens 
escritas por marinheiros, comerciantes, militares, 
missionários e exploradores, ao lado das cartas 
náuticas, seriam as principais fontes de 
conhecimento e representação da África dos 
séculos XV ao XVIII. A barbárie dos costumes, o 
paganismo e a violência cotidiana foram atribuídos 
aos africanos ao mesmo tempo em que se 
justificava a sua escravização no Novo Mundo. A 
desumanização de suas práticas serviria como 
justificativa compensatória para a coisificação dos 
negros e para o uso de sua força de trabalho nas 
plantations da América. 
(Regina Claro. Olhar a África, 2012. Adaptado.) 
 
A partir do texto, é correto afirmar que a 
dominação europeia da África, entre os séculos XV 
e XVIII, 
 
A) derivou prioritariamente dos valores do 
islamismo, aprisionando os corpos dos africanos 
para, com o sacrifício, salvar suas almas. 
B) foi um esforço humanitário, que visava libertar 
povos oprimidos por práticas culturais e hábitos 
pré-históricos e selvagens. 
C) baseou-se em avanços científicos e em 
pressupostos liberais, voltados à eliminação de 
preconceitos raciais e sociais. 
D) sustentou-se no comércio e na construção de 
um imaginário acerca do continente africano, 
que legitimava a ideia de superioridade 
europeia. 
E) fundamentou-se nas orientações dos relatos de 
viajantes, que mostravam fascínio e respeito 
pelas culturas nativas africanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
QUESTÃO 14 
(Unesp 2015) 
 
A África só começou a ser ocupada pelas potências 
europeias exatamente quando a América se tornou 
independente, quando o antigo sistema colonial 
ruiu, dando lugar a outras formas de 
enriquecimento e desenvolvimento das economias 
mais dinâmicas, que se industrializavam e 
ampliavam seus mercados consumidores. Nesse 
momento foi criado um novo tipo de colonialismo, 
implantado na África a partir do final do século XIX 
[...]. 
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.) 
 
A partilha da África entre os países europeus, no 
final do século XIX, 
 
A) buscou conciliar os interesses de colonizadores 
e colonizados, valorizando o diálogo e a 
negociação política. 
B) respeitou as divisões políticas e as diferenças 
étnicas então existentes no continente africano. 
C) ignorou os laços comerciais, políticos e culturais 
até então existentes no continente africano. 
D) privilegiou, com a atribuição de maiores áreas 
coloniais, os países que haviam perdido colônias 
em outras partes do mundo. 
E) afetou apenas as áreas litorâneas, sem interferir 
no Centro e no Sul do continente africano. 
 
 QUESTÃO 15 
(Fgv - RJ) 
 
Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, 
representantes de países europeus, dos Estados 
Unidos e do Império Otomano participaram de 
negociações sobre o continente africano. O 
conjunto de reuniões, que ficou conhecido como a 
Conferência de Berlim, tratou da: 
 
A) incorporação da Libéria aos domínios norte-
americanos, em troca do controle da África do 
Sul pela Inglaterra e Holanda. 
B) independência de Angola e Moçambique e da 
incorporação do Congo ao império ultramarino 
português. 
C) ocupação e do controle do território africano de 
acordo com os interesses das diversas potências 
representadas. 
D) condenação do regime do Apartheid 
estabelecido na África do Sul e denunciado pelo 
governo britânico. 
E) incorporação da Etiópia aos domínios italianos e 
à transformação do Egito em protetorado da 
Alemanha. 
 
RESOLUÇÕES 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[C] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[D] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[E] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[D] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[A] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[A] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[C] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[C] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[C] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[A] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[D] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[A] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[D] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[C] 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[C] 
 
 
 
 
 
 
 
24 
HISTÓRIA DA ÁFRICA – PERÍODO 
CONTEMPORÂNEO / PAN-AFRICANISMO 
 
QUESTÃO 01 
(Ufpr 2019) 
 
A seleção de futebol da França, campeã da 
Copa de 2018, possui mais da metade dos seus 
jogadores de origem africana e/ou árabe. Desde 
1998, a seleção francesa é conhecida em seu 
país como equipe “black-blanc-beur” (negra, 
branca e árabe). Uma razão histórica do 
aumento da diversidade étnica, racial e religiosa 
na Europa, presente nos dias atuais é: 
 
A) a crescente imigração de pessoas oriundas 
de países em conflito étnico na África, de ex-
colônias europeias na África e na Ásia e de 
nações desenvolvidas na Oceania e nas 
Américas a partir dos anos 1940. 
B) a crescente imigração de pessoas oriundas de 
países em guerra no Oriente Médio, de países 
em descolonização na África e na Ásia e de 
nações pobres na África, Ásia e Américas a 
partir dos anos 1970. 
C) a crescente imigração de pessoas oriundas de 
países em crise econômica na América do 
Norte, de países em guerra civil na América 
do Sul e de nações subdesenvolvidas na 
África a partir dos anos 1990. 
D) a crescente imigração de pessoas oriundas 
de países em crise humanitária no Oriente 
Médio, de países em conflito civil 
pertencentes à antiga União Soviética e de 
nações do Primeiro Mundo durante a crise 
financeira de 2008. 
E) a crescente imigração de pessoas oriundas de 
países asiáticos em decorrência da Revolução 
Cultural Chinesa, de países subdesenvolvidos 
pós-coloniais da África e de nações latino-
americanas em crise a partir dos anos 1930. 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 02 
(Unirg TO 2019) 
 
Em 2018, o líder sul-africano Nelson 
Mandela completaria cem anos, e o regime 
oficial do Apartheid completaria sessenta. 
Acerca desse regime nefasto, que levou 
Mandela a permanecer por 27 anos na prisão, 
assinale a alternativa correta: 
 
A) O regime do Apartheid era uma política 
estatal assistencialista, próxima ao modelo 
do Bolsa-Família, que, ao distribuir renda ao 
povo negro, aumentou a vadiagem, o vício e 
a corrupção na África; 
B) O regime do Apartheid era um elaborado 
sistema jurídico que instituía limites à 
habitação, ao emprego e à educação, 
especialmente de negros e negras; 
C) O regime do Apartheid visava principalmente 
“apartar” o povo pobre e doente da classe 
rica, em sua maioria branca, que investiu na 
África do Sul e tornou-a um dos países mais 
ricos do continente; 
D) O regime do Apartheid foi instituído durante 
a colonização britânica, para que os negros, 
dominados, não se revoltassem. Ele foi 
extinto quando a independência da África do 
Sul foi consolidada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
QUESTÃO 03 
 
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as 
afirmações abaixo, referentes ao processo de 
descolonização do continente africano no 
século XX. 
 
( ) Na Argélia, após o conflito com os grupos 
independentistas, a França manteve o 
controle da antiga colônia, transformando-a 
em um protetorado e reprimindo duramente 
os movimentos pró-independência. 
( ) No Congo recém-independente, o primeiro-
ministro reformista Patrice Lumumba foi 
deposto e assassinado por uma coalizão 
entre grupos locais rivais, os antigos 
colonialistas belgas e a Central de 
Inteligência norte-americana. 
( ) No Quênia, a Rebelião Mau-Mau foi 
duramente reprimida peloscolonizadores 
britânicos, o que causou o assassinato e a 
internação de milhares de quenianos em 
campos de concentração ao longo do 
conflito. 
( ) No Senegal e no Benin, a maior parte da 
população votou favoravelmente à 
continuidade da administração colonial 
francesa após um plebiscito realizado em 
1960. 
 
A sequência correta de preenchimento dos 
parênteses, de cima para baixo, é 
 
A) F – V – F – V. 
B) V – F – V – F. 
C) V – F – F – V. 
D) F – V – V – F. 
E) V – V – F – F. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 04 
(Uece 2019) 
 
A crise do Canal de Suez se iniciou em julho 
de 1956 quando o presidente egípcio Gamal 
Abdel Nasser nacionalizou o canal, a única 
ligação entre o Mediterrâneo e o Mar Vermelho 
e principal via para transporte de petróleo dos 
países árabes para a Europa. Além da perda 
econômica muito significativa para a França e a 
Inglaterra, a crise de Suez demonstrou de modo 
definitivo 
 
A) a força da manobra de motivação colonialista 
junto aos EUA. 
B) o fim da hegemonia colonial europeia no 
mundo. 
C) a união com vistas a reforçar o colonialismo 
europeu nos países árabes. 
D) um desestímulo aos movimentos de 
independência nas possessões coloniais 
francesas. 
 
QUESTÃO 05 
(UECE 2019) 
 
A independência de Moçambique ocorreu 
em 1975, após um longo processo que começou 
com a organização da FRELIMO (Frente de 
Libertação de Moçambique), um movimento 
político nacionalista que foi fundado em 25 de 
junho de 1962, com o objetivo de lutar pela 
libertação do domínio colonial 
 
A) português. 
B) inglês. 
C) francês. 
D) alemão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
QUESTÃO 06 
(FUVEST SP / 2018) 
 
No que se refere à crise do colonialismo 
português na África na segunda metade do 
século XX, 
 
A) a Era das Revoluções, ao implicar a abolição 
do tráfico transatlântico de escravos para as 
Américas, erodiu as bases do domínio de 
Portugal sobre Angola e Moçambique. 
B) Portugal, com um poder de segunda ordem 
no concerto europeu, se viu alijado das 
deliberações da Conferência de Berlim, 
perdendo assim o domínio sobre suas 
colônias. 
C) as independências de Angola e de 
Moçambique foram marcadas por um 
processo relativamente pacífico, que 
envolveu ampla negociação com os poderes 
metropolitanos em Portugal. 
D) o processo de independência das colônias 
portuguesas, ao contrário do que ocorreu nas 
colônias inglesas e francesas, não se 
relacionou às polarizações geopolíticas da 
Guerra Fria. 
E) o movimento de independência colonial foi 
decisivo para o processo de transformação 
política em Portugal, ao acelerar a crise do 
regime autoritário nascido no período entre 
guerras. 
 
QUESTÃO 07 
(Fuvest) 
 
África vive (...) prisioneira de um passado 
inventado por outros. 
Mia Couto, Um retrato sem moldura, in Leila 
Hernandez, A África na sala de aula. São Paulo: Selo 
Negro, p.11, 2005. 
 
A frase acima se justifica porque 
 
 
 
 
 
 
A) os movimentos de independência na África 
foram patrocinados pelos países 
imperialistas, com o objetivo de garantir a 
exploração econômica do continente. 
B) os distintos povos da África preferem negar 
suas origens étnicas e culturais, pois não há 
espaço, no mundo de hoje, para a defesa da 
identidade cultural africana. 
C) a colonização britânica do litoral atlântico da 
África provocou a definitiva associação do 
continente à escravidão e sua submissão aos 
projetos de hegemonia europeia no 
Ocidente. 
D) os atuais conflitos dentro do continente são 
comandados por potências estrangeiras, 
interessadas em dividir a África para explorar 
mais facilmente suas riquezas. 
E) a maioria das divisões políticas da África 
definidas pelos colonizadores se manteve, 
em linhas gerais, mesmo após os movimentos 
de independência. 
 
QUESTÃO 08 
(ESPM SP 2018) 
 
 Depois do período de transição, em 11 de 
novembro de 1975, o MPLA, sob a direção de 
Agostinho Neto, proclamou a independência, 
reconhecida pelo governo português. 
 A primeira guerra de independência estava 
terminada. Mas a continuidade das divisões 
internas logo transformou-se em uma segunda 
guerra civil, disputada entre MPLA e UNITA. 
Esta contou com a participação direta dos EUA 
e da África do Sul. Quanto ao MPLA, teve apoio 
logístico e humano da URSS, da China e 
sobretudo de Cuba. 
(Leila Hernandez. A África na sala de aula) 
 
O texto faz menção à independência de: 
 
A) Angola; 
B) Moçambique; 
C) Guiné-Bissau; 
D) Cabo Verde; 
E) Argélia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
QUESTÃO 09 
(UERJ 2018) 
 
Tínhamos a incumbência de reelaborar 
nosso passado sombrio, contribuindo assim 
para tratar um povo traumatizado e ferido. Uma 
tarefa grandiosa, já que todos os sul-africanos 
tinham suas lesões. Queríamos obter a unidade 
da nação e a reconciliação. 
DESMOND TUTU 
Adaptado de dw.com, 29/10/2008. 
 
O arcebispo Desmond Tutu dirigiu a 
Comissão da Verdade na África do Sul, entre 
1996 e 1998, durante o governo do presidente 
Nelson Mandela. 
 
Ao propor “a unidade da nação e a 
reconciliação”, o arcebispo buscava enfrentar 
os problemas causados pela vigência do regime 
de: 
 
A) segregação racial. 
B) natureza totalitária. 
C) ordenamento cultural. 
D) disciplinarização social. 
 
QUESTÃO 10 
(PUC SP 2018) 
 
“Já vi o demônio da violência, o demônio da 
cobiça e o demônio do desejo ardente; [...] 
eram todos demônios fortes, vigorosos [...] Mas 
ali, naquela colina, antevi que ao brilho 
ofuscante do Sol daquela terra eu iria conhecer 
um outro demônio, flácido, falso e de olhos 
fracos, de uma insensatez rapinante e 
impiedosa.” 
CONRAD, Joseph. Coração das Trevas. São Paulo: 
Companhia da Letras. 2013 
 
O texto refere-se à exploração das terras do 
Congo durante o imperialismo do século XIX, o 
que deixou marcas no país e em todo 
continente africano. 
 
Sobre a história deste continente a partir do 
século XIX, podemos AFIRMAR que 
 
I. A divisão territorial criada pela Conferência de 
Berlim, em 1885, ajudou a motivar inúmeros 
conflitos regionais no continente, pois não 
respeitou as diferentes etnias africanas e 
suas ocupações territoriais de origem. 
II. A grande maioria dos países africanos 
conquistou sua independência após a 
Segunda Guerra Mundial, porém, inúmeros 
outros conflitos surgiram, decorrentes de 
disputas políticas internas associadas às 
influências de EUA e URSS, já no contexto da 
Guerra Fria. 
III. A África, após o colapso da URSS, conseguiu 
desenvolver democracias sedimentadas em 
acordos étnicos e, hoje, pouco sofre com 
questões sociais e econômicas, graças a um 
crescente distanciamento dos países 
europeus. 
 
A) I e II estão corretas. 
B) I e III estão corretas. 
C) II e III estão corretas. 
D) I, II e III estão corretas. 
 
QUESTÃO 11 
(Faculdade Cesgranrio RJ 2018) 
 
Em 2004, o jornal Folha de São Paulo 
publicou a seguinte reportagem sobre a guerra 
civil na Costa do Marfim, país africano 
colonizado pela França no passado. 
 
Nove soldados franceses e um civil 
americano foram mortos ontem em decorrência 
de bombardeios aéreos de forças rebeldes em 
Buaki, no norte da Costa do Marfim. (…) À noite, 
foram registrados tiroteios e explosões na 
capital, Yamoussoukro. O governo da França 
decidiu enviar tropas à ex-colônia para proteger 
seus cidadãos. 
Folha de São Paulo. São Paulo: 07 nov. 2004. 
Disponível em: <http: 
//www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo 
/ft0711200416.htm>. Acesso em: 4 maio, 2018. 
 
A matéria do jornal aponta que, a despeito 
dos processos de independência das nações 
africanas, até os dias de hoje perdura a 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
A) discriminação racial por parte dos países 
europeus. 
B) ausência de cuidados com a África por parte 
da ONU. 
C) fragilidade da soberania nacional nos países 
africanos. 
D) pobreza disseminada nos países africanos 
colonizados. 
E) política colonial de reserva de mercado às 
economias da Europa. 
 
QUESTÃO 12 
(SANTA CASA 2018) 
 
Com a independência [dos países africanos],

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