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Guia de Redação e Padronização Copel

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GUIA DE REDAÇÃO E 
 
ASPECTOS DE PADRONIZAÇÃO NA 
 
CORRESPONDÊNCIA OFICIAL DA 
 
DIRETORIA DA COPEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRE/SAS/CODR 
fevereiro/2007
Companhia Paranaense de Energia COPEL
 2
OS 10 MANDAMENTOS DA REDAÇÃO 
 
 
1. Economia da linguagem (concisão) 
É a obtenção do máximo de comunicação com o mínimo de sinais. 
Evite qualquer palavra ou sinal desnecessário. 
Ex.: Não escreva "no mês de março" e sim "em março". 
Não escreva "em março próximo/passado" e sim "em março". 
Não escreva "estamos desenvolvendo um projeto" e sim “estamos desen-
volvendo projeto". 
Não escreva "acusamos o recebimento" e sim "recebemos". 
Concisão supõe não usar palavras ou sinais desnecessários, não repetir 
idéias, ir direto ao ponto, sem rodeios. 
 
2. Precisão 
Dizer tudo que uma coisa é, com exclusão de tudo que ela não é. 
 
3. Propósito primeiro, explicações depois 
Deve-se dizer o propósito do documento logo no primeiro ou no se-
gundo parágrafo, a menos que razões de ordem psicológica determi-
nem o contrário. 
Isso facilita a redação, evita a prolixidade e aumenta a compreensão 
do texto pelo destinatário. 
 
4. Frases curtas. Parágrafos curtos. Voz ativa. Diagramação eficiente. 
Pontuação variada 
Evite períodos com mais de dois níveis de subordinação. O segredo da 
boa redação é "dizer uma coisa de cada vez". 
A voz ativa é a maneira mais natural de expressar idéias e contribui pa-
ra a clareza, pois enfatiza quem faz o quê. A voz passiva é apropriada 
quando se quer enfatizar a ação e não o agente. 
Frases e parágrafos curtos tornam o texto mais fácil de ler. 
Diagramação eficiente (uso adequado do espaçamento, tipos dife-
renciados, etc.) e pontuação variada (uso criativo dos travessões, pa-
rênteses, etc.) não deixam dúvidas quanto às idéias principais e às a-
cessórias. 
 
5. Verbos e substantivos. Adjetivação criteriosa. 
Comunicação vigorosa se apóia em verbos e substantivos. 
Adjetivos devem ser usados com parcimônia. 
 3
Sempre que possível, prefira o futuro do presente ao futuro do pretérito 
em construções como as dos exemplos abaixo: 
 
Ex.: Em vez de: Com essa medida, teríamos urna economia de... 
Diga: 
Com essa medida, teremos urna economia de... 
Em vez de: 
Apreciaríamos contar com sua presença. 
Diga: 
Apreciaremos contar com sua presença. 
O uso do futuro do presente em construções como essa dá mais força 
ao texto. 
 
6. Palavras simples, conhecidas e concretas 
Comunicar é "tornar comum" uma informação. Isso se consegue mais 
eficazmente utilizando-se vocábulos e imagens concretas, familiares 
para o destinatário. 
Palavras difíceis ou de uso raro deslocam a atenção da idéia para a 
forma. Devemos escrever para expressar, não para impressionar. 
Quem escreve para impressionar, impressiona... mal. 
 
7. Diga o que vai dizer, diga, diga o que disse 
Para textos longos (como discursos) esta é uma boa técnica. 
 
8. Cinco “w” e um “h” 
A regra jornalística dos cinco dáblios e um agá vale para todos as tipos 
de comunicação: 
Who 
What 
Where 
When 
Why 
How 
Observe-a! 
 
9. Médodo 
As idéias devem ser ordenadas segundo um método (da mais impor-
tante para a menos importante ou vice-versa; cronologicamente; por 
órgão ou por função; do pedido para os argumentos ou dos argumen-
tos para o pedido; do geral para o particular ou do particular para o 
geral, etc.) 
 4
O método varia conforme o objetivo. 
Assim: 
a) define-se primeiro, com exatidão, a objetivo da comunicação; 
b) escolhe-se o método mais adequado; 
c) ordenam-se as idéias conforme o método escolhido; 
d) redige-se e revisa-se, revisa-se, revisa-se, revisa-se..., até ficar aceitá-
vel. 
 
10. Linguagem moderna 
Formalismos, expressões cartoriais, linguagem rebuscada em nada be-
neficiam a comunicação empresarial. 
 
Observações: 
��Evite chavões e frases feitas do tipo "Acusamos o recebimento (...)” 
ou “A presente tem por finalidade (...)”. De preferência, entre direto 
no assunto. 
��Fuja do estilo empolado. A elegância da linguagem está na simpli-
cidade e economia de recursos e, sobretudo, no tom direto a since-
ro. 
��Evite grafismos inúteis como os tapa-margens, o traço sobre o nome 
do remetente (como se sem pauta ele não soubesse assinar), subli-
nha ou caixa alta no endereçamento, etc. 
��Não coloque "a/ao" antes do nome do destinatário. Se o nome dele 
está no lugar reservado para o destinatário, é óbvio que a carta se 
dirige "a" ele. 
��Use o menos possível os verbos "dicendi", como “comunicar”, “infor-
mar”, etc. Se você já está dando a informação, é claro que você 
está “comunicando". Elimine também todos os outros termos desne-
cessários. 
Em vez de: 
“Comunicamos que esta Empresa promoverá, no período de 15 a 20 de maio 
próximo, um seminário sobre (...)” 
Escreva apenas: 
“Esta Empresa promoverá, de 15 a 20.05.2005, seminário sobre (...)” 
 
��A expressão “sem mais para o momento” é redundante. Se você ti-
vesse mais a dizer, continuaria escrevendo. Encerre a carta apenas 
com "Atenciosamente,". 
��Não empregue expressões como "engº, "doutor", etc. antes do nome 
do signatário. É gafe das mais grosseiras. 
 
 5
PADRONIZAÇÃO ESTÉTICA DA CORRESPONDÊNCIA EXTERNA DA 
DIRETORIA DA COPEL 
 
I. ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS 
I.I. Na primeira via: 
a) Referência da Empresa constituída de: sigla do órgão emissor, hí-
fen, a letra C ou F, em maiúscula, indicativa de carta ou fax, nú-
mero da Diretoria à qual o assunto é afeto* (somente nas cartas), 
barra, nº de ordem, barra, dezena e unidade do ano. 
Mod.: CODR-C/1000/2005/*; CODR-F/1000/2005/* 
* PRE; DFI; DGC; DDI; DGT; DJU 
b) Data, contendo dia, mês (abreviatura em maiúsculas formada 
com as três primeiras letras e ponto, exceto maio, que se registra-
rá por extenso) e ano. 
Mod.: 21 out. 2004; 30 maio 2005 
c) Destinatário e seu endereço completo (somente as siglas e as ini-
ciais em maiúsculas), observadas as expressões de tratamento 
adequadas. 
Sr. Fulano de Tal 
Diretor Técnico e Imobiliário 
Companhia de Habitação do Paraná 
Cohapar 
Rua Amintas de Barros, 144 
80000-000 Curitiba - PR 
 
Em caso de fax: 
Sr. Fulano de Tal 
Diretor Técnico e Imobiliário 
Companhia de Habitação do Paraná 
Cohapar 
Fax: (41) 3222-2222 
Curitiba - PR 
d) Vocativo epistolar adequado. 
Mod.: Senhor Diretor; Senhor Governador; Prezados Senhores; Pre-
zado Senhor 
e) Texto da carta. 
f) Fecho simplificado, relacionado com o conteúdo da carta. 
Mod.: No aguardo de sua manifestação a respeito, subscrevemo-
nos 
Contamos com sua honrosa presença. 
 6
Antecipando-lhe nossos agradecimentos por sua valiosa co-
laboração, subscrevemo-nos 
g) Expressão final de cortesia adequada, seguida de vírgula. 
Mod.: Atenciosamente, Cordialmente, 
h) Nome (caixa alta nas iniciais) e qualificação hierárquica do signa-
tário. 
Mod.: Fulano de Tal 
Diretor de ................. 
i) Anexos, se houver, numerados em algarismos romanos entre pa-
rênteses no texto e registrados sem parênteses depois da palavra 
"Anexo", no canto inferior esquerdo da folha. 
Mod.: No texto: Encaminhamos, em anexo, exemplar do Estatuto 
(I) e cópia da ata da 159ª Assembléia Geral Ordinária (II). 
No canto inferior esquerdo: Anexos: I e II 
j) Indicação de continuação, se necessário, representada por 
(Cont.) no canto inferior direito da folha. 
 
I.2. Nas cópias 
Sigla da área de origem do pedido, em maiúsculas, acima da sigla 
CODR; barra; iniciais do técnico responsável pela digitação, no can-
to inferior esquerdo, abaixo da palavra "Anexo", se houver. A indica-
ção das áreas destinatárias de cópias segue-se ao iniciais/nome dos 
responsáveis redação e pela digitação. 
Mod.: PRE 
CODR/denise/florr cc.: PRE DGC SRH 
 
I.3 No envelope 
Todos os dados mencionados no item 1.1, letras "a" a "c". 
Não utilizar nunca caracteres em itálico no envelope. 
 
II. DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
II.l. As abreviaturas e siglas de caráter interno só poderão ser empre-
gadas em carta desde que, em sua primeira citação, venham an-
tecedidasde sua expressão por extenso. 
 
II.2. Para efeito de uniformidade ortográfica, inclusive das abreviaturas 
e siglas, o "Dicionário Aurélio - Século XXI", de Aurélio Buarque de 
Holanda Ferreira, constituirá a principal fonte de consulta. 
 
II.3. Devem ser observadas as prescrições contidas nas "Recomenda-
ções Especiais". 
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RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS (PARA CARTAS, MEMORANDOS, RELATÓ-
RIOS, ETC.) 
 
1. ABREVIATURAS 
a. Ao abreviar palavras, deve-se ter o tradicional cuidado de fazer 
terminar a abreviatura numa consoante e não numa vogal. 
filosofia = fil. ou filos. e não filo. 
b. Se a palavra for cortada num grupo de consoantes, devem estas 
aparecer na abreviatura. 
geografia = geogr. e não geog. 
c. Se na abreviatura aparece a sílaba acentuada da palavra, o acen-
to permanece: 
página = pág. 
d. As abreviaturas de palavras compostas conservam o hífen: 
ten.-cel. 
e. As abreviaturas mais usadas em correspondência são: 
(a) - assinado 
A/C - aos cuidados 
At.: - à atenção de 
Ass.: - assunto 
Cia. - companhia 
Dr. - doutor 
Drs. - doutores 
Dra. - doutora 
Dras. - doutoras 
DD. - digníssimo* 
E.M. - em mão 
E.U.A. - Estados Unidos da América 
Gen. - general 
Ilma. - Ilustríssima* 
Ilmo. - Ilustríssimo* 
M.D. - Mui Digno* 
MM. - Meritíssimo* 
p.ex. - por exemplo 
S.A. - sociedade anônima 
S.Exa. - Sua Excelência 
S.Exas. - Suas Excelências 
V.Exa. - Vossa Excelência 
V.Exas. - Vossas Excelências 
V.Sa. - Vossa Senhoria 
V.Sas. - Vossas Senhorias 
*Na correspondência oficial da Diretoria da Copel, tal uso não é adotado. 
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f. Os vocábulos de quatro letras ou menos só deverão ser objeto de 
abreviatura 
se puderem, sem ambigüidade, ser reduzidos a uma só letra seguida 
de ponto. Ex.: v. (ver/veja/vede). 
g. Quando o final de frase coincide com abreviatura, o ponto desta 
assume a função também de ponto final. Ex.: Permanecemos à dis-
posição de V.Sa. 
 
2. ALGARISMOS 
Não se utilizará indicação de número ordinal em algarismo romano. 
Ex.: I Congresso ... e não Iº Congresso ... 
 
3. APÓSTROFO 
O apóstrofo serve apenas para indicar supressão. Não deve ser utiliza-
do para formar plural de siglas. O plural de LT (linha de transmissão), 
por exemplo, é LTs e não LT's, de SE (subestação) é SEs e não SE's. 
 
4. ARTIGOS 
Os artigos de leis, decretos, etc. são numerados por meio de algaris-
mos ordinais do primeiro ao nono e por meio de algarismos cardinais 
do décimo em diante. 
Mod.: art. 7º; art. 2º; art. 10; art. 123 
 
5. ASSINATURA 
Não se anteporá titulo profissional (doutor, engenheiro, etc.) ao nome 
do signatário, salvo quando o documento for assinado em razão dessa 
qualidade, como em parecer técnico, em laudo médico, etc. 
 
6. ATOS LEGISLATIVOS 
Nomes de atos legislativos (lei, decreto, decreto-lei, portaria, etc.) se-
rão grafados com iniciais maiúsculas, a menos que empregados de 
forma genérica. Em palavras compostas, todos os componentes serão 
grafados com iniciais maiúsculas, salvo as partículas. 
 
7. BARRA 
Evite ao máximo o uso da barra, elemento que "polui" visualmente o 
texto. 
 
8. DATAS 
a. Os números indicativos de ano serão grafados sem ponto ou espaço 
entre o milhar e a centena. 
Mod.: 2005 (e não 2.005 ou 2 005) 
 9
b. Para separar dia, mês e ano é melhor empregar ponto e não hífen 
ou barra. 
Mod.: 21.10.2004 (e não 21-10-2004 ou 21/10/2004) 
c. Não se usa ponto final em datas. 
 
9. DESTAQUE DE PALAVRAS E EXPRESSÕES 
a. Para destacar palavras e expressões no corpo do documento serão 
empregados: sublinha, aspas, negrito, caixa alta, caracteres diferen-
tes ou espaçamento de letras. 
b. Deve-se evitar a utilização de mais de um processo para destacar 
as mesmas palavras ou expressões. 
c. O uso de tais recursos deve ser criterioso, sob pena de, em virtude 
de excesso, perderem eles o efeito desejado. 
 
10. DESIGNAÇÃO DE CARGO EM FUNÇÃO DO SEXO DO OCUPANTE 
A designação do cargo assumirá, conforme o caso, feição masculina 
ou feminina (Senhor Deputado; Senhora Prefeita; Ministro da Educa-
ção/Ministra da Educação). 
 
11. ESPAÇO ENTRE O NÚMERO E O SÍMBOLO DE UNIDADE DE MEDIDA 
a. Em frases de texto corrente será dado normalmente espaçamento 
correspondente a uma ou meia letra; não se dará, contudo, espa-
çamento quando houver possibilidade de fraude (conforme Dec. nº 
81.621, de 03.05.78). 
b. Em colunas, será facultado utilizar espaçamentos diversos entre os 
números e os símbolos das unidades correspondentes. 
 
12. EXPRESSÕES DE TRATAMENTO 
As expressões de tratamento (Vossa Senhoria, Vossa Excelência, etc.) 
serão grafadas de forma abreviada (V.Sa., V.Exa., etc.), salvo nas cor-
respondências dirigidas ao Presidente da República, a Ministros de Es-
tado, Governadores de Estados, Presidentes das Casas Legislativas Es-
taduais e Federais, casos em que serão grafadas por extenso. 
É norma de etiqueta escrever o pronome de tratamento (V.Sa., V.Exa., 
etc.) na introdução e no fecho e as formas oblíquas e os possessivos no 
corpo da mensagem. 
Os títulos profissionais serão grafados com iniciais minúsculas: 
engº João da Silva 
economista Pedro Sampaio 
adv. Carlos Rodrigues 
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As expressões de tratamento serão grafadas com iniciais maiúsculas, 
quando no lugar do nome: 
Sr., Sra., Dr., V.Sa., V.Exa. etc. 
Obs.: Conforme ensina o prof. Napoleão Mendes de Almeida: 
Escreve-se: "Peço à Senhora que...” 
Mas: "Pedi à senhora Maria que...” 
Escreve-se: "Disse ao Ministro que...” 
Mas: "Disse ao ministro Aureliano Chaves que...” 
Escreve-se: "Pedi ao Doutor uma receita para...” 
Mas: “Pedi ao dr. Pedro uma receita para...” 
Esse é o critério geralmente adotado pelos jornais e revistas mais con-
ceituados. 
A título de esclarecimento, mencionamos, abaixo, a fonte que funda-
menta o uso de expressões de tratamento e vocativos na CODR: 
1. A Secretaria da Administração Federal baixou, em 06.03.92, a Instru-
ção Normativa nº 04, que "consolida as regras constantes do Ma-
nual de Redação da Presidência da República, tornando obrigató-
ria sua observação para toda aquelas modalidades de comunica-
ção oficial comuns aos órgãos que compõem a Administração Fe-
deral". 
2. Entre outras medidas, que deixamos de citar por serem de interesse 
específico da administração federal, a I.N. 04: 
a. aboliu os tratamentos "digníssimo" para as altas autoridades e "i-
lustríssimo” e "mui digno" para as demais. 
b. recomenda que o uso do termo "doutor" seja reservado somente 
para "pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso u-
niversitário de doutorado". 
c. reduz os fechos às fórmulas: 
"Respeitosamente," (para autoridades superiores, inclusive o Presi-
dente da República); 
"Atenciosamente," (para os demais casos). 
Pelos exemplos dados na instrução normativa, fica implícito que 
foram 
revogadas expressões do tipo “com os protestos de estima e con-
sideração...”, etc. 
3. A instrução recomenda também que, nos atos normativos, seja evi-
tada a cláusula revogatória geral (“Ficam revogadas as disposições 
em contrário."), devendo ser somente utilizada quando necessária, 
revogação específica ("Fica revogado o art. X da Lei Y.”). 
 
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13. HORAS 
a. Nas correspondências e relatórios as horas serão grafadas conforme 
a norma gramatical: número indicativo da hora, sem zero à esquer-
da; letra h; número indicativo dos minutos; abreviação min. (esta úl-
tima pode ser omitida, que é o padrão adotado na CODR) 
Mod.: 14h15; 8h; 13h25; 20h. 
b. As horas serão sempre indicadas de acordo com as 24 horas do dia 
(de 0 a 23). 
 
14. INÍCIO DE FRASE 
Não se iniciará frase com algarismo, pronomes reflexivos e com a pa-
lavra "porém". 
 
15. INICIAIS MAIÚSCULAS (quando evitar) 
Deve-se evitar o hábito cada vez mais generalizado de empregar ini-
ciais maiúsculas em substantivos comuns (Ex.: o Contrato; a Circular nº 
150/86; Segue anexo Relatório sobre...), ou em substantivos no plural 
(os Superintendentes da Empresa, os Diretores) ou depois de artigo in-
definido (o Paraná é um Estado, foi criada Comissão).Em todos esses 
casos, devem-se usar iniciais minúsculas: o contrato; a circular nº 
150/86; segue anexo relatório sobre...; os diretores; O Paraná é um es-
tado...; foi criada comissão para... Se você quiser destacar palavras ou 
expressões, negrite-as, sublinhe-as ou registre-as em tipo diferenciado. 
 
16. INICIAL MAIÚSCULA COMO DEFERÊNCIA 
É aceitável, como no exemplo “Informo ao Amigo que...” 
 
17. NOME E NÚMERO DE RUA 
a. Sem a abreviatura "nº", colocar-se-á a vírgula entre o nome e o nú-
mero. 
Mod.: Rua Cel. Dulcídio, 800 
b. Com a abreviatura “nº”, omitir-se-á a vírgula. 
Mod.: Rua Cel. Dulcídio nº 800 
 
18. NOME DE PAÍS EM ENDEREÇAMENTO 
No endereçamento de correspondência, o nome do país de destino 
deve ser grafado na língua do país de origem (Ex.: Estados Unidos e 
não United States). 
Nas cartas em inglês processadas na CODR, o país de destino deve 
constar, somente no envelope, em português. 
 
 
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19. NOMES PRÓPRIOS PERSONATIVOS 
Para a salvaguarda de direitos individuais, a grafia de nomes próprios 
personativos, quando escritos pelo próprio portador, deve ser a origi-
nal, constante no registro civil. 
O que o portador do nome não pode é exigir que todos, indiscrimina-
damente, procedam de igual modo. Citados por outros, Netto, Baptis-
ta, Thereza, Thomaz, etc. podem ser grafados "Neto, Batista, Teresa, 
Tomás", e assim por diante. 
Em suma, é uma questão de bom senso: quando se conhece a grafia 
do registro civil do nome de alguém, deve-se evidentemente respeitá-
la; quando não se conhece, deve-se utilizar a grafia gramaticalmente 
correta. 
 
20. NÚMEROS 
O uso da conjunção copulativa "e" em português é de regra na enun-
ciação verbal dos números antes das unidades e dezenas, se não va-
zias, e antes de qualquer classe ou ordem seguida de zero ou zeros 
terminais do número: 
23.476 (vinte e três mil, quatrocentos e setenta e seis); 200.110.200 
(duzentos 
milhões, cento e dez mil e duzentos); 11.600.000 (onze milhões e 
seiscentos mil). 
 
21. NÚMEROS DE CAIXA POSTAL E TELEFONE 
Números de caixa postal e telefone nunca serão precedidos de vírgu-
la. 
Mod.: caixa postal nº 318; caixa postal 318 
telefone 224-0400; telefone nº 224-0400 
 
22. PALAVRAS E EXPRESSÕES ESTRANGEIRAS 
Palavras e expressões estrangeiras serão escritas entre aspas ou 
sublinhadas ou com caracteres diferenciados do resto do texto, 
exceto quando já tiverem sido incorporadas e sejam 
significativamente reconhecidas, como layout, software, know-how, 
business, etc. 
23. PONTUAÇÃO EM ENUMERAÇÕES 
Cada um dos itens enumerados será seguido também de ponto e vír-
gula. O penúltimo poderá ser seguindo também da conjunção “e”. 
 
24. PONTUAÇÃO NOS TÍTULOS 
Nos títulos será observada a pontuação interna e dispensado o ponto 
final. 
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25. POSIÇÃO DAS ASSINATURAS EM CARTAS ASSINADAS PELO DIRETOR 
PRESIDENTE E OUTRO DIRETOR 
A assinatura do Diretor Presidente sempre antecederá a de qualquer 
outro diretor com quem ele esteja assinando a correspondência. 
Ex.: Rubens Ghilardi 
Diretor Presidente 
Ronald Thadeu Ravedutti 
Diretor de Distribuição 
 
26. POSIÇÃO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO 
Todos os sinais de pontuação serão colocados imediatamente depois 
da palavra, sendo seguido de um espaço — exceto o travessão, que 
será antecedido e sucedido por um espaço. 
 
27. SIGLAS 
a. As siglas serão grafadas da seguinte forma: 
♦ em maiúsculas, sem pontuação entre as letras que as formam, 
todas as siglas até três letras (FMI; BID; ONU; EUA; CVM; IPTU; MME); 
♦ somente com iniciais maiúsculas quando a sigla é pronunciável 
(Copel, Eletropaulo, Varig, Vasp, Banestado, Aneel, Abradee); 
sendo as impronunciáveis grafadas em maiúsculas, independen-
temente do número de letras (CPFL; BNDES; CNBB); 
♦ as siglas que mesclam maiúsculas e minúsculas como forma dife-
renciadora 
devem ser mantidas em sua forma original (CNPq; UnB; SPTrans). 
b. Podem ser pluralizadas mediante acréscimo no final, de "s" minúscu-
lo (UFIRs). 
 
28. SÍMBOLOS 
a. Não têm ponto abreviativo. 
b. Não se pluralizam: h = hora (s); km = quilômetro (s); W = watt (s). 
c. Serão grafados em maiúsculas ou minúsculas, conforme determi-
nam as normas aplicáveis a cada caso. 
d. Quando escritos por extenso, os nomes de unidades de medida 
começam por letra minúscula, exceto o grau Celsius. 
e. A unidade deve ser grafada com espaço do algarismo, para evitar 
interpretação errônea (1 km; 1.000 MW; 5 m2, com exceção de hora 
= às 20h. Atenção às unidades grafadas com maiúsculas e minúscu-
las, que devem, sempre, ser preservadas (1 Pa= 1 pascal; 1 pA= 1 
picoampère; 1 PA= 1 petaampère) 
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29. SUPRESSÃO DE TEXTO 
Supressões de texto serão indicadas por três pontos entre parênteses: 
(...) 
 
30. TELEGRAMA 
Em decorrência de meios de comunicação mais ágeis e eficientes, o 
uso de telegrama encontra-se bastante restrito. Ao utilizá-lo, contudo, 
deve-se observar o seguinte: 
a. O texto será redigido com o menor número possível de palavras. 
b. Serão utilizadas preferencialmente palavras breves. 
 
31. TRAVESSÃO 
Emprega-se para unir as palavras que constituem os limites de um tra-
jeto ou realçar idéias ou informações que se quer destacar dentro de 
outros períodos (Ex.: o percurso Curitiba — Ponta Grossa; a linha de 
transmissão — que, alega V.Sa., estaria prejudicando sua colheita — 
não cruza efetivamente sua propriedade. 
 
32. TRANSLINEAÇÃO 
a. Não se deixará vogal isolada do resto da palavra no princípio ou no 
fim de linha datilografada. 
b. Será evitada partição silábica em que uma parte do elemento divi-
dido lembre palavra obscena ou ridícula. 
c. Não se adotará espaçamento das letras de uma palavra a fim de 
emparelhar a margem direita. 
d. Não se fará partição de importâncias. Quando, porém, se tratar de 
valores monetários, poder-se-á deixar o símbolo da unidade mone-
tária numa linha e os números na outra. 
e. Apesar de não ser recomendável tal prática, as siglas poderão ser 
translineadas, fazendo-se a divisão em qualquer parte, se forem 
simples (BN-DES), ou separando-se os elementos, se forem compos-
tas (SENAC-PR). Não se deixará, porém, em fim ou inicio de linha, le-
tra isolada do restante da sigla. 
f. Além dos procedimentos acima, devem ser observadas as seguintes 
normas 
básicas: 
Uma consoante entre duas vogais 
A consoante fica com a segunda vogal: 
su-bes-ti-mar 
 
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Duas consoantes entre duas vogais 
fica uma consoante para cada vogal: 
tran-sa-ma-zô-ni-ca; rit-mo; am-né-sia 
Mais de duas consoantes entre duas vogais 
A primeira vogal fica com todas as consoantes, menos a última: 
felds-pa-to trans-por-te 
Letras iguais 
Não ficam juntas, salvo se se tratar de vogais: 
ál-co-ol; car-ro-ça; co-ope-rar ou coo-pe-rar 
Elementos dos ditongos, tritongos e hiatos 
Evitar a separação: 
Pa-ra-guai; pais; sé-rie; país; ruiu 
Observações: 
As letras H, L e R arrastam mais uma letra para a linha seguinte: 
mar-cha; te-lha; po-dre; des-trói; cons-trói; li-vro 
As letras L e R, porém, não arrastam para a linha seguinte L, R, N e S. 
hon-ra; Mel-lo; Is-rael 
 
33. UNIDADES MONETÁRIAS 
O símbolo do real (R$) deve preceder o número indicativo da impor-
tância, havendo um espaço entre eles (R$ 9.000,00), salvo quando pos-
sa haver risco de fraude. Nesse caso, não se deixará espaço entre o 
símbolo e o número (R$9.000,00). 
 
34. USO DE PALAVRAS, EM VEZ DE ALGARISMOS, NO CORPO DO TEXTO 
Não é obrigatório, mas preferível o uso de palavras no texto, em vez 
de algarismos, para expressar numerais. (Ex.: Encaminhamos-lhe, em 
anexo (I), cinco cópias do ...; a Empresa adquiriu cento e vinte cami-
nhões...) 
Se o número é acompanhado de abreviaturas, é de rigor o uso de al-
garismos: 200 kWh; chegamos às 10h; a conta alcançou R$ 1.000,00. 
Salvo valores monetários em alguns casos, não se deve utilizar indica-
ção dupla, ou seja, o número e seu correspondente por extenso (Erra-
do: Seguem anexas 2 (duas) cópias...; correto: Seguem anexas duas 
cópias). 
 
35. USO DE"O MESMO" E "O REFERIDO" 
É terminantemente vedado o uso das expressões "o mesmo" ou "o refe-
rido" em lugar de pronomes (ela, aquele, este, dele, etc.). (Ex.: O dire-
tor chegou de viagem e "o mesmo" fará a reunião amanhã; O projeto 
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foi apresentado ontem para o Presidente, tendo "o mesmo" apontado 
várias incorreções; interroguei a empregada e "a mesma" disse...). 
 
36. VIAS, LUGARES PÚBLICOS E ACIDENTES GEOGRÁFICOS 
Empregam-se iniciais maiúsculas nas palavras designativas de vias e 
lugares públicos: Rua do Ouvidor, Praça da Espanha, etc. 
Empregam-se iniciais minúsculas nas palavras designativas de aciden-
tes geográficos: baía da Guanabara, serra do Mar, rio Iguaçu, ilha do 
Mel.

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