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GUIA DE REDAÇÃO E ASPECTOS DE PADRONIZAÇÃO NA CORRESPONDÊNCIA OFICIAL DA DIRETORIA DA COPEL PRE/SAS/CODR fevereiro/2007 Companhia Paranaense de Energia COPEL 2 OS 10 MANDAMENTOS DA REDAÇÃO 1. Economia da linguagem (concisão) É a obtenção do máximo de comunicação com o mínimo de sinais. Evite qualquer palavra ou sinal desnecessário. Ex.: Não escreva "no mês de março" e sim "em março". Não escreva "em março próximo/passado" e sim "em março". Não escreva "estamos desenvolvendo um projeto" e sim “estamos desen- volvendo projeto". Não escreva "acusamos o recebimento" e sim "recebemos". Concisão supõe não usar palavras ou sinais desnecessários, não repetir idéias, ir direto ao ponto, sem rodeios. 2. Precisão Dizer tudo que uma coisa é, com exclusão de tudo que ela não é. 3. Propósito primeiro, explicações depois Deve-se dizer o propósito do documento logo no primeiro ou no se- gundo parágrafo, a menos que razões de ordem psicológica determi- nem o contrário. Isso facilita a redação, evita a prolixidade e aumenta a compreensão do texto pelo destinatário. 4. Frases curtas. Parágrafos curtos. Voz ativa. Diagramação eficiente. Pontuação variada Evite períodos com mais de dois níveis de subordinação. O segredo da boa redação é "dizer uma coisa de cada vez". A voz ativa é a maneira mais natural de expressar idéias e contribui pa- ra a clareza, pois enfatiza quem faz o quê. A voz passiva é apropriada quando se quer enfatizar a ação e não o agente. Frases e parágrafos curtos tornam o texto mais fácil de ler. Diagramação eficiente (uso adequado do espaçamento, tipos dife- renciados, etc.) e pontuação variada (uso criativo dos travessões, pa- rênteses, etc.) não deixam dúvidas quanto às idéias principais e às a- cessórias. 5. Verbos e substantivos. Adjetivação criteriosa. Comunicação vigorosa se apóia em verbos e substantivos. Adjetivos devem ser usados com parcimônia. 3 Sempre que possível, prefira o futuro do presente ao futuro do pretérito em construções como as dos exemplos abaixo: Ex.: Em vez de: Com essa medida, teríamos urna economia de... Diga: Com essa medida, teremos urna economia de... Em vez de: Apreciaríamos contar com sua presença. Diga: Apreciaremos contar com sua presença. O uso do futuro do presente em construções como essa dá mais força ao texto. 6. Palavras simples, conhecidas e concretas Comunicar é "tornar comum" uma informação. Isso se consegue mais eficazmente utilizando-se vocábulos e imagens concretas, familiares para o destinatário. Palavras difíceis ou de uso raro deslocam a atenção da idéia para a forma. Devemos escrever para expressar, não para impressionar. Quem escreve para impressionar, impressiona... mal. 7. Diga o que vai dizer, diga, diga o que disse Para textos longos (como discursos) esta é uma boa técnica. 8. Cinco “w” e um “h” A regra jornalística dos cinco dáblios e um agá vale para todos as tipos de comunicação: Who What Where When Why How Observe-a! 9. Médodo As idéias devem ser ordenadas segundo um método (da mais impor- tante para a menos importante ou vice-versa; cronologicamente; por órgão ou por função; do pedido para os argumentos ou dos argumen- tos para o pedido; do geral para o particular ou do particular para o geral, etc.) 4 O método varia conforme o objetivo. Assim: a) define-se primeiro, com exatidão, a objetivo da comunicação; b) escolhe-se o método mais adequado; c) ordenam-se as idéias conforme o método escolhido; d) redige-se e revisa-se, revisa-se, revisa-se, revisa-se..., até ficar aceitá- vel. 10. Linguagem moderna Formalismos, expressões cartoriais, linguagem rebuscada em nada be- neficiam a comunicação empresarial. Observações: ��Evite chavões e frases feitas do tipo "Acusamos o recebimento (...)” ou “A presente tem por finalidade (...)”. De preferência, entre direto no assunto. ��Fuja do estilo empolado. A elegância da linguagem está na simpli- cidade e economia de recursos e, sobretudo, no tom direto a since- ro. ��Evite grafismos inúteis como os tapa-margens, o traço sobre o nome do remetente (como se sem pauta ele não soubesse assinar), subli- nha ou caixa alta no endereçamento, etc. ��Não coloque "a/ao" antes do nome do destinatário. Se o nome dele está no lugar reservado para o destinatário, é óbvio que a carta se dirige "a" ele. ��Use o menos possível os verbos "dicendi", como “comunicar”, “infor- mar”, etc. Se você já está dando a informação, é claro que você está “comunicando". Elimine também todos os outros termos desne- cessários. Em vez de: “Comunicamos que esta Empresa promoverá, no período de 15 a 20 de maio próximo, um seminário sobre (...)” Escreva apenas: “Esta Empresa promoverá, de 15 a 20.05.2005, seminário sobre (...)” ��A expressão “sem mais para o momento” é redundante. Se você ti- vesse mais a dizer, continuaria escrevendo. Encerre a carta apenas com "Atenciosamente,". ��Não empregue expressões como "engº, "doutor", etc. antes do nome do signatário. É gafe das mais grosseiras. 5 PADRONIZAÇÃO ESTÉTICA DA CORRESPONDÊNCIA EXTERNA DA DIRETORIA DA COPEL I. ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS I.I. Na primeira via: a) Referência da Empresa constituída de: sigla do órgão emissor, hí- fen, a letra C ou F, em maiúscula, indicativa de carta ou fax, nú- mero da Diretoria à qual o assunto é afeto* (somente nas cartas), barra, nº de ordem, barra, dezena e unidade do ano. Mod.: CODR-C/1000/2005/*; CODR-F/1000/2005/* * PRE; DFI; DGC; DDI; DGT; DJU b) Data, contendo dia, mês (abreviatura em maiúsculas formada com as três primeiras letras e ponto, exceto maio, que se registra- rá por extenso) e ano. Mod.: 21 out. 2004; 30 maio 2005 c) Destinatário e seu endereço completo (somente as siglas e as ini- ciais em maiúsculas), observadas as expressões de tratamento adequadas. Sr. Fulano de Tal Diretor Técnico e Imobiliário Companhia de Habitação do Paraná Cohapar Rua Amintas de Barros, 144 80000-000 Curitiba - PR Em caso de fax: Sr. Fulano de Tal Diretor Técnico e Imobiliário Companhia de Habitação do Paraná Cohapar Fax: (41) 3222-2222 Curitiba - PR d) Vocativo epistolar adequado. Mod.: Senhor Diretor; Senhor Governador; Prezados Senhores; Pre- zado Senhor e) Texto da carta. f) Fecho simplificado, relacionado com o conteúdo da carta. Mod.: No aguardo de sua manifestação a respeito, subscrevemo- nos Contamos com sua honrosa presença. 6 Antecipando-lhe nossos agradecimentos por sua valiosa co- laboração, subscrevemo-nos g) Expressão final de cortesia adequada, seguida de vírgula. Mod.: Atenciosamente, Cordialmente, h) Nome (caixa alta nas iniciais) e qualificação hierárquica do signa- tário. Mod.: Fulano de Tal Diretor de ................. i) Anexos, se houver, numerados em algarismos romanos entre pa- rênteses no texto e registrados sem parênteses depois da palavra "Anexo", no canto inferior esquerdo da folha. Mod.: No texto: Encaminhamos, em anexo, exemplar do Estatuto (I) e cópia da ata da 159ª Assembléia Geral Ordinária (II). No canto inferior esquerdo: Anexos: I e II j) Indicação de continuação, se necessário, representada por (Cont.) no canto inferior direito da folha. I.2. Nas cópias Sigla da área de origem do pedido, em maiúsculas, acima da sigla CODR; barra; iniciais do técnico responsável pela digitação, no can- to inferior esquerdo, abaixo da palavra "Anexo", se houver. A indica- ção das áreas destinatárias de cópias segue-se ao iniciais/nome dos responsáveis redação e pela digitação. Mod.: PRE CODR/denise/florr cc.: PRE DGC SRH I.3 No envelope Todos os dados mencionados no item 1.1, letras "a" a "c". Não utilizar nunca caracteres em itálico no envelope. II. DISPOSIÇÕES GERAIS II.l. As abreviaturas e siglas de caráter interno só poderão ser empre- gadas em carta desde que, em sua primeira citação, venham an- tecedidasde sua expressão por extenso. II.2. Para efeito de uniformidade ortográfica, inclusive das abreviaturas e siglas, o "Dicionário Aurélio - Século XXI", de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, constituirá a principal fonte de consulta. II.3. Devem ser observadas as prescrições contidas nas "Recomenda- ções Especiais". 7 RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS (PARA CARTAS, MEMORANDOS, RELATÓ- RIOS, ETC.) 1. ABREVIATURAS a. Ao abreviar palavras, deve-se ter o tradicional cuidado de fazer terminar a abreviatura numa consoante e não numa vogal. filosofia = fil. ou filos. e não filo. b. Se a palavra for cortada num grupo de consoantes, devem estas aparecer na abreviatura. geografia = geogr. e não geog. c. Se na abreviatura aparece a sílaba acentuada da palavra, o acen- to permanece: página = pág. d. As abreviaturas de palavras compostas conservam o hífen: ten.-cel. e. As abreviaturas mais usadas em correspondência são: (a) - assinado A/C - aos cuidados At.: - à atenção de Ass.: - assunto Cia. - companhia Dr. - doutor Drs. - doutores Dra. - doutora Dras. - doutoras DD. - digníssimo* E.M. - em mão E.U.A. - Estados Unidos da América Gen. - general Ilma. - Ilustríssima* Ilmo. - Ilustríssimo* M.D. - Mui Digno* MM. - Meritíssimo* p.ex. - por exemplo S.A. - sociedade anônima S.Exa. - Sua Excelência S.Exas. - Suas Excelências V.Exa. - Vossa Excelência V.Exas. - Vossas Excelências V.Sa. - Vossa Senhoria V.Sas. - Vossas Senhorias *Na correspondência oficial da Diretoria da Copel, tal uso não é adotado. 8 f. Os vocábulos de quatro letras ou menos só deverão ser objeto de abreviatura se puderem, sem ambigüidade, ser reduzidos a uma só letra seguida de ponto. Ex.: v. (ver/veja/vede). g. Quando o final de frase coincide com abreviatura, o ponto desta assume a função também de ponto final. Ex.: Permanecemos à dis- posição de V.Sa. 2. ALGARISMOS Não se utilizará indicação de número ordinal em algarismo romano. Ex.: I Congresso ... e não Iº Congresso ... 3. APÓSTROFO O apóstrofo serve apenas para indicar supressão. Não deve ser utiliza- do para formar plural de siglas. O plural de LT (linha de transmissão), por exemplo, é LTs e não LT's, de SE (subestação) é SEs e não SE's. 4. ARTIGOS Os artigos de leis, decretos, etc. são numerados por meio de algaris- mos ordinais do primeiro ao nono e por meio de algarismos cardinais do décimo em diante. Mod.: art. 7º; art. 2º; art. 10; art. 123 5. ASSINATURA Não se anteporá titulo profissional (doutor, engenheiro, etc.) ao nome do signatário, salvo quando o documento for assinado em razão dessa qualidade, como em parecer técnico, em laudo médico, etc. 6. ATOS LEGISLATIVOS Nomes de atos legislativos (lei, decreto, decreto-lei, portaria, etc.) se- rão grafados com iniciais maiúsculas, a menos que empregados de forma genérica. Em palavras compostas, todos os componentes serão grafados com iniciais maiúsculas, salvo as partículas. 7. BARRA Evite ao máximo o uso da barra, elemento que "polui" visualmente o texto. 8. DATAS a. Os números indicativos de ano serão grafados sem ponto ou espaço entre o milhar e a centena. Mod.: 2005 (e não 2.005 ou 2 005) 9 b. Para separar dia, mês e ano é melhor empregar ponto e não hífen ou barra. Mod.: 21.10.2004 (e não 21-10-2004 ou 21/10/2004) c. Não se usa ponto final em datas. 9. DESTAQUE DE PALAVRAS E EXPRESSÕES a. Para destacar palavras e expressões no corpo do documento serão empregados: sublinha, aspas, negrito, caixa alta, caracteres diferen- tes ou espaçamento de letras. b. Deve-se evitar a utilização de mais de um processo para destacar as mesmas palavras ou expressões. c. O uso de tais recursos deve ser criterioso, sob pena de, em virtude de excesso, perderem eles o efeito desejado. 10. DESIGNAÇÃO DE CARGO EM FUNÇÃO DO SEXO DO OCUPANTE A designação do cargo assumirá, conforme o caso, feição masculina ou feminina (Senhor Deputado; Senhora Prefeita; Ministro da Educa- ção/Ministra da Educação). 11. ESPAÇO ENTRE O NÚMERO E O SÍMBOLO DE UNIDADE DE MEDIDA a. Em frases de texto corrente será dado normalmente espaçamento correspondente a uma ou meia letra; não se dará, contudo, espa- çamento quando houver possibilidade de fraude (conforme Dec. nº 81.621, de 03.05.78). b. Em colunas, será facultado utilizar espaçamentos diversos entre os números e os símbolos das unidades correspondentes. 12. EXPRESSÕES DE TRATAMENTO As expressões de tratamento (Vossa Senhoria, Vossa Excelência, etc.) serão grafadas de forma abreviada (V.Sa., V.Exa., etc.), salvo nas cor- respondências dirigidas ao Presidente da República, a Ministros de Es- tado, Governadores de Estados, Presidentes das Casas Legislativas Es- taduais e Federais, casos em que serão grafadas por extenso. É norma de etiqueta escrever o pronome de tratamento (V.Sa., V.Exa., etc.) na introdução e no fecho e as formas oblíquas e os possessivos no corpo da mensagem. Os títulos profissionais serão grafados com iniciais minúsculas: engº João da Silva economista Pedro Sampaio adv. Carlos Rodrigues 10 As expressões de tratamento serão grafadas com iniciais maiúsculas, quando no lugar do nome: Sr., Sra., Dr., V.Sa., V.Exa. etc. Obs.: Conforme ensina o prof. Napoleão Mendes de Almeida: Escreve-se: "Peço à Senhora que...” Mas: "Pedi à senhora Maria que...” Escreve-se: "Disse ao Ministro que...” Mas: "Disse ao ministro Aureliano Chaves que...” Escreve-se: "Pedi ao Doutor uma receita para...” Mas: “Pedi ao dr. Pedro uma receita para...” Esse é o critério geralmente adotado pelos jornais e revistas mais con- ceituados. A título de esclarecimento, mencionamos, abaixo, a fonte que funda- menta o uso de expressões de tratamento e vocativos na CODR: 1. A Secretaria da Administração Federal baixou, em 06.03.92, a Instru- ção Normativa nº 04, que "consolida as regras constantes do Ma- nual de Redação da Presidência da República, tornando obrigató- ria sua observação para toda aquelas modalidades de comunica- ção oficial comuns aos órgãos que compõem a Administração Fe- deral". 2. Entre outras medidas, que deixamos de citar por serem de interesse específico da administração federal, a I.N. 04: a. aboliu os tratamentos "digníssimo" para as altas autoridades e "i- lustríssimo” e "mui digno" para as demais. b. recomenda que o uso do termo "doutor" seja reservado somente para "pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso u- niversitário de doutorado". c. reduz os fechos às fórmulas: "Respeitosamente," (para autoridades superiores, inclusive o Presi- dente da República); "Atenciosamente," (para os demais casos). Pelos exemplos dados na instrução normativa, fica implícito que foram revogadas expressões do tipo “com os protestos de estima e con- sideração...”, etc. 3. A instrução recomenda também que, nos atos normativos, seja evi- tada a cláusula revogatória geral (“Ficam revogadas as disposições em contrário."), devendo ser somente utilizada quando necessária, revogação específica ("Fica revogado o art. X da Lei Y.”). 11 13. HORAS a. Nas correspondências e relatórios as horas serão grafadas conforme a norma gramatical: número indicativo da hora, sem zero à esquer- da; letra h; número indicativo dos minutos; abreviação min. (esta úl- tima pode ser omitida, que é o padrão adotado na CODR) Mod.: 14h15; 8h; 13h25; 20h. b. As horas serão sempre indicadas de acordo com as 24 horas do dia (de 0 a 23). 14. INÍCIO DE FRASE Não se iniciará frase com algarismo, pronomes reflexivos e com a pa- lavra "porém". 15. INICIAIS MAIÚSCULAS (quando evitar) Deve-se evitar o hábito cada vez mais generalizado de empregar ini- ciais maiúsculas em substantivos comuns (Ex.: o Contrato; a Circular nº 150/86; Segue anexo Relatório sobre...), ou em substantivos no plural (os Superintendentes da Empresa, os Diretores) ou depois de artigo in- definido (o Paraná é um Estado, foi criada Comissão).Em todos esses casos, devem-se usar iniciais minúsculas: o contrato; a circular nº 150/86; segue anexo relatório sobre...; os diretores; O Paraná é um es- tado...; foi criada comissão para... Se você quiser destacar palavras ou expressões, negrite-as, sublinhe-as ou registre-as em tipo diferenciado. 16. INICIAL MAIÚSCULA COMO DEFERÊNCIA É aceitável, como no exemplo “Informo ao Amigo que...” 17. NOME E NÚMERO DE RUA a. Sem a abreviatura "nº", colocar-se-á a vírgula entre o nome e o nú- mero. Mod.: Rua Cel. Dulcídio, 800 b. Com a abreviatura “nº”, omitir-se-á a vírgula. Mod.: Rua Cel. Dulcídio nº 800 18. NOME DE PAÍS EM ENDEREÇAMENTO No endereçamento de correspondência, o nome do país de destino deve ser grafado na língua do país de origem (Ex.: Estados Unidos e não United States). Nas cartas em inglês processadas na CODR, o país de destino deve constar, somente no envelope, em português. 12 19. NOMES PRÓPRIOS PERSONATIVOS Para a salvaguarda de direitos individuais, a grafia de nomes próprios personativos, quando escritos pelo próprio portador, deve ser a origi- nal, constante no registro civil. O que o portador do nome não pode é exigir que todos, indiscrimina- damente, procedam de igual modo. Citados por outros, Netto, Baptis- ta, Thereza, Thomaz, etc. podem ser grafados "Neto, Batista, Teresa, Tomás", e assim por diante. Em suma, é uma questão de bom senso: quando se conhece a grafia do registro civil do nome de alguém, deve-se evidentemente respeitá- la; quando não se conhece, deve-se utilizar a grafia gramaticalmente correta. 20. NÚMEROS O uso da conjunção copulativa "e" em português é de regra na enun- ciação verbal dos números antes das unidades e dezenas, se não va- zias, e antes de qualquer classe ou ordem seguida de zero ou zeros terminais do número: 23.476 (vinte e três mil, quatrocentos e setenta e seis); 200.110.200 (duzentos milhões, cento e dez mil e duzentos); 11.600.000 (onze milhões e seiscentos mil). 21. NÚMEROS DE CAIXA POSTAL E TELEFONE Números de caixa postal e telefone nunca serão precedidos de vírgu- la. Mod.: caixa postal nº 318; caixa postal 318 telefone 224-0400; telefone nº 224-0400 22. PALAVRAS E EXPRESSÕES ESTRANGEIRAS Palavras e expressões estrangeiras serão escritas entre aspas ou sublinhadas ou com caracteres diferenciados do resto do texto, exceto quando já tiverem sido incorporadas e sejam significativamente reconhecidas, como layout, software, know-how, business, etc. 23. PONTUAÇÃO EM ENUMERAÇÕES Cada um dos itens enumerados será seguido também de ponto e vír- gula. O penúltimo poderá ser seguindo também da conjunção “e”. 24. PONTUAÇÃO NOS TÍTULOS Nos títulos será observada a pontuação interna e dispensado o ponto final. 13 25. POSIÇÃO DAS ASSINATURAS EM CARTAS ASSINADAS PELO DIRETOR PRESIDENTE E OUTRO DIRETOR A assinatura do Diretor Presidente sempre antecederá a de qualquer outro diretor com quem ele esteja assinando a correspondência. Ex.: Rubens Ghilardi Diretor Presidente Ronald Thadeu Ravedutti Diretor de Distribuição 26. POSIÇÃO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO Todos os sinais de pontuação serão colocados imediatamente depois da palavra, sendo seguido de um espaço — exceto o travessão, que será antecedido e sucedido por um espaço. 27. SIGLAS a. As siglas serão grafadas da seguinte forma: ♦ em maiúsculas, sem pontuação entre as letras que as formam, todas as siglas até três letras (FMI; BID; ONU; EUA; CVM; IPTU; MME); ♦ somente com iniciais maiúsculas quando a sigla é pronunciável (Copel, Eletropaulo, Varig, Vasp, Banestado, Aneel, Abradee); sendo as impronunciáveis grafadas em maiúsculas, independen- temente do número de letras (CPFL; BNDES; CNBB); ♦ as siglas que mesclam maiúsculas e minúsculas como forma dife- renciadora devem ser mantidas em sua forma original (CNPq; UnB; SPTrans). b. Podem ser pluralizadas mediante acréscimo no final, de "s" minúscu- lo (UFIRs). 28. SÍMBOLOS a. Não têm ponto abreviativo. b. Não se pluralizam: h = hora (s); km = quilômetro (s); W = watt (s). c. Serão grafados em maiúsculas ou minúsculas, conforme determi- nam as normas aplicáveis a cada caso. d. Quando escritos por extenso, os nomes de unidades de medida começam por letra minúscula, exceto o grau Celsius. e. A unidade deve ser grafada com espaço do algarismo, para evitar interpretação errônea (1 km; 1.000 MW; 5 m2, com exceção de hora = às 20h. Atenção às unidades grafadas com maiúsculas e minúscu- las, que devem, sempre, ser preservadas (1 Pa= 1 pascal; 1 pA= 1 picoampère; 1 PA= 1 petaampère) 14 29. SUPRESSÃO DE TEXTO Supressões de texto serão indicadas por três pontos entre parênteses: (...) 30. TELEGRAMA Em decorrência de meios de comunicação mais ágeis e eficientes, o uso de telegrama encontra-se bastante restrito. Ao utilizá-lo, contudo, deve-se observar o seguinte: a. O texto será redigido com o menor número possível de palavras. b. Serão utilizadas preferencialmente palavras breves. 31. TRAVESSÃO Emprega-se para unir as palavras que constituem os limites de um tra- jeto ou realçar idéias ou informações que se quer destacar dentro de outros períodos (Ex.: o percurso Curitiba — Ponta Grossa; a linha de transmissão — que, alega V.Sa., estaria prejudicando sua colheita — não cruza efetivamente sua propriedade. 32. TRANSLINEAÇÃO a. Não se deixará vogal isolada do resto da palavra no princípio ou no fim de linha datilografada. b. Será evitada partição silábica em que uma parte do elemento divi- dido lembre palavra obscena ou ridícula. c. Não se adotará espaçamento das letras de uma palavra a fim de emparelhar a margem direita. d. Não se fará partição de importâncias. Quando, porém, se tratar de valores monetários, poder-se-á deixar o símbolo da unidade mone- tária numa linha e os números na outra. e. Apesar de não ser recomendável tal prática, as siglas poderão ser translineadas, fazendo-se a divisão em qualquer parte, se forem simples (BN-DES), ou separando-se os elementos, se forem compos- tas (SENAC-PR). Não se deixará, porém, em fim ou inicio de linha, le- tra isolada do restante da sigla. f. Além dos procedimentos acima, devem ser observadas as seguintes normas básicas: Uma consoante entre duas vogais A consoante fica com a segunda vogal: su-bes-ti-mar 15 Duas consoantes entre duas vogais fica uma consoante para cada vogal: tran-sa-ma-zô-ni-ca; rit-mo; am-né-sia Mais de duas consoantes entre duas vogais A primeira vogal fica com todas as consoantes, menos a última: felds-pa-to trans-por-te Letras iguais Não ficam juntas, salvo se se tratar de vogais: ál-co-ol; car-ro-ça; co-ope-rar ou coo-pe-rar Elementos dos ditongos, tritongos e hiatos Evitar a separação: Pa-ra-guai; pais; sé-rie; país; ruiu Observações: As letras H, L e R arrastam mais uma letra para a linha seguinte: mar-cha; te-lha; po-dre; des-trói; cons-trói; li-vro As letras L e R, porém, não arrastam para a linha seguinte L, R, N e S. hon-ra; Mel-lo; Is-rael 33. UNIDADES MONETÁRIAS O símbolo do real (R$) deve preceder o número indicativo da impor- tância, havendo um espaço entre eles (R$ 9.000,00), salvo quando pos- sa haver risco de fraude. Nesse caso, não se deixará espaço entre o símbolo e o número (R$9.000,00). 34. USO DE PALAVRAS, EM VEZ DE ALGARISMOS, NO CORPO DO TEXTO Não é obrigatório, mas preferível o uso de palavras no texto, em vez de algarismos, para expressar numerais. (Ex.: Encaminhamos-lhe, em anexo (I), cinco cópias do ...; a Empresa adquiriu cento e vinte cami- nhões...) Se o número é acompanhado de abreviaturas, é de rigor o uso de al- garismos: 200 kWh; chegamos às 10h; a conta alcançou R$ 1.000,00. Salvo valores monetários em alguns casos, não se deve utilizar indica- ção dupla, ou seja, o número e seu correspondente por extenso (Erra- do: Seguem anexas 2 (duas) cópias...; correto: Seguem anexas duas cópias). 35. USO DE"O MESMO" E "O REFERIDO" É terminantemente vedado o uso das expressões "o mesmo" ou "o refe- rido" em lugar de pronomes (ela, aquele, este, dele, etc.). (Ex.: O dire- tor chegou de viagem e "o mesmo" fará a reunião amanhã; O projeto 16 foi apresentado ontem para o Presidente, tendo "o mesmo" apontado várias incorreções; interroguei a empregada e "a mesma" disse...). 36. VIAS, LUGARES PÚBLICOS E ACIDENTES GEOGRÁFICOS Empregam-se iniciais maiúsculas nas palavras designativas de vias e lugares públicos: Rua do Ouvidor, Praça da Espanha, etc. Empregam-se iniciais minúsculas nas palavras designativas de aciden- tes geográficos: baía da Guanabara, serra do Mar, rio Iguaçu, ilha do Mel.